Biologia, hábitos e medidas de
controle de Aedes aegypti
Leonardo J. A. de Freitas
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES)
Diretoria de Vigilância Ambiental (DVA)
Março de 2013
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL
Biologia, Hábitos e Medidas de
Controle
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
Ciclo de Vida do Aedes aegypti
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
Ciclo de Vida
Os mosquitos do gênero Aedes apresentam duas fases
de vida:
FASE AQUÁTICA: Ovo, Larva e Pupa;
FASE TERRESTRE: Mosquito Adulto.
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
 A Dengue é transmitida pelo mosquito fêmea
infectado;
 Atividade diurna (principalmente nas primeiras horas
da manhã e fim de tarde);
 Vive próximo de habitações humanas;
 Deposita ovos e produz larvas em qualquer recipiente
com água.
Março de 2013
Março de 2013
Fotos: Atlas de Culicídeos
Amazônia Brasileira, 2007
na
Biologia e Controle do Vetor
Aedes aegypti:
Clípeo
com
brancas/prateadas;
escamas
Mesonoto com escamas brancas em
forma de lira – escutelo trilobado;
Todas as pernas com anéis de
escamas brancas;
Dengue (4 sorotipos) e febre amarela
no Brasil;
Regiões tropicais e subtropicais.
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
Macho:
• Palpos longos;
• Atenas plumosas;
• (fêmeas: antenas pilosas).
Março de 2013
Fotos: Atlas de Culicídeos
Amazônia Brasileira, 2007
Março de 2013
na
Biologia e Controle do Vetor
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
ACASALAMENTO
Dentro de 24 horas após emergirem, podem
acasalar, o que vale para ambos os sexos. O
acasalamento geralmente se dá durante o voo,
mas, ocasionalmente, pode se dar sobre uma
superfície, vertical ou horizontal;
Batimento das asas das fêmeas e feromônios
sexuais;
Uma única inseminação é suficiente para
fecundar todos os ovos que a fêmea venha a
produzir durante sua vida.
Março de 2013
OVO
Biologia e Controle do Vetor
Em geral, a fêmea faz uma postura após cada repasto
sanguíneo. O intervalo entre a alimentação sanguínea e a
postura é, em regra, de três dias, em condições de
temperatura satisfatórias (~ 26ºC);
Março de 2013
OVO
Biologia e Controle do Vetor
A oviposição se dá mais frequentemente no fim da tarde.
A fêmea grávida é atraída por recipientes escuros ou
sombreados, com superfície áspera, nas quais deposita os
ovos;
Prefere água limpa e cristalina ao invés de água suja ou
poluída por matéria orgânica. A fêmea distribui cada
postura em vários recipientes, em torno de 10 (1-50
ovos/depósito);
Os ovos de Aedes aegypti medem, aproximadamente, 1
mm de comprimento e contorno alongado e fusiforme.
No momento da postura, os ovos são brancos, mas,
rapidamente, adquirem a cor negra brilhante;
Março de 2013
OVO
Biologia e Controle do Vetor
A fecundação se dá durante a postura, e o
desenvolvimento do embrião se completa em 48 horas,
em condições favoráveis de umidade e temperatura;
70 a 120 ovos por postura – 2 a 8 vezes;
Uma vez completado o desenvolvimento embrionário, os
ovos são capazes de resistir a longos períodos de
dessecação, que podem prolongar-se por mais de um
ano;
Foi observada a eclosão de ovos com até 450 dias,
quando colocados em contato com a água – eclosão 15
minutos depois.
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
LARVAS
Posição das larvas
respirando na água
A fase larvária é o período de alimentação e crescimento. As larvas passam a maior parte do
tempo alimentando-se principalmente de material orgânico e microrganismos acumulados
nas paredes e fundo dos depósitos;
As larvas possuem quatro estágios evolutivos. A duração da fase larvária depende da
temperatura (~ 27ºC), disponibilidade de alimento e densidade das larvas no criadouro;
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
LARVAS
Posição das larvas
respirando na água
Em condições ótimas, o período entre a eclosão e a pupação pode não exceder cinco dias;
Contudo, em baixa temperatura e escassez de alimento, o 4º estágio larvário pode prolongarse por várias semanas, antes de sua transformação em pupa.
Março de 2013
PUPA
Biologia e Controle do Vetor
As pupas não se alimentam. É nesta fase que
ocorre a metamorfose do estágio larval para o
adulto;
Quando inativas, elas se mantêm na superfície
da água, flutuando, o que facilita a
emergência do inseto adulto;
O estado pupal dura, geralmente, de dois a
três dias. A pupa é dividida em cefalotórax e
abdome;
Março de 2013
PUPA
Biologia e Controle do Vetor
A cabeça e o tórax são unidos, constituindo a
porção chamada cefalotórax, o que dá à pupa,
vista de lado, a aparência de uma vírgula;
A pupa tem um par de tubos respiratórios, ou
trompetas, que atravessam a água e permitem
a respiração.
Março de 2013
ADULTO
Biologia e Controle do Vetor
Logo após emergir do estágio pupal, o inseto
adulto procura pousar sobre as paredes do
recipiente, assim permanecendo durante várias
horas, o que permite o endurecimento do
exoesqueleto, das asas e, no caso dos machos, a
rotação da genitália em 180º. Medem cerca de 3-6
mm; 15-20 dias de vida; 30-45 dias em laboratório.
O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas
bases dos segmentos tarsais e um desenho em forma
de lira no mesonoto. Dois tufos de escamas brancoprateadas no clípeo, escamas claras nos tarsos e
palpos permitem a identificação da espécie.
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
O repasto sanguíneo das fêmeas fornece
proteínas para o desenvolvimento dos ovos;
Ocorre quase sempre durante o dia, nas
primeiras horas da manhã e ao anoitecer distância alcançada: ~ 1.000 m;
Silhueta, ácido láctico, CO2, temperatura e
umidade dos hospedeiros atraem os mosquitos;
O macho alimenta-se de carboidratos extraídos
dos vegetais;
As fêmeas também se alimentam da seiva das
plantas;
Março de 2013
ALIMENTAÇÃO
Biologia e Controle do Vetor
As fêmeas se alimentam mais frequentemente
de sangue, servindo como fonte de repasto à
maior parte dos animais vertebrados, mas
mostram marcada predileção pelo homem
(antropofilia);
Aparelho bucal picador (sugador-pungitivo) –
maxilas e mandíbulas perfurantes;
Quando em repouso, é encontrado nas
habitações, nos quartos de dormir, nos
banheiros e na cozinha, e, só ocasionalmente,
no peridomicílio;
As superfícies preferidas para o repouso são as
paredes, mobília, peças de roupas penduradas e
mosquiteiros.
Março de 2013
ALIMENTAÇÃO
Biologia e Controle do Vetor
CONTAMINAÇÃO
A contaminação do mosquito ocorre quando a
fêmea da espécie vetora pica um indivíduo
infectado que se encontra na fase virêmica da
doença (1 dia antes do aparecimento da febre
até o sexto dia), tornando-se, após um
período de 8 a 12 dias, capaz de transmitir o
vírus por toda sua vida através de suas
picadas.
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
CONTAMINAÇÃO
Quando o Aedes aegypti está infectado pelo
vírus do dengue ou da febre amarela, pode
haver transmissão transovariana destes, de
maneira que, em variável percentual, as
fêmeas filhas de um espécime portador
nascem já infectadas.
Março de 2013
Biologia e Controle do Vetor
A transmissão ocorre quando a fêmea
infectada, ao picar um indivíduo, inocula vírus
no organismo transmitindo a doença;
O vírus irá se desenvolver e, um dia antes do
aparecimento da febre até o sexto dia da
doença, estará presente no sangue.
Março de 2013
TRANSMISSÃO
Biologia e Controle do Vetor
1.000
800
600
Depósitos Preferenciais e
Possíveis Criadouros
Março de 2013
25
20
15
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
Março de 2013
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0 Foto: L. Pamplona - CETRAV.
86 87 88 89 90
Março de 2013
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86 87 - CETRAV.
88 89
Foto: L. Pamplona
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86 L. Pamplona
87 88- CETRAV.
89 90
Foto:
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86 87- CETRAV.
88 89
Foto: L. Pamplona
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86 87- CETRAV.
88 89
Foto: L. Pamplona
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
Bandeja de
Geladeira
20
800
15
600
10
400
5
0
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
Março de 2013
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
Biologia e Controle do Vetor
1.000
800
25
20
15
600
10
400
5
200
0
Março de 2013
Métodos de Controle de
Aedes aegypti
Março de 2013
O controle será consequência de um conjunto de medidas que visa
reduzir as chances de invasão e instalação dos insetos, envolvendo o
monitoramento contínuo das infestações, a criação de barreiras
ambientais e a intervenção cultural de modo a conscientizar os
operadores e a população sobre comportamentos que favoreçam o
desenvolvimento de novas infestações.
Março de 2013
Métodos de Controle
Controle de pragas  diversos métodos.
Todos buscam a redução da densidade populacional ou sua completa
eliminação (erradicação).
O termo erradicação deve ser utilizado com cuidado, pois a completa
eliminação de uma espécie de determinado local é muito difícil.
Controle Mecânico
Controle Físico
Controle Biológico
Controle Genético
Controle Legal
Março de 2013
Controle Etológico
Controle Químico
Controle Integrado ou
Manejo Integrado de Pragas
Métodos de Controle
Controle Mecânico:
Compreende as técnicas mais antigas e simples de luta contra insetos  remoção e
destruição dos insetos e órgãos infestados das plantas.
Em saúde pública: coleta de lixo, retificação de criadouros, obras de pequena
engenharia.
Alguns autores: denominam controle físico.
A aplicação destas técnicas, embora em alguns casos seja definitiva, requer muita mão
de obra e altos custos.
Atividades: lixos e detritos acondicionados em recipientes fechados.
Março de 2013
Métodos de Controle
Controle Químico:
Deveria ser a última opção a ser utilizada. Requer uso de substâncias
químicas para controlar pragas; vantagem: ação fácil e rápida quando
comparado a outros métodos; efeitos indesejados.
Deve ser utilizado com conhecimento técnico:
– biologia do vetor;
– princípio ativo;
– formulação/equipamento adequado;
– quando iniciar/quando parar.
Março de 2013
Métodos de Controle
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
Controle Químico
0
Março de 2013
Métodos de Controle
25
1.000
800
600
20
Tratamento
Focal
15
10
400
5
200
0
Anos
Março de 2013
25
1.000
800
Controle de Adultos
20
15
600
10
400
5
200
Março de 2013
Métodos de Controle
25
1.000
20
800
15
600
10
400
5
200
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
Anos
Março de 2013
95
96
97
98
99
00
01
02
UBV
1.000
800
Métodos de Controle
25
20
15
600
10
400
5
200
0
Março de 2013
Controle Mecânico
1.000
e
800
600
Manejo Ambiental
25
20
15
10
400
5
Março de 2013
Métodos de Controle
• Controle Integrado:
- Método que combina e integra várias alternativas de controle;
- Enfoque ecológico para o controle de pragas, no qual se consolidam
todas as técnicas disponíveis necessários a um programa unificado;
- Conseguir diminuir os danos econômicos e evitar a transmissão de
doenças, produzindo o mínimo de efeitos adversos ao ecossistema.
- Por ser integrado, deve-se entender a utilização harmônica, seletiva e
razoável de duas ou mais técnicas de repressão de pragas.
Março de 2013
Métodos de Controle
• O controle não é uma tarefa fácil;
• Requer suporte e conhecimento técnico;
• Requer o emprego de produtos de qualidade;
• Precisa ser constantemente monitorado.
Março de 2013
Março de 2013
Março de 2013
Março de 2013
Março de 2013
Março de 2013
Março de 2013
Março de 2013
Março de 2013
Março de 2013
Março de 2013
Obrigado!
[email protected]
[email protected]
Março de 2013
Download

MOBILIZAÇÃO CONTRA A DENGUE - Polícia Militar de Minas Gerais