„Todas as coisas são pessoas enfeitiçadas“–
anotações sobre Notícias da Antiguidade Ideológica de Alexander Kluge
por Christian Schulte
tradução por Isabel Hölzl
„Às relações empedradas devemos tocar suas próprias
melodias, para as fazer dançar.“1
No dia 12 de outubro de 1927 Serguei Eisenstein anotava: „A decisão de filmar o >Capital<
segundo o cenário de K. Marx está tomada – esta é a única escapatória formal.“2 Tão clara a
intenção, tão enigmático o complemento. As anotações de Eisenstein quase não elucidam
sobre como teria sido a realização deste projeto colossal. O que temos são apontamentos.
Um dia depois ele escreve: “Aqui nos deparamos com perspectivas cinematográficas
totalmente novas e uma luz nascente das possibilidades, que se concluirão no meu novo
trabalho – no ‚CAPITAL’ segundo o libreto de Karl Marx. Em um Filmtraktat (um tratado
cinematográfico).“3 Eisenstein, que havia terminado as gravações de Oktober (Outubro)
menciona também “o princípio da des-anedotização”, que para o filme terminado já havia
sido “fundamental”, mas “em sua essência já [era] do ‘dia de amanhã’, então a pré-condição
da nossa próxima coisa: do ‚C(apital)’.“4 O romance Ulysses de James Joyce serviu como
padrão formal, principalmente porque forneceu um modelo de como contar a história
mundial reduzida à mesura de um dia. „Na ação exterior ele iria acompanhar um único dia
na vida de duas pessoas, da hora do almoço até à noite, comparável à descrição do dia de
Leopold Bloom em Ulysses5 (...), enquanto isso, cadeias de associação e subtextos evocam a
história humana desde Troia.“6 O romance de Joyce parece ter sido fonte de inspiração,
principalmente o capítulo de perguntas e respostas, para sua disposição de radicalizar a
MEW, Vl. 1, p. 381.
Serguei Eisenstein, „Notate zur Verfilmung des Marxschen ‚Kapital’“, em: Schriften 3,
Hans Joachim Schlegel (Ed.), München: Hanser 1975, p. 289.
3 Ibid., p. 290.
4 Ibid., p. 291.
5 Ibid., p. 293.
6 Alexander Kluge, Nachrichten aus der ideologischen Antike. Marx – Eisenstein – Das
Kapital, Frankfurt am Main: Suhrkamp 2008, p. 12.
1
2
1
própria linguagem formal – medida em seus filmes até então realizados – e se despedir da
narração linear. „Em Ulysses de Joyce (...) tem um capítulo maravilhoso, escrito de maneira
escolástica – catequética. Fazem-se perguntas e dá-se respostas. Perguntas sobre o tema,
como acender uma lâmpada de petróleo. Porém as respostas do campo da metafísica (Ler
este capítulo. Pode ser metodologicamente útil.)“7 Ao lado da anotação ele reforça no dia 8
de abril de 1928 a ideia de dedicar o filme Capital oficialmente à 2°Internacional: “O lado
formal é dedicado a Joyce.“8
Para este projeto nunca realizado, outro diretor ergue „81 anos mais tarde“, como diz no
texto de capa de Notícias da Antiguidade Ideológica, “um monumento”. O diretor é
Alexander Kluge, um dos protagonistas do cinema autoral alemão e ao lado de Jürgen
Habermas e Oskar Negt um dos mais famosos representantes da Teoria Crítica.
Principalmente os trabalhos com Oskar Negt (livros e conversas televisivas) estão na tradição
de um neomarxismo não-dogmático, representado por nomes como Korsch, Brecht,
Benjamin, Adorno e Horkheimer, autores, cujos trabalhos são citados detalhadamente em
Notícias. O que a ortodoxia marxista ignorava quase totalmente, é a questão do fator
subjetivo, centro do questionamento de Negt e Kluge: a economia política da força de
trabalho. Em torno da pergunta, em que estados de agregação o “trabalho vivo” sob as
condições das formas de produção capitalista sobrevive, como re-transformar em trabalho
vivo o trabalho morto, gasto em produtos mercantis, em torno desta pergunta não só giram
as conversas com Oskar Negt, ela é o centro gravitacional do opus de 570 minutos
distribuído em 3 DVDs. Chamar as Notícias de obra seria no entanto enganoso. O termo de
arranjo experimental, pelo qual se pode caracterizar tanto cada sequência do experimento
por si – sem estar sujeita a uma dramaturgia estrita - assim como o ciclo inteiro, me parece
mais acertado. Assim como nos filmes de cinema de Kluge, não existe um fio condutor que
norteie a recepção. Pode e deve-se seguir os próprios interesses podendo a qualquer
momento mudar para a área ROM, onde o diretor depositou aparte de uns “extras” a sua
“história para quem se interessa por Marx”.
Quem no entanto esperava um novo longa de Alexander Kluge vai ficar desapontado no
primeiro momento. Vemos talking heads, que já conhecemos – a não ser o escritor Dietmar
Dath – do Kulturmagazin (programa de cultura) de Kluge: a biografista de Eisenstein Oksana
7
8
Eisenstein, Ibid., p. 293.
Ibid., p. 307.
2
Bulgakowa, as atrizes Hannelore Hoger e Sophie Rois, os escritores Hans Magnus
Enzensberger e Durs Grünbein, os cientistas culturais Joseph Vogl e Rainer Stollmann, o
neodadaista Helge Schneider e outros mais, que também têm aparecido durante as últimas
duas décadas na janelas televisivas de Kluge, em News & Stories (Notícias & Histórias),
Primetime/Spätausgabe (Horário Nobre/sessão da noite) ou 10 vor 11 (10 para as 11),
aqueles formatos divergentes em duração e intensidade, que se desenvolveram de um
cavalo troiano a um segmento imprescindível da televisão atual. Eles formam um arquivo
vivo, um texto audiovisual permanentemente se atualizando, que se transforma novamente
com cada pessoa, que se senta diante sua câmera. Kluge fornece a cada peça de seu
trabalho aquela robustez, que permite refaze-la várias vezes em outras constelações; ele
concebe cenas, materiais de imagem, escrita e som meramente como material bruto, que
não pode ser soldado a favor de um sintético efeito geral, mas deve ter a capacidade de
formar relações flexíveis. É nesta ideia de uma autonomia relativa de parâmetros de
percepção que se baseia a montagem associativa de Kluge desde o princípio. O que vale para
os procedimentos cinematográficos e literários, vale igualmente para a potencial
combinatória de programas específicos sob aspetos temáticos. E trata-se na maior parte de
Notícias de Kluge de uma compilação de antigos e novos programas de seus Magazine, que
– cada um de seu modo – se ocupa do questionamento do fetiche da mercadoria, da força
de trabalho do ser humano, da alienação e da apropriação viva de história.9
No amplo contexto de Notícias os antigos programas se tornam sequências, entre as quais
por sua parte localizamos interlúdios de diferentes durações. Também aqui Kluge reanima
pedaços, que lembram a antiguidade de seus próprios filmes e trabalhos televisivos do final
dos anos 80 e 90, com os mesmos direitos lado a lado com os programas de entrevistas e
ensaios-montagem experimentais: fotografias animadas pelo computador, citações de filmes
e gráficos de escrita, com cujo design, às vezes parecendo ingênuo, os textos de referência
são escritos na tela. Também o acelerador, ou melhor a „Zeittotale“ (totalidade do tempo),
como o nomeia Kluge em sua teoria de cinema, volta quando se vê por exemplo trabalhos
de montagem em uma fábrica de carros ou imagens de instalações industriais e por cima
formações de nuvens a passar. Repetidos ou retomados são também recortes de um filme
Nas janelas de programa do DCTP já havia nos anos 90 compilações temáticas de várias
emissões. Chamavam-se: „100 Minuten Vielfalt“ (100 minutos diversidade) ou
„Schlingensief-Nacht“ (Noite-Schlingensief), „Nacht der Tiere“ (Noite dos animais)etc.
9
3
do antigo companheiro, o documentarista Günther Hörmann, que sob o título „O-Ton eines
Arbeitskampfes (1965)“ (Vozes originais de uma luta trabalhista) informam sobre as
preparações e o fracasso final de uma greve. Ao lado estão sequências especialmente
produzidas para Notícias, por exemplo a sequência no cemitério de Londres junto ao túmulo
de Karl Marx, filmado pela filha de Kluge, Sophie Kluge. Encontramos ela nos interlúdios ou
com seu pai ou com um colega ator lendo textos de Marx, como contraente de diálogos em
diversos papeis, por exemplo de comissária de polícia Diana Leibowitz em 1939 e nestes
papeis em evidente colagem montada dentro de fotografias históricas. Em um diálogo
sussurrado entre ela e o diretor sobre acumulação originária ouvimos dizer: “Uma metáfora
poética é a mais alta forma de conhecimento.” Frases como estas têm uma função autoreflexiva no universo de Kluge. Kluge não se interessa tanto pelo processo de conhecimento
no meio da formulação do termo ou por uma argumentação estrita, mas muito mais pela
aproximação ao objeto específico, pelo circundar uma pergunta, pela mediação associativa
dos horizontes de sentido, que não teme a construção de metáforas, pela produção de
diferenças e proporções – todas elas providências provisórias de uma ação probatória que
visa a ampliação do imaginável na sociedade, do imaginário social.
O ponto abárico
As linhas de separação e locais de fração, onde estas diferenças se revelam, são ao mesmo
tempo também lugares de adesão para a fantasia dos espectadores, aos quais, como
sabemos, Kluge se refere como coautores. Aqui a função, que contém uma metáfora, volta
ao jogo: afrouxar relações insuportáveis para poder adapta-las. Partindo da convenção de
que relações históricas só podem ser trabalhadas, quando traduzidas para a massa do poder
imaginativo individual, Negt e Kluge se acoplam em um diálogo sobre a velocidade da
desvalorização na assim chama sociedade de risco à - ao progresso crítica - reinterpretação
do conceito marxista de revolução, que Walter Benjamin em suas teses Sobre o Conceito de
História examinou. A revolução aqui não mais é a locomotiva da História, mas a puxada do
freio de emergência pelo viajante do trem da história.10 A imagem do freio de emergência se
transformou em símbolo da intervenção ativa, que debilita a continuidade brutal do
ver Walter Benjamin, Gesammelte Schriften, Rolf Tiedemann e Hermann
Schweppenhäuser (Ed.), Frankfurt am Main: Suhrkamp, Vl. I,3, p. 1232.
10
4
processo histórico, para fazer uma cesura, ou como Negt/Kluge disseram em outra ocasião,
um ponto abárico. O ponto abárico não é um assentamento, muito mais um nãoassentamento: “na costura das gravitações, no ponto abárico, que é sempre somente
pensado, as forças de gravitação não atuam, mas sim ‘liberdade’.”11 O ponto abárico marca
a rescisão de históricas cadeias casuais e obrigações à repetição, um momento de suspensão
no qual subjetividade humana se reorganiza e pode questionar o próprio passado.
Revolução neste sentido seria segundo Negt: “o reprocessamento dos permanecentes
problemas da história.” Os textos multimidiais de montagem de Kluge configuram um
modelo estético-reflexivo deste reprocessamento, sua tão flexível como ampla
combinatória, que cuida de não eliminar nada “que tenha substância material”, oferece ao
espectador e leitor por um lado infinitas possibilidades de reconhecimento de experiências
próprias, por outro lado igualmente tantas opções, de ultrapassar imageticamente as
experiências adquiridas nas relações de proximidade e de as entender num maior contexto
histórico. Trazer para perto coisas afastadas pelo tempo e ligar as próprias relações de
proximidade às dimensões da lonjura – é nesta encenação de relações flexíveis do perto e
longe que se encontra uma função central da montagem. Montagem é nesse sentido um
procedimento de abrir, ela visa a produção de contexto. A conversa com outro companheiro
eficiente de entrevista, o cientista cultural Joseph Vogl, gira em volta da pergunta: “O que é
um revolucionário?” Embora a atenção dos dois neste diálogo seja Mirabeau e a Revolução
Francesa, parece que Vogl traceja a prática da montagem do seu contraente: Um
revolucionário “é um artista de montagem, porque ele consegue dissolver os diferentes
tempos, costurá-los uns aos outros. Ele monta História. Ele é um vaso para estados
temporais. Ele coleta potenciais de ação.” Revolucionário neste sentido seria a interface das
imagens, desde que esta permaneça visível, seria uma lacuna e junto a suas bordas se
poderiam cristalizar caprichosos, subjetivos potenciais. Mas potenciais de ação são também
não exploradas possibilidades da história. Montagem também evoca um sentido, uma
atenção pelo vivo no produzido. Isso corresponde mais ou menos à definição de Oskar Negt
do socialismo como uma “reanimação do morto”. Trata-se da re-apropriação do trabalho
dos ancestrais, da produção cultural. Kluge, familiarizado com o conceito de apocatástase de
Oskar Negt/Alexander Kluge, Geschichte und Eigensinn, Frankfurt am Main:
Zweitausendeins 1981, p. 790.
11
5
Walter Benjamin, fala aqui da “ressureição dos mortos” – uma especulação teológica, que
Negt não consegue admitir.
O humano nas coisas
O fato de que podemos apreender os objetos, que nos rodeiam no dia-a-dia, só quando os
entendemos como resultado de trabalho humano, nos demonstra a – por ventura mais
surpreendente – contribuição de Tom Tykwer. Sob o título “O homem na coisa” Tykwer
analisa minuciosamente um recorte da realidade detido por um fotograma. As coisas mais
discretas de nosso uso cotidiano como roupa, um interfone, fechaduras ou chiclete, assim
como acessórios funcionais de nosso mundo como uma placa de número de rua, uma grade
de ferro, um paralelepípedo, válvulas de aço ou uma streetart (arte de rua) como grafite –
cada objeto é aproximado com o zoom e questionado sobre sua historicidade. De tal forma a
seu opor as coisas não mais parecem naturais. Refletido dentro da perspectiva de seu vir-aser, elas se transformam em história talhada. Elas aparecem como resultados dos processos
de trabalho que dando forma nelas afluíram. A voz em voice over de Tykwer liquidifica de
certa forma a inerte capacidade de configuração das coisas conscientizando-as como
expressão das forças produtivas da sociedade. A coisa perde seu caráter de fetiche quando
se torna visível a força de trabalho armazenada dentro dele.
“As coisas feitas mercadoria não são materialmente concretas, mas sim cristalizadas
propriedades humanas, seres humanos transformados”, segundo Kluge em diálogo com
Peter Sloterdijk. Assim ele fornece a Sloterdijk a deixa para a afirmação cautelosa, de que o
Capital precisa ser lido juntamente com as Metamorfoses de Ovídio. Como se esta
constelação fosse pouco católica, Kluge prova projetar a imagem do poeta romano dentro
da imagem dos clássicos do materialismo dialético Marx, Engels e Lenin. Pouco depois Kluge
simula esta constelação com um poeta contemporâneo e então podemos ver Ossip
Mandelstam assumindo o papel de Ovídio. As correspondências são obvias: Não só o poeta
russo escreveu também umas Tristias, ele foi como outrora Ovídio por Augusto exilado por
um outro soberano, Stalin. A conversa com Sloterdijk é rica em provar tentativas,
correspondências e analogias: entre Ulysses e o Capital, entre Molière e Balzac e entre Marx
e teorias de contos de fada. As conversas de Kluge estão cunhadas pela mesma
combinatória que seus procedimentos de montagem, de variar e relacionar de uma forma
nova as coisas mais díspares. Duas pessoas estão em diálogo, cujo decurso associativo é
6
determinado pela possibilidade de uma afetação recíproca. Os objetos tratados são
arrancados de seu campo familiar de sentido, a mercadoria ganha caráter de amuleto, o
capitalista é apresentado como um “homem erotizado do pé à cabeça a quem o demônio se
dirige com as palavras: ganância é bom.” E à pergunta sobre a mercadoria-fetiche Sloterdijk
responde citando cultos africanos, durante os quais estatuas são perfuradas com pregos
representado maldições e desejos. A produção de mercadoria e o encanto místico viram de
repente os dois lados da mesma moeda. Nos dois casos trata-se da transmissão de
propriedades subjetivas, de uma força dentro das coisas. Kluge cita Marx: “A paisagem da
indústria é como um livro aberto da psicologia humana!” E Sloterdijk enfatiza a força
apotrópica da alquimia, de poder transformar a maldição em um contraveneno. Dentro –
fora, psicologia – sociedade, estas, dialeticamente compreendidas, subjetivas-objetivas
relações e então também processos históricos e conexões de efeito são negadas pela
imagem da mercadoria-fetiche tanto quanto o famoso anão teológico na imagem do
autômato de xadrez chamado de ‘materialismo histórico’. Enquanto o último defende, como
fetiche na primeira tese de Benjamin Sobre o Conceito de História, a ideia de um decurso
histórico teleológico12, a imagem da mercadoria insiste em sua naturalidade a-histórica. “O
dinheiro requisita a matéria ao provador e lhe imprensa seu figurino.” Enquanto Sloterdijk
coloca a constituição da mercadoria-fetiche na imagem do disfarce, da mascarada, para
Kluge e seus diversos interlocutores a prática crítica na verdade não consiste só em
desmascarar, na demonstração desmanteladora de um núcleo racional da produção
mercantil. A prática crítica estuda as formas de manifestação referentes não só à
mercadoria-fetiche, mas a todas as formas de criação de fetiche e de imagens fetichistas.
Assim como se perde na mercadoria-fetiche “a memória da mercadoria” assim, como já
Brecht sabia, a imagem de uma coisa não revela sua história e suas relações reais. Para
entender a imagem como “momento cristalizado“13, no qual diversos tempos confluem, ela
deve se distanciar dela mesma. Não muito por uma contextualização que faça sentido, mas
por uma adição tipo montagem do diverso no sentido de um encaixe flexível e paratático.
“Deveria-se lidar serialmente com imagens e colocar suas variações do lado”, diz Kluge em
conversa com Negt. A nível micro de Notícias o diretor caracteriza aqui seus próprios
Benjamin, „Über den Begriff der Geschichte“, em: Gesammelte Schriften, Ibid., Vl. I,2, p.
693.
13 „A imagem como momento cristalizado“, como diz em uma placa.
12
7
procedimentos de ramificar seu material em intermináveis perspectivas. A um nível superior
da história do cinema seu raciocínio de que muitos diretores poderiam ter continuado o
projeto de Eisenstein, pode ser entendido como proposta de futuramente reconhecer ao
lado do Capital de Marx e das anotações de Eisenstein o Notícias de Kluge como ponto de
partida para um questionamento e a criação de mais variantes.
Os objetos e então as experiências humanas, de devolver ao trabalho humano sua história,
de entender conexões de tradição como formas de trabalho coletivo distribuídas no tempo e
de treinar as propriedades do sujeito homem, a força da imaginação, são metas apontadas
pelas intervenções críticas de imagem, os formatos de conversa e montagem de Alexander
Kluge. Estes configuram o modelo de uma esfera pública em comunicação, que – pelo
menos a nível especulativo do como-se encenado – sabe evocar horizontes de experiências
passadas e os enreda na ficção do diálogo.
Montagem como livre associação.
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