Recurso Extraordinário
RODRIGO VALENTE GIUBLIN TEIXEIRA
Doutor em Processo Civil pela PUC/SP
Mestre em Processo Civil pela UEL/PR
Professor Titular na graduação, especialização e
mestrado da UniCesumar, em Maringá (PR)
Membro do Instituto Brasileiro de Processo Civil (IBDP)
Advogado
Recurso Extraordinário
Atualizado de Acordo com o
Novo Código de Processo Civil
Belo Horizonte
2015
CONSELHO EDITORIAL
Álvaro Ricardo de Souza Cruz
André Cordeiro Leal
André Lipp Pinto Basto Lupi
Antônio Márcio da Cunha Guimarães
Bernardo G. B. Nogueira
Carlos Augusto Canedo G. da Silva
Carlos Bruno Ferreira da Silva
Carlos Henrique Soares
Claudia Rosane Roesler
Clèmerson Merlin Clève
David França Ribeiro de Carvalho
Dhenis Cruz Madeira
Dircêo Torrecillas Ramos
Emerson Garcia
Felipe Chiarello de Souza Pinto
Florisbal de Souza Del’Olmo
Frederico Barbosa Gomes
Gilberto Bercovici
Gregório Assagra de Almeida
Gustavo Corgosinho
Jamile Bergamaschine Mata Diz
Janaína Rigo Santin
Jean Carlos Fernandes
Jorge Bacelar Gouveia – Portugal
Jorge M. Lasmar
Jose Antonio Moreno Molina – Espanha
José Luiz Quadros de Magalhães
Kiwonghi Bizawu
Leandro Eustáquio de Matos Monteiro
Luciano Stoller de Faria
Luiz Manoel Gomes Júnior
Luiz Moreira
Márcio Luís de Oliveira
Maria de Fátima Freire Sá
Mário Lúcio Quintão Soares
Martonio Mont’Alverne Barreto Lima
Nelson Rosenvald
Renato Caram
Roberto Correia da Silva Gomes Caldas
Rodolfo Viana Pereira
Rodrigo Almeida Magalhães
Rogério Filippetto de Oliveira
Rubens Beçak
Vladmir Oliveira da Silveira
Wagner Menezes
William Eduardo Freire
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico,
inclusive por processos reprográficos, sem autorização expressa da editora.
Impresso no Brasil | Printed in Brazil
Arraes Editores Ltda., 2015.
Coordenação Editorial: Fabiana Carvalho
Produção Editorial e Capa: Danilo Jorge da Silva
Revisão: Alexandre Bomfim
347.05
T266r
Teixeira, Rodrigo Valente Giublin
Recurso extraordinário / Rodrigo Valente Giublin Teixeira.
Belo Horizonte: Arraes Editores, 2015.
p.133
ISBN: 978-85-8238-106-9
1. Direito. 2. Direito constitucional. 3. Recurso extraordinário.
4. Direito Processual civil. I. Título.
CDD – 347.05
CDU – 347.958
Elaborada por: Fátima Falci
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Tel: (31) 3031-2330
Belo Horizonte
2015
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Aos meus pais, que nunca deixaram de me incentivar em todos os
meus passos;
À Fabíola, minha esposa, por me dar o alicerce necessário para que
os estudos se desenvolvessem;
Aos meus filhos, Eduardo e Ana, por toda a felicidade e completude que eles me proporcionam; e
A todos aqueles que comigo convivem que entenderam minha
ausência, mas que permaneceram ao meu lado e, de certa forma,
colaboraram e ajudaram-me em meus objetivos.
V
Agradecimentos
A realização deste trabalho só foi possível graças à colaboração direta e indireta
de muitas pessoas. Manifesto a minha gratidão a todas elas, e, de forma particular:
Ao Professor Doutor Nelson Nery Junior, orientador do meu Doutorado na
PUC/SP, que, com o seu conhecimento ímpar sobre o direito processual civil, sempre tinha algo a contribuir para a realização deste estudo;
Às Professoras Doutoras Patrícia Miranda Pizzol e Regina Vera Villas Boas,
que compuseram a banca de qualificação do meu Doutorado e teceram importantes
sugestões para o aprimoramento deste trabalho;
Aos meus ex-colegas de doutorado, tanto da turma 2008 quanto daquela de
2009, que muito me auxiliaram, ante as inúmeras discussões acadêmicas, no meu
amadurecimento acadêmico no que diz respeito ao direito processual civil. Em especial ao Alessandro Rostagno, da turma 2008, que de forma incondicional me auxiliou nos primeiros passos na PUC/SP e ao Rafael de Oliveira Guimarães, por compartilhar as idas e vindas de Maringá (PR) a São Paulo (SP) por inúmeros meses; e
Aos funcionários da Coordenação da Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito
da PUC/SP, em especial ao Rafael Santos e ao Rui de Oliveira, que sempre foram
extremamente prestativos ao me auxiliarem em minhas necessidades; à Patrícia Tiemi
Tanaka, sempre solícita a me auxiliar nas pesquisas bibliográficas; à Luana Diniz, que
realizou pesquisas em Buenos Aires; ao Juiz Federal Doutor Marcelo Guerra Martins,
que me deu todo o suporte necessário para obter a bibliografia necessária existente
na biblioteca do Supremo Tribunal Federal; à Elany Sumel, que fez toda a revisão
ortográfica e gramatical; e, por fim, mas não menos importantes, ao Georges Abboud
e à Claudia Antunes Machado dos Santos, ambos do escritório do Professor Doutor
Nelson Nery Junior e que sempre estavam dispostos a me auxiliar.
VI
“Faz-se ciência com fatos, como se faz uma casa com pedras; mas
uma acumulação de fatos não é uma ciência, assim como um montão de pedras não é uma casa.”
Henri Poincaré
VII
Lista de Abreviaturas e Siglas
Art.
ADIn
CBJD
CF/46
CF/88
COFINS
CPC
CPCCN
CPCJ
CPCP
DJ
DJe
DJU
EC
GRU
Inc.
J.
Min.
NCPC
OAB
P.
PIS
RE
Rel.
VIII
Artigo
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1946
Constituição Federal do Brasil de 1988
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
Código de Processo Civil Brasileiro
Código Procesal Civil y Comercial de la Nación Argentina
Código de Processo Civil Japonês
Código de Processo Civil Português
Diário da Justiça
Diário da Justiça eletrônico
Diário da Justiça da União
Emenda Constitucional
Guia de Recolhimento da União
Inciso
Julgado
Ministro
Novo Código de Processo Civil
Ordem dos Advogados do Brasil
Página(s)
Programa de Integração Social
Recurso extraordinário
Relator
RISTF
RITJ/PR
RITJ/SP
T.
TJPR
USC
V.
ZPO
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal
Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Paraná
Regimento Interno do Tribunal de Justiça de São Paulo
Turma
Tribunal de Justiça do Paraná
United States Constitution
Versus
Zivilprozessordnung
IX
Sumário
APRESENTAÇÃO............................................................................................ XIV
Capítulo 1
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.............................................................. 1
1.1. Evolução histórica do Supremo Tribunal Federal............................... 1
1.2. As crises do Supremo Tribunal Federal................................................. 10
Capítulo 2
EVOLUÇÃO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO............................... 24
Capítulo 3
ANÁLISE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: DIREITO
CONSTITUCIONAL DA PARTE OU PRERROGATIVA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL?............................................................ 35
Capítulo 4
ALTERAÇÕES DE COMPETÊNCIAS COM A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988: DA NECESSÁRIA SEPARAÇÃO ENTRE OS
TRIBUNAIS SUPERIORES............................................................................ 41
Capítulo 5
CABIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO............................. 46
5.1. Supremo Tribunal Federal.................................................................... 46
5.2. Tribunal Superior do Trabalho............................................................ 48
5.3. Tribunal Superior Eleitoral................................................................... 49
5.4. Superior Tribunal Militar..................................................................... 51
5.5. Superior Tribunal de Justiça Desportiva............................................ 53
X
Capítulo 6
REQUISITOS DE CABIMENTO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO....................................................................................... 56
6.1. Cabimento do recurso extraordinário por contrariedade ao
dispositivo da Constituição Federal: Art. 102, III, a............................... 56
6.2. Cabimento do recurso extraordinário contra decisão que
declara a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal:
Art. 102, III, b................................................................................................. 58
6.3. Cabimento do recurso extraordinário contra decisão que julga
válida lei ou ato de governo local contestado em face da
Constituição: Art. 102, III, c........................................................................ 61
6.4. Cabimento do recurso extraordinário contra decisão que julga
válida lei local contestada em face de lei federal: Art. 102, III, d.......... 62
Capítulo 7
REQUISITOS DE CONHECIMENTO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO....................................................................................... 65
7.1. Causa decidida........................................................................................ 65
7.2. Última instância...................................................................................... 67
7.3. Repercussão Geral................................................................................... 68
7.4. Interesse.................................................................................................... 71
7.5. Legitimidade recursal............................................................................. 73
7.6. Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer .75
7.7. Tempestividade........................................................................................ 78
7.8. Regularidade formal............................................................................... 84
7.9. Preparo...................................................................................................... 85
7.10. Inadequação do termo e da exigência do prequestionamento..... 87
Capítulo 8
PROCEDIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.................... 91
8.1. Ponto de partida..................................................................................... 91
8.2. Decisão omissa: necessidade de opor embargos de declaração...... 93
8.3. Agravo em recurso extraordinário contra decisão denegatória
de seguimento................................................................................................. 94
8.4. Efeito devolutivo ao recurso extraordinário...................................... 95
8.5. Interposição simultânea com o recurso especial............................... 96
Capítulo 9
RECURSO EXTRAORDINÁRIO REPETITIVO....................................... 100
9.1. A Idêntica Questão de Direito............................................................. 101
XI
9.2. Recursos representativos com fundamento em idêntica questão
de direito.......................................................................................................... 101
9.3. Manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse
na controvérsia................................................................................................ 104
9.4. Recursos cabíveis das decisões oriundas do processamento
dos recursos repetitivos................................................................................. 105
BIBLIOGRAFIA................................................................................................ 107
XII
Apresentação
O recurso extraordinário acompanha o ordenamento jurídico brasileiro há décadas,
desde outras Constituições e, na atual Constituição Federal, desde 05 de outubro de 1988,
e verificou-se que o recurso extraordinário passou por uma série de modificações.
Seu órgão julgador, o Supremo Tribunal Federal, passou algumas crises, em
destaque a ocorrida na década de 1960, um dos motivos que ensejaram na criação dos
filtros de admissibilidade, dentre eles a exigência, a partir de 30 de dezembro de 2004,
da repercussão geral e o julgamento em massa de recursos extraordinários, quando há
multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica controvérsia, procedimento
vigente desde 2006, dentre outros pontos.
A gênese desse livro foi a tese de doutorado submetido à banca examinadora
da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo que, na qualidade de tese, detinha
uma tendência predominantemente acadêmica.
Do pilar mestre derivou essa versão, em que se acrescentou, de forma substancial,
questões de ordem pragmática, direcionando, dessa forma, a teoria aplicada à prática.
Em atenção ao atual contexto jurídico, em nosso ordenamento, todo o texto foi
devidamente atualizado e está em consonância com a Lei n. 13.105, que institui um
novo Código de Processo Civil, que entra em vigor após decorrido um ano da data
de sua publicação oficial, ocorrida em 16 de março de 2015.
Com base na sistemática adotada tem-se o resultado dessa primeira edição do
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO: Atualizado de acordo com o Novo Código de
Processo Civil”, publicado pela Editora Arraes.
A partir dessas premissas, intencionou-se em não apenas elaborar um livro
com simples reproduções de ideias, já solidificadas em nossa atualidade, mas sim,
também exercer uma reflexão sobre as exigências atuais, tentando compatibilizar os
princípios constitucionais, que muitas vezes não passam de objetivos fundamentais
da República, com a prática enfrentada por todos os operadores jurídicos.
Dessa forma, abrindo o capítulo 1, como requisito indispensável para
compreensão geral da questão discutida, se apresentou o Supremo Tribunal Federal,
XIII
sua criação, evolução histórica, competência em relação ao recurso extraordinário
nas diversas Constituições e as crises que o afligiram.
A mesma sistemática foi utilizada, já no capítulo 2, para a análise do recurso
extraordinário, ao apresentá-lo desde sua criação até os dias atuais.
Um ponto importante que, certamente, será objeto de uma boa discussão, foi
analisado no capítulo 3, em que se indaga se o recurso extraordinário é um direito
constitucional da parte ou uma prerrogativa do Supremo Tribunal Federal.
Fechando, no capítulo 4, a parte mais acadêmica, apontou-se a necessária
separação entre o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, em
razão das alterações de competências com a Constituição Federal de 1988.
Em um enfoque pragmático, no capítulo 5, esmiuçou-se o cabimento do recurso extraordinário, analisando-o tanto em relação ao Supremo Tribunal Federal,
quanto ao Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral, Superior
Tribunal Militar e Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Uma análise pormenorizada também foi realizada, no capítulo 6, em relação
aos requisitos de cabimento do recurso extraordinário, previstos nas alíneas a a d, do
inc., III, do art. 102 da Constituição Federal de 1988, e, no capítulo 7, seus requisitos
de conhecimento.
Na sequência, no capítulo 8, apresentou-se o procedimento do recurso
extraordinário, seu ponto de partida e demais procedimentos inerentes à sua interposição.
Por fim, no capítulo 9, de encerramento, demonstrou-se o procedimento inererente aos recursos extraordinários repetitivos, uma realidade que influencia todos os
recursos extraordinários com idêntica questão de direito.
Em relação ao todo, utilizou-se para a elaboração desse livro, uma metodologia
dinâmica em que, sempre que pertinente, se fez a fundamentação com a legislação
aplicável em notas de rodapé, o que possibilitará ao leitor, uma rápida consulta legislativa, acompanhando concomitantemente, a doutrina, a legislação, os leading cases em
relação à repercussão geral, e o julgados referentes às questões estudadas, pretendendo
dessa forma, ter uma visão da efetividade e uma aprendizagem holística do assunto.
As notas de rodapé foram exploradas constantemente, principalmente para trazer informações complementares ao assunto em pauta.
Mesmo ao citar a doutrina estrangeira, foi mantido o binômio doutrina/
legislação, tendo-se priorizado no texto, por uma tradução livre, o nosso vernáculo,
e nas notas de rodapé, a redação da língua original.
Invoco aqui e por fim, uma frase obtida em uma conversa informal com o meu
orientador, Professor Doutor Nelson Nery Junior, que assim ponderou quando lhe
disse que havia terminado um artigo, e que ainda pendente de publicação, já havia
algumas ideias e considerações a acrescentar: “você não termina um artigo, apenas
abandona-o”. Pura verdade, pois sempre haverá novidades e novas reflexões a serem
realizadas, motivo pelo qual haverá, inevitavelmente, dúvidas e imperfeições nesse
livro, que sempre estará em constante atualização e lapidação.
RODRIGO VALENTE GIUBLIN TEIXEIRA
XIV
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RecuRso extRaoRdináRio