Produção de Leite Orgânico
André Fonseca de Brito, Médico Veterinário, M.S., Ph.D.
Professor Associado de Manejo de Gado Orgânico
Departmento de Ciências Biológicas
Universidade de New Hampshire
[email protected]
(603) 862-1341
Sumário
 Visão geral sobre a indústria do leite orgânico no mundo
 Legislação da agricultura orgânica nos EUA e Brasil
 Manejo e práticas associadas associadas ao manejo de gado de
leite com certificação orgânica nos EUA e Brasil
 Modelo de integração do produtor de leite orgânico na pesquisa
 Conclusões e questionamentos
Valor em bilhões de dólares
Valor de Mercado Global do Leite Orgânico
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
2007
2012
2013
Fonte: Organic Milk Market Report (2015)
Valor de Mercado Global do Leite Orgânico
RoW: Restante do mundo
Fonte: Organic Milk Market Report (2015)
Venda de Leite Orgânico Relativo ao Total
Fonte: Organic Milk Market Report (2015)
Taxa de Crescimento Global do Mercado de
Leite Orgânico
Região
2007-2012
2012-2013
Mundo
3,7%
6,2%
América do Norte
3,3%
3,7%
Europa
5,3%
3,9%
Restante do mundo
16,9%
34,1%
Fonte: Organic Milk Market Report (2015)
Exemplos de Percepção do Consumidor do Reino Unido
Relativo aos Potenciais Benefícios do Leite Orgânico
Regular
Ocasional
Meio-ambiente
Ômega-3
Pasto e forragem
Paladar
0
5
10
15
20
25
30
35
Respostas do consumidor, %
Fonte: Organic Milk Market Report (2015)
Percepção do Consumidor da Bélgica Relativo aos Potenciais
Benefícios do Iogurte Orgânico x Convencional
Frequência de Compra
Nãoconsumidores
Consumidores
Ocasionais
Consumidores
Assíduos
Saudável
4,73a
5,30b
6,08c
Impacto ambiental
4,71a
5,05b
5,60c
Qualidade
4,43a
4,95b
5,70c
Sabor
4,08a
4,64b
5,63c
Preço
2,53a
2,71a
3,16b
Item
Fonte: Van Loo et al. (2013)
Legislação de Produção Orgânica nos
Estados Unidos
 Descrição de práticas e procedimentos a serem realizados e mantidos, incluindo a
frequência
 Lista de cada substância a ser utilizada indicando a composição, fonte, local onde será
utilizada, e documentação associada
 Descrição do sistema de armazenamento e coleta de dados e escrituração zootécnica
 Descrição das práticas de manejo e barreiras físicas estabelecidas para prevenir a mistura
de produtos orgânicos e não-orgânicos em operações com duplo manejo
 Informações adicionais requeridas por cada órgão certificador
Legislação de Produção Orgânica nos
Estados Unidos
 Não é permitido o uso de hormônios, antiparasitários (ectoparasitas e
endoparasitas)
 Não é permitido o uso de fertilizantes químicos ou sintéticos
 Não é permitido o uso de agrotóxicos químicos ou sintéticos
 Não é permitido o uso de ureia na alimentação animal
 Não é permitido o uso de co-produtos de origem animal
 É obrigatório que todos os ingredientes usados na ração animal tenham
certificação orgânica
Legislação do Pastejo
 É obrigatório que os ruminantes consumam, no mínimo, 30% da matéria seca
proveniente de pastagem por um período de, no mínimo, 120 dias durante a
estação de pastejo
 É obrigatório que as instalações propiciem aos animais o livre acesso ao
ambiente externo
 É obrigatório que os produtores estabeleçam um plano de manejo de pastagem
Legislação de Produção Orgânica Brasil
 O uso de drogas é permitido em casos excepcionais
 No entanto, limita-se o uso a duas vezes por ano com o intervalo mínimo de
três meses entre cada aplicação e máximo de três vêzes na vida produtiva do
animal
 O período de não comercialização do leite tem que ser dobrado
 A proporção de forragem, incluindo pasto, mínimo de 50% da MS total da
dieta
 É permitido o uso de alimentos convencionais (máximo de 15% da MS total
da dieta)
 Bem-estar animal (genética e sombra)
Fonte: MAPA (2011) citato por Honorato et al. (2014)
De Onde Vem o Dinheiro??
 40 ha de floresta
 57 ha de área para produção
de forragem
 20 ha de pasto
Área de Mata
Adubação (compostagem)
Serragem
Recuperação de Calor
Estábulo
Compostagem
Fairchild Dairy Teaching and Research Center
Dr. Bradley Heins
Dr. Cindy Daley
Virginia Chamberlain
Número de vacas em lactação
Principais Estados Produtores de Leite Orgânico nos EUA
CA
WI
NY
TX
PA
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
Fonte: USDA-ERS, 2013
Número de vacas em lactação
Principais Estados Produtores de Leite Orgânico na
Região da Nova Inglaterra
VT
ME
NH
MA
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
Fonte: USDA-ERS, 2013
Porcentagem de Fazendas e Vacas com Certificação Orgânica
em Quatro Regiões dos EUA
Fonte: McBride and Greene (2009)
Características de Produção e Manejo de Fazendas Orgânicas
em Três Regiões dos EUA
Item
Nordeste
Meio-Oeste
Oeste
Fazendas, %
44
42
7
Vacas em lactação, %
29
33
31
Produção de leite, %
25
32
37
Vacas em lactação, no/fazenda
53
64
381
Produção de leite, kg/vaca/ano
5.367
5.985
7.213
Práticas de Manejo (% de fazendas)
Participação em “DHIA”
40
60
66
Pastejo (≥50% de uso de pasto)
71
57
65
Inseminação artificial
67
77
82
Transferência de embrião
3
2
2
Uso de veterinários
36
38
46
Uso de nutricionistas
42
44
54
Fonte: Adaptado de McBride and Greene (2009)
Custo Anual com Alimentação de Vacas de Leite em Sistemas
Orgânicos em Três Regiões dos EUA
Fonte: McBride and Greene (2009)
Características do Sistema de Produção Orgânica em
Fazendas do Estado de Wisconsin
Grupo 1
(n = 8)
Grupo 2
(n = 5)
Grupo 3
(n = 32)
Grupo 4
(n = 24)
No vacas/fazenda
129a
50b
41b
43b
Raça holandesa,%
90a
0,0b
89a
6,0b
Concentrado, kg/dia/vaca
5,7a
2,7ab
4,2a
1,9b
Área destinada a pasto, %
22c
100a
31c
49b
Dias de ocupação do pasto
1,3a
0,5b
2,0a
0,5b
Dias de pastejo no ano
203a
216a
176b
199b
Leite, kg/vaca/ano
6.878a
3.632c
7.457a
5.417b
Rendimento, $/vaca/dia
10,2a
5,8ab
8,6a
5,9b
Item
Fonte: Adaptado de Hardie et al. (2014)
Características do Sistema de Produção Orgânica em
Fazendas do Estado de Wisconsin
Grupo 1
(n = 8)
Grupo 2
(n = 5)
Grupo 3
(n = 32)
Grupo 4
(n = 24)
Área de pasto, ha/dia
16,9
21,6
19,2
21,0
Nutricionista, % fazendas
100
40
81
50
Dieta completa, % fazendas
75
0
41
13
Concentrado, % fazendas
100
80
97
71
Soja, % fazendas
63
0
25
4
Silagem de milho, % fazendas
88
0
44
38
Silagem pré-secada, % fazendas
100
0
22
79
Feno, % fazendas
75
100
25
83
Farelo de kelp, % fazendas
50
40
47
54
Item
Fonte: Hardie et al. (2014)
Características do Sistema de Produção e Manejo de Fazendas
Leiteiras nos Estados de WI, NY e OR
Sistemas de Manejo
Convencional
(n = 64)
Convencional
a pasto (n = 36)
Orgânico
(n = 192)
Primíparas, %
37,3a
33,9a
31,6b
No de lactações
2,3a
2,3ab
2,6b
Intervalo entre partos, dias
406
411
404
CCS x 1.000 células/mL
213
208
221
Concentrado, kg/dia
9,0a
8,8a
5,2b
Dias de pastejo
-
182a
190b
Pastejo rotacionado, %
-
81a
95b
Item
Fonte: Stiglbauer et al. (2013)
Produção de leite, kg/vaca/dia
Produção de Leite em Fazendas Convencionais e Orgânicas
nos Estados de WI, NY e OR
30
a, b , c
P < 0,001
25
20
15
10
5
0
Convencional
Convencional a
pasto
Orgânico
Fonte: Stiglbauer et al. (2013)
Proporção de Matéria Seca Ingerida Proveniente de Pasto
em Fazendas Leiteiras nos Estados de WI, NY e OR
Porcentagem de fazendas
Convencional a pasto
Orgânico
80
70
P = 0,003
60
50
40
30
20
10
0
≥ 50%
51-75%
76-100%
Fonte: Stiglbauer et al. (2013)
Características do Sistema de Produção e Manejo de Fazendas
Leiteiras nos Estados de WI, NY e OR
Porcentagem de fazendas
Convencional
Convencional a pasto
Orgânico
100
80
60
40
20
0
Nutricionista
Veterinário
Vacinação
a, a , b
P < 0,001
a, a , b
P < 0,001
a, a , b
P < 0,001
Fonte: Stiglbauer et al. (2013)
Manejo de Ordenha em Fazendas Convencionais e Orgânicas
nos Estados de WI, NY e OR
Porcentagem de fazendas
Convencional
Convencional a pasto
Orgânico
100
80
60
40
20
0
Pré-dipping
Pós-dipping
CMT
P = 0,65
P = 0,27
P = 0,07
Fonte: Stiglbauer et al. (2013)
Relação entre Suporte Técnico e a CCS em Fazendas Convencionais
(n = 100) e Orgânicas (n = 192) nos Estados de WI, NY e OR
P < 0,014
Fonte: Stiglbauer et al. (2013)
Produtos Relatados para o Tratamento de Mastite Clínica em
Rebanhos Orgânicos (n = 20) no Estado de Wisconsin
Produto
Rebanho, n
Rebanho, %
Produto à base de soro de leite
9
45
Tintura de alho
7
35
Babosa (Aloe vera)
6
30
Vitamina C
5
25
Aspirina
4
20
Homeopatia
4
20
Suplemento multivitamínico
4
20
Óleos vegetais (arroz, mamona, hortelã)
4
20
Corticosteroides
2
10
Eletrólitos
1
5
Probióticos
1
5
Vitamina B
1
5
Fonte: Pol and Ruegg (2007)
Características do Sistema de Produção e Manejo em Fazendas
Convencionais e Orgânicas no Estado de Santa Catarina
Sistemas de Manejo
Convencional
(n = 17)
Orgânico
(n = 17)
Valor de P
Pastejo rotacionado, %
53
88
0,05
Acesso permanente à sombra, %
12
12
1,00
Acesso permanente à água, %
41
71
0,08
Compra de concentrado, %
35
12
0,10
Compra de ingredientes do concentrado, %
65
47
0,10
Produção de grãos na fazenda, %
47
88
0,01
Uso exclusivo de inseminação artificial, %
53
29
0,14
Item
Fonte: Honorato et al. (2014)
Produção de leite, L/vaca/dia
Produção de Leite em Fazendas Convencionais e Orgânicas
no Estado de Santa Catarina
18
P = 0,001
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Convencional
Orgânico
Fonte: Honorato et al. (2014)
Composição do Leite em Fazendas Convencionais e Orgânicas
no Estado de Santa Catarina
Convencional
Orgânico
Composição do leite, %
14
12
10
8
6
4
2
0
Gordura
Proteína
Lactose
Sólidos totais
P = 0,005
P = 0,19
P = 0,69
P = 0,01
Fonte: Honorato et al. (2014)
Manejo de Ordenha em Fazendas Convencionais e Orgânicas
no Estado de Santa Catarina
Porcentagem de fazendas
Convencional
Orgânico
70
60
50
40
30
20
10
0
Pré-dipping
Pós-dipping
CMT
P = 0,65
P = 0,27
P = 0,07
Fonte: Honorato et al. (2014)
Contagem de Células Somáticas (CCS) em Fazendas Convencionais
e Orgânicas no Estado de Santa Catarina
700000
P = 0,03
CCS, células/mL
600000
500000
400000
300000
200000
100000
0
Convencional
Orgânico
Fonte: Honorato et al. (2014)
Características do Sistema de Produção e Manejo em Fazendas
Convencionais e Orgânicas no Estado de Santa Catarina
Sistemas de Manejo
Convencional
(n = 17)
Orgânico
(n = 17)
Valor de P
Quartos com mastite subclínica (set.), %
14,3
12,8
0,58
Quartos com mastite subclínica (mar.), %
9,6
8,2
0,48
Presença de ectoparasitas (0-2; set.), %
0,5
0,9
0,01
Presença de ectoparasitas (0-2; mar.), %
0,2
0,2
0,60
Uso de antibióticos nos últimos 6 meses, %
26,1
9,2
0,05
Item
Fonte: Honorato et al. (2014)
Entrevistas com Produtores
de Leite
 Trinta produtores de leite dos estados de NH, NY, ME, VT e PA foram entrevistados
 Estes produtores responderam perguntas sobre os principais desafios do sistema de
produção de leite orgânico na região Nordeste e oportunidades para pesquisa
 As entrevistas foram gravadas com prévia autorização dos produtores
 Os dados foram utilizados para elaborar um questionário que foi enviado pelo correio
para 1.200 produtores de leite orgânico na região Nordeste dos EUA
Questionário
 Preço estável do leite (85% das respostas)
 Extensão da estação de pastejo e uso de forrageiras alternativas
 Adequar-se a legislação do pastejo (76% das respostas)
 Implementação de estratégias de manejo para agregar valor ao leite e
derivados lácteos (84% das respostas)
 Controle de moscas (85% das respostas)
1
1.
2.
3.
4.
2
3
4
Haematobia irritans L.,
Stomoxys calcitrans L.
Musca domestica
Musca autumnalis, De Geer
Fonte: Denning et al. (2014)
Cow Vac
Número de Moscas do Chifre Capturadas com a Utilização do
Sistema Cow Vac em Fazendas na Carolina do Norte
Ano
Mosca do Chifre
Capturada (no)
Com Cow Vac
(no de mosca/vaca)
Sem Cow Vac
(no de mosca/vaca)
Redução,
%
2007
2.402.100
107 (21,7)
388 (61,1)
72,4
2008
1.969.600
105 (21,6)
411 (70,2)
74,5
2009
2.579.700
178 (27,0)
688 (116,3)
74,1
2011
1.312.400
102 (44,0)
314 (71,0)
67,5
Fonte: Denning et al. (2014)
Ω-3
CLA
Lucratividade
$
Saúde animal
Reprodução
Emissão de metano
Cereais
(primavera)
Suplementação
com linhaça
Forrageiras
de verão
Ecologia de pastagem e manejo
Brassicáceas
(outono)
Composição Nutricional da Linhaça Moída
MS, %
89,1
PB, % na MS
22,8
FDN, % na MS
25,2
FDA, % na MS
16,3
MO, % na MS
96,5
EE, % na MS
33,6
Ácido oléico, g/100 g de ácidos graxos
19,2
Ácido linoléico, g/100 de ácidos graxos
15,4
Ácido α-linolênico, g/100 g de ácidos graxos
53,8
Fonte: Resende et al. (2015)
Composição da Dieta Completa Fornecida no Inverno
Dietas (% de grão de linhaça moído)
Item
0%
5%
10%
15%
------------------% of diet DM------------------
Silagem pré-secada
55,0
55,0
55,0
55,0
Feno
8,0
8,0
8,0
8,0
Grão de linhaça moído
0,0
5,0
10,0
15,0
Farelo de soja
6,0
4,8
3,5
2,0
Soja grão tostada
2,0
2,0
2,0
2,0
Farelo de milho
27,0
23,3
19,7
16,0
Minerais e vitaminas
2,0
2,0
2,0
2,0
Fonte: Resende et al. (2015)
Silagem Pré-secada (“Baleage”)
Produção de Leite em Vacas Orgânicas Supplementadas
com Grão de Linhaça Moído no Inverno
Produção de leite, kg/dia
22
Linear (P < 0,001)
Quadrático (P = 0,25)
21
20
19
18
17
16
15
14
0%
5%
10%
Níveis de linhaça na dieta
15%
Fonte: Resende et al. (2015)
Consumo de Matéria Seca em Vacas Orgânicas Suplementadas
com Grão de Linhaça Moído no Inverno
Consumo de MS, kg/dia
18
Linear (P < 0,001)
Quadrático (P = 0,33)
17
16
15
14
13
12
11
10
0%
5%
10%
Níveis de linhaça na dieta
15%
Fonte: Resende et al. (2015)
Proporção de CLA no Leite de Vacas Orgânicas Suplementadas
com Grão de Linhaça Moído no Inverno
CLA, g/100 g de ácidos graxos totais
cis-9, trans-11 CLA
CLA totais
1,2
1,0
Linear (P < 0,001)
Quadrático (P < 0,01)
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0%
5%
10%
15%
Níveis de linhaça na dieta
Fonte: Resende et al. (2015)
Ω-6 e Ω-3, g/100 g de ácidos graxos totais
Proporção de Ácidos Graxos Ω-6 e Ω-3 no Leite de Vacas Orgânicas
Suplementadas com Grão de Linhaça Moído no Inverno
Ômega-6
Ômega-3
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0%
5%
10%
Linear (P < 0,001)
Quadrático (P < 0,001)
15%
Níveis de linhaça na dieta
Fonte: Resende et al. (2015)
Técnica do Hexafluoreto de Enxofre (SF6)
Emissão de CH4 em Vacas Orgânicas Suplementadas com
Grão de Linhaça Moído no Inverno
CH4, g/kg de leite corrigido
14
Linear (P = 0,08)
Quadrático (P = 0,84)
12
10
8
6
4
2
0%
5%
10%
Níveis de linhaça na dieta
15%
Fonte: Brito et al. (não publicado)
Metabolismo Ruminal em Vacas Orgânicas Suplementadas
com Grão de Linhaça Moído no Inverno
Dietas (% de grãos de linhaça moído)
AGV totais, mM
Contrastes (P-value)
0%
5%
10%
15%
DP
Linear
Quadrático
64,9
65,4
66,2
71,3
4,00
0,13
0,42
---------mol/100 mols----------Acetato
72,8
72,3
72,2
71,8
0,29
0,004
0,73
Propionato
14,4
14,7
15,4
16,4
0,25
<0,001
0,06
Butirato
10,4
10,6
10,2
9,7
0,19
<0,001
0,008
Fonte: Resende et al. (2015)
Composição Nutricional dos Alimentos Usados no Verão
Dieta
Ingrediente
MilhoSoja
Linhaça
Moída
0% LIN
10% LIN
Pasto
DC1
MS, %
45,8
45,3
21,5
52,9
91,6
92,7
PB, % na MS
16,5
17,4
19,9
13,4
21,7
28,1
FDN, % na MS
39,7
42,8
50,0
39,4
10,5
33,9
FDA, % na MS
23,9
26,4
30,1
24,2
4,2
23,8
EE, % na MS
3,8
6,4
3,8
3,4
5,8
30,8
Ácido α-linolênico, % AGT1
25,2
30,0
46,6
15,6
5,0
42,2
Digest. in vitro, % na MS
74,4
71,1
72,5
74,3
84,9
50,4
Item
Fonte: Isenberg e Brito (não publicado)
1DC = dieta completa
2AGT = ácidos graxos totais
Produção de Leite em Vacas Orgânicas Alimentadas com
Grão de Linhaça Moído no Verão
Produção de leite, kg/dia
0% Linhaça
10% Linhaça
21
Dieta (P = 0,71)
Período (P < 0,001)
18
15
12
9
6
3
0
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Fonte: Isenberg e Brito (não publicado)
Ω-6 e Ω-3, g/100 g de ácidos graxos totais
Proporção de Ácidos Graxos Ω-6 e Ω-3 no Leite de Vacas Orgânicas
Suplementadas com Grão de Linhaça Moído no Verão
2,5
2,0
c9,t11 CLA
1,5
P = 0,45
Ômega-3
1,0
P < 0,001
0,5
Ômega-6
P < 0,001
0,0
0% Linhaça
10% Linhaça
Fonte: Isenberg e Brito (não publicado)
GreenFeed
Emissão de CH4 em Vacas Orgânicas Suplementadas com
Grão de Linhaça Moído no Verão
0% Linhaça
Emissão de CH4, g/d
400
350
10% Linhaça
Dieta (P = 0,19)
Período (P < 0,001)
300
250
200
150
100
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Fonte: Isenberg e Brito (não publicado)
Leite sem Suplementação com Concentrado
Composição Nutricional
Alimentos
Item
Melaço
Farelo de milho
Sil. pré-secada
Pasto
MS, %
74.4
86.3
61.8
24.1
PB, % na MS
5.35
7.85
19.6
18.4
FDN, % na MS
-
9.51
47.5
58.1
FDA, % na MS
-
3.18
36.4
35.1
Amido, % na MS
0.12
68.9
1.20
0.83
Sucrose, % na MS
50.1
1.53
-
-
EE, % na MS
-
-
2.00
2.30
Lignina, % na MS
-
0.20
4.92
3.16
Fonte: Frotas dos Reis e Brito (não publicado)
Produção de Leite em Vacas Orgânicas Suplementadas com
Melaço Líquido ou Farelo de Milho
Melaço
Milho
Produção de leite, kg/dia
15
Dieta (P = 0.56)
Período (P = 0.05)
12
9
6
3
0
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Fonte: Frotas dos Reis e Brito (não publicado)
Uso de de Sistemas Forrageiros Alternativos
Dry matter production
A short growing season and mid-summer drought can
limit pasture productivity
Resident pasture
species
Components of the forage crop cocktail complement
periods of low pasture productivity
Cool-season grass
spp.
Warm-season grass
and broadleaf spp.
Cool-season
broadleaf spp.
Resident pasture
species
Spring
Summer
Fall
Uso de de Sistemas Forrageiros Alternativos
Uso de de Sistemas Forrageiros Alternativos
Uso de de Sistemas Forrageiros Alternativos
Composição Nutricional do Farelo de Kelp
Fonte: Antaya et al. (2015)
MS, %
92,2
PB, % na MS
10,2
FDN, % na MS
53,9
FDA, % na MS
39,9
Cinzas, % na MS
25,9
EE, % na MS
2,30
Ca, % na MS
1,31
P, % na MS
0,25
Mg, % na MS
0,69
K, na MS
3,53
Na, na MS
3,90
I, mg/kg da MS
820
Produção de Leite em Vacas Orgânicas Supplementadas
com Farelo de Kelp no Inverno
Linear (P = 0,27)
Quadrático (P = 0,24)
Produção de Leite, kg/dia
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
0g
57 g
113 g
170 g
Níveis de farelo de kelp na dieta
Fonte: Antaya et al. (2015)
Concentração de iodo no leite, µg/L
Concentração de Iodo no Leite em Vacas Orgânicas Supplementadas
com Farelo de Kelp no Inverno
Linear (P < 0.001)
Quadrático (P = 0,48)
1500
1350
1200
1050
900
750
600
450
300
150
0
0g
57 g
113 g
170 g
Níveis de farelo de kelp na dieta
Fonte: Antaya et al. (2015)
Concentração de cortisol, ng/mL
Concentração de Cortisol em Vacas Orgânicas Supplementadas
com Farelo de Kelp no Inverno
90
Linear (P = 0,08)
Quadrático (P = 0,60)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0g
57 g
113 g
170 g
Níveis de farelo de kelp na dieta
Fonte: Antaya et al. (2015)
Digestibilidade da FDA, % do consumo
Digestibilidade Aparente da FDA em Vacas Orgânicas Supplementadas
com Farelo de Kelp no Inverno
Linear (P = 0,23)
Quadrático (P = 0,04)
72
68
64
60
56
52
48
0g
57 g
113 g
170 g
Níveis de farelo de kelp na dieta
Fonte: Antaya et al. (2015)
Agradecimentos
Jana Kraft (UVM)
Brito’s Lab
Kathy Soder (ARS-USDA)
Conclusões
 O consumo de leite e derivados com certificação orgânica está
crescendo globalmente
 O aumento na demanda de produtos lácteos apresenta desafios e
oportunidades
 Sistema de parceria integrada do pesquisador, produtor e
indústria
é importante para viabilizar e fortalecer a produção de leite orgânico
 Pesquisas integradas nas áreas de genética, economia,
agroecologia e solos são essenciais para manter o crescimento da
agricultura orgânica
Questões
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Produção de Leite Orgânico