1º SEMINÁRIO INTERNACIONAL
A CRIATIVIDADE DOS TERRITÓRIOS. ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS
20 e 21 de Setembro de 2012
DIA 20 DE SETEMBRO | SESSÃO DE TRABALHO
Moderadora | Suzana Menezes
TÍTULO | A Criatividade no território. Que estratégias?
Partindo da questão “Do que é que falamos, quando falamos de criatividade?” e em que medida a
comunidade é efectivamente envolvida nestes processos de desenvolvimento iniciou-se uma
discussão que conduziu no sentido da exigência de uma clara definição conceptual do sector e da sua
abrangência, sendo por isso fundamental clarificar os conceitos para podermos depois definir as
estratégias.
Definir o sentido de cultura, de criatividade, de indústrias criativas é, por isso, premente.
Uma das notas dominantes desta discussão é de que estes processos de estimulação da criatividade
como factor de competitividade dos territórios e, consequentemente, do estímulo à criação de
negócios criativos, deve ser fortemente alavancado na indústria tradicional existente. Neste sentindo,
as indústrias criativas poderão representar um valor acrescentado para o rejuvenescimento industrial
da região norte.
Por outro lado, foi também acentuado o papel esperado destas datas industrias tradicionais que
deverão compreender e incorporar o potencial de inovação e criatividade inerente às indústrias
criativas.
Quando o objectivo é reflectir em torno da importância da criatividade como factor de
competitividade torna-se clara a necessidade de elaborar planos estratégicos de desenvolvimento
que estejam para além da mera criação de infra-estruturas (criar incubadoras como quem cria
rotundas), o que implicará por certo o forte envolvimento dos empresários da região, das associações
empresariais e das universidades.
Foi ainda debatido o verdadeiro impacto destes projectos de incubadoras na região e questionada a
viabilidade destes projectos que, de repente, começaram a proliferar.
Em todo caso, e pela voz do representante da CCDRN neste workshop, percebeu-se que este é um
investimento único para a região e ainda que comporte riscos, será de qualquer modo para continuar
a reforçar.
Tendo sido constatado em 2005 que o modelo competitivo regional tinha falido, tornou-se óbvio que
era necessário definir um conjunto de estratégias que fomentassem o conhecimento e que fizessem
emergir verdadeiramente os factores diferenciadores da região. É neste contexto que surge uma
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1º SEMINÁRIO INTERNACIONAL
A CRIATIVIDADE DOS TERRITÓRIOS. ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS
20 e 21 de Setembro de 2012
aposta nesta economia criativa que se materializou depois na criação de projectos de incubadoras. E
ainda que do ponto de vista da CCDRN possa ser percepcionado actualmente um apoio excessivo ao
sector, a verdade é que ao mesmo tempo percebe-se que as indústrias criativas e o conhecimento e o
valor simbólico que lhes são associadas serão um importante caminho no desenvolvimento regional.
E neste contexto haverá ainda lugar a uma profunda discussão entre territórios, e de uma forma
descentralizada, em torno de uma estratégia de especialização inteligente que terá necessariamente
reflexos no próximo Quadro Comunitário.
Ainda que de forma paralela, ao contexto deste workshop, foi abordada a questão do verdadeiro
papel das incubadoras e da consequente taxa de mortalidade que estes projectos terão
necessariamente, tendo então sido defendido que as incubadoras poderão ter um trabalho
verdadeiramente prospectivo 3e não apenas reactivo.
Finalmente, foi abordado o contexto no qual a criatividade é despoletada, tendo sido considerado
determinante o papel que a Educação e a Cultura terão neste processo. Sendo também aqui
necessário promover uma profunda alteração nos ‘paradigmas instituídos.
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Rede de incubadoras do norte. Que cluster?