FISIOLOGIA DO
ENVELHECIMENTO
Profª. Lucia Gill
Proporção de idosos na
população brasileira.
(1991, 1996, 2000 e 2006)
o
o
o
o
o
1991 = 7,3
1996 = 7,9
2000 = 8,6
2005 = 9,2
Em todas as regiões, a proporção de idosas
é maior do que de idosos.
Senescência X Senilidade
SENESCÊNCIA

Declínio das funções fisiológicas a partir dos
25 anos.
Declínio da memória a partir dos 30 anos

Variabilidade interindividual.

Declínio das funções orgânicas em rítmos
diferentes no mesmo indivíduo.

Teorias do envelhecimento

Teoria do “Uso-desgaste”.
Resultado de constantes exposições dos
diversos tecidos do corpo às injúrias
ambientais.

Teoria das ptns alteradas.
Acúmulo der ptns que tiveram “erros” no
processo de transcrição.

Acúmulo de mutações somáticas.
ocorreriam com o avançar da idade,
alterando a função dos diversos órgãos
corporais.

Teoria do “Erro Catastrófico”.
Falhas no aparato protéico de células
causariam a ação errônea da ptn no
ambiente celular. A somatória dos eventos
levaria a morte

Teoria da “disdiferenciação”.
A célula perderia a diferenciação.
Envelhecimento
Cardiovascular


O envelhecimento está associado a
alterações estruturais cardíacas.
As paredes do ventrículo esquerdo
aumentam de espessura, ocorrendo um
depósito de colágeno, da mesma forma, a
aorta se torna mais rígida (calcificação
aórtica).


Com o passar dos anos ocorre o
desenvolvimento do ateroma (aterosclerose)
nas artérias, perda de fibra elástica e
aumento de colágeno.
Assim, há uma diminuição da resposta de
elevação de freqüência cardíaca ao
esforço(deficiência cronotrápica),
aumentando a disfunção diastólica do
ventrículo esquerdo e dificultando a ejeção
ventricular(deficiência inotrópica).


Maior prevalência de Hipertensão arterial
sistólica (devido a maior resistência vascular
sistêmica)isolada com maior risco de eventos
cardiovasculares.
Alterações renais devido ao baixo débito
cardíaco e consequente menor filtração
glomerular (desequilíbrio dos fatores de
regulação da P.A.).
Envelhecimento do Aparelho
Respiratório.

O processo do envelhecimento afeta desde
os mecanismos de controle até as estruturas
pulmonares e extra-pulmonares que
participam do processo de respiração.

O enfraquecimento dos músculos
esqueléticos somado ao enrijecimento da
parede torácica, resulta na redução das
pressões máximas inspiratórias e
expiratórias (que representam a força
muscular respiratória), com um grau de
dificuldade maior para executar a dinâmica
respiratória.

O diafragma parece ser o único músculo que,
no idoso, apresenta a mesma massa
muscular que indivíduos mais jovens
(GORZONI; RUSSO, 2006).
Envelhecimento do aparelho
digestório

Ocorrem alterações na cavidade oral, com
diminuição do paladar (PASI, 2006), redução da
inervação do esôfago, redução na secreção de
lípase e insulina pelo pâncreas, diminuição da
metabolização de medicamentos pelo fígado,
dificuldade de esvaziamento da vesícula biliar,
discreta diminuição da absorção de lipídeos no
intestino delgado, no cólon se observa o
enfraquecimento muscular, alteração de
peristalse e da musculatura do esfíncter exterior.

No reto e ânus são observadas alterações
com espessamento e alterações do
colágeno e redução de força muscular,
que diminuem a capacidade de retenção
fecal volumosa. A isso se acrescem
alterações de elasticidade retal e da
sensibilidade à sua distensão (FERRIOLI,
et al., 2006).
Envelhecimento do sistema
urinário


A incontinência urinária é mais freqüente nas
mulheres que nos homens e afeta cerca de
30% dos idosos que vivem em comunidade e
50% dos idosos institucionalizados (TERRA,
2003).
H.P.B.

A atrofia da uretra, o enfraquecimento da
musculatura pélvica associado à perda de
elasticidade uretral e de colo vesical
favorecem o aumento de freqüência e
urgência urinária e incontinência urinária
de esforço (SOUZA, 2002).
Envelhecimento do sistema
imunológico


Imunosenescência, contribui de maneira
importante para a maior morbimortalidade
observada em adultos mais velhos, com
maior incidência de infecções do trato
respiratório e urinário.
Aparecimento de focos de câncer.
Alterações Posturais
Homens de
60, 78 e 93
anos.
Envelhecimento Cutâneo
Alterações auditivas
Alterações visuais
Envelhecimento e Cognição

A Universidade da Califórnia pesquisou
durante dez anos as variações cognitivas
de 5.888 sujeitos. Os resultados
apontaram para um desempenho
cognitivo estável em 70% dos idosos
avaliados de forma longitudinal.
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
Estudos de Bottino et al. (1997) apontam a
preservação dos conhecimentos
adquiridos até os 70 anos.
Redução significativa das habilidades
práxicas e executivas que dependem de
percepção visual, análise visuoespacial e
desempenho visuomotor a partir dos 70
anos.
Memória
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...“Normal no envelhecimento é não
perder as funções cognitivas”...(Bottino,
2006)
Estudo realizado em Veranópolis (RS)
Persistência da Plasticidade Neural.
Violência contra o Idoso
“É um ato (único ou repetido) ou omissão
que lhe cause dano ou aflição e que se
produz em qualquer relação na qual
exista expectativa de confiança”
(Rede Internacional para a Prevenção dos Maus-Tratos contra o Idoso )
Formas de violência
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Abuso, maltrato ou violência física.
Abuso, maltrato ou violência psicológica.
Abuso ou violência sexual.
Abandono.
Negligência.
Abuso financeiro e econômico.
Auto-negligência.
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Em 2005 morreram 17.581 idosos por
acidentes e violência, sendo 65,5% homens
e 34,5% mulheres.
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Em 2006 foram registradas 117.137
internações por lesões e envenenamentos.
Causas
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54,1% - quedas
10,1% - atropelamentos
6,5% - complicações na assistência médica
2,6% - agressões
0,6% - auto-provocadas.
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90% dos casos ocorrem no ambiente familiar.
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Perfil do agressor – Filhos homens, nora,
genro e cônjuges.
Perfil da vítima – mulher com mais de 70
anos, dependente financeira e
emocionalmente.
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fisiologia do envelhecimento - Universidade Castelo Branco