2014: CINCO TEMAS EM EVIDÊNCIA
uma sobrevalorização dos imóveis em
função da renda de no máximo 75%.
ECONOMIA
Conforme perspectivas do FMI, o
crescimento da economia global em 2014
deverá ser de 3,7%. Com expectativa de
crescimento de 2,3%, a economia
brasileira deverá crescer abaixo do níveis
globais,
impactada
pelo
baixo
investimento e pressão inflacionária.
Com a tendência de corte monetário
americano,
pode-se
esperar
uma
desvalorização do real impulsionando as
exportações de commodities, ainda que de
forma mais amena devido às perspectivas
de desaquecimento do mercado chinês e a
estagnação da economia europeia, que
juntos representam aproximadamente
40% das exportações brasileiras. O baixo
investimento da indústria brasileira
continuará
contribuindo
com
as
importações de produtos manufaturados,
porém em menores níveis quando
comparados aos anos anteriores.
MERCADO IMOBILIÁRIO
As
perspectivas
para
o
mercado
imobiliário brasileiro para o ano de 2014 é
um dos pontos mais controversos entre os
analistas. A alta demanda por casas
populares, aliado à baixa taxa de
desemprego, bem como às melhores
condições de crédito e o aumento da
poupança sinalizam que ainda há espaço
para o crescimento do setor.
Por outro lado, o aumento do valor dos
imóveis em relação ao aumento da renda
familiar tem sido extremamente alto, em 9
anos a valorização do imóvel foi 108%
maior que o aumento da renda familiar –
em período pré-crise do subprime, países
como Portugal e Espanha apresentaram
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As incorporadoras estão estudando novos
empreendimentos com mais cautela,
indicando que o setor não deverá atingir o
mesmo desempenho dos anos anteriores.
INFLAÇÃO
30%
SELIC vs. IPCA (12 M) vs. USD
IPCA
SELIC
USD
3,00
25%
2,50
20%
2,00
15%
1,50
10%
1,00
5%
0,50
0%
-
Fonte: Bacen
O IPCA fechou o ano de 2013 em 5,91%,
acima da meta de 4,5%. Não havendo
perspectiva de redução dos gastos públicos
para conter a pressão inflacionária, será
necessário um aperto da política
monetária via aumento da taxa de juros,
inibindo os investimentos e o aumento da
renda real, política contrária ao que o
governo vem demonstrando nos últimos
anos, e desacreditada principalmente em
ano de eleição, quando o incentivo ao
consumo tende a se destacar na política
pública.
A pressão inflacionária deverá ser
agravada pela desvalorização cambial e a
dependência do consumo de bens
manufaturados importados.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO - RATING
As principais agências de rating têm
observado alguns motivos para olhar a
economia brasileira com mais cautela.
Devido às desonerações fiscais feitas pelo
governo no último ano, e à continuação
dos elevados gastos de seu orçamento o
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2014: CINCO TEMAS EM EVIDÊNCIA
governo tem apresentado dificuldades em
registrar um resultado superavitário.
Além disso, o governo vem sendo acusado
de criar mecanismos como a contabilidade
criativa para apresentar um superávit
primário, tomando a atenção dos
investidores e das agências de ratings. Em
2013 o Brasil sofreu piora nas perspectivas
de ratings de algumas agências (S&P e
Moody’s). Havendo downgrade durante o
ano de 2014, o Brasil deixará de ser visado
por investidores que agora buscam a
retomada do crescimento americano,
fazendo com que haja fuga de capital do
Brasil, diminuindo investimentos e
também desvalorizando a moeda nacional
frente ao Dólar.
taxa de juros com propósito de aumentar o
emprego e a produção no curto prazo.
Entretanto devido ao contexto econômico,
o Banco Central deverá ser avesso a essa
política, restando poucos instrumentos de
políticas econômica de curto prazo para
animar o consumidor. A esperança de
êxito da seleção brasileira na Copa do
Mundo não pode ser descartada do cenário
político, onde o bônus da vitória deverá ser
intensamente aproveitado pelo governo.
ELEIÇÕES
As eleições devem ter destaque no ano de
2014 com forte apelo ao grau de
insatisfação da população, o qual ficou
evidente com a ocupação das ruas em
julho de 2013. O estímulo da economia,
sobretudo via incentivo ao consumo pode
ser uma saída para contornar a situação.
Todavia, a política econômica posta em
pratica pela presidente durante seus três
anos de mandato não lhe permite usar os
instrumentos de política econômica como
fez o ex-presidente Lula quando a elegeu
em 2010. Neste contexto pode-se esperar
uma pressão política para a redução da
Este relatório se baseia em pesquisa secundária de mercado, em análise de informações financeiras
disponibilizadas por terceiros bem como opinião de profissionais do setor. A Crívah Consultoria deixa claro que
não verificou de forma independente, qualquer informação fornecida ou à sua disposição e por isso não garante,
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definitivas nem como garantias de desempenho ou de resultados futuros. Além disso, os dados e as interpretações
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