Voith Turbo - Especificações técnicas de fornecimento
Dezembro 2012
Componentes de ligas de alumínio e peças
fundidas
Norma
VN 3068
Confidencial, todos os direitos reservados. Direitos de cópia conforme ISO 16016.
Símbolo da língua conforme ISO 639-1: pt BR
ICS 01.110
Palavras chave: Processo de produção, liberação de produtos, liberação de amostras iniciais
Índice do conteúdo
Página
1
Objetivo e campo de aplicação .......................................................................................................................2
2
Condições de liberação....................................................................................................................................2
3
Especificações de encomenda e desenho .....................................................................................................2
4
4.1
Condições gerais de fornecimento .................................................................................................................2
Classificação segundo requisitos funcionais ................................................................................................2
5
5.1
5.2
5.3
5.3.1
5.3.2
5.3.3
5.4
5.5
5.6
5.7
5.8
5.9
5.10
Requisitos de qualidade das peças fundidas de alumínio ...........................................................................2
Material ..............................................................................................................................................................2
Composição química ........................................................................................................................................3
Qualidade interna e externa .............................................................................................................................3
Defeitos de superfície (superfícies não usinadas) ........................................................................................3
Defeitos de superfície (superfícies usinadas) ................................................................................................3
Defeitos internos...............................................................................................................................................4
Prova de pressão hidrostática e / ou pneumática .........................................................................................5
Propriedades de resistência ............................................................................................................................6
Dureza ................................................................................................................................................................6
Rugosidade da superfície ................................................................................................................................6
Massa .................................................................................................................................................................6
Dimensões e tolerâncias ..................................................................................................................................6
Identificação ......................................................................................................................................................6
6
6.1
6.2
6.3
Especificações de fabricação ..........................................................................................................................6
Remoção dos apensos, massalotes e canais alimentadores de fundição..................................................6
Limpeza (desbaste, desrebarbação, remoção de resíduos) .........................................................................6
Reparos..............................................................................................................................................................7
7
7.1
7.2
Liberação técnica de série ...............................................................................................................................7
Complementação da amostragem inicial .......................................................................................................7
Fornecimento e identificação da amostra inicial ...........................................................................................7
8
Referências normativas ...................................................................................................................................8
Modificações:
Em relação á VN 3068 (2005-07) foram realizadas as seguintes modificações:
a) Completado o campo de aplicação para divisão de grupo Voith Turbo e no título;
b) Ampliado o campo de aplicação para peças fundidas sob pressão;
c) Complemento dos critérios de aceitação para peças fundidas sob pressão (como referência cruzada em 5.3.3).
Edições anteriores: 2005-07
Alteração: ver “Modificações“.
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Nome
Data
Assinatura
Preparado por
Kämmerer-VPH-c1qg
2012-12-12
assn. (Kämmerer)
Verificado por
Schade-VTCR-ardtc
2012-12-13
assn. (Schade)
Aprovado por
Wulz-VPH-c1qg
2012-12-17
assn. (Wulz)
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1
Objetivo e campo de aplicação
A presente Norma Voith (VN) especifica os critérios para classificação de peças fundidas, os dados que devem
ser incluídos em desenhos, as inspeções a serem realizadas, os métodos de inspeção que devem ser usados,
bem como os defeitos permitidos nas peças fundidas em ligas leves de alumínio usinadas e não usinadas.
Ela se refere á peças usinadas e não usinadas de ligas leves de alumínio que são fundidas pelo método de
fundição sob pressão ou por gravidade.
A presente norma VN é válida em sua totalidade para peças fundidas usadas na produção de peças técnicas de
acionamento para o segmento do mercado Rodoviário da Voith Turbo Antriebstechnik, desde que nos desenhos,
nas normas para as peças individuais ou nas outras especificações técnicas sejam indicadas ou a encomenda
não tenha sido sujeita a qualquer outro acordo.
A VN também se aplica á peças fundidas de protótipos de pré-séries, das séries próximas ou de moldes de série.
Adicionalmente são válidas em sua totalidade as especificações técnicas de fornecimento conforme EN 1559-1,
EN 1559-4 e EN 1706.
2
Condições de liberação
Aplicam-se as especificações gerais de fornecimento nos termos da encomenda, bem como os requisitos do
Acordo de Garantia da Qualidade da Voith. Em especial são válidas as especificações para liberação de amostras
iniciais conforme a VN 3205.
3
Especificações de encomenda e desenho
Na encomenda ou desenho devem estar obrigatoriamente incluídas as seguintes especificações:
•
Número da especificação de encomenda e fornecimento válida com referência a presente especificação de
fornecimento;
•
Designação do material e o estado;
•
Identificação da peça (ver seção 5).
•
Massa (ver seção 6).
Na encomenda ou desenho ainda podem ser incluídas as seguintes especificações:
•
Proteção superficial;
•
Indicação das características de qualidade (conforme a VN 1631), especificações de ensaio, métodos de
inspeção;
•
Marcação do local, do qual devem ser retirados os corpos-de-prova para ensaio de resistência à tração;
•
Marcação das áreas críticas. No caso de haver áreas críticas, estas devem estar marcadas no desenho;
•
Controles da estanquidade hidráulica e/ou pneumática, conforme requisito indicado no desenho. Os
parâmetros do processo e a frequência dos controles devem ser objeto de acordos com a Voith, no âmbito
do Planejamento avançado da qualidade, e devem ser documentados no Plano de controle (ver VN 3205, VN
3206);
•
Classificação da peça de acordo com a função e/ou com o Planejamento avançado da qualidade (VN 3206).
4
Condições gerais de fornecimento
As peças brutas ou acabadas devem corresponder ao desenho aprovado pela Voith Turbo.
Peças fundidas devem estar livres de massalotes, canais de vazamento, rebarbas e outros resíduos semelhantes
de material, bem como não são permitidas quaisquer rupturas, trincas, vestígios sobreaquecimento e
queimaduras, dobras, defeitos de contração, depressões superficiais, soldas frias e porosidades, que possam
limitar acentuadamente o seu uso (função e/ou sequências posteriores de processo), e devem ser removidos pelo
fornecedor por de medidas adequadas.
4.1
Classificação segundo requisitos funcionais
A classificação é realizada pelas seções da Voith responsáveis pelo desenvolvimento, pela escolha da respectiva
especificação de encomenda e fornecimento.
As peças fundidas são divididas nas seguintes classes funcionais:
•
Classe 1:
Peças fundidas com requisitos de segurança;
•
Classe 2:
Peças fundidas, peças fundidas sujeitas a esforços estáticos e dinâmicos e/ou superfícies
com requisitos funcionais especiais
•
Classe 3:
Peças fundidas, que não pertencem às classes 1 e 2, sem requisitos funcionais específicos
5
Requisitos de qualidade das peças fundidas de alumínio
5.1
Material
Ligas fundidas de alumínio conforme EN 1706.
Sendo necessário um tratamento térmico, este deve ser indicado no campo do material.
No enriquecimento de ligas eutéticas e semi eutéticas, as quantidades dos metais de enriquecimento (p. ex.
NA/Sr) devem ser indicadas pelo fornecedor no relatório de inspeção das amostras iniciais.
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5.2
Composição química
Conforme EN 1706 e conforme o desenho. Os resultados da análise química devem ser indicados no relatório de
inspeção das amostras iniciais com valores de referência e efetivos. Mediante solicitação (especificação de
encomenda e fornecimento da Voith), estes valores devem ser comprovados por meio de um certificado, conforme
EN 10204.
5.3
Qualidade interna e externa
Todas as peças fundidas devem ser vazadas sem qualquer defeito, de acordo com o estado atual da técnica.
5.3.1
Defeitos de superfície (superfícies não usinadas)
As superfícies não usinadas devem apresentar uma aparência homogênea e não devem conter trincas nem outros
pontos defeituosos, que possam comprometer a aptidão de aplicação do componente e/ou comprometer a
usinagem posterior ou o uso de ferramentas.
Peças fundidas devem estar livres de massalotes, canais de vazamento, rebarbas e outros resíduos semelhantes
de material, bem como não são permitidas quaisquer rupturas, trincas, vestígios sobreaquecimento e
queimaduras, dobras, defeitos de contração, depressões superficiais, soldas frias e porosidades, que possam
limitar acentuadamente o seu uso (função e/ou sequências posteriores de processo), e devem ser removidos pelo
fornecedor por de medidas adequadas.
5.3.2
Defeitos de superfície (superfícies usinadas)
Classe funcional 1:
não são permitidos defeitos;
Classes funcionais 2 e 3: são permitidos alguns poros isolados e dispersos (máx. Ø 1,0 mm), sendo condição
que a peça possa ser usada sem qualquer limitação (porosidade máxima por
superfície de referência 16 cm²).
Se no desenho for indicada a classe de porosidade da Voith, Voith PK, são válidos os seguintes critérios de
avaliação para cada uma das classes (Voith PK0 até PK4):
Voith PK0:
1. São permitidos poros até ao máx. Ø 0,2 mm;
2. Não são permitidas admitidas exceções.
Voith PK1:
1.
2.
3.
4.
Superfície de referência 1 cm²;
Tamanho permitido dos poros máx. Ø 0,4 mm, min.;
Quantidade máxima de poros 2;
Poros menores que 0,2 mm não são considerados.
Para cada superfície individual usinada acabada são permitidas as seguintes exceções, com uma distância
mínima de 80 mm:
• É permitido um único poro com a dimensão máxima de Ø 0,6 mm, em lugar de (2),
• É permitida acumulação de 3 poros, com uma distância para aborda de 1 mm, em lugar de (3),
• Dentro de uma área igual a 2 vezes o diâmetro do furo roscado não são permitidos outros defeitos.
Voith PK2:
1.
2.
3.
4.
Superfície de referência 4 cm²;
Tamanho permitido dos poros máx. Ø 0,7 mm;
Quantidade máxima de poros 2;
Poros menores que Ø 0,4 mm não são considerados.
Para cada superfície individual usinada acabada são permitidas as seguintes exceções, com uma distância
mínima de 80 mm:
• É permitido um único poro com a dimensão máxima de Ø 1,0 mm, em lugar de (2),
• É permitida acumulação de 3 poros, com uma distância para as bordas de 1,5 mm, em lugar de (3),
• Dentro de uma área igual a 2 vezes o diâmetro do furo roscado não são permitidos outros defeitos.
Voith PK3:
1.
2.
3.
4.
Superfície de referência 16 cm²;
Tamanho permitido dos poros máx. Ø 0,1 mm;
Quantidade máxima de poros 1;
Poros menores que Ø 0,6 mm não são considerados.
Para cada superfície individual usinada acabada são permitidas as seguintes exceções, com uma distância
mínima de 80 mm:
• É permitido um único poro com a dimensão máxima de Ø 1,5 mm, em lugar de (2),
• É permitida acumulação de 3 poros, com uma distância para as bordas de 1,5 mm, em lugar de (3),
• Dentro de uma área igual a 2 vezes o diâmetro do furo roscado não são permitidos outros defeitos.
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Voith PK4:
1.
2.
3.
4.
Superfície de referência 16 cm²;
Tamanho permitido dos poros máx. Ø 1,5 mm;
Quantidade máxima de poros 1;
Poros menores que Ø 1,0 mm não são considerados.
Para cada superfície individual usinada acabada são permitidas as seguintes exceções, com uma distância
mínima de 80 mm:
• É permitido um único poro com a dimensão máxima de Ø 1,5 mm, em lugar de (2),
• É permitida acumulação de 3 poros, com uma distância para as bordas de 1,5 mm, em lugar de (3),
• Dentro de uma área igual a 2 vezes o diâmetro do furo roscado não são permitidos outros defeitos.
Observação Se para as roscas não existirem especificações especiais, aplica-se, regra geral a Voith PK4
com a exceção que a partir do 4º passo de rosca (nos furos de passagem roscada no sentido do
parafusamento) pode ocorrer um único poro e, na verdade:
• nas roscas ≤ M8 dilatação máx. 3,5 mm
• nas roscas ≥ M8 dilatação máx. 5,0 mm
Se for necessário amostras de limites ou catálogos de defeitos devem ser objeto de acordo com a Voith.
5.3.3
Defeitos internos
Ensaio por radiação penetrante/radioscopia (ensaio por raios X, comparável com EN 12681)
Os graus de qualidade são detectados por meio de radiografias das amostras, pelas seguintes normas:
•
•
ASTM E 155 para peças fundidas de ligas de alumínio, assim como ligas de magnésio – fabricadas pelo
método de gravidade
ASTM E 505 para peças fundidas sob pressão de ligas de alumínio, bem como ligas de magnésio – fabricadas
pelo método de fundição sob pressão.
Não sendo possível um ensaio por radiação penetrante/radioscopia (comparável com EN 12681) para a
supervisão da qualidade, podem ser feitos incertos metalográficos por amostragem. A avaliação deve ser
realizada conforme a seção 5.3.2. A aplicação de ensaios de ruptura conforme especificação interna da empresa
só é permitida, quando por um ensaio de radiação penetrante/radioscopia, for comprovado o atendimento dos
requisitos conforme as seções 5.3.2 e 5.3.3 e os métodos de fabricação forem dominados com segurança. Se as
ocorrências do limite de defeitos exigidos pelo cliente do material no máximo após duas apresentações de
amostras não são atendidas, é necessária uma verificação funcional na Voith, para a qualificação do nível de
qualidade. Os custos desta qualificação são do fornecedor.
Tabela 1
Valores limite de aceitação para o ensaio de defeitos internos conforme ASTM E 155
Classe funcional 1
Classe funcional 2
Classe funcional 3
Áreas críticas
Outras áreas
Áreas críticas
Outras áreas
Áreas críticas
Outras áreas
Grau A
Grau B
Grau B
Grau C
Grau C
Grau D
ou melhor
ou melhor
ou melhor
ou melhor
ou melhor
ou melhor
Tabela 2
Valores limite de aceitação para o ensaio de defeitos internos conforme ASTM E 505
Classe funcional 1
Classe funcional 2
Classe funcional 3
Áreas críticas Outras áreas
Áreas críticas
Outras áreas Áreas críticas Outras áreas
Estanquidade
Carga
Grau A
Grau B
Grau A
Grau B
Grau C
Grau C
Grau D
ou melhor
ou melhor
ou melhor
ou melhor
ou melhor
ou melhor
ou melhor
*Não sendo distinguido no desenho da peça fundida entre áreas de estanqueidade e áreas de carga valem para
todas as áreas críticas os requisitos da área de carga.
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Tabela 3
Valores limite de aceitação para peças fundidas de alumínio fabricadas pelo método de fundição por gravidade
(Aceitação – Figuras de referência conforme ASTM E 155)
Grau A
Grau B
Grau C
Grau D
Tipo de defeito
Espessura de parede (wall thickness) em mm
(type of fault)
≤ 10
> 10
≤ 10
> 10
≤ 10
> 10
≤ 10
> 10
Inclusões de ar/gás
1
1
3
3
5
5
7
7
(gas holes)
Redondo
1
1
3
4
6
6
8
8
Porosidade de
(round)
gás
Alongado
(gas porosity)
1
1
3
4
5
5
7
7
(elongated)
Cavidade de contração
1
2
4
6
(shrinkage cavity)
Poros de contração (shrinkage sponge)
1
1
2
3
4
5
6
7
Menos denso
Material
1
1
3
3
5
5
7
7
(less dense)
estranho
(foreign
Mais denso (more
1
1
2
1
5
4
7
6
material)
dense)
Tabela 4
Valores limite de aceitação para peças fundidas de alumínio fabricadas pelo método de fundição sob pressão
(aceitação – Figuras de referência conforme ASTM E 505)
Grau A
Grau B
Grau C
Grau D
Tipo de defeito
Espessura
de
parede
(wall
thickness)
em
mm
(type of fault)
≤3
>3
≤3
>3
≤3
>3
≤3
>3
Código de defeito (discontinuity code) A
Porosidade (porosity)
1
Código de defeito (discontinuity code) B
Enchimento frio (cold fill)
1
Código de defeito (discontinuity code) C
Rechupes (shrinkage)
1
1
2
2
3
3
4
4
Código de defeito (discontinuity code) D
Materiais estranhos (foreign materials)
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
3
3
3
4
4
4
Geralmente, os tipos de defeitos não permitidos são:
• corrente de poros (pore chains)
• segregação (segregation)
• pontos de solda fria (stuck welded joints)
• sobreposições (overlaps)
• trincas térmicas e de tensão (thermal and stress cracks)
• deslocamento da forma e do núcleo (core and shape offset)
• superfícies irregulares (irregular surfaces)
Se existem simultaneamente dois ou mais defeitos na proximidade do valor limite máximo previsto, a peça fundida
é válida como NÃO ACEITÁVEL.
5.4
Prova de pressão hidrostática e / ou pneumática
A prova de pressão deve ser realizada conforme as indicações contidas no desenho ou contido nas
correspondentes normas. O ensaio de pressão hidrostática e / ou pneumática (apenas para peças fundidas das
classes funcionais 1 e 2). Desde que no desenho não seja indicado nada diferente, este ensaio deve ser realizado
na peça fundida usinada acabada. Os dados técnicos para o ensaio e as condições de aceitação devem ser
indicados no desenho ou nas correspondentes normas (plano de monitoramento de produção).
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5.5
Propriedades de resistência
As propriedades de resistência mecânica devem ser comprovadas no componente (inspeção de amostras
iniciais). Os pontos de amostragem devem ser mencionados pelo fornecedor no relatório de inspeção de amostras
iniciais, desde que este não estiver especificado no desenho dos componentes. A Voith Turbo reserva-se o direito
de ensaiar as propriedades de resistência por um ensaio de resistência à tração a partir do componente.
Os corpos-de-prova para o ensaio de tração devem ser especificados pela DIN 50125; o ensaio de tração deve
ser realizado segundo a EN 10002. O diâmetro mínimo do corpo-de-prova para o ensaio de tração é de 4 mm.
Se não for possível a realização de um ensaio de tração a partir do componente, assim as propriedades de
resistência devem ser comprovadas por meio de um ensaio de resistência à tração de corpos-de-prova fundidos
separadamente. Os corpos-de-prova para o ensaio de tração são especificados pela DIN 50125; o ensaio de
tração deve ser realizado segundo a EN 10002. O diâmetro dos corpos-de-prova fundidos separadamente na
fundição em coquilha e em areia deve comportar 12 mm.
Os valores medidos devem corresponder aos valores limite da norma de material (EN 1706) indicada no desenho.
A escolha da metodologia de ensaios e do monitoramento da resistência de série cabe ao fornecedor. O uso de
corpos-de-prova fundidos separadamente é permitido como parte integrante da comprovação da capacidade dos
processos. Em casos de litígio, os valores característicos de resistência (resistência à tração/dureza) do
componente são determinantes. Os valores característicos de orientação fornecem as propriedades de resistência
das amostras iniciais apresentadas.
A quantidade necessária de amostragem compete ao fabricante.
As propriedades de resistência de peças com tratamento térmico devem ser continuamente monitoradas por
ensaios de dureza.
5.6
Dureza
O ensaio de dureza das peças fundidas ou em uma amostra rompida deve ser realizado conforme a ISO 6506-1
em uma superfície de área livre de poros, que foi submetida á qualquer esforço. As áreas devem ser escolhidas
de maneira a não afetar a funcionalidade da peça fundida depois da retificação da camada superficial. Os valores
medidos devem corresponder aos valores limite especificados pela norma do material (EN 1706) indicada no
desenho. As posições de ensaio da dureza devem ser documentadas no relatório de ensaio.
5.7
Rugosidade da superfície
Conforme as especificações no desenho ou na norma de material.
5.8
Massa
A massa da peça fundida bruta deve ser objeto de acordo entre o fornecedor e o cliente, conforme um dos dois
procedimentos seguintes:
Cálculo matemático com base nas dimensões e tolerâncias indicadas no desenho, da densidade indicada na
norma do material, considerando eventuais acréscimos para usinagem, que são necessários para a moldagem.
Média aritmética dos valores medidos de 10 peças fundidas qualificadas.
Para a massa indicada no desenho é válida uma tolerância de ± 5%.
5.9
Dimensões e tolerâncias
As dimensões devem ser verificadas com base no desenho e/ou nas normas correspondentes ou no modelo CAD.
Os perfis, as interligações e as dimensões internas, que não podem ser determinadas na peça fundida completa,
devem ser controlados no componente partido.
5.10
Identificação
A identificação (ou marcação na peça) deve ser prevista segundo as instruções no desenho, numa área que não
seja influenciada pela posterior usinagem. A identificação ou marcação deve ser facilmente legível devendo conter
as seguintes indicações:
• Número de peça da Voith Turbo;
• Identificação do material (nome ou número do material conforme EN 1706);
• Número da fôrma de fundição e do modelo no caso de peças das classes funcionais;
• Data de fabricação ou número da corrida de fundição;
• Símbolo do fabricante.
6
Especificações de fabricação
6.1
Remoção dos apensos, massalotes e canais alimentadores de fundição
As peças fundidas apresentadas para aceitação devem estar livres de rebarbas e limpas; os resíduos dos
materiais acima indicados devem ser removidos por um método adequado para evitar danos na peça individual.
Se a remoção se apresentar difícil e exigir o uso de correspondentes máquinas, estes trabalhos devem ser objeto
de acordo entre o cliente e o fornecedor.
6.2
Limpeza (desbaste, desrebarbação, remoção de resíduos)
Os eventuais locais com defeitos na superfície dos componentes, que não foram aceitos, podem ser reparados
por meio de limagem, esmerilhamento com disco abrasivo ou fresagem, sendo que as áreas de transição dos
locais defeituosos reparados não podem apresentar arestas vivas. Neste caso, as inspeções citadas nas seções
5.3.2 e 5.3.3 devem ser repetidas e o componente é considerado como aceito, desde que:
• o local defeituoso tenha sido completamente reparado;
• as dimensões da área reparada fiquem dentro das tolerâncias indicadas no desenho.
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6.3
Reparos
Desde que no desenho ou nas normas correspondentes não seja indicado diferente, os reparos com solda,
selagem parcial ou impregnação só são permitidas após consulta aos departamentos de desenvolvimento e de
projeto da Voith Turbo. A realização destes reparos deve ser objeto de acordo o exato procedimento das
especificações de ensaios e as condições de aceitação. Obrigatoriamente para as soldas de fabricação e de
reparo devem ser aplicadas as especificações da EN 1559-4, seção 6 e Anexo A.
Nos trabalhos de impregnação, o fornecedor deve disponibilizar informações sobre a designação comercial da
resina prevista por ele para o processo. Se o processo de impregnação é realizado à temperatura ambiente com
aplicação de resina metacrílica, é suficiente uma nova inspeção do componente repetindo a prova de pressão
indicada na seção 5.4 da presente norma. No caso do uso de outros materiais ou aplicação de outros processos,
estes devem ser objeto de acordos de inspeções adicionais do produto acabado. O enchimento só é permitido
após acordo e autorização da Voith.
7
Liberação técnica de série
O fornecedor deve considerar as especificações gerais contidas na VN 3205 – Processo de produção e liberação
de produtos (liberação de amostras iniciais).
7.1
Complementação da amostragem inicial
Requisitos adicionais para a amostragem de peças de alumínio para a Voith Turbo, segmento do mercado
rodoviário (complementação para VN 3205 – Processo de produção e liberação de produção).
Tabela
3
Nível de
apresentação 2
Classe funcional 3
1.
2.
3.
3.1
3.2
4.
5.
6.
7.
7.2
Relatório de medição
Análise química (valores teóricos segundo EN 1706)
Propriedades mecânicas (Rm [N/mm], Rp0,2 [N/mm], A5 [%])
Comprovação em corpo-de-prova para ensaio de tração
fundido em separado
Comprovação através de corpo-de-prova para ensaio de
tração retirado do componente
Ensaio de dureza em peças com tratamento térmico
Micrografia estrutural, comprovação dos parâmetros de
enriquecimento em ppm
Defeito interno
Classificação das porosidades segundo ASTM E 155 ou
ASTM E 505; 100% ensaio de raios X da amostra inicial
(alternativa cortes de serra após acordo com a Voith)
Defeito de superfície (superfícies usinadas) segundo as
seções 5.2, 5.3 acima mencionadas ou acordo de amostras
limite
X
X
X
Nível de
apresentação 3
Classes funcionais
1,2
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Fornecimento e identificação da amostra inicial
Obrigatoriamente o fornecimento de amostras deve ser processado em separado do material de série; peças de
amostra devem ser endereçadas em unidades de embalagens separadas para a entrada de mercadorias da
fábrica de aceitação.
As amostras iniciais individuais devem ser numeradas, para garantir a correlação aos documentos de inspeção.
As amostras iniciais devem ser enviadas com uma guia de remessa separada, que tem de conter a observação
clara ”Amostra inicial“, bem como o número de peça e designação.
Além disso, as unidades de embalagens ou, se necessário, as amostras iniciais devem ser identificadas
claramente com uma etiqueta de mercadoria (etiqueta VDA) e um colante amarelo ”Amostra inicial“.
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Referências normativas
Fonte das normas DIN:
Beuth Verlag GmbH
Postfach 1145
10772 Berlin
Tabela 4
01
DIN EN 1706
02
03
04
DIN EN ISO 9000
DIN EN ISO 9001:2000
DIN EN 10002-1
05
DIN EN ISO 6506-1
06
07
08
09
10
11
DIN EN 10204
DIN EN 12681
DIN EN ISO14001
DIN 50125
DIN 55350-11
ASTM E 155
12
ASTM E 505
Alumínio e ligas de alumínio – Peças fundidas – Composição química e
propriedades mecânicas
Sistemas de gestão da qualidade - Fundamentos e vocabulário
Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos
Materiais metálicos – Ensaio de tração – Parte 1: Ensaio a temperatura
ambiente
Materiais metálicos – Ensaio de dureza conforme Brinell – Parte 1: Método
de ensaio
Produtos metálicos – Tipos de documentos de inspeção
Sistemas de fundição – Ensaio por radiação penetrante
Sistemas de gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso
Ensaio de materiais metálicos - Corpos-de-prova de tração
Conceitos de garantia da qualidade e estatística
Radiografias padrão de referência para inspeção de peças fundidas em
alumínio e magnésio
Radiografias padrão de referencia para inspeção de fundidos de alumínio
e magnésio vazados em moldes
Verband der Automobilindustrie e.V. (VDA) (Associação da Indústria Automobilística alemã)
Fonte:
Verband der Automobilindustrie e.V. (VDA)
Qualitätsmanagement Center (QMC)
Karl-Hermann-Flach-Str. 2
D 61440 Oberursel
e-mail: [email protected]
Tabela 5
13
Volume Nº 1
14
Volume Nº 2
15
Volume Nº 4
16
ISO/TS 16949
Normas Voith
Tabela 6
17
VN 1631
18
19
20
VN 3205
VN 3206
QSV
Apresentação de provas
Garantia da qualidade de fornecimentos na indústria automobilística
Garantia da qualidade antes da produção em série
Sistemas de gestão da qualidade, requisitos especiais na aplicação da ISO
9001:2000 na produção em série e de peças sobresselentes para a indústria
automobilística
Requisitos de documentação (dimensões de verificação) em desenhos; peças D
e DS
Processo de produção e liberação de produção (liberação de amostras iniciais)
Pré-planejamento da qualidade (QVP)
Acordo de garantia da qualidade da Voith Turbo (em cada caso o último estado
válido)
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Componentes de ligas de alumínio e peças fundidas VN 3068