TÍTULO: A VULNERABILIDADE DE USUÁRIOS DE DROGAS EM RELAÇÃO À INFECÇÃO POR
HEPATITE C NA ADOLESCÊNCIA
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: ENFERMAGEM
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
AUTOR(ES): MARTA MONTANINI
ORIENTADOR(ES): MARIA CARLA VIEIRA PINHO
1. RESUMO
O fígado, a maior glândula do organismo, apresenta várias funções vitais. Hepatite é
a inflamação do fígado e pode ocorrer por diversas causas. Trata-se de uma
pesquisa de revisão bibliográfica com o objetivo de identificar os riscos do
adolescente se contaminar com o vírus da hepatite C com o uso de drogas. Para a
sua realização foi consultada a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através dos
Descritores: hepatite, adolescente e infecção. A hepatite C é uma das principais
causas de doenças hepáticas crônicas da população jovem. Além da necessidade
de mudança de estilo de vida, é necessário o estreito contato com o sistema de
saúde para o diagnóstico e tratamento. Os resultados preliminares tem mostrado
que adolescentes que iniciaram o uso de drogas estão mais suscetíveis à
contaminação pelo HCV, uma vez que o uso das drogas dificultada a sua prevenção.
2. INTRODUÇÃO
O fígado é a maior glândula do organismo humano e possui várias funções
vitais (TORTORA, 2003). Hepatite é a inflamação do fígado e pode ocorrer por
causas imunológicas, medicamentosas, alcoólica e infecciosa causada por vírus,
bactérias e protozoários. As hepatites virais são doenças infecciosas, causadas por
vírus, os quais são identificados pelas letras do alfabeto A, B, C, D e E. As hepatites
causadas pelos vírus B e C são problemas graves de saúde pública, tanto pela
magnitude quanto pela alta porcentagem de infectados assintomáticos (SÃO
PAULO, 2008). O vírus da hepatite C (HCV) pode causar cirrose e câncer de fígado
(TORTORA, 2003). Este vírus é o principal causador da hepatite crônica e sua
transmissão ocorre principalmente por via parenteral. São considerados populações
de risco para a infecção pelo HCV indivíduos que receberam transfusão de sangue
antes de1993, usuários de drogas intravenosas ou inaláveis, pessoas com
tatuagem, piercing ou que apresentem outras formas de exposição percutânea,
dentre outros. A transmissão por via sexual é menos frequente, de 2 a 6% dos casos
(BRASIL, 2006).
Pelo exposto, questiona-se: a falta de conhecimento e a imaturidade na
adolescência podem levar o aumento da infecção por hepatite C quando associados
ao uso de drogas? Esta pesquisa tem o objetivo de identificar os riscos do
adolescente se contaminar com o vírus da hepatite C com o uso de drogas. Esperase contribuir com o desenvolvimento de ações que promovam o aumento da
percepção de risco para contaminação do vírus da Hepatite C, além de estimular a
adoção de práticas seguras para a saúde.
3. OBJETIVO
Identificar, por meio da revisão bibliográfica, os riscos do adolescente se
contaminar com o vírus da hepatite C.
4. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica. Para a realização da pesquisa
foi consultado o portal de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através da
combinação dos Descritores: hepatite, adolescente e infecção. Encontrou-se 259
artigos disponíveis na integra, porém considerou-se para o estudo, artigos na língua
portuguesa e publicados no Brasil, no período entre 2003 a 2014. O tratamento dos
dados tem sido realizado por meio da análise de conteúdo em consonância com o
objetivo proposto.
5. DESENVOLVIMENTO
A adolescência é caracterizada por mudanças biológicas, cognitivas,
emocionais e sociais, onde geralmente ocorre a experimentação de álcool e drogas
ilícitas, que associados a diversos outros fatores de risco, acarreta prejuízos à saúde
e a vida dos adolescentes (MALTA et al., 2011). Estima-se que existam 170 milhões
de pessoas infectadas por hepatite C em todo o mundo. Usuários de drogas
injetáveis, inaláveis e crack não devem compartilhar seringas, canudos e cachimbos,
e embora o risco de transmissão via sexual seja pequeno é aconselhável o uso de
preservativos (BRASIL, 2010). Segundo Miyazaki et al. (2005) a hepatite C é uma
das principais causas de doenças hepáticas crônicas que atinge a população jovem.
Além da necessidade de mudança de estilo de vida, é necessário o estreito contato
com o sistema de saúde para o diagnóstico e tratamento. Assim será possível
causar mudanças sobre a vida do indivíduo, uma vez que a maioria dos pacientes se
contaminam através do uso de drogas endovenosas.
Em estudo realizado por Sa et al. (2013) mostra que a prevalência da hepatite
C foi significativa entre usuários de crack no hábito de compartilhar cachimbos. Para
Brito et al. (2007), em estudo sobre pessoas em condições de exclusão social,
referiram a associação entre infecções por HCV,
uso de drogas injetáveis e
compartilhamento de equipamentos, sendo o uso de drogas injetáveis o maior fator
de risco para a infecção do HCV. Sobre a prevenção da infecção pelo HCV, Ferreira
e Silveira (2004), citam a prevenção primária como alvo na diminuição da incidência
da infecção, identificação dos indivíduos infectados para reduzir o risco de
transmissão e a evolução da hepatite crônica, focalizando o aconselhamento de
pessoas que usam drogas ou que estão em risco de uso.
6. RESULTADOS PRELIMINARES
Adolescentes que iniciaram o uso de drogas estão mais suscetíveis à
contaminação, uma vez que “o prazer” proporcionado pelo uso das drogas não deixa
margens para a prevenção. A falta conscientização da família em relação à doença
agrava ainda mais o problema. Ainda não existe vacina contra o vírus da hepatite C,
tornando-se essa população ainda mais vulnerável à infecção.
7. FONTES CONSULTADAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Bolso: Doenças infecciosas e parasitárias. 8.
ed.
Ministério
da
Saúde:
Brasília,
2010.
Disponível
em:
<
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bo
lso.pdf> Acesso em: Acesso em: 27 Mar 2015.
PREFEITURA. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de Orientações Hepatites
Virais B e C. Secretaria Municipal de Saúde: São Paulo, 2008. Disponível em: <
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/hepatites_guia_125968475
8.pdf> Acesso em: 27 Mar 2015.
TORTORA, Gerard Jerry. Corpo Humano: Fundamentos da Anatomia e Fisiologia.
São Paulo: Artmed, 2003.
MALTA, D.C. et al . Família e proteção ao uso de tabaco, álcool e drogas em
adolescentes, Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev. bras.
epidemiol., São Paulo, v.14, supl.1, p.166-177, Set. 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415790X2011000500017
&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24 Ago. 2015.
MIYAZAKI, M.C.O.S. et al. Tratamento da hepatite C: sintomas psicológicos e
estratégias de enfrentamento. Rev. bras.ter. cogn., Rio de
Janeiro, v.1, n.1, Jun. 2005. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180856872005000100
014&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 24 Ago. 2015.
SA, L. C. de et al . Soroprevalência da Hepatite C e fatores associados em usuários
de crack . Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.21, n.6, p.11951202, Dez. 2013. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010411692013000601195&
lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 24 Ago. 2015.
BRITO, V. O. C. et al . Infecção pelo HIV, hepatites B e C e sífilis em moradores de
rua, São Paulo. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 41, supl. 2, p.47-56, Dez. 2007.
Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102007000900009&
lng=en&nrm=iso>. Acesso em 24 Ago. 2015.
FERREIRA, C. T.; SILVEIRA, T. R. da. Hepatites virais: aspectos da epidemiologia e
da prevenção. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 7, n.4, p.473-487, Dez. 2004.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415
790X2004000400010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24 Ago. 2015.
Download

TÍTULO: A VULNERABILIDADE DE USUÁRIOS - O Conic