OS MISTÉRIOS
SOBRE A FUNDAÇÃO
DE RIO CLARO
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NOTÍCIAS RELATIVAS AO POVOADO ÀS MARGENS DO CÓRREGO DA SERVIDÃO, QUE
DEU ORIGEM À FUNDAÇÃO DA CIDADE, AO SE CONST RUIR UMA CAPELA DE SAPÉ NO
LOCAL CORRESPONDENTE À RUA SETE, ESQUINA COM A AVENIDA TRÊS. A PEQUENA
IGREJA FOI ELEVADA À CATEGORIA DE “CAPELA CURADA”, SENDO, DEPOIS DISSO,
REZADA A PRIMEIRA MISSA NESSA CAPELA, A 24 DE JUNHO DE 1824, DANDO ORIGEM À
FUNDAÇÃO OFICIAL DA CIDADE. O POVOADO JÁ EXISTIA, ENT RETANTO,
APROXIMADAMADAMENTE, DESDE 1747, POIS OS T ROPEIROS QUE IAM E VINHAM DE
CUIABÁ, PARA FAZER O TRANSPORTE DO OURO DA COLÔNIA BRASIILEIRA PARA
PORT UGAL, ACABAVAM PARANDO ÀS MARGENS DO CÓRREGO DA SERVIDÃO
(ATUALMENTE SOB A AVENIDA RIO CLARO), E FORAM SE FIXANDO NAS PROXIMIDADES
DO CRUZAMENTO ENT RE O CÓRREGO DA SERVIDÃO E ROT A DO OURO (QUE PASSAVA
EXAT AMENTE NO T RAJETO DA AT UAL RUA SEIS).
O POVOADO ORIGINAL QUE OITENTA ANOS ANTES DE RIO CLARO SER OFICIALMENTE
FUNDADA (NO ANO DE 1827) JÁ EXISTIA, FOI SE FORMANDO A PARTIR DO LOCAL ONDE
HOJE É O CRUZAMENTO ENT RE A RUA SEIS E A AVENIDA DEZESSEIS, POR ONDE,
PASSAVA, TAMBÉM, CÓRREGO DA SERVIDÃO,
CONHECIDO, NA ÉPOCA, COMO RIO
PILÃO, E QUE, ATUALMENTE É RECOBERT O PELA AVENIDA RIO CLARO.
A IMPORTÂNCIA DA REGIÃO PARA A METRÓPOLE, BEM COMO OS PROBLEMAS
ENFRENTADOS COM OS ÍNDIOS CAIAPÓS, QUE ATRAPALHAVAM A PASSAGEM DO
PRECIOSO METAL PELA REGIÃO DO RIBEIRÃO CLARO E DO RIO PILÃO, HOJE CONHECIDO
COMO CORREGO DA SERVIDÃO, PODEM SER COMPROVADAS AT RAVÉS DA
TRANSCRIÇÃO DAS CORRESPONDENCIAS ENTRE O REI DE PORT UGAL E AS
AUTORIDADES PORTUGUESAS NO BRASIL-COLÔNIA QUE PODERÃO SER LIDAS NAS
PRÓXIMAS PÁGINAS E QUE SE ENCONTRAM CATALOGADAS NO DEPARTAMENTO DE
HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE DE CAMPINAS:
FONTE:
http://www.unicamp.br/siarq/pesquisa/guia/documentos_historicos.pdf
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CORRESPONDÊNCIAS
ENT RE A METRÓPOLE E A COLÔNIA
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2452 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta de D.Luiz Mascarenhas, Governador Capitão
General da Capitania de São Paulo a Manoel Caetano Homem de Macedo,
Provedor da Fazenda Real de Goiás, prometendo a Antonio Pires de
Campos, títulos, gratificações e SESMARIAS (fazendas) a ele aos índios
Bororós, conquanto que vigiassem o caminho de São Paulo para Goiás,
principalmente entre os Rios Grande e Velhas, do ataque dos ÍNDIOS
CAIAPÓS, datada de Santos EM 22 AGO.1746. s.l.d. enc.p.41-3. Museu
das Bandeiras, v.388, fls.123. (cd) Pt 437 P68P
2449 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta do CAPITÃO COMANDANTE ANTONIO DE
SÁ PEREIRA a Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda
Real de Goiás, aguardando a CONFIRMAÇÃO DA DATA DE SAÍDA DA
EXPEDIÇÃO PARA EXPLORAÇÃO DOS RIOS CLARO E
PILÕES (hoje córrego da Servidão), datada de Vila Boa EM 05
JUN.1747. s.l.d. enc.p.26. Museu das Bandeiras, v.388, fls.84. (cd) Pt 434
P68P
2453 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta de Luiz Pimentel de Souza, Alferes de Dragões
ao CAPITÃO COMANDANTE DOS DRAGÕES ANTONIO DE SÁ
PEREIRA, comunicando o resultado das investigações que fez Manoel da
Costa Monteiro, nos RIOS CLARO E PILÕES, procurando os
transgressores, datada de Barra dos Rios Claro e Pilões EM 28 DE
AGOSTO DE 1747. s.l.d. enc.p.33-4. Museu das Bandeiras, v.388, fls.95v. (cd) Pt 438 P68 P
2457 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre,
Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem
de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás ao CAPITÃO
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COMANDANTE DOS DRAGÕES, ANTONIO DE SÁ
PEREIRA, transmitindo instruções para expedição de
exploração dos RIOS CLARO E PILÕES e a ronda nas estradas
do ARRAIAL DA ANTA, para que se prendesse os
transgressores, datada de Vila Boa EM 23 AGO.1747. s.l.d.
enc.p.27. Museu das Bandeiras, v.388, fls.89. (cd) Pt 442 P68P
2454 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor
da Fazenda Real AO CAPITÃO COMANDANTE DE DRAGÕES
ANTONIO DE SÁ PEREIRA, comunicando a necessidade de enviar o
último aviso a LUIZ PIMENTEL DE SOUZA, Alferes de Dragões, para
que prendesse os transgressores no caminho DE GOIÁS A CUIABÁ,
datada de Vila Boa EM 27 AGO.1747. s.l.d. enc.p.32-3. Museu das
Bandeiras, v.388, fls.93-v. (cd)
2451 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta do CAPITÃO COMANDANTE DOS
DRAGÕES ANTONIO DE SÁ PEREIRA a Manoel Antunes da Fonseca,
Ouvidor Geral de Goiás, traçando os rumos da expedição destinada a
PRENDER OS TRANSGRESSORES NOS RIOS CLARO E PILÕES E
SOLICITANDO RONDAS DE VIGILÂNCIA NO CAMINHO PARA
CUIABÁ, DATADA DE VILA BOA EM 07 SET. 1747. s.l.d. enc.p.36-7
Museu das Bandeiras, v.388, fls.103-v. (cd) Pt 436 P68P
2458 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor
da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de
Goiás, dando instruções para que a esquadra retorne à região dos Rios
Proibidos, onde se presenciou pessoas estranhas - datada de [Cata] EM 18
NOV.1747. s.l.d. enc.p.39-40. Museu das Bandeiras, v.388, fls.109-v. (cd)
Pt 443 P 68P
2474 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, de um edital de
Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás,
para fornecimento de mantimentos para a escolta dos RIOS CLARO E
PILÕES, datada de Vila Boa EM 22 AGO. 1746. s.l.d. enc.p.17. Museu
das Bandeiras, v.388, fls.46. (cd) Pt 459 P68P
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2461 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor
da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de
Goiás, enviando instruções para que fossem entregues ao Alferes dos
Dragões 1, sobre a expedição de exploração dos RIOS CLARO E PILÕES,
proibindo a extração de diamantes e prendendo os transgressores, datada
de Vila Boa EM 08 JUN. 1747. s.l.d. enc.p.26-7. Museu das Bandeiras,
v.388, fls.84v. (cd) Pt 446 P68P
2464 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta de.
Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás a
Manoel Antunes da.
Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, solicitando maior brevidade na preparação
para a expedição de soldados que iria explorar os RIOS CLARO E
PILÕES, comandada pelo CAPITÃO ANTONIO DE SÁ PEREIRA,
datada de Vila Boa EM 04 JUN.1747. s.l.d. enc.p.24-6. Museu das Bandeiras,
v.388, fls.83. (cd) Pt 449 P68P
2463 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor
da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de
Goiás, relatando o encontro do Alferes dos Bastardos com os rebeldes;
solicitando vigilância nas possíveis vias de obtenção de mantimentos nas
estradas do Arraial das Antas e discutindo a estratégia militar para prendêlos ou afugentá-los da região, datada de Vila Boa EM 24 AGO.1747. s.l.d.
enc.p.28-3l. Museu das Bandeiras, v.388, fls.90. (cd) Pt 448 P68P
2466 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real,
de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real a Manoel
Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, sobre a preparação de uma expedição PARA
PRENDER OS REBELDES QUE ATACARAM O ARRAIAL DA ANTA, COM O
PROPÓSITO DE EVITAR A EXTRAÇÃO DE DIAMANTES, datada de Vila Boa EM
30 DE AGOSTO DE 1747. s.l.d. enc.p.49-5l. Museu das Bandeiras, v.388, fls.97. (cd) Pt
451 P68P
2462 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real,
de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real a Manoel
Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, passando as informações do Soldado
Dragão Manoel da Costa Monteiro, sobre a destruição do Arraial da Anta, NA
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LUIZ PIMENTEL DE SOUZA
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REGIÃO DE RIO CLARO, pelos rebeldes transgressores, datada de Vila Boa EM 01
DE SET. DE 1747. s.l.d. enc.p.45-9. Museu das Bandeiras, v.388, fls.99. (cd) Pt 447 P68P
2465 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor
da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de
Goiás, solicitando a transferência do Alferes dos Dragões, DA
EXPLORAÇÃO DOS RIOS CLARO E PILÕES, da distribuição de
soldados no caminho de Goiás para Cuiabá, a conservação da tropa até o
fim de novembro e do atendimento pelo assentista com mantimentos,
datada de Vila Boa em 02 out.1747. s.l.d. enc.p.37-8. Museu das Bandeiras,
v.388, fls.106-v. (cd) Pt 450 P68 P
2460 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor
da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de
Goiás, DIZENDO QUE SABIA DO RETORNO DOS SOLDADOS QUE
GUARDAVAM OS RIOS CLARO E PILÕES E ASSIM DISPENSANDO
OS SOLDADOS AVENTUREIROS e colocando-se à disposição para
qualquer providência, datada de Vila Boa em 04 nov.1747. s.l.d. enc.p.38.
Museu das Bandeiras, v.388, fls.107-v. (cd) Pt 445 P68P
2473 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de um edital de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor
da Fazenda Real de Goiás, dirigido aos moradores de Vila Boa e sua comarca,
PARA ARREMATAÇÃO DO CONTRATO DE ASSENTO DOS
SOLDADOS DRAGÕES E PEDESTRES DESTACADOS NOS RIOS
CLARO E PILÕES, DATADO DE VILA EM 20 FEV.1749. s.l.d.
enc.p.43-4. Museu das Bandeiras, v.388, fls.155. (cd) Pt 458 P68P
Nota: Em outras palavras, no ano de 1749 foi conferido uma espécie de
“escritura” de propriedade aos soldados que haviam recebido lotes de terra
para se fixarem na região como moradores, com a finalidade de vigia-las. O
fato de já existirem soldados morando na ALDEIA DA REGIÃO DO RIO
CLARO, bem antes do ano de 1749, é um forte indício de que o referido
povoado já teve início na primeira metade do século dezoito, em torno do
ano de 1740!
2333 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu
Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da
Capitania de Goiás, comentando o ATAQUE DOS ÍNDIOS CAIAPÓS, à
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diligência dos Soldados Aventureiros para exploração da área de ataque e
ordenando que abonassem as despesas com a exploração E QUE
CONTINUASSEM VIGIANDO O CAMINHO DE SÃO PAULO PARA
GOIÁS. Lisboa, 03 MAR.1752. enc.p.57-9. (Museu das Bandeiras, Ordens
Régias, v.382, fls.12-v)
Pt 318 P68P
2334 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu
Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da
Capitania de Goiás, APROVANDO AS DESPESAS COM EXPEDIÇÕES
PUNITIVAS
CONTRA
OS
ÍNDIOS
CAIAPÓS,
QUE
HOSTILIZAVAM VIAJANTES NO CAMINHO DE SÃO
PAULO PARA GOIÁS, NAS VIZINHANÇAS DE RIO
CLARO. Lisboa, 07 MAR.1752. enc.p.59. (Museu das Bandeiras, Ordens
Régias, v.382, fls.13) Pt 319 P68P
Observação: este fato revela o verdadeiro motivo pelo qual existe, tanto no
brasão, quanto na bandeira de Rio Claro, um leão deitado, guardando um
campo de sangue com os dizeres: “QUIETA NON MÓVERE”, mostrando,
também, que a verdadeira tradução dessa frase em latim para o português
significa: “NÃO IMPORTUNE OS VIAJANTES”. Este leão que guarda as
expedições que transportavam o ouro de Goiás para São Paulo representa o
trabalho feito pelo CAPITÃO COMANDANTE DOS DRAGÕES ANTONIO
DE SÁ PEREIRA, que, através de uma aliança com os índios Bororós,
“PACIFICARA” A REGIÃO DE RIO CLARO, contra os ataques dos índios
CAIAPÓS, através de um gigantesco genocídio contra esta tribo indígena.
“O “leão” do ouro fartou-se do sangue dos Caiapós, e agora, deitado sobre
o “campo de sangue”, da bandeira rioclarense, “descansa” enquanto vigia a
região, contra os ataques contra qualquer viajante, dizendo: Quieta non
movere”. Por essa façanha, o capitão PEREIRA recebeu como recompensa
uma gigantesca fazenda (sesmaria), que ia desde a região de São Carlos e
Araraquara até as imediações de Campinas. O curral dos Pereira ficou
localizado longe do povoado, próximo à divisa entre os municípios de Rio
Claro e Piracicaba.
2335 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da
Fazenda Real, de uma provisão de D. José, Rei de Portugal, por intermédio de
seu Conselho Ultramarino, ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General
7
da Capitania de Goiás, APROVANDO AS DESPESAS DAS
EXPEDIÇÕES PUNITIVAS, ENVIADAS EM 1750, CONTRA
OS ÍNDIOS CAIAPÓS NO ARRAIAL DE RIO CLARO e
solicitando a contenção de despesas, datada de Lisboa em 07 mar.1752.
Lisboa, 28 JUL.1752. enc. p. 84. Museu das Bandeiras, Registro Geral, 1752.
v.389, fl.159. (cd) Pt 320 P68P
2437 - Cópia da Ordem régia nº 4 de D. José, Rei de Portugal, por intermédio
de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão
General da Capitania de Goiás, referindo-se a uma representação dos
moradores de alguns arraiais, em prol dos índios Akroá e sua pacificação e
catequese por Antonio Gomes Leite, prometendo-lhes prêmios nas mesmas
circunstâncias que se observou com o Coronel Antonio Pires de Campos,
com os Caiapós. Lisboa, 31 mar.1753. enc.p.13-14. Museu das Bandeiras, v.
397, fl.99v. (cd) Pt 422 P68P
2337 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu
Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da
Capitania de Goiás, substituindo Antonio Pires de Campos por seu irmão
MANOEL DE CAMPOS BICUDO, NO COMBATE AOS ÍNDIOS
CAIAPÓ, NO CAMINHO DE SÃO PAULO PARA GOIÁS. Lisboa, 22
MAIO 1753. enc.p.60. Museu das Bandeiras, Ordens Régias, 1753, v.382,
fls.13-v) (cd) Pt 322 P68P
2336 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu
Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da
Capitania de Goiás, elogiando o trabalho de Wenceslau Gomes da Silva, a
respeito da civilização dos índios; aprovando as despesas realizadas e
PEDINDO que a civilização dos índios FOSSE FEITA SEM
HOSTILIDADES, de acordo com o regimento. Lisboa, 22 DE MAIO DE
1753. enc.p.60-1. Museu das Bandeiras, Ordens Régias, 1752, v.382, fls.13-v)
(cd) Pt 321 P68P
2338 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu
Conselho Ultramarino ao Conde dos
Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, aprovando as
despesas com o ESTABELECIMENTO DE UMA ALDEIA DE ÍNDIOS
CAIAPÓ NA REGIÃO DE RIO CLARO E MANDANDO QUE
ABRISSE UMA DEVASSA CONTRA JOÃO LEME, POR
HOSTILIDADES PRATICADAS CONTRA OS ÍNDIOS. Lisboa, 28
8
maio 1753. enc.p.62. Museu das Bandeiras, Ordens Régias, 1753, v.382,
fls.14) (cd) Pt 323 P68P
Nota: Os nativos tinham, apenas, que se lembrar do “leão” e da ordem que
imperava na região, que era a de “não importunar os viajantes” (“QUIETA
NON MOVERE”)
2436 - Cópia da Ordem Régia nº 3, de D. José, Rei de Portugal, por
intermédio de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador
Capitão General da Capitania de Goiás, referindo-se ao ATAQUE DOS
ÍNDIOS CAIAPÓ aos (índios) Araxá, A CRUELDADE DE JOÃO LEME
CONTRA OUTROS ÍNDIOS que haviam solicitado missionários, A
REDUÇÃO (populacional) OCORRIDA NA ALDEIA DO RIO CLARO,
solicitando auxílio da Fazenda Real na catequese indígena E A
ABERTURA DE UMA DEVASSA CONTRA JOÃO LEME. LISBOA,
28 DE MAIO DE 1753. enc. p.12-13. Museu das Bandeiras, Resoluções,
1753, v. 397, fl.99. (cd) Pt 421 P68P
2339 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu
Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da
Capitania de Goiás, determinando que os índios não fossem retirados de suas
próprias terras, mas que fossem nelas aldeados e assistidos por missionários.
Lisboa, 30 maio 1753. enc. p.62-3. Museu das Bandeiras, Ordens Régias,
v.382, fls. 14-v) (cd) Pt 324 P68P
1789 (+-) MANOEL PAES DE ARRUDA nascido na cidade de ITU no ano
de 1762, casado e ainda moço (+- 28 anos) desce com seus filhos, esposa e
alguns companheiros o rio Tietê numa expedição até a sua desembocadura no
rio Piracicaba e dali, subindo este rio À PROCURA DAS PRANÍCIES DO
MORRO AZUL 2, situadas na rota de Mato Grosso, entre os rios Corumbataí
e Ribeirão Claro, onde os tropeiros que viajavam para o Mato Grosso em
busca de ouro paravam num córrego que era chamado córrego da Servidão,
para nestas proximidades montar a sede de uma fazenda que compraria dos
irmãos PEREIRA, a qual era cortada pelo Ribeirão Claro de norte a sul, uma
região que corresponde, hoje, a grande parte da cidade de Rio Claro, o Horto
Morro Azul: monte próximo à cidade de Limeira, no qual existem belas palmeiras
imperiais, e onde se encontram instaladas as torres de televisão daquela cidade e da cidade
de Iracemápolis.
2
9
Florestal Navarro de Andrade, sendo, mais tarde, nomeado “Inspetor dos
Caminhos dos Bairros do Morro Azul e Ribeirão Claro. (Região de Rio
Claro, Santa Gertrudes e Cordeirópolis) construindo pontes que davam, aos
moradores do sertão, um meio de acesso ao comércio do povoado (isto é, da
Aldeia do Rio Claro).
Fonte: CCO
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2383 - Carta dos Oficiais da Câmara da Vila de ITU a Caetano Luís de Barros
Monteiro, Ouvidor Geral da Comarca de São Paulo, sobre A ELEVAÇÃO
DA FREGUESIA DE ARARITAGUABA A VILA DE PORTO FELIZ,
referindo-se ao rendimento para darem seu parecer positivo. Itu, 26 set.1797.
São Paulo, Arquivo Público do Estado de São Paulo, T.C., cx.8, pasta 2,
doc.31. (cd/1p) Pt 368 P66P
2384 - Carta de Caetano Luís de Barros Monteiro, Ouvidor Geral da Comarca
de São Paulo a Antonio Manoel de Melo Castro e Mendonça, sobre a nova
eleição de capitão-mor e de sargento-mor de São Carlos; a elevação à VILA
DA FREGUESIA DE ARARITAGUABA, com o nome de PORTO FELIZ
e a confirmação do novo nome. Porto Feliz, 24 dez. 1797. São Paulo,
Arquivo Público do Estado de São Paulo,
T.C., cx. 8, pasta 2, doc.40 e 41. (cd/1p) Pt 369 P66P
2387 - Carta do Capitão-mor Francisco Correa de Morais Leite, informando o
estado das canoas e as providências tomadas para sua preservação. Porto
Feliz, 13 abr.1798. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.8, pasta 3,
doc.11. (cd/1p) Pt 372 P66P
Obs: Porto Feliz era um importante porto fluvial, pois, durante a época das
cheias dos rios (isto é, dezembro e janeiro - um período que recebia o nome
de MONÇÕES), saiam desta cidade diversas expedições com barcos que
conseguiam chegar até a cidade de Cuiabá. Quando havia cachoeiras ou
quedas d’água no meio do percurso, os viajantes tinham que carregar as
canoas por pequenas trilhas que contornavam as cachoeiras, para chegar
até o outro trecho navegável dos rios. Estas podiam ser grandes ou
pequenas, podendo ser transpostas, ao mesmo tempo, por uma duas ou mais
pessoas. Conforme o tamanho dessas trilhas das cachoeiras dos rios, estes
recebiam os nomes de rio “PASSA CINCO”, rio “PASSA QUATRO” etc.
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Coincidentemente, o barão de Porto Feliz veio a fixar-se na cidade de Rio
Claro, sendo a sua mansão localizada, até hoje, na avenida dois, esquina da
rua seis. (tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional)
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2394 - Carta do Capitão-mor Francisco Correa de Morais Leite, comunicando
a falta de canoas, remeiros (remadores), feijão e toucinho e solicitando o envio
dos mesmos para que pudesse suprir a expedição para Camapuã. Vila de
Porto Feliz, 21 mar. 1804. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.8,
pasta 4, doc.1. (cd/1p) Pt 379 P66P.
2395 - Carta do Capitão-mor Francisco Correa de Morais Leite, determinando
que nenhum cuiabano desta vila se embriagasse na véspera e no dia da partida
da expedição. Quartel de Porto Feliz, 18 DE MARÇO DE 1806. Arquivo
Público do Estado de São Paulo, cx.8, pasta 4, n.13. (cd/1p) Pt 380 P66P
2396 - Relação da carregação que leva a Vila de Cuiabá, Manoel de Souza
pelo caminho do Rº, indicando as quantidades e discriminando as
mercadorias: alimentos, utensílios e armamentos. s.l., abr. 1808. s.ref. Contém
anotação de SBH sobre o texto. (cd/2p) Pt 381 P70
2397 - Carta dos Oficiais da Câmara de Porto Feliz relatando o trabalho de
alinhamento do terreno para a POVOAÇÃO DA FREGUESIA DE
PIRACICABA. Porto Feliz, 29 out.1808. Arquivo Público do Estado de São
Paulo, cx.54, pasta 1, n.29. (cd/1p) Pt 382 P66P
2398 - ORDEM RÉGIA DO CONDE AGUIAR, CONSELHEIRO DE
ESTADO E PRESIDENTE DO REAL ERÁRIO À JUNTA DE
ADMINISTRAÇÃO E ARRECADAÇÃO DA REAL FAZENDA DE
GOIÁS, DETERMINANDO QUE A CAPITANIA DE GOIÁS,
ENVIASSE ANUALMENTE À CAPITANIA DE MATO GROSSO,
TODO EXCEDENTE DO QUINTO DO OURO ATÉ A QUANTIDADE
DE QUATRO ARROBAS e a importância total dos novos impostos. Rio
de Janeiro, 07 nov.1809. enc.p.1-2. Museu das Bandeiras, Ordens Régias,
1809, v.365, fls.114. (cd)
Pt 383 P68P
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2404 - Carta dos Oficiais da Câmara de Porto Feliz relatando a
demarcação de limites da Freguesia de Piracicaba. Porto Feliz, 19 abr.
1818. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.8, pasta 5, n.14. (cd/1p) Pt
389 P66P
2405 - Carta do Capitão-mor Antonio da Silva Leite, a D. João Carlos
Augusto d' Oeynhausen, Governador Capitão General da Capitania de Mato
Grosso, relatando o estado da agricultura neste distrito e enviando relações a
pedido. Porto Feliz, 17 fev.1820. Arquivo Público do Estado de São Paulo,
cx.54, pasta 2, n.7. (cd/1p) Pt 390 P66P
2412 - Carta do Capitão-mor Antonio da Silva Leite, Comandante do Quartel
de Porto Feliz a D. João Carlos Augusto d' Oeynhausen, Governador Capitão
General da Capitania de Mato Grosso, comentando os últimos preparativos da
expedição para Camapuã. PORTO FELIZ, 24 OUT.1820. Arquivo Público
do Estado de São Paulo, T.C., 1733-1822, cx.54, pasta 2, doc.30. (cd/1p)Pt
397 P66P
2414 - Carta do Capitão-mor Antonio da Silva Leite de Morais a D. João
Carlos Augusto d' Oeyhnausen, Governador Capitão General da Capitania de
Mato Grosso, informando a partida da EXPEDIÇÃO REAL DE PORTO
FELIZ, no dia 4 do corrente, com destino a Camapuã e enviando relações
das canoas, apetrechos e volumes enviados na expedição e a relação de
objetos pertencentes à Capitania armazenados no Almoxarifado da Vila. Porto
Feliz, 09 DEZ.1820. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.54, p.2,
n.37. (cd/3p) Pt 399 P66P
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1817 – O famoso SENADOR VERGUEIRO (que, posteriormente, viria
a se tornar regente de dom Pedro II) adquire uma fazendo na região de Rio
Claro que recebeu o nome de fazenda IBICABA, fixando-se na região, onde,
como Inspetor dos Caminhos da Vila de Piracicaba, determinou o traçado das
ruas de Piracicaba, Limeira e Rio Claro, fosse em forma de TABULEIRO DE
XADREZ, símbolo do dualismo gnostico dos rosacruzes, cujos graus
cavalheirescos encontram-se representados nos altos graus do rito escocês da
maçonaria: Assim, por determinação do senador, as ruas das três cidades,
deveriam ter cruzamentos em ângulos retos A CADA 88 METROS,
número que lembra, ,também, a numerologia do tabuleiro de xadrez, o qual é
constituído por oito fileiras de casas em cada um dos seus quatro lados, tudo
com o preto no branco. (bipolaridade)
1821 – FRANCISCO COSTA ALVES conseguiu a concessão de terras
devolutas pelo governador da província de São Paulo João Carlos A.
Oeynhausen.
1826 – Aportavam na região de Rio Claro dois personagens muito amigos,
COSTA ALVES e o padre DELFIN DA SILVA BARBOSA, que trazia em
sua bagagem a imagem daquele que deveria se tornar o padroeiro daquele
povoado, que estava destinado a tornar-se uma “cidade-altar”, ou seja, a
imagem de SÃO JOÃO BATISTA (O BAPHOMÉ DA SALOMÉ DE
HERODÍADES), uma escultura feita na BAHIA e adquirida pelo referido
padre por altíssimo preço.
Padre Delfino veio com Costa Alves para que este tomasse posse da fazenda
que ganhara, a fim de “abençoar” suas terras. Mas, depois de faze-lo, o clérigo
acabou ficando por aqui mesmo, pois sua missão e objetivo, juntamente com
Costa Alves, seriam fazer com que o ídolo baiano se tornasse o padroeiro da
cidade que se formaria nas planícies do morro Azul, a São João do Rio Claro,
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que, pela sua futura disposição e ruas numeradas cabalísticamente, viria a se
tornar a “cidade-altar” de Baphomé.
Quando os dois amigos aqui chegaram já existia um PEQUENO
POVOADO, a Aldeia do Rio Claro, que foi o resultado do trabalho realizado
por PAES DE ARRUDA, que, proveniente da cidade de ITU, O “BERÇO
DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA”, facilitou a fixação de posseiros,
de outros sesmeiros (fazendeiros) e de muitos tropeiros, instalando a sede de
sua fazenda nas proximidades do povoado. (região da rua oito esquina da
avenida quatro) e construindo pousadas nas proximidades da aldeia, que
ficava nas imediações da atual rua seis, no trecho em que esta passa pela
avenida Rio Claro, que está sobre o referido córrego.. Com isso, muitos dos
viajantes, ao invés de continuarem sua longa jornada até o Mato Grosso,
acabaram fixando suas moradias às margens do córrego da Servidão. Houve
também diversos aventureiros que organizaram um comercio rudimentar na
beira da estrada que conduzia os tropeiros em busca de ouro até a cidade
de Cuiabá, MATO GROSSO, que era chamada de “ROTA DO OURO” E
cujo trajeto coincidia com a via que hoje é conhecida como RUA SEIS. Este
fato fez com que muitos tropeiros fossem atraídos a fixar moradia nas
imediações do morro Azul, mais precisamente, entre o trecho da rua seis, que
fica compreendido entre os cruzamentos com a avenida dezesseis até a
esquina com a avenida oito, e o próprio córrego da Servidão, hoje recoberto
pela avenida Rio Claro. A proximidade desta aldeia com o, então, conhecido
morro Azul, fez com que a cidade se tornasse, atulamente, conhecida como
“cidade azul”.
1827 – Os moradores do pequeno povoado que surgira às margens do córrego
da Servidão constroem uma capela rústica no local onde hoje se localiza a
rua sete, entre avenidas três e cinco. Quando esta foi elevada à categoria de
“Capela Curada”, o padre Delfim celebrou nela, sua primeira missa no dia
24 de junho de 1827, COMO NÃO PODERIA DEIXAR DE SER,
JUSTAMENTE NO DIA DE SÃO JOÃO, QUE TAMBÉM É O DIA DE
BAPHOMÉ, cuja imagem, o militar Costa Alves trouxe através das mãos do
padre Delfim, PARA ESTE FIM. (Francisco da Costa Alves veio a falecer
um ano depois deste dia, que acabou sendo considerado o dia da fundação de
Rio Claro)
1828 – O PADRE DELFIN fixa morada próximo ao povoado que se formava
às margens do córrego da Servidão enquanto que o proprietário da fazenda em
que a cidade de Rio Claro foi construída, o sr. MANOEL PAES DE
ARRUDA, o pioneiro que veio de Itu para fazer com que a pequena aldeia que
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ficava às margens do córrego da Servidão viesse a se tornar uma cidade,
DOOU 32 ALQUEIRES DE TERRAS AO ESPÍRITO CHAMADO
BAPHOMÉ, entidade conhecida na igreja católica como “São João Batista”
(BAPHOMÉ = João B
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É, a jovem filha de Herodíades,
esposa e cunhada do rei Herodes, que, apesar de ser sobrinha e enteada deste
rei, decidiu “presenteá-lo”, em seu aniversário natalício, com uma exótica
dança de “strip-tease”, conhecida como “dança dos sete véus”, uma
apresentação coreográfica de nudismo, cuja objetivo é lançar um poderoso
encantamento erótico sobre a assistência. O feitiço lançado pela “belíssima”
Salomé sobre seu “tio-padrasto”, levou-o a um intenso êxtase, agradando-o, de
tal forma, que seu “real padrasto” prometeu dar-lhe qualquer coisa que lhe
pedisse; ainda que fosse metade do seu reino. Salomé, entretanto, orientada
por Herodíades, sua mãe, pediu que Herodes lhe desse sem demora a
CABEÇA DE JOÃO BATISTA NUMA BAIXELA DE PRATA. Após
receber a cabeça do profeta bandeja de prata, a jovem bailarina entregou-a à
sua mãe, que se apropriou dela, pois, segundo a Bíblia, os discípulos somente
puderam enterrar o seu corpo. É praticamente certo que a cabeça de João
Batista foi embalsamada e revestida de cobre pela mulher de Herodes, que
fez dela um importante ÍDOLO, que, através dos séculos passou a ser adorado
como A “CABEÇA MÁGICA” DO “MESSIAS”, sendo, na verdade, uma
imagem do Anticristo, pois o próprio João Batista declarou, várias vezes, que
ele não era o Cristo. Sendo adornada com chifres e orelhas de bode, esta
“cabeça”, ou “imagem da besta”, acabou sendo adorada durante os séculos
por várias sociedades secretas e igrejas satânicas, inclusive pelos CÁTAROS,
pelos satanistas e pelos bruxos nos sabás das feiticeiras, sendo que, a partir do
século onze, a ordem dos CAVALEIROS TEMPLÁRIOS (a sociedade
secreta que foi a precursora da maçonaria atual) obteve a posse da mesma,
sendo posteriormente acusada pela igreja católica de adorar uma “cabeça de
bode”. Obs.: Existe, hoje, um subdivisão da maçonaria conhecida como “Loja
Azul”, também conhecida, mundialmente, como “MAÇONARIA DE SÃO
JOÃO”. A “cabeça de João Batista, na forma de Baphomé, tem tanta
importância para esta sociedade secreta que o DIA DE SÃO JOÃO, foi
escolhido por ela para ser a data de fundação da maçonaria moderna, o que
ocorreu no dia 24 de junho de 1717, quando foi fundada a Grande Loja de
Londres, que unificou os ritos e os símbolos das maçonarias do mundo inteiro.
Coincidentemente, esta data é muito semelhante à da fundação de Rio Claro,
ou seja, 24 de junho de 1827. Por outro lado, diante de tudo isso, nossa
cidade acabou ficando conhecida, também, como a “CIDADE AZUL”, pois o
pioneiro Paes de Arruda veio para esta região “à procura das planícies do
“MORRO AZUL””, no ponto de intercessão entre a estrada que conduzia ao
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Mato Grosso (a rua seis, também conhecida como “A ROTA DO OURO”) e
o CÓRREGO DA SERVIDÃO; localidade onde, comprando uma grande
extensão de terras e montando nelas sua nova fazenda, TINHA A “MISSÃO”
DE FUNDAR UMA CIDADE. Esta, de fato, viria a se tornar uma espécie de
“ninho” maçônico, pois a MAÇONARIA DA LOJA AZUL compreende
justamente os apenas os três primeiros graus iniciais desta SOCIEDADE
SECRETA DE INICIAÇÃO.
1832 – Paes de Arruda e outros funda a “SOCIEDADE DO BEM
COMUM”, que existiu entre os anos de 1832 e 1839, que tinha como
finalidade “vender em datas o terreno doado a são João, depois de tirado o
necessário para o uso público: aplicar o dinheiro em obras públicas e na
construção da igreja matriz...”ou seja, assentar os moradores daquela
pequena aldeia nos 32 alqueires doados, pelo próprio Paes de Arruda, a
Baphomé. A distribuição planejada destas terras permitiu que as ruas e toda a
cidade, assumisse o formato de um gigantesco TABULEIRO DE XADREZ,
pois, somente nas datas certas, as famílias escolhidas e designadas para
controlar o lugar, poderiam tomar posse dos lotes que adquiriam e, exercer,
assim, seu sacerdócio luciferiano nas planícies do morro Azul.
1836 – É lavrada a escritura posse dos trinta e dois alqueires de terra doados
por Paes de Arruda, em nome de São João Batista, o famoso bode
hermafrodita templário e padroeiro da “CIDADE AZUL”, conhecido como
Baphomé.
1886 – Os terrenos cuidadosamente vendidos pela “Sociedade do Bem
Comum”, fazem com que a cidade passe a ter oito ruas no sentido norte-sul e
oito ruas no sentido leste-oeste. Nesse exato momento em que Rio Claro
atingiu o numero de quadras de um tabuleiro de xadrez (8x8 =64) o presidente
da Câmara Municipal de Rio Claro, TENENTE SIQUEIRA CAMPOS entra
com um requerimento na câmara solicitando a substituição dos nomes das ruas
da cidade, por NÚMEROS, para transformá-la, por inteiro, num gigantesco
talismã cabalístico, pois a cabala considera que os dez primeiros números são
princípios divinos universais vivos, que consideram “deuses”. Os ocultistas
adoram os números de um a nove e consideram-nos como “deuses”. Mas no
requerimento, o tenente maçom justifica sua indicação por sua maior
praticidade, por ser a maneira como muitas cidades norte americanas como
Washington identificam suas ruas e por ser a forma mais “RACIONAL”, ou
seja, destituída de fé, tanto no entender dos “pais fundadores” da América
como para os da cidade de Rio Claro e seus sucessores.
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A dupla polaridade do zoroastrismo e da magia negra também foi inclusa
no requerimento do tenente Siqueira, que determinava que, as avenidas a
partir da avenida um, em direção ao NORTE, seriam identificadas pelos
NUMEROS PARES, enquanto que as que estivessem da avenida um para a
direção SUL, seriam nomeadas como NUMEROS IMPARES, venerando,
assim, o “deus” bipolar e bissexualmente andrógino Baphomé, a cabeça de
João Batista.
Vivemos, portanto, numa cidade-altar, para não falar do sistema de túneis,
cuja configuração também é uma representação das “divindades” numéricas
da cabala e de sua “árvore sefirótica”.
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