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Teresina, Quarta, 9 de maio de 2012
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Crianças
Escolas e família são
responsáveis pelo
desenvolvimento
da leitura
Maria Helena Braga
explica que os professores precisam ser bons
leitores para entusiasmar
os estudantes
De acordo com especialistas, as crianças que possuem contato com a
leitura desde cedo desenvolvem melhor alguns tipos de atividades
Aline Rodrigues
Editora Interina
Crianças que lêem e têm
contato com a leitura desde
cedo estão em vantagem
em relação às demais. É
o que apontam pesquisas
realizadas em diversos
países e que reforçam a
necessidade a necessidade
da participação cada vez
maior dos pais no processo
de leitura. Incentivadas
desde cedo, essas crianças
aprendem melhor, pronunciam bem as palavras e
se comunicam melhor de
forma geral.
A leitura, no entanto,
não faz parte do cotidiano
de muitas delas, independente da classe social. É
nesse contexto, de acordo
com a supervisora pedagógica de programas do
Instituto de Qualidade
no Ensino (IQE), Maria
Helena Braga, que a escola
deve se adiantar.
“Não é muito comum
ouvirmos
as
pessoas
dizerem que gostam de ler;
outros valores são incentivados pela mídia que não
a leitura. Então, pode-se
esperar que as famílias
sejam responsáveis pelo
desenvolvimento
dessa
competência? Não. A escola
deve se adiantar a isso,
seja incentivando a lei-
tura com as crianças, seja
explicando aos familiares a
importância da leitura na
vida presente e futura dos
filhos”, explicou.
Maria Helena Braga
afirma que os professores,
acima de tudo, precisam
ser bom leitores. Na sua
avaliação, não há como provocar entusiasmo por uma
coisa de que não gostamos.
“Os sistemas, as escolas,
precisam incentivar e
criar condições para que
os professores leiam, troquem ideias sobre livros,
troquem experiências em
sala de aula”, destacou,
lembrando que é preciso
saber ler para conhecer.
“Precisamos saber ler para
conhecer histórias, para
entender as leis, para nos
informarmos sobre conquistas e acontecimentos,
para aprender a realizar
determinadas ações, enfim,
para uma infinidade de
objetivos que vão muito
além das avaliações da
escola”, completa.
A supervisora reforça
que outros meios deveriam
assumir a co-responsabilidade pela formação na
leitura e compreensão do
que se lê. “Os meios de
comunicação, em especial
a televisão, deveriam dar
o mesmo peso à leitura
de boa qualidade que dão
a outros assuntos. Falar
sobre livros, apresentar
autores, revelar estilos e
gêneros, seriam formas
de desenvolvimento da
competência leitora, desde
o ato de escolha dos livros
a serem lidos, pelas próprias crianças. Da mesma
forma como as crianças se
sentem pertencentes a um
grupo por compartilharem
brinquedos e brincadeiras,
deveriam ser incentivadas
a fazê-lo com livros.”,
relatou.
O IQE, organização nãogovernamental que atua
em mais de 100 municípios do Piauí, trabalha na
formação de professores
seja na rede estadual ou
municipal de ensino. São
559 escolas públicas envolvidas em programas de formação de 200 educadores
que já se transformaram
em pró-formadores, ou
seja, são multiplicadores
que levam as novas metodologias para outros professores que aplicam em
sala de aula.
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