INFORME SOBRE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE RESERVATÓRIOS E POÇOS
SINTOMAS DE EXISTÊNCIA DE ÁGUA CONTAMINADA EM NASCENTE E/OU POÇOS
Existem algumas condições que representam importantes indícios de comprometimento da qualidade da água dos sistemas
individuais de abastecimento. Qualquer um destes vetores, isolados ou em conjunto, podem contribuir para tornar imprópria
uma água destinada ao consumo humano e cujo reconhecimento pode ser inferido a partir da existência dos seguintes
sintomas:
1.
Persistência de doenças, principalmente as relacionadas com o intestino;
2.
Proximidade de privadas, fossas, currais, estábulos, chiqueiros ou plantações;
3.
Inexistência de cobertura, proteção e com possibilidade de inundação;
4.
Proximidade de depósito de lixo;
5.
Ausência de valeta divisoras de águas pluviais e de cercados para impedir o acesso de animais;
6.
Localização em áreas densamente, povoadas e onde não existe sistemas de esgoto sanitário;
7.
Emprego das mãos ou vasilhame contaminados para retirara água.
Assim, após estes esclarecimentos, considera-se um sistema sem risco à saúde, quando atende aos padrões de potabilidade.
A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
As doenças transmitidas pela água podem ser agrupadas em dois grupos:
- doenças de transmissão hídrica;
- doenças de origem hídrica.
As primeiras são aquelas em que a água atua como veículo propriamente dito do agende infeccioso como, por exemplo, no
caso de febre tifóide, da desinteria bacilar e outras. As segundas são aquelas decorrentes de certas substâncias químicas
contidas na água numa quantidade inadequada como por exemplo, uso abusivo de pesticidas.
Doenças de transmissão hídrica
A
água
é
um
importante
meio
de
transmissão
de
doenças,
notadamente
do
aparelho
intestinal
.
Os
microrganismo
denominados patogênico e que são responsáveis pela transmissão de doenças, atingem a água com excretas de pessoas ou
animais infectados, provocando as doenças de transmissão hídrica.
Doenças de origem hídrica
São doenças causadas por substâncias que possuem propriedades tóxicas quando presentes na água
em proporção superior
a certos limites específicos. As principais substâncias, são: Arsênio, bário, cádmio, chumbo, selênio, manganês, nitratos, fenóis
e outros.
PROTEÇÃO DE POÇOS E NASCENTES
Para que o manancial de onde aflora a nascente mantenha-se em estado de controle, ou seja , sem proporcionar risco á
saúde, torna-se necessário:
- Localização das instalações sanitárias em cota mais baixa do que a fonte e, nas distâncias horizontais, no mínimo, 30 m de
qualquer instalação sanitária.
- Inexistência na proximidade da nascente, de água proveniente do estábulo, chiqueiro, fossa, privada ou água de enxurradas;
- Erradicação da vegetação na área de inundação da nascente e, ao mesmo tempo, estímulo ao reflorestamento como
proteção da erosão;
- Proibição da disposição final de resíduo sólidos, em qualquer ponto da área de proteção da nascente;
- Construção de valetas divisórias para águas de enxurradas e de cercados para impedir o acesso de animais , a uma distância
entre 8m a 10 m da nascente.
- Na construção da captação da nascente, verificar a existência de:
a)
proteção do topo de caixa de areia e de tomada da água, por meio de uma soleira estanque, com uma cobertura;
b)
dispositivo para descarga de fundo;
c)
meios para inspeção, se necessário, escala de marinheiro;
d)
extravasor com tela e torneira para distribuição da água;
e)
equipamento para desinfecção da água, se houver condições.
POÇOS RASOS
São poços de grande diâmetro ( 1 a 5 metros ), com profundidade variando entre 3 e 12 metros. São constituídos, geralmente,
em terrenos arenosos captando água do lençol freático ( aqüífero livre ). Devido ã profundidade relativamente pequena de
onde se extrai a água, são bastante vulneráveis às infiltrações de superfície.
Para que a água de um poço não provoque riscos à saúde, é necessário averiguar se:
a)
O poço está localizado acima dos focos de contaminação, e uma distância de, pelo menos, 15 metros de fossas secas ,
sépticas, fossas absorventes e, no mínimo, a 30 metros de estábulos, currais ou chiqueiros ( em qualquer sentido ).
b)
A boca ( abertura ) do poço está acima do nível do solo, com um montículo impermeável em torno do seu diâmetro com
caimento para fora, a fim de evitar enxurradas de água da superfície;
c)
As paredes estão impermeabilizadas até 3 metros da superfície do solo, para evitar infiltração de água contaminada da
superfície, através das paredes laterais;
d)
Possui cobertura com tampa selada ( tampa para inspeção ) para evitar a penetração no poço de objetos contaminados,
ou de animais, poeiras ou baldes;
e)
É dotado de meio elevatório adequado ( por exemplo: conjunto de motor - bomba );
f)
No caso de poços construídos próximos ã margem de um rio, observar se foram tomados os devidos cuidados para
localizá-los fora do nível de enchentes, de modo a evitar a sua inundação;
g)
O poço deve ser limpo e desinfetado pelo menos duas ao ano. Isto, na hipótese de não existir contaminação do lençol
freático.
LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE POÇOS
1.
Retirar, manualmente ou com uma bomba, toda água do poço.
2.
Limpar, se possível, as paredes internas do poço.
3.
Deixar entrar água nova no poço. Quando o nível da água estabilizar , adicionar dois litros de água de lavadeira ( Candida
, Q-Boa entre outras ) para cada metro cúbico de água. ( NÃO CONSUMIR ESTA ÁGUA )
4.
Esperar 2 horas e esvaziar totalmente o poço ( NÃO JOGAR ESTA ÁGUA EM MANANCIAS, LAGOS OU HORTA - ESTA
ÁGUA PODERÁ SER UTILIZADA PARA A LAVAGEM DA CAIXA D’ÁGUA ).
5.
Quando houver reservatório domiciliar , também deverá ser efetuada sua desinfecção, observando-se as seguintes
ª
ª
ª
ª
instruções:
6.
Esvaziar e limpar o reservatório domiciliar ;
enchê-lo com a mesma água clorada do poço ( água que foi adicionada a água sanitária clorada );
Esperar 2 ( duas ) horas e abrir todas as torneiras até esvaziar o reservatório.
O poço e o reservatório estão desinfetado.
Deixar encher novamente o poço.
7.
Esta água poderá, então ser usada normalmente.
Fórmula para calcular o volume de água do poço:
V =
pX R2 x h
p = 3,1416
R = Raio do poço
h = Altura da coluna d’água ( quantos metros de água tem dentro do poço ).
PROFILAXIA DE POÇOS
Uma outra medida adotada para desinfecção de poços, é a
ª
ª
ª
garrafa dosadora para poços. Esta consiste de:
garrafa plástica comum.
2 Pastilhas de cloro ( tamanho de um Solrisol )
850 grs de areia grossa lavada ( usada em
construções ) ou pedras de construção Brita nº 02
Faz-se uma mistura do cloro com a areia, despeja-se na
garrafa até um nível um pouco abaixo do gargalo. Um
centímetro mais abaixo, são feitos dois furos na garrafa,
um de cada lado. Depois prende-se a garrafa num fio de
nylon ou barbante forte e coloca-se no poço, deixando-se
dois furos um pouco abaixo da superfície da água do poço
.
Observação : Proteja as mão com luvas, quando preparar
a mistura, por que o cloro resseca a pele e causa
irritações.
Pesquisas efetuadas recentemente constataram que pela
ação do cloro ( substância bactericida que purifica a água) ,
que liberado aos poucos, exerce sua função purificadora
por dez dias.
Para manter a água limpa, basta trocar a garrafa cada dez
dias.
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Limpeza para Poço Comum