UM CURSO BREVE DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO POR PAUL MONROE
Marta Regina Gimenez Favaroi
Universidade Estadual de Londrina
[email protected]
Palavras-chave: Ensino de História da Educação, Manual de História da Educação,
Formação de Professores.
No século XX houve um grande movimento de produção e circulação de saberes
relacionados à História da Educação no formato de manuais, no Brasil e no mundo.
Uma produção contingenciada pelos saberes disponíveis, pelo acesso e uso das fontes e
pelas relações de poder estabelecidas a partir de vínculos institucionais. Neste trabalho,
o interesse foi colaborar com uma série de investimentos que vem sendo realizados pela
historiografia da educação ao analisar uma experiência particular de escrita. Trata-se de
A Brief Course in the History of Education, publicado nos Estados Unidos em 1907,
cuja autoria é do norte-americano Paul Monroe (1869-1947).
Para a realização deste trabalho tomou-se como base o livro em sua décima
primeira edição, publicado no ano de 1976, sendo realizado em momentos específicos
do texto o cotejamento entre o texto da 11ª edição (1976) e da 1ª edição (1939), edições
brasileiras. A escolha do livro História da Educação, título assumido na tradução
brasileira, se justifica na medida em que estudos recentesii apontam que ele teve uma
significativa circulação no Brasil, especialmente nos espaços de formação de
professores. O objetivo se definiu na tentativa de compreender a escrita empreendida
por este sujeito em seu manual, o recurso metodológico utilizado, os vínculos
institucionais por ele estabelecidos e os saberes que fez circular acerca da História da
Educação, principalmente no que respeita à História da Educação na América. A
metodologia utilizada foi fundamentalmente a análise documental, particularmente a
bibliográfica. O texto foi organizado em dois núcleos de discussão, buscando
apresentar, primeiramente o autor e num segundo núcleo, apresentar A Brief Course in
the History of Education no Brasil, sua tradução, circulação e os saberes nele impressos
que representaram a história da educação americana. Vários autores já se debruçaram
num trabalho de análise do manual História da Educação de Paul Monroeiii, portanto,
não foi assumida aqui a pretensão de ineditismo e sim de colaboração.
PAUL MONROE: PROFESSOR E AUTOR
O professor norte americano Paul Monroe (1869-1947), nasceu em
North Madison, Indiana. Graduado pelo Franklin College e pela Universidade de
Chicago especializou-se nos métodos dos estudos Sociológicos e Históricos sendo em
1897 nomeado docente de História numa escola profissional de educadores o Teachers
College da Universidade de Columbia. Assumiu em 1902 a Cátedra de História da
Educação. Suas contribuições no campo da educação e também da História da
Educação, deram ao professor Paul Monroe uma reputação internacional, ele participou
de diferentes organizações que tinham por objetivo discutir os rumos da educação
pública. Os seus livros ajudaram a dar à educação e à História da Educação uma posição
de grande importância nos Estados Unidos, no início do século XX. Segundo Henry
Suzzallo ex-aluno de Monroe e também professor do Teachers College da Columbia
University,
Erraríamos, porém, se restringíssemos nossa visão da obra de Monroe
à obra do Historiador da educação. Ele não foi um simples historiador
que tivesse traçado a evolução de uma determinada instituição. Será
muito mais exato dizer que o dr. Monroe é um educador com um
interesse especializado nas fases históricas de sua profissão. Seu
preparo sociológico e a inclinação de seu espírito não lhe permitiram
jamais encarar de um modo fragmentário uma importante instituição
social. Na realidade, a influência de seu espírito compreensivo e
organizador se estendeu a todo o campo do saber educacional através
das obras que dirigiu e editou, pondo ao alcance do leigo e do
profissional os produtos do estudo científico da educação. (1976,
p.XXVII, grifos meus)
A caracterização de Monroe apresentada por Suzzallo fez aparecer um
profissional comprometido com a reflexão educacional, uma “reflexão baseada em fatos
cuidadosamente verificados” (1976, p.XXIII). Um profissional que influenciou pelo seu
trabalho de pesquisa gerações de professores e pesquisadores, fundamentalmente, pelo
rigor no desenvolvimento da pesquisa histórica. Esta referência ao trabalho de Monroe
foi escrita por Suzzallo em 1925, composta em homenagem ao mestre por ocasião da
passagem do seu jubileu de magistério. Importante observar no escrito o relevo dado ao
procedimento de pesquisa empreendido pelo mestre: ele nunca trataria uma instituição
social de modo fragmentário, buscava elaborar uma reflexão baseada em “fatos”
cuidadosamente verificados. Elevou a História da Educação ao único setor da educação
que possuía métodos satisfatórios de pesquisa, colocando em destaque o preparo
sociológico do mestre. Segundo Monroe “o grande problema no estudo da História da
Educação está na coordenação do suficiente material histórico, a fim de dar corpo ao
assunto em estudo e indicar a afinidade entre a história ou a vida social e a educação”
(1976, prefácio). Não foi possível precisar quais as características do método utilizado
por Monroe, é possível destacar do que ele mesmo afirma no texto, sua preocupação em
tratar os fatos educacionais considerando o seu contexto, evitando as generalizações
sem fundamento, observando com atenção e fazendo ver na escrita as fontes
consultadas. Um exemplo disto pode ser observado no seu texto quando apresentou a
Educação Oriental destacando deste conjunto a China. Diz ele:
Consequentemente muitos sistemas históricos de educação têm de ser
incluídos neste estádio. E como nosso interesse está na evolução
histórica e não no estudo de pormenores [...] consideramos tãosomente um sistema, o da China, com breves referências a outros. Pois
que, de todos estes sistemas, o chinês não é só o mais elaborado e o de
mais longa duração, como também o que oferece, na atualidade, as
melhores oportunidades de estudo. (MONROE, 1976, p. 12 grifos
meus)
O procedimento utilizado por Monroe para compor o livro, foi o de valorizar
uma visada panorâmica da História da Educação, como afirmam Gondra & Silva, em
que a “organização da narrativa foi ancorada num ordenamento cronológico [...] e no
enfoque enciclopédico” (2011, p.709). Nesta perspectiva ele operou uma seleção de
acontecimentos que na sua percepção expressariam o “momento histórico” de evolução,
de organização dos espaços de transmissão da cultura letrada e das reflexões e
‘soluções’ que aquela sociedade (contigenciada pela organização cultural, política,
econômica e pelas relações de poder constituídas), alcançou. Esta operação poderia
tornar-se referência para compreensão “dos fatos educacionais” no tempo, condição
indispensável aos professores em formação. Parece então que a seleção proposta por
Monroe considerou os acontecimentos mais “expressivos” e aqueles em que se pôde
acessar o maior número de referências para a pesquisa, textos, documentos, imagens.
Talvez uma preocupação com o acesso às fontes e por meio delas maior credibilidade da
interpretação.
Em relação às fontes utilizadas por Monroe na produção de seu livro, pode-se
afirmar conforme Gondra & Silva que sua escrita, “decorre fundamentalmente da leitura
de outros livros, da produção intelectual dos líderes mencionados e de outras obras de
História da Educação e de modo especial de enciclopédias” (2011, p. 716). Afirmou que
somente com a reunião do maior número de referências, de fontes a respeito de um
determinado assunto, e da análise objetiva deste material é que seria possível dar à
História da Educação a condição de aceitação acadêmica, de maior precisão e de um
caráter científico. No que respeita às fontes é possível supor, primeiro, que as
ilustraçõesiv utilizadas, para além de ser recurso de facilitação da leitura, serviram para
indicar que foram fontes de interpretação histórica, pois são representações das
experiências vividas pelos homens num determinado tempo e lugar. Segundo, que o
recurso às citações diretas de autores da época estudada, de estudiosos destes períodos,
e também o trabalho com as teorias/ideias de pensadores que foram referência na
elaboração de discursos sobre a formação humana e sobre as práticas pedagógicas,
tenham servido como fonte e como dispositivo de legitimação de sua narrativa histórica.
Ao falar da obra de Monroe, Suzzallo avalia o contexto em que viveu seu
mestre, indicando as condições de mudança social e educacional vividas nos Estados
Unidos no último quartel do século XIX e início do século XX, representado como
período de extraordinário desenvolvimento da educação americana em que estão
presentes novos debates sobre filosofia educacional, um debate ampliado que tornou
obrigatório o estudo comparado das instituições educativas, “pois tornou-se evidente
que as escolas serviam em diferentes épocas e lugares a propósitos nacionais e sociais
diferentes” (SUZZALLO, 1976, p. XXIV). Esclarece que os estudos realizados à época
restringiam-se ao momento atual, o que não era suficiente. Aí a importância assumida
pela História da Educação como área de pesquisa e disciplina de ensino na apresentação
de um novo recurso interpretativo do contexto educacional e de suas instituições.
Não é possível afirmar, pelo menos nos limites deste trabalho, que Monroe tenha
em seu livro História da Educação empreendido um esforço de educação comparada, ou
um estudo comparado conforme Suzzallo, mas ele elege alguns territórios como
referência de análise na elaboração de sua narrativa sobre a História da Educação. Por
exemplo: ao falar do Renascimento e do Humanismo elegeu as escolas inglesas e as
escolas da Colônia Americana; ao falar da Reforma e Contra-Reforma, fez menção às
escolas puritanas da Nova Inglaterra (América) e as experiências da Alemanha, Holanda
e Escócia; Ao falar do Realismo, tomou como referência as escolas Reais na Alemanha,
as academias na Inglaterra e as academias na América, principalmente as academias das
“Colônias do Centro”; Ao falar do conceito disciplinar de John Locke, referiu-se a
expressão da educação disciplinar na Inglaterra, na Alemanha e a experiência da
educação disciplinar na América; Ao discutir o que ele chamou de tendência psicológica
na educação destacando o trabalho de Pestalozzi, Herbart e Froebel, apresentou
experiências relacionadas a estes estudos na Suiça, na Alemanha, na Inglaterra
indicando que é pela Inglaterra que os Estados Unidos receberam a influência de
Pestalozzi e fez menção também a experiência na França; Ao falar da Tendência
Científica ele fez uma apresentação da influência desta tendência na composição
curricular nas Universidades e nos Colleges, na Educação Secundária e na Escola
Elementar, destacou experiências nestes diferentes espaços de escolarização, na
Alemanha, na Inglaterra e nos Estados Unidos. No capítulo em que tratou a tendência
sociológica, fez a apresentação das ideias educacionais dos “principais” líderes
políticos. O capítulo todo tomou por referência os Estados Unidos, citando também a
‘realidade’ vivida na Alemanha, Inglaterra e França. A realidade educacional na
Alemanha, na Inglaterra e na América, mais precisamente nos Estados Unidos, foram o
foco da análise de Monroe. Foi possível perceber um esforço de apresentação, aos
leitores principalmente aos professores/leitores, da História da Educação a partir da
História das Sociedades, oferecendo uma representação da História da Educação do
contexto geral e da realidade local, ao narrar aspectos da história da educação nos
Estados Unidos.
O final do século XIX e início do século XX, fase dos primeiros escritos de
Monroe, foi um período que segundo Lorenz, houve uma ampliação significativa dos
espaços de formação de professores, primeiramente as escolas normais v e depois a
formação de professores no ensino superiorvi. Neste campo destaca a importância do
trabalho de Monroe, fundamentalmente por ter sido a História da Educação uma
disciplina que ocupou espaço de destaque, em termos de presença e constância, nos
currículos destas Instituições. Ao assumir a História da Educação como referência da
sua pesquisa ele empreendeu um tratamento diferenciado do acontecimento histórico,
comparativamente aos empreendimentos de sua época. Para Lorenz, ele
Promoveu uma análise mais objetiva dos acontecimentos e
pensamentos do passado, minimizando as considerações filosóficas e
teológicas e acentuando a formulação indutiva de generalizações a
respeito dos fatos históricos. Em 1905, publicou o livro A Text Book in
the History of Education, que foi classificado em 1910 pela
Enciclopaedia Britannica como ‘a melhor história geral em inglês’
(CHAMBLISS, 1994, p.38). [...] Sua abordagem focalizou o método
indutivo e não o dedutivo, que permeava as interpretações
racionalistas da história educacional até então circulando. (LORENZ,
2009, p.151)
Além do Text Book in History of Education (1905), alguns outros textos de
autoria do professor Paul Monroe, 1901 – Source Book in the History of Education for
the Greek and Roman Period; 1904 – Thomas Platter and the Educational Renaissance
of the Sixteenth Century; 1907 – A Brief-Course in the History of Education, referência
deste trabalho; 1912 Cyclopedia of Education. Foi possível observar pelos registros
constantes nos sites: archive.org, alibris.com, amazon.com, ebook.liv.hku.hk que o texto
A Brief-Course in the History of Education teve uma ampla e ainda recente circulaçãovii,
considerando o texto na sua versão na língua inglesa.
A BRIEF COURSE IN THE HISTORY OF EDUCATION NO BRASIL
O texto A Brief Course in the History of Education foi traduzido para o
português no Brasil pela primeira vez em 1939. Na 1ª e 2ª edições, 1939viii e 1946ix
respectivamente, a tradução ficou sob a responsabilidade de Nelson Cunha de
Azevedox. Na 3ª edição de 1952xi consta a tradução de Idel Becker e Terezinha G.
Garcia, sendo indicado na folha de rosto que se tratava de uma nova tradução. Já na 11ª
edição de 1976xii, foi indicado somente o nome de Idel Beckerxiii como responsável pela
tradução e notas.
A versão brasileira do texto de Monroe, contou com dezenove edições entre os
anos de 1939 a 1987, alcançando uma tiragem de aproximadamente noventa mil
exemplaresxiv. O Livro História da Educação de Monroe fazia parte da Coleção
Atualidades Pedagógicas, publicada pela Companhia Editora Nacional. A Nacional foi
fundada em 1925, organizada a partir do fundo da Editora Monteiro Lobato e Cia que
pediu falência, neste mesmo ano. Em 1974 a Companhia Editora Nacional (CEN) passa
a ser administrada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) em
função da morte de Octalles Marcondes Ferreira (1973) um de seus sócios, sendo em
1980, adquirida pelo Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas (IBEP) ainda
proprietárioxv.
Com o crescimento do mercado escolar, a Companhia Editora Nacional
“passaria a trabalhar para diferentes públicos, principalmente por meio das coleções”
(Roballo, 2011, p. 2). São instituídos, segundo Toledo, dois níveis de intervenção no
“mundo editorial”, um dos níveis a intervenção cultural, quando a ação editorial se
prepara para a ampliação do mercado leitor, mais especificamente do professor/leitor. A
ampliação e organização dos espaços de formação de professores contigencia a
proposição de práticas de leituras adequadas a eles. Um outro nível de intervenção, foi a
intervenção pedagógica, no sentido de seleção e adaptação de um conjunto de textos e
autores adequados ao programa de formação de professores.
A Coleção Atualidades Pedagógicas (CAP) foi fundada por Fernando de
Azevedo em 1931 e compunha a Biblioteca Pedagógica Brasileira (BPB) que era um
dos projetos editoriais da CEN. A BPB era composta também por outras 4 coleções,
Literatura Infantil, Livros Didáticos, Iniciação Científica e Brasiliana. Azevedo dirigiu
a CAP até 1945. Em 1946 é substituído por João Baptista Damasco Penna, que se
tornou tanto diretor da CAP (até 1978) como da coleção Iniciação Científica (também
idealizada por Fernando de Azevedo). Segundo Roballo, referindo-se às edições do
livro História da Educação de Monroe, “apenas uma foi publicada Durante a gestão de
Azevedo (1939), as demais tornar-se-iam parte da coleção permanente – ‘padrão
azevediano”, sendo publicadas na gestão de Damasco Penna (1946, 1952, 1953, 1956,
1958, 1968, 1969, 1970, 1972, 1974, 1976, 1977, 1978, 1979, 1983, 1984, 1985 e
1987)” (ROBALLO, 2011, p.4)xvi. Segundo Toledo as duas direções, a de Azevedo e
Damasco Penna imprimiram à Coleção orientações distintas. Em relação à primeira, do
ponto de vista comercial,
significou uma resposta editorial à demanda por livros de formação de
professores, considerados de qualidade. Qualidade essa advinda do
renome do Educador e da rede de autores que este mobilizou para
publicar na Coleção. Mais especificamente, significou a sintonia entre
o programa de leitura da Coleção e a demanda específica por uma
nova literatura educacional produzida pelas reformas educacionais
empreendidas pelo próprio Educador e por seus pares. (2006, p.131)
O trabalho de Azevedo foi orientado por suas convicções a respeito da
importância da formação do homem pelo acesso à cultura letrada, sendo a escola um
espaço privilegiado deste acesso. Como um dos principais representantes do Movimento
da Educação Renovada orientou seu trabalho na editora a partir da preocupação de
propiciar aos professores em atuação e em formação a ‘boa e adequada’ literatura
pedagógica. Livros que tratassem das várias ciências da educação de maneira rigorosa e
aprofundada. Este projeto perdurou até 1946, quando a direção da Coleção é assumida
por Damasco Penna. Ele assume a Coleção,
procurando adaptá-la ao mercado de livros para a educação, assim
como às condições políticas do campo educacional, redesenhando o
programa de formação do professor nela impresso. [...] Penna
transforma a Coleção em um projeto editorial bem montado naquilo
que se propôs a fazer: oferecer textos de reflexão sobre o problema
fundamental da atividade educativa, em todas as suas formas; textos
que oferecessem conhecimentos efetivos para o leitor (Penna, 1950).
Daí a fórmula eficaz do compêndio ou manual traduzido que propunha
visões panorâmicas dos diferentes âmbitos da pedagogia em
linguagem fácil, oferecendo idéias “utilizáveis” pelos educadores e
estudantes na sua atividade educativa. (TOLEDO, 2006, p. 132 e 133)
Segundo Roballo, “entre 1930 e 1980 seriam 58 manuais de História da
Educação publicados pela CAP (entre primeiras impressões e reimpressões)” (2011, p.
3). Dentre eles a História da Educação de Paul Monroe. O cotejamento da 1ª edição
(1939) com a 11ª edição (1976) permitiu verificar, como apontado por Toledo (2006)
algumas diferenças na elaboração da tradução, muito provavelmente em função dos
projetos distintos assumidos primeiro por Azevedo e posteriormente por Damasco
Penna. No que se refere a sua materialidade observou-se que o livro apresentou a
seguinte organização, respectivamente na 1ª edição 1939 e na 11ª edição de 1976.
1ª edição 1939
11ª edição 1976
459 páginas
14 quatorze capítulos
31 imagens ou ilustrações
Apresenta na orelha do livro a série
Atualidades Pedagógicas pertencente à
Biblioteca Pedagógica Brasileira
387 páginas,
14 quatorze capítulos
14 imagens ou ilustrações
Apresenta na orelha o autor Paul Monroe e
o livro História da Educação
Informa: do original norte-americano A Brief
Course in the History of Education. Não é
informado o ano da edição que foi assumida
como referência para a tradução.
Informa: do original inglês A Brief Course
in the History of Education publicado por
The Macmillan Company, New York 1949
Índice indicando os principais temas,
comparativamente à 11ª edição mais breve.
Índice detalhado indicando os vários temas
tratados em cada capítulo.
Exemplo:
“Capítulo VIII
Educação Realista
Que é o realismo?
1 – Realismo Humanista
O conceito de Educação
Representantes realistas-humanistas
O efeito do realismo humanista sobre o
trabalho escolar
2 – Realismo social
O conceito educacional
Montaigne vs Ascham em referência à
educação realista social
O conceito de Montaigne sobre a educação
O realismo social nas escolas
3 – Realismo sensorial
Os característicos gerais do realismo sensorial
Alguns representantes do realismo sensorial
Os efeitos do realismo sensorial nas escolas
Sumario
Referências” (MONROE, 1939, p.XII)
Exemplo:
“Capítulo VIII
Educação Realista
Que é o realismo?
1- Realismo Humanista
O conceito de Educação
Realistas-Humanistas representativos
Rabelais
Milton
Efeito do realismo Humanista no trabalho
escolar
2 – Realismo Social
O conceito educacional
Montaigne vs. Ascham em relação à
educação social realista.
O conceito de Montaigne sobre a educação
A finalidade da educação de acordo com
Montaigne é a virtude
O conteúdo da Educação
O método da educação
O realismo social nas escolas
3 – Realismo Sensorial
Características gerais do realismo sensorial
Alguns representantes do realismo sensorial
Richard Mulcaster
Francis Bacon
A influência educacional de Bacon
Objetivo e conteúdo
Método
A posição de Bacon na educação
Wolfgang Ratke
João Amós Comênio
A finalidade da educação
O conteúdo da educação
O método
Livros didáticos
No cabeçalho de cada capítulo são
reapresentadas as informações do índice. Ao
final é disponibilizado o que o autor chamou
de sumário, com a seleção dos principais
pontos discutidos, na percepção do autor. Este
recurso também esta presente na 11ª edição.
Ainda
são
apresentadas
referências
bibliográficasxvii ao final de cada capítulo e
quadros cronológicos no final dos capítulos: 2,
3, 4, 5, 9 e 10xviii, num total de seis quadros. O
livro também é composto por notasxix de
rodapé de página.
Organização da escolas
A escola vernácula
A Didáctica Magna
Efeitos do realismo sensorial nas escolas
As escolas reais
As academias na Inglaterra
Na América
As Universidades
Sumário” (MONROE, 1976, p.XV)
Todo capítulo é encerrado com um sumário
indicando os “principais” temas abordados.
Ao final do livro são apresentados os
quadros cronológicos, num total de seis
quadros. Nesta edição não são apresentadas
referências bibliográficas ao final dos
capítulos. O livro também é composto por
notasxx de rodapé de página.
A tradução feita por Nelson Cunha de Azevedo (1ª edição 1939) em relação a de
Idel Becker (11ª 1976), primou pela apresentação de numerosa referência bibliográfica
num total de 323, e também pela apresentação como recurso de facilitação da leitura um
pouco mais do dobro de ilustrações, 31 no total. Numa comparação não muito detida
entre as edições brasileiras e exemplares do original norte-americano de 1907xxi pode-se
perceber que o original A Brief Course in the History of Education (1907)xxii também
não traz referências bibliográficas no final dos capítulos. Esta constatação apresenta um
fato curioso, o professor Cunha de Azevedo realizou um trabalho de tradução, mais
também de composição do texto no sentido de introdução de informações que não
constavam no original traduzido. No particular deste livro talvez esta composição
pudesse ser caracterizada como didática, porque propôs a apresentação de outros
recursos de leitura para além daqueles expressos no original.
As referências apresentadas por Nelson Cunha de Azevedo são idênticas às
referências apresentadas no original norte americano do Text-Book in the History of
Educationxxiii, ele foi publicado em 1ª edição em 1905. O A Brief Course in the History
of Education é um resumo do Text-Book. Parece que o tradutor brasileiro fez a opção
por enriquecer as informações oferecendo ao professor/leitor as referências para
complementação de estudos. Assim, é possível supor que o professor Cunha de
Azevedo utilizou dos dois textos, a saber, o A Brief Course in the History of Education
e o Text Book in the History of Education, como base para o seu exercício de tradução.
Em relação aos aspectos apontados anteriormente, é possível afirmar que a
tradução realizada pelo professor Idel Becker do original A Brief Course in the History
of Education (edição 1949) foi “fiel” a organização do texto original. É necessário
destacar que mesmo não constando referências bibliográficas ao final do capítulo são
apresentadas 15 notas de rodapé de página com referências bibliográficas, nesta
tradução.
Em relação à composição ou escrita do texto o que foi possível perceber
comparativamente entre as duas traduções a de 1939 e a de 1976, foi uma variação de
estilo literário. Não foram identificadas alterações nas informações nem tampouco
ampliação ou redução do texto.
Nas duas edições foram localizados 19 registros em que o autor apresentou
informações referentes à América / Estados Unidos. Nos primeiros 4 registros Monroe
desenvolve uma comparação ou aproximação entre aspectos da educação antiga e a de
seu tempo, indicando permanências e distanciamentos. Ao falar dos Gregos e do que ele
denominou de educação liberal, assim se expressou,
Em matéria de liberdade política, de liberdade e capacidade
intelectual, de liberdade moral e conceito de vida, de apreciação
estética e poder de realização fizemos apenas uma grande modificação
– a de substituir a expressão estética da personalidade pela realização
material. Tal modificação não é uma benção, nem um progresso a
que não tenhamos de opor reservas. (p.29) Uma fase mais interessante
da vida da criança, [...] é ilustrada pela literatura grega, que menciona
ou descreve uma lista muito extensa de jogos para as crianças,
incluindo praticamente todos os que temos hoje. (p.41) O contraste
mais relevante entre a educação grega e a educação moderna acha-se,
não na organização, mas no conteúdo, especialmente na importância
dada à ginástica. [...] Não se entregavam a jogos e disputas físicas por
simples acidente, como acontece com o jovem moderno, nem
participava dessas competições um pequeno grupo para o
entretenimento dos demais, nem os padrões de excelência eram os
mesmos que os modernos. (1976, p. 43 e 44 grifo meu)
Nos outros registros ao apresentar a organização educacional no contexto geral,
traz a experiência desenvolvida na América / Estados Unidos, a partir daí, com exceção
do capítulo 13, o que Monroe fez foi apresentar, a partir da seleção dos acontecimentos,
a organização social e cultural e nesta, aspectos do desenvolvimento dos espaços de
transmissão da cultura letrada, em determinados momentos da organização escolar. Na
página170 apresenta a organização das Escolas de Gramática nas colônias americanas
como sendo um processo de transplantação da escola pública inglesa. Ao falar do
contexto da Reforma e Contra-Reforma indica que na América os sistemas de escolas
mais antigos eram os das colônias puritanas da Nova Inglaterra, diz ele “a primeira lei
geral que dispôs sobre as escolas foi decretada em 1647, pela colônia da Baía de
Massachusetts” (MONROE, p. 192). Ao tratar das implicações do Realismo na
educação seleciona os exemplos de reorganização curricularxxiv implementada
principalmente pelas Colônias do Centro (América) no sentido de atender aos interesses
econômicos e práticos do povo (p.229). Ao avaliar o conceito disciplinar de educação
refere-se à John Locke e busca identificar este conceito na organização escolar de
alguns territórios. Ao falar da América refere-se aos Estados Unidos, informando que
ali, “por motivo de natureza social, o abandono das ideias antigas veio muito mais
cedo” (MONROE, p.245). Ele se refere à gradativa substituição da ideia disciplinar, das
escolas antigas de gramática latina pelas academias e da instalação do sistema
facultativo na organização pedagógico-curricular nas escolas americanas.
Quando propõe a discussão sobre a tendência psicológica toma como mote de
análise nos territórios escolhidos o método e a formação dos mestres, no caso dos
Estados Unidos faz menção às condições da escola distrital (p.287), da “influência
pestalozziana exercida nos Estados Unidos por intermédio da Inglaterra” (MONROE, p.
311). Indica as datas de publicação da literatura Herbartiana nos Estados Unidos (18901900), ressaltando a importância neste contexto do Relatório do Comitê dos Quinze
sobre Escolas Elementares, apresentado à Associação Nacional de Educação, em 1895.
Esclarece que este relatório tinha a intenção de propor a unificação do trabalho da
escola elementar e a sugestão de melhores métodos de estudos (MONROE, p. 313).
Fala da experiência do primeiro jardim de infância nos Estados Unidos fundado em
Boston em 1860.
Ao referir-se à tendência científica ocupa-se da análise da revisão dos conteúdos
e métodos empreendida pelos espaços escolares, com a ampliação dos chamados
conhecimentos científicos. Apresenta o movimento de inserção dos conhecimentos
científicos nas Universidades e Colégios, nas Escolas Secundárias e nas Elementares.
Escolhe três territórios para esta análise, Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra. No
capítulo reservado ao tratamento da tendência sociológica, diz Monroe,
Os sociólogos consideram a educação como processo de perpetuar e
desenvolver a sociedade; encaram a matéria através do estudo da
estrutura social, das atividades sociais, das necessidades sociais;
consideram a finalidade da educação como sendo a preparação do
indivíduo para a participação com êxito nas atividades econômicas,
políticas e sociais de seus companheiros. [...] do ponto de vista de que
a educação é o processo de desenvolvimento da sociedade [...] seguese o corolário de que todos os membros da sociedade devem participar
deste desenvolvimento. À ampliação dos sistemas de escola pública
baseados na ideia de educação universal e gratuita seguiu-se, como
uma consequência necessária, a
(MONROE, 335 e 336)
aceitação
destes
princípios.
Neste contexto, o problema analisado foi a constituição dos sistemas públicos de
ensino. Destaca então, as ideias educacionais dos líderes políticos citando os povos
alemães, Frederico “O Grande” da Prussia, Maria Teresa da Áustria, Franklin,
Washington, Thomas Jefferson e James Madison. Em quase todo o capítulo faz menção
aos Estados Unidos, elegendo também os territórios da Alemanha, Inglaterra e França.
O texto é um exercício de escrita histórica que mescla a História da Educação
Geral com a narrativa de uma História da Educação local. Apresentou a partir de uma
organização cronológica diferentes experiências relacionadas à formação humana,
objetivos educacionais, organização curricular, métodos, práticas pedagógicas, os
espaços de transmissão da cultura letrada e suas características em diferentes tempos e
territórios. Esta história foi narrada a partir da análise do contexto social e cultural, dos
discursos políticos e das teorias pedagógicas fincadas, na filosofia, na psicologia ou na
sociologia.
Prescrições? Modelos? Não é possível afirmar que tivesse sido esta intenção de
Monroe, ao mesmo tempo, que não é possível negar que em seu livro ele tenha usado da
seleção de exemplos que “expressassem” a evolução educacional “das sociedades”.
Mais do que isso ele selecionou na sua narrativa histórica a experiência de alguns
territórios, sendo privilegiada, a da Inglaterra, talvez em função do processo de
colonização, a da Alemanha e o seu território, a da América, mais precisamente a
experiência dos Estados Unidos.
Elegeu como orientação da narrativa uma visada panorâmica sobre a
organização da sociedade destacando ali aspectos do desenvolvimento e da organização
dos espaços de transmissão da cultura letrada, buscando demonstrar que aquele
desenvolvimento e organização são expressões de uma organização social mais ampla.
Em alguns momentos do texto fez ver na escrita as fontes consultadas. Monroe
caracterizou seu livro como um “livro que possui mais material do que outros livros
sobre o assunto” e como um livro destinado às “escolas normais”.
Talvez para Monroe a pergunta que tenha motivado a elaboração de seu livro,
tenha sido: o que é indispensável que um professor em formação saiba sobre a história
da sua profissão e do seu espaço de atuação? Num contexto em a escola, ou o sistema
escolar ganhava força como o espaço adequado à formação para a “cidadania” e para a
“economia”? e num contexto em que os espaços de formação de professores ganhava
visibilidade? Em resposta a este problema, e muito provavelmente como outros autores
de manuais de História da Educação, em resposta às demandas do seu ofício, ele trouxe
a público o resultado do seu trabalho de pesquisa. Como disse Suzzallo, “toda vez que a
influência educacional americana ultrapassa as fronteiras nacionais, lá achamos Paul
Monroe, a aconselhar, a estudar e a sugerir” (1976).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASCOLANI, Adrián; GONDRA, José Gonçalves. Pela classe, pelo livro: a fundação de uma
História da Educação para professores, no Brasil e na Argentina. In: VIDAL, Diana G.;
ASCOLANI, Adrián. Reformas educativas no Brasil e na Argentina: ensaios de história
comparada de educação (1820-2000). (org.) São Paulo : Cortez, 2009.
BASTOS, Maria Helena Camara. Uma Biografia dos Manuais de História da Educação
adotados no Brasil (1860-1950). Anais do VI COLUBHE, 2006. Acesso www.faced.ufu.br em
25/06/12.
FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos II: Arqueologia das ciências e história dos sistemas de
pensamento. Organização e seleção dos textos, Manuel Barros de Motta; tradução, Elisa
Monteiro. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
GONDRA, José & SILVA, José Claudio S. Textbooks in the History of Education: Notas para
pensar as narrativas de Paul Monroe, Stephen Duggan e Afranio Peixoto. Brasília: Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos MEC/INEP, 2011a.
GONDRA, José & SILY, Paulo. Narrativas da História e Representações do Estado: Um estudo
do caso Stephen Duggan (1870-1950). In Anais do 33ª ISCHE. San Luis de Potosi, Mexico,
2011b.
GONDRA, José Gonçalves. Pesquisa em história da educação no Brasil. (org.) Rio de Janeiro :
DP&A, 2005.
GONDRA, José Gonçalves; SCHULER, Alessandra. Educação, poder e sociedade no Império
brasileiro. São Paulo : Cortez, 2008.
GONDRA, José & SILVA, José Cláudio (orgs). História da educação na América Latina:
ensinar & escrever. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2011.
LORENZ, Karl. A História da Educação e o Ensino Pós-secundário nos Estados Unidos (18401910). In: GATTI JUNIOR, Décio; MONARCHA, Carlos; BASTOS, Maria Helena Camara.
(orgs) O Ensino de História da Educação em perspectiva internacional. Uberlândia : EDUFU,
2009.
MONROE, Paul. História da Educação. Do original inglês A Brief Course in the History of
Education. Tradução de Nelson Cunha de Azevedo. 1ª ed. São Paulo : Companhia Editora
Nacional, 1939.
MONROE, Paul. História da Educação. Do original inglês A Brief Course in the History of
Education. Tradução de Idel Becker. 11ª ed. São Paulo : Companhia Editora Nacional, 1976.
PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Tradução: Guilherme João de Freitas Teixeira.
2.ed. Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2012.
REVEL, Jacques. Proposições: ensaios de História e Historiografia. Tradução de Cláudia
O’Connor dos Reis. Revisão técnica: Francisco César Manhães Monteiro e José Gonçalves
Gondra. Rio de Janeiro : EdUERJ, 2009.
REVEL, Jacques. História e Historiografia: exercícios críticos. Tradução de Carmem Lúcia
Druciak. Revisão da tradução: Serlei Maria Fischer Ranzi, Maclovia Correia da Silva. Curitiba :
Ed. UFPR, 2010.
ROBALLO, Roberlayne de Oliveira Borges. O manual “Brief course in the history of
education” do professor norte americano Paul Monroe: subsídio para os processos de
formação de professores a partir de 1930 no Brasil. Anais do X CONGRESSO NACIONAL
DE EDUCAÇÃO EDUCERE. Curitiba, PUC/PR, 2011.
ROBALLO, Roberlayne de Oliveira Borges. Livros de História da Educação da Coleção
Atualidades Pedagógicas (1933-1977): um espaço de memória da formação docente. Anais do
VI CBHE, 2011. ISSN 22361855
ROBALLO, Roberlayne de Oliveira Borges. Manuais de História da Educação da Coleção
Atualidades Pedagógicas (1933-1977): verba volant, scripta manant. Tese de Doutorado
defendida no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPR, 2012. Acesso
www.ppge.ufpr.br em 09/08/12.
TOLEDO, Maria Rita de Almeida. Coleção Atualidades Pedagógicas do Projeto Político ao
Projeto Editorial (1931 – 1981). Tese de doutorado apresenta ao Programa de Pós-Graduação
em educação da PUC/SP, 2001.
TOLEDO, Maria Rita de Almenida. A indústria de livros, a materialidade do impresso e o
campo educacional: reflexões sobre a organização do acervo História da Companhia Editora
Nacional. Congresso Brasileiro de História da Educação, eixo 1, 2004. Acesso www.sbhe.org.br
em 25/08/2012.
TOLEDO, Maria Rita de Almeida. Mediação Editorial e estratégia de intervenção no campo
pedagógico: o caso das Atualidades Pedagógicas, sob a direção de J.B. Damasco Penna. Anais
do COLUBHE, 2006. www.faced.ufu.br
TOLEDO, Maria Rita de Almeida. Modelos de leitura em disputa: a concorrência entre as
coleções Atualidades Pedagógicas e Cultura, Sociedade e Educação, nos bastidores da
Companhia Editora Nacional (década de 1962). Acesso www.alb.com.br em 08/08/2012.
i
Professora de História da Educação na Universidade Estadual de Londrina / UEL. Doutoranda na
Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UERJ. Bolsista FAPERJ (Fundação Carlos Chagas Filho de
Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro).
ii
Conferir:
BASTOS, Maria Helena Camara. Uma biografia dos manuais de História da Educação adotados no Brasil
(1860 – 1950). Anais do VI COLUBHE, 2006. Acesso www.colubhe.ufu.br em 25/06/12.
ROBALLO, Roberlayne de Oliveira Borges. Manuais de História da Educação da Coleção Atualidades
Pedagógicas (1933 – 1977) verba volant, scripta manent. Tese apresentada ao programa de pósgraduação em educação da UFPR, 2012. Acesso www.ppge.ufpr.br.
TOLEDO, Maria Rita de Almeida. Coleção Atualidades Pedagógicas do Projeto Político ao Projeto
Editorial (1931 – 1981). Tese de doutorado apresenta ao Programa de Pós-Graduação em educação da
PUC/SP, 2001.
iii
Indico como referências nesta discussão:
GONDRA, José & SILVA, José Claudio Sooma. Textbooks in the History of Education: Notas para pensar as
narrativas de Paul Monroe, Stephen Duggan e Afranio Peixoto. Brasília: Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos MEC/INEP, 2011ª.
ROBALLO, Roberlayne de Oliveira Borges. O manual “Brief course in the history of education” do
professor norte americano Paul Monroe: subsídio para os processos de formação de professores a partir
de 1930 no Brasil. Anais do X CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EDUCERE. Curitiba, PUC/PR, 2011.
ROBALLO, Roberlayne de Oliveira Borges. Manuais de História da Educação da Coleção Atualidades
Pedagógicas (1933-1977): verba volant, scripta manant. Tese de Doutorado defendida no Programa de
Pós-Graduação em Educação da UFPR, 2012. Acesso www.ppge.ufpr.br em 09/08/12.
iv
Exemplos das ilustrações: Representação do Túmulo Egípcio; pintura em vaso período antiguidade
grega; gravura em madeira do século XV; gravura em madeira do século XVI; Representação da escola
monitorial do manual das Escolas de Georgetown (1817).
v
Segundo Lorenz (2009) a primeira referência oficial ao ensino normal na rede pública nos Estados
Unidos surgiu em 1839.
vi
Segundo Lorenz (2009) no período de 1880 a 1900 muitas Universidades transformaram seus Cursos
Normais em Departamentos de Pedagogia e Departamentos de Educação.
vii
Foi possível verificar no site archive.org, 6 edições digitalizadas do a A Brief-Course in the History of
Education (1907, 1912, 1914, 1916, 1924 e 1928); no alibris.com edições à venda de 1910, 1913, 2003
(pela editora University Press of the Pacific) e uma edição de 2010; no site ebook.liv.hku.hk em versão
digitalizada uma edição de 1922, todas estas edições em inglês. Também no archive.org estão
digitalizados exemplares do Text-Book in the History of Education de 10 edições diferentes (1905, 1906
1908, 1910, 1911, 1914, 1916, 1926, 1930 e 1935). Mesmo que as informações apresentadas não sejam
conclusivas no que respeita aos dados de publicação e circulação, pois o mapeamento não está
completo, os dados indicam que houve um expressivo número de edições e que ainda no século XXI
(2003 e 2010) o livro foi reeditado.
viii
Na edição de 1939 informado “tradução de Nelson Cunha de Azevedo do original norte-americano A
Brief Course in the History of Education”. Não foi informada qual a edição norte-america tomada como
referência para a tradução.
ix
Na edição de 1946 informado “tradução de Nelson Cunha de Azevedo do original norte-americano A
Brief Course in the History of Education”. Não foi informada qual a edição norte-america tomada como
referência para a tradução.
x
Na edição de 1939 informado como vinculação institucional do Professor Nelson Cunha de Azevedo
“Assistente da Secção de Educação da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São
Paulo”. Já na edição de 1946 foi informado como vinculação institucional “Professor de Educação da
Escola Normal de São Paulo”.
xi
Na edição de 1952 informado que a tradução foi de Idel Becker e Therezinha G. Garcia a partir do
original norte-americado A Brief Course in the History of Education. Publicado por Macmillan Company,
New York, 1949. Não foi identificada a vinculação institucional dos tradutores.
xii
Na edição de 1976 informado que a tradução foi de Idel Becker a partir do original inglês A Brief
Course in the History of Education. Publicado por Macmillan Company, New York, 1949.
xiii
Na edição de 1976 foi informada como vinculação institucional do professor Idel Becker: “Da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Mackenzie (Secções Letras e Pedagogia).
xiv
Tiragem do livro História da Educação de Paul Monroe por edição: 4.150 (1939); 4.025 (1946);
4.050(1952); 5.075 (1953); 5.011 (1956); 7.940 (1958); 4.026 (1968); 3.010 (1969); 4.084 (1970); 8.934
(1972); 4.049 (1976); 4.086 (1977); 5.068 (1978); 10.000 (1979); 3.916 (1983); 3.214 (1984); 3.156
(1985); 3.167 (1987). Fonte: TOLEDO (2001) citada por ROBALLO, 2012.
xv
Fonte: TOLEDO, Maria Rita de Almeida. A indústria de livros, a materialidade do impresso e o campo
educacional: reflexões sobre a organização do acervo História da Companhia Editora Nacional.
Congresso Brasileiro de História da Educação, eixo 1, 2004. Acesso www.sbhe.org.br em 25/08/2012.
xvi
ROBALLO, Roberlayne de Oliveira Borges. Livros de História da Educação da Coleção Atualidades
Pedagógicas (1933 – 1977): um espaço de memória da formação docente. Anais VI CBHE 2011. Vitória
ES. ISSN 2236.1855.
xvii
As referências bibliográficas são apresentadas ao final de cada capítulo. Alguns apenas num bloco, na
grande maioria deles as referências estão indicadas por blocos de especificidades. No total são 323,
assim distribuídas: cap.1 (6 referências); cap.2 (9 ref.); cap.3 (23 ref.); cap.4 (12 ref.); cap.5 (31 ref.);
cap.6 (48 ref.); cap.7 (26 ref.); cap.8 (35 ref.); cap.9 (29 ref.); cap.10 (24 ref.); cap.11 (34 ref.); cap.12 (21
ref.); cap.13 (25 ref.) o capítulo 14 como conclusão não apresenta referências.
xviii
Esclarece-se que o exemplar consultado está em estado bastante precário, com duas páginas soltas,
justamente a dos quadros cronológicos em função disto a indicação dos capítulos 9 e 10 foi feita por
aproximação temporal e de conteúdo.
xix
O número de notas de rodapé nesta edição é menor do que na edição de 1976. 1 nota dos editores p.
XXI; 2 notas do tradutor (páginas 297 e 300) e uma nota do autor indicando uma referência de citação
direta (p. 342).
xx
Nota dos editores 1 p. XXVII; notas do tradutor 18 (páginas 5; 12; 35; 36; 42; 43; 44; 47; 57; 60; 110;
212; 245; 249; 275; 278; 300 e 332); notas de esclarecimento apresentadas pelo autor 7 (páginas 3; 5;
83; 209; 344; 346 e 352) e notas de referências bibliográficas 15 (páginas 14; 57; 73; 90; 215; 217; 248;
252; 253; 271; 275; 333; 344; 346 e 352).
xxi
Tomou-se como referência para a comparação a edição de 1907 do A Brief Course in the History of
Education e a Edição de 1935 do Text-Book in the History of Education acessado pelo www.archive.org
em janeiro de 2013.
xxii
Foi realizada também a conferência do A Brief Course in the History of Education nas edições de 1912,
1914, 1916, 1924 e 1928, nestas também não constam referências bibliográficas.
xxiii
A comparação foi realizada do livro na edição publicada em 1935 (livro digitalizado pertencente ao
acervo do archive.org).
xxiv
Introdução por exemplo, da matemática prática, agrimensura e navegação.
Download

UM CURSO BREVE DE HISTORIA DA EDUCACAO