Tudo que você precisa saber sobre
anafilaxia
Tudo que você precisa saber sobre anafilaxia
Definição
A anafilaxia caracteriza-se como uma reação rapidamente progressiva, que
pode ser fatal, causada por uma resposta exagerada diante de um alérgeno.
Essa reação pode envolver a pele e as mucosas, o trato respiratório (vias
aéreas superiores e pulmões), o trato gastrointestinal (estômago e intestino),
o sistema cardiovascular e o sistema nervoso.
Alérgenos
Os alérgenos são substâncias que, quando em contato com pessoas
predispostas à alergia, podem provocar uma reação, como rinite, asma
brônquica ou sintomas de alergia alimentar.
Quando essa resposta é muito exagerada, ocorre a anafilaxia, que é um
quadro grave e que exige providências imediatas.
Consideram-se alérgenos:
• Alimentos como leite, ovo, trigo, amendoim e camarão;
• Medicamentos como penicilina e sulfa, entre outros;
• Veneno de insetos como abelha, vespa e formiga;
•Látex.
Sintomas da
anafilaxia
Em 90% dos casos, a anafilaxia apresenta sintomas localizados na pele,
como vermelhidão, coceira, urticária (vergões pelo corpo) e angioedema
(inchaço nos olhos e lábios).
Também pode haver manifestações no trato respiratório, em 40-70% dos
casos, que surgem como rouquidão, tosse, chiado e sensação de aperto
no peito e falta de ar muito importante.
Quando o trato gastrointestinal é envolvido, o que ocorre em 30% dos casos,
observam-se sintomas como vontade de vomitar, vômitos, cólica e diarreia.
Já o envolvimento do sistema cardiovascular, que corresponde a 10% dos
casos, causa taquicardia, queda da pressão arterial, sensação de desmaio
e choque, podendo levar até mesmo à morte.
Outras manifestações dessa reação ainda incluem sensação de morte,
gosto metálico na boca, confusão, convulsão e alteração visual.
Vale lembrar que não é necessário o surgimento de todos esses sintomas
juntos para caracterizar a anafilaxia.
Como saber
se é ou não
anafilaxia?
Existem algumas dicas. Diante de sintomas na pele e no trato respiratório
(chiado, falta de ar e barulho na garganta para respirar) ou no trato cardiovascular (queda de pressão e perda espontânea de urina ou fezes),
que aparecem de uma hora para outra e bem rapidamente, em minutos
até horas, é preciso ir imediatamente para um hospital, pois o tratamento
correto pode salvar a vida da pessoa.
Também se pensa em anafilaxia quando o indivíduo apresenta dois sintomas que surgem rapidamente (em minutos a horas) após a exposição ao
alérgeno que pode provocar a reação: coceira no corpo, urticas, chiado,
falta de ar, queda de pressão, dor de barriga, vômitos e diarreia.
Mas apenas a queda da pressão arterial em uma pessoa que entra em
contato com uma substância que sabidamente provoca alergia já é critério
para o diagnóstico da anafilaxia.
Então, sempre
que eu tiver um
desses sintomas,
estarei com
anafilaxia?
Nem sempre. Algumas doenças podem confundir o diagnóstico, como uma
forte crise de asma brônquica, a urticária e mesmo um ataque de ansiedade.
A melhor medida a ser tomada, na dúvida, é buscar ajuda médica.
Qual é o papel
do alergista
nesses casos?
O papel do médico especialista em alergia é o de tentar saber o que causou
a reação, por meio de alguns exames, quando disponíveis, e fornecer todas
as orientações sobre como evitar os agentes que podem provocá-la. Além
disso, o alergista tem a importante função de explicar o que fazer quando a
reação ocorrer, inclusive o de ensinar a utilização da caneta de adrenalina,
quando indicado.
Como prevenir
a anafilaxia?
Antes de tudo, deve-se procurar saber se a reação que ocorreu foi mesmo
anafilaxia e, uma vez confirmado o quadro, identificar quem possui risco
para um novo ataque.
Como um dos grandes causadores dessa reação são os alimentos e medicamentos, é muito importante ler os rótulos de tais produtos.
Quem tem asma brônquica ou doenças do coração e já sofreu anafilaxia deve
estar com sua doença muito bem controlada para evitar novos episódios.
Por último, é fundamental aprender a usar a adrenalina autoinjetável. O
médico alergista fornece essa orientação, mas a pessoa suscetível a tal
reação deve ter a explicação por escrito e ser reorientada a cada retorno.
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Rua Ascendino Reis, 455
Vila Clementino - São Paulo - SP
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www.sbai.org.br
ABRIL / 2014
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