w w w. a i b a . o r g . b r
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
associação de agricultores e irrigantes da bahia
Eles estão
chegando
A nova geração de produtores está disposta a permanecer no campo
e a dar continuidade aos negócios da família. É sangue novo chegando
para renovar o agronegócio do Oeste da Bahia.
2
notas
safra
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
ANIVERSARIANTES DO MÊS
Inema com novo
endereço
A
Central de Atendimento (Atend) do
Instituto de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Inema) passou a funcionar, desde o dia 02 de fevereiro, no andar Térreo
da nova sede da autarquia, localizada no
Centro Administrativo da Bahia (CAB), na
6ª Avenida, nº 600, (próximo ao Tribunal
de Contas do Estado). Todo e qualquer
atendimento, protocolo e envio de documentações deverá ser realizado na nova
sede ou no SAC da Boca do Rio.
Trilhos da Fiol
Adab tem novo
diretor-geral
C
O
ziel Oliveira é o novo diretor-geral da
Agência de Defesa Agropecuária da Bahia
(Adab). Ele tomou posse no dia 23 de fevereiro
e assumiu o compromisso de continuar trabalhando para o agronegócio crescer, contribuindo assim com o Produto Interno Bruto
(PIB) baiano. A Adab é uma autarquia vinculada à secretaria da Agricultura (Seagri) que
fiscaliza e inspeciona a atividade agropecuária
em prol da zoofitossanidade no Estado. A Aiba
participou da solenidade de posse, realizada
em Salvador, através de seu diretor de Relações Institucionais, Ivanir Maia.
omeçaram a ser assentados os trilhos
dos lotes 3 (Tanhaçu) e 4 (Brumado) da
Fiol. O lote 3 possui 115 quilômetros e o lote
4 tem 177 quilômetros. 75% da obra dos
dois lotes já estão concluídos, devendo ficar
totalmente prontos até dezembro de 2015.
Mudança na Seagri
T
omou posse, no dia 06 de fevereiro, o novo
secretário estadual da Agricultura, Pecuária,
Irrigação e Pesca, Paulo Câmera. Além de já ter
assumido a secretaria de Ciência e Tecnologia
(Secti) durante o governo Jaques Wagner, Paulo
Câmera foi um dos responsáveis pela reestruturação da Companhia de Desenvolvimento e
Ação Regional (CAR), que agora tem vinculação
com a secretaria da Agricultura.
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ANTONIO BORTOLOZZO
CLAUDINIR BORTOLOZZO
EUCLECIO LUIZ ELGER
JOVALDIR BATEZINI
LEONILDO JOSE DE FAVERI
MORINAGA KONIJIO
ROBERTO BORTOLOZZO
THAIS DE PROENÇA DA MATA SOBREIRA
EVALDO ANTUNES
JORGE FUKUDA
MARCIO JOSE LIBERALI
PATRICIA WUSTRO BADOTTI
MARCELINO FLORES DE OLIVEIRA
RAFAEL SCHERMACK
VANDERLEI LUIZ MARANGON
CELSO JOSE SANTIN
JULIO CEZAR BUSATO
MARCIO LUIZ DE RESENDE
ADAN VINICIUS SANTOLIN
LEONIDAS FERNANDES LIMA
ARMANDO JULIANI
JOAO WALTER MARTINS M. PEREIRA
ANTONIO DE LIMA ALINO
ANTONIO FERREIRA
GILMAR DE SOUZA
KOWALSKI E COSTA LTDA
ROMEU ISIDORO REIMAM
ANDRE CASSOL LOPES
IRINEU JOSE SCHMIDT
VALDIR VILMAR TIMM
MARCELO HIROSHI SHIRABE
OSCAR HENKE
AMARILDO MARIO GEMELLI
BRUNO MUNIZ COSTA
EGON SCHWINGEL
LEOMAR JOSE RECKERS
MARIA EDNA DE SOUZA
MILTON CESAR ZANCANARO
EDUARDO ACYLINO COSTA CANCELADO
AIRTON JOSE ORO
ANA PAULA SCMITTZ GOLIN
EVERTON MARTINS DE OLIVEIRA
IKUO ICHIDA
NEIMAR WALKER
SUANI GONALVES DE LIMA
ALBERTO ANTONIO ZANINI
JORGE REIJI TABUSADANI
ROSICLEIA DO ROCIO FLIZICOSKI CERRATO
JOSE VOLTER LAURINDO DE CASTILHOS
JULIO MIKIO WATANABE
MICHELLI RIEDI
JOAO LUIZ RYZIK
ANTAO VLADIMIR DE SOUZA LEITE
JOAO ANTONIO FRANCIOSI
DARCIO PAULO WILLMS
EGIDIO DAL MOLIN
JOSE MILTON DA SILVA
MARIZA NAZARI FORMAGIO
CHRISTIMAS FERNANDES VASCONCELLOS
JOSE ANTONIO DAL MOLIN
VALDEMAR MARANGON
MARILETE DE FATIMA ZANCANARO MOTTER
DIRCEU MONTANI
MOACIR BERNARDINO WUSTRO
NEIVA GHLEN WUSTRO
ARMIN KLIEWER
JAIME DANIEL NEGRI
JARBAS LUIS FRIZON
MARCIO ASTOR POOTER
MAURICIO LUIZ KALSING
VANDERLEI CASSOL
LUCIO STRACCI
NEI CASTELLI
AIRTON JOSE BIEZUS
ALEX SANDRO DARIO
DIEGO DI DOMENICO
JULIO CESAR PINTO MORAES
ELIANA MARIA PASSOS PEDROSA
MARIO HIDEYAKI KURODA
VOLNEI MARTINAZZO
WERNO ELGER
EDISON ROBERTO DIPP
JOAO CARLOS JACOBSEN RODRIGUES FILHO
Oeste da Bahia apresenta novo
levantamento para safra 2014-15
D
e acordo com o 2º levantamento para a
safra 2014-15, realizado pelo Conselho
Técnico da Associação de Agricultores e
Irrigantes da Bahia (Aiba), os efeitos da estiagem que atingiu o Oeste da Bahia, entre os meses de dezembro e janeiro, provocaram perdas
significativas nas culturas de soja e milho.
A região manteve a previsão de plantar
1,42 mi hectares de soja, porém a produtividade média esperada por hectare se retraiu de 56 sacas para 50 sacas.
Segundo o levantamento do Conselho
Publicação mensal pela Associação de
Agricultores e irrigantes da Bahia - Aiba
safra 2013-14
tc
Área (ha)
Av. Ahylon Macêdo, 11
Boa Vista, Barreiras-BA | CEP: 47.806
Tel.: 77 3613-8000 | Fax: 77 9613.8020
Comentários sobre o conteúdo desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhados para o e-mail [email protected]. A reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação é permitida desde que citada a fonte.
| Associação de agricultores e irrigantes da Bahia
Técnico, o milho foi a cultura que mais sofreu com a estiagem. Havia uma expectativa inicial de se colher uma média cerca
de 163 sc/ha que, neste momento, se reduz para 135 sc/ha; sendo mantida a área
plantada de 220 mil hectares.
Os números apresentados para soja e
milho só poderão se concretizar após a finalização da colheita das duas culturas, o
que deverá ocorrer em abril para a soja e
em maio para o milho.
Para o algodão, que teve o plantio con-
2° LEVANTAMENTO DA SAFRA 2014/15 NO OESTE DA BAHIA
culturas
Redação e Edição: Rassana Milcent
Aprovação Final: Ivanir Maia
Projeto Gráfico e Editoração: Leilson Castro - Marca Studio de Criação
Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro
Tiragem: 2.500 exemplares
www.aiba.org.br
cluído no dia 10 de fevereiro, os efeitos da
estiagem ainda não podem ser avaliados,
mas a perspectiva é de que a região alcance
uma produtividade recorde de 270 ha/hectares, chegando a 1,17 mil de toneladas da fibra.
O Conselho Técnico da Aiba é formado
por representantes de associações de produtores, sindicatos, multinacionais, instituições financeiras e órgãos governamentais
que se reúnem de acordo com os calendários de plantio e colheita das safras do Oeste da Bahia, ou em momentos estratégicos
para deliberação de assuntos pertinentes
ao setor produtivo. As previsões são feitas
sempre considerando fatores como, perspectivas de mercado, nível tecnológico, condições climáticas e controle fitossanitário.
2ª Estimativa Safra 2014-15
Produtiv.
Produção
vbp
4º -Set/12
(t)
(milhões R$)
Área (ha)
Produtiv.
Variação (%) 3º Lvto
Safra -2013/14
Produção
vbp
4º (t - m³)
(milhões R$)
Área
Prod
vbp
soja (sc)
t
1.274.000
42,2
3.225.768,0
2.399,8
1.420.000
50,0
4.260.000,0
3.739,5
11,5
32,1
55,8
algodão (@ / Capulho) - Oeste
t
285.206
267,0
1.142.250,0
1.951,3
290.000
270,0
1.174.500,0
2.352,9
1,7
2,8
20,6
milho (sc)
t
245.500
145,0
2.135.850,0
912,4
220.000
135,0
1.782.000,0
638,6
(10,4)
(16,6)
(30,0)
6.503.868,0
5.263,5
1.930.000
7.216.500
6.731,0
total geral
www.aiba.org.br
1.804.706,0
Associação de agricultores e irrigantes da Bahia |
3
4
INSTITUCIONAL
INSTITUCIONAL
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
Mais energia
para o Oeste
da Bahia
T
Aiba participa de reunião no ministério
da Agricultura sobre o Matopiba
Agricultores do Oeste baiano
têm sua primeira audiência com
o vice-governador João Leão
O
O
presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, participou da uma reunião
com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu,
realizada no dia 11 de fevereiro, na sede do
ministério, em Brasília. Também estavam presentes, o secretário da Agricultura da Bahia,
Paulo Câmera; o presidente da Embrapa, Mauricio Lopes; o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Moretti; e o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário
da Seagri (SDA) da Bahia, Almeida Junior. Na
ocasião, foi apresentado o programa do Mapa
intitulado “Inteligência Territorial e Expansão
da Agropecuária”, voltado para o Matopiba.
O programa foi estruturado com base nas
seguintes áreas de estudo: recorte territorial
(biomas, microrregiões e delimitação geográfica), quadro natural (agrícola, infraestrutura e
logística) e quadro econômico. Com isto definido, foi elaborado um planejamento de atuação
para a Embrapa e seus parceiros.
Para o recorte territorial do Matopiba, onde
se definiu os limites territoriais da região, foram utilizados os critérios da dinâmica de exploração agrícola, áreas de Cerrado, aspectos
econômicos e infraestrutura disponível.
A definição dos quadros natural e econômico da região identificou um grande número
de pequenos produtores que possuem renda mensal menor que dois salários mínimos.
Com base nestes dados, a ministra destacou
a necessidade de se melhorar o IDH da região,
uma vez que o Matopiba tem um enorme potencial de crescimento. “A região carece de
infraestrutura e de logística e vamos trabalhar
duro para resolvermos estas questões”, disse
a ministra Kátia Abreu.
"A região carece de
infraestrutura e
de logística e vamos
trabalhar duro
para resolvermos
estas questões
Kátia Abreu, Ministra da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
| Associação de agricultores e irrigantes da Bahia
Representando 1.300 agricultores do Oeste
da Bahia, o presidente da Aiba falou que a região,
hoje, cultiva 300 mil hectares de algodão e que,
por sua produtividade e qualidade de fibra, poderá, rapidamente, chegar a um milhão de hectares
cultivados. Por conta disso, Busato salientou a
necessidade de instalação de um núcleo de pesquisa da Embrapa Algodão na região.
O presidente da Aiba ressaltou o efeito positivo que a agricultura, a pecuária e a
agroindústria trouxeram para as populações
do oeste baiano, especificamente, e se disponibilizou a colaborar com a ministra para
a criação de uma agencia de desenvolvimento regional com a participação dos governos
estadual, municipal e Federal, além da iniciativa privada para, juntos, buscarem soluções e projetos que venham a resolver os
problemas e entraves que atrasam o desenvolvimento da região e privam as populações
existentes de uma melhor qualidade de vida.
Na ocasião, o Júlio Busato entregou os
convites da Bahia Farm Show para a ministra Kátia Abreu e para a presidente da República, Dilma Rousseff. A Feira será realizada de 02 a 06 de junho de 2015, em Luís
Eduardo Magalhães (BA).
www.aiba.org.br
presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, esteve no dia 04 de fevereiro, com o
vice-governador e secretário estadual
de Planejamento, João Leão, em Salvador.
Busato cumprimentou o vice-governador e
falou sobre a necessidade de se discutir e
planejar obras estruturantes para o desenvolvimento do Oeste baiano. Também participaram da reunião, o ex-secretário estadual
dos Portos, Carlos Costa, e a assessora da
Presidência da Aiba, Rosi Cerrato.
“ As questões de infraestrutura que, normalmente, envolvem estradas, energia elétrica, telefonia e a implantação de novos modais
para escoamento da produção agrícola do
Oeste, são antigas na região. Para que possamos ganhar competitividade e a população
ter mais qualidade de vida, o planejamento é
fundamental. Estamos buscando o benefício
de todos”, afirmou o presidente da Aiba.
O vice-governador reafirmou seu compromisso com a região e disse que, além
das obras da Fiol e da BR 020, que já estão
em andamento, fará um planejamento junto
com prefeitos e associações da região para a
construção de novas estradas.
Um dia antes (03), João Leão esteve em
www.aiba.org.br
Barreiras para inaugurar a Câmara Especial
de Justiça do Oeste, a primeira unidade fora
da capital. Antes de iniciar sua agenda de
trabalho, ele esteve na sede da Associação
de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Ele foi recepcionado por diretores da Aiba
que o parabenizaram pela eleição e colocaram a Associação à disposição para auxiliar
no que for necessário para promover o desenvolvimento do Oeste do Estado.
“É importante que o vice-governador saiba que pode contar conosco sempre que o
assunto for à promoção do desenvolvimento
de nossa região. Entendemos que a colaboração mútua é o caminho para o crescimento do Oeste”, afirmou Ivanir Maia, diretor de
Relações Institucionais da Aiba.
Após a visita, o vice-governador partiu
para um almoço com lideranças da região
e, em seguida, participou da inauguração da
Câmara Especial de Justiça do Oeste. João
Leão estava acompanhado pelo deputado
estadual, Antônio Henrique Júnior; pelo prefeito de Barreiras, Antônio Henrique; pelo
prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz e pelo prefeito de São Desidério, Demir Barbosa.
ratar sobre a ampliação do serviço
de energia elétrica para o Oeste da
Bahia. Este foi o principal assunto da
audiência do presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, com o secretário estadual de
Infraestrutura, Marcus Cavalcanti; o pres.
da Coelba, José Roberto Bezerra de Medeiros; e o superintendente de operações
da Coelba, Eduardo Gerardi, no dia 04 de
fevereiro, em Salvador. Também estava
presente, a assessora da Presidência da
Aiba, Rosi Cerrato.
O presidente da Aiba explicou que a
ampliação e a regularidade do serviço de
energia elétrica são fundamentais para o
desenvolvimento da agricultura praticada
na região, à medida que permitirá a ampliação das áreas irrigadas e facilitará a
instalação de agroindústrias no local.
“Vamos trabalhar, em conjunto, para
acelerarmos as obras de subestações
como a de São Marcelo e a do Pratudão,
e demais redes de distribuição de energia. A Aiba vai mobilizar seus produtores
associados para que sejam reunidas as
demandas de energia elétrica por localidade e, em seguida, repassará a Coelba.
O passo seguinte será o envio destas informações para a ANEEL, para que seja
definido o percentual de investimento”,
explicou Busato.
Associação de agricultores e irrigantes da Bahia |
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6
INSTITUCIONAL
INSTITUCIONAL
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
Aiba participa da posse
dos deputados estaduais
do Oeste da Bahia
Produtores do Oeste da Bahia
garantem preservação ambiental
no Parque Nacional do Rio Parnaíba
O
s limites do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba foram
alterados pela lei no 13.090, assinada pela presidente Dilma Roussef e
publicada no Diário Oficial no dia 13 de janeiro de 2015. O Parque, criado em 2002 para assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, teve sua área ampliada de 729.813 hectares (ha) para 749.848
ha. A mudança da área do Parque teve participação e contribuição da Associação dos Produtores Rurais da Chapada das Mangabeiras (Aprochama).
O texto da lei desocupa uma área ao sul do Parque, composta por vegetação típica de Cerrado, em diferentes níveis de recuperação, onde havia
monocultura de grãos. Além disso, foram incorporadas áreas das nascentes do Rio Corrente (Bahia), da Serra do Lajeado (Tocantins) e da Área de
Proteção Ambiental do Jalapão (Tocantins).
Com esta ação, os agricultores da região vão buscar que os grãos produzidos
no entorno do Parque ganhem um Selo Verde, símbolo de produção responsável;
além de assegurar o ganho ambiental para toda a população da região.
Localizado entre os limites dos Estados do Piauí, Maranhão, Bahia e
Tocantins, o Parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A unidade serve de espaço para a
realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de
educação, recreação e turismo ecológico. A nova lei garante a preservação dos recursos naturais do parque e das nascentes do Rio Parnaíba, que
constitui a segunda maior bacia hidrográfica do Nordeste.
O
presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, prestigiou a posse dos deputados estaduais, representantes do Oeste da Bahia e que vão defender
o agronegócio, na Assembleia Legislativa. A solenidade foi realizada
no dia 02 de fevereiro, em Salvador, e também teve a participação do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras, Moisés Schmidt;
e dos vice-presidentes da Abapa, Luís Carlos Bergamaschi e Paulo Mizote.
Eleitos no dia 05 de outubro, os deputados Eduardo Salles (PP), Vitor
Bonfim (PDT), Antônio Henrique Júnior (PP) e Luiz Augusto (PP), foram diplomados durante a sessão de início dos trabalhos da 18ª legislatura da
Assembleia Legislativa. Neste momento, eles fizeram o juramento prescrito
pela Carta Estadual, ato que completou a posse dos mandatos.
O presidente da Aiba falou sobre a importância de ter representantes do
Oeste da Bahia no legislativo. “O Oeste da Bahia está a mais de 800 km da
capital e, é fundamental, que tenhamos representantes nossos na Assembleia; gente que conhece nossas necessidades e vai trabalhar pelo desenvolvimento da região”, disse Busato.
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Associação de agricultores e irrigantes da Bahia |
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capa
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há dois anos trabalhando com a família, as dificuldades da
nova geração são outras, tendo que ser “cada vez menos
agricultor e mais empresário do setor rural”.
“Diferente da geração passada que tinha como grande
problema a produção de alimentos em terras consideradas inférteis; a nova geração já começa a trabalhar com
tecnologias avançadas de produção e informação, além de
enfrentar gargalos como logística, segurança de preços,
tributações e muito mais”, afirmou Carolina acrescentando que “os fatores de risco aumentaram assim como o
custo de produção”.
Através do Produjovem, Carolina participou do 14° Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, realizado em
agosto de 2014, na cidade de Bonito (MS). Segundo ela,
ter participado deste evento, foi importante porque pôde
ampliar seus conhecimentos sobre um sistema de plantio
ecologicamente correto e que contribui para a eficiência
do processo produtivo.
Participar do Produjovem é o primeiro passo para conhecer o agronegócio de maneira global, compreendendo
sua ligação com outros setores como econômico, ambiental, legal, social e tributário. É ainda o fortalecimento dos
laços do associativismo.
Os produtores precisam
somar esforços para
viabilizar questões
como infraestrutura e as
diretrizes da legislação
ambiental"
Elisa Zanella, Bióloga.
Está chegando
ao grupo familiar com
um conhecimento teórico
atualizado e com muita
vontade de levar os
negócios adiante.
Isabela Busato,
estudantes de Engenharia Agronômica.
De pai para filho
Prontos para
fazer a diferença
E
m uma ação para preparar sucessores
e futuros líderes do setor agrícola no
Oeste da Bahia, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) criou e
implantou o Produjovem. O programa busca
aproximar os filhos dos associados do dia a
dia do agronegócio, através do incentivo da
participação destes jovens produtores nos
trabalhos desenvolvidos pela Associação.
Criado há dois anos, o Produjovem conta
com a atuação direta de, aproximadamente,
15 jovens. Eles frequentam as reuniões semanais de planejamento das ações da Aiba
e acompanham discussões, por todo o país,
de temas essenciais para a sustentabilidade do agronegócio.
Bióloga por formação, Elisa Zanella participa das ações do Produjovem desde o começo, mas seu trabalho de articulação em
prol do agronegócio teve início anos antes
com sua entrada no Comitê da Bacia do Rio
Grande. Ela chegou a ocupar o cargo de vice-presidente durante o biênio 2012-14, representando os usuários da Bacia. Hoje, é a
secretária do Comitê e define esta participação como fundamental para o setor agrícola e, principalmente, para os irrigantes.
Elisa explica que o Comitê, junto com
órgãos estaduais e empresas contratadas,
estão elaborando o plano de gestão das
águas da Bacia para, a partir daí, definir o
valor cobrado pelo uso destas águas e onde
| Associação de agricultores e irrigantes da Bahia
os recursos arrecadados serão aplicados.
“É, de suma importância, participarmos
ativamente deste colegiado formado pelo
poder público, usuários e sociedade civil”,
disse Elisa que defende o associativismo
como o caminho para resolver questões que
precisam ser trabalhadas através do todo.
“Os produtores precisam somar esforços
para viabilizar questões como infraestrutura e as diretrizes da legislação ambiental,
por exemplo”, disse.
A compreensão de que ser agricultor vai
além da porteira das fazendas está sendo
percebida por todos os jovens produtores
que se engajaram no grupo. Para Carolina
Zuttion, Engenheira Agrônoma formada e
www.aiba.org.br
Ciente das dificuldades, mas disposto a empreender,
Everton Oliveira, arrendou 360 ha e está começando a plantar
soja. “O objetivo é aprender de fato e ainda posso contar com
a experiência de meu pai”, explica Everton que está concluindo o curso de Administração e se preparando para, um dia,
dar continuidade aos negócios da família. Além da faculdade,
ele estagiou em todos os setores administrativos da empresa (compras, financeiro, RH e comercialização de grãos) para
conhecer o funcionamento e identificar necessidades. “Meu
objetivo é profissionalizar a gestão do negócio; sair do patamar
de empresa familiar e tornar uma empresa com processos
bem definidos, metas e outras coisas”, concluiu Everton.
Quem também está se preparando para assumir os negócios da família são os estudantes de Engenharia Agronômica, Isabela Busato e Seiji Mizote.
Futuro gestor de um grupo com propriedades em três
municípios do oeste baiano, Seiji está estagiando no setor
administrativo da empresa e, quando concluir o curso superior, tem planos de fazer uma pós-graduação voltada para
gestão do agronegócio e também de buscar, no exterior,
ações inovadoras que possam ser aplicadas na região.
Já Isabela, neta de agricultores que até hoje moram e
participam do dia a dia da fazenda, diz que “está chegando ao grupo familiar com um conhecimento teórico atualizado e com muita vontade de levar os negócios adiante”.
Prestes a concluir o curso, ela tem participado das reuniões semanais da Aiba e se prepara para fazer um estágio
na área de economia.
Independente da área de formação acadêmica de cada
um destes jovens, o fato é que eles estão dispostos a permanecer no campo e a dar continuidade aos negócios da
família. É sangue novo chegando para renovar o agronegócio do Oeste da Bahia.
www.aiba.org.br
Meu objetivo é
profissionalizar a gestão
do negócio"
Everton Oliveira,
estudante de Administração.
Tem planos de se
pós-graduar em gestão
do agronegócio.
Seiji Mizote,
estudantes de Engenharia Agronômica.
Diferente da geração
passada, a nova geração
já começa a trabalhar
com tecnologias
avançadas de produção
e informação"
Carolina Zuttion, engenheira Agrônoma.
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capa
responsabilidade social
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
Entre
jovens
Lar Esperança renasce
com o apoio do Fundesis
A
nova geração de agricultores que
participam do Produjovem visitou a
Fazenda Modelo, do Programa Jovem
Aprendiz no Campo, no dia 10 de fevereiro.
Eles conheceram a estrutura do local e conversaram com os estudantes que estavam
no último dia da aula de mecanização.
A primeira vista, o que mais impressionou
aos jovens produtores foi o grande número
de mulheres na turma de aprendizes, o que
mostra que a mão de obra do agronegócio
começa a passar por uma mudança de perfil.
As mulheres deixam de fazer apenas o serviço administrativo para se dedicar ao campo.
Gislayne Menezes tem 18 anos e já era
formada em técnico agrícola quando chegou ao Programa Jovem Aprendiz. Ela conta
que as dúvidas que tinha sobre a formação
escolhida e o caminho a seguir, se acabaram na Fazenda Modelo. “Em quatro meses
de aula prática, tudo mudou. Hoje, estou
amando o trabalho no campo”, disse.
O jovem produtor Seiji Mizote disse que
no grupo de sua família, embora a maior parte das vagas para mulheres esteja no escritório, já é possível encontrar algumas trabalhando no campo com o monitoramento de
pragas e doenças. E esta é justamente a área
S
Em breve teremos
também um
laboratório para
identificação de pragas.
Isso garante a evolução
do curso e que outros
jovens se interessem"
Helmuth Kieckhofer,
superintendente do Instituto Aiba (IAIBA)
de interesse de Érica Oliveira, aprendiz de 18
anos que, apesar de ter o curso de técnico em
comércio, se interessou pela área de controle
fitossanitário após chegar ao Programa.
Ao participar do Jovem Aprendiz no
Campo, os estudantes aprendem, durante
10 meses, sobre matemática aplicada; saúde do trabalhador rural; importância das
culturas de milho, soja e algodão; preparo
do solo; manejo das culturas; manejo fitossanitário e irrigação, dentre outros. As aulas
teóricas são realizadas no Cetep e a parte
prática na Fazenda Modelo, onde os alunos
podem ter contato com a terra, aprenderam
técnicas de plantio e a operar um trator.
O conhecimento teórico aliado à prática
chamou a atenção da jovem produtora Isabela Busato que está concluindo o curso de
Engenharia Agronômica. “As universidades
não oferecem tantas horas de aula prática
no campo e com maquinário. Este curso é
uma ótima oportunidade de aprendizagem
que deve ser aproveitada”, afirmou Isabela.
Há cinco anos trabalhando com a família,
Elisa Zanella ficou encantada quando viu passar um trator operado por um aprendiz. “Eu
nunca operei um trator”, declarou Elisa, acrescentando que “este é o lugar onde eles podem
errar antes de entrar no mercado de trabalho”.
A necessidade de preparo para encarar o
mercado de trabalho foi avaliada por Carolina Zuttion como um grande diferencial, uma
vez que “existe uma enorme necessidade,
nas fazendas, de pessoas com a prática que
está sendo oferecida”, explicou Carolina.
A Fazenda Modelo possui salas de aula,
auditório, refeitório e banheiros, além de
uma extensa área de plantio onde, atualmente, estão sendo cultivados milho e algodão. Técnicos da Fundação Bahia estão
utilizando o espaço para fazer monitoramento de pragas. O local também abriga
um trator, com o qual são oferecidas aulas
de mecanização. Em breve, será concluída a
instalação do sistema de irrigação.
“Estamos em melhoria contínua. Em breve
teremos também um laboratório para identificação de pragas. Isso garante a evolução
do curso e que outros jovens se interessem”,
afirmou Helmuth Kieckhofer, superintendente do Instituto Aiba (IAIBA) e responsável pela
implantação e funcionamento do Programa
Jovem Aprendiz no Campo.
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ala de estudos equipada, dormitórios
com camas e guarda-roupas, além de
uma cozinha que conta com armários
e eletrodomésticos. Essa é a nova estrutura
do Lar Esperança, proporcionada pelo Fundesis e que foi entregue, na no dia 23 de fevereiro, com a presença de representantes
da Aiba, BNB e colaboradores da entidade.
O novo mobiliário representa um renascimento para a instituição que quase chegou a fechar após um incêndio. “Fizemos
reformas com a ajuda de muitas pessoas
e lutamos para que o projeto continuasse”,
disse Virgínia Araújo, antes voluntária e
agora gestora do Lar Esperança.
Para a reconstrução da instituição, a ajuda
do Fundesis foi fundamental. Segundo a gestora, não havia armário para as crianças colocarem as roupas e os materiais didáticos ficavam
em cima de cadeiras ou em móveis improvisados. “Graças à ajuda vinda do Fundesis, eles
agora moram com dignidade”, disse Virgínia.
O BNB, parceiro da Aiba no Fundesis, foi
representado no evento pela gerente de negócios, Simone de Fátima Tomassi. Pela primeira vez acompanhando uma ação do Fundesis, ela falou sobre a participação do BNB
no trabalho de transformação social feito
pelo Fundesis na região. “O BNB faz questão
de manter a parceria com a Aiba para que,
como este, outros projetos também possam
fazer a diferença na região”, disse ela.
Quem também participou da entrega do
mobiliário, foi a produtora associada e assessora da presidência da Aiba, Rosi Cerrato. Muito emocionada com trabalho desenvolvido pela instituição, chamou de “anjos
protetores” os voluntários do Lar Esperança.
Ela ainda ressaltou que contribuir com um
projeto como este “é um agradecimento que
o produtor oferece a região que o acolheu”.
O Lar Esperança, localizado no município de Barreiras, acolhe 14 crianças e adolescentes em situação de risco decorrente de violência física, psicológica, sexual ou negligência;
e é uma das trinta e oito instituições apoiada
pelo Fundesis, que têm promovido o desenvolvimento social no Oeste da Bahia.
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FITOSSANIDADE
FITOSSANIDADE
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
Entomologista vem
ao Oeste da Bahia
apresentar pesquisa
sobre resistência à
tecnologia Bt
Oeste da Bahia se reúne para
reavaliar as diretrizes fitossanitárias
O
Grupo Técnico do Programa Fitossanitário da Bahia fez sua primeira reunião de
2015, no dia 21 de janeiro, na Fundação
Bahia, em Luís Eduardo Magalhães. O objetivo é
dar continuidade ao trabalho do grupo e reavaliar as diretrizes para a próxima safra.
Com a soja, o milho e o algodão já plantados, o presidente do Conselho Técnico da Aiba,
Antônio Grespan, explica que a reavaliação de
ações é extremamente necessária, uma vez que
a região continua convivendo com a adversidade
climática e sofrendo a pressão de pragas. “Há
a necessidade de implementação dos refúgios;
fazer o controle das pragas nestas áreas de
acordo com o recomendado; procurar utilizar
produtos seletivos, inicialmente, pra você permitir o estabelecimento de inimigos naturais e
fazer rotação de princípios ativos. A conclusão
que nós temos é, ou toda a região nossa faz, ou
nós vamos ter problemas”, disse Grespan.
O trabalho de revisão do Programa Fitossanitário da Bahia é feito a cada nova safra exatamente para a realização de ajustes. Seguindo esta
metodologia, o Programa já conseguiu diversas
conquistas, como a redução dos prejuízos causados por pragas, através da difusão de formas
de controle; solicitação ao Ministério da Agricultura (Mapa) para a criação de um comitê técnico
científico nacional para avaliação do manejo de
resistência, o que resultou no surgimento do Gru-
A
1ª reunião do Grupo Técnico do Programa Fitossanitário da
Bahia, realizada no dia 21 de janeiro, em Luís Eduardo Magalhães, contou com a presença do entomologista paulista, Celso
Omoto. Ele apresentou uma pesquisa que vem desenvolvendo sobre
o manejo e resistência de pragas em relação às proteínas Bt e alguns
inseticidas. Omoto foi um dos pesquisadores que contribuíram para a
elaboração do Programa Fitossanitário da Bahia em 2013.
Trabalhando há mais de 20 anos com pesquisas sobre detecção e monitoramento de resistências, Omoto adequou os métodos
já existentes para a realidade do Oeste baiano. “Nós temos que
detectar os indivíduos que poderiam resistir à ação do inseticida;
não basta apenas sobreviver nos nossos experimentos. Nós certificamos que esses indivíduos que consideramos como resistentes,
conseguem completar o desenvolvimento e, posteriormente, deixar descendentes que também carregam essa característica de
resistência”, explicou o entomologista.
No caso do Oeste da Bahia, Omoto está caracterizando a suscetibilidade para todos os produtos que foram registrados em caráter emergencial. É um trabalho de extrema importância pra acompanhar a suscetibilidade dessas pragas-alvos ao longo do tempo.
Caso seja detectado algum problema, os resultados da pesquisa
servirão para que as estratégias que estão sendo implementadas
no Programa Fitossanitário sejam revisadas.
Uma recomendação feita por Omoto foi a necessidade da utilização do Manejo Integrado de Pragas (MIP) como estratégia para
retardar a evolução da resistência. “Essas tecnologias devem ser
utilizadas de uma forma integrada, incluindo outras táticas de controle biológico que nós deveríamos explorar e, pra isso, pelo menos
no início do estabelecimento dos cultivos, o uso de produtos seletivos aos inimigos naturais é de fundamental importância”, disse.
No final de sua apresentação, o entomologista ressaltou a importância de todos os agricultores trabalharem juntos no combate
às pragas. “Não adianta apenas o produtor ou um grupo de fazendas fazer um bom manejo se o seu vizinho não faz nada. O sucesso
do programa fitossanitário depende da união de todos os produtores, consultores, empresas de insumos, de defensivos, pra que, de
fato, ele seja implementado”, concluiu Omoto.
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po Técnico de Manejo de Resistência (GTMR); solicitação ao Mapa para aprovação de 54 produtos
com registro emergencial e mais um para uso
emergencial, o que ocorreu em tempo recorde; e
a realização de parcerias com a USP/ Esalq e com
a Embrapa para o desenvolvimento de trabalhos
de pesquisas para avaliar manejo de resistência
“Mesmo com esses problemas todos de
Helicoverpa, mosca branca, percevejo e outros problemas graves nos últimos quatro anos,
também por conta da seca, se destacou muito a
parte técnica do oeste da Bahia. Hoje, pode-se dizer que 98% das propriedades fazem monitoramento semanal de suas lavouras; coisa que não
acontecia antes”, afirmou Breda, apresentando
este fato como resultado do trabalho conjunto, feito por produtores e instituições regionais,
que elaboraram e seguiram a risca as diretrizes
preconizadas pelo Programa Fitossanitário. Segundo ele, todas as medidas contribuíram para a
redução do risco de produção na região.
Durante a reunião, ficou definido que será
enviado um documento ao Ministério da Agricultura (Mapa) para o registro de produtos genéricos para serem utilizados no controle de
pragas no oeste baiano. Também foi comentada
a necessidade de se reavaliar produtos registrados para combater o Bicudo do Algodoeiro. Esta
demanda, especificamente, será encaminhada
ao Mapa através da Abapa e da Abrapa.
Hoje, pode-se
dizer que 98% das
propriedades fazem
monitoramento
semanal de suas
lavouras; coisa que
não acontecia antes"
Celito Breda
Grupo Técnico do Programa
Fitossanitário da Bahia
•Coordenador geral: Celito Breda
•Coordenadores das comissões técnicas:
•Comissão do Vazio Sanitário e Refúgio - Luís Kasuya
•Comissão de Inseticidas e Proteínas Bt - Pedro Brugnera
•Comissão de Agentes Biológicos - Marcos Tamai (Uneb)
•Comissão de Pesquisas- Nilson Vicente (FBA) e Antônio Carlos Santos (Abapa)
•Comissão de Outras pragas- Paulo Gouveia
•Comissão de Comunicação - Ivanir maia (Aiba)
•Comissão de Irrigação - Orestes Mandelli
•Presidente do Conselho Técnico da Aiba - Antônio Grespan
Não adianta apenas o
produtor ou um grupo
de fazendas fazer um
bom manejo se o seu
vizinho não faz nada"
Celso Omoto, entomologista
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capacitação
capacitação
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
fevereiro|2015 . ano 23 . nº 230
Atividades do Soja Plus recomeçam
em março no Oeste da Bahia
A
Associação de Agricultores e Irrigantes
da Bahia (Aiba) participou do I Workshop
de Planejamento Soja Plus 2015, realizado pela Abiove e Aprosoja em Cuiabá. Na
ocasião, foi apresentado o balanço de ações
do Programa em 2014, avaliada a assistência
técnica fornecida e realizado o planejamento
de trabalho, para cada estado, em 2015.
Especificamente, no caso do Oeste da
Bahia, onde o Soja Plus foi iniciado em 2014,
124 produtores e gerentes de fazendas participaram do curso de capacitação em legislação trabalhista. Para 2015, o foco do trabalho
serão as questões ambientais e a continuida-
de da capacitação na área trabalhista.
Segundo o diretor de Relações Institucionais da Aiba, Ivanir Maia, o Soja Plus é
um dos mais importantes programas de
gestão nas áreas social, ambiental e econômica voltado aos produtores de soja da
Bahia. “Da mesma forma que os cotonicultores contam com o ABR para orientar adequações nestas áreas, o Soja Plus visa capacitar os sojicultores no mesmo caminho.
Não se trata de uma certificação, mas de
um programa de melhorias contínuas para
que os agricultores envolvidos não fiquem
vulneráveis a notificações por inconformi-
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dades”, disse Maia, acrescentando que a
participação é gratuita, bastando apenas
ser um produtor associado da Aiba.
De acordo com o planejamento realizado
durante o Workshop, as atividades do Soja
Plus, no Oeste da Bahia, recomeçarão em
março. Os interessados em participar, precisam procurar a Aiba e se inscrever.
Em 2014, 1.443 produtores e gerentes
de fazendas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia participaram dos cursos
de capacitação sobre saúde e segurança,
legislação trabalhista, trabalho em altura,
ambientes confinados e gestão rural.
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Dia de campo discute
revigoramento de cafezais
A
Associação dos Cafeicultores do
Oeste da Bahia (Abacafé) realizou, no
dia 07 de fevereiro, o Dia de Campo
de Café do Oeste Baiano, na Fazenda Olinda
dos Gerais, em São Desidério. O objetivo foi
expandir, fortalecer e qualificar o mercado
da cafeicultura, além de trocar experiência
com outras regiões produtoras do país.
Na pauta do evento estavam os seguintes temas: revigoramento do cafeeiro com
o consultor Régis Ricco, da RR Consultoria
Rural; colheita e poda mecanizada com o
cafeicultor e consultor em mecanização do
café da Mundo Novo Máquinas Agrícolas,
José Eustáquio Soier e a dinâmica dos nutrientes no solo com o engenheiro agrônomo da Giro Agro, Mário da Cunha.
Taxativos, Ricco e Soier defenderam
um novo modelo de cafeicultura a partir
da poda com “capação”, uma técnica apresentada na década de 80 e de menor agressividade a planta. Segundo Ricco, a “capação” interrompe o domínio da gema apical
transferindo toda reserva de carboidrato
para a lateral, resultando em uma planta
mais robusta, sem broto na parte superior,
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diferente do que ocorre em outros tipos de
poda, a exemplo do esqueletamento, onde
o tronco fica exposto à luz gerando uma
superbrotação. “Quanto maior a agressão,
menor a produção, e é isso que ocorre no
esqueletamento, como o próprio nome diz; e
na cafeicultura, broto é ladrão”, assegurou.
“Precisamos colocar no lixo essa ideia
de esqueletar o cafeeiro”, completou
José Eustáquio. Para ele, os primeiros
passos para o revigoramento do cafeeiro
são definir a realidade da lavoura e criar
estratégias para aumentar sua vida útil.
“Precisamos extrair todo o potencial do
cafezal dando a ele todas as condições
para manifestar esse potencial produtivo e só então realizar a poda estratégica
para resolver o problema econômico do
ano seguinte”, disse Soier.
No oeste baiano, a prática da “capação”
no cafeeiro ainda é muito tímida, mas os
cafeicultores garantem que o atual modelo
ainda consegue atingir médias de produtividade satisfatórias comparada a outras
regiões do país, isto tudo, devido à adaptação da planta às condições climáticas e de
solo características do oeste. Apesar das
divergências regionais, não descartam a
inclusão e o teste do novo manejo de poda
apresentado pelos especialistas.
Com a atual safra estimada em 28,3 mil
toneladas, a cafeicultura do Oeste da Bahia
caminha para a etapa do revigoramento do
parque cafeeiro, principalmente em lavouras com idade igual ou superior a 10 anos.
Hoje, o oeste cultiva aproximadamente 15
mil hectares do tipo arábica, em um sistema
totalmente irrigado. Estima-se que 70% do
café produzido na região sejam destinados
ao mercado externo, 20% para o mercado de
formulação de blends e 10% para a indústria nacional. Nesta safra, a área de produção chega a 10,8 mil hectares. (Texto: Ascom
Abacafé/ Foto: Junior Ferrari/Uaumais)
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