RUÍDO URBANO E CONFORTO AMBIENTAL EM
LOGRADOUROS DA CIDADE DE FEIRA DE
SANTANA, BRASIL
Autores
Anastácio Pinto Gonçalves Filho, MsC
Prof. Luiz Roberto Santos Moraes, PhD
EFEITOS DO RUÍDO URBANO
• Interferência na comunicação verbal;
• Incômodo;
• Alterações irreversíveis no sistema
auditivo;
• Efeitos não auditivos no organismo;
• Efeitos colaterais, geralmente com
conseqüências de natureza econômica.
(NEPOMUCENO, 1977)
EFEITOS DO RUÍDO URBANO - NO SONO
Distúrbio do sono é considerado o maior
efeito do ruído ambiental (WHO, 1999);
RUÍDO
URBANO
É estimado que 80% a 90% dos
casos de
distúrbios do sono são
devido a ruídos externos (WHO,
1999);
Perda do sono é relatado como fonte de
incômodo, estresse e insatisfação (JOB;
GIERK,1996, 1997);
Possíveis conseqüências no sistema
imunológico (CARTER, 1995).
EFEITOS DO RUÍDO URBANO - NAS CRIANÇAS
As evidências sobre o
efeitos
da
poluição
sonora na saúde das
crianças são fortes o
suficiente para garantir
programas
de
monitorização em escolas
e
pré-escolas
para
proteger as crianças de
efeitos do ruído (WHO,
1999).
METODOLOGIA
IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE RUÍDO
URBANO NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA FONTE FIXAS
• SOM DE BAR;
• SOM DE PROPAGANDA DE LOJA;
• RUÍDO DE INDÚSTRIA;
• IGREJAS.
(CAMPOS e outros, 2002)
METODOLOGIA
PARÂMETROS CALCULADOS
• Ldn: Nível de pressão sonora equivalente,
medidos no período de 24 horas, com peso
maior para o período noturno;
•
Leq,24h: Nível de pressão sonora equivalente,
medidos no período de 24 horas.
METODOLOGIA
HORÁRIO E TEMPO DE MEDIÇÃO DO RUÍDO
URBANO
• 12:00h as 13:30h - horário de pico das fontes
moveis;
• 14:00h as 16:00h - horário de baixa
intensidade
das
fontes
moveis
e
funcionamento das fones fixas;
• 17:30h as 18:30h - horário de pico das fontes
moveis;
• Tempo de medição: 30 minutos.
METODOLOGIA
PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO
• Foi seguido o procedimento preconizado pela
norma NBR 10.151 da ABNT;
• O medidor de níveis de ruído foi um B & K
2236, tipo 1, especificação IEC 651/1979 e
IEC 804/1985, e a ANSI S1.43 de 1986,
microfone de condensador prepolarizado de
¼”, instalado no interior do equipamento, com
o som guiado através de um tubo de 70cm.
METODOLOGIA
METODOLOGIA
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
PARA AVALIAÇÃO DO INCÔMODO
• O questionário é universalmente utilizado em
pesquisa de avaliação do incômodo causado
pelo ruído urbano nas comunidades (FIELDS;
NUNES; 2001; 2000);
• Nesta pesquisa foi utilizado um questionário
com questões diretas, com respostas de
múltiplas escolhas (questões fechadas).
METODOLOGIA
FORMA DE COLETA DOS DADOS
• Entrevista direta com a comunidade.
METODOLOGIA
POPULAÇÃO PESQUISADA
• Foi realizado um levantamento censitário da
população residente ou que trabalhava em
dependências lindeira ao trecho determinado
para estudo.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
TOTAL DE ENTREVISTADOS
Leq
Valores de Leq,1,5h e Leq,24h e valor de
referência da OMS para proteção contra
distúrbios do sono
80,00
75,00
70,00
65,00
60,00
55,00
50,00
45,00
40,00
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
Leq,1,5h
Leq,24h
OMS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15
Logradouros
Leq
Valores de Leq,1,5h e Leq,24,h calculados e
valores de referência da OMS para que não haja
incômodo na comunidade
80,00
75,00
70,00
65,00
60,00
55,00
50,00
45,00
40,00
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
Leq,1,5h
Leq,24h
OMS
1
2
3
4
5
6
7 8 9 10 11 12 13 14 15
Logradouro
Leq
Valores de Leq,1,5h calculado e valores de
referencia da ABNT para conforto da comunidade
em áreas mistas, com predominância residencial
80,00
75,00
70,00
65,00
60,00
55,00
50,00
45,00
40,00
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
Leq,1,5h
ABNT
1
2
3
4
5
8
Logradouro
9
11
13
14
NÍVEL DE INCÔMODO DOS ENTREVISTADOS
RESIDENTES
TIPO DE BARULHO QUE MAIS INCOMODA
DIAS DE MAIOR INCÔMODO
PERÍODO DO DIA DE MAIOR INCÔMODO
ATIVIDADE MAIS INCOMODADA
BARULHO ATRAPALHA DORMIR
ACORDA À NOITE DEVIDO AO BARULHO
CONTROLE DA POLUIÇÃO
SONORA
QUEIXA AO ÓRGÃOS PÚBLICOS
CONCLUSÃO
• Os níveis de ruído levantados estão
acima dos níveis de referência que não
oferecem efeitos adversos a saúde da
população, caracterizando situação de
gravidade nos logradouros estudados;
• O número de pessoas entrevistados que
responderam
que
se
sentem
incomodados, confirma a hipótese
considerada na pesquisa que o ruído
urbano causa incômodo na comunidade;
CONCLUSÃO
• O tráfego de veículos se apresentou em todos
os logradouros estudados como a principal
fonte de ruído urbano;
• O número de pessoas que reclamam ao Poder
Público é bastante pequeno;
• As leis e regulamentos existentes não tem sido
suficientes no combate a poluição sonora;
CONCLUSÃO
• Considerando que o tráfego urbano é a maior
fonte de ruído na cidade, o planejamento do
transporte torna-se um dos instrumentos de
maior poder no controle deste problema
ambiental. O ruído deve, portanto, ser inserido
como uma das variáveis a ser atendida no
desenvolvimento do planejamento urbano e do
transporte.
RECOMENDAÇÕES
• Compatibilizar os níveis de ruído preconizados
pela Lei Municipal com os previstos pela Lei
Federal;
• Considerar a emissão de ruído como referência
e que seja adotado como indicador de
qualidade
ambiental
urbano
pelos
planejadores na proposição do ordenamento
do uso e ocupação do solo em áreas urbanas;
·
RECOMENDAÇÕES
•
Considerar, na elaboração de um projeto de
sistema viário, a previsão de fluxo, volume e
características
do
tráfego
nas
vias,
considerando o seu potencial como emissor da
poluição sonora;
RECOMENDAÇÕES
• Desenvolver e incentivar estudos com
propostas alternativas de mobilidade urbana
que substituam o veículo particular, tais como:
bicicleta, transporte coletivo e outros, de modo
a reduzir o volume de tráfego e os níveis de
ruído.
FIM
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efeitos do ruído urbano