Legislação____________________________________________________________________________________________________________________
Transfretur prepara empresários enquanto
aguarda o Governo
Secretaria Municipal de Transportes (SMT) ainda não se pronunciou sobre ofício
enviado pelo sindicato e suspensão de tráfego nos corredores continua
E
E
nquanto a Secretaria Municipal de Transportes de São
Paulo não avalia a proposta do Transfretur de suspender
as portarias que proíbem o tráfego dos ônibus de fretamento pelos corredores expressos (Passa-rápido), o sindicato
realizou uma palestra para que os empresários estejam mais
preparados para evitar qualquer imprevisto relacionado à fiscalização da Prefeitura.
Embora os ônibus possam circular em vias alternativas, tais
vias não são viáveis e expressas como os corredores e aí reside
boa parte do problema. Sem corredores e sem vias adequadas
liberadas o fretamento está fadado à falência, o que significaria um impacto sem precedentes no trânsito da capital já
que são mais de 560 mil passageiros transportados por dia em
toda a região metropolitana de São Paulo.
Ao mesmo tempo em que trabalha para que o segmento
possa ter fluência em sua atividade comercial, o Transfretur também recorre ao bom senso que em 2004 permitiu que os veículos
fizessem uso dos corredores apenas para circulação.
O objetivo da reunião era exatamente a proibição de utilização dos corredores através de vias alternativas, que por ora tem
sido providenciais, mas não são o ideal.
Outras exigências - O consultor do Transfretur, Edson
Cunha também instruiu os empresários sobre a documentação,
uma vez que a ação da Prefeitura se
EM 2007
iniciou com a proibição de tráfego
nos corredores, mas se estende a outros itens, como a documentação.
Segundo Cunha, ainda há muitas
empresas que se esquecem de fazer a renovação da documentação,
e acreditam que não haja
problema, “mas documento
vencido, ou, até mesmo inexistente, gera multa e apreensão”, adverte.
Todas as empresas que
operam no fretamento devem possuir um Termo de Autorização
(TA), que se refere ao
cadastro da empresa
junto ao Departamento de Transportes Públicos (DTP),
órgão da Secretaria
Página
2 Acessibilidade
Página
4 Artesp
EM 2004
Municipal de Transportes de São Paulo
(SMT). No caso da
empresa ser intermunicipal, deve ter uma
cópia do contrato
social, uma cópia do
Certificado da Artesp,
EMTU ou ANTT, a relação da
frota (com especificações de
prefixo, modelo, chassi, ano,
placa) e o CNPJ.
Já quando a empresa for
municipal, além dos documentos elencados, também
serão necessários: a certidão
de Contribuição de Cadastros
Mobiliários (CCM) [atentar para o
código 24 e 29 que se referem à
prestação de serviço de transporte], a ficha de breve relato (histórico de idoneidade da empresa),
Certidão de recolhimento do ISS, Prova de regularidade fiscal
com a Fazenda Estadual, Certidão Conjunta de Débitos relativos a
tributos federais e Dívida ativa da União, Certidão do INSS, Certidão do FGTS, e declaração do local da garagem.
Outro documento imprescindível é o Certificado de Vínculo
ao Serviço (CVS). No caso de inclusão, a empresa deve preparar o
Certificado de Registro do Veículo (CRV), o Certificado de Registro
e Licenciamento do Veículo (CRLV), Apólice de seguro (valor mínimo 74 mil unidades fiscais de referência [Ufir´s]) e a vistoria. São
aceitas vistorias da EMTU, Artesp ou Laudo de Inspeção Técnica
(LIT) fornecido pelo Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).
A renovação do CVS está vinculada à data da vistoria, sendo
no máximo de 12 meses, que é o tempo máximo previsto pelo
DTP, ainda que a EMTU - em se tratando de carros 0 KM - tenha
vistoria de até 18 meses.
São necessários os mesmos documentos para a renovação à
exceção do CRV. A empresa quando da renovação deve levar o
CVS que vai vencer ou vencido; situação que não deveria ocorrer.
“É adequado providenciar a renovação quando faltarem 30 dias
para o vencimento. Assim, todos evitamos contratempos”, esclarece Edson Cunha. Todos os ônibus devem ter uma cópia tanto
do CVS quanto do TA.
Página
5
Institucional
Acessibilidade _______________________________________________________________________________________________________________
Tráfego alterado em função de mudança no calçamento da Paulista
D
D
esde meados do ano, o calçamento público da
avenida Paulista vem sendo alterado pela Prefeitura de São Paulo. Acontece que na primeira
etapa a alteração se restringiu a dois quarteirões do lado
par. Desde novembro, o lado ímpar também passa pela
transformação fazendo com que o tráfego dos ônibus
de fretamento fosse modificado.
Para que houvesse um planejamento adequado à
mudança temporária, técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) juntamente com o Diretor-executivo do Transfretur, Jorge Miguel dos Santos, fizeram
um test-drive pela Alameda Santos
(sentido Consolação-Paraíso) para
saber qual o impacto no tráfego
da rua paralela à avenida Paulista e
também para checar a viabilidade
em relação à altura dos ônibus,
pois, a Alameda Santos possui
uma espécie de pontilhão que
une as duas partes do Parque
Siqueira Campos, o Parque do
Trianon.
O resultado foi satisfatório e ficou acordado que até
durarem as alterações do
calçamento essa via será
usada como acesso para
os ônibus de fretamento.
No sentido oposto (Paraíso-Consolação) não houve
alteração e os ônibus permanecessem trafegando
pela rua São Carlos
do Pinhal.
“É sempre possível chegar a um acordo com a Prefeitura
quando há consideração também da
necessidade do setor,
que está diretamente
ligada à necessidade
do usuário que é a preocupação fundamental do Poder
Público”, esclarece Jorge Miguel.
Ainda segundo o diretor-executivo, os técnicos da CET
também ficaram satisfeitos com o resultado, pois, embora
haja uma demanda maior em função do final do ano, a
Alameda Santos já é uma via, em geral, mais lenta.
Dados da CET deveriam estimular o transporte coletivo
A
A
cidade de São Paulo tem uma das maiores concentrações de frota de veículos particulares do
mundo num perímetro de 1.509 Km2 cortado
pelo Rio Tietê, tendo como principais afluentes os rios
Pinheiros e Tamanduateí, sem contar os inúmeros córregos que recortam a cidade, e que em geral, por não
possuírem margem, acabam se transformando em
armadilhas com tempo certo para entrar em ação: no
verão, quando as chuvas são abundantes.
Por si só o aspecto geográfico faz da cidade não
só em um caldeirão de pólvora, mas vários que são detonados por incidentes naturais
(chuvas fortíssimas) ou sociais, como acidentes de trânsito, em geral, ocasionados por
stress, que gera desatenção e pressa, combinação perfeita para desastres, como apontam inúmeros estudos, sem contar os efeitos da ingestão de álcool, fruto do mesmo
stress. É possível conhecer dados sobre transporte e trânsito nos principais sites de
órgãos públicos, mas todas as evidências parecem não motivar uma política pública de
incentivo ao transporte coletivo, deixando-o de tratá-lo como uma prioridade.
Mais de 10 anos após a implantação
do rodízio de veículos, o tráfego na
Mortes em acidentes de
cidade está saturado. O fretamento é
trânsito na Cidade de São Paulo uma solução para quem não quer trocar o veículo particular pelo transporte
Ano
Nº mortes
coletivo público, mas faria a troca por
um transporte em que estivessem alia2002
1.370
dos conforto e pontualidade, caso do
2003
1.268
fretamento, que tem inclusive possibilidades de alterar o trajeto de ônibus
2004*
1.419
como maior facilidade, vide o caso de
2005*
1.505
troca do calçamento da avenida Pau2006*
1.487
lista. Mesmo com esta flexibilidade e
oferecendo um serviço de qualidade, ainda assim, o fretamento tem enFonte: CET/Assessoria Técnica/Gerência de Segurança
contrado dificuldade para ser visto como um aliado. Apenas para citar um
de Tráfego - * utilização de nova metodologia com
dado, enquanto isso, o número de mortes no trânsito na cidade é alarlevantamento de mortos junto ao Instituto Médico
Legal (IML) e complementações junto à Secretaria de
mante. Bem maior que as mortes em guerras que estão em curso, como
Segurança Pública do Estado de São Paulo
no Iraque.
2
“
_____________________
H
Pequena no tamanho, grande na
satisfação do cliente
H
á quase 21 anos nascia a Transuniversal, uma empresa que
já contava com o knowhow
da família Susaki. “Quando escolhemos o nome a intenção era pensar em algo
amplo, que
pudesse ter
aceitação fácil”,
detalha o diretor Francisco
Susaki. Embora
Francisco viesse
de uma empresa
que prestava ser- Double Decker
Executivo
deixamos o contínuo”.
Para Francisco, a cidade de São
Paulo perdeu eventos. Ele explica.
“Até 10 anos
atrás dava
para trabalhar com
tranqüilidade. Não havia o trânsito nem
a criminalidade. Os
eventos de
massa (realizados, em ge-
Low Driver
viços tanto ao contínuo
quanto ao eventual,
sua especialidade era o
eventual, mas por ossos
do ofício a Transuniversal se manteve no início
atendendo às duas modalidades de fretamento. Micro Bus
“Dessa forma fomos
nos adaptando melhor ao eventual,
e no começo o forte era trabalhar
com operadores: CVC, Agaxtur, Transatlântica, Intravel e LineaC. Depois
passamos a trabalhar com eventos, e
ral nos grandes centros de exposição,
como o Anhembi
Expo Center Norte) cresceram, mas
os eventos de empresa diminuíram.
Muitas empresas
foram para o interior, para
outros Estados”.
Francisco também diz que por
conta da concorrência - com o aéreo,
o rodoviário e outras empresas que
também fazem contínuo, mas sazonalmente realizam prestação de serviço eventual
PERFIL
- as dificuldades aumenFundada em 1987
taram. Para vencer esses
Nº de carros:
problemas, além da tradi10 (superluxo, luxo, microônibus e vans)
Nº de funcionários:
ção e o renome no merca16 (motoristas, manutenção e
do, Susaki diz que sempre
administração)
mantém um contato perReceita:
manente com o cliente.
100% eventual
Idade Média da Frota:
“Só força de vontade
4 anos
para
trabalhar nesse ramo
Tipo de ônibus:
e fé naquilo que está faChassi: Scania,
Mercedes-Benz e Fiat
zendo”, conclui.
3
Editorial _______________________________
“Legislação inibidora”
Como todos os empresários
de fretamento, também estou
mais que descontente com a
proibição de trafegar nos corredores e ônibus da cidade de
São Paulo.
É incrível como o fretamento tem de provar sua utilidade
todos os dias, para todos os
governos, todas as eleições.
Somos uma modalidade de
transporte que gera emprego,
gera receita à cidade, principalmente, quando realizamos
transporte eventual em que o
consumo é intenso, desde o
transporte propriamente até
a hospedagem. Somos discriminados. Não há vagas. Sofremos com recursos para estacionarmos. Os hotéis têm poucos espaços para a chegada de
ônibus. Tudo nos é dificultado.
Boa parte da dificuldade se dá
por falta de planejamento da
cidade.
Quem planeja prédios anda
de carro e não pensa em veículos coletivos, julga-os sinal de pobreza, mesmo que
tenhamos ônibus muito bem
equipadas e dentro do mais
autêntico padrão luxo. Mas
é quando há convenções que
trazem benefício à cidade, aos
habitantes, aos usuários, aos
clientes.
A lei é dura, mas é lei, diz o
ditado. Devemos lembrar que
todas as benesses que trazemos encontram sempre quem
os inveje. O papel do Poder
Público é zelar pelo interesse público e esse também é
nosso compromisso, pois, seja
na modalidade contínua ou
eventual, nos transportamos
gente, a mesma que o Poder
Público representa. Queremos
o direito de trafegar.
“
Série Conte sua História
O Novos Caminhos trará sempre um breve histórico da trajetória das
companhias mais tradicionais até as mais jovens, tendo por base a ordem
de registro da empresa na entidade desde sua fundação, em 1989.
Francisco S. Susaki é Diretor
da Transuniversal
Fiscalização _ ________________________________________________________________________________________________________________
Artesp consegue revogar liminares e retirar
veículos irregulares
U
U
Gentialmente cedido Acervo
SETPESP - Fotos: Edi Pereira
ma das principais queixas do empresariado do fretamento refere-se basicamente à fiscalização. Os
empresários apontam que quando ela existe, acaba sendo exatamente sob as empresas idôneas
que pagam os impostos e estão com a documentação ordenada, mas recentemente a Artesp revogou liminares que permitiam que veículos como vans trafegassem nas estradas estaduais. A seguir uma
breve entrevista, realizada por e-mail, com o Diretor de Fiscalização da agência estadual, Sebastião Ricardo Martins.
NC - Qual é o maior setor que atua
com liminar?
SEM - Os setores que mais detêm
liminares são os da região de Ribeirão
Preto, São José do Rio Preto e Baixada
Santista.
NC - É possível afirmar que o transporte escolar se enquadrou na legislação da agência, pois, muitas peruas/
kombis escolares trafegavam também
com liminares? Não temos esse dado.
NC - Como a fiscalização está agindo para veículos
cuja empresa possui razão social como locadora, mas
na prática atuam como fretamento?
SRM - Se comprovado o fretamento sem autorização, o veículo é autuado e retirado de circulação até
que o proprietário regularize a situação.
NC - Em 2004, entre as empresas idôneas que tinham sido autuadas, o cartão de vistoria e o registro
vencido eram os principais problemas. Qual a situação
atualmente?
SRM - A situação não mudou.
NC - As blitze se intensificaram em relação aos
ônibus clandestinos, aqueles que não têm registro na
agência? Há mais fiscais?
SRM - As blitze são intensificadas de acordo com a
necessidade, uma vez que elas são feitas regularmente
nas rodovias de São Paulo. Hoje, cerca de 2% do total
de veículos fiscalizados nas rodovias são apreendidos
por serem irregulares. Pelo contrário, o número de fiscais diminuiu em razão de várias aposentadorias. Hoje
contamos com 24 equipes de fiscalização.
Gentialmente cedido Acervo
SETPESP - Fotos: Edi Pereira
Novos Caminhos - Na última vez que o Novos Caminhos
entrevistou o então Gerente de
Fiscalização, Luiz Carlos Siqueira Franchim, um dos problemas
relativos à fiscalização eram as
liminares que permitiam que veículos impróprios em condições
ainda mais questionáveis trafegassem pelas rodovias estaduais.
Qual a situação hoje?
Sebastião Ricardo Martins - Diante da situação das liminares nós levamos aos Magistrados
e ao Ministério Público informações sobre os
problemas dos operadores não regularizados na
Agência. Principalmente sobre as condições de
segurança, uma vez que os passageiros ficam
sem seguro e não há garantia de que o veículo
esteja em condições para o transporte coletivo.
Feito esse trabalho, observamos a queda no número de veículos que operam com liminares.
NC - Qual o argumento utilizado para cassar
as liminares?
SRM - Os argumentos utilizados para contestar uma ação são que os serviços prestados não
estão autorizados pelo poder público, sendo
considerados transportes ilegais, pois ferem a legislação vigente. A interpretação do Magistrado
tem grande valia na concessão do pedido cautelar.
Por isso a importância do trabalho que fizemos
levando informações aos juízes e ao Ministério Público.
Melhor idade ________________________________________________________________________________________________________________
“Sem ajuda do Transfretur não poderiamos desenvolver essa atividade”
Pouco depois do Transfretur retomar as atividades do fretamento em São Paulo, no final de 2000, os empresários estudaram a condição do fretamento em contribuir com a cessão de ônibus para uma instituição idônea como parte de uma
ação de responsabilidade social, uma tendência desde meados dos anos 90. O Transfretur, com o apoio das empresas de
sua base e ainda algumas empresas do ABC, passou a conceder ônibus ao Instituto Melhor Idade Estação Vida, fundado
oficialmente em 2003, mas com um núcleo ativo desde 1997, promovendo atividades. Atualmente o Instituto é dirigido
pela Sra. Esther Tripoli, esposa do fundador Ricardo Tripoli, que concedeu esta entrevista ao jornal Novos Caminhos.
Novos Caminhos Há quanto tempo existe
o trabalho do Instituto
da Melhor Idade Estação
Vida ? Quem foi o responsável pela elaboração
do projeto e qual o conjunto de atividades desenvolvidas?
Esther Nazello de Alvarenga Tripoli - Assumi
a Presidência do Instituto da Melhor Idade Estação Vida, em março de
2006, após o falecimento
de meu marido, Ricardo
Tripoli.
Durante décadas, ele
foi um grande defensor das pessoas idosas. Sempre contou com a ajuda, não
só da família, como também de muitos
amigos. Meu filho mais velho, o Deputado Federal Ricardo Trípoli, quando Deputado Estadual foi o autor da Política
Estadual do Idoso, Lei que está completando 10 anos e trouxe inúmeros benefícios à população idosa do estado de
São Paulo. E o Vereador Roberto Tripoli,
também tem sido um fervoroso defensor
dos idosos. Como presidente da Câmara
Municipal de São Paulo, por duas gestões (2005 e 2006), logo no início de seu
primeiro mandato, abriu as portas da
Câmara Municipal de São Paulo para a
população idosa moradora do Centro da
Cidade. Todas as manhãs de domingo os
interessados participam de inúmeras atividades (físicas, culturais e de lazer). Essa
atividade existe até hoje. Além disso, ele
faz parte da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho, Idoso e Mulher.
NC - A partir de qual momento se
fez notar a necessidade uma política
voltada especialmente para o segmento
mais maduro da sociedade, uma vez que
o Brasil era visto até bem pouco tempo
como o país dos jovens?
Esther - Há cerca de uns dez anos,
os amigos colaboradores de meu marido começaram a sugerir que todo seu
trabalho em benefício dos idosos fosse
estruturado. E assim nasceu o Núcleo
da Melhor Idade Estação Vida, que, em
2003, passou a Instituto.
O Instituto da Melhor Idade Estação
Vida congrega cerca de 20.000 associados, pessoas da melhor idade moradoras
da Região Metropolitana de São Paulo, a
maioria de baixa renda. Diariamente recebemos uma média de 15 novos sócios.
Temos por objetivos o estímulo ao
envelhecimento saudável, a melhoria
da qualidade de vida dessa população, o resgate de
sua cidadania, através do
desenvolvimento de atividades sócio-culturais. São
diversos cursos, tais como:
yoga, tai chi chuan, biodança, coral, violão, dança
de salão, ginástica, pintura
em tela, origami, etc. Além
disso, fazemos também
bailes, os quais facilitam o
relacionamento interpessoal, além de contribuir para
a redução de medicamentos para pressão alta, colesterol e depressão. Felizmente, alguns geriatras são
nossos melhores divulgadores. Também
participamos do Carnaval de São Paulo,
constituindo uma das alas da Escola de
Samba Águia de Ouro. Mensalmente,
atendemos diretamente cerca de 5.700
pessoas.
Estamos vivendo um processo de
envelhecimento global. A longevidade
já é fato no mundo todo. O avanço da
medicina, as melhores condições de
saneamento, a crescente preocupação
com a qualidade de vida através de uma
melhor alimentação e estímulo à prática
de atividade física, vêem contribuindo
muito para um envelhecimento maior e
mais saudável.
NC - Qual a importância do Instituto
para o setor mais maduro da sociedade?
Quem são as pessoas que participam
das atividades? E quantas são atendidas
mensalmente? E quantas já foram transportadas por ônibus cedidos através desta parceria com o Transfretur?
Esther - No Brasil, a média de vida do
homem gira em torno dos 72 anos e da
mulher 75 anos. Já não somos mais um
país jovem. Além disso, dados do IBGE
mostram que para cada 100 crianças,
existem 120 idosos.
Nosso maior desafio, haja visto que
no Brasil não dispomos da estrutura mínima de atendimento aos idosos, além
da conquista desses direitos, é nos mantermos saudáveis e ativos o maior tempo
possível. Por isso, a grande importância
do acesso a atividades tais como as que
desenvolvemos no Instituto.
Nos países desenvolvidos o poder
aquisitivo do idoso sempre foi valorizado,
principalmente no turismo. No Brasil, as
empresas já estão enxergando a importância sócio-econômica dos idosos e as
agências de turismo e hotéis foram os
primeiros. Sabemos que os aposentados
mantêm a rede hoteleira funcionando em
baixa temporada, mas poderia ser melhor.
O trabalho do Instituto da Melhor Idade Estação Vida não seria tão eficiente se
não fosse a colaboração do Transfretur. A
maioria dos Grupos e Entidades de e/ou
para idosos gostaria de fazer ao menos
um passeio por mês, mas o alto custo do
transporte inviabiliza essa prática. Alguns
nem sequer conseguem fazer um passeio
durante o ano todo.
NC - Atualmente há alguma subvenção
governamental ou o Instituto mantém suas
atividades graças a outras ações de responsabilidade social?
Esther - Não contando com qualquer
subsídio público, nosso Instituto não dispõe
de recursos para pagamento de transporte.
Sendo assim, sem a ajuda do Transfretur,
não poderíamos desenvolver essa atividade,
que para eles é tão importante.
Para o desenvolvimento de nossas atividades contamos com a colaboração de voluntários e algumas parcerias conquistadas
ao longo dos anos de trabalho de meu marido. Dentre as mais importantes, destacamos
o Transfretur, que há cerca de 6 anos vem
contribuindo de forma efetiva, através da
ação de responsabilidade social, subsidiando
o transporte de nossos associados a locais
igualmente cedidos por outros parceiros.
NC - Qual a importância desta parceria
com o Transfretur, que é o responsável pela
ação de responsabilidade social que cede
ônibus para passeios com o pessoal da melhor idade? Sem tal ação, as atividades do
Instituto seriam inviabilizadas?
Esther - Para citar um exemplo apenas:
há poucos meses atrás oportunizamos a
alguns idosos o reencontro com o mar, após
décadas. A felicidade estampada no rosto
dessas pessoas não tem preço. Durante esse
ano já atendemos cerca de 1.472 idosos e
esperamos atender ainda mais 190, no início
de dezembro, quando faremos o último
passeio do ano. Todos os beneficiados sabem que o transporte é disponibilizado pela
empresa através do Transfretur.
Meu falecido marido, o “pai Tripoli”
como era amorosamente tratado, dizia
que “o importante é sermos felizes” e essa
tem sido nossa luta no Instituto da Melhor
Idade Estação Vida. Tentamos fazer da velhice a nossa melhor idade e o Transfretur
tem colaborado muito conosco. Só temos
o que agradecer a todas as empresas que
por seu intermédio tem nos ajudado.
Aproveito para desejar Boas Festas
a todos e que Deus abençoe a cada um
com muita saúde e grandes realizações em 2008. Esperamos estar juntos novamente.
Motor Euro IV
Inovação _____________________________________________________________________________________________________________________
Petrobrás tem diesel a 50 ppm de enxofre em 2009
Avanço no combustível agora passa a depender de tecnologia de motores
P
P
etrobrás anunciou uma ótima notícia no início de dezembro; a partir de 2009 vai produzir diesel com muito menos enxofre concentrado, conforme exigência de uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
Serão 50 partículas por milhão (50ppm), um índice comparado a países de primeiro mundo e que torna o ônibus ainda
mais promissor como veículo de transporte coletivo. Para que
os estudos desenvolvidos possam estar nas bombas de todos
os postos das regiões metropolitanas e depois de todo o território nacional serão investidos 9 bilhões de reais por parte da
Petrobras.
A notícia foi comemorada pelos empresários de fretamento porque vem agregar valor às demais qualidade da modalidade, principalmente na cidade de São Paulo, em que desde
maio o Prefeito Gilberto Kassab iniciou a segunda fase do
Company).
Segundo a própria assessoria de imprensa da Petrobrás divulgou, a situação
é promissora, mas ainda há
muito por se caminhar. “Querer resolver a questão apenas
com o combustível de melhor
qualidade é um erro. O mundo não fez assim. É tapar o
sol com a peneira. Se o Brasil
quiser levar a sério essa questão, a redução das emissões
exige motores de última tecnologia e controle rígido por
parte dos Estados Motor Euro IV
na manutenção das condições de uso desses equipamentos”, avalia Paulo Roberto Costa, diretor da
Área de Abastecimento da petrolífera sobre a necessidade de se combinar óleo e motor.
De qualquer forma, o que é possível adiantar é
que a tecnologia tanto do motor quanto do combustível encarecerá toda a transação do transporte,
e demandará a troca de toda a frota, ou pelo menos de todos os motores; processo que é moroso e
ao mesmo tempo demandará um planejamento e
uma legislação combinadas que dêem prazos para
adaptação.
Ainda segundo a Petrobras, atualmente, 41%
dos veículos que circulam no País são movidos a
Transfretur em evento do lançamento da segunda fase do Projeto Cidade Limpa. Dirediesel. Na década de 1950, correspondiam a 19%
tor-executivo do Transfretur, Jorge Miguel dos Santos, Prefeito de São Paulo, Gilberto
do total. A partir da década de 90, o teor de enKassab e empresário, José Boiko
xofre no diesel era de 13.000 ppm e a meta é, até
Projeto Cidade Limpa realizando uma inspeção da emissão de 2013, encerrar a produção e a venda do diesel com 2.000 ppm.
fumaça preta.
Todo dia 22 de setembro é comemorado o dia Mundial sem
Mas como toda boa notícia, a inovação da Petrobrás de- carro. A iniciativa tem agregado várias capitais do país e cidades
pende de um outro elemento imprescindível. O motor que vai onde o trânsito é um destacado problema e influencia em custos
receber o combustível também precisa ser moderno o suficien- e perdas gigantescas ao longo do ano. Neste dia, na capital, o
te senão de nada valerá a menor concentração de enxofre. O Movimento Nossa São Paulo organizou um manifesto com a assimotor necessário já é produzido no exterior. Trata-se do Euro natura de 400 entidades interessadas em promover um ambiente
IV. No Brasil há duas empresas, no momento, em condições de mais saudável para todos. O Transfretur é uma destas entidades
produzir o motor. São elas: a empresa International Engines, signatárias do manifesto que reivindicava a manutenção das daque incorporou a MWM International, e se transformou em tas-limites para a inovação e a considerável redução dos níveis de
MWM International Indústria de Motores da América do Sul enxofre no monóxido de carbono despejado no ar através das
Ltda., e a Cummins Latin America (divisão da Cummins Engine fumaças dos veículos movidos a diesel.
Presidente da Fresp está confiante na
eficácia de todo o ciclo
Expediente
O Presidente da Fresp e do Transfretur, Silvio Tamelini, mostrou-se confiante que mesmo
com todas as dependências em relação ao motor um novo período tem início com a divulgação da Petrobrás.”Podemos pensar em inúmeros benefícios: a população como um todo, à
cidade menos cinzenta, ao transporte coletivo que pode inspirar uma onda de proteção ambiental, e ao fretamento porque somente empresas idôneas terão condições de se manter na
atividade, uma vez que o papel do governo será o de manter a fiscalização àqueles que estão
fora das legislações e mais que isso promover um plano de financiamento global para a troca de motores ou mesmo de frota a depender da adaptação”, destaca.
Para o empresário, há ainda outro ponto importante. “Estaremos colaborando com a geração de emprego, porque esta medida vai ativar inúmeros setores: transporte, auto-peças, montadoras, combustível. A Petrobrás está de
parabéns por cumprir um importante papel à frente de muitos países de primeiro mundo. Isso vai ao encontro do
momento político internacional de rediscussão do Protocolo de Kyoto”, conclui.
Novos Caminhos é o órgão de divulgação
do Transfretur Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros por Fretamento
e para Turismo de São Paulo e Região - e da
Associtur - Associação dos Transportadores de
Turistas, Industriários, Colegiais e Similares do
Estado de São Paulo.
www.transfretur.org.br
Cartas, dúvidas e sugestões: Rua Marquês de Itú, 95 - 1° andar cjs.
A/B - CEP 01223-001 - Tel.: (0xx11) 3331 - 8022
e-mail: [email protected]
Jorge Miguel dos Santos - Diretor-executivo
Editoração e produção: Stilo Arte
Jornalista Responsável: Gislene Bosnich - MTb. 26610
[email protected]
Tiragem: 2000 exemplares
Diretoria: Silvio Valdemar Tamelini, Claudinei Brogliato, Marcelo
Laurindo Félix, José Parada Garcia, José Boiko, Jerônimo Ardito, Ricardo
Luiz Gatti Moroni, José Martinho, Eidi Shiguio, Iutaka Soyama
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Transfretur prepara empresários enquanto aguarda o Governo