Notícias
ISO 9001
medicina
LABORATORIAL
Órgão Informativo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - dezembro 2013 - edição 55 - ano 5
48º Congresso
Turismo diferente: conheça o
centro do Rio a pé.
Página 5
Harmonização
Harmonização de
de
Diretoria 2014/2015
Laboratoriais
Laboratoriais
Solenidade de posse reúne
convidados na sede da SBPC/ML
Página 6
Rol da ANS 2014
Cobertura obrigatória começa a
vigorar em janeiro.
Página 11
Indicadores
Artigo aborda importância desse
tema e o que foi discutido em
recente evento internacional
realizado na itália, que contou
com a participação da SBPC/ML.
Página 2
Leishmaniose visceral
Teste detecta antígenos na urina
de pacientes infectados.
Página 12
Câncer de pulmão
Proteína é marcador precoce da
doença.
Página 12
Diabetes
Níveis de betaína na urina
indicam risco da doença.
Página 14
Equipamentos médicos
Produção no Brasil cresce 8,5%
em 2013.
Página 14
Óxido nítrico
Sensor subcutâneo detecta níveis
no organismo.
Página 15
Biovigilância
OMS lança no Brasil biblioteca
virtual.
Página 18
Destaques na gestão da SBPC/ML
Ao encerrar seu mandato, o presidente do biênio
2012/2013, Paulo Azevedo, faz uma retrospectiva
de aspectos que ele considera marcantes em sua
gestão. Paula Távora, eleita para presidir a
SBPC/ML nos próximos dois anos, apresenta temas
importantes de seu programa de trabalho.
Página 8
Editorial
Com esta edição despeço-me do cargo de Editorchefe do Notícias-Medicina Laboratorial, que passa a
ser ocupado a partir do próximo número pelo meu colega Gustavo Campana, diretor de Comunicação eleito para o biênio 2014/2015. Vejo esta transição com
tranquilidade porque conheço a competência e profissionalismo do novo Editor-chefe. Agora, nosso periódico mensal está totalmente integrado a uma área
tão estratégica da SBPC/ML, que é a Comunicação.
Não me furto a dizer que me sinto orgulhoso de ter estado nesses cinco anos à frente do jornal, que surgiu
com a missão de ser não apenas um veículo da
SBPC/ML, mas uma fonte de informações de peso. Logo em sua primeira edição apresentou o resultado de
uma pesquisa feita pela SBPC/ML que avaliou o impacto da implantação do TISS nos laboratórios. Seguiram-se reportagens, artigos e entrevistas sobre temas
como testes obsoletos, regulação do setor de diagnóstico in vitro, o peso da carga tributária sobre a saúde,
a polêmica RDC 25, da Anvisa, os rumos do mercado e
seu crescimento, a pesquisa do IBGE que mostrou
quantos laboratórios existem no Brasil, a Norma PALC
2013, publicações da SBPC/ML nesses últimos anos e
tantos outros assuntos de interesse.
Encerro minha participação neste espaço desejando
muito sucesso à recém-empossada Diretoria da SBPC/ML para o biênio
2014/2015, da qual fui convidado a fazer parte e que tem à frente a competente patologista clínica Paula Távora. Desejo a eles e a todos os leitores e
associados um 2014 com muito sucesso e pleno de realizações.
Boa leitura e um forte abraço!
Armando Fonseca - Editor-chefe
PALC
Harmonização de
indicadores laboratoriais
Wilson Shcolnik e Alex Galoro
Tem sido fartamente demonstrado que a medição do desempenho
de processos e dos desfechos pode contribuir para a melhoria da
qualidade da assistência à saúde.
especial
No setor de laboratórios clínicos, grande parte do
sucesso obtido na melhoria do gerenciamento da
qualidade analítica pode ser atribuída à utilização
de indicadores.
De acordo com a normativa internacional para
acreditação de laboratórios clínicos — ISO
15189:2012 — indicadores de qualidade podem
mensurar a qualidade dos seus processos operacionais, e o quanto os laboratórios atendem a requisitos dos usuários. Esta norma recomenda o monitoramento periódico, sobretudo de aspectos críticos do processo laboratorial. A utilização de indicadores pode auxiliar em julgamentos e definição
de prioridades, na avaliação da efetividade das intervenções adotadas e também permite comparações de desempenho entre diferentes prestadores
de serviços de saúde.
Baseados nessas premissas, vários programas de
benchmarking surgiram no setor laboratorial, em
vários países, tendo a SBPC/ML papel relevante
nesta área ao lançar seu programa em 2006, em
parceria com a ControlLab, e divulgar sua experiência em publicação realizada em 2012, periódico de grande impacto e reconhecido internacionalmente.
No Brasil, a ANS vem trabalhando na definição de
indicadores que possam orientar usuários do sistema de saúde suplementar na escolha de prestadores de serviços de saúde.
Entretanto, no setor laboratorial muitas diferenças podem ser constatadas na utilização de indicadores, não havendo consenso universal, ou tampouco uma terminologia comum.
Há várias iniciativas no sentido de se obter padronização/harmonização de práticas e de métodos
em medicina laboratorial, incluindo nomenclatu-
2
ra, unidades de medida, intervalos de referência e
limites de ação sobre resultados de exames laboratoriais. Resultados de testes laboratoriais remotos (TLR) devem ser harmonizados com os obtidos
nos exames realizados no laboratório central. Se,
por um lado, a comunicação de valores críticos é
algo necessário e consensual, ainda pairam dúvidas e diferentes opiniões a respeito do tempo em
que isto deve ser realizado (Horas? Minutos?), se
deve haver diferenciação para casos de pacientes
hospitalizados e se o tempo entre diferentes parâmetros laboratoriais devem ser os mesmos (por
ex.: a dosagem de potássio ou troponina em pacientes que recorrem a serviços de emergência). Outros fatos recentes, como a utilização crescente
de mobilidade, de registros eletrônicos de saúde e
de protocolos clínicos, intervalos mínimos de repetições, além da concentração e formação de redes
de laboratórios também têm demandado esforços
de padronização/harmonização.
Etapas
do Processo
Aspectos
Requisição
Terminologias, testes e perfis
Práticas e intervalos de repetição
Coleta e
manipulação
da amostra
Tempo e preparo do paciente
Aspectos de manipulação, transporte e
armazenamento da amostra
Análise
Critérios de aceitação e rejeição da amostra
Procedimentos analíticos (método, calibração
e controle de qualidade)
Laudos
Tempo para liberação do resultado
Formato do laudo e unidades de medida
Intervalos de referência, mudança nos valores
de referência e limites de decisão
Testes e valores críticos
Principais aspectos da harmonização de exames laboratoriais
Enquanto a “padronização” está relacionada à conformidade com um padrão aceito, a “harmonização” refere-se a um acordo consensual, obtido na
falta de um padrão.
Wilson
Alex
Shcolnik
Galoro
Médico, Patologista
Clínico, Diretor de
Acreditação e
Qualidade da
SBPC/ML
Médico, Patologista
Clínico, VicePresidente da
SBPC/ML
Segundo o CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute), a harmonização representa o processo de reconhecimento, compreensão e explicação das diferenças para alcançar uniformidade dos resultados ou, pelo menos, uma
maneira de conversão dos resultados de tal forma que se possa utilizá-los de forma intercambiável.
Pelas razões acima expostas, um grupo da IFCC liderado pelo Prof. Mario Plebani — WG Laboratory Errors and Patient
Safety — realizou em Padova, Itália, ao final de outubro de
2013, uma Conferência de Consenso sobre Indicadores de
Qualidade Laboratorial, evento que reuniu especialistas de
vários países, na tentativa de buscar uma harmonização sobre este tema.
Estiveram presentes representantes da Austrália, Itália, Reino Unido, Estados Unidos da América do Norte, Croácia,
Espanha, Rússia e China. O Brasil esteve representado pelos
autores deste artigo.
O trabalho realizado em Padova ainda está em curso e, em
breve, será divulgado para a comunidade internacional.
Alguns pontos podem ser destacados:
Os critérios aceitos para a formulação dos indicadores são:
- Foco no paciente, para promover qualidade e segurança;
- Consistência com a definição de erro laboratorial, segundo a ISO 22367:2008 e abrangência do processo laboratorial total (total testing process —TTP), desde a solicitação do exame, identificação das amostras na fase
pré-analitica, até a comunicação de resultados e sua
correta interpretação e utilização;
- Consistência com requisitos da norma internacional ISO
15189:2012.
Os pré-requisitos considerados importantes são:
1. Importância e aplicabilidade para amplo espectro
de laboratórios clínicos em nível internacional;
2. Base científica com foco em áreas de importância
para análises clinicas;
3. Definição de metas de desempenho, baseado em
evidências;
4. Utilização oportuna e possível como medida de melhoria contínua.
Foi considerada a importância de sistemas padronizados para coleta e reporte de informações.
indicadores, de acordo com a prioridade da sua implantação. Foram definidos quatro níveis de prioridade (1 =
Mandatório; 2 = Importante; 3 = Sugerido; 4 = Para avaliação — Valuable).
- Em relação à quantidade de indicadores por fase do processo laboratorial, foram discutidos:
— 34 pré-analíticos
— 7 analíticos
— 13 pós-analíticos
Além dos indicadores de processos operacionais, foram discutidos indicadores de processos de suporte e, também, de
resultados, em consonância com a tendência atual de não se
valorizar apenas quantitativamente a atividade clinica, mas
atribuindo-se valor ao desfecho obtido. A isto tem se denominado efetividade clinica (clinical effectiveness). Barth,
que participou dos debates de Padova representando o Reino Unido, define efetividade clinica como “provisão de serviços baseados em conhecimento cientifico, a todos os pacientes que poderão se beneficiar dos mesmos, sem que se
ofereça aos pacientes que não se beneficiarão dos mesmos”. Em outras palavras, isto significa evitar a subutilização e a má utilização de exames laboratoriais. Apesar de
ser reconhecida a dificuldade de se demonstrar a contribuição do laboratório clinico para o desfecho da assistência à
saúde, há quem advogue a necessidade de se obter métricas
que reflitam o reconhecimento dos médicos a esta contribuição. Segundo Barth, por exemplo, uma dosagem correta da
hemoglobina glicada dentro do prazo de entrega prometido
pode indicar um bom desempenho. Mas um laboratório poderá ser considerado um serviço de alta qualidade se oferecer
um resultado obtido de acordo com as boas práticas técnicas, e com a padronização de unidades sugerida pela IFCC,
acompanhada de um reporte que descreva o intervalo de
tempo e valores encontrados neste exame e o realizado anteriormente.
A tendência observada nas discussões foi de simplificar os
conceitos, para permitir a aderência de laboratórios ao redor do mundo e houve proposta de realização de um piloto
para obter informações sobre a aplicabilidade da proposta.
Apesar das iniciativas até agora empreendidas, este trabalho ainda exigirá esforços de toda a comunidade laboratorial. Seu laboratório já trabalha com indicadores? É hora de arregaçar as mangas e começar!
Leituras
recomendadas
- Houve aceitação da proposta brasileira de segmentar os
Shcolnik W, de Oliveira CA, de São José AS, de Oliveira Galoro CA, Plebani M, Burnett D. Brazilian laboratory indicators program.
Clin Chem Lab Med. 2012 Nov;50(11):1923-34. doi: 10.1515/cclm-2012-0357.
Beastall , G.H. Adding value to laboratory medicine: a professional responsability. Clin Chem Lab Med 2013; 51(1):221-227
Plebani, M. Harmonization in Laboratory Medicine: the complete picture. Clin Chem Lab Med 2013;51(4):741-751
Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI). – Harmonized Terminology Database. Disponível em
http://www.clsi.org/standards/harmonized-database/. Acessado em 20.11.13
Barth, J. Clinical quality indicators in laboratory medicine. Annals of Clin Biochem 2012;49:9-16
Programa de Indicadores Laboratoriais SBPC/ML-ControlLab - http://www.controllab.com.br/?gclid=CICl-pDfirsCFYVZ7AodGykADg.
3
Missão cumprida
Não posso terminar esta coluna sem deixar de
agradecer o apoio que recebi durante o meu
mandato dos meus colegas da Diretoria, da
equipe da SBPC/ML, dos associados e de todos
os profissionais e empresas que têm prestigiado a Sociedade, nosso trabalho, nossos congressos e eventos. Tenham a certeza que nos
próximos dois anos a SBPC/ML estará em boas
mãos, sob a gestão de Paula Távora. Desejo a
ela muito sucesso. E a todos vocês, um 2014 repleto de realizações.
Esta é a última vez que escrevo nesta coluna
do Notícias-Medicina Laboratorial assinando
como presidente da SBPC/ML. Encerro meu
mandato com a consciência tranquila porque,
nesses dois anos, me empenhei ao máximo para fazer o melhor para a Sociedade e para o setor de diagnóstico laboratorial.
Saio do cargo de presidente mas permaneço na
diretoria do biênio 2014/2015, graças ao convite da minha colega Paula Távora, o que me
deixa muito orgulhoso e satisfeito de poder
continuar a trabalhar tão perto da SBPC/ML.
Até uma próxima oportunidade!
Em uma reportagem publicada nesta edição
vocês encontram um resumo de alguns pontos
que considero importante na minha gestão.
Presidente da SBPC/ML
Biênio 2012/2013
Paulo Azevedo
Canal direto
Diretoria Executiva
biênio 2012/2013
Diretor Científico:
Diretor de Acreditação e Qualidade:
Nairo Massakazu Sumita
Wilson Shcolnik
Presidente:
[email protected]
[email protected]
Paulo Sérgio Roffé Azevedo
Vice-diretor Científico:
Diretor de Defesa Profissional:
Murilo Rezende Melo
Vitor Mercadante Pariz
[email protected]
[email protected]
Vice-presidente:
Diretora Financeira:
César Alex de Oliveira Galoro
Leila Sampaio Rodrigues
[email protected]
[email protected]
Diretor Administrativo:
Vice-diretora Financeira:
Francisco Carneiro Leão
Lucia Helena Cavalheiro Villela
[email protected]
[email protected]
Vice-diretora Administrativa:
Diretora de Comunicação:
Paula Fernandes Távora
Natasha Slhessarenko
[email protected]
Acompanhe
a SBPC/ML
pela internet
4
[email protected]
Diretor de Eventos:
Armando A. Fonseca
[email protected]
Vice-diretor de Eventos
e Presidente do Conselho de Ex-presidentes:
Carlos Alberto Franco Ballarati
[email protected] ou
[email protected]
[email protected]
website:
twitter:
facebook:
flickr:
youtube:
sbpc.org.br
twitter.com/sbpcml
facebook.com/SBPCML
flickr.com/sbpcml
youtube.com/sbpcml
Agenda de eventos
2014
Problemas com a interpretação do TSH?
25 de fevereiro
Valores de referência. Como definir?
26 de agosto
Palestra na APM
Palestra na APM
48º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial
Resistência bcteriana – Onde estamos e para
onde vamos?
9 a 12 de setembro
27 de maio
Centro de Convenções SulAmérica - Rio de Janeiro - RJ
Palestra na APM
22º Congresso Internacional de Química
Clínica - IFCC
22 a 26 de junho
Istambul - Turquia
Congresso da AACC
27 a 31 de julho
23º Congresso Brasileiro de Citopatologia
9 a 12 de outubro
Rio de Janeiro - RJ
O Laboratório de emergência – O que oferecer?
28 de outubro
Palestra na APM
Chicago - EUA
Mais informações: www.sbpc.org.br, seção “Agenda de Eventos”.
A programação é preliminar. Datas, temas e nomes dos palestrantes podem ser alterados por motivos operacionais.
Conheça
o Rio a pé
Percorrer a pé as ruas do Centro do Rio de Janeiro e de
bairros próximos, guiado por especialistas em geografia urbana e cultura da cidade, que revelam detalhes e
contam histórias, muitas delas desconhecidas pelos
próprios moradores da cidade e frequentadores da região. E tudo isso sem gastar um centavo. Basta um pouco de disposição e vontade de caminhar.
O Projeto Roteiros, que existe há mais de oito anos e
faz parte do Programa de Extensão do Instituto de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ), é coordenado pelo professor João Baptista Ferreira de Mello, auxiliado por bolsistas e colaboradores
da própria universidade.
Existem 12 roteiros diurnos, dez noturnos e um especial, realizado eventualmente porque depende da disponibilidade de ônibus cedidos para transportar o grupo.
No roteiro “(Re)Conhecendo o Centro do Rio a Pé”, por
exemplo, os visitantes conhecem o Mosteiro de São
Bento — e assistem cinco minutos de missa com cantos
gregorianos —, as avenidas Rio Branco e Presidente Vargas (as principais do centro), visita-se a Igreja da Candelária, Centro Cultural Banco do Brasil, Praça 15 de
Novembro, Paço Imperial, Cinelândia (palco de grandes manifestações públicas na cidade) e a Catedral Metropolitana, além de outras atrações.
Ao longo da caminho, o professor e a equipe que participa do projeto dão explicações sobre o que está sendo
mostrado e sobre a cidade e sua vida.
A duração depende do roteiro. Recomenda-se levar
água e usar calçados confortáveis para a caminhada.
Informações e inscrições: tel. (21)8871-7238, www.roteiros.igeog.uerj.br, [email protected].
Documento registra nascimento da SBPC/ML
“Aos 31 de maio de 1944, reuniram-se na sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia, os médicos especializados
em Laboratórios Clínicos, e convocados pelo Dr. Erasmo
Lima, para a fundação de uma Sociedade de classe.”
Assim começa a ata da sessão de instalação da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica.
“Iniciados os trabalhos, com a presença de 60 (sessenta)
associados, usou da palavra o Dr. Aleixo de Vasconcelos,
que propôs, para presidente da Sociedade, o Dr. Erasmo
Lima, seu idealizador”. Eleito por aclamação, o médico
apresentou à assembleia os objetivos da Sociedade e
submeteu à aprovação os nomes de Francisco Fialho e J.
Thiers Pinto para, respectivamente, os cargos de “Tezoureiro” (segundo a grafia da época) e Secretário interinos. Ambos também foram aprovados por aclamação.
Com duas páginas manuscritas, a Ata de Instalação da
SBPC (décadas depois é que seria incorporada a sigla
“ML”) é um dos documentos que fazem parte do acervo
do Museu da Patologia Clínica Evaldo Melo. Lançado em
setembro, durante o 47º Congresso da SBPC/ML, o museu é virtual e procura contar um pouco da história da
SBPC/ML e da patologia clínica no Brasil. O visitante encontra reprodução de vários documentos, como atas,
programa de congressos e até uma tabela de preços de
exames em 1944, fotos de eventos, de equipamentos
antigos de laboratório e de diversos objetos relacionados à vida da SBPC/ML desde a sua fundação.
O curador do museu, o
patologista clínico David Bichara, destaca que
o acervo e dinâmico e está sempre ganhando novos itens. Quem deseja
colaborar e enviar sugestões pode entrar em
contato pelo e-mail [email protected].
5
Diretoria da
SBPC/ML
do biênio 2014/2015
toma posse
Evento reúne diretores e convidados na sede da Sociedade,
no Rio de Janeiro.
Início do mandato é em 1º de janeiro
Na noite da sexta-feira, 6 de dezembro, a sede da
SBPC/ML recebeu dezenas de convidados para a cerimônia de posse da presidente eleita para o biênio
2014/2015, Paula Fernandes Távora, e a Diretoria
Executiva, Presidências Regionais e Conselho Fiscal.
O mandato começa em 1º de janeiro.
Além dos diretores dos biênios 2012/2013 e
2014/2015 e de colaboradores da SBPC/ML, estavam
presentes ex-diretores e ex-presidentes da Sociedade e convidados representando instituições da área
da saúde e empresas do setor de diagnóstico in vitro.
Após a abertura e a execução do Hino Nacional, fezse a leitura de toda a chapa da Diretoria eleita, que inclui a Executiva, Presidentes Regionais e Conselho
Fiscal. Em seguida, o vice-presidente da SBPC/ML,
Alex Galoro, leu o discurso enviado pelo presidente
do biênio 2012/2013, Paulo Azevedo, que não pode
comparecer por motivos de saúde.
"Despeço-me da presidência
com tranquilidade porque
sei que Paula fará um excelente trabalho, com profissionalismo e competência.
Afirmo com toda a certeza
que a SBPC/ML está em boas
mãos", leu Galoro, em nome
de Paulo Azevedo.
Representando a Diretoria 2012/2013, ele
homenageou as diretoras da área financeira, Leila Rodrigues e
Lúcia Villela, “pelo
seu trabalho e dedicação em todos esses
anos”. Em seu discurso, Azevedo também
agradeceu ao diretor
de Acreditação e Qua6
lidade, Wilson Shcolnik e desejou muito sucesso como presidente do 48º Congresso da SBPC/ML, que será de 9 a 12 de setembro de 2014, no Rio de Janeiro.
A presidente do biênio 2014/2015, Paula Távora (foto), iniciou sua fala muito emocionada, citando a presença de familiares, colegas da diretoria, amigos e
autoridades. Agradeceu o apoio de Paulo Azevedo
“para que a transição na presidência seja uma continuidade do trabalho feito até agora”. Destacou sentir-se orgulhosa de ser a segunda mulher a presidir a
SBPC/ML — a primeira foi Marilene Melo, na gestão
1985/1987.
“Iremos com muito afinco dedicar nosso tempo e
energia para fortalecer nossa especialidade, as alianças no setor laboratorial, continuar a reunir os profissionais do setor e intensificar nossas lutas, e representar os interesses do nosso principal ativo: os associados”, disse.
Ela destacou, também, o incentivo ao congresso, jornadas e aos eventos científicos.
“Vamos reforçar e relembrar aos nossos colegas de
outras especialidades o quanto somos importantes e
como é muito mais seguro e produtivo para o paciente se trabalharmos juntos e em harmonia de conduta
e informações.”
Terminou sua fala com uma citação de Guimarães Rosa, mineiro como ela: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí
afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela
quer da gente é coragem”.
Logo após, Paula Távora e os ex-presidentes Carlos
Senne e Armando Fonseca inauguraram a nova Galeria de Fotos de Presidentes da SBPC/ML. Em seguida,
foi servido um coquetel.
Veja fotos da cerimônia de posse e do coquetel na galeria do Flickr da SBPC/ML:
www.flickr.com/photos/sbpcml.
Veja a cobertura fotográfica completa em:
www.flickr.com/sbpcml
7
Destaques na gestão da SBPC/ML
Ao encerrar seu mandato, o presidente do biênio 2012/2013, Paulo Azevedo, faz uma retrospectiva
de aspectos que ele considera marcantes em sua gestão. Paula Távora, eleita para presidir a
SBPC/ML nos próximos dois anos, apresenta temas importantes de seu programa de trabalho.
Paulo Sérgio Roffé Azevedo
Presidente 2012/2013
Presidência da SBPC/ML
“No dia da cerimônia de posse eu disse em meu discurso que
não havia nenhum sacrifício em assumir a presidência da
SBPC/ML e que fazia isso com muita satisfação e orgulho. Eu
sempre quis ser presidente da Sociedade. Já havia sido convidado muitos anos antes, mas precisei recusar por motivos pessoais. Por isso, aceitei quando me convidaram para o mandato
de 2012/2013.”
Situação financeira
“Todos os que passaram pela presidência da SBPC/ML deixaram um legado. Todos viveram momentos diferentes, mas sempre trabalharam com o objetivo da melhoria contínua. Há algumas administrações a SBPC/ML passou por uma recuperação financeira, o que vem se mantendo desde então. Conseguir continuar essa obra foi uma responsabilidade muito grande da minha gestão para que a Sociedade permaneça financeiramente
saudável.”
Delegação de funções
“Antes de assumir a presidência, eu disse ao Carlos Ballarati,
que me antecedeu, que seria inviável cuidar de tudo sozinho e
que iria delegar funções. Por isso, trouxe gente mais jovem para assumir diversas tarefas. Deleguei quando achei necessário
porque o presidente não pode ter tudo em suas mãos. Vejo,
com satisfação, que eles corresponderam, o que é importante
para a SBPC/ML continuar em sua missão e se perenizar.
Um bom exemplo da renovação é a diretoria de Defesa Profissional, responsável por representar a SBPC/ML junto aos órgãos do governo, agências reguladoras, Associação Médica Brasileira e outras instituições. Para assumir esse trabalho convidei o Vitor Pariz, que tem representado, e muito bem, a Sociedade. O único órgão ao qual fiz questão de continuar a representar a SBPC/ML é a ANS. Faço isso há várias gestões, desde
que fui convidado para a diretoria de Defesa de Classe, que
atualmente se chama Defesa Profissional. Vejo o trabalho com
a ANS como um trem em movimento e no qual embarquei desde o início. Acompanho tudo o que acontece e conheço todos
os processos envolvidos. Descer no meio do caminho para ser
substituído abruptamente por outra pessoa pode ter sérias
consequências.”
Reconhecimento da acreditação laboratorial
“Conseguimos que a ANS reconhecesse a importância da acreditação laboratorial e que fossem criadas normas que determinam como se deve divulgar a acreditação. Era uma reivindicação antiga e que, depois de muito esforço, foi atendida nessa gestão. Esse trabalho vai gerar frutos para a SBPC/ML e para
os laboratórios, que irão melhorar à medida que eles também
se conscientizarem da importância de serem acreditados.”
Diretoria de Eventos
“Antes de assumir a presidência, pedi que se fizesse uma alte8
ração no estatuto da SBPC/ML para criar a Diretoria e a Vicediretoria de Eventos. Nossos eventos sempre foram muito
bem conduzidos sob todos os aspectos. Quem tem estado à
frente na coordenação executiva é o Armando Fonseca, que
faz um excelente trabalho. Mas ele não era da diretoria da Sociedade, o que limitava um pouco seu trabalho. Com a criação
dos cargos de diretor e vice-diretor de Eventos, seus dois ocupantes passaram a ter voz ativa na Diretoria e puderam trabalhar melhor. Um dos primeiros resultados disso é que, agora,
nossos congressos são planejados com antecedência de vários
anos. Já temos confirmadas até 2016 as cidades sede e as datas de realização, além de estar garantida também a reserva
de espaço no centro de convenções de cada cidade.”
Paula Fernandes Távora
Presidente 2014/2015
Planejamento estratégico
“As ações da SBPC/ML vem sendo executadas em sequência
pelas Diretorias Executivas a cada dois anos. Neste biênio optamos pela utilização de um modelo administrativo que permite
organizar nossas ações e assegurar o prosseguimento daquelas
que apresentam resultados positivos além de 2014/2015. Trabalharemos com a metodologia de planejamento estratégico,
guiados pelo mapa estratégico, onde definimos os objetivos
contínuos, que são as nossas diretrizes de trabalho. Estas compõem o detalhamento dos objetivos específicos, que dividimos por áreas e serão pautados pelas respectivas diretorias,
com metas estabelecidas e desdobradas. Trabalharemos com
um software de gestão estratégica que nos auxiliará no monitoramento de nossas ações, de modo a nos permitir verificar
se estamos no rumo certo e tentar atingir em até cinco anos as
metas propostas.”
Interação com outras especialidades
“A Patologia Clínica passa por um momento em que precisamos rever nosso papel no setor de saúde. Continuaremos a interagir com as outras Sociedades Médicas, de modo a termos
professores da atividade laboratorial nas demais especialidades, além de trazê-las para uma maior interação científica e
administrativa com a SBPC/ML.”
Instituições de ensino
“Pretendemos trabalhar junto ao Ministério da Educação e às
instituições de ensino públicas e privadas de modo a ter profissionais da área atuando na graduação dos cursos de medicina. Hoje, existe uma fragilidade nos programas de ensino e a
especialidade Patologia Clínica ou Propedêutica não faz parte
da grade curricular da grande maioria dos cursos de formação
e graduação em Medicina. Há médicos que se formam com um
conhecimento superficial de como pedir exames de laboratório, como interpretá-los e como decidir condutas terapêuticas
fundamentadas nesses exames. Também é preciso atualizálos em relação às inovações tecnológicas importantes que
vêm ocorrendo em nossa área.”
PALC
“Temos muito orgulho em oferecer para o mercado o maior
programa brasileiro de acreditação de laboratórios clínicos.
Ao longo da trajetória de 15 anos do PALC adquirimos conhecimentos e experiências que geram publicações científicas e fóruns para intercâmbio de informações nos quesitos segurança
do paciente e qualidade laboratorial, em âmbito nacional e internacional. Já começamos esse trabalho em 2013, com a participação em um evento na Itália sobre harmonização de indicadores de qualidade em medicina laboratorial. Vamos continuar investindo neste intercambio e reciprocidade científica
que, em nossa avaliação, tem sido muito frutífera.”
Educação continuada
“O fomento da ciência é um dos pilares da SBPC/ML. Vamos incrementar nossas atividades de atualização científica e de difusão do conhecimento.”
Defesa profissional
“Embora nosso pilar seja científico, a participação na defesa
profissional é inerente à nossa atividade e se reforçou ao longo dos anos. Continuaremos com uma presença forte junto ao
Governo, ao Ministério da Saúde, à ANS e à Anvisa, nas quais já
temos assento. É importante estar presente nessas agências,
ter voto e poder opinar pois nos interessa saber como estão regulando o nosso setor.”
Representatividade
“Já estamos presentes na Associação Médica Brasileira e no
Conselho Federal de Medicina, mas é preciso ampliar esta participação. Hoje, criamos diretrizes para a Patologia Clínica,
mas vamos incentivar essas ações com diretrizes que envolvem
outras especialidades. É o que fizemos recentemente com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, na diretriz sobre dislipidemias, que contou com a participação do setor laboratorial.”
Relacionamento com entidades de classe e com o mercado
“Continuaremos a manter a proximidade com órgãos de classe, como associações e sindicatos de laboratórios, de hospitais e de empresas, participando e defendendo os interesses da
classe laboratorial no que tange, por exemplo, à precificação,
ao controle da qualidade e à segurança do paciente.”
Colaboradores
“Estamos redesenhando nosso modelo administrativo. Somos
uma Sociedade Médica madura e com uma equipe de colaboradores experientes e competentes. O ano de 2014 será uma
ótima oportunidade para seu reconhecimento e valorização
porque nosso próximo Congresso será no Rio de Janeiro, onde
está a sede da SBPC/ML. Sinto-me tranquila de assumir um grupo que suporta a transição para uma nova gestão a cada dois
anos, o que é sempre um desafio para todos os profissionais.”
Acreditação pela ISQua
“Já temos o certificado ISO 9001:2008 e vamos mantê-lo. Agora, queremos expandir para a acreditação internacional pela
International Society for Quality in Health Care (ISQua)onde
serão certificados a própria SBPC/ML e o PALC. Este projeto está sendo analisado pela Diretoria. O selo ISQua será um reconhecimento ao trabalho da SBPC/ML.”
O livro discute as principais fontes de erros na fase préanalítica e as interferências nos resultados dos exames, os
aspectos relacionados à prevenção dessas falhas e as
soluções para evitar a recorrência.
Em linguagem simples e direta, visa auxiliar o
laboratório clínico nas dúvidas do dia a dia e se constitui
em uma ferramenta muito útil para todos os
profissionais do laboratório clínico.
Foi escrito por uma equipe multidisciplinar composta
por formadores de opinião, com larga experiência no
ambiente laboratorial.
Mais informações em
www.sbpc.org.br
realização
apoio
9
Foto: divulgação
CBDL tem nova diretoria
A Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) elegeu, no dia 4 de dezembro,
a diretoria para um mandato de dois anos. O
novo presidente é Fábio Arcuri, diretor da
ThermoFisher no Brasil. Liliana Perez, da Roche Diagnostics, que o antecedeu, passa a
ocupar o cargo de vice-presidente. Ricardo
Didio, da Genese Produtos Diagnósticos, está na diretoria financeira, e João Paulo Janoni, da Biosys, na diretoria científica.
No mercado de diagnósticos há 25 anos, Fábio Arcuri começou suas atividades no setor
como especialista de produtos em alergia na
Pharmacia Diagnostics. Nesta ocasião, iniciou a implantação do diagnóstico in vitro de
alergia. Em 2004, tornou-se country manager na Phadia Diagnóstico no Brasil. Em setembro de 2011, a Phadia foi adquirida pela
Thermo Fisher Scientific. Sócio fundador da
CBDL, Arcuri teve participação importante
quando da regulamentação dos registros de
produtos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A CBDL é uma entidade de classe que reúne
48 empresas do segmento de diagnóstico in vitro, que representam 75% do total do mercado no Brasil. Em 2012, o faturamento em reais do setor cresceu 6,8%, comparado a 2012.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CBDL
Fehoesp e Sindhosp lançam Anuário Brasileiro da Saúde
Foto: Neuza Nakahara
Com o tema “A saúde que temos e a saúde que queremos”, a publicação foi lançada em São Paulo, em dezembro. O conteúdo apresenta projeções para os próximos 15 ou 20 anos em relação aos cenários ideal, possível e indesejado para a saúde no Brasil, feitas por estudiosos e lideranças do setor. Eles escreveram o que é
preciso fazer para se alcançar um cenário ideal em duas décadas, como assegurar a sustentabilidade do setor de saúde suplementar e quais as mudanças necessárias. Outros temas abordados são o custo da burocracia no Brasil, a falta de conscientização e investi-
mentos em tecnologia da informação em saúde e em
profissionais especializados nessa atividade. O Anuário também apresenta um artigo de André Medici,
economista sênior da área da saúde do Banco Mundial, que analisa as manifestações ocorridas em junho
de 2013 em várias cidades e que colocaram a saúde
entre as principais reivindicações.
O Anuário é publicado pela Fehoesp, Sindhosp e Public
Projetos Editoriais. Ele será distribuído a hospitais privados em todo o país, às principais clínicas e laboratórios de São Paulo, operadoras de planos de saúde, autoridades e imprensa.
“Nesse ano, a Federação se une ao Sindicato na produção do Anuário, o que agrega ainda mais valor à publicação. Com as quatro edições do Anuário do Sindhosp,
o veículo já se tornou referência na saúde e nossa expectativa é a de que ele ganhe ainda mais espaço e importância no debate de temas que precisam ser discutidos com seriedade e sem viés ideológico para que os
desafios sejam superados”, diz o presidente da Fehoesp e do Sindhosp, Yussif Ali Mere Jr.
Fonte: Imprensa do Sindhosp
Parceria internacional na produção de vacina
Os governos do Brasil e França anunciaram um contrato de prestação de assistência técnica ao desenvolvimento da vacina
heptavalente injetável pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), da Fiocruz. A vacina terá capacidade de proteção contra sete doenças, em uma única aplicação: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, HIB (Haemophilus influenza tipo B), meningite C e poliomielite.
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias
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Novo Rol da ANS
entra em vigor em janeiro
Armando Fonseca & Gustavo Campana
Embora abaixo das expectativas e necessidades de atualização dos procedimentos em Medicina Laboratorial,
foi publicada, em outubro de 2013, a Resolução Normativa 338, da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), com a inserção de 87 novos itens no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, referência para a cobertura assistencial mínima dos planos privados de saúde
contratados a partir de janeiro de 1999.
A incorporação de novas tecnologias permitirá
um melhor desempenho diagnóstico e assistencial de patologias de menor frequência, mas com
previsão de impacto positivo no custo efetivo total dessas doenças, reduzindo complicações desnecessárias e desperdícios de recursos na economia em saúde.
Os novos procedimentos do Rol da ANS entram em vigor
em janeiro de 2014 e têm como foco primário a formalização da cobertura de testes já habitualmente utilizados e, em menor escala, da incorporação de novas tecnologias. Um bom exemplo é a inserção do exame Coprológico Funcional nesta nova revisão, teste de alto volume e de rotina. Esse modelo de revisão faz-se necessário, porém, as alterações de complexidade dos ensaios
devem ser respeitadas e os testes obsoletos substituídos
em uma revisão mais profunda.
Médico Patologista
Clínico, Diretor de
Eventos da SBPC/ML
e Editor-chefe do
Notícias-Medicina
Laboratorial até
dezembro de 2013
Dos 87 novos procedimentos, sete são exames de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e dois de Radiologia
e Imagem. Assim, os procedimentos terapêuticos, clínicos e cirúrgicos prevalecem em número de inserções.
Gustavo
Dentre os procedimentos inseridos no Rol para 2014,
destacam-se os medicamentos orais para câncer de uso
domiciliar e as Diretrizes de Utilização Terapêutica para Exames Genéticos, sendo estas últimas relacionadas
a 22 diferentes patologias, tais como Câncer Hereditário de Mama e Ovário (BRCA 1 e BRCA 2), Hemocromatose, Hemofilias A e B, Polipose Adenomatosa Familiar, entre outras.
Armando
Fonseca
Campana
Médico Patologista
Clínico, Diretor de
Comunicação da
SBPC/ML - biênio
2014/2015 e
Editor-chefe do jornal
a partir de janeiro de
2014
O site da SBPC/ML
www.sbpc.org.br
apresenta a “Lista de doenças abrangidas pelas novas diretrizes”, as “Diretrizes de Utilização dos Procedimentos Genéticos” e a “Nota Técnica nº 876/2013”, que descreve os procedimentos para análise molecular de DNA e pesquisa de microdeleções e microduplicações por FISH.
Para consultá-las no site, entre na seção “Profissional”, item
“Legislação & Consultas Públicas”, página “ANS”.
11
Teste de urina detecta leishmaniose visceral
Foto: divulgação
Foi desenvolvido um teste Elisa não invasivo que consegue detectar em amostras de urina de pacientes
com leishmaniose visceral, ou calazar, cada um dos
três antígenos de Leishmania infantum. O estudo foi
realizado no Instituto Forsyht (foto) —
www.forsyth.org, nos EUA. A equipe usou cromatografia de fase inversa líquida de alto rendimento combinada com espectrometria de massa.
As amostras foram coletadas de um grupo de 20 pacientes das cidades de Montes Claros (MG) e Teresina,
com diagnóstico confirmado da doença. O teste identificou os antígenos em todos os pacientes e não reagiu
com 62 amostras de urina obtidas do grupo controle.
De acordo com o estudo, o teste apresentou sensibilidade de 89%, especificidade de 100% e um limite de detecção de 4pg a 10pg de antígeno por mL de urina.
Os autores reconhecem que trabalharam com uma
amostra pequena, mas estão otimistas com os resultados. Eles pretendem realizar testes clínicos para
validá-los.
Segundo o Ministério da Saúde, a leishmaniose visceral é
uma zoonose caracterizada como doença rural, mas
vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande portes e tornou-se um problema crescente de saúde
pública no país e em outras regiões das Américas, onde
já é considerada uma endemia em franca expansão geográfica. É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada
por febre de longa duração, perda de peso, astenia e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada,
o paciente morre em 90% dos casos.
Fontes: LabMedica.es e Ministério da Saúde
Foto: divulgação
Marcadores para detecção precoce de câncer de pulmão
Diversos estudos que procuram identificar
marcadores que possam ajudar no diagnóstico de diferentes tipos de câncer. Um desses
é realizado pela Faculdade de Medicina e
Odontologia da Universidade de Valência
(www.uv.es), na Espanha. Segundo um dos
coautores, o professor Carlos Camps (foto),
um dos maiores desafios da medicina oncológica é detectar a doença o mais cedo possível, já que a demora na localização do tumor implica em metástases em cerca de 75%
dos casos. A pesquisa já confirmou que a presença no tumor da proteína C4d está associada à mortalidade.
“Essa proteína é um marcador em potencial
para a detecção precoce e tratamento do
câncer de pulmão. Ela pode ajudar a diagnosticar o tumor mais cedo, mesmo que o paciente não apresente sintomas”, diz Eloisa
Jantus-Lewintre, coautora do estudo.
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A pesquisa enfatiza os processos que regulam a angiogênese — formação de novos vasos sanguíneos em tumores — e imunologia
do tumor. Foram analisadas amostras de
mais de 300 pacientes com câncer de pulmão e de outras 400 pessoas saudáveis ou
com doenças respiratórias não malignas.
“O câncer de pulmão é a principal causa de
morte por câncer no mundo. A descoberta de
novos marcadores é importante não apenas
para confirmar a presença de células tumorais, mas para obter informações adicionais,
que ajudem a desenhar tratamentos personalizados”, explica Camps.
O artigo Investigation of Complement Activation Product C4d as a Diagnostic and Prognostic Biomarker for Lung Cancer, foi
publicado online em Journal of the National
Cancer Institute, em 12 de agosto de 2013.
Fonte: AlphaGalileo
13
Níveis de betaína na urina indicam risco de desenvolver diabetes
Um estudo na Universidade de Bergen (www.uib.no), na Noruega, identificou e avaliou aspectos preditivos
da excreção de betaína em pacientes cardiovasculares em relação a
seu uso como marcador de risco do
indivíduo desenvolver diabetes.
No início do estudo foram coletadas
amostras de urina e de sangue de
2.396 pessoas, a maioria feita em
consultas durante a pesquisa, que
durou cerca de 39 meses. No total,
foram coletadas três amostras de
urina de 1.772 indivíduos e duas de
348 pessoas. Em 276, a coleta ocorreu somente na primeira consulta.
Foi avaliado o surgimento de diabetes ao longo do estudo entre as
2.076 pessoas sem diagnóstico da
doença, e que no início do trabalho
a glicose medida em jejum era inferior a 7,0 mmol/L, e, fora do jejum,
inferior a 11,1 mmol/L. A excreção
mediana de betaína, em 22,2
mmol/mol de creatinina, era três
vezes maior nos indivíduos com diabetes, em comparação com aqueles que não tinham a doença. Segundo os pesquisadores, foi encontrada uma associação clara, mas
não linear, entre a excreção na urina de betaína com hemoglobina glicada. Esta foi o determinante mais
forte da eliminação de betaína em
pacientes com diabetes mellitus.
“Nosso estudo sugere que a excreção de betaína em níveis elevados
pela urina está associada a um risco
maior de se desenvolver diabetes a
longo prazo”, diz o médico Hall
Schartum-Hansen, do Departamento de Ciências Clínicas da universidade e coautor do estudo.
O artigo Assessment of Urinary Betaine as a Marker of Diabetes Mellitus in Cardiovascular Patients foi
publicado em 6 de agosto de 2013
em PlosONE.
Fonte: LabMed.es
Cresce produção de equipamentos médico-hospitalares
pamentos médico-hospitalares e
odontológicos, quando foram criados 9,2 mil postos de trabalho — 8%
a mais que em 2012. Esses dados
têm como base pesquisas do IBGE.
Segundo o presidente da Aliança
Brasileira da Indústria Inovadora
em Saúde (ABIIS), Carlos Eduardo
A produção brasileira de equipa- Gouvêa, o volume das exportações
mentos de instrumentação médi- desse setor chegou a 924 milhões
co-hospitalares e odontológicos de dólares, entre janeiro e setemcresceu 8,5% entre janeiro e se- bro de 2013, o que representa 25%
tembro de 2013, em relação ao mes- a mais que no ano anterior. Já as immo período do ano anterior. As ven- portações somaram US$ 6,5 bidas no comércio varejista de pro- lhões, 9,7% a mais comparado com
dutos médicos, farmacêuticos e or- o mesmo período.
topédicos subiram 9,5%, em com- “O crescimento do setor se deu
paração com 2012. Ainda nesse pe- principalmente pelo avanço do reríodo aumentou o número de em- conhecimento de sua importância
pregos no setor industrial de equi-
como coadjuvante ou como peça
fundamental de terapias e na assistência médica”, diz Gouvêa.
Para ele, trabalhar com o conceito
de diagnóstico precoce para uma
melhor precisão terapêutica resulta em grande economia em termos
de gastos na saúde pública.
A ABIIS reúne entidades do setor como a Associação Brasileira dos
Importadores e Distribuidores de
Implantes (Abraidi), Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares
(Abimed) e Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL).
Fonte: Assessoria de imprensa da
ABIIS
Nas entrelinhas do DNA
Pesquisadores da Universidade de Washington,nos EUA, descobriram que na combinação de 64 letras que compõem o código
genético existe um grupo que apresenta dois significados. Um está relacionado à sequência de proteínas e o outro ao controle dos genes. Estas instruções de controle aparentemente ajudam a determinar algumas características benéficas das
proteínas e como elas são formadas.
Fonte: Universidade de Washington
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O óxido nítrico (NO) é uma das moléculas de
sinalização mais importantes das células.
Essa substância transmite mensagens no interior do cérebro e coordena funções do sistema imunológico. Em muitas células tumorais, os níveis de NO são alterados, mas pouco
se sabe sobre como essa substância se comporta em células saudáveis ou de câncer.
“O NO tem papéis contraditórios na progressão do câncer. Precisamos de novas ferramentas para melhor compreendê-lo”, diz Michael Strano (foto), professor do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts — MIT (web.mit.edu), nos EUA, que orienta a estudante
de pós-doutorado Nicole Iverson.
Ela construiu duas versões de um sensor com
nanotubos de carbono capaz de detectar níveis de NO. O sensor do primeiro tipo, para
uso em períodos de tempo curtos, é injetado
na corrente sanguínea. A segunda versão destina-se a monitoramento em longo prazo. Ela
é incorporada a um gel e pode ser implantada sob a pele.
Nos testes com o sensor implantado em camundongos, o monitoramento ocorreu por mais de
um ano, em uma primeira demonstração de
que os nanossensores podem funcionar dentro
do corpo por um tempo prolongado.
Foto: divulgação
Sensor subcutâneo detecta níveis de óxido nítrico
Como o sensor pode ser adaptado para detectar outras células, os pesquisadores agora estudam também a possibilidade de usá-lo
para monitorar os níveis de glicose em pacientes diabéticos, eliminando a necessidade
de colher amostras de sangue.
O artigo In vivo biosensing via tissuelocalizable near-infrared-fluorescent single-walled carbon nanotubes foi publicado
em 3 de novembro de 2013 em Nature Nanotechnology.
Fonte: Science Daily
Tecnologia da informação
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Posicionamento da SBPC/ML 2013
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Rotina inteligente
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15
Modelo propõe rede de interações para prevenir infecção hospitalar
Através de modelos em computador que simulam as interações entre pacientes e profissionais de saúde, os autores do estudo confirmaram que existe uma correlação entre o tamanho da “rede social” e a
propagação de organismos multir-
resistentes: quanto mais esparsa,
menores as taxas de transmissão.
Com base nisso, criaram uma estrutura conceitual para os hospitais,
cujo objetivo é modelar as redes sociais do paciente para prever e minimizar a propagação das infecções
bacterianas.
O próximo passo é tornar os hospitais capazes de adaptar esse modelo, a fim de diminuir o número de
médicos e enfermeiros na rede social dos pacientes, especialmente os
de alto risco.
mos multirresistentes”, diz o coautor Sean Barnes.
O artigo Exploring the Effects of Network Structure and Healthcare
Worker Behavior on the Transmission of Hospital-Acquired Infections
foi publicado online em 22
dezembro de 2012, em IIE Transactions on Healthcare Systems Engineering.
Fonte: Universidade de Maryland
Foto: divulgação
Dados do Departamento de Saúde
dos Estados Unidos indicam que as infecções hospitalares atacam um em
cada 20 pacientes internados e são
responsáveis por gastos de bilhões
de dólares e pela morte de milhares
de pessoas todos os anos. O objetivo
de contribuir para reduzir esses números motivou um estudo em conjunto das universidades de Maryland
( w w w, u m d . e d u ) e A m e r i c a n
(www.american.edu), naquele país.
“Os registros eletrônicos poderão
gerar informações para capturar a
estrutura dessa interação e relacionar a série de fatores que podem
afetar as transmissões de organis-
Proteína controla produção de insulina
“Levamos anos para confirmar que
a TXNIP leva à morte das células beta no diabetes tipos 1 e 2. Sua ação
também contribui para um segundo
mecanismo importante na doença:
a queda na produção de insulina pelas células beta”, explica a médica
Shalev Anate (foto), coautora do estudo e diretora do Centro de Diabetes da universidade.
Verificaram que níveis altos de
TXNIP no organismo acionam as células beta para construir um trecho
específico de material genético, o
microRNA-204, que é feito com base em fragmentos de RNA que não
conseguem codificar proteínas e silenciam os genes-alvo. Esse processo gera um outro nível de regulação e uma ferramenta para “ligar
e desligar” os genes.
postos experimentais que possam
agir sobre o microRNA-204, em vez
do TXNIP, importante para o desenvolvimento de novas terapias RNA.
O artigo Thioredoxin-interacting
protein regulates insulin transcription through microRNA-204 foi
publicado online em 25 de agosto
de 2013 em Nature Medicine.
Fonte: Science Daily
Com base nessas descobertas, a
equipe redobrou os esforços para
identificar uma nova classe de medicamentos capazes de regular os níveis de TXNIP e aumentar a produção
de insulina pelas células beta, estendendo sua vida útil. Os pesquisadores também estão buscando com-
Enxaquecas e óperas
Richard Wagner produzia suas obras influenciado por crises frequentes de enxaqueca. Esta é a conclusão de um estudo feito
na Alemanha, que analisou dados sobre a saúde do famoso compositor, alguns revelados em suas memórias. A ópera Sigfried, por exemplo, começa com uma “batida pulsante”, que se torna cada vez mais intensa, até alcançar o que o estudo chama de uma “pulsação quase dolorosa”, que os autores acreditam representar as dores provocadas pela enxaqueca. O estudo foi publicado na edição de Natal do British Medical Journal.
Fonte: Medical News Today
16
Foto: divulgação
A proteína TXNIP pode ser a chave
para desenvolver medicamentos e
terapias para diabéticos, segundo
pesquisa da Universidade do Alabama em Birmingham (www.uab.edu), nos EUA. A proteína “manda”
as células beta do pâncreas pararem de produzir insulina e, então,
faz com que elas se autodestruam.
O site Lab Tests Online BR auxilia a população leiga e os
profissionais de saúde a conhecerem melhor os exames laboratoriais.
Há informações sobre os exames, sua finalidade, preparativos, tipo
de amostra coletada e forma de coleta, além de estados clínicos e
doenças relacionadas.
Lab Tests Online BR é desenvolvido e atualizado por médicos
Patologistas Clínicos.
Lab Tests Online BR é mantido pela Sociedade Brasileira de Patologia
Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), sob licença da American
Association for Clinical Chemistry (AACC).
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[email protected].
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OMS lança no Brasil biblioteca virtual em biovigilância
Durante o 3º Encontro Global de Biovigilância da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Brasília, em dezembro, foi lançado o Projeto NOTIFY, também conhecido como Notify Library.
Consiste de um banco de dados que reúne casos emblemáticos de eventos adversos na área de sangue, teci-
dos, células e órgãos. “A base de dados tem casos documentados e disponíveis para pesquisa que são úteis ao
trabalho da vigilância sanitária e para aqueles que atuam no setor”, explica Luc Nöel, assessor especial do
Programa de Segurança do Paciente da OMS na área de
vigilância e monitoramento do uso de produtos de origem humana.
Segundo ele, a escolha do Brasil para a realização do
evento levou em conta a experiência do país e a estrutura organizacional da Anvisa. “O Brasil tem muito
a mostrar sobre biovigilância e a escolha pelo país
tem o objetivo de provocar um impacto positivo nas
Américas”.
Deidree Fehily, coordenadora do Centro Nacional de
Transplante da Itália, entidade colaboradora da OMS,
destacou ser “obrigação dos países com maior nível de
desenvolvimento apoiar os demais porque a troca de experiências em meio a heterogeneidade de informações
colabora para a construção do conhecimento”.
A biblioteca virtual tem acesso livre e pode ser consultada por qualquer pessoa no endereço www.notifylibrary.org. A publicação dos relatos sobre os casos adversos é feita após seleção de um comitê editorial e ficam disponíveis para consulta.
Fonte: Imprensa da Anvisa
Foto: divulgação
Relação entre acidente cardiovascular e ciclo circadiano
Acidentes cardiovasculares estão entre as
principais causas de mortes em homens e mulheres, e a maior parte desses eventos tende
a acontecer pela amanhã, segundo pesquisa
realizada pelo Hospital Brigham and Women
(www.brighamandwomens.org) em parceria
com a Universidade de Ciência e Saúde do
Oregon (www.ohsu.edu), nos EUA. O estudo
aponta que uma possível causa tem relação
com o ciclo circadiano — o relógio biológico
interno que regula os ritmos do nosso corpo e
influencia processos como digestão, sono e
renovação celular.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram 12 voluntários adultos saudáveis, durante duas semanas, por meio de um
protocolo laboratorial projetado para dessincronizar ritmos diários comportamentais
e ambientais. O trabalho se concentrou em
avaliar o papel do ativador de plasminogênio-1 (PAI-1), que inibe a degradação de coá18
gulos sanguíneos e é, portanto, um dos principais contribuintes para ataque cardíaco e
acidente vascular cerebral isquêmico.
“Os resultados indicam que o sistema circadiano provoca, pela manhã, um pico na circulação nos níveis de PAI-1, independente de quaisquer influências comportamentais ou ambientais”, explica Steven Shea (foto), coautor
do artigo. Ele diz que são necessárias novas
pesquisas para testar se esse ritmo é amplificado, anulado ou deslocado em indivíduos que
apresentam maior risco devido à obesidade, diabetes ou doença cardiovascular.
O artigo Human circadian system causes morning peak in pro-thrombotic plasminogen activator inhibitor-1 (PAI-1) independent of sleep/wake cycle foi publicado em 7 de novembro de 2013 em Blood.
Fonte: Science Daily
Foto: divulgação
Proteína é alvo potencial para tratamento contra a malária
Um estudo da Universidade da Califórnia
(www.ucsd.edu), nos EUA, investiga um tratamento para a malária com potencial para prevenir e bloquear a transmissão da doença. Os
testes levariam ao desenvolvimento de toda
uma nova classe de medicamentos derivados
da imidazopiridina, que teriam como alvo potencial a proteína fosfatidilinositol-4-quinase
(PI4K), essencial em todas as fases do ciclo de
vida do plasmodium, parasita causador de malária. Liderada por Elizabeth Winzeler (foto), a
pesquisa procura comprovar a eficácia do tratamento em todas as fases da doença.
zeler, o estudo partiu desse ponto para realizar os testes. Administraram imidazopiridina em ratos e primatas infectados com plasmodium e descobriram que os compostos
bloquearam o desenvolvimento dos parasitas, tanto no fígado quanto nas fases de infecção da corrente sanguínea.
“Atualmente, existe apenas um medicamento aprovado para eliminar parasitas no fígado
em pacientes com malária reincidente, a primaquina. A descoberta de que a PI4K torna o
plasmodium suscetível à imidazopiridina deve ajudar os pesquisadores a aperfeiçoarem
esses compostos para futuros testes clínicos
em seres humanos”, acrescenta Winzeler.
O fígado é o destino dos parasitas que invadem o corpo quando um humano é picado
por um mosquito portador do plasmodium. O artigo Targeting Plasmodium PI(4)K to eliNo órgão, eles se multiplicam e se espalham minate malaria foi publicado em 27 de nopela corrente sanguínea, se desenvolvem e vembro de 2013 em Nature.
causam os sintomas da doença. Segundo WinFonte: Science Daily
Erros genéticos adicionais causam fibrose cística
Dos mais de 1.900 erros já relatados no gene responsável pela fibrose cística, ainda não estava claro quantos
deles realmente contribuíam para a transmissão da doença de forma hereditária. Recentemente, um trabalho realizado na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins (www.hopkinsmedicine.org), nos
EUA, relatou avanços significativos na definição de
quais mutações são benignas ou prejudiciais.
O estudo amplia de 22 para 127 o número das mutações conhecidas causadoras de fibrose cística, o que
representa 95% das variações encontradas em pacientes com a doença. Para chegar a esses resultados, a
equipe analisou um banco de dados contendo informação genética de cerca de 40 mil pacientes. Todas as mutações que apareceram com frequência de pelo menos
0,01% nesse universo foram examinadas. Os dados estão sendo usados por médicos, para ajudar no diagnóstico; por especialistas em saúde pública, para refinar a
triagem neonatal; e por profissionais que investigam
novas terapias.
“Essas novas informações darão uma resposta clara a
dezenas de milhares de pessoas todos os anos, que são
aqueles diagnosticados como potenciais portadores;
pais de crianças que foram alertados depois do teste
do pezinho; crianças e adultos que estão procurando
por um diagnóstico”, diz a consultora genética e coautora Karen Siklosi. Ela avalia que o processo utilizado
no estudo pode ser repetido para ajudar a caracterizar
outras desordens genéticas raras.
O artigo Defining the disease liability of variants in
the cystic fibrosis transmembrane conductance regulator gene foi publicado em 25 de agosto de 2013 em
Nature Genetics.
Fonte: Science Daily
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