*Ahho
14*
í \ i o DE J a k e í ^ O ,
C O R T E
Anno
16 S o o o
SEMESTRE
9$OOO
TRIMESTRE
5 $ O O O
PUBLICADA P*R A N G E I O A G O S T W » .
A correspondência a reclamacóes
^
d e v e m s e r dirigidas
À R U A DE G O N Ç A L V E S D I A S . N ° 5 0 , S O B R A D O
Senador Rodrigo Silva
FALLECIDO A
17
M? 5 6 7
18831
DO CORRENTE
PROVÍNCIAS
ANHO
SEMESTRE
AVULSO
SOfcooo
11
$ o o
o
1 $ o o
o
ttio,
26 de Outubro,
1889
d e i x o u na I t a l i a V i c t o r E m a n u e l , / / re galantuomo,
o m q u e m t i n l i a não poucos
pontos de s e m e l h a n ç a
Associando-nos ás m a n i f e s t a ç õ e s de pezar, que o seu passamento motiva muito
j u s t a m e n t e , e n v i a m o s nossos p e z a m e s á
nação p o r t u g u e z a e aos s e u s r e p r e s e n t a n t e s
q u e a q u i v i v e m , ao nosso lado.
ESCRIPTORIO E REDACÇÃO,
RUA
DE G O N Ç A L V E S
DIAS,
50,
SOBRADO
D. LUIZ I
A p ó s 28 â n u o s de r e i n a d o , b r a n d o e lib e r a l , f a l l e c e u a l i do c o r r e n t e , nas cerc a n i a s de L i s b o a , E l - R e i 1). L u i z I.
S o b e r a n o s y m p a t h i c o , d o t a d o de esmer a d a e d u c a ç ã o e i n c l i n a d o ás l e t t r a s , d e u
9
+
ao m u n d o , d u r a n t e os 28 â n u o s q u e occ u p o u o t h r o n o de D. Pedro V , o e s p e c t á c u l o d e um reinado florescente e p a c i f i c o ,
i n t e i r a m e n t e v a s a d o nos m o l d e s c o n s t i t u c i o n a e s e d u r a n t e o q u a l a n a ç ã o portug u e z a pôde r e a l i s a r p r o g r e s s o s
importa n t e s .
Todos os q u e com e l l e t r a t a r a m , e r a m
u n a n i m e s em r e f e r i r a i m p r e s s ã o q u e l h e s
c a u s a r a o g é n i o l h a n o do r e i , n o t a n d o o
seu e n t h u s i a s m o por todas as boas i d é a s , e
a s u a a d m i r a ç ã o p e l a s o b r a s dos g r a n d e s
homens.
Superior á sua investidura,
como q u e
t i m b r o u e l l e s e m p r e em r e c o n h e c e r u m
poder s u p e r i o r a q u e p r e s t a v a sincera hom e n a g e m : as m a n i f e s t a ç õ e s d a o p i n i ã o
publica.
E a s idéas l i b e r a e s
floresceram
tanto,
sob esse r e g i m e n t é p i d o da m o u a r c h i a
p o p u l a r , q u e hoje P o r t u g a l t e m um partido r e p u b l i c a n o i m p o r t a n t e , f o r t e em
s u a s c o n v i c ç õ e s , porém g e n e r o s o e opportunisfca q u a n t o aos s e u s meios de a c ç ã o ,
d i r i g i d o por h o m e n s como R o d r i g u e s de
Freitas, Theophilo B r a g a , Latino Coelho,
C o n s i g l i e r i Pedroso e outros c a m p e õ e s d a
democracia contemporânea.
D. L u i z p a r e c i a a c r e d i t a r q u e as boas
i d é a s só pódem ser v e n c i d a s por o u t r a s
m e l h o r e s e assim t i m b r a v a ein a u x i l i a r o
p r o g r e s s o de s u a p a t r i a , a n i m a u d o a cous t r u c ç ã o de e s t r a d a s de ferro e e s c o l a s , a s s o c i a n d o - s e a i n n u m e r a s o b r a s de beuefic e n c i a e c u r v a n d o - s e s e m p r e aos d i c t a m e s
da opinião publica.
O seu reinado foi f e c u n d o e m benefícios,
no seio da p a z e g o s a u d o d a c o r d i a l i d a d e
d e todos os g o v e r n o s e u r o p e u s e a m e r i canos.
Como u m traço do c a r a c t e r do filho do
rei artistn e do i r m ã o de 1). P e d r o V , cit a r e m o s a s u a f u n d a a d m i r a ç ã o por S h a k s p e a r e e os s e u s p e r s i s t e n t e s t r a b a l h o s
sobre a s obras do g r a n d e m e s t r e , a l g u n s
d o s q u a e s l h e v a l e r a m j u s t o s encomios
da opinião esclarecida e imparcial.
S e n t i n d o p e i o r a r dos s e u s i u c o m m o d o s ,
foi a sua r e s i d e n c i a t r a n s f e r i d a p a r a Cascaes, acontecendo, infelizmeute, r e a l i z i r se o dito p o p u l a r d e ir a C a s c a e s . . . e n u n c a
mais.
D. L u i z d e i x a u m bom n o m e na hist o r i a da sua p a t r i a , á s e m e l h a n ç a do q u e
coftfttio
foimco
m i n i s t é r i o não t e m , n o s ultii.mos tempos, dado s i g n a e s
^de v i d a . . . O u é como os
gfepaizes f e l i z e s , q u e não teem
S h i s t o r i a , ou e n t ã o f a z o corpo i n o l l e , p a r a fingir q u e
[não l h e doem as s ó v a s tre(mendas d a e l e i ç ã o d u p l a do
S r . L a e t , da c o n f e r e n c i a de J o a q u i m N a b u c o no R e c i f e , dos s e g u n d o s e s c r u t í n i o s
em g e r a l , da d e c a d e u c i a d a s r e n d a s p u b l i cas, do d e s c o n t e n t a m e n t o d a c l a s s e m i l i t a r ,
f r u c t o s d'essa p o l i t i c a dolosa, q u e o g o v e r no tem feito e q u e é a d i a n t a d í s s i m a e
c h e i a de l i g e i r e z a s q u a n d o se t r a t a d e
p r o t e g e r os a m i g o s , c o n s e r v a d o r a e o d i e n t a
q u a n d o só v i s a o bem e o p r o g r e s s o d e s t a
infeliz patria.
M a i s u m a v e z , o partido l i b e r a l no pod e r foi infiel ao p r o g r a m m a dos tempos d a
opposição e não s o u b e h o n r a r a p a l a v r a
d a d a em pról das r e f o r m a s , q u e se c o n s t i t u í r a m e m a s p i r a ç õ e s v e h e m e n t e s do p o v o
brazileiro.
U m estadista tão a r g u t o e i I l u s t r a d o
como o S r . A f f o n s o C e l s o , está p a r a a h i ,
h a m e z e s , a repetir o q u e fez o S r . S i n i m b ú
e m 1 8 7 8 , a dar-nos eleições f a l s i f i c a d a s , a
p r o t e g e r os a m i g o s , a a b a f a r a o p i n i ã o ,
com medo d a l i b e r d a d e , como q u a l q u e r
i d i o t a , e rodeado d e m e d i o c r i d a d e s , q u e só
se p r e o c c u p a m com os proprios e s t o i n a g o s .
S y m p t o m a s a l a r m a n t e s doesta p o l i t i c a
r e a c c i o n a r i a , q u e nada tem de l i b e r a l , j á
c o m e ç a m a a p p a r e c e r , por toda a p a r t e ,
a m e a ç a n d o d e conflictos s a n g r e n t o s as pop u l a ç õ e s l a b o r i o s a s , l e v a n d o ao d e s e s p e r o
o povo e e m p o b r e c e n d o o E s t a d o .
N ã o parece q u e é u m e s t a d i s t a a d i a n t a d o
q u e g o v e r n a , u m l i b e r a l ã o s e m p r e prompto a ir a t é á r e p u b l i c a , q u a n d o os outros
e s t ã o no poder, m a s um d'esses e s p í r i t o s
m e s q u i n h o s e e i v a d o s de u l t r a m o u t a n i s m o ,
a p t o s só para a f a b r i c a ç ã o de p i l h é r i a s
e n v e n e n a d a s , q u e se d i z e m no o u v i d o , e
q u e dilaceram o mérito alheio. . . N ã o é o
Sr. Affonso Celso que o g o v e r u a , mas o
proprio S r . L a e t , q u e p a r e c e ter t o m a d o o bastão de c h e f e , depois q u e se f e z
e l e g e r por d u a s p r o v í n c i a s , c o u s a q u e o
S r . A f f o n s o C e l s o n u n c a pô le c o n s e g u i r e
q u e l h e d á notoria i n f e r i o r i d a d e , p a r a resistir ás i n s p i r a ç õ e s do c a n d i d a t o do Apostolo, a c t u a l m e n t e a r v o r a d o em confessor e
director e s p i r i t u a l da p r e s i d e n c i a do conselho.
E quer-se q u e o p i i z b a t a p a l m a s a todo
este d e s m a n t e l l o , q u e a opposição a j o e l h e ,
q u e o p a t r i o t i s m o f a ç a acto de c o n t r i c ç ã o ,
confessando q u e t u d o vai ás m i l m a r a vilhas 1
Mas, isto seria n e g a r á l u z m e r i d i a n a
e m e n t i r ao q u e e s t á na c o n s c i ê n c i a de
todos.
A v e r d a d e é q u e de 7 de J u n h o p a r a c á
temos tido um g o v e r n o r e a c c i o n á r i o , c o n servador, e que levanta a mão, embora a
mêdo e h y p o c r i t a m e u t e , m a s q u e a l e v a n t a ,
contra as liberdades publicas.
Estamos fartos, enjoados,
revoltados
com esse e s p e c t á c u l o d e g r a d a n t e , dos pol í t i c o s q u e t u d o p r o m e t t e i n na opposição,
e q u a n d o c h e g a m ao poder f a z e m a p o s t a s i a
d a s m e l h o r e s idéas. S ã o e l l e s os q u e m a n d a m a t i r a r sobre o povo por um v i n t é m ,
os q u e s o n h a m u m a c e n s u r a p r é v i a p a r a
a i m p r e n s a , os q u e o r g a n i s a m m i l í c i a s
p r i v a d a s p a r a o p p o r e m ao e x e r c i t o e só não
nos b e n e f i c i a m c o m o S a n t o O í f i c i o , p o r q u e a coroa a isso se oppõe.
S a n t o D e u s 1 Q u e m a i s nos r e s t a r á v e r
em politica ?
N UM
P e d i z - m e um
ÁLBUM
ramo, senhora,
D a s flôres do meu j a r d i m ?
Aqui vol-a trago, embóra
N ã o s e j a roza ou j a s m i m . . .
No meu p b q u e n o c a n t e i r o
E u só c u l t i v o u m a flôr ;
Como embalsama o seu cheiro !
S a b e i s o s e u nome ?
Amor ! . . .
A.
CUNHA
Certo orgão governista, refrrindo-se a
nós, u l t i m a m e n t e , a proposito d a g l o r i o s a
a t t i t u d e a s s u m i d a por J o a q u i m N a b u c o ,
sobre a f e d e r a ç ã o d i z q u e f a z e m o s p a r t e
da tripeçn
opposicionisla,
que combate
o actual ministério.
O nosso b e a t i f i c o c o n t e n d o r em v e z de
t r i p e ç a bem p o d e r i a e m p r e g a r a p a l a v r a
trindade ; seria mais delicado e seraphico.
N ã o o fez e c r e m o s q u e por m o d é s t i a ,
pois a c l a s s i f i c a ç ã o a b r a n g e n d o o seu princ i p a l r e d a c t o r , q u e faz o papel de rez-dc
chaussé no Paiz,
ás quintas-feiras, iria
dar de si proprio u m a idéa i m m o d e s t a .
A s s i m , a c r e d i t a m o s , q u e essa p a l a v r a ,
h a b i t u a l e n t r e os sapateiro-?, só foi a p p l i c a d a a c o l l e g a s d a i m p r e n s a , por se a c h a r
e n t r e elles u m r e m e n d ã o c u j o oíficio é
botar t o m b a s no c a l ç a d o a v a r i a d o do p a r tid > l i b e r a l .
F i c a aseim e x p l i c a d o o caso.
*
*
*
C o n t i n u a m a s f e s t a s aos officiaes c h i l e nos, de v i s i t a e n t r e nós,sendo de n o t a r , q u e
c o m e ç a m p e l a s u a f r e q u e n c i a a ter o c a r a c t e r de p e r s e g u i ç ã o e a t o m a r u m c u n h o
por d e m a i s f a t i g a n t e e . . . o f f i c i a l .
E ' - n o s s e m p r e a g r a d a v e l , v ê r o nosso
p a i z r e t r i b u i r as finezas com q u e foi h o n rado por o u t r a s nações. Foi o q u e
fizemos
com a R e p u b l i c a A r g e n t i n a e é o q u e fazemos com o C h i l e . O q u e nos c u s t a a comp r e h e n d e r , p o r é m , é como 11111 g o v e r n o
q u e i m p u g n o u o p a g a m e n t o de 4 modestos
contos, d i s p e n d i d o s pelo com m a n d a n t e do
Almirante
Barroso no C l n l e , g a s t e a g o r a
400 sem q u e a s u a consciência^ l h e imp u g n e t a m b é m esse d e l í r i o f e s t i v o .
E ' a s s i m s e m p r e o nosso g o v e r n o : ou
s o v i n a 011 r i d i c u l a m e n t e p r o d i g o . . .
•
•
*
E a proposito, cai-nos a t a l h o de f o u c e
u m erro t y p o g r a p h i c o do Jornal
do CommercÀo, 11a n o t i c i a r e l a t i v a á r e c e p ç ã o dos
o f f i c i a e s c h i l e u o s , pela nossa C a m a r a Municipal .
V e j a - s e o Jornal do d i a 2 3 e a h i se encontrará o s e g u i n t e período, relativo á
v i s i t a dos officiaes c h i l e u o s e q u e não d e i x a
d e ter g r a ç a :
« Depois de t e r e m e x a m i n a d o o a n d a r
s u p e r i o r , d e s c e r a m para o s a l ã o de h o n r a
onde foi sorvida p r o f u s a mesa d e doces » .
E , então ?
Que guellasde municipalidade í
*
*
•
A g u a r d a n a c i o n a l , depois dos s e u s p r i m e i r o s v a g i d o s e n s a i a os seus p r i m e i r o s
p a s s o s . . . de d a n ç a .
N o baile d a p r i u c e z a ,
npresentou-se
g a r r i d a (a official idade) e c o n s t a q u e fez
b r i l h a t u r a s em v a l s a s e em q u a d r i l h a s .
A g o r a , vai fazer exercícios e manobras,
p a r a em tudo se tornar a serie B . do e x e r cito.
A b u r g u e z i a militarisando-se ! E' um
cumulo.
*
•
Mais um f a l l e c i m e n t o ! L a r g a s e á r a tem
cortado r e z - v é z , a m ã o a r m a d a da morte.
A g o r a tocou a v e z a um dos m a i s i 11 list r e s b r a z i l e i r o s , a q u e m a nossa p a t r i a
d e v e a s u a i n i c i a ç ã o em g r a n d e s progressos.
l i e f e r i m o - n o s ao b a r ã o de M a u á , c u j o
r e t r a t o o r n a r á a p r i m e i r a p a g i n a da nossa
f o l h a , em s e u p r o x i m o n u m e r o , d e s o b r i g a u d o - n o s assim de um piedoso e p a t r i ó tico d e v e r .
— O que
e n t e n d e por i n s u f f i c i e n c i a
mitral?
— E ' a i n c a p a c i d a d e de um p a d r e p a r a
ser b i s p o .
r
*
*
F e l i c i t a v a m um s u j e i t o por ter o b t i d o
um bom l o g a r em c o n c o r r ê n c i a com o par e n t e de 11111 m i n i s t r o . A g r a d e c i a e i l e com
a r e s de g r a n d e m o d é s t i a .
— O q u e m a i s me l i s o n j e i a , d i z i a , é
q u e n ã o d e i , p a r a isso, n e m 11111 passo.
— C o m c e r t e z a , r e s p o n d e u - l h e u m dos
q u e a l l i e s t a v a , q u a n d o se a n d a de rastos
não se d á n e m 11111 passo.
*
*
*
— M a m ã , p o r q u e é q u e os a n j o s são sempre meninos e n u n c a m e n i n a s ?
' — P a r a e v i t a r os e s c a u d a l o s 110 P a r a í s o .
•
*
Uma
s e n h o r a pede a S i m p l í c i o para
l h e e s c r e v e r um p e n s a m e n t o 110 á l b u m .
E l l e m e d i t o u a l g u n s m o m e n t o s e depois
escreveu :
« A s g r a n d e s dores são m u d a s . E' por
isso
q u e 11111 h o m e m , depois de c a h i r
morto, não d i z n a d a . »
*
*
E n t r e um m e m b r o d a S o c i e d a d e d e l m m i g r a ç ã o e seu filho q u e e s t u d a catliecismo :
— Papai, que quer dizer—crescei e multiplicai-vos?
— Q u e r d i z e r , m e u filho, dar colonos
ao paiz sem r e c o r r e r ao e s t r a n g e i r o .
DOMINÓ.
SIMPLES
BALLADA
« T u v a e s p a r t i r . Don G i l ! S u s ! c a v a l l e i r o !
« E s s a t r i s t e z a de tua a l m a
espanca.
F u n d a t r i s t e z a o rosto lhe* á n n u v j a :
Q u e m de Don G i l e s t a tristeza e s p a n c a ?
.
*
H a v i a um b e i j o — e i s tudo q u a n t o h a v i a !
A tóla e s t a v a i n t e i r a m e n t e b r a n c a .
1S86.
SILVA
T e m o s t a m b é m a r e g i s t r a r n'estas col u m n a s , o f a l l e c i m e u t o de um h o m e m not á v e l . de q u e m o B r a z i l e s p e r a v a a i n d a
m u i t o s s e r v i ç o s e q u e r e p r e s e n t a v a 110
senado, a i n t e l l i g e u c i a , o arrojo e o c a v a l h e i r i s m o do povo p a u l i s t a .
R o d r i g o S i l v a era u m a i n t e l l i g e u c i a
v i v a e um politico h á b i l . Fossem o u t r a s
as c o n d i ç õ e s do nosso p a i z , não e n v o l v e n d o os h o m e n s n ' u m c i r c u l o de ferro de
c o n t r a d i c ç õ e s p o l i t i c a s , e essa b e l l a i n t e l l i g e u c i a , esse e s p i r i t o a m e n o e c u l t o t e r i a
d e i x a d o de si 11111 r e n o m e i m m o r t a l .
A i n d a a s s i m , dentro dos m o l d e s da nossa
a c a n h a d a p o l i t i c a , o nome do c o n s e l h e i r o
R o d r i g o S i l v a por v e z e s foi a u r e o l a d o
p e l a s y m p a t h i a de u m povo.
L e m b r a - n o s a i n d a , como se fosse h o j e ,
a h o r a m e m o r á v e l em q u e e l l e como min i s t r o d a a g r i c u l t u r a e n t r o u na c a m a r a
sob uma c h u v a de flores, e t o m a n d o u m
l o g a r á d i r e i t a do p r e s i d e n t e , l e u , t r e m u l o
e com m o v i d o , em meio das a c c l a m a c õ e s
p o p u l a r e s , a proposta do g o v e r n o , q u e foi
c o n v e r t i d a , d i a s d e p o i s , 11a a u r e a lei d e
13 de Maio.
O v e l h o p a r l a m e n t a r , h a b i t u a d o á s ref r e g a s d a t r i b u n a e ás t e m p e s t a d e s d a s
discussões p a r l a m e n t a r e s , s e n t i a a c o m m o cão dos e s t r e i a n t e s , como se i n s e n s í v e l m e n t e t u d o se c o n j u r a s s e p a r a m a n i f e s t a r
q u e era a l g u m a c o u s a de g r a n d e e d e n o v o
% o q u e se ia f a z e r !
<0
T a m b é m , por esse t e m p o , e m meio d e
u m a d i s c u s s ã o t e m p e s t u o s a , 11111 a n t i g o escravocrata exprobrando-lhô a sua attitude
a b o l i c i o n i s t a , d e p o i s de a l g u n s actos retrógrados, Rodrigo S i l v a respondeu com
v a n t a g e m , dando-lhe Joaquim Naouco o
seguinte aparte :
— V.
Ex.
r e p r e s e n t a as
tradições
de
E u z e b i o de Q u e i r o z !
« No r e t r a t o g e n t i l de Dona B r a n c a . »
A morte de R o d r i g o S i l v a é perda sensível para a representação nacional.
M a s t a n t o fel 110 l o n g o b e i j o h a v i a ,
T a n t a desdita e barbara amargura,
Q u e o s o l i t á r i o b e i j o a o s p o u c o s ia
Roubando á téla a pallida figura.
Cresce, recresce as
Nodoa voraz pela
linhas devastando,
figura
entorna.
*
E m um e:;ame d e c a n d i d a t o ao d i p l o m a
de medico.
V o u ver-te a g o r a , ó s a n t a c r e a t u r a !
« D e i x a o p e n h o r de um b e i j o d e r r a d e i r o
*
*
—
'
D'AQUI K D ' À C O L Á
No t r i b u n a l :
— A t e s t e m u n h a pode dizer c o m o com e ç o u a dosordem ?
— Foi a s s i m , sr. j u i z : O r é u g r i t a v a —
s u c i a <le i m b e c i s , c a n a l h a s
O juiz :
— A l v i r to á t e s t e m u n h a q u e d e v e d i r i g i r se aos s e n h o r e s j u r a d o s .
T a r d e c h e g a Don G i l . De l o n g e e x c l a m a :
RODRIGO
*
•
Do quadro, haurindo a pallida figura.
*
O dr. X . . . . c h e g a m u i t o t a r d e á c a s a do
conselheiro O.... que o t i n h a convidado
para jantar.
— Venho e s t a f a d o ' exclamou o Escul á p i o l i m p a n d o o suor da testa : m e u s doentes matam-me I
O conselheiro:
— N ã o se q u e i x e , doutor ; é a pena d e
Talião.
•
E o beijo avulta d e v o r a n d a n (rama
Don G i l , o n d e se v a e , q u e d e m o r a n d o
N ã o a p p a r e c e , a o s l a r e s não r e t o r n a ? !
No meio tenebroso da nossa p o l i t i c a ,
o h o m e m politico d e q u e m nos o c c u p a m o s ,
pôde b r i l h a r , a e s p a ç o s , com a s c i u t i l l a ç ã o
de um a s t r o perdido na i m m e u s i d a d e . E n i
horisonte m a i s v a s t o t e r i a sido u m a est r e l l a de p r i m e i r a g r a n d e z a .
P a z ao m i n i s t r o r e f e r e n d a d o r
d a d e dos e s c r a v o s I
da liber-
1Q
Depois, e r g u e o a c a b e ç a , t r i u m p h a u t e m e n t e a s o r r i r . Mesmo 11a i n f a n c i a é bom
e s a n t o o e g o i s i n o do s a c r i f í c i o q u e se faz
ás o c c u l t a s , sem n i n g u é m s a b e r .
E s s e a m o r c r i m i n o s o q u e nos ata
PARDAL
C o m o d o i s élos de u m a sò c a d ô a ,
FESTAS
Essa chamma fatal, devoradora.
C a d a v e z m a i s me e n l a ç a e m e i n c e n d e i a ! . .
T u a esbelta
figura
tentadora
r'
Não f a l t a r a m . Por toda a p a r t e , por
todos os lados h o u v e f e s t a s , festas e m a i s
festas.
Só os c h i l e n o s t i v e r a m n a s a d e i t a r fóra.
A t t r a h e c o m o se f o s s e s a s e r p e n t e ,
Corno s e eu o i m m u n d o s a p o fôra ! . . •
E u sei que deveria ser prudente
E muito reservado, anjo querido,
Os Tenentes do Diabo, esses e s t i v e r a m
diabolicos, infernaes.
N a c a v e r n a , a 12 do c o r r e n t e , d a n ç o u - s e ,
dançou-se e dançou-se.
Foi u m b a i l e de a r r o m b a .
N a s e x p a n s õ e s do n o s s o a m o r a r d e n t e .
P o i s q u e teu pai, s e g u n d o t e n h o
ouvido,
E ' de u m a força athletica, brutal,
E se a c a s o s u s p e i t a do o c c o r r i d o . . .
N o s s o c a s o de a m o r . . .
acaba mal.
A.
C.
Corte.
(Conclusão)
E m f i m , a c a b o u , por m a i s c u i d a d o q u e
t i v e s s e e m c o m e r aos poucos, m i g a l h a por
m i g a l h a . E , como a p r a t i c a da v i d a a i n d a
n ã o l h e h o u v e s s e e n s i n a d o q u e os m o mentos
de a l e g r i a
findam sempre, e
s e m p r e se t e r m i n a m em g r a n d e s dissab o r e s , e l l e s o n h o u p r o l o n g a r essa h o r a de
p r a z e r e s v i v i d a , a l l i j u n t o á m e s a , 110
c o n c h e g o d a f a m i l i a , e u t r e os c a r i n h o s de
s u a m ã i , as m e i g u i c e s d a s u a a v ó e as
l i s o n j a s da D. Leonor.
— Tem mais ovos ? perguntou, levantando-se 11a t r a v e s s a d a s u a c a d e i r i n h a e
o l h a n d o p a r a a f r i g i d e i r a com u n s g r a n d e s
o l h o s curiosos e u m m o v i m e n t o de desconsolo ao depois.
— T e m ! respondeu a a v ó s i n h a , que vira
a f r i g i d e i r a v a z i a , m a s q u e , d i s t r a h i d a 11a
c o n v e r s a , e s q u e c e r a - s e q u a s i d e Cumer a ,
s u a porção e estava a g o r a passando-a para
o p r a t o do n e t i n h o .
O Z e c a ficou serio, m e d i t a n d o , sem m a i s
contentamentos nem alegrias. Viera-lhe
ao p r i n c i p i o d e s e j o s de r e c u s a r , de d i z e r
q u e não q u e r i a m a i s ; m a s j á p a s s á r a de
opportunidade semelhante abnegação. Ent a n t o s e n t i a - s e m a l ; a r r e p e n d i d o de h a v e r
p r i v a d o a a v ó s i n h a de u m a c o u s a q u e e l l a
t a n t o d e v i a a p r e c i a r t a m b é m . S e n t i a vont a d e s de c h o r a r . E s t a v a z a n g a d o c o m s i g o
m e s m o , e t i n h a r e p u g n a n c i a s em comer
a q u e l l e bocado q u e e l l e . com a s u a i m p r u d ê n c i a d e c r i a n ç a , a c a b a v a de a r r a n c a r d a
b o c c a de sua a v ó .
F o i e n t ã o q u e o Moleque a p p a r e c e u por
d e b a i x o d a m e s a , a l a m b e r - l h e as p e r n a s ,
l e v a n t a n d o o f o c i n h o e o l h a n d o - o com seus
o l h o s q u e p e d i a m q u a l q u e r c o u s a para
c o m e r . E o Z e c a , p a r a se c a s t i g a r a si
m e s m o da pua i r r e f l e x ã o de m o m e n t o s
antes, foi, bocado a bocado, occultamente,
d a n d o ao c a c h o r r o tudo q u a n t o l h e e s t a v a
noprato.
O b a n q u e t e pelo m i n i s t r o do C h i l e offertado á ofíicialidade
do—AlmiranteCochrane
e s t e v e , c o m o era de e s p e r a r , 11a a l t u r a de
q u e m o p r o m o v e u e d a s pessoas q u e com
elle f o r a m m i m o s e a d a s .
O Club Oito de Setembro deu a 12 d'este
u m e s p l e n d i d o s a r á o , c o m e ç a n d o por u m
a s s a l t o d ' a r i n a s , no q u a l t o m a r a m p a r t e
d i s t i n c t o s socios.
•
*
•
MALLT.
M e d e l i c i a e ao m e s m o t e m p o m a t a .
Q u a n t o m a i s o a p a g o , m a i s se a t è a ! . . .
A h ! s i m , parece
a l é m . . . que s e r á ?
D i r s e - h i a uni g r a n d e corvo n e g r o c o r t a n d o
a superfície clara das a g u a s . . . C a n t a m . . . .
u m a c a n o a ! S ã o e l l e s ! Jesus, q u e medo !
E
r a s g a n d o as a g u a s do P a r a h y b a ,
q u e c o r r i a , c o l l e a n d o , pelo c a m p o verde>
como se fôra u m a serpente de p r a t a , a g i t a n d o as s u a s e s c a m a s f e i t a s d a e s p u i n a rada a l g e n t e , aproou o batel, e m q u a u t o
d e l l e , r á p i d o , s a l t a v a um c a v a l h e i r o .
- Elzira !
— A h 1 és tu ! — e s t a v a tão. d i s t r a hida...
— Vem !
— N ã o , isso n u n c a ! q u e medo
— Vamos !
— A h ! não p ó i e ser, bem v ê s ; depois.
deixa-me.
— M a s . . . tu não p r o m e t l e s i e ? —
— S i m , p o r é m , se s o u b e s s e m . . . .
— Achariam g r a ç a . . . E depois., não
custa. Faz-se isto...assim... como és l e v e ' . . .
E , t o m a u d o a e m seus braços, s a l t o u , l i geiro, para a canoa.
— Ah !
O s r e m e i r o s , em m o v i m e n t o f o r t e d e
musculos, afastaram da margem a i g á r a ,
l e v e , q u e d e s c i a rio a b a i x o , e m q u a n t o
e l l e , c o l l a n d o os s e u s , nos l á b i o s delia,,
murmurava :
— E m fim ! . . . .
SOM EL.
*
A festa da P e n h a e s t e v e como s e m p r e na
ponta.
E n t h u s i a s m o , chuvas a v a l e r , f e r i m e n tos e t c .
Ao concluir accuso o convite que o d i g n o
c o m m a n d a n t e do 7 o b a t a l h ã o de i n f a n t a r i a
da g u a r d a nac ional teve a a m a b i l i d a d e de
enviar a esta redacção.
O c o n v i t e pedia o nosso c o m p a r e c i m e n t o
á f a z e n d a de J ^ c a r e p a g u á , onde h o n t e m
d e v i a ter sido e n t r e g u e ao b a t a l h ã o a
b a n d e i r a qne lhe foi o f f e r e c i d a pelo sr. Barão da T a q u a r a .
Não f u i por f a l t a de t e m p o ; t e n h o tido
m u i t o q u e fazerFULANO.
*
E o P a r a h y b a c o r r i a , c o l l e a n d o , pelo
c a m p o v e r d e , c o m o se fôra u m a i m m e n s a
s e r p e n t e de p r a t a a g i t a n d o as s u a s escam a s f e i t a s de e s p u m a s , b r i l h a n t e s ás refracçOes do l u a r , q u e , v o l u p t u o s o , c a n t a v a
os s e u s h y m n o s á tona sonóra d a s a g u a s .
S ó , e n c o s t a d a a u m comoro, o o l h a r
a p u n h a l a n d o a m a r g e m opposta do rio, na
i n t e r r o g a ç ã o d a espera, e l l a sentia q u e as
h o r a s p a s s a v a m , p o r é m os c a n o e i r o s . . .
não a p p a r e c i a m .
— T ã o t a r d e ! e n e m ao m e n o s u m a g i tar de r e m o s ! T ã o t a r d e e e l l e — se f a l t o u
á p r o m e s s a ! . . . . Os h o m e n s são tão p e r v e r s o s . . . Q u e m s a b e ? 1 . . . Q u e m e d o ! . . . . tenho frio, m u i t o f r i o ! A t é a passarada,
q u e c a n t a , r e c o l h e n d o aos n i n h o s , p a r e c e
rir-se de m i m e o b a t e r d a s f o l h a s , a g i t a d a s p e l o v e n t o , tem u m som sinistro.
BELLAS-ARTES
(Continuação)
Na p i n t u r a é onde o t e r r e n o m a i s c a r e c e
de a m a n h o .
Convenhamos, porém, i n i m a coisa : não
f a l t a t a l e n t o aos a r t i s t a s , e, por conseg u i n t e , n ã o l h e s f a l t a r á c o n c e p ç ã o ; ina&
f a l t a - l h e s — união e trabalho.
Trabalho pertinaz e consciencioso, para
terem a g r a n d e s c i e n c i a da f a c i l i d a d e e
c e r t e z a de e x e c u ç ã o ; — u n i d a d e f r a t e r n a l
de e s f o r ç o s — p á r a a d q u i r i r e m força 11a
propaganda que precisam encetar. *
P o r q u e — é n e c e s s á r i o i n s i s t i r neste p o n t o
— se os nossos p i n t o r e s d e s e j a m m e l h o r a r
a e d u c a ç ã o a r t í s t i c a do p o v o ; se q u e r e m ,
r e a l m e n t e , q u e as s u a s o b r a s s e j a m b e m
a q u i l a t a d a s , e se, c o m o é n a t u r a l ,
pela
arte, pretendem conseguir bons e s e g u r o s
meios de vida — c o n v e n ç a m - s e disto : u r g e
q u e sejam i m p e r t i n e n t e s , q u e f a ç a m f a l l a r
de s i , q u e se i m p o n h a m , c o n s t a n t e m e n t e , a o
g o s t o dos a m a d o r e s .
Não se i l l u d a m com o m o m e n t o ; n ã o
c u i d e m q u e os h o m e n s de bom g o s t o e d e
dinheiro lhes irão, a g o r a , bater á porta, a
p e d i r - l h e s , por f a v o r , q u e p i n t e m u n s q u a dros p a r a elles c o l l o c a r e m
nas
suas
s a l a s de v i s i t a s , ou nos s e u s g a b i n e t e s d e
trabalho.
i A i n d a não e s t a m o s , i n f e l i z m e n t e , n e s s e
g r á o de a d i a n t a m e n t o .
Pelo c o n t r a r i o : os a r t i s t a s é q u e tem d e
ir b u s c a r os a p r e c i a d o r e s , a r g e n t a r i o s o u
n ã o , e m o s t r a r - l h e s as s u a s telas, e d e s p e r t a r nelles o desejo de as c o m p r a r e m — inc u t i n d o - l h e s no e s p i r i t o a noção m o d e r n a
d o b e l l o , noção q u e por si m e s m a se i r á
desenvolvendo, lentamente, com o decorrer
do t e m p o , á m e d i d a q u e n o v o s t r a b a l h o s
f o r e m a p p a r e c e n d o , e d i a n t e dos q u a e s essa
n o ç ã o se t e n h a de e x e r c i t a r p a r a f o r m a r
unía o p i n i ã o , m a i s ou m e n o s i n t e n s a , m a i s
011 menos v e r d a d e i r a , c o n s o a n t e o temper a m e n t o de c a d a i n d i v i d u o , m a s q u e , ind u b i t a v e l m e n t e , b a s t a r á p a r a q u e esse
i n d i v i d u o n u n c a m a i s se i l i u d a , j á m a i s
d e i x e de p r e f e r i r u m q u a d r o o r i g i n a l —
a i n d a q u e m e d í o c r e — a essas c ó p i a s mat e r i a e s , a n e m i c a s , falsas de colorido e de
claro-escuro, verdadeiras puihices criminosas, q u e , para o fim único de p e r v e r terem o g o s t o e d e f r a u d a r e m a bolsa do
transeunte incauto, atopetam escandalosam e n t e as s c i n t i l l a n t e s v i d r a ç a s das lojas
c o m m e r e i a e s , onde m u i t a s v e z e s são vend i d a s c o m o l e g í t i m o s q n a d r o s a oleo, e, no
e n t r e t a n t o , não passam de réles — photoíjrapinas coloridas !...
•
*
No S. Pedro t a m b é m u m a p r i m e i r a : — A
filha do ar. Depois d'ella tem-se representado—Magdalena, onde f u l g u r a o t a l e n t o
de E m í l i a A d e l a i d e , e—Joanna Fortier, a
padeira.
*
XISTO
GKAPUITE.
(Continua.)
*
No R e c r e i o o—Conde de Monie Christo—
v a e c h a m a n d o boa c o n c u r r e n c i a , até q u e
v e n h a a— Garota de Paris, q u e não t a r d a .
•
*
No Eldorado, a m u s i c a , as c a n c o n e t a s e
as p i c a n t e s p h r a s e s f r a n c e z a s v ã o proporc i o n a n d o ao p u b l i c o bons m o m e n t o s .
BINOCULO.
*
Pholographias
coloridas !
E i s u m a coisa i n t e r e s s a n t e q u e , insensiv e l m e n t e , por m o m e n t o s , nos d e s v i a d a
linha g e r a l deste a r t i g o .
Quem por ahi j á n ã o v i u p e q u e n a s télas
b r i l h a n t e m e n t e e m m o l d u r a d a s e nas q u a e s
h a u m a s p i n t u r a s finas, finíssimas — sobre
um desenho q u a s i s e m p r e m u i t o j u s t o e
correcto ?
Pois — s a i b a m - n ' o todos — c a d a q u a d r i n h o desses, tres f r a u d e s i m p o r t a n t e s
r e p r e s e n t a : — u m a , feita ao q u a d r o orig i n a l , o u t r a . aos nossos p i n t o r e s e a u l t i m a
ao pascasio comprador.
Os i n n u m e r o s i n d u s t r i o s o s dos g r a n d e s
c e n t r o s a r t í s t i c o s — de
Pariz, especialm e n t e — depois de t r a n s p o r t a r e m p a r a as
t é l a s as p h o t o g r a p h i a s dos q u a d r o s o r i g i n a e s , e n t r e g a m - n ' a s , aos c e n t o s , ao prim e i r o pincel m e r c e n á r i o , ao p r i m e i r o g a n h a d o r de p i n t u r a , q u e , no d e s e m p e n h o da
s u a t a r e f a , v a i d a n d o á q u i l l o tudo tim
colorido i g u a l e piégas, aqui empobrec e n d o e d e t u r p a n d o o c l a r o - e s c u r o , alii
s u p p r i m i n d o os d e t a l h e s d i í l i c e i s por elles
j u l g a d o s desnecessários.
Assim t r a t a d o s i n c o n s c i e n t e m e n t e , tão
sem escrúpulo matérialisadas, o menor
darano q u e essas c o p i a s r i d í c u l a s p r o d u z e m
— dando m e s m o de b a r a t o q u e c o n s e r v e m
a fidelidade do desenho — é e l i m i n a r e m o
c a r a c t e r í s t i c o da i n d i v i d u a l i d a d e a r t í s t i c a
dos o r i g i n a e s , p o r q u e lhes d e s n a t u r a m a
g r a n d e e preciosa q u a l i d a d e da c o r , e,
n o v e n t a e n o v e v e z e s por c e m , lhes atten u a m a não menos preciosa q u a l i d a d e de
expressão.
O r a , isto, p a r a nós, é a p r i m e i r a f r a u d e .
*
JDEGS
e
Diversões
« O coração do i n s e n s a t o é como u m v a s o
q u e b r a d o : não pôde g u a r d a r
os conselhos
da s a b e d o r i a . »
E ' esta a d e c i f r a ç ã o do l o g o g r i p h o n . 1 ,
publicado
ultimamente.
« S o b r e m e s a de nozes. »
E ' a solução do e n i g m a
blicado.
i g u a l m e n t e pu-
Para hoje apresentamos o seguinte :
N.
Logogripho-sonelo
2
por
lettras
(acrostico)
W a p i d o , v e l o z , g a r b o s o , 7, 20, 15, 23, 19, 37, 17, 5.
«
n q u i e t o e m a g e s t o s o . 12, 11, 2G, 30, 38, 41, 1, 28.
^
u a voz tão t e r n a e n c a n t a , 3, 8, 36, 46, 1, 37, 42.
H em o odor
da
>
p e s a r de tào m i m o s a , 34, 29, 37, 47, 4, 24, 8, 3, 1 7 .
^
o m e tem q u e nos e s p a n t a . 5 , 32, 44, 35, 14, 19.
> m a a m u l h e r q u e a q u i t e m , 12,43,10,15,30,27,4,7,37,15
Recebemos mais :
— M e i o k i l o do e s p l e n d i d o c a f é q u e
f o r n e c e aos s e u s f r e g u e z e s o Café
Brazil.
A p r o v e i t a m o s o e n s e j o para d i z e r ao
p u b l i c o q u e o e s t a b e l e c i m e n t o passou por
importantes reformas.
— T r e s g a r r a f a s do Vinho
f a b r i c a d o em S . P a u l o por
Lino da Encarnação. Saboroso.
Pedreiro,
Felisberto
AS C O R R I D A S
T? arece à s v e z e s um s a n t o ! 3.8,18,31,25,41, 4, 37, 28.
O da Revista IUustrada. 1, 40, 21, 17, 18, 6, J6, 14
o todo d ' e s t e , p o r é m ,
H éreis, leitores, garanto,
revista
mais f a l l a d a ! . . .
nerbtj-Club
BITTENCOURT
Enigma
0 0 0 00
O
-O
*
— Caras Conhecidas,
de M a t h e u s d a
C u n h a T e l l e s . T r a z a descripção dos nossos
h o m e n s de l e t r a s m a i s p o p u l a r e s . O l i v r o
t e m espirito.
A impressão é d a t y p o g r a p h i a J. B a r boza & C. B o a , p o r t a n t o .
l i n d a rosa, 41, 8, 48, 9, 22, 13, 1 5 ,
JONIO
*
— O Secretario
fírazileiro,
contendo
306 m o d e l o s de c a r t a s sobre todos os ass u m p t o s e u m f o r m u l á r i o de
requerimentos e memoriaes.
E' um livro impagavel.
Tem até o
m o d e l o d a c a r t a q u e se d e v e d i r i g i r a o
cadaver, p a r a não c o b r a r a d i v i d a .
— Boletim do Club Naval,
publicação
m e n s a l , a n u o I, n . 2.
— O Meio,
u m a b r o c h u r a c o n t e n d o os
seis p r i m e i r o s n ú m e r o s d'O Meio.
— Ao Chile, n u m e r o e s p e c i a l de uni
jornal dedicado á oficialidade chilena,
a c t u a l m e n t e e n t r e nós. F/ p u b l i c a d o por
a s p i r a n t e s da m a r i n h a b r a z i l e i r a .
— Semana Theatral,
a n u o I, n. 1. Desenhos do G o u v ê a , texto d o u r a d o , c h i c ,
muito c h i c .
< o e j a a l e g r e a s b o n i n a s , 39, S, 1, 6, 4, 9 , 1 0 5 25.
Rio, 1 8 - 1 0 - 8 9
*
Recebemos :
K lie a t r a v e s s a a s c a m p i n a s ; 33. 43, 16, 2, 4, 14, 7 .
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iNo^S int A n n a h o u v e urna p r i m e i r a e um;
ma
pj r i m e i r a a u s p i c i o s a . C o n s t o u d a —
—G( iaarm
ra
a Açor,
i n t e r e s s a n t e o p e r a b u r l e s c a em 3
a c t o s , de C h i v o t e D u r u , t r a d u z i d a l i v r e m e n t e ] pelo c o n h e c i d o esoriptor E d u a r d o
G a r r i d o , m u s i c a do maestro O f f e n b a c h .
Peça m a g n i f i c a , d e s e m p e n h o b o m , scen a r i o s bem a c a b a d o s e v e s t u á r i o s faustosos .
T ã o cedo não v e m o l - a fóra dos a n n u n cios.
Livro da porta
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JOSE'
RAUL
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JONIO
Toda a correspondência
BITTENCOURT.
ao
abaixo
signado
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O D e r b y - C l u b , a sociedade q u e o p u b l i c o
está h a b i t u a d o a v e r d a r boas c o r r i d a s ,
realiza a m a n h ã uma importante
festa
h i p p i c a , em h o m e n a g e m á o f i c i a l i d a d e do
v a s o c h i l e n o — Almirante
Cochrane.
O m o t i v o d a f e s t a e a e x c e l l e n c i a do
p r o g r a m m a , um dos m e l h o r e s q u e t e m o s
tido, h ã o d e ser m o t i v o s p a r a q u e o eleg a n t e prado da rua I t a m a r a t y fique c h e i o .
N ã o p r e c i s a m o s d i z e r q u e os f l u m i n e n s e s
de bom g o s t o estão e m p r a s a d o s p a r a assistirem á b r i l h a n t e d i s p u t a de seis esp l e n d i d o s páreos.
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T y p . de J . R A R B O S A & C . r u a da A j u d a n . 31
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Ano14-n.567-1889 (com OCR)