1. Projeto de Educação Livre (Aberta) para jovens que nem estudam
nem trabalham
Participo da primeira fase do projeto, elaborando o referencial teórico com mais cinco
colegas para atrair a milhões de jovens que abandonaram a escola e também não
estão no mercado de trabalho. O projeto é patrocinado pelo Serviço Nacional da
Indústria (SESI, SENAI, IEL) e pela UNESCO.
AMBIENTE DIGITAL DE APRENDIZAGEM PARA INCLUSÃO NO MUNDO DO
TRABALHO: EDUCAÇÃO LIVRE
Um dos maiores desafios para a competitividade da Indústria Brasileira é a falta de mão-deobra qualificada. Antes mesmo da necessidade da qualificação técnico-profissional, as
deficiências em habilidades básicas em português e matemática já dificultam a inserção dos
brasileiros no mercado de trabalho da Indústria. A pesquisa "O que falta ao trabalhador
brasileiro", realizada pelo Sistema FIRJAN, indicou que 92% das 607 indústrias entrevistadas
encontram dificuldades na contratação de profissionais com competências básicas para o
mundo do trabalho.
Comunicação oral e escrita, raciocínio lógico matemático, habilidade para trabalhar em equipe
e capacidade de resolver problemas são exemplos de requisitos para um grande número de
postos de trabalho na Indústria. Há, portanto, um problema urgente que precisa ser
enfrentado com novas soluções. O início do desafio está em atrair indivíduos que o sistema
escolar não conseguiu reter. Esses indivíduos formam um grupo heterogêneo em interesses,
necessidades e aspirações, mas que tem em comum o desejo de conquistar uma ocupação
produtiva, um emprego. Entretanto, a oferta de qualificação disponível parece não ser capaz
de atrair esse contingente de jovens, devido à desconexão entre a demanda do mundo do
trabalho e a oferta de qualificação ou à dificuldade dos jovens serem atraídos pela educação
tradicional. Possibilitar que esses indivíduos se qualifiquem de forma autônoma e autodirigida,
guiados por seus próprios interesses e motivações, é uma inovação necessária.
Impulsionando esta inovação, há uma diversidade de tecnologias e iniciativas que comprovam
que é possível construir uma alternativa à educação tradicional que seja atraente para os
jovens e que atenda à necessidade de qualificação para os desafios da indústria. Mídias sociais,
jogos educacionais, comunidades de aprendizagem, plataformas de colaboração, vídeo-aulas,
dispositivos mobile, dentre outros, são exemplos de ferramentas e tecnologias que já estão a
serviço da educação.
Em dez embro de 2012 o Sistema Indústria e o Banco Interamericano de Desenvolvimento -BID
se tornaram parceiros para a execução de um Projeto de quatro anos que visa à inserção de
jovens de 16 a 29 anos, de baixa renda e com escolaridade incompleta, no mercado de
trabalho da indústria, por meio do desenvolvimento de competências básicas em língua
portuguesa e matemática e de habilidades para o trabalho. É o projeto APRENDIZAGEM
DIGITAL PARA INCLUSÃO NO MUNDO DO TRABALHO: EDUCAÇÃO LIVRE.
O objetivo desse projeto é implantar um processo educativo não formal, integrando diferentes
tecnologias educacionais, para oportunizar o desenvolvimento de competências necessárias à
inserção de jovens em programas de educação profissional ou no mercado de trabalho da
Indústria.
Trata-se de uma iniciativa inovadora e absolutamente pertinente neste momento, em que a
Indústria tem na educação básica um de seus grandes desafios de competitividade para os
próximos anos. O projeto trabalhará com três setores da indústria a serem definidos e o
cumprimento das metas do Projeto implica em grande sinergia entre as entidades do Sistema
Indústria: SESI, SENAI e IEL.
O público do projeto é composto por jovens brasileiros, com idade entre 16 e 29 anos e de
baixa renda, que se encontram desempregados ou subempregados, devido a deficiências em
língua portuguesa, matemática e habilidades para o mundo do trabalho, dificultando sua
inserção e progressão no mercado profissional da indústria. Como resultado das ações,
pretende-se remover um dos principais determinantes das dificuldades que a Indústria
Brasileira hoje enfrenta para a contratação de profissionais com as habilidades básicas
necessárias para o trabalho.
Pensar e implantar uma educação livre requer a formação de uma ampla rede de pessoas e
instituições que atuem colaborativamente. O processo será de aprendizagem contínua para
todos os envolvidos e a UNESCO é uma importante parceira do Sistema Indústria neste
desafio.
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1. Projeto de Educação Livre (Aberta) para jovens que nem