Transformação | 29/10/2012 10:59
Vicente Falconi rebatiza a consultoria com
seu nome
Batizar o INDG com o nome de Falconi é uma forma de perenizar a figura do consultor
e, ao mesmo tempo, de preparar sua saída da empresa
Lüders/EXAME
Vicente Falconi, de 72 anos, aos poucos está se afastando da empresa. Ele já não
tem função executiva e passou o controle da empresa ao Conselho
Na quinta-feira (25), empresários e executivos de peso participaram da convenção
anual do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), do consultor Vicente Falconi,
em São Paulo. Estiveram por lá os presidentes da Ambev, João Castro Neves; da
Amil, Edson Bueno; e do conselho da Gerdau, Jorge Gerdau.
Os banqueiros Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco, e o
publicitário Nizan Guanaes também foram ao evento para falar da experiência de
trabalhar com Falconi. O consultor foi o conselheiro desses “figurões” em momentos
de grande expansão ou crises pronunciadas.
Por isso, eles vieram prestigiar o velho amigo no dia em que a consultoria anunciou
mudanças significativas. A empresa decidiu mudar o nome, a gestão e a estrutura
societária. Também partirá para a internacionalização para atingir a meta de ser uma
das dez maiores consultorias do mundo e competir globalmente com nomes como
McKinsey, Bain & Company e Booz & Co. O primeiro passo da transformação do
INDG foi passar a se chamar Falconi.
A mudança de marca ficou a cargo da Asia Branding, uma das empresas de Nizan
Guanaes, também seguidor do método de Falconi. Foi o consultor quem fez a
reestruturação do grupo ABC. “Ninguém sabia o que era o INDG. Todo mundo o
conhecia como ‘a empresa do Falconi’. Eles assumem isso agora”, disse o diretor
geral da Asia Branding, Romulo Pinheiro.
Batizar o INDG com o nome de Falconi é uma forma de perenizar a figura do consultor
e, ao mesmo tempo, de preparar sua saída. A companhia quer seguir o exemplo de
grandes consultorias internacionais, como a McKinsey: deixar de ser uma sociedade
anônima (S/A) e se tornar uma partnership, ou seja, uma empresa que tem os
consultores como donos e onde todos os funcionários são treinados para pensar e agir
como sócios.
A nova regra prevê que os sócios com mais de 55 anos vendam aos poucos suas
ações, que serão distribuídas aos consultores mais novos. A missão de tornar a
recém-batizada Falconi relevante mundialmente será de Mateus Bandeira, que
assumiu a presidência da consultoria em janeiro de 2011.
Falconi, de 72 anos, aos poucos está se afastando da empresa. Ele já não tem função
executiva e passou o controle da empresa ao Conselho. “Não tenho nem sala. Vou ao
escritório quando me chamam”, disse. A saída definitiva já tem data: fevereiro de
2019. “Minha participação no capital da empresa será zero.” A empresa abriu neste
ano um escritório em Nova York e planeja ter um endereço na Europa e na Ásia em
2013, disse Bandeira. “Queremos ser uma McKinsey brasileira.” As informações são
do jornal O Estado de S.Paulo.
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Vicente Falconi rebatiza a consultoria com seu nome