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quarta
A GAZETA
CUIABÁ, 20 DE JUNHO DE 2012
CRIME EM 1986 Helena Yloise, acusada de ordenar morte há 26 anos, seria julgada hoje
Adiado júri de delegada
LISÂNIA GHISI
DA REDAÇÃO
O julgamento da delegada Helena Yloise
de Miranda, acusada de participar da morte de
Basílio Bogado Ávila, em 1986, deveria ocorrer hoje (20), mas foi adiado para o dia 28 de
agosto, às 8 horas. A transferência se deve ao
fato de a delegada não ter sido intimada sobre
a data de enfrentar o banco dos réus. Além dela, outras 3 pessoas também serão julgadas,
sendo 2 agentes da Polícia Civil, Francisco
Dias Lourenço e João Luiz Campos Lemos, e
Jorge Aparecido Franco, que na época também
atuava na Polícia, mas hoje trabalha como engenheiro clínico. Basílio foi encontrado morto
próximo ao km 71, da BR-364, que dá acesso
à localidade de São Vicente. Mesmo sendo
acusada de participar do crime, Helena Miranda ainda está atuando e atualmente é responsável pela delegacia de Nova Monte Verde e ain-
da responde por Apiacás e Nova Bandeirantes.
Os 4 réus estão sendo acusados pelo crime de
homicídio qualificado. Helena Yloise responde a outro processo criminal, resultante da
Operação Arrego, quando foi presa em 2007
Basílio foi preso no
dia 22 de novembro de
1986, acusado de tentativa de furto e tráfico de
drogas. De acordo com o
MP, ele foi detido sem
motivos reais, já que não
houve flagrante e sequer
havia ordem judicial para
a prisão. Basílio estava
na casa da mãe, em Cuiabá, com uma quantia em
dinheiro, relógio de ouro e um anel de brilhante.
Ele era garimpeiro e durante o tempo que ficou
preso foi pressionado a confessar os crimes.
O homem ficou detido na antiga delega-
cia do bairro CPA III até o dia 23 de novembro de 1986, quando Helena Yloise solicitou
que os policiais Candelário Carmo dos Santos
e Domingo Francisco da
Graça, que estavam
de plantão, fossem atender uma
chamada, por
volta das 18h30.
A ocorrência era
falsa e a intenção
era despistar os policiais. Consta no
processo que, por
volta das 16 horas,
Basílio teria sido liberado. “A delegada
fez, a próprio punho, um termo de soltura que
possuía a assinatura da vítima, porém exames
grafológicos confirmaram que a letra foi forjada. Além disso, o depoimento de Candelário
Helena Yloise
também responde
por uso de documento falso
e foi citada em homicídio
ocorrido em 1991
informava que até às 18h30, quando deixou a
sede da delegacia, mesmo existindo o documento de soltura, ele ainda continuava preso”,
explica o promotor de Justiça João Gadelha.
Com a saída dos 2 policiais civis, em um
Fusca de cor branca e sem placas, o homem foi
levado para a região de São Vicente, onde foi
executado. Candelário Carmo informou que a
delegada era proprietária de um veículo semelhante ao utilizado no crime. O depoimento de
José Umberto da Cunha, quem localizou o corpo de Basílio, também reforça a participação da
delegada. “Ele (José Umberto) ouviu barulhos
de carro, parecido com um Fusca ou uma Brasília, e de 4 disparos”. A Polícia Civil, por meio da
assessoria de imprensa, informou que Helena
Yloise continua atuando, pois não houve pedido
judicial solicitando seu afastamento. A reportagem tentou contato com a delegada, mas funcionários da unidade em Nova Monte Verde informaram que a mesma estava viajando.
Otmar de Oliveira
Julgamento estava marcado para esta quarta-feira no Fórum da Capital, mas a delegada Helena Yloise, atualmente na comarca de Nova Monte Verde, não foi notificada
Sentença está
conclusa ao juiz
LISÂNIA GHISI
DA REDAÇÃO
O processo judicial referente à Operação Arrego, desencadeada em outubro de 2007 pelo
Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), já está concluso para
sentença. A informação é do titular da Vara Especializada Contra
o Crime Organizado, Ordem Tributária e Econômica e Administração Pública, juiz José Arimatéa
Neves Costa. Ele destacou que a
decisão sobre o caso deve ser proferida até agosto deste ano.
A operação que culminou na
prisão de outras 16 pessoas, incluindo a delegada Helena Yloise
de Miranda, que na época atuava
no município de Cláudia (620 km
ao norte da Capital), desarticulou
o esquema de jogo do bicho em
Mato Grosso, que chegou a ser gerenciado dentro da Penitenciária
Central do Estado (PCE), em
Cuiabá. Segundo consta da denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), Helena
Yloise e o delegado Richard Damasceno, que coordenava Sinop,
eram responsáveis por manter o
monopólio de João Arcanjo Ribeiro na região norte de Mato Grosso.
Os dois ficaram presos durante cerca de 3 meses, porém
deixaram a cadeia devido a um
habeas corpus concedido pela
Justiça Estadual. Em fevereiro de
2008, as investigações foram concluídas e Helena Yloise e Richard
Damasceno passaram a responder
criminalmente por corrupção passiva e formação de quadrilha.
Com a soltura, a delegada foi removida para o município de Vera
(458 km ao norte de Cuiabá), 6
meses após a operação.
João Arcanjo Ribeiro foi
preso em 2002. Atualmente ele
está na penitenciária federal de
segurança máxima em Campo
Grande (MS). O líder da organização criminosa também responde por crimes de homicídio, sendo um deles o do empresário Domingos Sávio Brandão.
MORTE DE AGENTE
Família continua em dificuldades
GLÁUCIO NOGUEIRA
DA REDAÇÃO
O inquérito que apura a
morte do agente prisional Wesley
da Silva Santos, 24, e do reeducando Uenes Brito, após motim
na Penitenciária Central do Estado (PCE) há exato um ano, ainda
não foi concluído. A família do
servidor reclama da lentidão na
apuração sobre a causa da morte
por parte da Polícia e da Justiça
que ainda não concedeu a pensão
pedida, no valor de 50% do salário do agente, cerca de R$ 860.
Dirce Maria da Silva, 51,
conta que a vida mudou após a
morte do agente. Era Santos o responsável pelo sustento da mãe,
que hoje sobrevive com R$ 150,
que recebe como lavadeira e do
apoio de outros familiares. “Usaram meu filho e agora que ele se
foi me deixaram de lado. Não tenho direito de saber nem o que
aconteceu lá dentro”.
A ação em que Dirce pede a
pensão inclui uma indenização
por danos morais, no valor de R$
272 mil. Ela conta que a única ajuda recebida, 1 ano após o crime,
foi o custeio do enterro do agente,
no município de Nortelândia (253
km a médio-norte da Capital). “O
valor dos plantões que ele havia
feito antes de morrer foram depositados, mas ficaram para o pagamento de tarifas bancárias”.
De acordo com o Tribunal
de Justiça de Mato Grosso
(TJ/MT), o processo encontra-se
na fase em que o Estado e os advogados de Dirce devem indicar
quais provas deverão produzir
para o julgamento do mérito. Em
agosto do ano passado, a liminar
pleiteada pela Defensoria Pública para que se iniciassem imediatamente os pagamentos da
pensão foi negada.
Na esfera criminal, o inquérito é presidido pela delegada Anaíde de Barros. Ela afirma
que irá retomar os depoimentos,
cerca de 50, para elucidar o caso. A maior controvérsia fica por
conta da causa da morte do
agente, que cumpria seu quarto
plantão. Ainda não se sabe se um
golpe de chuço, arma artesanal,
vitimou o servidor ou um tiro
disparado por um policial militar
que tentava conter o motim, em
20 de junho do ano passado. Uenes foi morto com 5 tiros.
Chico Ferreira/Arquivo
Motim registrou também a morte de reeducando em circunstâncias ainda duvidosas
Z análise
A
Wilson Fuá
s pessoas querem acertar sempre sem
antes tentar, é como viver sem objetivo
definido, é não ter alvo para mirar, e vão
levando as suas vidas pensando que tudo já está
previsto, passam a mirar em vários alvos imaginários, vivendo sem amor e por isso não são amados,
e antes mesmos de definir uma conquista faz-se a
mira, e dispara em direção a um alvo imaginário e
com certeza acertará o nada real, e depois pintará no alvo, um rosto de uma
possível conquista, mas ela não estará
lá. Existem pessoas dependentes de tudo, que não dão o primeiro passo por
medo de errar, utilizando a imagem memorizada de
pessoas perfeitas, segue a vida imaginando que
elas irão lhes dar a felicidade em forma de plena
alegria, e que isto lhe trará a ausência de sofrimentos e bem estar continuo, mas saiba que sentado ou esperando carona nos caminhos da vida, não
conseguirá ser feliz.
A vida é uma tentativa de erros e acertos, e assim vamos até entender porque você nasceu aqui, ou
o que você está fazendo aqui e qual a sua missão
aqui? Muitas pessoas por não ter uma missão bem
definida, ficam eternamente descontentes com elas
mesmas, não têm visão periférica e por isso não valorizam e agradecem as bênçãos que recebem: pelo
que comem ; pelo que vestem; pelo lugar que vivem;
pela família que têm; pelas amizades verdadeiras
que sempre está ao seu lado e pelas pessoas que os
cia, é ter consciência da realidade que vivemos e
que servirá de ponte para a verdade, porque tudo
que acontece em nossas vidas têm as mãos de Deus.
Estabelecer atos de boa vontade para com os
outros, ser o seu próprio seguidor e não querer ser
um semideus para mudar a natureza do seu ser conforme os seus desejos ou conforme o modismo, este
sim é caminhar para a paz interior. O principal é
sim, vão em busca de tesouros indicados pelo rumo
e pelas cores do arco-íris, mas por não ter fé todos
os seus passos são passos encalços. O sentimento
de crer se manifesta em nós à medida que nos afastamos da futilidade. A medida que damos os nossos
passos seguidos pelo nosso coração, vamos em direção de um interruptor que acenderá a luz da nossa vida, mas muitos pensam que a sua luz é acumular bens e esquecem que essa luz é interna, que se expande de tal maneira, e que
ao caminhar sem medo e sem olhar para
trás, passa a compreender o sentido da
vida e vivendo absolvido pelas experiências do passado, mas vive o presente em busca do
possível, com certeza terá um futuro iluminado, não
existe a hora certa ou errada, só existe o momento
atual: descomplique a sua vida e seja verdadeiro
em seus sentimentos, e que fatalmente terá uma vida
iluminada diante da presença da fé.
Os objetivos não são os alvos imaginários
amam sem pedir nada em troca. As pessoas são consumidas pela rotina, e passam a ser descartadores
de sentimentos, vão casando e descasando até entender que o errado nos relacionamentos é ele mesmo e por isso não celebram o que conquistam. Muitas e muitas vezes somos obrigados a nos conformar
com as conquistas do passado, porque não temos
nada de novo. Saber agradecer e festejar todas as
conquistas, mesmo que sejam de pouca significân-
acreditar em si mesmo, estar sempre unido à aqueles que praticam o bem, sabendo sempre que nada
lhe será possível sem a obediência à lei universal e
a lei divina, porque, os seus atos e ações são escravos da lei do retorno e ninguém poderá fazer nada
além do que é permitido por Ele. Muitos vão seguindo de cabeça baixa, como se estivessem procurando tesouros enterrados nas calçadas, ou quando
olha para o céu não vê o poder celestial, mesmo as-
WILSON CARLOS FUÁ É ECONOMISTA E ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA E RECURSOS HUMANOS. E-MAIL: [email protected]
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