olhado por nós através do curso da história,
todas que nos acolheram em seus braços e
que nos alimentaram, no fundo são uma e
única: “Ela”, Ísis (a que nenhum mortal
levantou o véu), a Bendita Deusa Mãe do
Mundo.
No princípio “ELOHIM” criou o mundo...
“Elohim” em Hebraico significa “Deusas e
Deuses”. Assim pois, a palavra “Elohim” é
igualmente masculina e feminina. E por isto,
o Mestre Samael nos disse que é absurdo
supor que só o homem pode chegar à
Autorrealização
Íntima
do
Ser,
à
Cristificação, uma vez que “Elohim”
significa “Deuses e Deusas”. Portanto, as
mulheres também podem chegar à
Cristificação, podem chegar tão alto quanto
o homem; o homem não pode mais que a
mulher, nem a mulher é mais que homem.
Se Deus resplandece através das Cleópatras
da Ilha Elefantina, das Vestais do Egito e da
Pérsia, da Grécia, de Roma e de Siracusa,
também resplandece gloriosamente através
das mulheres de cada tempo e de cada época, e através da mãe que aquece o filho em
seus braços.
O princípio feminino universal resplandece
em cada pedra, no leito de cada riacho, nas
montanhas, nas árvores, em toda a Natureza.
Resplandece o princípio feminino em toda a
ave que voa taciturna e que regressa a seu
ninho para embalar seus filhos, no peixe que
desliza entre as profundidades do
tempestuoso mar, e entre as feras mais
terríveis da natureza.
O princípio feminino resplandece nas
estrelas, pois estas têm as polaridades
masculinas e femininas, e esses Raios do
Eterno Feminino, vindos dos luzeiros mais
longínquos, se aninham no coração de toda
mulher que tem resplandecido com a
dissolução do ego e com a Cristificação.
As colunas “Jaquim” e “Boas” de todo
Templo estão presentes também no TemploCoração; as Colunas Masculina e Feminina
não estão demasiado perto nem demasiado
longe: há um espaço entre ambas para que a
LUZ possa penetrar entre elas.
E como diz Khalil Gibran, no poema
intitulado “O casamento” do livro O Profeta:
Mantende-vos juntos, mas nunca
demasiado próximos:
Porque os pilares do templo elevam-se,
distanciados,
E o carvalho e o cipreste não crescem à
sombra um do outro.
O Eterno Feminino faz um compasso
maravilhoso com O Eterno Masculino para
criar e voltar novamente a criar. O Eterno
Feminino trabalha intensamente na Criação;
o Eterno Feminino é o raio que desperta as
consciências adormecidas dos homens.
Considerações Finais
As qualidades e sacerdócios da Grande Mãe
são desdobrados em tudo quanto existe.
Toda ela é misericórdia e compaixão. A Fada
usa a sua varinha mágica e atende aos
prantos dos seus filhos, fazendo renascer nos
seus corações a alegria, a serenidade e a luz.
A exaltação das qualidades da Mãe cria a
certeza que sustenta o Espírito. A todo
instante a sua vinda anuncia uma nova era
de esperança e de fraternidade. E, no
entanto, quantas vezes o ser humano se
envolveu em nome da Mãe em conflitos
inúteis? Negando a sua existência quando
isso não servia a sua causa ou, pelo
contrário, marcando a sua supremacia para
justificar as suas ações assassinas e
discriminatórias.
“Pudesse eu brilhar como Ré, Tendo
afastado tudo que é falso;
Pudesse eu ser como Tot, tendo afastado
toda a forma de egoísmos e ciúmes.
Pudesse eu tornar-me Maat, que a minha
palavra seja Verdade, Justiça e Ordem;
Tendo afastado a mentira e a perfídia;
Através de mim, a minha Maat apresentase perante Ré, possa eu brilhar todos os
dias,
Como aquele que é o horizonte do Céu”
(A Rainha das Fadas)
Sem o auxílio e a infindável misericórdia da
nossa Divina Mãe Kundalini nada disto
seria, um dia, possível, e é por isto que,
segurando nas mãos dela, seguimos mesmo
que em passos vacilantes, e em cada queda
levantamos por amor de seu nome.
Paz inverencial…
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Considerações Finais