Ano IV - Número 78
Informativo quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas
24 de novembro a 7 de dezembro/2008
www.puc-campinas.edu.br
William Marques
O Projeto das Práticas de Formação, importante espaço de flexibilização curricular, é um diferencial da PUC-Campinas. Há
dezenas de práticas de formação
de curta duração oferecidas aos alunos, como a atividade desenvolvida nas cavernas do Morro Preto,
no Parque Estadual Turístico do
Alto Ribeira (PETAR). As Práticas
de Formação são uma oportunidade para os alunos ampliarem seu
conhecimento e enriquecerem sua
formação acadêmica e profissioPágina 08
nal.
Na prática
Ricardo Lima
Ensino de
qualidade
Caverna do
Morro Preto,
no Parque
Estadual do
Alto Ribeira,
PETAR
De olho nas oportunidades
Ricardo Lima
Quer aproveitar ainda mais a sua passagem pela
Universidade? Fique de olho nas várias oportunidades que a PUC-Campinas oferece para enriquecer a sua formação profissional e pessoal.
Nesta edição, o Jornal da PUC-Campinas
traz diversas dicas de atividades que os estudantes podem desenvolver e ainda ganhar uma bolsa-auxílio, como a Iniciação Científica, Iniciação
à Extensão e Monitoria. Você também vai saber
mais sobre o ProUni, o Fies e o Crédito Educativo
Aplub, bolsas e financiamentos que ajudam muitos alunos.
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Corpo docente qualificado, infra-estrutura e sólido Projeto Pedagógico foram
alguns dos fatores determinantes para
que as Faculdades de Educação Física,
Fisioterapia (foto), Fonoaudiologia,
Psicologia e Terapia Ocupacional da
PUC-Campinas conquistassem o
Prêmio Melhores Universidades, da
Editora Abril, na categoria Ciência do
Bem-Estar. O Jornal da PUC-Campinas destaca algumas das atividades realizadas por alunos e professores junto às
comunidades interna e externa, que justificam o resultado da premiação do Guia
Abril.
Página 05
MURAL
Nas ondas do rádio
Aluno
Gustavo
Zuliani, da
Faculdade de
Medicina,
utliza o
Programa
ProUni
Apesar da audiência da televisão, o
rádio mantém sua popularidade
entre os brasileiros. A professora
Ivete Cardoso Roldão, da
Faculdade de Jornalismo
resgata, em livro, a história
das rádios de Campinas.
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24 de novembro a 7 de dezembro/2008
Jornal da PUC-Campinas
Editorial
As estrelas em nosso caminho
A
vida pode ser comparada a uma viagem. Misteriosa, planejada, com curso traçado, mas mesmo assim não deixa de
ter a marca da surpresa e do imprevisto. Há pontos de parada, encruzilhadas, curvas, subidas e descidas. Continuidades e rupturas. O escritor João Cabral de Melo Neto diz que é uma fábrica
que a si mesma se fabrica. Um fio invisível que se desenrola e que
também se chama vida. Tem seus pontos de parada. Para reflexão,
avaliação e recarga de energias.
Às vezes a tentação é fugir desses pontos e “viajar” no sentido
figurado de fantasiar, criar um reino imaginário e deleitar-se nos sonhos
e evasões que fazem esquecer as durezas do cotidiano. A vida universitária, com seu modo específico de ser, é mais que uma etapa na
viagem da vida. Ela mesma é uma viagem. Visitamos o passado,
nos apropriamos de suas conquistas para refletirmos sobre elas.
Projetamos o futuro. E sonhamos - para sermos plenamente humanos – em ir além de sua previsibilidade, que, aliás, escapa cada vez
mais aos nossos esquemas. Nessa viagem há que se parar para prestar contas e medir as forças com que contamos. Assim, para não nos
perdermos, elaboramos mapas, regras, modelos funcionais, esquemas de avaliação e guias para percorrermos com segurança os caminhos a seguir.
Recentemente a nossa Universidade foi classificada como a primeira do Estado de São Paulo entre as universidades particulares.
Num máximo de cinco pontos, nossos cursos ficaram entre três e
cinco, que foi motivo de alegria para satisfação de professores, alunos e funcionários. Cada um dá uma parcela de contribuição para
que o conjunto seja harmonioso e bonito. Muitos egressos desta
Universidade estão hoje no mercado de trabalho, cientes do prestígio que se transfere para aqueles que aqui estudam. E seu trabalho profissional reafirma que a viagem valeu a pena. O Guia do
Estudante recomenda a “sua” escola para os que estão chegando
para começar uma nova etapa na viagem da vida. Aquela da pre-
paração para a vida profissional.
À alegria, porém, soma-se a preocupação e compromisso.
Compromisso de formar-se para a vida numa instituição cujo
espírito seja marcado pela competência e qualidade. Manter a
tradição e abrir-se para a inovação. Não dobrar-se ao utilitarismo e imediatismo do mercado de trabalho. Sem esquecer suas exigências, permear a qualificação técnico-científica de um espírito
de solidariedade, de preocupação com a construção de uma sociedade solidária.
Tudo isso chega em um momento do ano em que, cansados, procuramos dar conta do que adquirimos. Avaliamos os novos horizontes que os cursos nos abriram. As tradições, que nos formaram, sem
que delas tomássemos consciência e aqui se explicitaram. Os novos
relacionamentos com o mundo, com a história e a sociedade. As relações cotidianas, rotineiras, nas salas de aula, nos corredores, bibliotecas e áreas de convivência. Necessidade de forjar novos hábitos, aprender a “virar-se” por conta com alimentação, roupa e limpeza.
Mais que tudo: há um novo horizonte de vida. Ele se forja num
olhar para o mundo. Recriá-lo continuamente com arte e ciência.
Com poesia, beleza, encantamento, que brotam da ânsia de justiça,
paz e liberdade. Mas também um olhar para dentro de si: descobrirse como interioridade responsável pelo destino da humanidade. Como
interioridade que refaz contínua e criticamente os caminhos percorrido com viés reflexivo.
Muitas vezes, ou melhor, quase sempre, isso escapa a qualquer
avaliação. Mas a “sua” universidade o tem como horizonte seu pensar e agir. Nas duras leis que a realidade impõe é gratificante sentirse reconhecido e servir de guia. Mas é preciso dizer: não é só estar bem
nos rankings que dá vida a uma instituição, mas o horizonte no qual
ela enxerga e situa seu agir.
Padre Wilson Denadai
Reitor da PUC-Campinas
Notas
Agenda
Ciclo de Palestras
2º Concurso Universitário de Fotografia
No dia 1º de dezembro, às 19h30, no Auditório Dom Gilberto, no Campus I,
será realizada mais uma rodada do Ciclo de Palestras 2008, promovido pela
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. A palestra “Políticas de Educação
e Valorização do Profissional de Segurança Pública” será ministrada pela
diretora do Departamento de Ensino e Pesquisa da Secretaria Nacional
de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp – MJ),
Juliana Márcia Barroso. Para participar é necessário se inscrever no site
www.puc-campinas.edu.br/eventos/2008/arquivo.aspx.
Desenvolver e treinar um olhar diferente e inovador
por meio da fotografia, para descobrir novos talentos
é o objetivo do 2º Concurso Universitário de Fotografia,
que tem como tema este ano “Meu olhar sobre o Brasil”.
Promovido pela revista Fotografe Melhor e Sony do
Brasil, o concurso é aberto a todos os universitários do
país. Os interessados em participar deverão levar até
três fotografias com tamanhos entre de 15 x 21 e 20 x 25.
Apenas uma foto será premiada. Para se inscrever o
candidato deverá acessar o site
www.fotografemelhor.com.br/concursouniversitário
até o dia 15 de janeiro de 2009 e comprovar que está
regularmente matriculado no Ensino Superior,
independente do curso. Mais informações podem ser
obtidas pelo telefone 11-3038-5118.
Revista de Nutrição comemora 20 anos
No dia 24 de novembro, às 14 horas, a Faculdade de Nutrição da
PUC-Campinas comemora os 20 anos da Revista de Nutrição e lança
o Suplemento Temático Segurança Alimentar e Nutricional. No
mesmo dia também haverá a conferência “Avanços da Pesquisa em
Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil”, com a participação da
professora adjunta do Instituto de Nutrição da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rosangela Alves Pereira e a representante do
Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Secretaria
de Avaliação e Gestão da Informação Leonor Maria Pacheco Santos.
Seminário discute região do Campo Grande
Dia 27 de novembro, às 8h30, será realizado o VII Seminário Intersetorial da
Região Noroeste, no Auditório da Biblioteca, do Campus II da PUC-Campinas.
O encontro reúne serviços municipais, organizações sociais e movimentos populares existentes no território correspondente à atuação dos projetos de extensão
vinculados ao Núcleo Territorial Guadalupe/Campo Grande.
Mostra artística sobre a Catedral
A Coordenadoria Geral de Projetos e Extensão (CGPE) da PUCCampinas promove até o dia 07 de dezembro, das 14 às 17 horas,
na Casa Azul do Campus Central a mostra artística “Catedral
Metropolitana: uma interpretação plástica”, coordenada pelo
professor da Faculdade de Artes Visuais, Paulo Cheida Sans. O
evento é uma homenagem aos 100 anos da Arquidiocese de
Campinas. Segundo seu organizador, que é autor do projeto de
extensão Curadorias de Mostras de Artes Visuaus, a mostra é
uma reflexão que vincula a cultura eclesiástica à contemporanedade. A entrada é franca. Informações: (19) 3735-5810.
25/11
10h às 12h30 – Seminário de
Residência em Saúde. Auditório da
Biblioteca, Campus II.
27/11
8h30 às 12h – IV Seminário
Intersetorial da Região Noroeste.
Auditório da Biblioteca,
Campus II.
1º/12
19h30 às 22h30 – Palestra: Políticas
de Educação e Valorização do
Profissional de Segurança Pública.
Auditório Dom Gilberto, Campus I.
02/12
20h às 22h – Palestra: O Paradoxo
Contemporâneo. Sala 29, prédio H11,
Campus I.
03 e 04/12
14h às 16h – Minicurso: Filosofia da
Cultura. Sala 29, prédio H 11,
Campus I.
10/12
12h às 22h30 – Prêmio: Melhor
Trabalho de Conclusão de Curso de
Análise de Sistemas. Auditório Dom
Gilberto, Campus I.
Expediente
Reitor- Padre Wilson Denadai; Vice-reitora - Angela de Mendonça Engelbrecht; Conselho Editorial - Wagner José de Mello, Rogério Bazi e Sílvia Regina Machado de
Campos; Coordenador do Departamento de Comunicação - Wagner José de Mello; Editora - Ciça Toledo (MTb. 14.181); Repórteres - Adriana Furtado, Daniela
Arruda e Raquel Lima; Estagiários - Ana Paula Moreira, Caio Armentano, João Victor Barros e Marcelo Foglio; Revisão - Marly Teresa G. de Paiva; Fotografia - Ricardo
Lima; Tratamento de Fotos - Marcelo Adorno; Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - Neo Arte; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas,
Rodovia D. Pedro I, km 136, Parque das Universidades. Telefones: (19) 3343-7147 e 3343-7674. E-mail: [email protected]
Jornal da PUC-Campinas
24 de novembro a 7 de dezembro/2008
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Opinião
Excelência, a criatividade e a competência
Roberto Civita
Guia do Estudante da Editora Abril nasceu com a missão de “ajudar os jovens
em um momento crucial da vida, o de
fazer sua opção profissional”. Essas foram as palavras de Victor Civita, meu pai e fundador da Abril,
na Carta do Editor, do primeiro número da publicação.
Muita coisa mudou de 1983 para cá: de 83
profissões analisadas na edição número 1, chegamos a 208 neste ano. Hoje, o Guia, uma família
de 13 títulos anuais, atende não só o estudante de
escola particular que disputa vaga na escola pública, mas também o aluno de escola pública que
começou a ter acesso à faculdade particular.
Em duas décadas e meia, assistimos a uma
expansão fabulosa nos números ligados ao Ensino
Superior. A quantidade de universidades triplicou. Existem, hoje, mais de 2 mil instituições de
Ensino Superior por todo o país. Temos, já, quase 5 milhões de universitários, mais de 20 mil
cursos, do tradicional Direito ao exótico “Produção
O
Galeria
“...Não
há futuro
sustentável
sem uma
ação
enérgica e
corajosa
a favor da
educação
da
população!”
Musical”, que despejará DJs graduados no mercado de trabalho.
O negócio da educação superior, no Brasil,
passou a girar 100 bilhões de reais por ano.
Ganhamos o posto de maior mercado de educação da América Latina. Mas ainda estamos atrás
do México e do Chile no número de alunos que
conseguimos formar. Apenas um sexto dos nossos jovens ganham o direito de cumprir um ritual
básico na passagem à idade adulta: entrar numa
faculdade. Sim, há muito a fazer quando somente 12% da população jovem brasileira chega ao ensino superior. Sim, sem dúvida muito foi feito.
O acesso ao terceiro grau está se democratizando, principalmente com o aumento de renda
do brasileiro e a expansão das escolas privadas,
que fornecem hoje mais de 70% das vagas nas
universidades. Temos assistido a um esforço, contínuo, dos órgãos competentes, em criar e aprimorar parâmetros de medição e controle da qualidade das escolas.
Temos visto empresários e lideranças brasileiras despertando para o óbvio: não há futuro sus-
tentável sem uma ação enérgica e corajosa a favor
da educação da população!
Somos testemunhas das histórias, fantásticas,
de superação de dificuldades na produção científica dos nossos acadêmicos. Temos de acelerar
tudo isso! Temos de comemorar tudo isso!
Vamos comemorar a excelência, a criatividade e a competência das Melhores Universidades
do país!
Arquivo pessoal
Roberto Civita, presidente e editor da Editora Abril
O QUE A PRÁTICA DE FORMAÇÃO ACRESCENTOU PARA A SUA FORMAÇÃO?
Fotos: Ricardo Lima
“De todas as práticas
de formação que já
fiz, nenhuma tem
relação com meu
curso. Acho que é
preciso variar o
repertório para se
conquistar uma
formação universal.
Para se ter uma idéia,
já cursei desde Gerenciando Pessoal
a Desenho”
Douglas Augusto Pinheiro de Oliveira –
Aluno do 3º ano da Faculdade
de Ciências Econômicas.
“Ainda não tive a
oportunidade de
cursar muitas
práticas de
formação, mas
pretendo escolher
aquelas que estejam
relacionadas ao meu
curso e que me
ajudem a ingressar
no mercado de trabalho. Na prática de
Marketing Pessoal, por exemplo, aprendi a me
organizar e a montar meu currículo.”
Matheus Bueno Santa Bárbara – Aluno do
1º ano da Faculdade de Administração.
“Acho que as
práticas de
formação são
importantes, pois
por meio delas é
possível conhecer
um pouco das
outras áreas, fazer
amizades e trocar
experiências com
alunos de outros
cursos. Minha turma de Defesa Pessoal tem até
comunidade no orkut.”
Maristela Fidélis A. Rodrigues – Aluna
do 4º ano da Faculdade de Nutrição.
“A prática de
formação amplia os
horizontes e permite
que o aluno transite
por diferentes áreas
do conhecimento,
agregando valor à sua
formação, por isso,
o interesse dos
estudantes é grande.
Coordeno uma
prática que já foi
cursada por quase 6 mil pessoas.”
Amarildo Carnicel – Professor da
Faculdade de Jornalismo.
“A maioria das
práticas que fiz
estão relacionadas
à atividades
diferentes e
lúdicas, pois gosto
de esportes de
aventura e quero
conhecer outros
lugares. Gostei
muito de Circuito Aquático e Cavernas.”
Maria Joana Ribeiro do Val –
Aluna do 4º ano da Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo.
“Gostaria de cursar
mais práticas de
formação relacionadas
à minha área
específica, mas para
isso seria preciso que
elas fossem oferecidas
em horários
alternativos, já que
meu curso é integral.”
Luiz Fernando Cruz
– Aluno do 2º ano da Faculdade de
Engenharia da Computação.
“As práticas que cursei
me ajudaram a ter uma
visão além do campo da
Comunicação. Acho
que a Universidade não
deve se restringir só à
sala de aula. As práticas
são importantes, pois
nem todos os alunos
têm a oportunidade de
fazer iniciação científica,
nem outras atividade do gênero.”
Aline Akemi Makinodam – Aluna do 2º ano
da Faculdade de Relações Públicas.
“Por meio das
práticas de
formação posso
aprofundar aquilo
que aprendo em
sala de aula e
conhecer
assuntos e
atividades que
não são tratados
com tanta
profundidade.”
Carolina Octaviano – Aluna do
4º ano da Faculdade de Jornalismo.
Fotos: Ricardo Lima
Imagem
FESTIVAL
GASTRÔNOMICO - Alunos
do 4º período da Faculdade de
Turismo da PUC-Campinas
promoveram, de 12 a 14 deste mês,
o Festival Gastronômico, evento que
há mais de dez anos movimenta o
curso. Este ano, o evento teve como
temática a cultura e a culinária de
Portugal, Líbano e dos povos astecas,
maias e incas. No cardápio, bacalhau,
kibe labany e arepas e frango ao
molho picante. O Festival
Gastronômico faz parte da disciplina
Laboratório de Hospedagem e
Alimentação, sob a orientação da
professora Laura
Umbelina Santi,
diretora do curso. As
apresentações foram
avaliadas por uma
banca formada por
docentes da
Instituição, parente e
amigos dos alunos.
“Chegamos
a UMA situação
EM QUE ELEVAR
a QUALIDADE
da EDUCAÇÃO
BRASILEIRA é
UMA agenda
incontornável para
OS GOVERNANTES
DO PAÍS..”
Fernando Haddad, Ministro
da Educação, 11/11/2008
04
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Jornal da PUC-Campinas
Bolsas de estudo
Oportunidades
Raquel Lima
[email protected]
P
Passar por uma universidade é, sem dúvida, uma experiência enriquecedora. Além de promover a formação profissional (e apontar direções para carreira), é um espaço de diversidade de
conhecimento, pensamento e cultura. Essa passagem pode ser ainda mais marcante quando o
estudante aproveita as diversas oportunidades que a instituição oferece, além da sala de aula, para
o seu crescimento profissional e pessoal. E o melhor: desenvolver essas atividades com bolsas de
estudo. A PUC-Campinas oferece aos alunos da graduação a chance de participar de projetos de
Iniciação Científica, Monitoria, Extensão e de estágios supervisionados. Nesta página, você também vai saber mais sobre o ProUni, o Fies e o Crédito Educativo Aplub, bolsas e financiamentos que ajudam muitos alunos, mas que muitos outros desconhecem. Aproveite!
(Colaboraram João Victor Barros e Caio Armamentano)
Fotos: Ricardo Lima
INICIAÇÃO CIENTÍFICA - Durante um ano, os alunos
INICIAÇÃO À EXTENSÃO - Qualquer aluno da gra-
ESTÁGIO - Nádia Baptista é estudante (foto) do 4º ano da
que optam pela Iniciação Científica (IC) recebem de um professor doutor um treinamento na área da pesquisa, têm a oportunidade de conviver diretamente com pesquisadores e recebem bolsa-auxílio (PIBIC/CNPq, FAPIC/Reitoria e Bolsa Fapesp) para o
desenvolvimento de suas atividades. A IC tem início em agosto e
vai até julho do ano seguinte. Para a estudante Fabiana da Silva
Podeleski (foto), do 1º ano da Faculdade de Engenharia Elétrica,
que desenvolve um projeto de rede de sensores, a atividade de
IC permite uma visão mais ampla sobre o curso e, de certa forma, também sobre o mercado de trabalho. “Posso, na prática,
entender o funcionamento de várias tecnologias e, assim, escolher qual área dentro da Engenharia posso me dedicar. É possível
estabelecer interdisciplinaridade com outras áreas”, disse.
duação PUC-Campinas pode interagir diretamente com a sociedade por meio dos Programas de Iniciação à Extensão. Marcela
Suman Pereira (foto), do 3º ano da Faculdade de Educação Física,
é bolsista no projeto Vida Nova com a PUC. Junto com bolsistas
das outras faculdades do Centro de Ciências Sociais Aplicadas
(CCSA), a aluna desenvolve atividades esportivas com crianças de
uma das regiões mais carentes da cidade (Vida Nova). “Quero ser
professora infantil e o projeto me deu a chance de sentir quais os
desafios que vou encontrar ao me formar.” Anualmente, são definidas as cotas de 12 e de 24 horas para Bolsa de Iniciação à Extensão
(BIEX). Para Voluntariado em Extensão (VEX) não há limite. Para
participar, fique atento à Publicação de Edital pela Pró-Reitoria de
Extensão e Assuntos Comunitários no site do Aluno. Atualmente,
há 94 alunos BIEX e 65 VEX.
Faculdade de Administração e afirmou que sua formação acadêmica tem um diferencial. Há quase dois anos ela faz estágio na
Câmara Americana do Comércio (AMCHAM), uma entidade
empresarial que engloba cerca de 500 empresas. “Sempre me
dediquei aos estudos e queria pôr em prática tudo o que aprendi
em sala de aula, além de ter uma vivência real do dia-a-dia de uma
empresa”, contou Nádia. A aluna disse que por meio do estágio
ela teve a oportunidade de dar início à sua carreira e que se sente mais bem preparada para ingressar no mercado de trabalho. “Estou
tendo a oportunidade de me relacionar com diversos executivos.
Isso enriquece meu aprendizado e desenvolve minha capacidade
de comunicação.” Atualmente, a PUC-Campinas possui cerca de
2 mil estagiários supervisionados.
>> Serviço
Coordenadoria de Iniciação Científica
(19) 3343-7348 / [email protected]
MONITORIA - Para os que desejam seguir carreira acadêmica, a Bolsa Monitoria da PUC-Campinas coloca o aluno em
uma posição próxima ao do professor, como é o caso de Mariana
Souza Linhares (foto), estudante do 3º ano da Faculdade de
Jornalismo, monitora na disciplina de Telejornalismo. “Auxilio os
alunos na produção de textos e gravação dos programas”, disse.
Para ser monitor, o aluno deve ter cursado a disciplina e ter sido
aprovado com, no mínimo, média 7,0, não ter mais de três dependências e ser selecionado pelo docente responsável pela matéria.
Há monitorias de 6h, 12h e 18h, remuneradas e voluntárias. Neste
ano, há 126 monitores voluntários e 379 remunerados na
Universidade.
>> Serviço
Pró-Reitoria de Graduação
(19) 3343-7027 / [email protected]
>>
Serviço
Coordenadoria Geral de Projetos de Extensão
(19) 3343-7185 / [email protected]
ProUni - A PUC-Campinas aderiu ao ProUni, com concessão
de bolsas de estudos integral para cursos de graduação e seqüencial. Hoje, há cerca de 1.500 bolsistas do ProUni na Universidade.
Para conseguir o benefício, os candidatos interessados deverão
realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), referente
ao ano vigente, e inscrever-se pela internet, no site do MEC. Os
inscritos passam por seleção. “O ProUni me deu a oportunidade que eu jamais teria. Porém, a universidade também ganha,
pois a bolsa proporciona uma troca de visões, pessoas de classes
diferentes compartilhando o mesmo ambiente de aprendizado”,
afirmou Gustavo Oliveira (foto), que ingressou na Faculdade de
Medicina em 2006.
>> Serviço
Pró-Reitoria de Graduação
(19) 3343-7027 / [email protected]
FIES - A Universidade também mantém convênio com o
Financiamento Estudantil (Fies), programa de financiamento do
MEC, pela Caixa Econômica Federal (CEF), voltado ao aluno em
situação de dificuldade financeira e com bom desempenho acadêmico. O número de vagas e detalhes do processo de inscrição
e seleção, estabelecidos pelo MEC, são divulgados na Universidade
com cartazes afixados nas Unidades Acadêmicas. Ronaldo da Cruz
Bragança (foto), 27 anos, conta com o FIES para cursar a Faculdade
de Ciências Sociais. “Somente com incentivo e programas como
o FIES é que as pessoas sem condições de pagar mensalidade
podem estudar”, disse. Hoje, há cerca de 300 alunos com Fies na
PUC-Campinas.
CRÉDITO EDUCATIVO Aplub - Bolsas de estudo parciais concedidas ao aluno em curso de graduação ou
seqüencial, em dificuldade financeira e com bom desempenho acadêmico, a serem restituídas após o término do curso.
>> Serviço - Departamento de Serviço Social ao Aluno (DSSA). (19) 3343-7253 / [email protected]
Jornal da PUC-Campinas
24 de novembro a 7 de dezembro/2008
05
Premiação
Excelência em Bem-Estar
Fotos: Ricardo Lima
Cinco cursos da
PUC-Campinas
foram reconhecidos
pelo Prêmio Melhores
Universidades,
da Editora Abril e
Banco Real
FISIOTERAPIA
Fundação - 1973
Os alunos da Faculdade de Fisioterapia fazem estágio supervisionado a partir do 3º ano do curso no
Ambulatório de Fisioterapia e no HMCP. Como
parte da grade curricular do curso, os alunos atuam
em diversas áreas, como a prevenção e recuperação
de afecções ortopédicas, reumatológicas, neurológicas, respiratórias, com habilitação para atuar em
hospitais, clínicas, instituições, academias e no
atendimento domiciliar. O Ambulatório de Fisio
recebe em média 300 pacientes por dia, encaminhados pelo SUS.
Daniela Arruda
[email protected]
A PUC-Campinas recebeu, no último
dia 10 de novembro, o Prêmio Melhores
Universidades do Guia do Estudante e
Banco Real 2008. A
Universidade foi a vencedora na categoria As
Melhores por área do
Conhecimento – Ciência
do Bem-Estar com os cursos de Educação Física,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia
Ocupacional.
Dos cinco cursos premiados, quatro estão localizados no Campus II da
Universidade. Somente a
Faculdade de Educação
Física fica no Campu I,
apesar de utilizar os laboratórios do Campus
II para as aulas de Anatomia e Fisiologia.
O reconhecimento dos cursos pelo Guia
do Estudante deu-se pela qualidade do
Projeto Pedagógico, a qualificação do corpo docente e a infra-estrutura oferecida.
Além desse tripé, a convivência com a comunidade interna e externa também foi responsável pela premiação dos cursos. No
Centro de Ciências da Vida (CCV), por
exemplo, os alunos têm a oportunidade de
estagiar em unidades básicas de saúde (os
chamados postos de saúde), além de ambulatórios, clínicas-escola e no Hospital e
Maternidade Celso Pierro (HMCP) da
PUC-Campinas.
Para o pró-reitor de Graduação da
Instituição, Germano Rigacci Júnior, um
dos diferenciais da Universidade é a qualidade do seu projeto pedagógico. “A permanente revisão do projeto pedagógico permite adequar o curso às demandas sociais”,
explicou.
FONOAUDIOLOGIA
Fundação - 1971
Aula prática
na piscina da
Clínica de Fisioterapia
no Campus II
da PUC-Campinas
Professora e
aluna em atividade
prática na Clínica
de Fonoaudiologia,
no Campus II
Os alunos da Faculdade de Fonoaudiologia
colocam em prática os conhecimentos adquiridos
em sala de aula na Clínica de Fonoaudiologia, no
HMCP e em empresas da região em que a PUCCampinas mantém convênio, entre elas o setor de
call centers, indústrias e emissoras de TV. Mais de
20% da carga horária do curso é voltada para estágios. Na Clínica de Fono foram realizados 5.118
procedimentos de janeiro a outubro deste ano,
entre avaliação audiológica e terapia fonoaudiológica nos diferentes distúrbios da comunicação
como deficiência auditiva, de voz, da aprendizagem, neurológicos, entre outros.
PSICOLOGIA
Fundação - 1971
A Faculdade de Psicologia propõe-se a formar o
psicólogo segundo o modelo do profissional-pesquisador, capaz de intervir nos mais variados campos de atuação, em diferentes contextos que
demandem análise, avaliação e intervenção, nos
processos psicológicos e psicossociais. Os alunos
podem estagiar em diferentes campos ou projetos
na área da saúde, educação e empresa, como escolas públicas, instituições de reabilitação ou do terceiro setor; clínica institucional, hospitais e área da
saúde pública e mental, além de organizações
públicas ou privadas.
TERAPIA OCUPACIONAL
Fundação - 1981
Na Faculdade de Terapia Ocupacional os estágios
começam no segundo semestre do curso, em
diversas áreas de atuação, como o Ambulatório
Adulto e o Infantil e no HMCP, como UTI, serviços junto à ortopedia e na pediatria, entre outros.
Para a comunidade externa os alunos desenvolvem
trabalhos no Centro de Saúde Escola, Casa das
Oficinas, Casa da Cultura Tainá e Centro de
Convivência Cooperativa Toninha, além do
trabalho com o Centro de Atenção Psicossocial
(Caps), da Prefeitura de Campinas. Outra
oportunidade oferecida pelo curso são os trabalho
de extensão desenvolvidos pela Faculdade. Todas
essas áreas permitem uma fundamentação na
formação do aluno, que também tem contato, no
estágio, com a área de administração e
gerenciamento dos serviços de saúde.
Aluna durante
reunião na Faculdade
de Psicologia
no Campus II
da PUC-Campinas
EDUCAÇÃO FÍSICA
Fundação - 1971
Pista de atletismo
da Faculdade de
Educação Física
Casa Adaptada
da Faculdade
de Terapia
Ocupacional
Graças à nova proposta do Projeto Pedagógico da
Faculdade de Educação, os alunos têm a chance de
se envolver com uma série de projetos e ações
interdisciplinares, que atuam diretamente junto à
comunidade interna e externa da Universidade.
Um exemplo é o projeto Saúde na Praça, que no
mês de outubro movimentou o Largo do Rosário,
em Campinas, com ações dos dez cursos do
Centro de Ciências da Vida (CCV) e quatro do
Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA).
Outra estrela do curso são as atividades complementares, que se realizam por meio de cursos ou
ações voluntárias dos alunos, para grupos sociais
distintos. Esse modelo de curso, somado às ações
interdisciplinares, repercutem diretamente na formação dos alunos.
06
24 de novembro a 7 de dezembro/2008
Jornal da PUC-Campinas
ArtCom/Apae Campinas
Troca de experiências
ArtCom/Apae Campinas
Alunos da Apae foram estagiários no Campus II
antes de serem efetivados na Universidade
Parceria com Apae Campinas
Fotos: Ricardo Lima
Inclusão
Universidade
contrata seis ex-alunos
da Associação
Ciça Toledo
[email protected]
Há um mês seis ex-alunos da Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais de
Campinas (Apae) começaram a trabalhar nos
serviços de jardinagem e limpeza do Campus
I, da PUC-Campinas. Antes de serem contratados como funcionários pela Universidade, eles foram estagiários no Campus II. Para
a diretora pedagógica da Apae Campinas,
Eliane de Fátima Trevisan Nogueira, a inclusão de ex-alunos no mercado de trabalho é
resultado da educação profissional oferecida
pela entidade.
“Os alunos passam por um treinamento
no nosso Centro de Qualificação Profissional,
depois fazem um estágio em uma das empresas parceiras e por fim são contratados. A atitude da PUC-Campinas de inserir nossos exalunos no seu quadro de funcionários é excelente, porque eles adquirem autonomia e renda”, avalia. “Das empresas parceiras, a PUCCampinas é pioneira no sentido de absorver
essas pessoas”, completa. Eliane também
comemora a atitude da Universidade de contratar seis novos ex-alunos da Apae.
A Apae também realizou um treinamento para os funcionários do Departamento de
Serviços Gerais (DSG) da Universidade,
supervisionado por Manoel Laurindo de Lima
Coutinho. “O treinamento nos capacitou a
receber adequadamente os ex-alunos da Apae”,
afirma o supervisor do DSG. Para o Gerente
de Operações da PROAD,
Aristides Viera Júnior, a
Universidade está preparada para
receber esses profissionais. “Nos
capacitamos para receber pessoas com deficiência, porque a
inclusão faz parte de nossas políticas”, declara.
A Universidade, por sua vez, também
realizou um treinamento para os encarregados do DSG, que atuam diretamente com
os ex-alunos da Apae. Segundo o gestor do
Programa de Inclusão, Lucas Camargo, o
treinamento oferecido pela Instituição é realizado todas as vezes que um funcionário
com deficiência é contratado.
No alto, Aristides Vieira
Jr, gerente de
Operações e Manuel
Lima Coutinho
supervisor do
Departamento de
Serviços Gerais; acima,
Márcio Brás Roque,
coordenador de
Cursos de Extensão
A inclusão social continua na pauta de
discussões da PUC-Campinas. Por meio
do seu Programa de Inclusão, a Universidade prepara-se para lançar duas novas
ações nos próximos meses: a segunda versão dos Colóquios Inclusivos e um curso de Capacitação em Informática, que
será oferecido aos funcionários, em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação
(PROAD) e a Associação dos Funcionários Administrativos da PUC-Campinas (AFAPUCC). Para o próximo ano,
estão previstos cursos de inglês e espanhol, entre outros projetos que envolvem o Ensino, a Pesquisa e a Extensão,
atingindo as áreas administrativa e acadêmica da Universidade. O objetivo é um
só: aprimorar projetos existentes na Instituição e lançar novos, sempre visando a
inclusão social, a capacitação de professores,
alunos, funcionários e a comunidade externa.
Para o coordenador dos Cursos de
Extensão, da Pró-Reitoria de Extensão e
Assuntos Comunitários, Márcio Antônio Brás
Roque, a receptividade do público externo
revela interesse por esse tipo de curso de extensão. “A capacitação é fundamental para o profissional saber relacionar-se com a pessoa com
deficiência”, explica. Até o momento, foram
oferecidos com sucesso o curso “Diversidade
e responsabilidade empresarial: planejando a
inclusão do portador de deficiência na empresa”, coordenado pela professora Rita Kather,
da Faculdade de Psicologia e o curso
“Semelhanças e diferenças: conhecer, respeitar e compartilhar”, ministrado pelo professor Roberto Ciasca, da Faculdade de Terapia
Ocupacional.
Colóquios Inclusivos tem nova rodada
No próximo dia 26, será realizada a segunda rodada dos Colóquios Inclusivos, que
nessa versão tem a temática da inclusão na
Universidade. O evento é promovido pela
Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEXT)da PUC-Campinas e
dirigido pela coordenadora do Centro
Interdisciplinar de Atenção ao Deficiente
(CIAD), Roberta Puccetti.
Na primeira versão dos Colóquios
Inclusivos, realizada em outubro, a Univerdade
reuniu especialistas do Brasil, Cuba e Portugal.
Para a coordenadora do CIAD, o evento serviu de momento de reflexão para todos os participantes e a experiência dos especialistas das
áreas de educação inclusiva foi fundamental
para valorizar o papel da escola nessa discus-
Ciências Pedagógicas, Guillermo Arias Beatón
e a pedagoga e professora da Faculdade de
Educação da Unicamp, Maria Teresa Eglér
Mantoan.
A organizadora do evento diz que está
havendo uma maior conscientização entre
a população brasileira sobre a temática da
inclusão social. “Antes, a sociedade não olhava para essa questão”, diz. “Com o movimento educacional e social de inclusão no
Brasil, hoje há uma preocupação maior de
como receber e conviver com essas pessoas”,
conclui. (Colaborou Daniela Arruda)
são. Participaram do evento a educadora Maria
de Fátima Pacheco, da Escola da Ponte, de
Portugal; o professor de Psicologia da
Universidade de Havana e especialista em
A educadora Maria de
Fátima Pacheco
contou a experiência
da Escola da Ponte,
de Portugal
Serviço
Interessados em saber mais sobre inclusão social de
pessoas com deficiência podem obter informações no
CIAD: (19) 3343-7116 ou [email protected]
24 de novembro a 7 de dezembro/2008
07
Sintonizando...
SintoniZandO...
Adriana Furtado
[email protected]
O rádio já foi o veículo de comunicação mais popular que existiu
no Brasil. Com o surgimento da televisão, na década de 1950, o rádio passou a ocupar o segundo lugar no ranking dos veículos com maior infiltração nos lares brasileiros. Hoje, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), há cerca de 7,5 mil emissoras de rádio espalhadas pelo país. Apesar da disputa de audiência com outros veículos de
comunicação de massa, como os jornais e, recentemente, a internet, o rádio mantém sua popularidade entre os brasileiros.
Nos primórdios da era do rádio era preciso ter um aparelho em casa e ficar girando o dial
para buscar a sintonia desejada. Com os avanços tecnológicos, no entanto, a sintonia passou a
ser digital e até por controle remoto, bastando apenas um clique em um botão.
Que houve mudanças na forma de ouvir o rádio é possível perceber, mas de que maneira
isso afetou a rotina de quem faz rádio? E mais: como conquistar novos ouvintes na era da informação instantânea e das novas tecnologias? Para o diretor de jornalismo da rádio CBN Campinas,
Edilson Damas (foto acima, à esquerda), as novas tecnologias e a interatividade entre as mídias
só trouxeram benefícios para o rádio brasileiro. “A interatividade com outras mídias permite
que o rádio esteja em vários meios, deu um novo fôlego para quem faz rádio e a qualidade
melhorou com a digitalização”, disse Damas.
Para acompanhar as novas tecnologias a Rede Bandeirantes trouxe para Campinas, há um
mês, o canal de rádio Band News, que tem em sua programação notícias instantâneas. “A Band
News foi concebida com uma linguagem moderna, baseada na informação rápida. A cada vinte minutos, as notícias são renovadas, sempre atendendo o interesse do ouvinte em estar por dentro de tudo”, explicou o diretor-geral da Band Campinas, Rodrigo Neves (foto acima, à direita).
Hoje, mesmo quem não tem um aparelho de rádio em casa consegue ouvir a programação preferida por meio de um computador ou um tocador de MP3. Aliás, se nenhuma programação agradar, é possível fazer sua própria programação por meio da web. De acordo com
o diretor da CBN, as rádios webs não são uma ameaça para as emissoras tradicionais. “É muito fácil montar uma rádio na internet, mas se não tiver conteúdo não adianta”, explica. “Por
isso continuamos a pautar nosso trabalho em cima da qualidade”.
Alunos montam Grupo de Cinema
Cerca de 20 alunos do curso de Direito da PUCCampinas participam de um grupo de cinema que tem
como objetivo, num primeiro momento, discutir questões jurídicas por meio de temáticas de filmes. A idéia
é, no próximo semestre, exibir mensalmente um filme
com debates entre professores e alunos. O projeto faz
parte do Núcleo de Estudos de Direito e Cinema, da
Faculdade de Direito, que é coordenado pelo professor Arnaldo Lemos Filho, da Faculdade de Ciências
Sociais.
No último dia 18, o grupo iniciou suas atividades
com a exibição do filme O Batismo de Sangue (foto),
de Helvecio Ratton, baseado no livro de
Frei Betto, que tem como temática a tortura sofrida pelos frades dominicanos nos
anos 60 que foram presos por terem
apoiado um grupo guerrilheiro no combate à ditadura militar no Brasil.
O debate levantou a discussão se tortura é crime político, que deve ser esquecido segundo a Lei da Anistia ou se há a
questão da responsabilização jurídica dos
agentes torturadores durante a ditadura militar, por ser um crime de lesa humanidade.
Fotos: Ricardo Lima
Resgatar a história e as
mudanças das rádios AM e FM
em Campinas é a proposta do
livro “Nas ondas do rádio: da
PRC-9 à Educativa – a trajetória
das emissoras de Campinas”, da
jornalista, professora e pesquisadora da PUC-Campinas, Ivete
Cardoso Roldão (foto). O livro é
resultado de um trabalho de três anos de pesquisa em
documentos, jornais, propagandas e entrevistas com profissionais das emissoras da cidade. Para realizar o projeto a
professora contou com a ajuda cinco alunos de Iniciação
Científica, da Faculdade de Jornalismo. “A idéia do livro
foi fazer uma linha do tempo das rádios de Campinas”,
explicou a professora. (Colaborou Ana Paula Moreira)
Serviço
O lançamento do livro Nas ondas do rádio: da PRC-9 à Educativa – a trajetória
das emissoras de Campinas, da Editora Setembro, ocorre no dia 26 de
novembro, às 19h30, na Catedral do Chopp.
SAIBA MAIS
Não importa a
freqüência, o
que vale é a
informação rápida
e eficiente
Nas ondas do rádio
MURAL
Jornal da PUC-Campinas
Confira os
principais
momentos,
que a
autora
destaca
da história
do rádio de
Campinas
“
1930 até 1950 - “Campinas tem apenas uma única emissora a PRC-9.
Primeiras experiências radialistas. Até então, só havia os sistemas de
alto-falantes nas praças da cidade”.
Década de 50 - “Fundada a Rádio Brasil AM, Rádio Cultura. Período
rico para a cidade que passa a ter três emissoras, com transmissões
esportivas e programas de auditório”.
Década de 70 - “Início tímido das rádios FMs, que tinham uma
qualidade de som melhor que as rádios AM. Começam apenas com
transmissões musicais. Surge a Rádio Cidade (1976),
Cultura FM (1976) e Educadora FM (1978)”.
Década de 80 - “O cenário do rádio começa a ser modificado, com
as rádios FMs ganhando espaço”
Década de 90 - “Programação musical com uma roupagem
destinada para o público jovem. As rádios AM investem, cada vez
mais, em uma programação popular para ganhar o público
perdido para as rádios FM”.
Anos 2000 - A Cultura FM passa a transmitir notícia em vez
de música. Surge a rádio CBN Campinas”.
Divulgação
Num segundo momento, o projeto pretende, também, discutirtemas sociais e culturais e estender essa discussão para toda a
Universidade. Guilherme Abraão, aluno do 1º
ano da Faculdade de Direito, está empolgado
com o projeto e espera ampliar os locais de
exibição e discussão dos filmes. “Queremos
levar as reuniões para os outros campi da
Universidade e, assim, aproximar a realidade dos
filmes a todos os alunos”, explica. “Outra idéia
do grupo é levar esse projeto para populações
mais carentes de Campinas”, completa o estudante.
24 de novembro a 7 de dezembro/2008
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Jornal da PUC-Campinas
Práticas de Formação
Experiência para toda a vida
Fotos: Ricardo Lima
Você já pensou em visitar cavernas, mexer
com Photoshop, conhecer o Centro Histórico
de Campinas, discutir temas sociais por meio
de temáticas de filmes, fazer uma série de cursos e até retiro espiritual enquanto cursa a
faculdade? Na PUC-Campinas isso é possível graças ao projeto inovador das Práticas de
Formação.
“O projeto, desenvolvido pela Pró-Reitoria
de Graduação (PROGRAD), constitui um
importante espaço de flexibilização curricular, visando a formação integral de nossos alunos”, diz o pró-reitor de graduação, Germano
Rigacci Júnior. As Práticas de Formação já despertam a atenção de outras Instituições do país
pela proposta inédita de oferecer oportunidades para os alunos ampliarem seu conhecimento e enriquecerem sua formação por meio
de atividades artísticas, culturais, desportivas,
de autoconhecimento, de cidadania, de ética,
meio ambiente e religiosas. Para a coordenadora das Práticas de Formação, Carmen Sílvia
Verri Ventura, as Práticas também são oportunidades para o estudante conviver com professores e alunos de outras áreas do conhecimento. “As atividades inserem valores éticos,
sociais e culturais que são fundamentais na
vida universitária e na formação dos alunos”,
explica.
Quem passa pelo centro da cidade e vê o
professor João Verde, da Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo, andando pelas ruas
ao lado de um grupo de alunos, não imagina
que, naquele dia, está acontecendo mais um
encontro da Prática de Formação “O desenvolvimento de Campinas de 1800 a 1929”,
que tem como proposta visitar o Centro
Histórico da cidade. A Prática acontece durante a semana e aos sábados, e inclui um passeio
pela Maria Fumaça. “Os alunos têm a chance de conhecer melhor a cidade, valorizar sua
história e também fazer novas amizades”, analisa o professor.
O estudante Pedro Henrique Bello de
Moura, do 2º ano de Engenharia Ambiental,
fez a Prática de Formação “Cavernas, esporte ou ciência?”, dirigida pelo professor José
Antonio Scaleante, da Faculdade de Turismo,
que também oferece outra Prática de Formação de visita às cavernas do PETAR. “A
Prática foi um estudo complementar do que
vejo na sala de aula”, diz. Giovana Giovelli
Reggiani, do 4º ano de Turismo, admite ter
feito a Prática de Formação de caverna, em
Ipeúna (SP) por pura curiosidade. “Ouvi tantos elogios da Prática que resolvi fazer. No
fim, vi que ela tem tudo a ver com a minha
formação”, conta. Para o professor Scala, como
é conhecido na Universidade, as Práticas discutem a questão ambiental, importante para
a formação dos alunos.
O professor Arnaldo Lemos Filho, da
Faculdade de Ciências Sociais, encontrou uma
maneira de conciliar a paixão pela docência com
o cinema: as Práticas de Formação. “O cinema
pode fomentar uma rica discussão sobre vários
temas e também ser um pretexto para ver um
bom filme”, explica.
De segunda a sábado acontecem as Práticas
de Formação de Corel Draw e o Photoshop,
dirigidas pelo professor Onofre dos Santos
Júnior, da Faculdade de Artes Visuais. “Aprender
a trabalhar com esses softwares é útil tanto para
a vida acadêmica do aluno, como para seus trabalhos profissionais”, diz.
V
NOVIDADES PARA 2009
Alunos podem
escolher entre
120 atividades de
diferentes áreas
do conhecimento
A PUC-Campinas realizará, de 2 a 7 de
fevereiro de 2009, a Semana Especial de
Práticas de Formação, que oferecerá cerca
de 80 turmas de Práticas de Formação, com
carga horária de 17 horas/aula. A novidade
atenderá prioritariamente cerca de 2.100
alunos concluintes, de diversos cursos de
graduação. “Será um mutirão nos três
períodos de aula”, explica a coordenadora
das Práticas de Formação da PUCCampinas, Carmen Sílvia Verri Ventura.
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Ciça Toledo
[email protected]
Prática ministrada pelo professor João Verde teve visita ao centro de Campinas
A aluna Giovana Reggiani, da Faculdade de Turismo
na Caverna do PETAR (no alto) e passeio em Ipeúna
SAIBA MAIS
Professor Onofre dos Santos Júnior, durante Prática de Formação Photoshop, no Laboratório de Informática
As Práticas de Formação
são atividades complementares, de curta duração, que integram o
currículo de todos os
cursos de graduação da
PUC-Campinas e que
devem ser cumpridas
pelos alunos fora dos
turnos da grade curricular
regular dos cursos. O
objetivo é possibilitar a
vivência acadêmica e o
enriquecimento da
formação humanística,
profissional e universitária
do aluno. As atividades
podem ser desenvolvidas
em minicursos, oficinas,
vivências, atividades de
campo, visitas técnicas,
seminários, entre outras
atividades. Hoje, são
oferecidas cerca de 120
práticas de formação e o
aluno poderá cursar, por
semestre, um ou dois
créditos de 17 horas/aula.
Em 2005, a Universidade
introduziu a Prática de
Formação Acompanhamento Acadêmico do
Aluno (PAAA), de 17
horas/aula, que é obrigatória para os ingressantes
e tem como principal
objetivo acolher o estudante na Universidade e
contribuir para a sua inserção no meio acadêmico.
Hoje, a PAAA está na terceira fase e é optativa para
o aluno veterano.
>> Serviço
Professor Arnaldo Lemos, durante Prática de Formação no Campus Central
Mais informações sobre
as Práticas de Formação
estão no site
www.puc-campinas.edu.br
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O Projeto das Práticas de Formação, importante - PUC