•p.3
Acompanhe o
is
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gr
Flores são tradicionais para
presentear a mamãe. Paola
nos conta como surgiu o
dia que homenageia a pessoa mais amada do mundo
ar
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em
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DIA das
Mães
63
ANO VI
maio | 2011
360 na internet: www.caderno360.com.br
REgIãO desperta para
o valor do Rio Pardo
circulação mensal em 25 municípios: Avaré • Sta. Cruz do
Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi • Bernardino de
Campos • Manduri • Cerqueira César • Águas de Sta. Bárbara •
Fartura • São Pedro do Turvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu
• Chavantes • Botucatu • São Manuel • Areiópolis • Ibirarema •
Palmital • Cândido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar
Nesta edição:
drops_ concursos e programas de
incentivo cultural para todas as vertentes
da arte e da preservação. Confira!
•p.5
agro_ programação da FAPI 20 11 traz
eventos técnicos, rodeio, shows e
exposição de animais. Confira
•p.10
foto: Flavia Rocha | 360
gastronomia_Dia das Mães é data
de almoço em família. Ideal para fazer um
tradicional prato caipira: Leitoa Recheada.
•p.4
A construção de usinas hidrelétricas de pequeno porte (PCHs)
para gerar energia a ser posta
em rede nacional causa polêmica na região. Moradores se
mobilizam para apurar a questão de modo a garantir que as
cidades afetadas não sejam prejudicadas e o rio não seja alvo de
especulação irresponsável. Confira a reportagem especial que o
360 traz a respeito.
Índice
•p.12
2_ editorial _oração
3_ acontece_Paola
4_ gastronomia
5_ drops
6_ gente
7_ ponto de vista
8_agenda cultural
9_ papo cabeça
10_ agronegócio
12_ meio ambiente
22_ meninada
23_bem viver
artte: Franco Catalano Nardo | 360
Cidades da
região recebem
artistas como
Zeca Baleiro
(foto) durante
a Virada
Cultural
do Interior.
Não
•p.8
perca!
foto: Flavia Rocha | 360
foto: divulgação
cultura_
2 • editorial
A opinião
Conhecimento. É muito fútil
emitir opinião sem conhecimento de causa. E essa situação
ainda é recorrente em relação
aos projetos de instalação de
PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) no Rio Pardo, um
importante rio da região 360 e um dos poucos cursos de água doce despoluídos e preservados do Estado de São Paulo. Por isso é urgente que as pessoas
se informem direito a respeito do assunto. Há, ainda
muito o que se apurar antes da tomada de decisão.
E a falta de informações completas e detalhadas está
mobilizando dezenas de cidadãos, das mais diversas
áreas de atuação a se reunirem em busca de dados
que nos garantam que o desfecho desse processo
seja o mais benéfico para todos os envolvidos e também em obter prazos mais condizentes com a complexidade do assunto.
tecedência, a programação
agropecuária, técnica e de entretenimento da feira que vai
movimentar a região em
junho, quando acontece a
FAPI 2011. O leitor também
vai encontrar indicações de
onde procurar em detalhes a agenda da Virada Cultural do Interior, que traz shows e espetáculos da capital para cidades da região, como mostra nossa
AGENDA CULTURAL. Por falar em cultura, vale dar
uma boa olhada em nosso DROPS deste mês, onde
aparecem uma série de concursos e oportunidades
de recursos para realizações na área da cultura.
deve ser fruto do
conhecimento
Para atualizar o leitor a respeito do assunto, a edição traz longa reportagem sobre o tema na seção
MEIO AMBIENTE. Desta vez, estamos reportando a
repercussão das audiências públicas que aconteceram nos municípios de Águas de Santa Bárbara,
Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos, onde ocorreram as apresentações da empresa que almeja construir as barragens e da equipe técnica paga por ela
para avaliar os impactos ambientais decorrentes.
Além de traçar o resultado desses encontros entre
cidadãos e a empresa Hidrotérmica, nossa reportagem levanta questões que precisam ser esclarecidas
antes que tenhamos um veredito por parte do CONSEMA (Conselho Estadual de Meio Ambiente), órgão
que vai determinar se as obras devem ou não acontecer. É importante que o leitor se atualize e nos
ajude na busca dessas respostas.
A edição traz ainda, os eventos que vão agitar a região. Na seção AGRO, apresentamos com devida an-
Para completar a busca por informação, nossa pequena repórter Paola nos informa em ACONTECE
como foi criado o Dia das Mães, entre outras curiosidades a respeito do dia da pessoa mais amada do
planeta. O assunto também aparece em crônica de
Zé Mário, que marca presença em mais uma edição
ao lado de nossos colunista de plantão.
Al edição traz ainda brincadeiras e travessuras do
Pingo em MENINADA e as novidades astrolológicas
do mês de maio, em BEM VIVER. E também a receita
um tradicional prato do interior, além de dicas de
presentes deliciosos e criativos para a mamãe, que
são destaque de GASTRONOMIA.
c orreio
Alô jornalista Fernando Franco, gostamos muito,
mas muito mesmo, do seu artigo no 360 n. 62,
defendendo os nossos queridos rios e o meio
ambiente. Que frase maravilhosa para o titulo:
Um Rio em minha vida. É poesia pura e nos traz
pedaços coloridos de saudades, fazendo-nos
felizes. Receba milhares de abraços da população de Chavantes e o nosso Deus lhe pague por
sua luta protegendo os nossos queridos rios que
eu conheço quase que palmo a palmo, da
poluição e assoreamento.
Alladin do Rio | Chavantes
Peço licença ao leitor para dedicar a edição àquela
que nos ensina a sermos melhor a cada dia, a ponderarmos a respeito de nossos atos e suas consequências, a importância do respeito ao próximo e o
valor do amor e da amizade como solução para nossos conflitos e desafios: a Mãe Natureza.
Boa Leitura e um grande beijo na dona Odette!
Flávia Manfrin editora 360
| [email protected]
Ora,
Ação!
Provérbios 1
Vs: 18
“Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e
não deixes o ensinamento de tua mãe.”
e xpediente
360 é publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem desta
edição: 13 mil exemplares Circulação:• Águas de Sta. Bárbara • Agudos • Areiópolis • Assis
• Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César •
Chavantes • Espírito Sto. do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • São Manuel • São Pedro do Turvo • Sta. Cruz do Rio Pardo •
Tatuí • Timburi e postos das rodovias Castello Branco, Raposo Tavares, Eng. João Baptista
Cabral Rennó e Orlando Quagliato. Redação e Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora,
diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, Luiza Sanson Menon ‹revisão›, Odette
Rocha Manfrin ‹separação, receitas›, Paola Pegorer Manfrim ‹repórter especial›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›, Jesus Mora Neto ‹designer de publicidade›, Elaine Moraes
‹assistente de produção›. Colunistas: Guca Domenico, José Mario Rocha de Andrade, Fernanda Lira, André Rubio, Tiago Cachoni e Adriana Righetti Ilustradores: Franco Catalano
Nardo, Clara Basseto e Wellington Ciardulo Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados não
expressam necessariamente a opinião desta publicação. •Endereço: Praça Deputado
Leônidas Camarinha, 54 - CEP 18900-000 – Santa Cruz do Rio Pardo/SP • F: 14 3372.3548
_ 14 9653.6463 • Redação/Correio: [email protected] • Publicidade e Assinaturas:
[email protected] • 360 on Line: www.caderno360.com.br | maio_2011
3 • cidadania _ acontece
er
E
spe
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Paola
fotos: Flávia Rocha | 360
R
MÃE
INGLÊS
2
3
MÈRE
ALEMÃO
MADRE
LATIM
4
MOTHER
HOLANDÊS
5
MOEDER
ITALIANO
6
MATER
PORTUGUÊS
7
MUTTER
FRANCÊS
0
1
6
COMO se diz ?
c
Quem não adora a mamãe? Tem colo melhor, abraço melhor, carinho
melhor? Mesmo quando nos dá uma bronca ou nos põe de castigo, a mamãe
é sempre querida. Porque no fundo a gente sente o quanto ela nos ama.
Veja o que a nossa pequena repórter PAOLA descobriu a respeito da data
que festeja a nossa melhor amiga! E aproveite o passatempo que ela
inventou para treinar como se escreve MAMãE em diversos idiomas.
ial
3
p órt
DIA das Mães é mundial
A mais antiga comemoração
dos dias das mães é mitológica.
Na Grécia antiga, a entrada da
primavera era festejada em
honra de Rhea, a Mãe dos
Deuses. O próximo registro
está no início do século XVII,
quando a Inglaterra começou a
dedicar o quarto domingo da
Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as
trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães.
Era chamado de "Mothering
Day", fato que deu origem ao
"mothering cake", um bolo
para as mães que tornaria o dia
ainda mais festivo.
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da
criação de uma data para a celebração das mães foi dada em
1872 pela escritora Júlia Ward
Howe, autora de "O Hino de
Batalha da República".
Mas foi outra americana, Ana
Jarvis, no Estado da Virgínia
Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das
Mães. Em 1905 Ana, filha de
pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão.
Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a
memória de sua mãe com uma
festa. Ana quis que a festa fosse
estendida a todas as mães,
vivas ou mortas, com um dia
em que todas as crianças se
lembrassem e homenageassem
suas mães.
Durante três anos seguidos,
Ana lutou para que fosse criado
o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910,
quando o governador de Virgínia Ocidental, William E.
Glasscock, incorporou o Dia
das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então
presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (19131921), unificou a celebração em
todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das
Mães deveria ser comemorado
sempre no segundo domingo
de maio. A sugestão foi da
própria Anna Jarvis. Em breve
tempo, mais de 40 países adotaram a data.
No Brasil_ O primeiro Dia
das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã
de Moços de Porto Alegre, no
dia 12 de maio de 1918. Em
1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data
no segundo domingo de maio.
Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte
também no calendário oficial
da Igreja Católica.
Fonte: www.diadasmaes.com
Resp.: 4 – 7 – 6 – 5 – 3 – 1 – 2
4 • gastronomia
Flávia Manfrin
| editora 360
Receita
de Celso Andrade
Quem vive no interior e não se tornou vegetariano, sempre
se depara com uma iguaria típica da cozinha caipira: a
leitoa pururuca. A versão recheada, com o animal que pesa
entre 12 a 18 quilos feito inteiro, é uma tarefa de envergadura se considerarmos que é preciso temperar e juntar
todos os ingredientes do recheio. Em Santa Cruz do Rio
Pardo, o quituteiro Celso Andrade, o Cersão, como é conhecido, tem fama de fazer assados deliciosos. A leitoa é o
carro chefe desse cozinheiro de mão cheia, que farta seus
convidados e clientes do bar que mantém em sua chácara
com almoços domingueiros onde a leitoa vem acompanhada de salada muito bem temperada, com ingredientes
direto de sua horta, arroz com torresmo e feijão gordo.
Veja a receita que ele gentilmente nos ensina abaixo.
Leitoa com Arroz à Grega
Ingredientes: para servir de 15 a 20 pessoas
1 leitoa de 12k limpa e desossada
alho, cebola e sal batidos no liquidificador
vinagre
4 copos de arroz
4 unidades de linguiça calabreza defumada
1/2 k de bacon fatiado
1 vidro de azeitonas
1 vidro de palmito
outros ingredientes opcionais: ervilha, lentilha,
brócolis, milho, cenoura, vagem...
Preparo: Passe o tempero batido por toda a carne.
Se quiser, pode passar um pouco de vinagre também. Pode temperar na véspera, mas não é imprescindível. Reserve. Cozinhe o arroz com metade da
água habitual, para ele ficar semi-cozido. Faça o
mesmo com ingredientes que podem ser cozidos,
como o brócolis, a vagem e a cenoura. Frite a calabreza e o bacon. Misture esse arroz com os demais
ingredientes e recheie a leitoa. Costure com barbante para o arroz não sair. Coloque para assar por
duas horas em fogo médio (180°) coberto com papel
laminado. Retire o papel laminado e mantenha no
forno para formar a pururuca. Pronto é só servir.
fotos: Flávia Rocha | 360
lEITOA pururuca
recheada e
desossada
a mamãe, Caixas
TO Pdae rbao m
b on s e do ces d a
ME
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Chocolataria Frei Chi co
Quem ainda não provou os chocolates e os doces
para festas produzidos pela Chocolataria Frei Chico
deve correr para Santa Cruz do Rio Pardo. A linda
loja que vende produtos em pronta entrega e recebe
encomendas traz inúmeros presentes deliciosos, com a vantagem de tornarem-se eternos. Isso graças às charmosas caixinhas, que as voluntárias tratam de enfeitar para atender aos
mais diversos gostos e estilos. E tudo em benefício da entidade
que cuida de cerca de 400 crianças. Que mãe não vai se emocionar? Aberto de 2ª a sábado. F: 14 3373.2244
Caixinhas de mdf decoradas com
adesivos envernizados, tecido ou fitas
coloridas repletas de bombons dos mais
diversos sabores, à escolha do freguês
5
• drops
OFICINAS Culturais
Estão abertas as incrições para as oficinas Culturais do Estado de
São Paulo que acontecem até junho. Há mais de 20 mil vagas em
todo o Estado de São Paulo, num total de mais de 600 atividades.
Criadas em 1986, as Oficinas Culturais oferecem atividades
diversificadas com o objetivo de capacitar agentes culturais e formar
novos públicos. Na região, elas acontecem em Bauru, Marília e
Presidente Prudente. InFo: www.oficinasculturais.org.br
Inscrições para PRÊMIO DO IPHAN
Estão abertas até 8 de julho as inscrições para a 24ª edição do
Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico nacional – Iphan, que
este ano está inserido nas comemorações do Ano Internacional
do Afrodescendente e homenageia os 100 anos do artista plástico
Caribé. Os vencedores de cada categoria serão premiados com
troféu e R$ 20 mil. Categorias: promoção e comunicação; educação
patrimonial; pesquisa e inventário de acervos; preservação de bens
móveis; preservação de bens Imóveis; proteção do patrimônio
natural e arqueológico; salvaguarda de bens de natureza imaterial.
InFo: www.iphan.gov.br e www.comprasnet.gov.br.
F: 61 2024.6199/ 6245 /6176
R$ 85 milhões para CULTURA DE SP
Mega evento de PINTURA EM ITU
Concurso DE CAMISETAS
Até 25 de maio estão abertas inscrições para o concurso
Homofobia Fora de Moda, onde os participantes podem criar
temas para a camiseta da campanha que visa conscientizar a
população a respeito do preconceito contra homossexuais.
As melhores criações serão expostas durante a Casa de Criadores,
evento de moda que acontece em junho em São Paulo.
A iniciativa é dos organizadores do evento junto com a Prefeitura da
capital e a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
A escolha dos melhores trabalhos será feita pelo público e por júri
especializado.O vencedor ganhará R$ 2.500,00, além da
possibilidade de estagiar no departamento de estilo da marca
Cavalera e ter camiseta produzida e comercializada. A renda será
revertida para o Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade
Sexual de São Paulo. InFo: www.casadecriadores.com.br.
MAPA CULTURAL Paulista
Estão abertas as inscrições para a fase municipal do Mapa Cultural
Paulista 2011/2012, programa da Secretaria de Estado da Cultura
que abre oportunidade a artistas do interior para divulgar seus
trabalhos, além de estimular a produção e a participação dos
municípios em atividades culturais. Aberto a artistas de todas as
cidades paulistas o Mapa Cultural compreende artes visuais, vídeo,
canto coral, música instrumental, literatura, dança e teatro.
O mapeamento dos artistas e grupos é feito em três etapas:
Municipal e Regional em 2011 e Estadual em 2012 que compreende a
circulação por municípios do Estado e poderá receber apoio e/ou
patrocínio cultural.
Fase 1 – Cabe às Prefeituras receber, conferir a documentação,
preencher a ficha de inscrição regional e encaminhar as obras e
trabalhos, com toda a documentação exigida, conforme edital.
E realizar, até 30/6, eventos com amplo conhecimento público, para
selecionar as obras e trabalhos que representarão o município.
Fase 2 – Os artistas selecionados em cada cidade serão agrupados
em 13 Regiões do Estado, onde haverá evento com júri da
Secretaria de Estado da Cultura. Os artistas escolhidos participarão da
Mostra Estadual de 2012, que acontecerá na capital e cidades do
interior e litoral. InFo: www.cultura.sp.gov.br - F: 11 3312- 2900
Inscrições abertas para profissionais e amadores ligados à área de
artes plásticas participarem do Itu Arte Ao Vivo, que pretende
reunir 401 artistas para pintar ao vivo e constar no Guiness Book, o
livro dos recordes. O evento programado para 14 de maio pretende
colocar os artistas pintando simultaneamente 12 pontos turísticos
que retratam a história e a cultura da cidade. Os participantes
concorrem a prêmio em dinheiro de R$3,5 mil e cerca de R$4 mil
em brindes como cavaletes, tintas, pincéis. Para maiores de 18 anos.
Info: www.ituarteaovivo.com.br . As inscrições de R$60 garantem
café da manhã colonial, avental do evento e pulseira de acesso à área
escolhida. Quem comparecer receberá de volta R$50.
InFo: Prótur (11) 4013-0604 e LaraStudio (11)4022-6760
Até 6 de junho, estão abertas as inscrições para patrocínio de
projetos culturais por renúncia fiscal e para obtenção dos benefícios
do ProAC-ICMS. Neste ano, o governo de São Paulo estabeleceu o
limite de R$ 60 milhões para captação dos proponentes junto às
empresas, que deduzem o valor investido do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços. O Programa de Ação Cultural
por meio de renúncia fiscal do ICMS oferece ao contribuinte a
oportunidade de patrocinar a produção artística e cultural de São
Paulo. A outra forma de apoio da Secretaria à produção cultural é por
meio de editais, nas mais variadas áreas da cultura.
O valor destinado do orçamento da Secretaria de Estado da Cultura é
de R$ 25 milhões. Diferentes setores da cultura, como dança,
teatro, cinema, circo, literatura, música entre outras podem obter
recursos tanto através da renúncia fiscal, como dos editais da
Secretaria. InFo: www.cultura.sp.gov.br.
• gente
Sta. Cruz em alta: Pizzaria Alcatéia
Show Almir Sater_ Fotos: Flavia Rocha | 360
eba em ca
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6
Espiritualidade é a consciência da interdependência que dá a nossos atos a responsabilidade que não nos é cobrada pela
sociedade. É um estado de alma que só
aceita o amor como conduta. Amor incondicional, aquele que Cristo ensinou:
“Ama teus inimigos”.
Adiante.
O conforto material é bom e necessário. Precisamos melhorar, sempre. Quem tem um
deve almejar conseguir mil. Quem tem mil
deve almejar conseguir um milhão. A
riqueza
é uma benção, se for
fruto do trabalho.
0
Religião, do latim religare, é tão antiga e
necessária quanto a humanidade; sem ela,
homens sem consciência ética e moral passariam por cima dos mais fracos – crianças,
inclusive. Religião é freio. Todas elas têm defeitos e virtudes, não me cabe julgar, cada
um que identifique com a sua. Sem religiões,
o mundo estaria bem pior, não tenho a
menor dúvida.
RElIgIãO e
espiritualidade
| 36
Antes que você embarque na viagem das
palavras, faça a distinção entre religião e espiritualidade, depois prosseguimos.
*Guca Domenico
Na
rdo
• ponto de vista
A luta de classes é a pior das infelizes
idéias do marxismo que contaminou
política, educação, cultura e até mesmo a igreja católica (basta ler Frei
Beto).
Observe se você não sustenta aquele sentimento vil de vibrar de alegria quando um
rico perde tudo. Talvez você sinta-se vingado por uma “injustiça”: ser pobre. Ou assistir um empresário tentar e fracassar. Que
gozo! Aliás, este é um dos esportes prediletos dos fracos de vontade. Não tentar para
não fracassar.
Uma pessoa ligada no padrão religião ao
atingir a riqueza, provavelmente sente
o
7
co
arte: Fran
culpa, talvez tente esconder para não
“ofender” os pobres. Deveria mostrar – para
servir de incentivo.
Na espiritualidade, a relação com a fortuna
se dá sob outra perspectiva: a pessoa não se
identifica com os bens materiais. Não os
despreza! Porque seria uma ofensa aos
próprios esforços e renúncias. Sabe da transitoriedade das coisas materiais e procura
vivenciar a graça com gratidão, em paz
com o mundo.
an
tal
Ca
Vale lembrar que esta não é minha, nem é
original. No livro mais belo de todos os tempos, o Evangelho, ela está em alguma
parábola, diluída ou concentrada.
O mandamento primeiro é amar, amar e
amar.
*Músico e escritor santa-cruzense
que vive em São Paulo
| [email protected]
| www.gucadomenico.com.br
8
• agenda
Depois do mega evento que durou 24 horas na
capital paulista, com milhares de atrações culturais gratuitas pelas ruas, teatros e locais culturais da cidade, é a vez do interior ter a sua
“virada”. O evento acontece em 23 cidades,
entre elas, Assis, Marília, Presidente Prudente e Botucatu, região onde o 360circula.
Há espetáculos grátis de música, cinema, circo
e teatro programados para ambientes externos e teatros das cidades. Destaques:
ASSIS_Tião
Carvalho (Teatro MuniciASSIS_
pal_15/5_0h30), Criolina(Espaço Parada das
Artes_14/5_22h30), Renato Teixeira (Espaço Parada das Artes_15/5_0h), Arlindo Cruz
(Espaço Parda das Artes_15/5_17h).
fotos: divulgação
Renato Teixeira
faz shows
em Assis e
Presidente
Prudente
Virada Cultural
versão I N T E R I O R
Tião Carvalho
se apresenta
em Assis e
Marília
A S S I S _ 27/05 _ 20h30_ (circo)_ Famiglia Milan e o Gran Circo
Guaraná com Rolha. Traz figurinos, adereços, músicas e personagens
do final do séc. XIX até as duas primeiras décadas do séc.XX e números
circenses e aparelhos “extintos”. 45 min. | Livre. onDE:Teatro Mun. Padre
Enzo Ticinell
o U R I n H o S _ 21/05_16h00_ (circo)_ Parala +10 - Cia Paraladosanjos. Atores, acrobatas, palhaços, músicos e dançarinos prometem
surpreender o público com piruetas aéreas, gags cômicas, efeitos visuais
e coreografias criativas. 60 min.| Livre. onDE: Teatro Mun. Miguel Cury
BoTUCATU _ Jazz Sinfônica (Teatro Municipal_14/5_16h30), Cachorro Grande
(Praça Pedro Torres_15/5_0h), Luiz Airão
(Praça Pedro Torres_15/5_14h), Zeca
Baleiro (Praça Pedro Torres_15/5_17h).
PRES. PRUDEnTE _ Monica Salmaso,
Teco Cardoso e nelson Ayres (Teatro Cézar
Cava_15/5_0h30), Angra (Parque do
Povo_15/5_0h), Renato Teixeira (Teatro do
Povo_15/5_17h).
MARÍLIA_Tião
Carvalho (Auditório Prof.
MARÍLIA_
Octávio Lignelli_14/5_16h30), Funk Como
Le Gusta (Av. Sampaio Vidal x R. São Carlos_15/5_0h30), Charlie Brown Jr. (Av.
Sampaio Vidal x R. São Carlos_15/5_17h).
Info: Confira a programação completa em:
www.lufernandes.com.br/viradaculturalpaulista
divulgue seu evento aqui. E grátis!
[email protected]
Grátis!
CIRCUITO
CUlTURAl
traz circo e teatro
Grátis!
lUME
cineclube
10/ 5 : QUEM TEM MEDo DE VIRGÍnIA WooLF?_ Direção: Mike Nichols (USA/1966
- 129 min.). Professor universitário e sua esposa, filha do reitor, recebem um jovem
professor e sua mulher. À medida que a noite avança, as confissões entre os quatro
se tornam mais ácidas e a verdade se torna algo muito deprimente. Com Elizabeth
Taylor e Richard Burton.
17 / 5 : MARY & MAX - UMA AMIZADE DIFEREnTE_Adam Elliott (Austrália/ 2009
- 92 min.). História de amizade entre duas pessoas muito diferentes: uma menina
gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e um homem
de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York.
24/ 5 : BAGDAD CAFÉ_ Direção: Percy Adlon (Alemanha/1987 - 91 min.). Cult movie
que, através das cores, da música e dos gestos, retrata a fraternidade, a compreensão das diferenças culturais. Traz a convivência de duas mulheres totalmente diferentes que foram abandonadas pelos maridos.
31 / 5 : GoLPE DE MESTRE_Direção: George Roy Hill (USA/1973 - 129 min.). Filme
de gângsteres, com muitas reviravoltas e uma boa dose de humor, com Paul Newman e Robert Redford.Na Chicago dos anos 30, Johnny Hooker é um aprendiz de vigarista. Sem saber, ele e seu parceiro, o veterano Luther, aplicam um golpe a um
mensageiro do poderoso Doyle Loningan e acabam vítimas de uma enfurecida
caçada. Filme vencedor de 7 Oscars.
Sessões do Videoclube LUME: toda 3ª-feira_20h.
Sala 5 do Colégio COC Jean Piaget _ Ourinhos
Dias 14 e 15/5 _ Grátis
S C R U Z R I o P A R D o _ 28/05 _ 20h00_ (teatro)_o Estrangeiro. O
personagem da famosa obra de Albert Camus, recebe a notícia da morte
da mãe, comete um crime, é preso, julgado, tudo gratuitamente, sem
sentido, sendo assim mais um homem arrastado pela correnteza da vida
e da história, a. 60 min. |16 anos. onDE: Palácio da Cultura Umberto
Magnani Neto
nota da redação: o Circuito Cultural também acontece em
A V A R É _ P I R A J U _ A G U D o S _ S Ã o M A n U E L (cidades onde o
360 circula). Infelizmente não conseguimos apurar junto à Secretaria de
Cultura de SP os eventos de Maio para essas cidades.
9 • papo
cabeça
*José Mário Rocha de Andrade
PÁSCOA
e Dia das Mães
Escrevo na Páscoa. Para os que a vêem como um ovo de
Páscoa há uma imagem de fertilidade, do coelhinho, de
uma família enorme. Para os que a vêem como a ressurreição de Cristo há uma imagem de renascimento, do fim
da cruz, do desapego à matéria, do início da vida espiritual.
nascer. Junto a ele o tempo todo, a cada tombo, a cada
deslize, a cada passo errado, sempre presente a mãe, sempre a mãe, com a dor que instrumento algum pode medir.
Cazuza, que músicas deliciosas nos deixou, abusou e apanhou da vida, desafiou e lutou anos cara a cara com a
morte. Ao lado, sempre presente a mãe com a dor que instrumento algum pode medir e escreveu: “somente as mães
são felizes”.
Há uma estória real que virou filme de um João que viveu
no Rio, família boa, de posses e que deu tudo o que pensamos ser o melhor para um filho. Ele se perdeu no mundo
das drogas, virou traficante e foi parar na cadeia. A juíza
que o libertou anos depois lhe escreveu: “O nosso verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos
pela primeira vez um olhar de inteligência sobre nós mesmos”. João sofreu na carne, abusou e apanhou da vida,
ganhou uma nova chance, pôs fim à sua cruz e pode re-
Na Páscoa, um chamado para o renascimento, para uma
vida espiritual. No dia das mães, um chamado para a
origem, a criadora, a que não larga e apoia sua cria não
importa que bobagens faça, que idade tenha. Um
chamado para o amor sem condições.
© Bluevision | Dreamstime.com
*médico santa-cruzense que vive em Campinas | [email protected]
No ano em que a capital realizou pela 7ª vez o evento que
tem se enraizado como um dos principais acontecimentos
culturais do país, resolvi conferir in loco (finalmente) a tão
famosa Virada Cultural.
A Virada é um evento anual promovido pela Prefeitura de
São Paulo, desde 2005, inspirado na “nuit blanche” de
Paris. Este ano foram cerca de 1.300 atrações, durante 24
horas ininterruptas, contemplando todas as artes, com
ênfase na área musical, a grande maioria ocorrendo no
Centro histórico da capital, num cenário ao mesmo
tempo maravilhoso, encantador, abandonado e decadente.
Eu diria até que, para além das atrações artísticas, o per-
VIRADA cultural
em São Paulo
*Tiago Cachoni
sonagem principal do evento é exatamente o Centro, suas
edificações e o encontro surreal de 4 milhões de pessoas
numa área pouquíssimo recomendável em dias normais.
É simplesmente impossível traçar um roteiro de shows e
cumpri-lo à risca, o que acaba gerando o agradável efeito
de te “jogar” em atrações inesperadas.
Na madrugada de domingo, consegui assistir o bom show
black do combo Toni Tornado, Dom Salvador e banda
Abolição. Em seguida tentei ver Misfits, simplesmente impraticável pela quantidade de gente presente.
Era a tarde de domingo, contudo, que me traria os melhores momentos da Virada. Com um sol belíssimo e um
céu azul memorável, Renato Teixeira foi pura poesia no
palco da Alameda Barão de Limeira. Na famosa Avenida
São João, Mad Professor, em clima jamaicano “legalize”,
promoveu um “fumacê” jamais presenciado por este escriba. Logo em seguida, ali no Largo do Arouche, Erasmo
Carlos fez um show histórico (segundo o próprio, um “orgasmo inenarrável”). Tremendão deu aula de rock’n’roll,
demonstrando ótima forma aos 69 anos. Para fechar,
show abarrotado de Paulinho da Viola na Praça da
República, infelizmente prejudicado pelo baixo volume do
som.
* músico fascinado pelo Centro paulistano.
Adora gastar as solas de seus All Stars e cultivar
bolhas nos pés explorando a região.
10 • agronegócio
PREPARE-SE para o maior
evento agro da região
Programação da FAPI 2011 abrange informação, exposição agroindustrial
e uma agenda de shows aguardada por gente de todas as idades
A FAPI é reconhecidamente o principal evento da região sudoeste do estado de São
Paulo e seguramente o mais aguardado do setor agropecuário. A razão transcende a
qualidade da agenda musical ou das exposições e eventos pecuários, pois a FAPI se
mantém há mais décadas como uma feira abrangente, que contempla toda a cadeia
do agronegócio, sem deixar de lado o caráter social e educativo. Com entrada gratuita
ao recinto, gente de todas as idades e potenciais de consumo circulam ali livremente.
Além de shows, diversões, alimentação e compras de itens mais variados possíveis,
a feira não deixa de lado o caráter cultural, com uma agenda de palestras e debates
que circundam as questões agrícolas, pecuárias e, como não podia deixar de ser em
tempos de sustentabilidade e ambientalismo. Confira a agenda confirmada até o fechamento desta edição. Info: 14 3322.5523
palestras TÉCNICAS
6/6 _9h: (teatro) Como cuidar do seu animal de estimação (FIO)
_20h: Reforma do Código Florestal e a conservação ambiental na agricultura (FATEC/GETA)
7/6 _9h: Saúde e Meio Ambiente na Agricultura (FATEC/GETA) _ 16h: Agricultura de Precisão
(CATI) _20h: Logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas (FATEC/GETA)
8/6 _9h: os gases do efeito estufa na pecuária (FATEC/GETA)
_ 16h: Milho safrinha (FIO) _ 20h: Sustentabilidade e Uso de Fertilizantes (FATEC/GETA)
9/6 _9h: (mesa redonda) Meio Ambiente e Agronegócio (CATI)
_16h: o Rio Pardo e projetos de PCHs (ONG Rio Pardo Vivo) _ 20h: olericultura (CATI)
10/6_9h: Casco dos bovinos: Cuidados básicos (FIO) _ 20h: Reflorestamento econômico (CATI)
agenda DIVERSÃO
14/5: Concurso Rainha da Fapi 2011. Cnco categorias – Mini, Infantil, Teen, Adulta, Melhor Idade.
A Miss Simpatia será escolhida por votação on line. Tattersal Orlando Quagliato_20h
SHoWS: Gratuitos na pista. Venda de camarotes no SRO. Todas as noites_22h
6/6: André e Matheus
10/6: Restart
2/6: Paula Fernandes
7/6: Meninos de Goiás
11/6: Michel Teló
3/6: Zeca Pagodinho
8/6: Jorge e Mateus
12/6: Luan Santana
4/6: João Carreiro e Capataz
9/6: João Bosco e Vinícius
5/6: Fernando e Sorocaba
4/6: Abertura oficial_ Presença de autoridades e
hasteamento de bandeiras. 20h
9 a 12/6: Rodeio em Touro_ O vencedor irá receber
um Ford Ká 0Km_ 21h
12/6: Cavalgada_Tradicional passeio de charretes,
carroças e cavaleiros pelas ruas de Ourinhos_ 8h
agenda PECUÁRIA
BoVInoS
Gir Leiteiro_ Entrada: 30/05
Concurso Leiteiro: 1 a 4/6
Julgamento: 5/6
Saída: 5 e 6/6
Brahman_ Entrada: 2/6
Pesagem e Data Base: 3/6
Julgamento: 4/6
Saída: 5/6
Girolando_ Entrada: 2/6
Julgamento: 4/6
Saída: 5/6
Guzerá_ Entrada: 2/6
Pesagem e Data Base: 3/6
Julgamento: 4 e 5/6
Saída: 5/6
Sta. Gertrudis_ Entrada: 2/6
Pesagem e Data Base: 3/6
Julgamento e Provas: 4/6
Saída: 5/6
nelore_ Entrada: 7/6
Pesagem e Data Base: 8/6
Julgamento: 9-12/6
Saída: 12/6
nelore Mocho_ Entrada: 7/6
Pesagem e Data Base: 8/6
Julgamento: 11/6
Saída: 12/6
EQUInoS
Mini Horse_ Entrada: 2/6
Julgamento e Provas: 3 e 5/6
Saída: 6/6
Appaloosa_ Entrada: 3/6
Julgamento e Provas: 4 e 5/6
Saída: 5/6
Mangalarga_ Entrada: 3/6
Julgamento e Provas: 4 e 5/6
Saída: 5/6
Muares_ Entrada: 3/6
Julgamento e Provas: 4 e 5/6
Saída: 5 e 6/6
Crioulo_ Entrada: 9 e 10/6
Julgamento e Provas: 10-12/6
Saída: 12/6
Mangalarga Marchador_
Entrada: 9/6
Julgamento e Provas: 10- 12/6
Saída: 12/6
DESTAQUE:
3 a 6/6_ 4º Encontro
nacional de Muladeiros e
5ª Prova nacional de Marcha
de Muares e Equinos
oVInoS
Entrada: 7/6
Pesagem e Admissão: 8/6
Julgamento: 9 e 10/6
Saída: 12/6
11/06_ 12h – tradicional
Queima do Cordeiro
14h– Leilão ovinos de ouro
InFo: SRO_ 14 3322.5523
ambiente
Em vias de ter projetos de
barragens d’água aprovados
em suas águas limpas, o rio
Pardo está sendo descoberto
na região de Santa Cruz do
Rio Pardo, que lhe empresta
o nome, mas pouco sabe
sobre ele e sempre se
manteve indiferente a
respeito de seu potencial
turístico e de sua
importância como
recurso hídrico natural
O rio Pardo continua sendo o grande centro
das atenções da mídia do sudoeste paulista
e, naturalmente, desta publicação. A razão
é eminente: está sendo solicitada a aprovação, junto à CETESB (Companhia Estadual
de Saneamento Básico) e ao CONSEMA
(Conselhos Estadual de Meio Ambiente)
autorização para que sejam construídas três
PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) no
trecho do rio que parte de Águas de Santa
Bárbara e segue até Ourinhos, passando
pelos municípios de Óleo, Bernardino de
Campos, Canitar e Santa Cruz do Rio
Pardo, cidade onde poderão ser instaladas
as barragens. A discussão ganhou força
após a realização de três audiências públi-
foto: Flávia Rocha | 360
12 • meio
RIO Pardo é descoberto
O rio Pardo no centro de Santa Cruz. Águas limpas que são usadas para o abastecimentos, lazer e turismo
cas na região, onde a empresa que almeja
realizar as obras, chamada Hidrotérmica,
com sede no Rio Grande do Sul, esteve
apresentando os projetos e, com a ajuda de
uma consultoria de análise ambiental, a
Ampla, de São Paulo, tratou de pontuar os
impactos que a obra irá provocar no rio e
nas atividades a eles relacionados.
Tempo e clareza – As reuniões, que in-
felizmente não atraiu boa parte da população das cidades envolvidas, pelo menos três
pontos bastante evidentes e que merecem
atenção das autoridades municipais e estaduais: 1- É preciso um prazo condizente
com a complexidade dos projetos para que
as comunidades locais possam avaliar e
apontar melhorias e contrapartidas ao projeto proposto. 2- É preciso apurar muitos
dados técnicos do ponto de vista ambiental, agrícola, econômico e cultural a respeito
tanto do Rio Pardo quanto dos projetos
propostos. 3- O processo de autorização dos
projetos seguem premissas que colocam
em dúvida sua idoneidade, o que não deve
acontecer em se tratando de um legado natural pertencente a um município sob tutela do governo estadual.
preciso avaliar um documento chamado
IEA/Rima, onde o projeto é tecnicamente
detalhado e os impactos ambientais, sociais
e econômicos descritos. Trata-se de um documento de mais de 600 páginas contendo
informações que exigem a participação de
especialistas para que a comunidade possa
entender e opinar. Feita essa tarefa, que
exige tempo considerável, há que se apontar as falhas dos projetos, pensar e propor
melhorias, indicar as contrapartidas que as
comunidades desejam, discutir isso comunitariamente, concluir um documento e encaminhá-lo às autoridades que avaliam o
processo. Uma ação que consome pelo
menos alguns bons meses.
Maioria desaprova – A considerar esses
pontos, que trataremos a seguir, a maioria
absoluta dos presentes às audiências realizadas em Santa Bárbara, Santa Cruz e Ourinhos, entre ambientalistas, técnicos,
vereadores, prefeitos, secretários de meio
ambiente, empresários, agricultores e cidadãos comuns, considera que, da maneira
como foram apresentados, os projetos não
devem ser aprovados pelas autoridades estaduais. Essa postura não significa que
todos estão contra as obras de PCHs, mas
que a grande maioria desaprovou o que foi
apresentado. As razões são claras e justificáveis. Vamos aos três pontos elencados:
2- Dados a serem apurados – Uma vez
avaliados os projetos, é preciso refletir a
respeito dos reais impactos que ele traz no
campo ambiental, cultural, agrícola e econômico dos municípios. E isso é tarefa que
também exige uma grande mobilização de
pessoas, esforços e tempo suficiente para
que a análise seja eficaz. Afinal, trata-se de
construir 3 barragens de mais de 30 metros
de altura e com extensões que variam de
200 a 500 metros num dos maiores rios do
Estado de São Paulo, que tem suas águas
despoluídas, tendo, em maioria de suas
margens, mata ciliar nativa, algo que não se
recupera e que o mundo lamenta ter perdido em grande escala, especialmente em
países da Europa e nos Estados Unidos.
1- Prazo insuficiente – Para que a comunidade possa avaliar o projeto proposto,
no caso, de instalação de três PCHs – o inventário da ANEEL (Agencia Nacional de
Energia Elétrica) indica até nove pontos
passíveis de barragens no Rio Pardo –, é
3 – Análise suspeita – O terceiro fator
que gera descontentamento é a ausência de
dados consistentes nas apresentações feitas
pela Hidrotérmica e pela Ampla, sua contratada. Isso se dá porque o sistema de
aprovação de projetos passa por etapas
Rio vivo – Como tudo tem seu lado bom,
a polêmica em torno dessas obras fez surgir
um movimento que, antes de mais nada,
pretende preservar o rio Pardo. Sob a tutela
da organização Rio Pardo Vivo e assumindo
essa marca como meta, empresários, intelectuais, produtores rurais e técnicos em urbanismo e meio ambiente têm se dedicado
a obter prazos compatíveis à complexidade
de uma devida análise do assunto junto às
instâncias responsáveis e a levantar informações mais precisas a respeito das obras e
dos impactos que vão causar.
Por hora, com base no que foi apresentado,
todos estão temerários quanto à necessidade e adequação dos projetos da Hidrotérmica. O grupo busca garantir que, caso
as obras sejam mesmo necessárias, elas
devem ser feitas de modo a manter o rio
Pardo vivo em seus 264,5
km de extensão.
cial: Rio
pe
fotos: Flávia Rocha | 360
Es
O sistema de aprovação é ainda mais suspeito. Por determinação do próprio governo, a empresa que almeja fazer a obra,
no caso a Hidrotérmica, é que paga pelo
laudo técnico de
impacto ambiental
das obras. E é com
base nesse laudo que
a CETESB e o CONSEMA tomam suas
decisões. Para haver
um julgamento isento,
o natural seria que o Estado arcasse com esse
estudo. Além disso, as
informações apresentadas pela Hidrotérmica e
pela Ampla foram extremamente vagas.
Impossível ter uma opinião concreta com
tantos “muitos”, “poucos”, significativos”
ou “a definir” citados quando o assunto era
impacto sobre a flora e a fauna, perdas de
produção agrícola e de mata ciliar entre outros dados fundamentais.
s
muito suspeitas. A começar pelo valor investido, que é oriundo do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento). São mais
de R$ 100 milhões por barragem a gerar
energia assegurada de 10 a 12 MW (Mega
watts). Uma conversa rápida com um empresário que preferiu não se identificar foi
suficiente para que ele dissesse que o negócio é inviável em razão do longo prazo para
se recuperar o capital investido.
CH
À esquerda, Consalter,
presidente do Sindicato
Rural de Santa Cruz: As
perdas ambientais e
produtivas serão muito
maiores que o benefício da
energia gerada.
À direita, Maurício Araujo e
Edelcio Pazzini: elaboração
de documentos e busca de
análise técnica
os de P
jet
rdo e os pro
Pa
Cautela e entendimento – Para que
toda a comunidade esteja ciente do assunto
e apta a opinar, o movimento Rio Pardo
Vivo está se mobilizando com vistas a prestar esclarecimentos e colher mais informações. Por enquanto, o consenso é de grande
preocupação com o rio. Para o presidente
do Sindicato Rural de Santa Cruz, Antonio
Consalter, que participou das audiências da
cidade e de Ourinhos, pela forma como
foram apresentados, os projetos não são favoráveis à região. “À medida que nos aprofundamos no trabalho apresentado,
verificamos que a intervenção que vai acontecer, afetando todo o meio ambiente e as
unidades produtoras, é muito grande pela
pouca geração de energia a ser gerada pelas
três PCHs projetadas”, afirma Consalter.
O descrédito ao projeto também é partilhado por José Sanches, agricultor, empresário do setor do comércio e representante
da Associação Comercial e Empresarial de
Santa Cruz. “Eu era favorável à construção
das PCHs porque imaginava que traria benefícios para nossa cidade, mas na verdade
não traz”, afirma ele, que compareceu às
audiências públicas. “O rio Pardo corre
grande risco porque o projeto é um desastre ambiental. Ele não é necessário, não é
oportuno e a população desconhece as suas
consequências. Mas estou otimista pela
crescente mobilização das pessoas em defenderem o rio à medida que tomam conhecimento do assunto”, avalia Sanches.
Ciente da importância da questão, o Sindicato Rural de Ourinhos incluiu uma mesa
redonda sobre o Rio Pardo e as PCHs durante a FAPI 2011. O evento será no dia 9
de junho, às 16h, no tattersal de leilões do
recinto Olavo Ferreira de Sá, em Ourinhos.
José Sanches da Associação Comercial
e Empresarial de Santa Cruz: O projeto
das PCHS é um desastre ambiental
A atitude individual e
coletiva: garantia
de um mundo melhor
S I N A L V E R D E _ a ssuntos que v isam a melhori a da rela ção ho mem-meio am bie n t e
*Flávia Manfrin _ editora 360
muito bem servida por rodovias e por pontos de paradas acima da média brasileira.
Basta considerar os pontos de distribuição
rodoviária do 360, todos imperdíveis.
AÇÃO REGIONAL
Pelo menos um semestre depois dessa conversa com Fábio Feldmann, consegui visitar um outro grande especialista no que
faz, que trabalha a imagem de empresas
ajudando-as a ponderar e agir segundo
sobre suas crenças, avaliando suas atitudes, o que está explícito e implícito em
seus produtos e tantos outros aspectos que
envolvem a imagem de uma marca, algo
que o mercado resolveu chamar de “branding. O tema dessa vez era outro: o projeto
360 e seu desenvolvimento.
De novo, compreendi e apreciei a conversa
com Ricardo Guimarães, da Thymus
Branding, saí à rua para aproveitar aquele
sábado paulistano ensolarado com a
mesma sensação do “borocoxô”. Afinal, ,
também me apontava como solução a
busca por apoiadores na região.
A conversa com esse mago do mundo das
marcas ficou ecoando no meu pensar. Fui
ficando eufórica tantas as possibilidades
que poderia aproveitar seguindo o seu
raciocínio. Mas o espírito borocoxô não
saiu de cena, mesmo nos momentos das
melhores ideias.
A razão é fácil de explicar: conheço o povo
da minha terra. Sei menos a respeito das
cidades vizinhas, delas ainda me valho de
impressões e alguns conceitos. Mas Santa
Cruz tem entre suas idiossincrasias uma
Santa Cruz, despertou através de seu rio, o
Pardo, que está sendo alvo de tentativa de
exploração comercial. Suas águas estão
sendo negociadas pelo governo do estado
com empresas que mal conhecemos nem
sabemos se irão colocar seus projetos para
funcionar, mas que estão ávidas para abocanhar gordas verbas públicas para construir barragens. Estão usando a “geração
de energia”, no caso de meros 30
megawatts de potência, para justificar o
acesso a mais de R$ 300 milhões de financiamento a juros baixos de BNDES.
foto: Flávia Rocha | 360
Uma vez o mais famoso e respeitado ambientalista que conheço me respondeu
quando perguntei como trazer para o interior do Estado de São Paulo a consciência
ambiental que já permeia a elite da sociedade produtiva do pais: “Vocês têm que
ter lideranças locais, regionais.” Eu entendi.
Suas justificativas faziam sentido, mas
aquilo me deixou um tanto borocoxô,
dada as (ótimas) condições de vida do interior paulista, pelo menos aqui na região
oeste, onde desenvolvo o projeto 360 há
mais de cinco anos.
Águas despoluídas do rio Pardo através do bambuzal, planta típica de suas margens
que é tipicamente brasileira: a indiferença
percebida como tolerância. Algo ainda
mais difícil quando o assunto implica mobilizar as pessoas a se inteirar sobre um assunto com propriedade, esperar que elas
ponderem a respeito e, por fim, ter certeza
de que elas vão agir de maneira consistente e contínua. Ui, que desafio.
pasma, sem saber o que pensar.
CIMENTO NO RIO
Enfim, por mais que a opinião dos meus
dois conselheiros da capital fossem interessantes e suscitassem caminhos viáveis,
tanto para a adoção de uma conduta ambientalmente correta como para o jornal,
a realidade local me desanimava.
Vale lembrar que barragens também se
valem de cimento, engenheiros, peões... a
mesma estrutura humana e material do
setor da pavimentação, campeão em
processos de superfaturamento e corrupção. Então, vão concretar o rio Pardo?
POR QUE É ASSIM? O RIO E OS LOBOS
Volto à qualidade de vida como agente
desse comodismo. Aqui tudo é bom. O
clima, o ar, as estradas, os serviços, os empregos, as escolas… Há coisa ruim? Sim,
mas o que há de bom prepondera. Natureza então, é o que há. É o quarto maior
município do Estado mesmo tendo apenas
40 mil habitantes. É zona rural que não
acaba mais. Tem ribeirões, tem nascentes,
tem cachoeiras, tem mata virgem, tem rio
despoluído e navegável numa simples câmara velha de pneu. Como fazer essas pessoas se preocuparem em preservar algo
que elas têm em abundância?
Uma vez ouvi de um amigo bastante consciente a respeito dos cuidados ambientais
que “preocupar-se em economizar água
vivendo aqui era um exagero”. Fiquei
A natureza nos chamou. E estou diante de
uma nova realidade: a da mobilização,
local e regional. Talvez não precisássemos
ter chegado a esse ponto, talvez pudéssemos já ter feito lições de casa no sentido de
organizar nossa cidade de maneira clara e
referendada, como acontece com Piraju e
Brotas, por exemplo, para citar municípios
de proporções semelhantes e natureza exuberante. Ali há leis. Há conselhos ambientais atuando. Há ambientalistas bastante informados e engajados na defesa à
preservação ambiental.
Essas cidade, Brotas especialmente, também mostram que sabem aproveitar seu
potencial turístico, algo que parece desafiante aqui na região 360. Ainda “engatinhamos“ no turismo. Logo aqui, terra
De certa maneira sim, já que estão autorizadas a exploração de sete pontos para a
construção de PCHs (pequenas centrais
hidrelétricas). Pequenas no nome, pois são
barragens entre 20 a 30 metros de altura e
de 200 a 500 metros de extensão que
querem construir num rio despoluído, com
mata ciliar nativa na maior parte de seus
264,5 Km de extensão, dos quais, 95km percorrem o município de Santa Cruz.
MUITO POUCO
No caso dos projetos da Hidrotérmica, autora dos projetos das PCHs, são três barragens, todas em Santa Cruz, consumindo
mais de R$ 320 milhões de dinheiro
público. O dinheiro será usado para construir barragens de cimento que vão alagar
600 hectares de terra, entre áreas produtivas e mata ciliar, o que significa milhares
Informe-se e opinie a respeito das obras de PCHs no Rio Pardo. Acesse www.riopardovivo.org
Vale lembrar também que nossa região, incluindo o médio e alto rio Pardo, é uma
área estadual de conservação ambiental,
com grande parte localizada na APA (Área
de Preservação Ambiental) e recarga do
Aquifero Guarani.
Temos aqui a opção pelo turismo de base
ambiental, com aproveitamento da calha
natural do Pardo para a prática de esportes náuticos como o slalom, a
canoagem, o rafting. Esse parece ser o
caminho mais favorável para o desenvolvimento da região.
1. Essa é a melhor forma de usarmos o rio?
2. É o cominho mais inteligente para a
região gerar energia?
3. É uma maneira inteligente e sustentável
de lidar com a realidade?
O pouco que consegui apurar me traz
certezas eminentes:
1. Temos que ter tempo para avaliar direito
a questão de modo a tomar a melhor decisão para a natureza e os municípios.
cial: Rio
AS CERTEZAS
pe
Muitas perguntas saltam aos ares diante
dessa situação. Vamos a algumas delas:
foto: Flávia Rocha | 360
HÁ PERGUNTAS
Es
QUEM SOMOS
s
A energia a ser gerada é pouca. Para se ter
uma ideia, somente uma termoelétrica da
região, movida a biomassa (queima do
bagaço da cana), tem o dobro do total dos
3 projetos de PCHs em capacidade ociosa
de geração de energia.
4. O rio Pardo é raro? Quantos rios há
como ele? Estão represados? Valeu a pena?
5. Que obras a Hidrotérmica já fez? Como
funcionam? Qual sua reputação?
6. E a empresa que emitiu o estudo de impacto ambiental, quem é? Sua competência é reconhecida? É idônea?
7. Se é para gerar energia, não podemos
ter programas e linhas de incentivo que
ajudem os municípios que se valem dessa
região do rio Pardo a darem essa contribuição através do uso racional de energia, ou seja, economizando?
8. Por que não são criadas linhas de créditos menores, com dinheiro do BNDES, para
financiar sistemas de energia solar, eólica
ou de rodas d’água em empresas e propriedades rurais?
CH
de árvores destruídas, além de um prejuízo
irreversível à fauna.
rdo e os pro
Pa
os de P
jet
O Rio Pard o é um d o s m a i o re s r i o s d o E s t a d o d e S ão Paulo, c om 2 64,5km que atravessam 15 c i dades que se
v ale m de s ua s á gu a s d es p o l u í d a s. A m ai o r p a r t e d e t oda essa ext ensão tem mata cili ar ori gi nal prese rvada
2. Esse episódio não será único e não será
apenas o rio a despertar interesse de especuladores e empreendedores em busca
de geração de energia e outros bens comuns e escassos.
3. A comunidade despertou para o que
tem. E está determinada a tratar o rio
Pardo como patrimônio que requer respeito, valor e responsabilidade.
4.A julgar pela capacidade empreendedora de Santa Cruz do Rio Pardo e a disposição em unir forças de vizinhos como
Águas de Santa Bárbara, Óleo, Bernardino
de Campos, Canitar, Ourinhos e Piraju, teremos o melhor desfecho para que o rio
Pardo continue vivo.
5. Assim como muitos cidadãos, quero
preservar a riqueza natural desta terra.
Essa é a meta da sustentabilidade. Com ou
sem PCHs, quero o rio Pardo vivo para as
comunidades e para o pais. Afinal, isso
aqui também é Brasil.
Assim sendo, entendemos que em
virtude de que a norma vigente não
atende seu próprio objetivo, a consideramos inepta, portanto, em conflito com a lei.
Desse modo, somando-nos àqueles
que se expressaram considerando o
prazo destinado à avaliação incompatível com o objeto das audiências
públicas, REQUEREMOS a dilação dos
1 – Após o corte da mata ciliar da
margem do rio e da construção das
barragens, de quanto é o impacto
previsto do movimento das águas
nas novas margens, não estruturadas naturalmente para resistirem
ao movimento das mesmas até a estabilização? E em quanto tempo
estas margens estarão estabilizadas
e com sua mata ciliar recomposta?
2 - Qual é o potencial de geração de
empregos e de renda do rio para a
população, com outras atividades,
como pesca, turismo, eventos, etc? E
caso o mesmo seja entregue para a
empresa proponente de quanto será
a compensação sobre estas atividades que deixarão existir?
3 - O que será feito com a fauna silvestre, identificada nos levantamentos da empresa contratada,
durante as tarefas de corte da mata
ciliar? E depois, no período entre o
?
4 - Quantas espécies vegetais arbóreas serão plantadas na nova APP?
E as espécies epífitas? E as lianas,
cipós, liquens e fungos? Como serão
reintroduzidos na nova área?
Quando e por quem?
5 – Qual é a previsão de tempo para
a recuperação do ecossistema da
mata ciliar? Ele será recuperado
algum dia?
6 – Como será tratada a questão da
modificação, danificação e destruição de ninhos e criadouros naturais
prevista no Artigo 29 da Lei 9.605?
7 – Como a empresa proponente
quantificará o volume de madeira da
mata ciliar a ser cortada? Para quem
ficará o dinheiro deste “produto”?
8 – Como serão tratadas as espécies
que não podem ser cortadas, transportadas e comercializadas, como o
Xaxim (Dicksonia selowiana), cujo
corte é proibido pela legislação?
9 – O projeto Biota determinou a
região da PCH Santana como prioritário para recuperação e incremento
da conectividade. O próprio estudo
da empresa proponente destaca este
ponto. Como destruir o que há de
mata ciliar em região tão sensível?
a comunidade.
10 – O corte de aproximadamente
600 hectares de vegetação nativa
liberará muito carbono para a atmosfera. De quanto será exatamente
esta liberação? Quanto tempo de operação das PCHS serão necessários
para compensar esta liberação?
16 - Capacidade de geração destas
usinas está superavaliada em relação
ao inventário definido pela ANEEL, o
estudo não demonstrou como acontece esse aumento de capacidade.
11 – O EIA/RIMA aponta vegetação
em estágio inicial e médio de regeneração. E as áreas clímax? Não tem
nenhuma em toda área proposta? E
mesmo o termo estágio médio, pelas
fotos apresentadas no EIA/RIMA se
refere à vegetação com porte arbóreo, com muitos anos de idade.
12 – Como será feita a compensação
das relações simbióticas entre a vegetação, a micro fauna e o solo
hidromórfico característico do ecossistema de mata ciliar?
13 - Não foram contempladas no estudo várias espécies da fauna que
existem na região como bugius, tucanos, muitas espécies de peixes e
pássaros, capivaras, ariranhas, jaguatiricas, onças, suçuaranas e espécies de ofídios e de peixes.
14 - O estudo não demonstrou o impacto nas águas medicinais da Estância Turística de Santa Bárbara e
no Aquífero Guarani.
15 - O estudo não avaliou os valores
cênicos, paisagísticos e culturais para
17 - Houve pequena representatividade dos proprietários rurais, principais afgetados na venda de terras.
18 - Não teria condições de aumentar as capacidades de produção das
usinas já existentes, com o uso de
novas tecnologias, com o intuito de
aumentar a produção, sem a necessidade da instalação de novas usinas.
19 - Não foram avaliadas outras possíveis fontes de geração energia na
região de energia, termoelétrica com
biomassa, por exemplo.
20 - Insegurança para o produtor
rural e o impacto na produtividade.
21 - Não foi definido o impacto dos
empregos que serão perdidos nas
propriedades rurais, que são pessoa
de formação baixa. Não foi apresentada nenhuma forma de capacitação
para apoiar esta mão de obra.
22 - Não foi demonstrado no estudo
a perda econômico-financeira da
região em função da perda do valor
da produtividade das áreas alagada.
23 – Deve-se considerar a diferença
cial: Rio
pe
Es
Todavia, pelo que vimos e relatamos
em nosso caso específico, a norma
vigente não atinge o objetivo de
ouvir uma sociedade previamente
provida de consciência, serenidade e
racionalidade para o seu posicionamento, resultando em posições facilmente qualificadas como passionais.
Em referência aos aspectos tecnológicos específicos dos estudos de
impacto ambiental e respectivos relatórios de impacto ambiental, observando o posicionamento já
abordado que trata da incompatibilidade de tempo hábil para uma avaliação objetiva, técnica e racional,
elencamos alguns pontos abordados
pela sociedade durante as audiências públicas, quais sejam:
enchimento da barragem e o crescimento da nova mata ciliar, onde
estas espécies habitarão? Vão se alimentar de que? Como vão se reproduzir?
s
E seguindo-se prazos estipulados
pela norma vigente, previamente,
são ofertadas cópias dos estudos de
impactos ambientais e seus respectivos relatórios de impactos ambientais e, posteriormente, realizam-se
as audiências públicas.
prazos para a avaliação do EIA e do
RIMA dos empreendimentos.
apresentadas
à CETESB
CH
....De acordo com nosso ponto de
vista e em conformidade ao que ouvimos quando da ocorrência da expressão do texto de abertura das
audiências públicas ora realizadas,
estas têm como fim, ouvir a sociedade da área de influência de empreendimentos potencialmente degradadores do meio ambiente. Portanto, para se ouvir a sociedade,
segue-se a norma.
DÚVIDAS
rdo e os pro
Pa
os de P
jet
Com base nas audiências públicas, foram
enviados a CETESB, órgão responsável pela
análise da proposta de construção de PCHs no
Rio Pardo, uma série de documentos.
Em síntese eles solicitam prazo hábil para que a
comunidade avalie os projetos, além de destacar
pontos vulnerávies já observados. A seguir,
dados extraídos de um desses documentos:
entre a cota máxima apresentada
pelos empreendedores e a observada por empresa privada por requisição do prefeito do município de
Águas de Santa Bárbara.
24 – O EIA/RIMA foi obscuro ao abordar duas pontes de servidão em
estradas municipais, não ofertando
a sua indenização e/ou realocaçãoreconstrução.
25 - O EIA/RIMA se contradiz ao informar os níveis de probabilidade de
risco em saúde pública como sendo
de “alto risco”, e em ação de mitigação e controle, oferecer a informação de que tais riscos são
irrelevantes.
26 – O EIA/RIMA não informa sobre
o potencial hidroelétrico do rio
Pardo, ou seja, sobre a possibilidade
de novas barragens no rio, observando como uma vantagem as áreas
que se manterão com corredeiras.
27 – O EIA/RIMA, em relação às informações socioeconômicas, reduzse àquelas encontradas nos
institutos de pesquisas, sendo que
não houve a realização de nenhum
tipo de pesquisa local, implicando
em um estudo incompleto.
28 – O EIA/RIMA não contrapartida
real para a comunidade, pois, restringe-se, e de modo incompleto, a
ações indenizatórias e mitigatórias
para os impactos previstos.
foto: Flávia Rocha | 360
O rio Pardo no centro de Santa Cruz, fazendo margem para empresas como a Sabesp
Uma escada de pequenos e barrentos lagos
ao invés de corredeiras e cachoeiras. Um criadouro artificial de peixes ao invés de espécies nativas se reproduzindo naturalmente e
eternamente. Entre tantos impactos que as
usinas hidrelétricas causariam se fossem
construídas no rio Pardo, esses dois são suficientes para começarmos a pensar o que
a gente quer para o nosso rio. Constitucionalmente, os municípios têm autonomia
para essa escolha.
Desde sua nascente em Pardinho até a sua
foz em Salto Grande, o Pardo banha municípios importantes, com agricultura altamente desenvolvida, com empresas de
grande atuação no mercado alimentício,
com grandes usinas canavieiras que já produzem energia limpa (biomassa), com
aproveitamento de fontes hidrominerais em
desenvolvimento, com importantes instituições educacionais públicas e privadas, e,
principalmente, com um anseio pelo crescimento do turismo, amplamente debatido
na região, que já possui estâncias como
Águas de Santa Bárbara, Avaré e Piraju. Um
turismo que ainda engatinha e que tem o
rio Pardo como principal elemento para o
seu crescimento.
O que potencializaria mais o turismo? Um
rio ecologicamente sadio com belas paisagens naturais, com acesso a locais para
lazer e esporte, com variedade de peixes nativos para pesca esportiva se reproduzindo
naturalmente; ou um rio com lagos pouco
atrativos aos visitantes e com desequilíbrios
ecológicos consideráveis?
Que rio queremos que as futuras gerações
tenham por perto? Hoje ele é raro pelo seu
pouco degrado no meio do estado de São
Paulo, amanhã, se construírem as barragens, ele será só mais um igual aos tantos já
prejudicados e nossos descendentes terão
que viajar para longe para conhecer o que
antes teriam por perto.
Mas e a energia? Esse é o grande desafio da
humanidade, a ciência e a tecnologia caminham sempre na direção de baixar a demanda e aumentar a oferta. A Pequena
Central Hidrelétrica é só mais uma possibilidade atual, mas que, com a velocidade do
desenvolvimento, pode ficar obsoleta em
muito pouco tempo. Nossa região, através
das hidrelétricas que já operam por perto,
nos rios Paranapanema e Tietê, juntamente
com a co-geração das indústrias próximas,
QUE rio
queremos ter?
*Beto Magnani
já fornece bastante energia ao país. Por que
acabar também com o rio Pardo construindo cinco usinas que gerarão, juntas,
menos do que gera uma única termelétrica
de biomassa, semelhante as mais de dez
que já existem em suas margens? Nosso
quintal já contribui muito para o sistema
energético do país e hoje a região está reconhecendo que o rio Pardo como está,
vivo, é muito mais interessante aos municípios do que degradado.
O movimento Rio Pardo Vivo tem adesão de
autoridades municipais e importantes instituições da sociedade civil organizada que
está sendo considerada pelo Conselho Es-
tadual do Meio Ambiente, responsável pela
analise e liberação dos projetos. No site
www.riopardovivo.org há um espaço para
manifestações por escrito e um abaixo assinado contra os projetos que serão encaminhados ao mesmo conselho. Há também
informações mais detalhadas sobre os empreendimentos. Acessem e participem.
O rio Pardo agradece.
*Ator e professor teatral, presidente
da ONG Rio Pardo Vivo
| www.riopardovivo.org
4) Você sabe quanto a cidade arrecadará com impostos pela construção e funcionamento de cada usina?
(
) Sim, sei tudo a respeito
(
) Sim, sei um pouco a respeito
(
) Não sei direito
(
) Não ouvi falar nada
5) Quantos empregos você imagina que
serão gerados após o funcionamento de
cada hidrelétrica?
(
) 600 (durante as obras) e 8 fixos
(
) 1.000 (durante as obras) e 50 fixos
(
) 600 (durante as obras) e 500 fixos
(
) Não sei
6) Você acredita que a energia gerada
na(s) usina(s) instaladas em nossa cidade
serão destinadas para a nossa cidade?
(
) Sim, tenho certeza
(
) Acho que sim, mas sem certeza
(
) Não sei
(
) Não, será posta em rede nacional
7) Como você avalia os impactos ambientais das hidrelétricas no ecossistema
do vale do rio Pardo?
(
) Muitos para a agricultura e o meio
ambiente
(
) Muitos para o meio ambiente
(
) Não tenho ideia
(
) Não haverá impacto.
cial: Rio
pe
Es
3) Você sabe quantas barragens serão
geradas no rio Pardo?
(
) São 9 pontos indicados pela
ANEEL, dos quais 5 em em andamento,
sendo 3 das usinas dentro do município
de Santa Cruz
(
) São 5 pontos indicados pela
ANEEL, dos quais 5em em andamento,
sendo 3 das usinas dentro do município
de Santa Cruz
(
) São 7 pontos indicados pela
ANEEL, dos quais 5 em andamento, sendo
3 das usinas dentro do município de
Santa Cruz
(
) São 9 pontos indicados pela
ANEEL, dos quais 5 em andamento, sendo
2 das usinas dentro do município de
Santa Cruz
s
2- Como você soube?
(
) Rádio
(
) Jornal
(
) Amigos
(
) Outros (informar qual abaixo)
__________________________________
CH
1- Você já tomou conhecimento da instalações de hidrelétricas do tipo fio
d’água no rio Pardo?
(
) Sim, sei tudo a respeito
(
) Sim, sei um pouco a respeito
(
) Não sei direito
(
) Não ouvi falar nada
os de P
Avalie seu conhecimento sobre a questão
que envolve o Rio Pardo.
rdo e os pro
Pa
jet
RIO Pardo: você sabe?
Sta. Cruz: Audiência Pública
Rio Pardo_ Fotos: Flavia Rocha | 360
8) Qual a importância da preservação
do rio Pardo para a sua cidade?
(
) Nenhuma
(
) Pouca
(
) Muita
(
) Essencial
9) Qual a importância da preservação
do rio Pardo para o meio ambiente?
(
) Nenhuma
(
) Pouca
(
) Muita
(
) Essencial
10) Qual a importância da preservação
do rio Pardo para sua família?
(
) Nenhuma
(
) Pouca
(
) Muita
(
) Essencial. Por que? (anote abaixo)
__________________________________
__________________________________
Cidadã/Bernardino _ representante da Nestlé e Prefeito/Águas de Sta. Bárbara
Prof. Unesp/Ourinhos _ Prefeito/Óleo _ Presidente Rio Pardo Vivo/Sta. Cruz
RESPOSTAS: Entregue este
questionário preenchido na
Rádio Difusora ou envie para a
redação do jornal 360 e concorra
a um prêmio surpresa.
360: Praça Dep. Leônidas
Camarinha, 54 CEP 18900-000
Santa Cruz do Rio Pardo/ SP
Anbientalista da Sabesp _ Cidadão _ Vereador/Sta. Cruz do Rio Pardo
O
F ICAD
SSI
LA
MODA • BELEZA •
C
Já faz um bom tempo que especialistas do futebol defendem a tese de que os campeonatos estaduais estão falidos. Fórmulas inchadas, times fracos, estádios
despreparados, são alguns dos argumentos destes entendidos. Todos tem sua razão.
SIFICADO
S
A
CL
* André Rubio
S
VIDA longa
aos estaduais
S
EMPREGOS •
•REPRESENTANTE COMERCIAL
•DESIGNER GRÁFICO
•ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
enviar C V para [email protected]
Sempre no começo do ano, ouvimos que o Cariocão não
serve pra nada, que o Paulistão é feito para enriquecer a
Federação, que o Mineiro só tem dois times de verdade.
Concordo com tudo isso. O campeonato do Rio de Janeiro
pode realmente não servir como parâmetro para campeonatos futuros, como Libertadores, Copa do Brasil e
Brasileirão, é nitidamente nivelado por baixo.
O de São Paulo é inchado para agradar os interesses políticos da poderosa FPF. O campeonato de Minas Gerais, infelizmente se resume todo ano a Cruzeiro e Atlético-MG.
Mas jamais podemos esquecer que a verdadeira fórmula
para o futebol ser o esporte mais famoso do mundo, está
na paixão do torcedor e na rivalidade com o seu vizinho.
Não se deve tirar do brasileiro, aquela segunda-feira em
que ele veste a camisa de seu time para “tirar” com a cara
de seu colega de profissão que torce pela equipe derrotada
no fim de semana.
Não devemos tirar desse brasileiro que muitas vezes recebe
um salário mínimo, e que passa por uma série de problemas em casa, aquela segunda-feira onde nada importa
pra ele a não ser ver o programa esportivo e rever quantas vezes quiser o gol de seu time no clássico contra seu
maior rival.
Muitos desses brasileiros vivem em cidades pequenas, e só
tem uma oportunidade no ano de ver de perto o time de
seu coração atuando contra o time de sua cidade que com
dificuldades e apoio da comunidade consegue chegar a
primeira divisão.
Quem proporciona isso, esse gosto de rivalidade, essa vontade de competir com o amigo que veste uma camisa de
outras cores, e a chance de ver o time da sua rua enfrentando um grande clube é apenas o campeonato regional.
Claro que muitas coisas tem que ser repensadas, como por
exemplo, o numero de equipes que disputam esses
torneios, como no caso de São Paulo onde 20 clubes estão
na primeira divisão, é muita coisa.Mas não devemos
acabar com a tradição e o charme dessas competições jamais.
Só espero que os grandes pensadores e entendidos de futebol parem de tentar extinguir com aquele que é o campeonato mais brasileiro de todos os campeonatos, o nosso
querido Campeonato Estadual.
*músico apaixonado por esporte | w.andrerubio.com.br
• SERVIÇOS • LAZER
CASA •
MODA • SAÚDE • BELEZA
P
I
N
G
O
PINGO ganha
liberdade
Passear sem coleira. Não atravessar a rua.
Não brigar com outros cachorros. Não
comer as flores pelo caminho. Não avançar
sobre outras pessoas. Não assustar os velhinhos. Não se afastar muito. Correr para
Alvinho sempre que ele chamar. Quanta
obrigação. Quantos “não”. Isso é liberdade,
ou um outro tipo de prisão? Ensimesmouse Pingo. Isso é liberdade, falou firme Alvinho. Para ganhar liberdade, há que
respeitar. Alvinho foi ainda mais enfático.
Ainda com dúvidas, Pingo pensou: se é pra
ganhar liberdade, com o tempo, eu pego o
jeito. E liberdade de gente é ainda mais difícil. Cachorro sai sem roupa e faz xixi e cocô
onde quiser que o dono limpa. Au! Au!
artes: Wellington Ciardulo | 360
PASSATEMPO_Dias das Mães é gostoso dar uma lembrança
para a nossa melhor amiga! Encontre os presentes no diagrama
Quem disse?
disse
não há igualdade,
“a Onde
amizade não perdura.”
*filósofo e matemático grego (427_ 347 a.C.)
Adivinha…
…o que é que
nasceu na água,
mora na água e vive
sequinha
?
Respostas_ Adivinha: Ilha. Frase: Platão
22 • meninada
viver
*Adriana Righetti
é uma
droga
e.c
o
m
Drogas são deliciosas – Pais e mães não se
assustem, não se trata de fazer apologia
ao que faz mal. Mas o fato é que as drogas, legais ou ilegais, causam grande
prazer. Fumar um cigarro de tabaco, desses
que vendem em maços, é uma delícia. Tanto
que a gente começa a fumar um atrás do
outro. E beber algo com teor alcoólico?
Nossa que zonzeira, que alegria, que
farra. Não vou citar as drogas mais pesadas e ilegais, como a cocaína,
heroína, crack, exctase, LSD,
porque nunca experimentei. Mas
não tenho a menor dúvida que
devem ser uma delícia.
Agora, em se tratando de
calmantes, ansiolíticos, antidepressivos, posso afirmar,
apesar de tê-los consumido ocasinalmente e sob orientação médica, são
muito gostosos. Afinal, nos trazem o que buscamos: calma, sono, tranquilidade.
Dre
am
stim
Depender de alguém certamente é chato,
mas faz parte da vida. Agora, depender de
algo, especialmente quando se trata de produtos químicos, não é apenas chato. É uma
droga! Aliás, é a pior experiência que alguém
pode passar. Porque simplesmente a gente
não tem domínio, a nossa vontade não vale
nada, muito menos a nossa determinação, o
nosso desejo, o nosso sonho. Nem a nossa
crença ou a nossa esperança. Tudo fica
diminuido, fraco e incapaz diante da dependência química. Mas como dizem, para
Deus nada é impossível e... pois é, é a fé a
maior responsável pelo sucesso na luta contra a dependência química. Não somente a fé
em Deus, mas a fé em si mesmo, ou em alguma força que pode ajudar a passar por
aquele momento que mais aflige o ser humano: a abstinência.
DEPENDêNCIA
eo
Bla
nc
he
tte
|
Ninguém gosta de dependência. Ou gosta?
Tudo tem o lado bom. Quando dependemos
de algo, ou de alguém, seguramente vivemos
uma experiência prazerosa de conforto, de
aconchego, de satisfação que não requer um
esforço próprio. Mas a dependência tem um
lado ruim que sempre pesa mais. Talvez por
isso a dependência cause tanta aversão. Até
as vovozinhas, conforme a idade vai avançando, passam a resmungar: “Detesto depender dos outros.”
©l
23 • bem
Prazer impagável – O grande problema da
dependência química é que ela pede mais.
Mais, mais e mais. Ela nos consome. E nos traz
uma grande infelicidade. Primeiro poque se
tentamos nos livrar dela, sentimos um mal
O tabaco é o vilão mais corriqueiro, porque
é o mais aceito pela sociedade. Mas leva a sua
alma como qualquer outra dependência
química. Você pode estar com uma baita
*Jornalista de São Paulo que adora o
interior | [email protected]
lendo bons livros, nos alimentando de modo
saudável e investindo em passeios
na natureza.
Vênus em
Touro desperta nossa
sensualidade e
charme e nos
convida a cuidarmos da beleza e da saúde, o que pode se
estender para mais além.
O Sol em Touro nos ajuda a economizar mais e a
planejar melhor nossos gastos, além de conferir
à nossa personalidade mais magnetismo, nos
deixando atraentes. Mercúrio torna nossa comunicação mais cautelosa, transmitindo segurança
e confiança, o que facilitará o contato com empresas e órgãos competentes. O momento está
favorável para firmar contratos, parcerias e para
as negociações, inclusive para defendermos nossos direitos.
Nosso planeta passa por um momento delicado.
Além das crises econômicas e quedas de poder,
Urano em Áries potencializa as guerras entre
povos. Além disso, a influência astral atual nos
tem mostrado situações extremas causadas principalmente por catástrofes naturais, que continuarão a acontecer. Parte delas ocorre por um
ciclo natural do planeta, entretanto, outra parte
ocorre por causa do mau uso que fazemos dos
nossos recursos naturais. Cabe a nós nos conscientizarmos e participarmos mais ativamente
contra tudo que prejudique esses recursos de nossas cidades. Marte em Touro nos move em direção a isso, pois nos dá mais energia, disposição e
consciência de que algo precisa ser feito. Por isso,
cuidarmos da beleza e da saúde do planeta também nos fará bem, já que tudo está interligado.
Evitar ambientes aglomerados e agitados também será bom. O ideal é manifestar energias
mais positivas e tranquilas, vendo bons filmes,
Façamos a nossa parte e preservemos nossa
casa, o planeta Terra, para que possamos desfrutar por muito tempo ainda.
*astróloga paulistana que vive em São Tomé das Letras | [email protected]
Pátrio poder – Um fato interessante é que as
drogas que causam dependência química
estão associadas a status de poder. O cara, a
garota, a galera que usa, é ousada. “Eu fumo
dois maços por dia!”, “Eu tomo todas!”, “Eu
cheiro, injeto, tomo “doce”, gabam-se os “descolados”. A ressaca da abstinência é de
matar, mas a turma não dá o braço a torcer.
Vai lá e “rebate com outra”.
Triste ilusão – A realidade, admitam ou não,
é que as pessoas que vivem o inferno da dependência química têm uma fraqueza. Seu
organismo sucumbe de uma forma que não
as deixa decicir por si próprias. Elas chegam
a mentir pra todo mundo se precisar. Mas
não conseguem enganar a si mesmas. Então
vivem o triste pesadelo da máscara. E desejam, mais que tudo, nunca terem entrado
nessa. Podem acreditar. A saída, para elas, é a
humildade de admitir a fraqueza. E para
você, que ainda não provou, é evitá-las.
arte: Clara Basseto | 360
O signo de Touro rege a agricultura, o alimento, a
terra e tudo o que nos sustenta a partir dela, incluindo a água, já que sem ela, nada se frutifica.
Rege também as finanças, o modo como se lida
com o dinheiro e por ser regido por Vênus, enaltece também o bom gosto, a beleza, as artes, o
paladar e tudo que traz prazer e alegria.
gripe, querendo ficar quietinho. Mas quando
vê, tá lá, fumando. É horrível, prazer zero, mas
fuma. Porque não aguenta ficar sem.
estar terrível,
chamado abstinência, que
traz uma angústia que pode ser tão grande a ponto de agirmos sem pensar, sem
nos dar conta do mal que estamos fazendo a
nós mesmos. A gente não controla mais a
vida, a vontade. A gente não resiste.
Os astros em MAIO
Em maio o Sol transita pelo signo de
Touro entrando em
Gêmeos no dia 21.
Vênus, Marte e Mercúrio também ingressam em Touro na
segunda quinzena do
mês, amenizando a
tensão gerada por
eles enquanto estavam no signo de Áries.
*Fernanda Lira
Download

REgIãO desperta para o valor do Rio Pardo