Fundos têm US$ 27 bilhões para investir
E podem chegar em sua escola - Qual deve ser o
DNA de sucesso dos escolhidos?
Existem hoje no País 150 fundos com capital para aplicar em
empresas; retorno esperado por investidores é de 20% a 30% ao
ano
O setor de fundos de investimentos que compram participações
em empresas, ou private equity, tem US$ 27 bilhões disponíveis
para investir no País, segundo estimativas de Sidney Chameh,
presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture
Capital (Abvcap).
No País atuam cerca de 150 fundos, nacionais e estrangeiros,
administrado por um grupo de 110 gestores. “Há quatro anos,
esse montante disponível era de US$ 5 bilhões”, diz Chameh, dando ideia do potencial do setor.
“Os recursos vão crescer muito mais, porque essa é uma atividade que gera emprego, renda,
divisas fiscais, o que leva ao desenvolvimento sustentado no longo
prazo.”
Mas esse dinheiro todo não está no mercado para filantropia.
Chameh diz que o objetivo dos fundos é ganhar dinheiro. “Nunca
entramos em um negócio se percebemos que iremos ganhar o
mínimo”, diz ele. Para o investimento ser atraente, tem de
proporcionar ganhos mínimos de 20% a 30% ao ano. Para isso, os
investimentos médios vão de 30% a 40% do capital da companhia.
Há casos em que os fundos compram de 60% a 100%, mas isso
não é comum no mercado.
Atrás de empresas ótimas
Os fundos estão em busca de empresas “ótimas”, na classificação do presidente da entidade.
Isso significa que ela deve reunir uma série de características, como ser formada por um time
experiente, qualificado e ético; deve ter um produto “vencedor”, diferenciado e de qualidade;
atuar num mercado em crescimento e que não tenha vícios regulatórios; além de proporcionar
ao fundo uma oportunidade de saída.
Esses fundos fazem aportes nas companhias por determinado período, de quatro a cinco anos,
na média. Em alguns casos, no entanto, o prazo se estende para sete a dez anos. Para sair do
capital da empresa, as duas opções mais comuns são a venda da
participação em Bolsa de Valores, por meio da abertura de capital da
empresa ou a venda da companhia propriamente. Segundo Chameh, a
terceira alternativa de saída do fundo não é muito bem vista no
mercado, pois representa a venda da participação para o
empreendedor inicial. “A última, derivada dessa, é a liquidação da
companhia, seu resgate.”
Chameh afirma que não é comum ocorrer a venda das ações para o
próprio empreendedor. Uma opção é a criação de um novo fundo de
investimento, que compre a participação. “Podemos também fazer com
que a empresa guarde uma parte do lucro para recomprar a
participação do fundo”, diz.
Nelson Rocco, iG São Paulo
Fonte: IG
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