Quinta-feira, 18 de agosto de 2011
20ª. Do Tempo Comum, Ano Impar, 4ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Branca
Santos: Agapito de Palestrina (mártir), Ângelo D´Agostini, Alípio de Tagaste (bispo), Dagano de Iniskin (bispo), Helena (330,
mãe de Constantino, convertida ao cristianismo), Ivan de Ayrshire (eremita), Firmino de Metz (bispo), Florêncio e Lauro
(mártires em Constantinopla), Hermes, Serapião e Polieno (mártires), João e Crispo (mártires), Leão e Juliana (mártires),
Máximo e Próculo (mártires), Polieno.
Antífona: O justo medita a sabedoria e sua palavra ensina a justiça, pois traz no coração a lei de seu Deus. (Sl 36, 30-31)
Oração do Dia: Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhares não odem ver; acendei em nossos
corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos aos encontro das vossas
promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
I Leitura: Juízes (Jz 11, 29-39a)
Jetfé fez uma promessa
Naqueles dias, 29o espírito do Senhor veio sobre Jefté e ele, atravessando Galaad e Manassés,
passou por Masfa e Galaad e de lá marchou contra os filhos de Amon. 30E Jefté fez um voto ao
Senhor, dizendo: "Se entregares os amonitas em minhas mãos, 31a primeira pessoa que sair da
porta de minha casa para vir ao meu encontro, quando eu voltar vencedor sobre os amonitas,
pertencerá ao Senhor e eu a oferecerei em holocausto". 32Jefté passou às terras dos amonitas para
combater contra eles, e o Senhor entregou-os em suas mãos. 33E Jefté fez uma grande mortandade
em vinte cidades, desde Aroer até a entrada de Menit e até Abel-Carmim, e assim os filhos de
Amon foram subjugados pelos filhos de Israel.
34
Quando Jefté voltou para sua casa em Masfa, sua filha veio-lhe ao encontro, dançando ao som do
tamborim. Era a sua única filha, pois não tinha mais filhos. 35Ao vê-la, rasgou as vestes e bradou:
"Ai! Minha filha, tu me prostraste de dor! És a causa da minha desgraça! Pois fiz uma promessa ao
Senhor e não posso voltar atrás". 36Então ela respondeu: "Meu pai, se fizeste um voto ao Senhor,
trata-me segundo o que prometeste, porque o Senhor concedeu que te vingasses de teus inimigos,
os amonitas". 37Depois, disse ao pai: "Concede-me apenas o que te peço: deixa-me livre dois
meses para ir vagar pelos montes com minhas companheiras e chorar a minha virgindade". 38"Vai!",
respondeu ele. E deixou-a partir por dois meses. Ela foi com suas companheiras chorar pelos
montes a sua virgindade. 39aPassados os dois meses voltou para o seu pai e ele cumpriu o voto que
tinha feito. Palavra do Senhor!
Comentando a I Leitura
A primeira pessoa que sair de minha casa pertencerá
ao Senhor e eu a oferecerei em holocausto
Também através de fatos pecaminosos, a Bíblia propõe lições de salvação. A palavra dada deve ser
mantida mesmo a duras penas, mas ai de quem a empenha levianamente, como Jefté! Antes de
tudo, ele age de modo supersticioso, querendo oferecer a Deus um sacrifício humano, como faziam
os cananeus (Jz 3,6-8), e designa a pessoa ignorando quem será ela. Esta idolatria recai sobre ele e
vai envolver sua própria filha única. Com razão este episódio trágico nos choca: trata-se de uma
religiosidade falsa, desumana. Entretanto, nossa civilização não está manchada por "sacrifícios
humanos"? Criaturas mortas no ventre materno, povos famintos, roubos e seqüestros que acabam
em homicídios, represálias e saques indiscriminados, guerras favorecidas por interesses das grandes
potências, riscos de vida em competições loucas. Jesus nos adverte que a ira e o ódio são homicídio,
e nos ensina a não jurarmos de modo algum, mas sermos leais corajosa e conscientemente. [Missal
Cotidiano, © Paulus, 1997]
Evangelho do Dia
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Salmo: 39(40), 5.7-8a.8b-9.10 (R/.cf 8a e 9a)
Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade Senhor!
É feliz quem a Deus se confia; quem não segue os que adoram os ídolos e se perdem por falsos
caminhos.
Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem
vítimas, holocaustos por nossos pecados. E então eu vos disse: "Eis que venho!"
Sobre mim está escrito no livro: "Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa
lei!"
Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembléia; vós sabeis: não fechei os meus
lábios!
Evangelho: Mateus (Mt 22, 1-14)
Muitos são chamados e poucos são escolhidos
Naquele tempo, 1Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo,
2
dizendo: "O reino dos céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho.
3
E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram
vir.
4
O rei mandou outros empregados, dizendo: `Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois
e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!' 5Mas os convidados
não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros
agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.
7
O rei ficou indignado e mandou suas tropas, para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade
deles. 8Em seguida, o rei disse aos empregados:`A festa de casamento está pronta, mas os
convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide até às encruzilhadas dos caminhos e convidai para
a festa todos os que encontrardes'.
10
Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons.
E a sala da festa ficou cheia de convidados. 11Quando o rei entrou para ver os convidados, observou
ali um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: `Amigo, como entraste aqui
sem o traje de festa?' Mas o homem nada respondeu.
13
Então o rei disse aos que serviam:`Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na
escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes'. 14Por que muitos são chamados, e poucos são
escolhidos". Palavra da Salvação!
Comentário o Evangelho
Chamados e escolhidos
O pano de fundo da parábola evangélica é a obstinada recusa, por parte de certas facções judaicas,
de acolher Jesus e deixar-se tocar por suas palavras. Tal atitude com relação ao Filho pode ser
interpretada dentro de um contexto histórico mais amplo. Assemelha-se à atitude do povo de Israel,
ao longo da História, com relação ao Pai. Logo, nenhuma novidade! Apenas deixam patente sua
dureza de coração para acolher os apelos de Deus, nos seus variados modos e nos mais diferentes
momentos da História.
O lauto banquete preparado pelo rei, por ocasião das bodas de seu filho, revela o imenso amor de
Deus por seu povo eleito. O reinado de Deus apresenta-se, portanto, sob a figura de um banquete
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de bodas.
A reação dos convidados. Porém, é surpreendente: recusam-se a participar desta festa, dando mais
importância a seus negócios pessoais. E, para o cúmulo do absurdo, até chegam a insultar e a matar
os servos do rei - os profetas - enviados para convida-los ao banquete.
Não é de se admirar que o rei tenha punido exemplarmente aqueles servos insensatos, e tenha
convidado para o banquete outras pessoas, mais sensíveis a seu convite.
Quem teve a honra de ser chamado, acabou por não ser escolhido para participar do Reino de Deus
instaurado por Jesus. Escolhidos foram os pecadores que vagavam sem rumo pelos caminhos do
mundo. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]
Para sua reflexão: O rei pai representa obviamente Deus, e Jesus é seu filho, príncipe herdeiro
(não pode ser sucessor). Não se menciona a noiva, cujo lugar, com menor coerência, os convidados
ocupam. O banquete expressa a alegria do casamento: representa a participação da Igreja e aponta
para a consumação escatológica. Os enviados são os profetas e, no horizonte Eclésia de Mateus, os
pregadores do evangelho. (Bíblia do Peregrino)
Oração da assembleia (Liturgia Diária)
 Pela Igreja de Jesus e seus ministros, rezemos. Senhor, escutai a nossa prece.
 Pelas crianças e jovens da catequese, rezemos.
 Pelos missionários, religiosos e irmãos leigos, rezemos.
 Pelos que se preparam para o casamento, rezemos.
 Por todos nós aqui reunidos em assembleia, rezemos.
 (outras intenções)
Oração sobre as Oferendas:
Acolhei, ó Deus, estas nossa oferendas, pelas quais entramos em comunhão convosco, oferecendovos o que nos destes, e recebendo-vos em nós.. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
No Senhor se encontra toda a graça e copiosa redenção. (Sl 129,7)
Oração Depois da Comunhão:
Unidos a Cristo por este sacramento, nós vos imploramos, ó Deus, que, assemelhando-nos a ele
aqui na terra, participemos no céu da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.
Santa Helena
Segundo a lei romana, um matrimônio não era reconhecido se celebrado entre um patrício e uma
plebeia, e foi isso que aconteceu com Helena. Tendo se casado com um patrício, essa moça, vinda
de família plebeia, foi considerada uma simples concubina. Quando seu marido, Constâncio Cloro,
teve o título de Augusto, teve de abandoná-la, deixando-lhe uma criança nos braços. Foi através de
Constantino, seu filho, que Helena pôde ter a honra mais desejada de sua vida: teve o título de
Augusta, quando este se tornou Imperador de Roma. Constantino deu início a uma pacífica obra de
reconstrução, que incluía a paz com o Cristianismo. Alguns atribuem a Constantino a conversão de
sua mãe, enquanto outros dizem, ao contrário, que foi Helena quem o converteu, devido ao fervor
religioso que lhe caracterizava a existência. Helena foi para as escavações do túmulo de Cristo e foi
a responsável pela reinvenção, ou seja, o reencontro da cruz, em 326. Empolgada com a
descoberta, reencontrou ainda a gruta do nascimento de Jesus em Belém e o lugar sobre o Monte
das Oliveiras onde Jesus esteve com os discípulos antes de subir aos céus. Em homenagem a ela, foi
construída uma basílica no Monte das Oliveiras com o nome de Helena.
Evangelho do Dia
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Família, Pessoa e Sociedade
Dom Milton Kenan Junior, Bispo Auxiliar de São Paulo - SP
Estamos em plena Semana Nacional da Família (SNF), celebrada pela Igreja do Brasil. Quantas
comunidades, constituídas por milhares de famílias, reunem-se para refletir, rezar, pensar a vida e a
missão da família, diante dos desafios que a realidade em que vive lhe impõe.
O tema “Família, Pessoa e Sociedade” da SNF 2011 sugere alguns aspectos que merecem nossa
atenção e nossa abordagem durante esta Semana, e a partir dela, nos muitos encontros e
atividades, que se realizam no decorrer do ano, relacionados à vida e missão das famílias.
A Família, podemos afirmar, em primeiro lugar, é a promotora da dignidade e felicidade das
pessoas. Quando jovem sempre ouvia de um tio muito querido uma história em que ele dizia
brincando que à primeira vista a maior parte dos problemas que enfrentamos são gerados pela
família: a difícil convivência entre pais e filhos, o relacionamento conjugal, o conflito das gerações, a
manutenção do lar, a educação da prole, etc. Entretanto, num olhar mais aprofundado não pode-se
negar, afirmava ele mais seriamente, as maiores alegrias também as encontramos na família: a
alegria da paternidade e maternidade com a chegada dos filhos, a cumplicidade do casal que ao
longo dos anos amadurece-os fazendo crescer a unidade de vida e de amor, a superação dos
conflitos e a presença solidária que a família oferece no momento em que cada um tem que
enfrentar o sofrimento, a enfermidade e a morte.
Sim, a Família é Dom preciso e indispensável à nossa felicidade e a nossa realização! É nela que
aprendemos a ser gente, e gente feliz! Por mais que queiram afirmar o contrário, até hoje nenhuma
outra instituição foi capaz de fazer o que a família faz! Há falhas, limites, contradições? Sem dúvida!
Embora de natureza divina, a família é uma realidade humana, histórica, e por isso passível de
falhas e contrastes! Mas, ninguém melhor do que a família cumpre o papel de formar e educar para
a vida. Investir na família é assegurar uma sociedade mais feliz!
Há poucos dias ouvia no noticiário de uma grande radio da cidade S. Paulo, que em alguns países,
hoje, há um grande interesse em sustentar e apoiar projetos sociais, cujos recursos e custos ficam
muito abaixo do que os despendidos em instituições de reeducação e correção, cujos efeitos nem
sempre correspondem aos recursos aplicados. Por que não investir na Família, se os fatos
comprovam que família apoiada e equilibrada gera cidadãos de bem, capazes de manter a qualidade
de vida da sociedade que vivemos?
Num outro dia eu ouvia também alguém dizer que nas muitas vezes que esteve na Fundação Casa
que acolhe adolescentes e jovens infratores, nunca encontrou um jovem ali que tenha sido assistido
pela Pastoral da Criança, ou seja, dificilmente alguém que tenha uma família constituída e amparada
irá enveredar por caminhos do crime e da delinquência.
A Igreja não se cansa de dizer da importância da missão da Família no mundo de hoje! O Beato
Papa João Paulo II já disse: “O futuro de humanidade passa pelo futuro da família”!
Em junho passado, na sua visita à Croácia, o Papa Bento XVI dedicou à Família um dos seus
discursos, publicado pelo Jornal Osservatore Romano em 11.06.2011 com o título: “Famílias abertas
à vida recurso para o futuro”. Entre muitas afirmações importantes, o Papa faz um grande apelo às
famílias: “Mostrai com o vosso testemunho de vida que é possível amar, como Cristo, sem reservas,
que não é preciso ter medo de assumir um compromisso com outra pessoa. Queridas famílias,
alegrai-vos com a paternidade e a maternidade! A abertura à vida é sinal de abertura ao futuro, de
confiança no futuro, tal como o respeito da moral natural, antes que mortificar a pessoa, liberta-a. O
bem da família é igualmente o bem da Igreja.”
Falar da importância da Família à Sociedade é reconhecer que a convivência pacífica e harmoniosa
entre nações, povos e indivíduos exige valorizar e investir na família. Não são poucos os desafios
que a família enfrenta e que dificulta a realização da sua missão: desde a mentalidade caracterizada
Evangelho do Dia
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por um nefasto relativismo que solapa convicções e compromete a sua harmonia e sustentabilidade,
patrocinando formas estereotipadas de convivência, o controle da natalidade, a destruição de lares;
merecem também a nossa atenção aquelas situações que colocam em risco a sobrevivência de
muitas famílias: a falta de saneamento básico, o difícil acesso à escola, o número reduzido de
creches onde as famílias mais pobres podem colocar seus filhos, a fim de assegurar o acesso ao
trabalho; as condições desumanas dos lares, muitas vezes construídos em locais de risco; a falta de
assistência e acompanhamento médico e unidades hospitalares nos bairros mais pobres, a ausência
de políticas publicas que garantam às famílias recursos para a geração de renda e preservação dos
valores culturais e religiosos que possuem.
O empenho pela família exige de nós também a consciência da responsabilidade da Igreja em
formar verdadeiras famílias cristãs. E, certamente, este será o contributo mais precioso que a Igreja
pode oferecer à família e à sociedade do nosso tempo. O Papa Bento XVI no mesmo discurso, acima
citado, diz: “Cada um bem sabe como a família cristã é um sinal especial da presença e do amor de
Cristo e como está chamada a dar uma contribuição específica e insubstituível para a
evangelização.”
Hoje, não são poucas as famílias que no interior da Igreja, através de muitas associações,
movimentos e pastorais, procuram conhecer, crescer e vivenciar a sua fé. Elas, por sua vez, são o
testemunho mais bonito da vitalidade da Igreja e, ao mesmo tempo, oferecem ao mundo o mais
precioso serviço capaz de manter vivo o amor, fundado na verdade e na alegria de viver em
comunhão!
Amemos nossas famílias! Delas depende nosso futuro! Elas são para nós um dos mais eloquentes
testemunho da esperança que, como diz o poeta, embora entre as irmãs fé e caridade seja a mais
pequena é a que tem a força de arrastar consigo as irmãs que a acompanham! [Fonte: CNBB]
Os pais educam e formam um filho, não tanto pelos conselhos que
dão, mas por aquilo que são e fazem. (Frei Anselmo Fracasso)
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Segunda-feira, 3 de março de 2003