Quarta
Quarta
19 26
Histórias que Vem Debaixo da Cama
Outra resolve fazer o papel de sua mãe.
COLETIVO DE MÃES
Centro Cultural
Boqueirão
Incentivo:
Kim Takeuchi
Um coletivo de arte nada mais é do que um grupo de artistas que somam
força pra desenvolver um projeto artistico em comum. Em comum temos
a arte, a maternidade, a experiência, a alegria e mais alguns ingredientes
importantes que recheiam o desejo de partir para esse empreendimento.
Em “Histórias que vem debaixo da cama” juntamos isso tudo para dividir
num papo de mãe pra mãe, mãe pra filho, filho pra filho, filho pra mãe.
Temos como premissa a reflexão, queremos influenciar de forma bem
positiva ao afeto, à dedicação e o equilíbrio deve existir entre ser a mãe
mulher, a profissional, a amiga e assim por diante. Nossa intenção aqui é a
de aproximar mãe e filho, acender a criança que mora dentro de cada uma
para que isso nos ajude a nos protejer da distancia que não pode existir
nessa relação. Um coletivo de arte nos permite ter pleno domínio de todas
as funções dentro do rojeto, com experiência, cuidado e muita dedicação
nos desdobramos como multi artistas pra que seja possível a realização
dessa idéia preciosa.
Realização:
centroculturalboqueirao.com.br
Projeto Gráfico -
Texto: Mariana Zanette, Ludmila Nascarella e Kassandra Speltri
Direção: Mariana Zanette
Elenco: Mariana Zanette e Ludmilla Nascarela
Dia 19: 10h e 15h (infantil) / Dia 26: 10h e 14h (infantil)
Sábado
Domingo
22 23
O Olhar de Neuza
ABRAÇÃO FILMES EM PARCERIA COM CIA. DO ABRAÇÃO E CÉU VERMELHO PRODUÇÕES
Quinta
Sábado
27
28 29 30
Bodas de Ouro - Agruras de um Casal no Fim da Vida
Sábado
Domingo
Teimosinho e Mandão
CENTRO CULTURAL BOQUEIRÃO
CENTRO CULTURAL BOQUEIRÃO
Texto: Inspirado na obra “ A Mulher que cai”, de Guido Viaro Neto
Direção: Letícia Guimarães
Elenco: Fabiana Ferreira
Dia 22: 21h (drama) / Dia 23: 21h (drama)
Texto: Vicente Maiolino
Direção: Márcio Roberto
Elenco: Mariana Zanette e Julio Cristiano
Dia 18: 15h e 21h(drama)
Texto: da obra de Ruth Rocha – adaptação Edson Bueno
Direção: Edson Bueno
Elenco: Jefferson Bastos e Wellington Silva
Dia 28: 10h e 15h (infantil) / Dia 29: 17h (infantil) / Dia 30: 17h (infantil)
TROFÉU GRALHA AZUL 2013
Os conflitos da mulher madura, que atravessa a fase da menopausa, é o
tema de O Olhar de Neuza.
A peça O Olhar de Neuza, inspirada na obra “A Mulher que Cai”, do escritor
curitibano Guido Viaro Neto, narra a história de uma mulher de
meia-idade,na tentativa de escapar de seu cotidiano e rever sua vida.
Resumindo a trajetória vacilante de NEUZA, personagem central,
podemos dizer que o espetáculo trata de apenas um dia em sua vida, que
poderia ser igual a tantos outros, salvo sua disposição de torná-lo uma
nova etapa. NEUZA é a mulher que organiza e desarruma as roupas em
seu armário, veste-se e despe-se, enquanto se prepara para romper com
sua rotina. Vestindo-se rapidamente ela parte pelas ruas, a procura de um
encontro consigo mesma.
Quem nunca viu um casal de idosos implicando um com o outro? São
pequenas picuinhas: o café que está frio, o cigarro que faz mal aos
pulmões, a lentidão dela, as manias dele. Em “Bodas de Ouro” não é
diferente. O casal vive as agruras da velhice nessa convivência de
implicâncias, permeada pelo amor que os une para vencer as dificuldades
que aparecem.
Primeiro a falta de dinheiro, revelada no corte do gás, da luz, na sopa rala
e no prato vazio. Depois as dores do passado, e as do presente: a falta de
um filho e de uma família mais numerosa. Bate-lhes a certeza de que estão
sozinhos no mundo. Por fim, descobrem que para a Previdência Social
estão mortos.
MELHOR ESPETÁCULO INFANTIL DO PARANÁ EM 2008 – Troféu Gralha Azul.
A morte aparece como uma grande metáfora em contraposição à vida.
Falta ao casal o passado, representado pelos amigos já falecidos, o presente, vivido pelas dificuldades financeiras e de saúde, e o futuro, pela ausência de uma descendência. Ademais, são poucos os móveis, as roupas e as
esperanças. Eles têm apenas um ao outro e é nessa cumplicidade de vida
que reside o amor.
É importante dialogar com as crianças sobre diferenças, desavenças,
desencontros e teimosias. Por um lado elas podem representar pontos de
vista sólidos e significar traços de personalidade firme, necessários a uma
vida útil e benéfica. Por outro lado, pode significar o princípio da animosidade, da teimosia estéril, da não aceitação das diferenças e por fim, o
nascedouro da incompreensão do outro, o que leva à guerra.
Ruth Rocha, quando criou os singelos (mas perigosíssimos) Teimosinho e
Mandão, sabia que estava falando de um dos temas mais modernos e
caros de nossos tempos: a incompreensão do outro. Toda existência pacífica, toda a possibilidade de encontro, toda a beleza da diferença, toda a
singeleza e grandeza do amor, se esvaem pelo ralo da incompreensão
bélica. Duas criaturas rígidas que não compreendem a beleza da maleabilidade, não se vêem um no outro, condição primordial para que a paz e o
amor floresçam e dêem novos frutos. Os homens precisam se admirar
mais pelo que não têm em comum do que pelo que têm. Teimosinho e
Mandão não conseguem viver próximos um do outro sem se digladiarem
pelas mínimas coisas. Como se um mesmo substantivo não pudesse ter
dois significados. E é na reflexão sobre os diversos significados que Ruth
Rocha usa e abusa destes dois personagens, que pelos seus próprios
nomes são definidos em suas posturas de vida. A adaptação para uma
peça de teatro busca abrir uma janela, uma possibilidade, para que
Teimosinho e Mandão possam curtir a vida sem que, em nome do didático, tenham que pagar com a própria vida o preço de suas teimosias e
mandonices.
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