UM ESTUDO SOBRE INCLUSÃO DIGITAL PARA DEFICIENTES VISUAIS
A STUDY ON DIGITAL INCLUSION FOR THE VISUALLY IMPAIRED
Rodrigo Dias Morcelli - Centro Universitário Filadélfia de Londrina - UniFil
Prof. Rodrigo Duarte Seabra - Centro Universitário Filadélfia de Londrina – UniFil
RESUMO:
Este trabalho tem por objetivo analisar como a inclusão digital contribui para a socialização dos
deficientes visuais. A deficiência visual é definida como a perda total ou parcial, congênita ou
adquirida, da visão. O nível de acuidade visual pode variar o que determina dois grupos de
deficiência: a cegueira ou a visão subnormal. De acordo com os dados do IBGE (CENSO 2010), no
Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas tem alguma deficiência visual. A acessibilidade e a tecnologia
assistiva contribuem para a inserção dos deficientes visuais no campo tecnológico. Pretende-se ainda
explicitar todos os recursos tecnológicos disponíveis aos deficientes visuais, bem como entrevistas
com deficientes visuais que utilizam essas ferramentas.
PALAVRAS-CHAVE: Deficiência visual, acessibilidade, socialização.
ABSTRACT:
This study aims to analyze how digital inclusion contributes to the socialization of the visually
impaired. Visual impairment is defined as the total or partial loss, congenital or acquired, of vision. The
level of visual acuity can vary what determines two groups of disabilities: blindness or low vision.
According to the IBGE (CENSO 2010), in Brazil, more than 6.5 million people are visually impaired.
The accessibility and assistive technology contribute to the integration of visually impaired people in
the technology field. It is further intended to explain all the technological resources available to the
visually impaired as well as interviews with blind people who use these tools.
KEYWORDS: Visual impairment, accessibility, socialization.
O desenvolvimento deste trabalho partiu da necessidade de estudos sobre a
inclusão digital de deficientes visuais considerando que o acesso à informática pode
propiciar uma maior qualidade de vida aos portadores dessa categoria de
deficiência.
Atualmente, com os avanços tecnológicos, o computador se tornou uma
ferramenta necessária às atividades humanas, se levarmos em conta que vivemos
em uma sociedade que está cada dia mais conectada à informação e que um dos
fatores necessários para o sucesso nesta sociedade é o acesso e a utilização das
tecnologias da informação. E aqueles que não sabem manuseá-lo são chamados de
excluídos digitais.
As pessoas portadoras de deficiência não podem ficar fora desse avanço
tecnológico, e, para isso, é necessário criar condições para que eles possam usufruir
desta tecnologia, pois o acesso à informação contribui para a inserção de indivíduos
excluídos da sociedade, por exemplo, os deficientes visuais. Desta forma o objetivo
geral do trabalho é analisar como a inclusão digital contribui para a socialização dos
deficientes visuais.
Para realizar tal objetivo foi realizada pesquisa bibliográfica sobre os
conceitos de deficiência, bem como a definição de deficiência visual e sobre os
softwares disponíveis para que os deficientes visuais tenham acesso ao
computador.
A deficiência visual é definida como a perda ou redução da capacidade
visual em ambos os olhos, com caráter definitivo, não sendo susceptível de ser
melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico. De
acordo com a Fundação Dorina (2012) a deficiência visual é definida como a perda
total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão. O nível de acuidade visual pode
variar o que determina dois grupos de deficiência: a cegueira ou a visão subnormal.
A cegueira é quando há a perda total da visão ou a capacidade mínima de enxergar,
o que leva a pessoa a necessitar do sistema braile como meio de leitura ou escrita,
como uma alternativa a essa limitação. A visão subnormal é caracterizada pelo
comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou
correção. As pessoas com visão subnormal podem ler textos ampliados ou com uso
de recursos óticos especiais (Conde 2005).
Atualmente existem diversas tecnologias assistivas para auxiliar deficientes
visuais a operar computadores, possibilitando uma maior acessibilidade ao meio
tecnológico e à informação. Dentre estes podemos citar como exemplos os
ampliadores de telas, utilizados por pessoas com visão subnormal, já os usuários
com cegueira total utilizam-se de recursos de áudio, teclado e impressoras braile.
Sonza e Santarosa (2003) afirmam que dentre os sistemas para deficientes visuais,
os mais utilizados são o Dosvox, Virtual Vison e o Jaws.
Para o estudo em questão, a opção de pesquisa foi de cunho qualitativo, por
ser a mais adequada e que dá melhor possibilidade de conhecimento, coleta e
compreensão dos dados e das necessidades informacionais dos sujeitos
investigados. E como instrumento de coleta de dados, optou-se pelo questionário. O
universo pesquisado foi o Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para cegos
– ILITC. Os sujeitos da pesquisa foram alunos do ILITC que participam da aula de
informática especializada. O grupo investigado foi constituído por dez pessoas.
O estudo ainda encontra-se em fase de análise do estudo de caso,
entretanto, o que pode-se concluir até o momento é que o uso dos softwares trouxe
maior independência aos deficientes visuais, pois com o uso do computador e o
acesso a internet eles conseguem realizar tarefas que antes dependiam de uma
segunda pessoa, como ter acesso à informação, porém, encontram ainda, muitas
dificuldades ao acessar determinados sites, pois são muito visuais. Dentre estes
sites que não são completamente acessíveis podem-se citar como exemplo os sites
de banco, que apesar de conter os ícones para deficientes visuais, isto não ocorre
de forma satisfatória, pois tem muitos links e muita informação em uma única página,
dificultando o acesso as suas contas. Outro site que os entrevistados relatam ter
dificuldades ao acessar é da Prefeitura Municipal de Londrina, pois segundo os
entrevistados o site é completamente inacessível, possuindo muitos desenhos, fotos
e animação visual.
REFERÊNCIAS
CONDE, Antônio João Menescal. Definindo a Cegueira e a Visão Subnormal.
Disponível em
<http://www.ibc.gov.br/Nucleus/index.php?query=definindo+cegueira&Buscar=Busca
r&amount=0&blogid=1>. Acesso em: 03 mai 2012.
FUNDAÇÂO DORINA NOWILL PARA CEGOS. Deficiência visual, 2012. Disponível
em: <http://www.fundacaodorina.org.br/deficiencia-visual/>. Acesso em: 28 mai.
2012.
SONZA, Andréa Poletto; SANTAROSA, Lucila Maria Costi. Ambientes virtuais
digitais: acessibilidade aos deficientes visuais. Revista Novas Tecnologias na
Educação. CINTED – UFRGS: Porto Alegre, v.1, n.1, fev. 2003. Disponível em:
<http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo/fev2003/artigos/andrea_ambientes.pdf>. Acesso
em: 03 jul. 2012.
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