FACULDADE TECSOMA
Curso de Bacharelado em Biomedicina
Cíntia Aparecida Barbosa Sousa
PERFIL LIPÍDICO E AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA
DE ADOLESCENTES DA ESCOLA CACILDA CAETANO DE SOUZA
DA CIDADE DE PARACATU – MG
Paracatu-MG
2012
Cíntia Aparecida Barbosa Sousa
PERFIL LIPÍDICO E AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA
CORPÓREA DE ADOLESCENTES DA ESCOLA CACILDA
CAETANO DE SOUZA DA CIDADE DE PARACATU – MG
Monografia apresentada ao Curso de
Biomedicina da Faculdade TECSOMA,
como requisito parcial para a obtenção do
título de bacharel em Biomedicina.
Orientação temática: Msc. Cláudia Peres
Silva
Orientação metodológica: Geraldo B. B.
de Oliveira
Coorientadora: Rita de Cássia Medeiros
de Oliveira
Paracatu-MG
2012
S475a
Sousa, Cíntia Aparecida Barbosa
Perfil lipídico e avaliação do índice de massa corpórea de
adolescentes da Escola Cacilda Caetano De Souza da cidade de Paracatu
– MG. / Cíntia Aparecida Barbosa Sousa. Paracatu, 2012.
74f.
Orientador: Msc Cláudia Peres da Silva
Monografia (Graduação) – Faculdade TECSOMA, Curso de
Gradação em Biomedicina.
1. Adolescentes. 2. Perfil lipídico. 3. Doenças cardiovasculares. 4.
Lipoproteínas. I. Silva, Cláudia Peres da. II. Faculdade TECSOMA. III.
Título.
CDU: 547
Cíntia Aparecida Barbosa Sousa
PERFIL LIPÍDICO E AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA
CORPÓREA DE ADOLESCENTES DA ESCOLA CACILDA
CAETANO DE SOUZA DA CIDADE DE PARACATU – MG
Monografia apresentada à disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso II da
Faculdade TECSOMA como requisito
para obtenção do título de Bacharel em
Biomedicina.
_______________________________________________
Mestre Cláudia Peres Silva
Orientadora e Coordenadora do Curso de Biomedicina
_______________________________________________
Geraldo Benedito Batista de Oliveira
Orientador Metodológico
_______________________________________________
Jôsimar Dornelas Moreira
Professor Convidado
Paracatu, 29 de Junho de 2012
Este trabalho é dedicado a:
A Deus, aos meus pais e irmão
por todo apoio e carinho oferecidos.
Aos meus avós, tios e demais familiares,
por terem acreditado me incentivado.
Em especial: Ao meu inesquecível Pai,
José Maria Pereira de Sousa (in memorian),
exemplo de pai e amigo,
e de quem sinto muitas saudades.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por minha vida, por ter me abençoado, por ser minha
força, por iluminar meus passos e pela presença em todos os momentos. Por
realizar sonhos que eu julgava impossível.
Aos meus pais, José Maria (in memorian) e Eulânia, e meu irmão Danilo
por estarem sempre ao meu lado em momentos importantes, oferecendo apoio
e força.
Aos meus avós Rodolfo e Ana, fonte de inspiração e exemplo.
Aos meus tios primos pela ajuda e confiança.
Aos meus antigos e novos amigos pela compreensão, incentivo e por
termos passado momentos inesquecíveis juntos.
A todos os meus professores, (pré-escolar, ensino fundamental, ensino
médio e ensino superior). Em especial as queridas professoras da Escola
Municipal Cacilda Caetano de Souza, que foram á base da minha formação
educacional e moral, e por ter me ensinado o que todo mundo tem algo de
valor e pelo carinho oferecido até os dias de hoje.
Aos meus inesquecíveis professores de graduação, com quem eu tive o
prazer de aprender inúmeros ensinamentos. Em especial aos que pude
conviver e conhecer melhor que participaram de momentos bons e ruins da
minha vida e por serem espelhos pra mim. (Jôsimar Dornelas, Flavio
Simplício).
A minha querida Professora Talitha Araújo Faria, por ser um exemplo de
pessoa Boa e Cativante. Pelos puxões de orelha, pelos conselhos, carinho e
amizade por mim.
A professora Rita de Cássia Medeiros de Oliveira, por ser exemplo de
profissional e de pessoa, pela compreensão, pelos ensinamentos transmitidos,
pela disponibilidade em ajudar, pela amizade e por todo o carinho.
A professora Stela Melo, pela simplicidade e humildade e pela alegria
que transmite.
À professora, coordenadora do curso de Biomedicina da Faculdade
TECSOMA e orientadora deste estudo, Cláudia Peres da Silva, pela
disponibilidade e incentivo.
À meus colegas de classe e companheiros de jornada, pela Amizade,
pelas festas, e pela ajuda, pela família que se formou e que se desformou:
André Gonçalves, Ítalo Albernaz, Deniel Ricardo, Thalisson Ryller, Douglas
Gabriel, Gilson Gonçalves, Patrícia Cristina, Talita Emanuela, Adriana
Ramalho, Ana Carolina Souza, Amanda Mariano, Amanda Silva. E aos demais
da turma.
Obrigada a todos que me ajudaram para a conclusão deste estudo, que
contribuíram muito para o seu término: Amanda Mariano, Carina Miuki Fukuda,
Cláudia Peres, Elidê Gomes Faria Silva, Douglas Gabriel, Liliane Fonseca,
Marcos Antônio, Rita de Cássia Medeiros de Oliveira e Thalisson Ryller
Caixeta.
Obrigada a todos que são importantes na minha vida, que me ajudaram,
compreenderam, valorizaram e permaneceram ao meu lado nas tristezas e
choraram comigo, e nas alegrias sorriram comigo, e me fizeram ser uma
pessoa melhor.
“Você se faz presente em todos os momentos firmes e
trêmulos. E passo a passo, pude sentir a sua mão na
minha,
transmitindo-me segurança
necessária,
para
enfrentar meu caminho e seguir. A tua presença é como a
luz e a vida, e sinto que em meu gesto existe o teu gesto
e em minha Voz a tua voz.”
Vinicius de Morais
RESUMO
O risco de desenvolver doença arterial coronariana, cada vez mais leva a
população a se preocupar com a saúde e a investigar fatores que promovem a
mesma. Por isso a preocupação com os níveis de lipídios, lipoproteínas
plasmáticas a obesidade.
A descoberta de taxas de lipídios, na infância e
adolescência é importante para Identificar as que possuem um risco maior de
desenvolver doenças e com isso estabelecer medidas profiláticas para a
promoção da saúde. O objetivo desse estudo foi de avaliar o perfil lipídico de
adolescentes da Escola Cacilda Caetano de Souza da cidade de Paracatu –
MG e sua relação com a obesidade. A população em estudo foi composta por
22 alunos, com faixa etária entre 14 a 17 anos de idade, dos alunos da Escola
Cacilda Caetano de Souza. Realizou- se a coleta de dados sendo aferido o
peso e altura dos alunos. Foram analisados os níveis de colesterol total, HDL,
LDL, VLDL, triglicerídeos E Lipídios totais dos alunos. Dos resultados
encontrados, não houve muitas alterações no perfil lipídico dos adolescentes.
Os níveis de CT em 95% da amostra apresentaram valores normais e 5%
alterados, para TG foram encontrados, 91% normais, 4% em limiar alto e 5%
elevado. Foi encontrado para o HDL 83% de valores desejáveis e 17% fora do
desejável. Os resultados para o LDL foram 86% normais e 14% alterados, e
VLDL 95% recomendável e 5% alterado. E com o cálculo do IMC, os resultados
foram de 45% peso normal, 14% sobrepeso e 41% abaixo do peso. Concluiuse que houve alterações em poucos lipidogramas, e que os adolescentes da
Escola Cacilda Caetano de Souza encontram-se dentro da normalidade para
perfil lipídico. Embora não seja dispensada a orientação para que eles vivam
com saúde evitando doenças.
Palavras-chave: Adolescentes.
Lipoproteínas.
Perfil
lipídico.
Doenças
cardiovasculares.
3
ABSTRACT
The risk of developing coronary artery disease, increasingly leads people to
worry about health and to investigate factors that promote the same. Hence the
concern with the levels of lipids, lipoproteins obesity. The discovery rate of lipids
in childhood and adolescence is important to identify those with a higher risk of
developing diseases and thereby establish preventive measures for health
promotion. The aim of this study was to evaluate the lipid profile of adolescents
in school Cacilda Caetano de Souza city Paracatu - MG and its relationship with
obesity. The study population consisted of 22 students, aged between 14-17
years of age, students of the School Cacilda Caetano de Souza. We carried out
data collection and measured weight and height of the students. We analyzed
the levels of total cholesterol, HDL, LDL, VLDL, triglycerides and total lipids of
the students. These results, there were not many changes in the lipid profile of
adolescents. The levels of CT in 95% had normal and 5% altered to TG were
found in 91% normal, 4% and 5% high threshold high. Was found for HDL 83%
of desirable values and 17% off desirable. The results for normal LDL were 86%
and 14% modified, VLDL and 95% and 5% recommended changed. And with
the calculation of BMI, the results were 45% normal weight, overweight 14%
and 41% underweight. It was concluded that there were few changes in
lipidogramas, and that the school adolescents Cacilda Caetano de Souza are
within normal ranges for lipid profile. Although not given guidance for them to
live with health preventing disease.
Keywords: Adolescents. Lipid Profile. Cardiovascular Diseases. Lipoproteins.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Estrutura do Colesterol ............................................................... 25
FIGURA 2 - Síntese de Colesterol e vias relacionadas .................................. 27
FIGURA 3 - Estrutura da Lipoproteina HDL ................................................... 31
FIGURA 4 – Ateroma: Corte Lateral ............................................................... 36
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Procedimentos operacionais padrão do colesterol liquiform
Labtest .................................................................................... 45
TABELA 2 – Procedimentos operacionais padrão do Colesterol HDL
Labtest .................................................................................... 46
TABELA 3 – Procedimentos operacionais padrão do Colesterol HDL
Liquiform Labtest ..................................................................... 47
TABELA 4 – Valores recomendados para Colesterol Total de Crianças e
Adolescentes .......................................................................... 54
TABELA 5 – Valores recomendados para Colesterol HDL de Crianças e
Adolescentes .......................................................................... 55
TABELA 6 – Valores recomendados para Colesterol LDL de Crianças e
Adolescentes .......................................................................... 55
TABELA 7 – Valores recomendados para Triglicérides de Crianças e
Adolescentes ........................................................................... 56
TABELA 8 – Média dos lipídios, lipoproteínas e IMC de Adolescentes ........ 60
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a aceitação para a realização do
estudo (n=22), 2012 ................................................................ 49
Gráfico 02 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme o gênero (n=22), 2012 .................... 50
Gráfico 03 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a idade (n=22), 2012 ...................... 50
Gráfico 04 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a quantidade de refeições
realizadas durante o dia (n=27), 2012 ..................................... 51
Gráfico 05 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os alimentos consumidos (n=27),
2012 ......................................................................................... 52
Gráfico 06 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a prática de atividades físicas
(n=22), junho de 2012 ............................................................. 53
Gráfico 07 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme o tipo de atividade física praticada
(n=22), junho de 2012 .............................................................. 53
Gráfico 08 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de colesterol total
(n=22), junho de 2012 ............................................................. 55
Gráfico 09 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de HDL-colesterol
(n=22), junho de 2012 ............................................................. 56
Gráfico 10 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de LDL-colesterol
(n=22), junho de 2012 ............................................................. 56
Gráfico 11 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a os valores de triglicérides (n=22),
junho de 2012 ......................................................................... 57
Gráfico 12 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de VLDL-colesterol
(n=22), junho de 2012 ............................................................. 58
Gráfico 13 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de lipídeos totais
(n=22), junho de 2012 ............................................................. 58
Gráfico 14 –
Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme o Índice de Massa Corporal
(n=22), junho de 2012 ............................................................. 59
LISTA DE ABREVIATURAS
APO - Apolipoprotéinas
CAPS - Clínica psicossocial
CCK - Colecistocinina
CT - Colesterol Total
DAC - Doença arterial coronariana
ESF - Estratégia Saúde da Família
HDL - Lipoproteína De Alta Densidade
HMG-CoA - β-hidroxi-β-metilglutaril- CoA
IDL - Lipoproteínas de Densidade Intermediária
IMC - índice de massa corpórea
LDL - Low Density Lipoprotein - lipoproteína de baixa densidade
LSH – Lipase Hormônio Sensível
NADPH - Nicotinamida A denina Dinucleótido Fosfato
OMS - Organização Mundial de Saúde
PAI - Inibidor do plasminogênio
TG - Triglicerídeos
Tpa - Plasminogênio Tecidual
VLDL - Very Low Density Lipoprotein- lipoproteína de muito baixa densidade
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 16
2 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................... 18
2.1 Lipídios ................................................................................................... 19
2.2 Colesterol ............................................................................................... 24
2.3 Triglicerídeos .......................................................................................... 28
2.4 Lipoproteínas ......................................................................................... 29
2.4.1 Lipoproteína de alta densidade ........................................................... 30
2.4.2 Lipoproteína de baixa densidade ....................................................... 32
2.4.3 Lipoproteína de muito baixa densidade ............................................. 33
2.5 Índice de Massa de Corpórea ................................................................ 34
2.6 Obesidade ............................................................................................... 34
2.7 Aterosclerose ......................................................................................... 35
2.8 Dislipidemias .......................................................................................... 37
3 METODOLOGIA ........................................................................................
3.1 Local de Estudo .....................................................................................
3.2 Características do Município .................................................................
3.3 Características do local de estudo .......................................................
3.4 Tipos de estudo ......................................................................................
3.5 Universo do estudo ................................................................................
3.6 Variáveis estudadas ...............................................................................
3.7 Coleta de Dados .....................................................................................
3.8 Desenvolvimento do Estudo .................................................................
3.8.1 Instrumentos utilizados ......................................................................
3.8.2 Materiais utilizados .............................................................................
3.8.3 Coleta e processamento das amostras .............................................
3.8.4 Determinação do colesterol Total ......................................................
3.8.5 Determinação do colesterol HDL .......................................................
3.8.6 Determinação do Triglicerídeos .........................................................
39
39
39
39
41
42
42
42
42
42
42
43
44
46
47
4 RESULTADOS ........................................................................................... 49
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 65
REFERENCIAS ............................................................................................. 66
APÊNDICE .................................................................................................... 69
16
1 INTRODUÇÃO
As doenças cardiovasculares estão entre as maiores causas de
morbidade e mortalidade no mundo. Dentre elas destacam-se a doença arterial
coronariana (DAC), da qual a aterosclerose e a mais expressiva representante.
(ROVER et al., 2010).
Estudos mostram que cerca de 500.000 mortes anualmente nos Estados
Unidos os raças e grupos étnicos afetando o sistema de saúde e a economia,
onde são gastos cerca de 50 bilhões de dólares por ano no tratamento deste
tipo de doença. (RABAIOLI et al., 2011).
Avaliação do perfil lipídico compreende as determinações do colesterol
total (CT), colesterol constituinte da LDL (Low Density Lipoprotein - lipoproteína
de baixa densidade) ou (LDL- COL), colesterol constituinte da HDL (High
Density Lipoprotein – lipoproteína de alta densidade) ou (HDL-COL), dos
triglicerídeos (TG), da relação CT/HDL-COL, relação LDL-COL/HDL-COL e
frações não HDL-COL. (ROVER et al., 2011).
O colesterol é uma substância fundamental de membranas celulares,
precursores de vitamina D, sais biliares e hormônios sexuais. Ele desempenha
um papel importante na regulação do metabolismo no crescimento e sobre os
hormônios sexuais. Podem ser de origem exógena quando obtido pela ingestão
de alimentos e endógena quando está circulando com as lipoproteínas do
plasma e foi sintetizado no fígado. O colesterol pode estar na forma livre ou
estratificada, não sendo encontrada nos vegetais. As lipoproteínas plasmáticas
apresentam diferentes densidades de acordo com a densidade de proteínas
que as compõem. (SILVA, 2005).
Os triglicerídeos constituem 95% das gorduras do organismo e sua
fórmula possui uma molécula de colesterol estratificado com três moléculas de
ácidos graxos, e é esse tipo de gordura que se acumula nos tecidos
subcutâneos, principalmente abdominais, e é a forma de armazenamento de
energia consumida a mais, seja como hidratos de carbono ou gordura. (SILVA,
2005).
A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica, que se inicia na
primeira década de vida, porém apresenta um longo período sem apresentar
sintomas, sendo caracterizado por obstrução progressiva da luz arterial por
17
placas de ateroma e trombos, disfunção endometrial e processos inflamatórios.
As doenças decorrentes do agravamento da aterosclerose, como infarto agudo
do miocárdio e o acidente vascular encefálico, estão entre as principais causas
de morbidade e mortalidade em adulto de todo mundo, com tendência a
acomete pessoas mais jovens e em especial nos países em desenvolvimento.
(ROVER et al., 2010).
O índice de massa corporal (IMC) é um método de avaliação sobre as
condições de peso de uma pessoa. De acordo com recomendações da
Organização Mundial de Saúde - OMS - o Índice de Massa Corporal - IMC
(peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metro) para
avaliação do perfil antropométrico-nutricional de populações de adultos.
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011).
Com aparência e textura de uma cera macia, o colesterol é um
composto químico da família do álcool, essencial à vida. É sintetizado pelo
fígado e parte é adquirida através dos alimentos ingeridos. O colesterol deve se
ter um acompanhamento adequado porque tanto as taxas muito altas quanto
as muito baixas são perigosas à saúde. O colesterol degrada apenas em
gorduras, colesterol é transportado pelo através das lipoproteínas VLDL (Very
Low Density Lipoprotein- Lipoproteína de Muito Baixa Densidade) LDL e HDL.
Este trabalho aborda o perfil lipídico e IMC dos alunos da Escola
Municipal Cacilda Caetano de Souza. O objetivo foi devido à preocupação
atualmente com o perfil lipídico de crianças e adolescentes, que pode ser
desencadeante de futuros problemas. O estudo foi definido como avaliação do
perfil lipídico de adolescentes da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza
da cidade de Paracatu – MG e sua relação com a obesidade. Os objetivos
específicos são a determinação das taxas de colesterol total, triglicerídeos,
HDL e por meio destes, indicar as frações VLDL e LDL (através da Equação de
Friedewald) na população do estudo. Determinar o índice de massa corporal
(IMC) da população em estudo. Correlacionar o perfil lipídico com o IMC dos
adolescentes. Verificar o risco de aterosclerose frente ao lipidograma no grupo
de estudo. Com o trabalho será descoberto alteração no lipidograma e de
acordo com o resultado, será orientado aos responsáveis e aos adolescentes
as formas corretas para prevenir e tratar se assim precisar.
18
2 REVISÃO DE LITERATURA
A palavra adolescência vem do Latim Adolescentia, que significa
período da vida humana entre a puberdade e a virilidade, que corresponde dos
14 aos 25 anos de idade, ou Adolescere que significa fazer–se homem ou
mulher ou também crescer na maturidade. Para a OMS a adolescência pode
ser dividida em três etapas: Pré-adolescência – dos 10 aos 14 anos;
Adolescência propriamente dita – dos 15 aos 19 anos; Juventude – dos 15 aos
24 anos. (VIVENDO A ADOLESCÊNCIA, 2012).
De acordo com a Organização Mundial de saúde (OMS, 2004 apud
BERETTA et al., 2011), a adolescência é uma etapa evolutiva caracterizada
pelo desenvolvimento biopsicossocial delimitada pela faixa etária de 10 a 19
anos, que em geral, se inicia com as mudanças corporais da puberdade e
termina com a inserção social, profissional e econômica.
Na puberdade acontece o processo de desenvolvimento físico de uma
criança em adulto. Na adolescência é o período que os adolescentes ganham
aproximadamente 20% da altura de adulto e 50% do seu peso de adulto.
(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005).
A descoberta de taxas de colesterol, na infância é importante para
identificar as que possuem um risco maior de desenvolver uma doença arterial
coronariana (DAC) quando se tornar adulto e relacionar com predisposições
genéticas, com isso estabelecer medidas profiláticas para diminuir as taxas de
colesterol. A DAC não é comum em criança e adultos jovens, porém com
alimentação juntamente com a maneira de viver e sedentarismo, as pessoas
jovens tem maior predisposição em adquirir a doença. (FRANCA; ALVES,
2006).
Os exames de colesterol total e frações de colesterol, foram
considerados exames de rotina a partir do momento que houve conhecimento
da doença arterial coronariana e a função do colesterol na mesma.
(ESTRIDGE; REYNOLDS, 2011).
19
2.1 Lipídios
As gorduras ingeridas na dieta evidenciam grandes fatores para o
surgimento de várias doenças, no entanto o organismo necessita da ingestão
de lipídios para desempenho de várias funções. Utilizados como a principal
reserva de energia do organismo, proteção dos órgãos amortecendo contra o
impacto, afeta a transição do gene, e isolante térmico e outras utilidades.
Os lipídios desempenham varias funções, além das conhecidas como
reserva de energia e constituintes da membrana celular, outras como:
funcionam como pigmentos (retinal, caroteno), co-fatores (vitamina K),
detergentes (sais biliares), transportadores (dolicóis), mensageiros intra e
extracelulares. Com todos esses papeis dos lipídios o organismo deve ter a
possibilidade de fazer a síntese dos mesmos. (NELSON; COX, 2006).
Os lipídios são diferentes em composição química, mas tem a mesma
característica de ser insolúveis em água. Os lipídios de reserva de energia são
as gorduras e óleos que são derivados de ácidos graxos. Já os lipídios
estruturais de membranas são os fosfolipídios e os esteróis. (NELSON; COX,
2006).
Para energia são utilizados os ácidos graxos, que são lipídios
sintetizados inicialmente no fígado e intestinos, armazenados nos tecidos
adiposos, na forma de glicerol e triacilglicerol. (BAYNES; DOMINICZAK, 2007).
Os lipídios mais importantes são os fosfolípides, o colesterol, os
triglicerídeos e os ácidos graxos. Possuem funções na estrutura das
membranas celulares, fluidez da membrana, precursores de hormônios
esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina D, respectivamente.
As gorduras e os óleos puros são geralmente, sólidos e líquidos,
respectivamente de cor branca ou amarela. Gorduras e óleos puros são
inodoros e insípidos. Contudo, após certo período as gorduras tornam- se
rançosas, e desenvolvem um odor e sabor desagradáveis. Gorduras e óleos
são insolúveis em água, mas são solúveis em solventes líquidos orgânicos tais
como o benzeno, acetona e éter. Gorduras não difundem através das
membranas. São mais leves do que a água e apresentam uma sensação
escorregadia ao tato. Gorduras e óleos formam uma emulsão temporária
20
quando agitados com água. A emulsão pode tornar- se permanente pela adição
de um agente emulsificante como o sabão. Gorduras e óleos devem ser
emulsificados pela bile antes que possam ser digeridos. (SACKHEIM;
LEHMAN, 2001).
Os ácidos carboxílicos ou graxos possuem cadeias de hidrocarbonetos
de 4 a 36 átomos de carbono. Os ácidos graxos variam entre si, podendo ter
ramificações ou não, uma ou mais ligações duplas. (NELSON; COX, 2006).
As gorduras são classificadas de acordo com a ligação existente nos
ácidos graxos, são elas: gorduras saturadas, gorduras monoinsaturadas,
gorduras poliinsaturadas, ácidos graxos trans (gordura trans).
As gorduras saturadas apresentam triacilgliceróis, com composição de
ácidos graxos que não apresentam em suas cadeias ligações duplas. O
consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas está relacionado com o
aumento dos valores plasmáticos do colesterol total e do colesterol LDL,
chamado de colesterol ruim. (CHAMPE; HARVEY; FERRIER, 2009). A gordura
saturada é normalmente proveniente de animais, nas carnes, banhas, em óleo
e derivados do coco e palmeira e laticínios.
Os ácidos graxos saturados de cadeias longas, não possuem
solubilidade em água, já os de cadeia média, são solúveis em água. Os ácidos
graxos saturados mais comuns são o palmítico, esteárico, mirístico e láurico.
A gordura saturada é normalmente proveniente de gorduras animais, nas
carnes bovinas e suínas, gordura de leite banhas, em manteiga de cacau, em
óleo e derivados do coco e palmeira. (BAYNES; DOMINICZAK, 2007).
Nas gorduras monoinsaturadas, os ácidos graxos dos triacilgliceróis,
apresentam uma ligação dupla. Esse tipo de gordura não é prejudicial à saúde,
aumentando o colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade) e diminuem os
níveis de colesterol e LDL no plasma. A dieta do mediterrâneo é um exemplo
de alimentação rica em gorduras monoinsaturadas, que são vegetais, peixes,
óleo de oliva. (CHAMPE; HARVEY; FERRIER, 2009). Outros alimentos como o
abacate, óleo de canola, óleo de girassol, e óleo de amendoim, castanhas,
semente
de
linhaça
são
alimentos
que
também
contém
gordura
monoinsaturada.
Os ácidos graxos das gorduras polinsaturadas possuem mais de uma
ligação dupla. Os ácidos graxos Linoléico e linolênico, chamados comumente
21
de ômega 6 e ômega 3, são exemplos de ácidos graxos polinsaturados. Que
são ácidos graxos essenciais.
O ácido linoléico (ômega 6), substitui o ácido graxo saturado, com isso
diminui o colesterol plasmático, e as lipoproteínas LDL e HDL. Alimentos como
nozes abacate, soja, azeitonas, óleo de gergelim, algodão e milho contem a
presença do ácido. O ácido linolênico (ômega 3), impede o aparecimento de
arritmia cardíacas, reduz as taxas de triacilgliceróis séricos, diminuem risco de
trombose de pressão sanguínea e doenças cardiovasculares, embora não
apresentem tanto efeito nos colesteróis HDL E LDL. Os alimentos que contem
o ácido linolênico são óleos de peixes, plantas e castanhas. (CHAMPE;
HARVEY; FERRIER, 2009). O ácido linoléico, não é sintetizado pelo corpo, e é
fornecido através da alimentação e já o linolênico é sintetizado pelo organismo
através do ácido linoléico, e tem como função a síntese de prostaglandinas.
(SACKHEIM; LEHMAN, 2001).
Os
ácidos
graxos
trans,
são
classificados
como
insaturados
quimicamente, mas no organismo se comportam como saturados, pois
aumentam o colesterol LDL, com isso aumenta o risco de doenças
cardiovasculares. Os ácidos trans são produzidos na hidrogenação dos óleos
vegetais líquidos, e presentes em poucas quantidades nos animais, e esta
presente em vários alimentos industrializados (biscoitos, salgadinhos, sorvetes
e margarinas) e deve conter no rótulo dos alimentos a quantidade presente.
(CHAMPE; HARVEY; FERRIER, 2009).
Os lipídios começam a ser degradados no estômago, por ação da
enzima lipase lingual que é estável em meio ácido. Após a outra lipase a
gástrica é secretada através da mucosa gástrica. As lipases desempenham a
função de digestão dos lipídios principalmente em certas condições
importantes como em neonatos, em indivíduos com insuficiência pancreática.
(CHAMPE; HARVEY; FERRIER, 2009).
No fígado, algumas das gorduras são transformadas em fosfolipídios;
assim, o sangue que deixa o fígado contém gorduras e fosfolipídios.
Esses fosfolipídios, tais como a esfingomielina e lecitina, são
necessários para a formação de nervos e tecidos cerebrais. As
lecitinas (fosfatidil colinas) estão também envolvidas no transporte de
gorduras para os tecidos. A cefalina, um outro fosfolipídio, esta
envolvida na coagulação normal do sangue. Depois de passar pelo
fígado, uma parte das gorduras vai para as células, onde são
22
oxidadas para fornecer calor e energia. O excesso de gordura, acima
daquele necessário para as células, é armazenado na forma de
tecido adiposo. (SACKHEIM; LEHMAN, 2001, p. 479).
Ocorre no intestino delgado à emulsificação dos lipídios, que dispersa os
lipídios para que as enzimas digestivas promovam a degradação. A
emulsificação pode ocorrer através dos sais biliares, ou pelo peristaltismo
realizado pelo intestino delgado.
Agentes surfactantes como os fosfolipídios, os ácidos graxos e os
monoacilgliceróis. Ajudam na emulsificação e facilitam para a ligação das
lipases, assim facilitam a emulsificação dos lipídios e a hidrolisar os
triglicerídeos. (BAYNES; DOMINICZAK, 2007).
Os sais biliares são provenientes do colesterol, e são produzidos no
fígado e armazenados na vesícula biliar. Os sais biliares reagem com os
lipídios ingeridos e com as substancias presentes no duodeno, realizando a
estabilização as partículas. (CHAMPE; HARVEY; FERRIER, 2009).
No processo de degradação de lipídios, as células do duodeno e jejuno
produzem um hormônio a colecistocinina (CCK). A CCK atua sobre a vesícula
biliar e sobre células do pâncreas, contrai e libera a bile, e liberando enzimas
digestivas. Além disso, células do intestino produz outro hormônio a secretina
que induz o fígado e pâncreas a liberar uma solução aquosa rica em
bicarbonato que neutraliza o pH do intestino. (CHAMPE; HARVEY; FERRIER,
2009).
A absorção de lipídios pelas células epiteliais do intestino delgado
ocorre por difusão através da membrana plasmática. Quase 100%
dos ácidos graxos e 2- Monoacilgliceral são absorvidos, sendo ambos
levemente hidrossolúveis. Os lipídios insolúveis em água são pouco
absorvidos – só 30%-40% do colesterol da dieta é absorvido. Os sais
biliares vão até o íleo, onde são absorvidos, e retornam ao fígado via
circulação êntero-hepática. (BAYNES; DOMINICZAK, 2007, p.129).
Os produtos da degradação dos lipídios são monoglicerídeos e
diglicerídeos, ácidos graxos e glicerol que são transformados em triglicerídeos
e fosfoglicerídeos que saem do intestino delgado e vai até a corrente
sanguínea. (SACKHEIM; LEHMAN, 2001)
Os lipídios são classificados em simples, complexos e derivados: os
simples são os que depois da hidrolise produz apenas um ácido graxo e um
álcool. Os complexos é o resultado da hidrolise com um ou mais ácidos graxos,
23
um álcool e outro composto. Os derivados, constituídos de simples e
complexos, que após a hidrolise, são formados pelo metabolismo dos ácidos
graxos que são transformados, possuem além dos ácidos graxos, álcool e
glicerol, outros componentes como as vitaminas lipossolúveis, prostaglandinas,
corpos cetônicos.
A hidrólise das gorduras acontece no tecido adiposo por ação da lipase
hormônio sensível (LHS), que promove a quebra das ligações de éster e dos
componentes de triacilgliceróis. Alguns hormônios dificultam a LHS na quebra
das gorduras, por realizar função contrária e são chamados de lipolítico.
Exemplos de hormônios lipolíticos são a insulina, glucagon, adrenalina,
hormônio do crescimento, e corticóides. (FERREIRA, 2008).
Segundo a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da
Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, o transporte dos lipídios sintetizados no intestino e no fígado são
transportados por diferentes lipoproteínas, os quilomícrons transportam os
lipídios absorvidos pelo intestino, já no fígado quem realiza esse transporte são
as VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade), IDL (lipoproteínas de
densidade intermediária), LDL e HDL. (SPOSITO et al., 2007).
As lipoproteínas plasmáticas são formadas por lipídios hidrofóbicos e
lipídios polares e apoproteínas. São sintetizadas e secretadas pelo fígado ou
intestino. Suas funções principais são de solubilizar os lipídios presente no
plasma e regular a entrada e saída dos lipídios de células-alvo e tecidos.
(SIQUEIRA; ABDALLA; FERREIRA, 2006).
Quando há excesso de gorduras no organismo ela fica armazenada no
tecido adiposo sob a pele ou ao redor dos órgãos. O organismo tem equilíbrio
entre a gordura armazenada no corpo e a gordura presente no sangue. As
gorduras armazenadas são constantemente gastas e renovadas. (SACKHEIM;
LEHMAN, 2001).
As gorduras saturadas e colesterol, que são oriundos da dieta
influenciam nos níveis de lipídios plasmáticos. A maioria das pessoas tem a
capacidade se absorver metade do colesterol da luz intestinal, já a minoria é
hiperresponsiva, absorvendo maior quantidade. (SPOSITO, 2007).
24
Nos vegetais, o teor de colesterol é, em média, 100 vezes menor do
que nos animais – em óleos vegetais é tão baixo que, para fins
dietéticos, é considerado igual a zero. As plantas contêm quantidades
consideráveis de outros esteroides, os fitoesteróides, que diferem do
colesterol apenas quanto aos substituintes da cadeia lateral.
(MARZOCCO; TORRES, 2007).
Os lipídios são menos densos que a água, com isso não se dissolvem
no sangue e se apresentam instáveis. Os lipídios precisam ser transportador de
um tecido a outro seja para armazenamento ou para utilização. Os lipídios
presentes no plasma podem ser analisados quantitativamente, por reações
químicas fotocolorimétricas. (FERREIRA, 2008).
O perfil lipídico é determinado através das dosagens de colesterol total,
colesterol HDL, e triglicerídes, e a determinação do Colesterol LDL, Colesterol
VLDL e lipídios totais.
2.2 Colesterol
O
colesterol
e
seu
excesso
são
relacionados
com
doenças
cardiovasculares, no entanto ele é essencial para o bom funcionamento do
organismo. O aumento dos níveis de colesterol acontece devido a alimentação
rica em alimentos que contem colesterol, e já que o organismo consegue
sintetizar o colesterol, ocorre o excesso. (NELSON; COX, 2006).
O colesterol é um lipídio e tem várias funções no organismo. Está
presente nas membranas celulares dos mamíferos, precursor de hormônios
esteróides, de ácidos biliares e de vitamina D e é o esterol mais abundante.
A taxa de colesterol no plasma de uma pessoa sadia é normalmente de
150 a 200 mg/ dL. O colesterol do organismo tem origem da dieta alimentar ou
dos tecidos periféricos. E por dia chegam ao fígado para ser eliminado
aproximadamente 1.300 mg de colesterol. O colesterol é eliminado através da
bile, cerca de 550 mg, ou através do armazenamento de colesteril-ésteres ou
pela incorporação em VLDL e secreção na circulação. A quantidade sintetizada
pelo fígado por dia é de aproximadamente 800 mg de colesterol. (DEVLIN,
2011).
A estrutura do colesterol possui um peso molecular de 386 Da e
contem 27 átomos de carbono, entre os quais 17 estão incorporados
nos quatro anéis fusionados, dois são de grupo metila angulares
ligados nas junções dos anéis AB e CD e oito formam a cadeia
25
lateral periférica. O colesterol é quase inteiramente composto de
átomos de carbono e hidrogênio; há um grupo hidroxila solitário
ligado ao átomo de carbono 3. É também quase que completamente
saturado possuindo apenas uma ligação dupla entre os átomos de
carbono 5 e 6. Em termos de estrutura tridimensional, a estrutura em
anel do colesterol é aproximadamente plana. (BAYNES;
DOMINICZAK, 2007, p. 217).
O colesterol é um esterol, que são lipídios estruturais que fazem parte
das membranas de grande parte das células. A estrutura é caracterizada por
ter um núcleo esteróide, com quatro anéis fundidos entre si. O colesterol é o
mais importante esterol, é tem característica de ser anfipático, onde a cabeça é
polar e corpo não-polar. (NELSON; COX, 2006).
FIGURA 1 - Estrutura do Colesterol
Fonte: ESTRIDGE; REYNOLDS, 2011
No organismo o colesterol é produzido por todas as células do corpo, em
especial o fígado em maior quantidade, o intestino, o córtex supra- renal e
tecidos reprodutivos (testículos, ovários e placentas). (CHAMPE; HARVEY;
FERRIER, 2009).
Os níveis séricos de colesterol são afetados por vários fatores como a
idade, dieta rica em gordura, gordura saturada e colesterol, genética,
hormônios sexuais endógenos, peso corporal, doenças, drogas, nível de
atividade física, tolerância a glicose e estação do ano. (MAHAN; ESCOTTSTUMP, 2005).
26
Nos humanos o desequilíbrio de produção de colesterol no organismo
gera vários problemas. No excesso do colesterol sintetizado pelo organismo
juntamente com o colesterol obtido pela dieta que são para as funções do
corpo, pode se desenvolver o acumulo de colesterol nos vasos sanguíneos,
obstruindo a passagem normal do sangue, formando placas, a patologia é
chamada de aterosclerose. (NELSON; COX, 2006).
O colesterol é sintetizado a partir do seu constituinte o acetil-CoA, e foi
dividido em quatro etapas: Síntese do mevalonato a partir do acetato,
conversão do mevalonato em duas unidades de isopreno ativado, a
condensação de seis unidades de isopreno ativadas para formar o esqualeno e
conversão do esqualeno no núcleo esteroide com quatro anéis. A primeira
etapa consiste em duas moléculas de acetil-CoA se condensarem e formar o
acetoacetil-CoA, que se condensa outra acetil-CoA, formando o β-hidroxi-βmetilglutaril- CoA (HMG-CoA). As enzimas que catalisam as primeiras
reações são a tiolase e HMG-CoA sintase. Após acontece a reação de redução
do HMG-CoA em mevalonato, onde o NADPH doa dois elétrons. (NELSON;
COX, 2006).
A segunda etapa, três fosfatos são transferidos de três moléculas de
ATP para o mevalonato. Forma-se então o Δ³-isopentenil pirofosfato. A
isomerização do Δ³-isopentenil pirofosfato libera o dimetilalil pirofosfato. A
terceira etapa, consiste no isopentenil pirofosfato e o dimetilalil pirofosfato, se
condensa, onde o pirosfosfato é deslocado e se forma o geranil pirofosfato. O
geranil pirofosfato se condensa com o isopentenil pirofosfato, liberando o
farnesil pirofosfato. Duas moléculas de farnesil pirofosfato unem cabeça com
cabeça formam o esqualeno e elimina dois grupos pirofosfatos. (NELSON;
COX, 2006).
A quarta etapa é quando o esqualeno passa de estrutura linear para
cíclica. A esqualeno monoxigenase, adiciona oxigênio O2, na extremidade do
esqualeno, assim forma o epóxido. O NADPH reduz um átomo de oxigênio em
H2O. o posicionamento das cadeias duplas do esqualeno 2,3-epóxido que faz
com que o epóxido passe de linear para cíclico. Com essa ciclização forma o
lanosterol, e em seguida é convertido em colesterol. (NELSON; COX, 2006).
27
FIGURA 2 - Síntese de Colesterol e vias relacionadas
Fonte: BAYNES; DOMINICZAK, 2010
O colesterol sintetizado tem três destinos principais sendo elas:
colesterol biliar, ácidos biliares e ésteres de colesterol, que ajudam na digestão
dos lipídios,
armazenamento de
energia,
incorporados
me partículas
lipoproteicas. (NELSON; COX, 2006).
Com a concentração de colesterol total elevada, pode ser feito um
cálculo para estabelecer o fator de risco, utilizando os valores de HDL e LDL. O
HDL com um valor acima da média indica a redução de infarto do miocárdio em
até um terço. Os exames de colesterol total e frações de colesterol, são
considerados exames de rotina a partir do momento que houve conhecimento
da doença arterial coronariana e a função do colesterol na mesma. O fator de
risco é calculado através da razão LDL/HDL. E quanto menor o valor do
28
resultado, menor o risco para doença cardíaca. (ESTRIDGE; REYNOLDS,
2011).
O colesterol pode ter vários destinos, além de participar das membranas
celulares, ele pode ser excretado nas de fezes em forma de coprostanol e
colestanol; pode ser convertido em sais e ácidos biliares, vitamina D, e a
hormônios esteróis. (FERREIRA, 2008).
2.3 Triglicerídeos
Triglicerídeos ou triacilgliceróis, chamados também de gorduras neutras
são os lipídios mais comuns, são ésteres do álcool glicerol. O glicerol possui
três grupos hidroxilas, que podem reagir com três moléculas de ácidos
carboxílicos (ácido graxo), formando um triéster, ou seja, um triglicerídeo. O
nome químico correto é triacilglicerol, que indica que três grupos acila se
juntaram ao glicerol. No triacilglicerol o grupo acila é de origem do ácido graxo.
(UCKO, 1992).
Na grande maioria das células eucariontes, o triacilglicerol é formado no
citosol. Nos vertebrados, em adipócitos que os armazenam como gotículas de
gordura na célula. Armazenados também em sementes de vegetais na forma
de óleos. Nos adipócitos e sementes na fase de germinação possuem lipases
que são enzimas que hidrolisam os triacilgliceróis. (NELSON; COX, 2006).
Os triglicérides são formados a partir de três ácidos graxos ligados a
uma molécula de glicerol e constituem uma das formas de
armazenamento energético mais importante no organismo,
depositados nos tecidos adiposo e muscular. Os ácidos graxos
podem ser classificados como saturados (sem duplas ligações entre
seus átomos de carbono), mono ou polinsaturados de acordo com o
número de ligações duplas na sua cadeia. Os ácidos graxos
saturados mais freqüentemente presentes em nossa alimentação
são: láurico, mirístico, palmítico e esteárico (que variam de 12 a 18
átomos de carbono). Entre os monoinsaturados, o mais freqüente é o
ácido oléico que contém 18 átomos de carbono. Quanto aos
polinsaturados,
podem
ser
classificados
como
ômega-3
(eicosapentaenóico, docosahexaenóico e linolênico), ou ômega-6
(linolêico) de acordo com presença da primeira dupla ligação entre os
carbonos, a partir do grupo hidroxila. (SPOSITO et al., 2007, p. 4).
A síntese de triacilgliceróis acontece a partir dos precursores acil-graxosCoA, L-glicerol 3-fosfato, formados a partir das enzimas glicerol3-fosfato
desidrogenase, glicerol quinase, acil-Coa sintetases. A fase inicial da síntese
29
de triacilgliceróis consiste na acilação de dois grupos hidroxilas livres do
glicerol3-fosfato
com
duas
moléculas
de
acil-graxo-CoA
formando
o
diacilglicerol 3-fosfato chamado de fosfatidato , que é o intermediário central na
biossíntese de triacilgliceróis podendo ser transformado em triacilglicerol ou
em glicerofosfolipídios. O fosfatidato é hidrolisado pelo ácido fosfatídico
fosfatase formando
o 1,2-diacilglicerol com um ácido-graxo-CoA
são
convertidos em triacilgliceróis. (NELSON; COX, 2006).
A hidrólise dos triacilgliceróis pode acontecer liberando ácidos graxos e
glicerol. Acontece a formação de sais de ácidos graxos quando a hidrólise
ocorre em meio alcalino, que são sabões. A saponificação é o principio de
fabricação de sabão a partir de gordura animal fervida em presença de NaOH
ou KOH. (MARZZOCO; TORRES, 2007).
As concentrações de triglicérides podem estar anormais em algumas
condições devido o glicerol estar livre, com no exercício físico, doença hepática
aguda, diabete melito, nutrição parenteral ou medicação intravenosa que
contém o glicerol. Com isso é recomendado que se repita a análise, devido
essas condições alterarem as condições de triglicérides, assim tendo uma
analise errônea. (SPOSITO, 2007).
2.4 Lipoproteínas
Os lipídios por serem insolúveis em meio aquoso, necessitam de
algumas substâncias para que realizem seu transporte. Essas substâncias são
denominadas de lipoproteínas.
Os lipídios presentes no plasma se apresentam na forma de complexos
macromoleculares de proteínas especificas e transportadoras que são as
apolipoprotéinas, que conjugadas a moléculas de colesterol, fosfolipídios e
triacilgliceróis. (NELSON; COX, 2006).
As lipoproteínas possui uma parte de composição proteica, chamadas
apolipoproteinas que são proteínas especificas. As apolipoproteinas são
importantes no transporte de lipídios na ativação e inibição de enzimas
envolvidas no metabolismo dos mesmos. Também na ligação de lipoproteínas
aos receptores das células. (HENRY, 2008).
30
As lipoproteínas plasmáticas são os quilomicrons, as lipoproteínas de
densidade muito baixa (VLDL), as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e as
lipoproteínas de alta densidade (HDL). O que as difere são a composição de
lipídios e proteínas, no tamanho na densidade e no sitio de origem. Os
quilomicrons possuem a menor densidade e tamanho maior apresentando a
mais lipídios e menos proteínas. As VLDL E LDL possui maior proporção de
proteínas/ lipídios, e LDL são mais densas. (CHAMPE; HARVEY; FERRIER,
2009).
De acordo com a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção
da Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, as lipoproteínas tem função de tornar solúvel os lipídeos além de
transportar os triglicerídeos e o colesterol entre os órgãos e tecidos. (SPOSITO
et al, 2007).
As lipoproteínas são constituídas por núcleo com lipídios neutros, que
são envolvidos por uma camada de apolipoproteinas, fosfolipídios e colesterol
livre, que tem caráter polar e apolar. (CHAMPE; HARVEY; FERRIER, 2009).
2.4.1 Lipoproteína de alta densidade
A lipoproteína de alta densidade (HDL) tem função oposta às outras
lipoproteínas LDL e VLDL. A HDL transporta o colesterol dos tecidos para o
fígado. As HDL são formadas no plasma e no meio extravascular.
A constituição da HDL é de 50% de apoproteínas, 20% de colesterol
livre e esterificado, 15% de fosfolipídios e 5% de triglicerídeos. As principais
apolipoproteínas presentes na HDL são as apoA – I e II, apoC – I, II e III, apoE
e apoJ. (FORTI; DIAMENT, 2006).
31
FIGURA 3 - Estrutura da Lipoproteina HDL
Fonte: SILVA, 2005, p. 150
Inversamente
ás
lipoproteínas
VLDL
e
LDL
que
possuem
a
apolipoproteína B-100, que é reconhecida por tecidos, a HDL tem função
diferenciada. O transporte reverso faz com que o colesterol que estava nos
tecidos sejam levados para o fígado pela ação das HDL. Com isso acontece
um equilíbrio no organismo em relação às lipoproteínas, e diminuindo o risco
de aterosclerose. (BIASE et al, 2005).
No metabolismo do colesterol ocorre um processo denominado de
esterificação do colesterol, que ocorre principalmente nas HDL, que estabiliza
o transporte da HDL no plasma. Possui outras funções que são contribuintes
para a boa saúde contra a aterogênese, como a remoção de lipídios oxidados
da LDL, inibe que as moléculas de adesão e monócitos estimulam a liberação
de óxido nítrico. (SPOSITO et al., 2007).
Valores elevados da lipoproteína HLD é normalmente associado com
hábitos saudáveis. Alimentação balanceada sem o consumo de alimentos ricos
em gorduras saturadas e colesterol e a prática de exercícios físicos
regulamente.
As partículas de HDL contêm a enzima paraoxonase, capaz de
hidrolisar os peróxidos lipídicos, catalisando a ruptura dos fosfolípides
oxidados em LDL e eliminam os produtos de oxidação da LDL
(lipoperóxidos e lisofosfatidilcolina). As ações anticoagulante e prófibrinolítica baseiam-se na inibição da ativação do fator X, da ativação
32
plaquetária, e da secreção de plasminogênio tecidual (tPA) e de
inibidor do plasminogênio (PAI). Estimulam, também, a atividade da
proteína C-reativa. (FORTI; DIAMENT, 2006).
A HDL possui a característica de ser antiaterogênica, e apesar de sua
principal e mais conhecida função ser de transportar o colesterol inversamente,
existe outras funções também muito importantes para o bom funcionamento e
equilíbrio do organismo. Estudos in vitro e em animais de experimentação
relatam que a HDL possui função de antioxidante, antiinflamatório, anti
agregante plaquetario, anticoagulante, pró-fibrinolitico e proteção endotelial.
(FORTI; DIAMENT, 2006).
2.4.2 lipoproteína de baixa densidade
As LDL (Low Density Lipoprotein) são formadas a partir da VLDL, num
processo de catabolismo por ação da lipase hepática. A quebra da VLDL, que
remove os triacilgiceróis e formam a LDL.
As LDLs são ricas em colesterol e ésteres de colesterol e a apoB 100 é
a principal apolipoprotéina. As LDLs na corrente sanguínea contém apoB 100,
que é reconhecida pelas receptores de superfície específicos de LDL, em
células que captam o colesterol. Essa ligação entre LDL e receptor, resulta em
uma endocitose da LDL e o receptor para dentro da célula, e dentro do
endossomo que ligado ao lisossomo, ocorre a hidrolise de ésteres de colesterol
libera o colesterol e ácidos graxos no citosol. (NELSON; COX, 2006).
Na hidrólise da LDL apenas o receptor da LDL que não é degradado, a
apoB 100, é degradada em aminoácidos, já o receptor de LDL retornar para a
superfície da célula e continua a captar as moléculas. O receptor de LDL
também reconhece a apoE atuando na captação de quilomicrons e VLDL
remanescentes. (NELSON; COX, 2006).
2.4.3 Lipoproteína de muito baixa densidade
As VLDL (Very Low Density Lipoprotein) são formadas principalmente
por triacilgliceróis de origem endógena, produzidas no fígado elas fazem o
carregamento dos triacilgliceróis do fígado até as células de tecidos periféricos.
33
As VLDL contém também colesterol e as apolipoprotéinas apoB 100,
apo C I, apo C II, apo C III e apo E. As VLDL são transportadas do fígado para
os músculos e tecido adiposo, onde a lipase é ativada pela apo C II e com isso
ocorre à separação dos ácidos graxos livres dos triglicerídeos das VLDL.
(NELSON; COX, 2006).
Depois de produzidas as VLDL são liberadas na corrente sanguínea
através do fígado apresentando em sua superfície apo C-II e apo B-100 e apo
E que ajudam na ativação da lipase. O triacilglicerol é degradado pela lipase
proteica, de acordo com a movimentação da VLDL pela corrente sanguínea, e
assim as VLDLs se tornam menores e mais densas. O triacilglicerol é
transferido para as HDL, ao mesmo tempo em que acontece a troca de
colesterol da HDL para a VLDL. (CHAMPE; HARVEY; FERRIER, 2009).
A partir da VLDL surgem as IDLs e as LDLs. As IDLs permanecem
pouco tempo na corrente sanguínea, já a LDL, permanece muito tempo.
Como a VLDL perde os triacilgliceróis, então é convertida em
remanescente VLDL, chamada também de lipoproteínas de densidade
intermediária, IDL. (NELSON; COX, 2006).
As VLDL possuem uma razão menor de lipídio/ proteína, e flutuam em
densidade mais alta. Por ser relativamente maior a VLDL quando em excesso o
plasma se apresenta com aspecto turvo. (HENRY, 2008).
2.5 Índice de Massa de Corpórea
O IMC (índice de massa corpórea) é uma medida indireta, mas que
estabelece relação entre a quantidade de gordura corporal e obesidade. O IMC
fornece uma medida de peso relativo, com uma altura. Com o valor do IMC é
possível comparar os níveis de uma população estudada, ou comparando uma
população em relação á outra. (CHAMPE; HARVEY; FERRIER, 2009).
Segundo Champe, Harvey e Ferrier (2009), a fórmula utilizada para o
calculo do IMC de homens e mulheres esta representada abaixo:
IMC = (peso em Kg)/(altura em metros)²
IMC= (peso em libras)/(altura em polegadas)² x 703. (CHAMPE;
HARVEY; FERRIER, 2009).
34
O IMC determina o estado nutricional do individuo, porém não é usado
como indicação definitiva. (BAYNES; DOMINICZAK, 2007).
O IMC reflete a quantidade de gordura corpórea,
que pode
aproximadamente avaliar a obesidade. Mas não define a obesidade somente
com o IMC. Um individuo pode ser considerado obeso com o IMC acima de 30.
(MARZOCCO; TORRES, 2007).
A gordura corporal é a gordura que tem além do que é necessário,
calorias a mais que o corpo vai utilizar. O tecido adiposo se localiza sob a pele,
na cavidade abdominal, nas glândulas mamárias e em volta dos órgãos. O
tecido adiposo é constituído por triacilgliceróis e outros ácidos graxos. A
proporção normal de gorduras representada como massa corpórea total é de
14 a 20% nos homens e de 21 a 27% nas mulheres. Na maioria das vezes a
gordura tende a se localizar nos homens na parte superior do corpo e nas
mulheres na parte inferior. (UCKO, 1992).
2.6 Obesidade
A obesidade é uma doença mundial, e um processo multifatorial,
sustentado por uma tríade epidemiológica: hospedeiro, agente e ambiente.
(FASSINA; TEIXEIRA, 2010).
Nas últimas décadas tem havido rápido e crescente aumento no
número de pessoas obesas, o que tornou a obesidade um problema
de saúde pública. Essa doença tem sido classificada como uma
desordem primariamente de alta ingestão energética. No entanto,
evidências sugerem que grande parte da obesidade é mais devida ao
baixo gasto energético que ao alto consumo de comida, enquanto a
inatividade física da vida moderna parece ser o maior fator etiológico
do crescimento dessa doença nas sociedades industrializadas.
(CIOLAC; GUIMARÃES, 2004).
A obesidade esta associada ao aumento da gordura corporal, devido o
excesso da energia que não é gasta.
A obesidade em adultos geralmente esta associada á hiperlipidemia,
hipertensão,
adolescentes,
doenças
está
cardiovasculares
relacionado
á
e
câncer,
diabetes,
já
nas
distúrbios
crianças
e
emocionais,
complicações ortopédicas, colelitiase, doença ovariana, policística, esteatose
35
hepática não alcoólica e síndrome de apneia-hipoventilação. (FASSINA;
TEIXEIRA, 2010).
A obesidade esta associada ao aumento da gordura corporal, devido o
excesso da energia que não é gasta. O controle da obesidade não está
somente em gastos de energia ingeridas, como também devem ser observado
outros fatores como a hereditariedade, genética a fisiologia, e também as
questões sociais, psicológicas e culturais do indivíduo.
Segundo a Sociedade Brasileira de endocrinologia e Metabologia, foi
realizada uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, onde quase
metade da população brasileira está acima do peso. Em 2006 42,7% da
população estava acima do peso e em 2011, esse número passou para 48,5%.
Nesse mesmo estudo foi revelado que o sobrepeso é prevalente em homens,
52,6% deles está acima do peso ideal. Já as mulheres, esse valor é de 44,7%.
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, 2012).
2.7 Aterosclerose
No Brasil uma das mais comuns causa de morte são as doenças
cardiovasculares. A mais prevalente é aterosclerose, que na maioria das vezes
começa na infância e se apresenta de forma assintomática, causando
obstrução de artérias por trombos e placas de ateromas. (KERBER;
ANTUNES; CAVALETT, 2010).
A aterogênese tem início com a formação de estrias gordurosas
precursoras das placas de ateroma. Essas começam a surgir na aorta
a partir dos três anos de idade e, na adolescência, passam a atingir
as coronárias, progredindo, subsequentemente, nas outras fases do
ciclo vital. Têm evolução lenta e silenciosa, e as manifestações
clínicas na vida adulta repercutem sob diversas condições mórbidas
do aparelho circulatório que culminam nas elevadas taxas de
mortalidade. A literatura aponta para o início da aterosclerose já na
infância pelo aumento do colesterol plasmático, que pode ser
potencializado no decorrer da vida pela obesidade e por outros
fatores, como história familiar, inatividade física, dieta inadequada e
hipertensão arterial. (PEREIRA et al., 2010).
A aterosclerose é uma doença que pode ter várias causas, por vários
fatores, e que acomete as medias e grandes artérias, formando camadas que
impedem que o sangue flua normalmente.
36
FIGURA 4 – Ateroma: Corte Lateral
Fonte: Silva, 2005 p.150
A aterosclerose é uma doença das grandes artérias, caracterizada pelo
aparecimento de depósitos lipídicos chamados placas ateromatosas. Nestas
placas são encontrados grandes depósitos de colesterol e também de cálcio,
caracterizando alterações degenerativas das paredes dos vasos, tornando- as
endurecidas e de fácil rompimento. As placas podem atravessar a íntima dos
vasos provocando o desenvolvimento de coágulos sanguíneos que podem
formar trombos ou êmbolos. (SILVA, 2005).
O trombo pode ser formado a partir da atividade de macrófagos pela
ação das lipoproteínas LDL e HDL. A LDL oxidada converte os macrófagos em
células espumosas, a HDL diminui o número e a atividade dos macrófagos, que
impede o rompimento da placa, formando o trombo. (MAHAN; ESCOTTSTUMP, 2005).
Existem fatores que predispõe a aterosclerose, hereditários ou
adquiridos como a hipertensão, sedentarismo, alimentação inadequada,
diabetes, obesidade, que são passiveis ao tratamento e a regressão da
aterosclerose.
A doença aterosclerótica é atualmente uma das principais causas de
morbimortalidade no Brasil e no mundo. É multifatorial, podendo ter
início silencioso na infância, com progressão durante a adolescência
e a idade adulta. Recentemente, tem sido reconhecido que alterações
dos níveis séricos de lipídeos na infância podem ser preditivas da
ocorrência de doença cardiovascular em adultos. Isso se baseia no
fenômeno de trilha (tracking), em que ocorre uma forte tendência das
crianças manterem os mesmos percentis de colesterol até a vida
adulta. Além disso, a persistência de um perfil lipídico desfavorável
37
aumenta o risco de eventos coronarianos, o que justifica a
importância de adotar medidas de prevenção já na infância. (RAMOS
et al., 2011).
Fator de risco é definido como característica ou elemento endógeno e
exógeno que correlaciona com a probabilidade de desenvolver alguma
enfermidade. Foi instituído na 27ª Conferência de Bethesda, do Colégio
Americano de Patologia, distribuiu os fatores de risco da aterosclerose em
quatro classes. Sendo a Classe I – os fatores que quando há a intervenção,
reduzem o risco de doença coronariana (LDL, dietas hiperlipidicas, hipertensão
arterial, hipertrofia ventricular esquerda, tabagismo e fibrinogênio sérico).
Classe II - aqueles que diante a intervenção provavelmente reduzem o
risco(diabetes, sedentarismo, HDL, triglicerídeos obesidade pós-menopausa).
Classe III – fatores que se modificados talvez reduzam as consequências
(fatores psicossociais, lipoproteína, homocisteina, estresse oxidativo e ingestão
de bebidas alcoólicas). Classe IV – fatores relacionados com o aumento do
risco de doença aterosclerótica coronariana, mas sem modificar ou alterar
(idade, sexo, estado socioeconômico, história familiar, e DAC precoce.
(ROVER et al., 2011).
2.8 Dislipidemias
Dislipidemias ou hiperlipidemia é o aumento das concentrações
plasmáticas de colesterol, triglicerídeos e sua fração LDL, e a diminuição de
HDL.Um
dos
fatores
que
predispõe
o
aparecimento
de
doenças
cardiovasculares são as dislipidemias.
Normalmente a dislipidemia ocorre posteriormente á obesidade infantil,
em geral acontece á associação das mesmas. E acontece devido ao acumulo
de lipoproteínas no compartimento plasmático, redução da hidrólise de
triacilglicerol ou alguma deficiência nas apolipoproteínas.
Segundo a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da
Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, a dislipidemia primaria, pode ser classificada em genotípicamente
e fenotipicamente. Genotípica, são monogênicas e poligênica ( mutação em um
só gene, e múltiplas mutações, respectivamente). Fenotípica ou bioquímica
38
analisa os valores do colesterol total, colesterol- LDL, colesterol -HDL e
triglicerídeos. (SPOSITO, 2007).
As dislipidemias podem ocorrer, por vários motivos, sendo assim
acontece uma classificação. Se a dislipidemia acontecer após administração de
medicamentos ou doenças é classificada como secundária. Hipotireoidismo,
diabetes, alcoolismo crônico, doenças renais, e alguns medicamentos são
exemplos de dislipidemias secundárias. As dislipidemias classificadas como
primárias se dividem em Tipo I, IIa, IIb ,III ,IV. Tipo I, é determinada pelo
acumulo de triglicerídeos e de quilomícrons e diminuição da lipase lipoprotéica.
Tipo II a, acúmulo de colesterol- LDL associado com problemas genéticos. Tipo
II b acúmulo de colesterol e triglicérideos , por causa desconhecida. Tipo III
acúmulo de colesterol LDL e VLDL e aumento de colesterol e triglicerídeos.
Tipo IV aumento de triglicerídeos e diminuição da lipase. (SILVA, 2005).
As principais formas de controlar as dislipidemias são as mudanças do
estilo de vida e a administração de fármacos. Em primeiro momento é indicado
o tratamento sem o uso de medicamentos. As pessoas que não apresentam
resposta positiva só com mudança de hábitos e os com alto risco de
desenvolver aterosclerose, é iniciado o tratamento com medicamento. (ROVER
et al., 2011).
39
3 METODOLOGIA
3.1 Local de Estudo
Este trabalho será realizado com os alunos da Escola Municipal Cacilda
Caetano de Souza da cidade de Paracatu – MG.
3.2 Características do Município
O estudo será realizado no município de Paracatu, localizado no estado
de Minas Gerais/ Brasil. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), Paracatu possui uma área de 8230 km². Sua
população estimada em 2010 era de 84 718 habitantes. O município de
Paracatu está localizado na região Noroeste de Minas Gerais, se localiza a 500
Km de Belo Horizonte e 220 Km de Brasília, a capital federal. Os limites
municipais são: a norte: Unaí - MG; a sul: Vazante - MG e Guarda-Morí- MG; a
leste: João Pinheiro- MG e Lagoa Grande – MG; e a oeste: Cristalina – GO. A
altitude média em relação ao nível do mar atinge 500 a 950 metros de altura. O
município é banhado por vários rios, ribeirões e córregos sendo o mais
importante o Rio Paracatu. O nome do município é de origem tupi-guarani e
significa “Rio Bom”. A exploração mineral tecnificada e a agropecuária, são os
eixos sólidos da economia. (IBGE, 2011).
O município de Paracatu possui um Hospital municipal, doze Estratégia
saúde da Família (ESF), uma Clínica Especializada no atendimento da saúde
da mulher e da criança, uma clínica psicossocial (CAPS), um Laboratório
municipal, seis Laboratórios particulares, um Hospital com policlínicas
particulares.
3.3 Características do local de estudo
A Escola Cacilda Caetano de Souza é mantida pela Prefeitura Municipal
de Paracatu funciona desde 10 de março de 1988 pela Lei de Criação 1538/88.
40
A Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza está localizada na zona urbana
da cidade de Paracatu - MG, na Rua Nascente nº34 - Bairro JK, Telefone: (38)
3671 - 3867. A missão da Escola é proporcionar aos educandos a oportunidade
de integração á vida em sociedade e formação necessária ao desenvolvimento
de suas competências técnicas, científicas e politicas, como elementos de
auto-realização para a e o exercício consciente da cidadania. A escola é
dirigida pela diretora Esmeralda Pereira de Castro desde 2004. Os níveis e
modalidades de ensino ministrado na Escola é Ensino Fundamental do 1° ao 9°
ano, com crianças a partir de 9 anos.
A Escola possui 33 turmas distribuídas durante 3 turnos, sendo eles
turno do período matutino com 12 turmas, turno do período vespertino 12
turmas e turno
do período noturno com 9 turmas. As turmas dos turnos
matutino e vespertino são turmas regulares, já as do noturno são turmas do
projeto EJA (Educação de Jovens e Adultos).
A Escola atende a 492 alunos do ensino fundamental. O ensino
fundamental está organizado em dois segmentos do 1° e 5° e do 6° ao 9° ano.
Seu quadro de servidores totaliza 83 funcionários inclusive os docentes e o
pessoal administrativo. A Escola possui um quadro de funcionários habilitados,
serviço
de
Supervisão
Escolar
e
desenvolvimento
de
projetos
que
complementam a preparação dos alunos. Possui uma biblioteca a disposição
de pais alunos e comunidade, com mais de 8.000 livros. Possui 28
computadores na central de informática para o aprendizado dos alunos em
informática, sendo que 18 destes são novos enviados pelo MEC, e 10 já
existentes do projeto de inclusão digital (PROINFO).
A visão da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza é fundamentar o
processo ensino/ aprendizagem na liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber, arraigados em princípios
éticos e morais. A Escola trabalha acreditando que o aluno não é um ser que
deve receber informação, mas sim uma pessoa que deve construir seu
conhecimento, baseando em atitudes, valores e exemplos daqueles que são o
fundamento maior de uma sociedade justa, a família e a educação. Pensando
nisso, a Escola chama cada turma por um nome, antes eram nomes de flores
(Lírio, Orquídea, Crisântemo, Hortência, Flamboyant, Violeta, Girassol e
outras), atualmente chamam cada turma por valores (Justiça, Compreensão,
41
Dedicação, Paz, Esperança).
3.4 Tipos de estudo
Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo. Para Marconi e Lakatos
(2011), as investigações epidemiológicas, de cunho descritivo, têm a finalidade
de informar sobre a distribuição de um evento, na população, em termos
quantitativos. Quanto à abordagem, a combinação dos métodos quantitativo e
qualitativo produz a triangulação metodológica, que, numa relação entre
contrários complementares, busca a aproximação do positivismo e do
compreensivismo. Assim, a triangulação é uma tática de pesquisa que contribui
para alargar o conhecimento sobre determinado tema, alcançar os objetivos
traçados, observar e compreender a realidade estudada. (MARCONI E
LAKATOS, 2011).
3.5 Universo do estudo
O estudo foi realizado com 22 alunos do sexo feminino e masculino, com
14 e 15 anos de idade, matriculados na escola Cacilda Caetano de Souza, no
nono ano do Ensino Fundamental, e que frequentam as aulas no turno
matutino. A Turma escolhida é denominada como Justiça.
3.6 Variáveis estudadas
Para a consumação deste trabalho, analisaram-se as seguintes
variáveis: determinação de colesterol total, triglicérides, HDL-colesterol, LDL,
VLDL, peso (em quilogramas), altura (em centímetros) e Índice de Massa
Corporal (IMC).
3.7 Coleta de Dados
A Coleta de Dados foi feita através da Pesquisa Elaborada, pesagem e
medição de altura.
42
3.8 Desenvolvimento do Estudo
Para realização dos exames, foi necessário ter reuniões com a diretora
da escola a Senhora Esmeralda Pereira. Onde em primeiro momento foi
apresentado o projeto de estudo para a responsável da Escola Cacilda
Caetano de Souza. A turma foi sugestão da Diretora, onde fui apresentada a
turma onde expliquei o projeto onde os alunos se mostraram interessados.
Após os esclarecimentos e aprovação do projeto perante a coordenação da
escola, realizou-se uma reunião, para os responsáveis pelos alunos, para
apresentar o projeto e esclarecer dúvidas. Foi entregue aos responsáveis, um
termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice B), onde contém
informações da pesquisa e objetivos do estudo e onde os responsáveis devem
assinar aprovando o projeto.
Em outra reunião com a Diretora, foi resolvido o melhor dia para a coleta
do material, foram marcados o dia e hora, e explicando de forma falada e
escrita como é o preparo anteriormente ao dia da coleta. Explicar que o jejum
significa que a pessoa ficará sem ingerir alimentos de qualquer tipo durante 12
horas, ressaltando que é permitida a ingestão de água e de medicamentos de
uso contínuo e para não realizar jejum prolongado.
3.8.1 Instrumentos utilizados
Para a completa efetuação do projeto de pesquisa, foram empregados os
seguintes instrumentos:
 Questionário nutricional;
 Instrução para o exame (escrito e explicado);
 Os reagentes de colesterol liquiform, colesterol HDL, e triglicérides
liquiform, utilizando a técnica de colorimetria.
 Balança, fita métrica, calculadora.
3.8.2 Materiais utilizados
43
Os equipamentos e materiais utilizados na coleta, no preparo do material, e
na realização dos exames foram:
1. Luvas;
2. Garrote;
3. Tubos secos;
4. Seringas;
5. Agulhas;
6. Algodão;
7. Álcool;
8. Centrifuga;
9. Ponteiras;
10. Espectrofotômetro;
11. Banho-maria mantido à temperatura constante (37 ºC);
12. Pipetas semi- automática;
13. Cronômetro;
14. Tubo de ensaio;
15. Pipeta volumétrica;
16. Pera;
17. Papel;
18. Caneta;
19. Pinceis;
20. Estante.
3.8.3 Coleta e processamento das amostras
Para organizar os alunos e realizar as coletas teve a colaboração de
alunos do 7º período de Biomedicina da Faculdade TECSOMA. Obteve-se o
material de 22 alunos, através de punção venosa, após os mesmo fazerem
jejum de 12 horas. O material foi colhido em tubo seco, com seringas de 5 ml e
agulhas de 24 x 7 mm, o material foi devidamente identificado com os nomes
dos adolescentes e colocado em caixa de isopor com gelo até que seja levado
ao laboratório para o processamento.
As dosagens bioquímicas foram
realizadas no Centro especializado em Análises Clínicas Ltda, com a
44
orientação da Biomédica Rita de Cássia Medeiros de Oliveira. Em seguida
levou-se o material ao laboratório, onde o material foi processado para que
fosse realizado os exames de colesterol total e frações (HDL, LDL,VLDL) e
triglicerídeos. O material foi centrifugado a 3.000 rpm por 10 minutos para a
obtenção de soro.
Foi realizada a pesagem e medição dos alunos, para o peso em Kg, foi
utilizada balança digital com capacidade para 150 kg, onde os alunos foram
pesados sem calçado e para aferir a altura utilizou-se uma fita métrica comum,
com o apoio de uma parede reta foi feita a medição dos mesmos.
3.8.4 Determinação do colesterol Total
De acordo com o POP do Colesterol liquiform da Labtets, O colesterol
total é determinado de acordo com as seguintes reações:
Colesterol
Ésteres de colesterol
Colesterol + Ácidos graxos
Esterase
(1)
Colesterol
Colesterol + O2
Colest-4-en-ona + H2O2
Oxidase
Peroxidase
2H2O2 + Fenol + 4-Aminoantipirina
Antipirilquinonimina + 4H2O
(2)
(3)
A cor vermelha formada e a sua intensidade é formada diretamente
proporcional à concentração de colesterol na amostra.
Os procedimentos da realização do exame de colesterol liquiform é o
seguinte:
 Tomar 3 tubos de ensaio e identificar como branco, teste e padrão.
45
Tabela 1 – Procedimentos operacionais padrão do colesterol liquiform
Labtest
Branco
Teste
Padrão
Amostra
-----
0,01 mL
-----
Padrão (nº 2)
-----
-----
0,01 mL
Reagente 1
1,0 mL
1,0 mL
1,0 mL
Fonte: LABTEST, 2012
 Homogeneizar e colocar em banho-maria 37 ºC 10 minutos. Determinar
as absorbâncias do teste e padrão em 500 nm ou filtro verde (490 a 510
nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos.
 Após o termino proceder com o cálculo:
Absorbância do teste
Colesterol mg/dL
(4)
x 200
Absorbância do padrão
Devido à grande reprodutibilidade que pode ser obtido com a
metodologia, o método do fator pode ser empregado.
200
(5)
Fator de calibração =
Absorbância do padrão
(6)
Colesterol (mg/dL) = Absorbância do teste x Fator
 Os valores de referência para colesterol mg / dL são:
Desejável < 200
Risco moderado 200 – 239
Alto Risco  240
46
3.8.5 Determinação do colesterol HDL
De acordo com o POP do Colesterol HDL da Labtest, a precipitação das
lipoproteínas VLDL e LDL, e, após centrifugação, o colesterol ligado às
lipoproteínas HDL é determinado no sobrenadante.
O procedimento para a precipitação das VLDL e LDL, em um tubo de
ensaio colocar 0,25 mL de soro e 0,25 mL de precipitante. Agitar
vigorosamente durante 30 segundos. Centrifugar a 3.500 rpm por pelo menos
15 minutos para obter um sobrenadante límpido.
O procedimento para a dosagem do colesterol HDL é o seguinte:
Tomar 3 tubos de ensaio identificar como :
Tabela 2 – Procedimentos operacionais padrão do Colesterol HDL Labtest
Branco
Teste
Padrão
Sobrenadante
-----
0,1 mL
-----
Padrão (nº 2)
-----
-----
0,1 mL
Reagente 1- Colesterol
1,0 mL
1,0 mL
1,0 mL
Liquiform Labtest
Fonte: LABTEST, 2012
Misturar e colocar no banho-maria a 37 ºC durante 10 minutos.
Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 500 nm ou filtro verde (490 a
540 nm) acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos.
Realizar os cálculos. Devido a diluição 1:2 aplicada às amostras durante
o procedimento de precipitação das VLDL e LDL, o valor do Padrão para
cálculo dos resultados deve ser corrigido para 40 mg/dL.
Absorbância do teste
HDL mg/dL =
dl =
x 40
(7)
Absorbância do padrão
g/dl
Devido à grande reprodutibilidade que pode ser obtida com a
metodologia, o método do fator pode ser empregado.
47
40
Fator de calibração =
Absorbância do padrão
(8)
Cálculo da concentração do Colesterol VLDL e LDL
A concentração do Colesterol VLDL e LDL pode ser calculada utilizando
a equação de Friedewald, que é exata para amostras cujas concentrações de
triglicérides não ultrapassem 400 mg/dL e não pertençam a pacientes
portadores de lipoproteinemia do Tipo III.
Equação de Friedewald:
Colesterol VLDL = Triglicérides / 5
(9)
Colesterol LDL = Colesterol Total - (HDL + VLDL)
(10)
Valores de referência:
Tabela 3 – Procedimentos operacionais padrão do Colesterol HDL
Liquiform Labtest
mg/Dl
Desejável
Risco moderado
Alto risco
Colesterol LDL
 130
130 – 159
 160
Colesterol total
 200
200 – 239
 240
Colesterol HDL (m)
 55
35 – 55
 35
Colesterol HDL (f)
 65
45 – 65
< 45
Fonte: LABTEST, 2011
3.8.6 Determinação do Triglicerídeos
Segundo o pop da Labtest:
As reações que determinam os triglicerídeos são
Lipase da lipoproteína
Triglicérides
Glicerol + Ácidos Graxos
(11)
48
Glicerolquinase
Glicerol + ATP
Mg +2
Glicerol-3-Fosfato + ADP
Glicerol-3-fosfato
Glicerol-3-Fosfato + O2
Oxidase
Dihidroxiacetona + H2O2
Peroxidase
2 H2O2 + 4 Aminoantipirina + 4-Clorofenol
Quinoneimina + 4 H2O
(12)
(13)
(14)
A intensidade da cor vermelha formada é diretamente proporcional a
concentração dos Triglicérides na amostra.
49
4 RESULTADOS
Os dados que possibilitam a verificação dos resultados das dosagens
bioquímicas de colesterol total, colesterol HDL, Triglicerídeos e a obtenção dos
valores do Colesterol VLDL, colesterol LDL, Lipídios totais e do IMC estão
dispostos a seguir.
Foram convidados a participar desse estudo 27 alunos da Escola
Municipal Cacilda Caetano de Souza, dos quais 22 alunos que aceitaram
participar
do
estudo
onde
os
responsáveis
assinaram
o
termo
de
consentimento livre e esclarecido (Apêndice B). A amostra representou 81% do
total dos estudantes.
Gráfico 01 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a aceitação para a realização do estudo (n=22),
2012
Fonte: A Autora, 2012
Portanto, a população de estudo foi constituída por 22 (100%) alunos.
Destes, 16 (73%) são do sexo feminino e 6 (27%) do sexo masculino. (Gráfico
2).
50
Gráfico 02 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme o gênero (n=22), 2012
Fonte: A Autora, 2012
A idade dos adolescentes variou de 13 a 17 anos, sendo que desses, 11
(50%) alunos possuem 14 anos de idade, 9 (41%) possuem 13 anos de idade,
1 (4%), e 1 (5%) possui 17 anos de idade. (Gráfico 03).
Gráfico 03 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a idade (n=22), 2012
Fonte: A Autora, 2012
Foi aplicado um questionário padronizado aos adolescentes inclusos no
estudo. As respostas deste questionário estão enunciadas abaixo.
Com relação à quantidade de refeições feitas durante o dia, 3 alunos
responderam realizarem 2 refeições, 2 fazem três refeições ao dia, 3 alunos
51
responderam fazer 4 refeições por dia, 7 disseram realizar cinco refeições por
dia e 7, seis refeições por dia. (Gráfico 04).
Gráfico 04 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a quantidade de refeições realizadas durante o
dia (n=27), 2012
Fonte: A Autora
Os alimentos consumidos pelos alunos foram: bolachas recheadas
(12/54,5%), carnes (19/86,4%), doces (15/68,2%), frutas (18/81,8%), hortaliças
(8/36,4%), leite (13/59,0%), massas (18/81,9), refrigerantes (14/63,6%),
salgadinhos (10/45,5%), sucos naturais (16/72,7%), verduras e legumes
(13/59,0%). (Gráfico 05).
52
Gráfico 05 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os alimentos consumidos (n=27), 2012
Fonte: A Autora, 2012
Com relação à frequência da prática de atividade física durante a
semana, 3 (13,6%) alunos disseram não praticar nenhuma atividade física, 2
(9,0%) disseram realizar atividades físicas duas vezes por semana, 5 (22,7%)
afirmaram praticar atividade física três vezes por semana e 2 (9,0%) afirmaram
realizar atividade física cinco vezes por semana.
53
Gráfico 06 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a prática de atividades físicas (n=22), junho de
2012
Fonte: A Autora, 2012
Com relação ao tipo de atividade física praticada, 6 (27,3%) alunos
disseram praticar queimada, 2 (9,0%) handbol, 6 (27,3%) futebol, 2 (9,0%)
disseram praticar vôlei, 3 (13,7%) bicicleta e 3 (13,7%) peteca. (Gráfico 7).
Gráfico 07 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme o tipo de atividade física praticada (n=22), junho
de 2012
Fonte: A Autora, 2012
Mediante as dosagens Bioquímicas, que foram feitas duas vezes, Foi
54
considerada o resultado 2. De acordo com os valores de referência do Pop do
Colesterol Liquiform da Labtest descritas abaixo, obteve-se os valores de
referência para o Colesterol de Crianças e adolescentes.
Tabela 4 - Valores recomendados para Colesterol Total de Crianças
e Adolescentes
Valores recomendados para Colesterol Total (mg/dL) de Crianças e
Adolescentes
2 a 19 anos
Desejável
< 170
Limitrófe
170-199
Elevado
200
Fonte: Labtest, 2012
Obteve-se os resultados do colesterol dos alunos e 21 dos alunos (95%)
apresentaram a taxa de Colesterol Total no soro, dentro dos valores desejados.
Apenas 1 (5%) dos alunos apresentou o valor dentro do Limítrofe, que é de
170 a 190mg/dL. Nenhum aluno apresentou valores Elevados.
Gráfico 08 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de colesterol total (n=22), junho de
2012
Fonte: A Autora, 2012
Seguiu-se os valores de referência do Pop do Colesterol HDL da
Labtest, que informa os valores de referência para o Colesterol HDL de
Crianças e adolescentes.
55
Tabela 5 - Valores recomendados para Colesterol HDL de Crianças
e Adolescentes
Valores recomendados para o Colesterol HDL (mg/dL) de Crianças e
Adolescentes
< 10 anos
Desejável
40
10 a 19 anos
Desejável
35
Fonte: A Autora, 2012
Gráfico 09 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de HDL-colesterol (n=22), junho de
2012
Fonte: A Autora, 2012
Mediante os resultados das dosagens bioquímicas do Colesterol Total e
do Colesterol HDL, juntamente com o valor do Colesterol VLDL que é obtido
através da Equação de Friedewald (Colesterol VLDL = Triglicérides / 5).
Realizou-se a Equação de Friedewald, para a obtenção do Colesterol LDL
(Colesterol LDL = Colesterol Total - (HDL + VLDL). Os valores de referência
foram retirados do Pop do Colesterol HDL, são mostrados na tabela abaixo:
Tabela 6 - Valores recomendados para Colesterol LDL de Crianças
e Adolescentes
Valores Recomendados para Colesterol- LDL (mg/dL) de Crianças e
Adolescentes
2 a 19 anos
Desejável
Limítrofe
< 110
110 – 129
56
Elevado
130
Fonte: Labtest, 2012
Os Resultados do Colesterol LDL, dos alunos a maioria se apresentou
dentro do limite desejado. De 22 alunos, 19 dos alunos (86%), apresentaram a
taxa de Colesterol-LDL no plasma, dentro dos valores desejados, e 3 dos
alunos (14%) apresentou
o valor
dentro do Limítrofe que é de 170 a
190mg/dL. Nenhum aluno apresentou valores Elevados. Como está sendo
mostrado no gráfico abaixo.
Gráfico 10 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de LDL-colesterol (n=22), junho de
2012
Fonte: A Autora, 2012
Os valores de referência segundo o Pop do Triglicérides Liquiform da
Labtest para Crianças e Adolescentes.
Tabela 7 - Valores recomendados para Triglicérides de Crianças e
Adolescentes
Valores Recomendados para Triglicérides (mg/dL) de Crianças e
Adolescentes
Desejável
Limiar alto
Elevado
Muito Elevado
Fonte: Labtest, 2012
< 150
150 – 199
200 – 499
> 500
57
Os Resultados do Triglicérideos da maioria dos alunos se apresentou
dentro do valor recomendado. 20 dos alunos estão com os valores na faixa de
desejáveis, 1 dos alunos apresentou
o valor no Limiar Alto, e 1 está com
Triglicerídeos elevado. Nenhum aluno apresentou valor Muito Elevado. Como
está sendo mostrado no gráfico abaixo.
Gráfico 11 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme a os valores de triglicérides (n=22), junho de
2012
Fonte: A Autora, 2012
A partir da dosagem do Triglicerídeos é possível estabelecer o valor do
Colesterol VLDL. Através da Equação de Friedewald (Colesterol VLDL =
Triglicérides / 5). Os valores recomendados para VLDL são até 50 mg/dL. Com
essa referência foi feito os cálculos da Equação de Friedewald e os resultados
seguem no gráfico. 21 dos alunos, tiveram o colesterol VLDL normais, abaixo
de 50mg/dL.
58
Gráfico 12 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de VLDL-colesterol (n=22), junho de
2012
Fonte: A Autora, 2012
Os lipídios totais é a soma de todos que foram dosados no sangue e os
que foram adquiridos através de cálculos. E calculado pelo Colesterol Total x
2,5 + Triglicerídeos. O valor de referência para os lipídios totais é de 400 a 800
mg/dL. Os valores obtidos dos lipídios totais dos alunos se apresentaram 12
(76%) dos alunos tiveram valores normais dentro dos recomendados, e 10
(24%) tiveram abaixo do valor recomendado.
Gráfico 13 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme os valores de lipídeos totais (n=22), junho de
2012
Fonte: A Autora, 2012
59
Com o peso e altura das crianças realizou-se o cálculo do IMC, através
da fórmula IMC = peso/ altura x altura. Os valores de referencia para o IMC
são:
IMC abaixo de 18,5 – Abaixo do peso
IMC de 18,5 a 24,9 - Peso normal
IMC de 25,0 a 29,9 – Sobrepeso
IMC de 30,0 a 34,9 – Obesidade Grau I
IMC de 35,0 a 39,9 – Obesidade Grau II
IMC de 40,0 e acima – Obesidade Grau III
A partir da obtenção dos resultados, do IMC, foi estabelecido nesse
grupo de estudo que houve três faixas de valores do IMC. Onde 9 dos alunos
tem o IMC abaixo de 18,5 se apresentando abaixo do peso. 10 dos alunos
possuem o peso normal, com o IMC na faixa de 18,5 a 24,9. Encontrou-se 3
alunos estão com sobrepeso com o IMC entre 25,0 e 29,9.
Gráfico 14 – Alunos da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza,
Paracatu (MG), conforme o Índice de Massa Corporal (n=22), junho de
2012
Fonte: A Autora, 2012
Os valores médios das variáveis levantadas neste trabalho estão
resumidas na tabela abaixo.
60
TABELA 8 - Média dos lipídios, lipoproteínas e IMC de Adolescentes
Média dos lipídios, lipoproteínas e IMC
Colesterol
123,72
HDL
39,52
LDL
66,11
VLDL
16.27
TRIGLICERÍDEOS
81,24
LIPÍDIOS TOTAIS
390,40
IMC
20,25
Fonte: A Autora, 2012
61
5 DISCUSSÃO
Os estudos relacionados com perfil lipídico de crianças e adolescentes
tem o objetivo de alertar e prevenir contra futuros problemas cardiovasculares e
evitando os fatores que predispõem o aparecimento das mesmas. Embora
possa haver estudos onde o público estudado não possuem grandes riscos na
infância, mas mesmo assim não pode deixar de avaliar as características dos
mesmos. (GRILLO et al., 2005). Este estudo foi realizado com alunos de uma
escola publica sustentada pelo município de Paracatu, que se localiza em um
bairro periférico, onde a maioria dos alunos é desprovida de informações sobre
esse assunto, e esse fato pode se relacionar com o fato de não ter encontrado
muitos valores encontrados.
No presente estudo não houve grandes alterações nos exames
realizados. Esses resultados normais podem estar relacionados às condições
socioeconômicas, já que os alunos possuem uma renda baixa, e podem ter
falta de alimentação que permita a elevação de lipídios, além de se
alimentarem na escola, onde recebem a merenda escolar oferecida pelo
município que é uma refeição equilibrada.
Através do questionário pôde se observar, que muitos dos adolescentes
realizam várias refeições ao dia e somente 3 dos 22 alunos realizam apenas
duas refeições ao dia. Em relação aos alimentos ingeridos, a grande maioria
respondeu comer vários alimentos como carnes, Frutas, Leite, sucos, verduras,
mas, afirmaram também fazer o consumo de bolachas salgadinhos e
refrigerantes.
Nesse estudo, muito dos adolescentes afirmaram realizar alguma
atividade física, seja ela na escola nas aulas de educação física ou na rua de
casa. Apenas 3 alunos (13%) disseram não realizar nenhuma atividade física
durante a semana. Os que disseram realizar atividades duas vezes por semana
foram 12 alunos (55%), os que fazem atividades físicas 3 vezes por semana
foram 5 alunos (23%). E os que afirmaram realizar atividades físicas mais de 3
vezes na semana foram 2 alunos (9%). Em relação às atividades físicas feitas,
muitos citaram esportes mas a maioria citou brincadeiras de ruas. Dos
adolescentes, que fazem alguma atividade física, 21% afirmaram jogar
queimada, que é uma brincadeira de correr, com a utilização de bola; 7%
62
jogam handbol; 21% praticam futebol; 10% jogam peteca; 24% realizam
caminhada; 7% praticam voley e 10% andam de bicicleta.
Segundo Sposito e outros (2007) da IV Diretriz Brasileira Sobre
Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da
Sociedade Brasileira de Cardiologia, fazer atividade física regularmente é uma
das medidas tomadas para controlar as dislipidemias e doenças coronarianas,
além de reduzirem os triglicerídeos do plasma e aumentar o colesterol HDL.
(SPOSITO et al., 2007).
No questionário foi perguntado aos alunos sobre a realização de exames
periodicamente. A maioria, 68% respondeu não realizar exames de Colesterol
total e frações, Triglicerídeos periodicamente, 32% respondeu realizar exames
com maior frequência.
Segundo Henry (2008), os valores de HDL estão associados com estilo
de vida saudável e com á pratica de atividades físicas. E, além disso, os
valores normais do colesterol HDL é inversamente relacionados com o peso
corporal. Seguindo esta linha de raciocínio, pode ser associado então com o
presente estudo que os alunos apresentaram valores normais do colesterol
HDL (86%), e 19 alunos responderam realizar alguma atividade física durante a
semana. O que indicaram não serem sedentárias
Nesse estudo, os valores do perfil lipídico, se apresentaram sem
grandes alterações como nos apresentados pelo estudo de Grillo e outros,
(2005), o que foi realizado com 257 entre 03 a 14 anos de idade que
apresentavam baixa renda, que apresentou 3,1% de alteração dos valores de
colesterol, 4,7 das taxas de triglicerídeos e 6,6 colesterol LDL elevados e 17,9
colesterol HDL alterados; os valores desse estudo, estão de forma equivalente
devido aos valores não estarem muito alterados, estando a maioria dentro do
valor recomendado.
Dos valores obtidos nesse estudo para o resultado de colesterol total, foi
observado que 95% dos valores estão dentro dos limites considerados normais
e desejáveis para adolescentes, e 5 % estão fora desse limite, na faixa de
limítrofe (170 a 199 mg/dL), que é entre o desejável e o elevado. Apesar de
não ser tão semelhante ao estudo de Franca e Alves (2006), em todos os
aspectos por ter sido observado no estudo níveis de colesterol aumentado, e
63
nesse não houve, mas pode se comparar em relação a maioria dos resultados
ter apresentado níveis normais para o colesterol total.
Embora em outros trabalhos da literatura apresentarem resultados que
diferem deste, pode se assemelha com o estudo de Gama, Carvalho e Chaves
(2007), que apresentaram a maior parte dos resultados para colesterol HDL
normais e a menor parte alterados. Nesse estudo o colesterol HDL, teve
maiores alterações em relação aos outros valores dosados. Apresentou 83%
dos resultados acima de 35 mg/dL, que é o ideal, e 17% apresento valores
inferiores á 35% o que não é desejável. Em Moura e outros (2000) no estudo
houve a prevalência de colesterol HDL alto, e se equivale a este, que houve
mais colesterol HDL normais do que abaixo dos normais e isso é um bom
indicador de fator contra a aterosclerose.
Os valores de LDL desse estudo são semelhantes ao de Franca e Alves
(2005) e Grillo e outros (2005) que verifica a porcentagem de colesterol LDL
alterados foi menor que as porcentagens alterados tendo a porcentagem de
10,2% e 8,2%. E foi menor que o os resultados de Gama, Carvalho e Chaves
(2007) que foi de 18,6%. Os resultados foram positivos em relação a algum
risco para os adolescentes, observou-se que não houver valores elevados do
colesterol LDL nesse grupo de estudos, 19 (86%) dos alunos apresentaram a
taxa de Colesterol-LDL no plasma, dentro dos valores desejados, e 3 dos
alunos (14%) apresentou
o valor
dentro do Limítrofe que é de 170 a
190mg/dL. Nenhum aluno apresentou valores elevados.
Em comparação com estudo de Franca e Alves (2006) que os valores de
triglicerídeos se apresentaram alterados em 12% dos adolescentes, em Gama,
Carvalho e Chaves (2007) que houve 3,5 dos resultados alterados para o
triglicerídeos, o presente estudo houve alteração, em porcentagem menor com
5% dos triglicerídeos com taxa elevados e 4% em limiar alto que pode levar ser
um triglicérides elevado se não haver tratamento.
Em relação ao Colesterol VLDL, houve valores aumentados em 5% dos
total de amostras, sendo a maior parte com valores dentro do recomendável
que são até 50 mg/dL.
No que se refere ao IMC, no estudo de Pereira e outros (2010) que a
porcentagem do IMC com sobrepeso encontrada foi de 18,4%, o estudo com
as crianças de Paracatu se relaciona com esse dado. Houve divergências
64
tendo 3 faixas diferentes de resultados para IMC, sendo que a maioria ficou na
faixa de peso normal 45%, 41%
dos alunos está abaixo do peso ideal, e
14%dos alunos está na faixa de sobrepeso.
A respeito da média dos lipídios, lipoproteínas e IMC, os valores obtidos
dos estudantes de escola municipal, em Paracatu, encontram-se abaixo dos
apresentados em outros estudos na literatura. Como em Franca e Alves (2005),
que encontrou as médias para colesterol de 157,78 mg/dL, LDL 96,99, HDL
44,98, TG 79,06 e IMC 16,86. Os valores encontrados no estudo de ParacatuMG, foram: colesterol de 123,72mg/dL; HDL 39,52mg/dL; LDL 66,11mg/dL;
VLDL 16,27mg/dL; Triglicerídeos 81,24mg/dL; Lipídios Totais 390,40mg/dL e
IMC de 20,25 kg/m².
Houve relação entre os níveis do perfil lipídico alterado com valores
elevados, com o aumento do IMC. Visto que nos mesmos alunos em que os
valores de CT, TG, HDL, LDL, VLDL se encontraram fora do limite
recomendável se encontraram também o IMC na faixa de sobrepeso. Segundo
Franca e Alves (2005), o IMC em crianças e adolescentes muda com a idade,
por isso não se define obesidade somente com o IMC.
Do mesmo modo que em Pereira e outros (2010), no estudo dos
adolescentes de Paracatu, os valores observados das frações lipídicas se
encontraram abaixo de outros trabalhos referidos na literatura, a suposição é
que por serem estudantes que possuem baixa renda, de escola municipal, que
se localiza em um bairro periférico, juntamente com um estilo de vida diferente
de outros adolescentes que possuem características. As refeições feitas
durante o dia, os alimentos consumidos, as atividades feitas durante o dia, o
fato de irem para a escola á pé, e de na escola oferecerem o lanche que é uma
espécie de um pré-almoço com arroz, feijão carne e verduras e por alguns dos
alunos terem poucas refeições ao dia podem ser fatores que contribuíram para
que os resultados fossem normais.
65
5 CONCLUSÃO
Com este estudo podemos concluir que o perfil lipídico dos alunos da
Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza encontra-se normal dentro dos
padrões recomendados. De acordo com as dosagens bioquímicas do
Colesterol Total, HDL e Triglicerídeos e a obtenção dos valores do VLDL, LDL,
Lipídios Totais e IMC na maioria dos alunos apresentou valores normais.
Dentre os alunos encontrou-se apenas 5% dos alunos com colesterol total
dentro do limítrofe e 95% com valores normais. Para colesterol HDL se
encontrou 83% com valores normais e 17% valores abaixo do desejável. A
fração LDL, os resultados apresentaram, 19 dos alunos (86%), dentro dos
valores desejados, e 3 dos alunos (14%) apresentou
o valor
dentro do
Limítrofe que é de 110 – 129 mg/dL. Para triglicerídeos 20 dos alunos (91%)
estão com os valores na faixa de desejáveis, 1 dos alunos (5%) apresentou o
valor no Limiar Alto, e 1 (4%), está com Triglicerídeos elevado. Os valores
encontrados para VLDL foram 21 dos alunos (95%) tiveram o VLDL normais, e
1 aluno (5%) apresentaram os valores acima do recomendável.
Observou- se ainda que os alunos possuem uma alimentação adequada,
com frutas, verduras, carnes, cereais e outros. E que eles recebem na Escola a
Merenda escolar que é uma refeição balanceada. A alimentação é muito
importante para a analise do perfil lipídico, já que os lipídios podem estar no
organismo através da alimentação. Com isso foi percebido que os alunos não
fazem a ingestão de alimentos contendo muitos lipídios.
Verificou- se também que os alunos possuem um biótipo de pessoas
magras, onde a maioria realiza atividades físicas, que ajudou para que fosse
encontrado valores normais nos mesmos.
Observou também que não houve crianças com IMC indicando
obesidade. Pelo contrário alguns estão abaixo do IMC ideal.
O risco de aterosclerose nos alunos é mínimo, analisando que os fatores
que predispunham a formação de ateromas foram descartados, visando que os
lipidogramas estão normais, o IMC também, e que eles possuem hábitos
saudáveis como a alimentação e atividades físicas.
66
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69
APÊNDICE
70
APÊNDICE A – Questionário
QUESTIONÁRIO
Nome do aluno: __________________________________________________
Idade:__________________________________________________________
Endereço:_______________________________________________________
Telefone:________________________________________________________
Peso: ____________________________Altura:_________________________
1 Quantas refeições são feitas durante o dia:
( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( )6
2 Quais os alimentos mais consumidos:
( ) carne ( ) frutas ( ) verduras e leguminosas ( ) massas ( ) hortaliças ( ) suco natural ( )
refrigerantes ( )doces ( ) bolachas recheadas ( ) salgadinhos ( ) leite
3 Quantas vezes por semana é realizada atividades físicas:
( ) 2 ( ) 3 ( )5
Qual atividade física?
_________________________________________________________
5 Realizam exames periodicamente de lipidograma ( Colesterol total e frações,
Triglicerídeos):
( ) sim ( ) não
Com qual frequência:
( ) de 3 em 3 meses ( ) de 6 em 6 meses ( )de ano em ano ( ) raramente
71
APÊNDICE B – Termo de consentimento livre e esclarecido aos pacientes
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe
após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si
e/ou por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na
pesquisa (IV, da Res. 196/96, do CNS).
Pretendo realizar o projeto: “Perfil lipídico e avaliação do índice de massa
corpórea de adolescentes da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza da cidade de
Paracatu –MG”. Quero obter maiores informações sobre esse assunto, com o propósito
de analisar as taxas de colesterol total, triglicerídeos, HDL e por meio destes, indicar as
frações VLDL, LDL, determinar o índice de massa corporal. Para realizar a pesquisa,
serão coletadas amostras biológicas (sangue), para posterior emprego das técnicas
destinadas ao cumprimento da pesquisa.
A sua participação não é obrigatória, mas se resolver participar, seu nome ou
qualquer identificação, não aparecerá na pesquisa, os resultados, que são de nossa
inteira responsabilidade, estarão á sua disposição.
Consentimento livre e esclarecido
Eu_______________________________________________Responsável pelo aluno
_________________________________________________, certifico que tendo lido as
informações e sido suficientemente esclarecido (a) sobre todos os itens pela
pesquisadora, ____________________________________________, estou plenamente
de acordo com a realização do experimento. Assim, autorizo a execução do trabalho de
pesquisa, exposto acima, com a minha colaboração espontânea.
Paracatu, Minas Gerais, ____de______._________de 2012.
_______________________________________________________
Assinatura do participante ou responsável
______________________________________________________
Assinatura da Coordenação do Curso de Biomedicina
72
APÊNDICE C – Termo de consentimento livre e esclarecido direcionado ao
responsável pela Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza de Paracatu (MG)
TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO
 Título da pesquisa: Perfil lipídico e avaliação do índice de massa corpórea de
adolescentes da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza da cidade de
Paracatu –MG.
 Acadêmico: Cíntia Aparecida Barbosa Sousa, Biomedicina – Faculdade
TECSOMA.
 Objetivo do estudo: Avaliar o perfil lipídico de adolescentes da Escola
Municipal Cacilda Caetano de Souza da cidade de Paracatu –MG. – e sua
relação com a obesidade.
 Procedimento: No mês de maio de 2012, serão realizadas as dosagens de
colesterol total, triglicerídeos, HDL, e indicar as frações de VLDL, LDL,
determinar o índice de massa corporal em adolescentes do nono ano da Escola
Municipal Cacilda Caetano de Souza da cidade de Paracatu –MG. O s resultados
serão plotados em gráficos e TABELAs.
 Riscos e benefícios ao paciente: Riscos inerentes à venopunção, como
hematomas.
 Com relação aos benefícios, a pesquisa permitirá avaliar o risco de doenças
frente aos resultados dos exames com isso estabelecer medidas para a prevenção
se for necessário.
 Confidencialidade: Os pacientes participantes da pesquisa serão informados
através de um Informativo Técnico e verbalmente sobre o estudo; caso
consintam livremente, o próprio ou responsável assinará o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados pessoais do paciente não serão
divulgados.
 Por este termo de consentimento livre e esclarecido pós-informacional, declaro
que fui devidamente informado, de forma clara e detalhada, dos motivos para a
realização desse trabalho. Por isso, permito a realização desse estudo veiculado a
Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza da cidade de Paracatu (MG), qual
sou o(a) responsável.
______________________________________
Esmeralda Pereira
Diretora da Escola Municipal Cacilda Caetano de Souza da cidade de Paracatu, Minas
Gerais.
_____________________________________
Cíntia Aparecida Barbosa Sousa
Acadêmica Responsável pela Pesquisa
_____________________________________
Dra. Cláudia Peres da Silva
73
Coordenadora do Curso de Biomedicina da Faculdade TECSOMA
APÊNDICE D – Recomendações para a coleta de sangue
RECOMENDAÇÕES PARA A COLETA DE SANGUE
1 - Amostra a ser coletada: Sangue
2- Realizar Jejum de 12 horas
3 - Jejum para exames significa que a pessoa deverá ficar sem ingerir alimentos de
qualquer tipo durante o número de horas indicado, não ingerir bebidas.
4 - É permitida a ingestão de água.
5 - Pode fazer o uso de Medicamentos de uso contínuo.
6 – Não fazer jejum muito prolongado.
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