PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
2014
Sumário:
Apresentação
4
1
Histórico da Instituição
6
2
Contexto Educacional
17
3
Políticas Institucionais no âmbito do Curso
33
4
Autoavaliação
39
5
Resumo do Curso
41
6
Justificativa
41
7
Objetivos
48
8
Perfil do Egresso
49
9
Organização Curricular
51
9.1.
Estrutura Curricular
60
9.2
Ementário e Bibliografia das Unidades Curriculares
61
10
Forma de Integração entre Teoria e Prática: Metodologias
Ativas de Aprendizagem
118
11
Formas de Realização da Interdisciplinariedade
121
12
Metodologia
121
12.1
Acompanhamento e Avaliação
121
12.2
Atendimento ao Discente
122
13
Núcleo Docente Estruturante (NDE)
124
14
Programa de Monitoria
124
15
Infra-estrutura
126
15.1
Espaço Físico Existente
126
15.2
Recursos Áudiovisuais
126
15.2.1 Tecnologia de Informação e Comunciação – TIC´s no
processo ensino-aprendizagem
128
15.3
Laboratórios de Informática
130
15.4
Plano de Atualização Tecnológica e Manutenção dos
Equipamentos
131
16
Políticas de Acessibilidade
132
17
Biblioteca
138
17.1
Periódicos do Curso de Serviço Social
139
17.2
Política de Atualização da Biblioteca
141
18
Anexo I - Regulamento de TTC
2
19
Anexo II - Política de Estágio Supervisionado
3
Apresentação:
Este documento apresenta o Projeto Pedagógico do Curso Superior de Graduação
em Serviço Social da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu – FACIG.
Desenvolvido de forma coletiva pelos atores envolvidos no processo de ensinoaprendizagem (Núcleo Docente Estruturante e Colegiado de Curso). É um
documento que imprime a direção político-pedagógica e social do curso e
apresenta os pressupostos básicos que são empregados no processo de formação
profissional, definindo prioridades e estabelecendo estratégias de ação.
Também expressa, de forma clara e objetiva, a estrutura de funcionamento, em seu
eixo epistemológico e curricular, a interrelação entre ensino, pesquisa e extensão,
determinando uma direção social baseada numa “perspectiva de ruptura teóricaprática com o tradicionalismo que historicamente permeou a ação profissional”,
tanto no campo da formação como da atuação profissional. Considerando assim o
espaço acadêmico como um lócus possível de articulação e formação de um
sujeito crítico, questionador, solidário e compromissado com sua realidade social.
Sistematiza, em um único documento, os componentes curriculares e as
concepções pedagógicas que lhe conferem materialidade, as estratégias de
articulação ensino/aprendizagem, os critérios para a avaliação e a organização
didático-pedagógica. Tendo como eixo norteador a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB nº 9394/96), as Diretrizes Curriculares para os Cursos de
Serviço Social e, também, as Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de
Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS, parte do reconhecimento da
necessidade de oferecer condições de formação que fomentem o desenvolvimento
de competências – com respectivo aporte teórico-prático – imprescindíveis à
apreensão e problematização da realidade social a partir de um plexo de múltiplas
determinações.
Ao mesmo tempo em que reconhece as exigências práticas a serem incorporadas
no cotidiano da formação – capazes de garantir o conhecimento das conjunturas,
forças, atores e sujeitos implicados na ação social, incluindo as relações que se
4
estabelecem entre Estado e sociedade – também articula a capacidade de vincular
os direitos sociais e a cidadania à vida cotidiana, rompendo com práticas
clientelistas, corporativistas e paternalistas.
5
1. Histórico da Instituição:
A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu é mantida pelo Centro Superior
de Estudos de Manhuaçu Ltda, entidade privada, com fins lucrativos, inscrita no
CNPJ / MF sob o número 03.752.343/0001-09.
A instituição possui dois campi:
Campus Ilha de Excelência
Avenida Getúlio Vargas, 733
Bairro Coqueiro
Manhuaçu / MG
CEP 36900-000
Campus Alfa Sul
Rua Darcy César de Oliveira Leite, 600
Bairro Alfa Sul
Manhuaçu / MG
CEP 36900-000
Sediada em Manhuaçu, município mineiro estrategicamente localizado na
interseção de duas importantes rodovias federais, BR 262 e BR 116, além de ser
cortada também pela rodovia estadual MG 111, a Faculdade de Ciências
Gerenciais de Manhuaçu com a qualidade do seu ensino atrai estudantes de
diversas cidades dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Manhuaçu é uma
cidade pólo para comércio, comercialização e produção de café, saúde e, tornou-se
nos últimos anos, também referência em educação para toda a região de influência
de Manhuaçu, sendo inclusive referenciada pelo Ministério da Saúde como tal.
6
Fundada no ano de 2000, quando teve início o processo de instalação da sua sede
e quando foi elaborado o seu primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional, com
a especificação dos primeiros cursos superiores a serem implantados.
Sua fundação foi motivada pelo fato do município ser, na ocasião, o único
município de tal porte em todo o Estado de Minas Gerais a não contar com
instituição de ensino superior. A constatação veio de uma pesquisa realizada pelo
Centro Universitário UNA de Belo Horizonte, cujos mantenedores foram convidados
a se instalar no município em parceria com um empresário local.
O convite ao Centro Universitário UNA é um indicativo da estratégia da instituição:
ser referência de qualidade no ensino superior no país. Esta instituição foi a
primeira instituição de ensino superior da América Latina a obter o certificado de
qualidade ISO 9000.
7
O credenciamento da instituição ocorreu no ano de 2001, sendo oficializado pela
Portaria Ministerial de número 262 de 30 de janeiro de 2002. Juntamente com este
credenciamento, foi autorizado pelo Ministério da Educação o funcionamento do
primeiro curso superior, Administração, cujas aulas foram iniciadas em 2002. O
recredenciamento da IES foi oficializado pela Portaria Ministerial de número 592 de
16 de maio de 2012.
Cursos oferecidos pela instituição:
CURSO
ATO LEGAL
Administração
Renovação de Reconhecimento pela
portaria 737 de 30 de Dezembro de
2013
Administração com linha de formação Reconhecido pela portaria 3.831 de 8 de
em Gestão do Agronegócio
Análise
e
Desenvolvimento
Sistemas
novembro de 2005
de Renovação de Reconhecimento pela
portaria 286 de 21 de dezembro de
2012
Gestão de Turismo
Renovação de Reconhecimento pela
portaria 215 de 17 de maio de 2013
Marketing
Renovação de Reconhecimento pela
portaria 703 de 18 de dezembro de
2013
Construção de Edifícios
Reconhecido pela portaria 470 de 22 de
novembro de 2011
Gestão Ambiental
Reconhecido pela portaria 491 de 20 de
dezembro de 2011
Ciências Contábeis
Renovação de Reconhecimento pela
portaria 703 de 18 de dezembro de
2013
Serviço Social
Autorizado pela portaria 1.119 de 18 de
dezembro de 2008
Matemática (Licenciatura)
Reconhecido pela portaria 68 de 15 de
fevereiro de 2013
História (Licenciatura)
Reconhecido pela portaria 217 de 28 de
8
março de 2014
Engenharia Civil
Autorizado pela portaria 1.791 de 27 de
outubro de 2010
Arquitetura e Urbanismo
Autorizado pela portaria 2.354 de 22 de
dezembro de 2010
Direito
Autorizado pela portaria 54 de 01 de
junho de 2011
Pedagogia (Licenciatura)
Autorizado pela portaria 211 de 27 de
março de 2014
Medicina
Autorizado pela portaria 234 de 15 de
abril de 2014
Evolução da quantidade de cursos em oferta:
Novos cursos estão com os projetos pedagógicos prontos ou em desenvolvimento
para serem implantados nos próximos anos, conforme o PDI da instituição.
Além destes cursos de graduação, a instituição oferece pós-graduação lato sensu
em Gestão Empresarial.
9
A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu possui como missão “ensinar
com excelência, formando profissionais comprometidos com a ética, competentes e
conscientes do seu papel social, visando contribuir para o desenvolvimento do
país”.
Seus valores são:

Administrar com transparência e respeito à diversidade

Compromisso com a excelência

Inovação e criatividade na construção do conhecimento

Integridade e seriedade

Responsabilidade Social
Desde sua fundação, a instituição tem contribuído para o crescimento de
Manhuaçu e sua região de entorno, sendo confirmado pelo Censo 2010 que o
município foi um dos que mais cresceu em todo o Estado de Minas Gerais no
período de 2000 a 2010. Novos negócios foram implantados no município para
atender aos jovens que cessaram de migrar, aos professores contratados de outras
regiões do país que se estabeleceram no município e aos estudantes de outras
cidades da região de influência de Manhuaçu – há turmas em que apenas 10% dos
alunos são residentes de Manhuaçu.
Diversos
dos
seus
ex-alunos
foram
aprovados
em
concursos
públicos,
conseguiram promoções e expandiram seus negócios próprios ou de familiares,
motivo de orgulho e comprovação da contribuição da instituição ao país.
A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu – FACIG – tem como lema
“exigente, como a vida!”. Objetiva, com isso, cultivar nos jovens a superação aos
obstáculos impostos pela vida, bem como transmitir a seriedade de suas atividades
acadêmicas.
10
Por seu posicionamento de mercado, pela qualidade das suas práticas
educacionais e pelo amplo emprego de novas tecnologias, em um curto período de
tempo, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu se consolidou como a
mais conceituada instituição de ensino da região. No ENADE de Administração de
2006, a FACIG obteve o mesmo conceito que a Universidade Federal de Viçosa –
UFV.
Outra vez, a qualidade da IES é confirmada e atestada pelo IGC 2009 – Índice
Geral de Cursos, calculado pelo Ministério da Educação, onde a FACIG não é
apenas a melhor instituição de ensino superior da região, mas superior a 88% das
instituições de ensino superior de todo o país. No IGC 2009, a instituição obteve a
classificação de terceira melhor instituição privada de todo o Estado de Minas
Gerais entre aquelas com mais de um curso, atrás somente da PUC de Belo
Horizonte e do IBMEC. A FACIG foi classificada como superior a todas as
instituições privadas dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Em 2010, mais um indicador do Ministério da Educação que comprova a excelência
do ensino da instituição: o curso superior de tecnologia em Marketing da instituição
é o melhor de todo o Estado de Minas Gerais.
Instituição
FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE
MANHUAÇU
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA
HENDRIX
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE
FACULDADE POLITÉCNICA DE UBERLÂNDIA
FACULDADE UNA DE CONTAGEM
UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO
CARLOS
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE BELO
HORIZONTE
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA
SAÚDE
CENTRO UNIVERSITÁRIO UMA
INSTITUTO BELO HORIZONTE DE ENSINO
SUPERIOR
Sigla
CPC
FACIG
3,126977
IMIH
UNI-BH
FPU
FUNAC
2,991703
2,944301
2,589387
2,554674
UNIPAC
2,352281
FESBH
2,211803
FACISA
UNA
2,189171
2,176189
IBHES
1,724699
11
Desde 2009 cursos da instituição constam entre os cursos “estrelados” do Guia do
Estudante.
Em 2010, a instituição obteve duas grandes conquistas, que lhe conferiram
projeção nacional. A FACIG foi a vencedora do Prêmio Nacional de Gestão
Educacional na categoria Gestão Administrativa Financeira, prêmio concedido pela
Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino – CONFENEN - em
parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior –
ABMES - e com a Associação Nacional dos Centros Universitários – ANACEU. O
prêmio visa estimular a divulgação e a disseminação de boas práticas relacionadas
à gestão educacional. A relevância do prêmio pode ser constatada pelas
instituições vencedoras. Na categoria Responsabilidade Social, a agraciada foi a
Fundação Torino, colégio da FIAT Automóveis localizado em Belo Horizonte / MG.
Outra relevante conquista da instituição foi ser finalista do concurso Choque de
Gestão promovido pela Revista Exame PME da Editora Abril, onde após concorrer
com cerca de 200 empresas de todo o país, dos mais diversos setores, a FACIG se
classificou entre as quatro finalistas, tendo sido apresentada na edição da revista
do mês de setembro de 2010.
Em 2011, mais uma vez dados do Ministério da Educação confirmaram a qualidade
do ensino da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu. Conforme o
resultado do ENADE, o curso de Gestão Ambiental da Facig está no seleto grupo
dos 10% melhores do país, junto à renomadas instituições, como a Universidade
Federal de Viçosa:
12
CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
PIAUÍ
FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI BLUMENAU
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
MATO GROSSO
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
CEARÁ
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA
HERDY
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA
FONSECA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
GOIANO
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS
FACULDADE PORTAL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO
GRANDE DO NORTE
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
PERNAMBUCO
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UMA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SULRIO-GRANDENSE
FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE MANHUAÇU
Mais um atestado de qualidade foi obtido no início do ano de 2012, quando o
Conselho Federal de Contabilidade divulgou os resultados do Exame de
Suficiência, tendo a FACIG aprovado 90% dos seus alunos. Em relação aos
indicadores em 2012 mais uma vitória da IES, novamente o curso de Marketing fica
entre os melhores do País e obteve nota 5.
Merece destaque, ainda, de que a instituição é uma das três únicas instituições de
ensino superior de todo o Estado de Minas Gerais a possuir parceria com a
Microsoft, maior empresa de software do mundo, estando seus produtos instalados
em mais de 90% dos computadores utilizados em todo o planeta, o que lhe
proporciona o título de instituição Microsoft IT Academy e o acesso por toda a sua
comunidade acadêmica ao currículo oficial dos cursos da Microsoft.
13
A visão direcionada à vanguarda do conhecimento foi retratada com a inauguração
do Campus “Ilha de Excelência”, quando a instituição passou a oferecer uma
estrutura ímpar, com sete laboratórios, salas de aula com excelente iluminação e
ventilação, auditório, salas de estudos, biblioteca, sala de reunião, sala de
professores, sala dos coordenadores de cursos, sala do NDE, secretaria,
tesouraria, cantina, central de cópias e quadra poli-esportiva. Todas as instalações
estão preparadas para atender aos portadores de necessidades especiais,
inclusive banheiros.
Em 2011, novo marco para a instituição, com a inauguração do novo campus,
Campus Alfa Sul, sede própria, cujo projeto foi desenvolvido a partir de técnicas
que aliam modernidade, conforto e funcionalidade, fruto da experiência trazida
pelos mantenedores da instituição após a visita a instituições de ensino superior da
Europa, evento organizado pelo SEMESP – Sindicato das Entidades Mantenedoras
de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo.
No ano de 2012 a FACIG tornou-se a primeira instituição de ensino superior do
país a oferecer, na forma de empréstimo, leitores digitais Kindle para seus alunos.
Em 2013, nova parceria que comprova à busca pela excelência no ensino. A
instituição tornou-se parceira da Fundação Getúlio Vargas para a oferta da
certificação de qualidade para aqueles que cursarem o curso de Administração. A
matriz curricular é a mesma da Fundação Getúlio Vargas, garantindo grande
mobilidade aos discentes, sendo as provas nacionais, elaboradas e corrigidas por
professores desta prestigiosa instituição de ensino.
14
Contando com número de professores em tempo integral e com titulação que lhe
permitem ascender ao patamar de Centro Universitário, a Facig reafirma seu
propósito de contribuir para a consolidação de uma educação que prepare
efetivamente para os desafios dos tempos atuais, ensinando a aprender,
preparando para a vida, para a carreira e para o exercício da cidadania e da
democracia.
Responsabilidade Social
Que país queremos ser?
O que desejamos para nosso próprio futuro e para o futuro das próximas
gerações?
Onde queremos estar em dez, vinte ou trinta anos?
Apesar do Brasil ser um candidato natural a protagonista da economia de baixo
carbono devido à abundância de fontes renováveis de energia, água, sol, florestas
nativas e uma das mais exuberantes biodiversidades do planeta, estas
características naturais não garantem esta posição.
Apenas com ações concretas das instituições e dos indivíduos conseguiremos
passar do discurso à prática e preservar e preparar o nosso planeta para o futuro.
Nossas ações são orientadas por nossa missão e por nossos valores que
ressaltam nossa responsabilidade social. Na prática, isso também se traduz em
produzir mais com menos recursos e atentar para o desenvolvimento sustentável
do país. Temos compromisso com a qualidade, segurança, ética e com o meio
ambiente onde estamos inseridos.
A população economicamente ativa brasileira vem crescendo significativamente
nos últimos anos – de 89 milhões em 2003 para 101 milhões em 2009. Durante
esse mesmo período, o número de estabelecimentos comerciais cresceu 50,0% e
foram criados mais de 12,5 milhões de novos postos com carteira de trabalho
assinada (empregos formais). Apesar desses avanços, o país ainda enfrenta sérios
15
problemas na área trabalhista. Dos seus 92 milhões de trabalhadores inseridos no
mercado de trabalho em 2009, cerca de 50% são informais e não usufruem de
muitos de seus direitos trabalhistas constitucionais, tornando o trabalho uma
atividade arriscada e incerta. Alguns dos empregadores informais, que deveriam
pagar impostos, não o fazem, diminuindo a base de arrecadação do Estado de
maneira importante. Finalmente, a despeito dos avanços constatados em termos do
combate ao trabalho análogo ao de escravo e ao trabalho infantil, estes ainda
persistem no país (Organização Internacional do Trabalho – OIT, 2010).
Todos os nossos funcionários são contratados seguindo rigorosamente a legislação
brasileira. Além disso, oferecemos aos mesmos estacionamento, seguro de vida,
auxílio funeral, plano de saúde, descontos para estudar extensivo aos dependentes
e lanche pela manhã, à tarde e à noite.
Procuramos contratar serviços e produtos de empresas com valores próximos aos
nossos.
Uma ação de destaque foi realizada pela empresa em 2010 com a troca do
software ERP, onde, devido à nossa exigência, uma funcionalidade no novo
sistema permitiu a redução de 67% da emissão de papel com os boletos bancários
das mensalidades.
Instalamos torneiras de fechamento automático em nossos banheiros e
implantamos lixeiras para a coleta seletiva de lixo por todo o campus.
A aceitação da diversidade, deixada de lado por grande número de organizações, é
marco da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu. A maioria das
coordenações de cursos da instituição está a cargo de mulheres.
Aplicamos há alguns anos a Olimpíada do Conhecimento, que tem por objetivo
enriquecer o acervo bibliográfico das escolas públicas, bem como oferecer bolsas
de estudos aos melhores alunos destas escolas, que sem este benefício,
dificilmente encontrariam condições de ingressar no ensino superior.
16
Nosso maior compromisso com o desenvolvimento sustentável é a oferta do Curso
Superior em Gestão Ambiental, formando profissionais que irão estudar o
funcionamento do meio ambiente e das diferentes formas de organismos vivos e
sua relação com o ser humano, visando planejar, desenvolver e executar projetos
objetivando a preservação do meio ambiente.
Busca-se, ainda ao longo do desenvolvimento dos conteúdos dos diversos
componentes curriculares apresentar as contradições que permeiam a vida do País
e da região em que a FACIG está inserida. Procura-se criar espaços participativos
próprios para uma discussão coletiva dentro de uma ambiência de respeito à
responsabilidade social e ao ser humano em toda a sua potencialidade e
complexidade.
Estas são algumas de nossas ações para contribuir visando transformar o mundo
em um lugar melhor para se viver!
2. Contexto Educacional
O município de Manhuaçu situa-se na porção leste do Estado de Minas Gerais,
próximo à divisa do Estado do Espírito Santo. No contexto da divisão macro-região
mineira, Manhuaçu insere-se na Região 11, correspondente à Zona da Mata, na
micro-região que recebe seu nome e sob sua respectiva influência, sendo
constituída por 20 municípios vizinhos.
Acredita-se que os primeiros habitantes do atual município de Manhuaçu tenham
sido os índios tupis, posteriormente cognominados puris, pioneiros da região. O
topônimo originou-se de mayguaçu palavra indígena que significa Rio Grande,
usada pelos índios para designar o rio local. Mais tarde, a região ficou conhecida
por Sertão do Manhuaçu. Os primeiros desbravadores procedentes do litoral, à
procura de ouro e poáia - erva da família das rubiáceas que fornece a ementina penetram o vale do Manhuaçu através dos rios Doce e Manhuaçu.
17
Na primeira década do século XXI, Domingos Fernandes de Lana, juntamente com
índios, estabeleceu comércio de ipecacuanha e abriu caminhos para diversos
pontos, recebendo o título de Desbravador de Manhuaçu.
Ficando às margens do rio São Luiz, afluente do Rio Manhuaçu, o Guarda-Mor
Nunes de Carvalho e o Alferes José Rodrigues de Siqueira Bueno, vindos de Ponte
Nova e de Abre Campo, implantaram os primeiros estabelecimentos agrícolas. Em
Manhuaçu, contrataram os índios para a abertura das primeiras estradas da região,
beneficiando a criação de suínos e o cultivo de café. De 1860 a 1874, a localidade
se desenvolveu com a chegada dos imigrantes vindos da colônia de Nova Friburgo
e do Vale de Cannã – ES. Como centro de convergência para os posseiros
dispersos, havia três povoados: o Arraial de Santa Margarida e as povoações de
São Simão e São Lourenço. Em 1872, surgiram os primeiros movimentos de
emancipação político-administrativa em São Lourenço, tendo sido criado o distrito
de Manhuaçu, com sede no povoado de São Simão. Em 1877, foi estabelecido o
município, desmembrando-se de Ponte Nova, ao qual pertencia. Três anos depois,
sua sede foi transferida para a Vila de São Lourenço, recebendo foros da cidade
em 1871. Os habitantes do município foram envolvidos em questões políticas com
o Coronel Serafim Tibúrcio, provocando uma revolta, na qual se fez necessário a
interferência dos governadores estadual e federal. O Distrito foi criado em 1º de
fevereiro de 1873, pela lei nº 2042, e o Município em 05 de novembro de 1877, pela
lei Provincial nº 2662.
Gentílico: manhuaçuense
Formação Administrativa :
Distrito criado com a denominação de São Lourenço do Manhuassu, pela lei
estadual nº 2165, de 20-11-1875, e pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891.
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Simão, pela lei provincial
nº 2407, de 05-11-1877, desmembrado de Ponte Nova. Sede na povoação de São
18
Simão. Constituído de 4 distritos: São Simão, São Lourenço, Santa Helena e Santa
Margarida.
Pela lei provincial nº 2463, de 21-10-1878, e pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891,
é criado o distrito de São Sebastião do Sacramento e anexado a vila de São Simão.
Pela lei provincial nº 2557, de 03-01-1880, transfere a sede da povoação de São
Simão para a de São Lourenço. Instalado em 30-10-1880.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Manhuassu, pela lei
provincial de nº 2766, de 30-09-1881.
Pelo decreto estadual nº 78, de 22-05-1890, e pela lei estadual nº 2, de 14-091891, são criados os distritos de Santana do Manhuassu e São João do
Manhuassu e anexados ao município de Manhuassu.
Pela lei municipal nº 26, de 24 ou 25-10-1901, é criado o distrito de São Luís e
anexado ao município de Manhuassu.
Pela lei estadual nº 391, de 18-02-1891, o distrito de São Sebastião do Alto
Carangola deixa de pertenecer ao município de Manhuassu para ser anexado ao
município de Carangola.
Pelo decreto estadual nº 418, de 11-03-1891, o município de Manhuassu adquiriu
do município de Caratinga o distrito de Santo Antônio do Rio José Pedro.
Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, desmembra do município de Manhuassu
os distritos de Santo Antônio do Rio José Pedro. Elevado à categoria de município.
Pela lei supracitada são criados os distritos de Alegria e Passagem do Manhuassu
e Santana do Rio José Pedro e anexados ao município de Manhuassu.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 13
distritos: São Lourenço do Manhuassu (sede), Alegria, Dores do Rio José Pedro,
Passagem do Manhuassu, Pirapetinga, Santa Helena, Santa Margarida, Santana
19
do Rio José Pedro, São João do Manhuassu, São Luís, São Sebastião do
Sacramento e São Simão.
Pela lei estadual nº 590, de 03-09-1912, o distrito de Passagem (ex-Passagem do
Munhuassu) deixa de pertencer ao município de Manhuassu para ser anexado ao
município de Rio José Pedro (ex-Santo Antônio do Rio José Pedro).
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município é
constituído de 10 distritos: Manhuassu, Alegria, Dores do Rio José Pedro,
Pirapetinga, Santa Helena, Santa Margarida, Santana do Manhuassu, São Luís,
São João do Manhuassu, São Sebastião do Sacramento, São Simão.
Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de São Lourenço passou a
denominar-se Manhuassu. Pela lei supracitada desmembra do município de
Manhuassu os distritos de Pirapetinga e Dores do Rio José Pedro, para formar o
novo município com a denominação de Manhumirim (ex-Pirapetinga). E, ainda o
distrito de São Luís passou a chamar-se Luisburgo e o distrito de Santa Helena
tomou a denominação de Amazonita.
Pela lei estadual nº 948, de 29-08-1927, o distrito de Amazonita volta a denominarse Santa Helena.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 9
distritos: Manhuassu, Alegria, Luisburgo (ex-São Luís), Santa Helena (exAmazonita), Santa Margarida, Santana do Manhuassu, São João do Manhuassu,
São Sebastião do Sacramento e São Simão.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de
Manhuassu os distritos de Santa Helena e Santa Margarida, para formar o novo
município de Matipó.
20
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído
de 7 distritos: Manhuassu, Alegria, Luisburgo, Santana do Manhuassu, São João
do Manhuassu, São Sebastião do Sacramento e São Simão.
Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra do município de
Manhuassu, os distritos de São Simão, Alegria e Santana do Manhuassu, para
formar o novo município com a denominação de Simonésia (ex-São Simão).
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído
de 4 distritos: Manhuassu, Luisburgo, São João do Manhuassu e São Sebastião do
Sacramento.
Pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, o município de Manhuassu passa a ser
grafado Manhuaçu. Sob a mesma lei acima citado são criados os distritos de
Reduto e São Pedro do Avaí e anexados ao município de Manhuaçu.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 6 distritos:
Manhuaçu ex-Manhuassu, Luisburgo, Reduto, São João do Manhuaçu, São Pedro
do Avaí e São Sebastião do Sacramento.
Assim permanecendo em divisão territorial datada 1991.
Pela lei estadual nº 10704, de 27-04-1992, desmembra do município Manhuaçu o
distrito de São João do Manhuaçu. Elevado a categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1993, o município é constituído de 5 distritos:
Manhuaçu, Luisburgo, Reduto, São Pedro do Avaí e São Sebastião do
Sacramento.
Pela lei municipal nº 1923, de 26-04-1995, é criado o distrito de Realeza e anexado
ao município de Manhuaçu.
Pela lei municipal nº 1928, de 23-05-1995, é criado o distrito de Palmeiras do
Manhuaçu (ex-povoado de Palmeira) e anexado ao município de Manhuaçu.
21
Pela lei estadual nº 12030, de 21-12-1995, desmembra do município Manhuaçu os
distritos de Luisburgo e Reduto, ambos elevados á categoria de município.
Pela lei municipal nº 1982, de 25-03-1996, é criado o distrito de Dom Corrêa e
anexado ao município de Manhuaçu.
Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído de 6 distritos:
Manhuaçu, Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Realeza, São Pedro do Avaí e
São Sebastião do Sacramento.
É criado o distrito de Vilanova e anexado ao município de Manhuaçu.
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 7 distritos:
Manhuaçu, Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Realeza, São Pedro do Avaí,
São Sebastião do Sacramento e Vilanova.
É criado o distrito de Ponte do Silva e anexado ao município de Manhuaçu.
Em divisão territorial datada de 2005, o município é constituído de 8 distritos:
Manhuaçu, Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Ponte do Silva, Realeza, São
Pedro do Avaí, ao Sebastião do Sacramento e Vilanova.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Transferências de sede:
Pela lei provincial nº 2557, de 03-10-1880, transfere a sede da vila de São Simão
para a de São Lourenço.
Pela lei provincial nº 2766, de 30-09-1881, transfere novamente a sede da vila de
São Lourenço para o município de Manhuassu.
22
Ratificação de grafia:
Manhuassu para manhuaçu teve sua grafia alterada, pela nº 336, de 27-12-1948.
Manhuaçu localiza-se na micro-região da Vertente Ocidental do Caparaó, no Leste
de Minas Gerais. A extensão territorial do município é de 628,43 quilômetros
quadrados, sendo a cidade pólo de uma região que abriga vinte e sete municípios
do Estado de Minas Gerais, com influência em outros quatro municípios do Estado
do Espírito Santo. Esta polarização sócio-econômica da região da Vertente
Ocidental do Caparaó deve-se à localização privilegiada, estando na interseção de
duas importantes rodovias federais (BR-262 e BR-116), além de uma rodovia
estadual (MG-111) e intensa comercialização de café, serviços prestados no setor
de saúde, comércio, educação e serviços públicos.
No município, encontram-se atualmente as seguintes repartições públicas:
Superintendência Regional de Ensino; Agência Regional do INSS; 11º Batalhão da
Polícia Militar MG; Agência Regional da Receita Federal; Agência Fazendária
Regional Estadual; Agência Regional do IPSEMG; Agência Regional do Instituto
Estadual de Florestas – IEF; Agência Regional do Instituto Mineiro de Agropecuária
– IMA; Junta de Conciliação e Julgamento – Justiça do Trabalho; Fórum da Justiça
de 1ª Instância; Ministério Público do Estado de Minas Gerais; EMATER; Delegacia
de Alistamento Militar e Batalhão do Corpo de Bombeiro.
O perfil industrial de Manhuaçu volta-se para indústrias do segmento de café
visando ao aproveitamento da matéria prima abundante. Ainda neste segmento,
existe um grande mercado para máquinas e implementos agrícolas. O Município de
Manhuaçu produz aproximadamente 4,1 milhões de sacas de café por ano, através
de 5.893 propriedades agrícolas, conforme registro do Sindicato Rural Patronal.
A infra-estrutura de saúde no município é constituída por uma Policlínica, dois
Pronto-socorros, um Hemocentro, doze Postos de Saúde, dois Centros de Saúde
(vinculados ao Serviço Único de Saúde – SUS), o Hospital César Leite com 220
leitos e os serviços especializados de Hemodiálise, realizados pela Renalclin Ltda.
23
No município de Manhuaçu/MG, a população concentrada é de 79.635 habitantes
(IBGE, 2010).
Há um baixo índice de escolaridade, em razão da dificuldade de acesso e
permanência das crianças em idade regular na escola, além da verificação de uma
cultura que se reproduz por gerações e que se refere à freqüência na escola
somente até a 4ª série do Ensino Fundamental, haja vista que a maior alternativa
de trabalho nesta região é no âmbito rural, que não exige escolarização. Entretanto,
a questão da qualificação para o trabalho e a necessidade de estudo sempre
aparecem para esses sujeitos como projetos para o futuro de seus filhos, o que se
apresenta como requisito para melhores condições de vida, ascensão social e a
abertura de novas possibilidades.
Outro ponto a ser considerado é que a cidade de Manhuaçu, no estado de Minas
Gerais, classifica-se, na análise de Batella e Diniz (2006), como uma cidade de
porte médio, considerada centro emergente o que exige uma infra-estrutura melhor
e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida. A tudo isto soma-se o fato de
que, segundo os autores, em Minas está havendo um fluxo migratório que “antes
eram mais intensos em direção aos grandes centros” e atualmente “se
caracterizam pela movimentação intra-regional e de curta distância, principalmente
em direção às cidades médias”.
Não há indicador que reflete com mais precisão a situação de uma localidade em
relação à renda, expectativa de vida e educação em uma análise sistêmica e global
do que o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. O IDH do município em 2013
é de 0,689, que corresponde a Médio Desenvolvimento Humano. Observa-se que
Manhuaçu obteve 0,839 em Longevidade, que indica Muito Alto Desenvolvimento
Humano. O que puxou o IDH de Manhuaçu para baixo é a Educação, onde o
indicar do município é de 0,563, correspondente a baixo desenvolvimento humano.
Fica claro, então, a necessidade de investimentos visando melhoria da educação
no município, o que a FACIG espera contribuir com a oferta de novos cursos.
A instituição assume, então, o papel de produzir e difundir conhecimentos,
pronta a atender uma parcela da população afastada dos cursos de nível superior
devido à elitização do ensino universitário que ocorreu no país no século XX. Na
24
região onde está situada, cresceu a demanda de vagas para egressos do ensino
médio, crescimento que não foi acompanhado pela falta de oferta de vagas em
universidades públicas. Essa lacuna deverá ser preenchida por instituições
compromissadas em oferecer uma formação de qualidade, como é o caso da
FACIG, primeira instituição de ensino superior do município de Manhuaçu.
Como
se
sabe,
a
sociedade
contemporânea
é
marcada
por
rápidas
transformações, pelo fluxo ininterrupto de informações e pelo acesso de um maior
número de pessoas a elas. Nesse cenário, o conhecimento ocupa um papel central
revestindo-se de um caráter provisório e até contestável, uma vez que mesmo a
ciência, que sempre trabalhou com certezas, assume hoje a sua relatividade.
Nessa nova era a instituição de ensino superior como local de transmissão de
informações perde a importância, o que significa dizer que precisa encontrar outro
sentido para seu papel na sociedade contemporânea. Esse papel é o de preparar
seus alunos para a construção do próprio saber, de forma significativa para si
mesmo e para a sociedade na qual estão inseridos, levando-os a selecionar as
informações necessárias com as quais terão de construir e reconstruir seu
conhecimento. Concorda-se com Gadotti (2000) quando este afirma que o aluno
aprende a partir do momento em que se torna sujeito de sua aprendizagem. Não
havendo nem educação nem aprendizagem sem esta participação ativa. Segundo
o autor, a participação faz parte do ato pedagógico.
As mudanças demandam, assim, uma nova forma de pensar a educação e, por
extensão, todos os cursos de graduação. Nessa abordagem não há lugar para a
padronização e para estruturas rígidas, devem ser consideradas as características
regionais, preparando o aluno para buscar as informações de que necessita
selecioná-las, saber o que fazer com elas, produzir conhecimentos novos que
atendam às necessidades da coletividade.
O processo de construção de conhecimento pressupõe entender alunos e
professores como sujeitos ativos, embora com papéis distintos: os últimos devem
conhecer os significados que desejam chegar a compartilhar com seus alunos,
conhecimento que lhes possibilita planejar o ensino; os primeiros vão acomodando
25
progressivamente os significados que constroem no decorrer das práticas
pedagógicas, como selecionar, relacionar, interpretar, deduzir etc.
Nessa perspectiva, os sujeitos envolvidos no processo encontram-se sempre “em
construção”, comprometidos tanto com sua educação permanente como com a
constante avaliação de sua atuação.
É com esta referência norteadora da ação educativa que a FACIG se propõe como
ator deste processo pedagógico. Procurando atender cada vez mais aos anseios
de uma população cada vez mais crescente o contexto em que a IES se situada
possui algumas características significativas.
A distribuição da população segundo a faixa etária está contida no quadro abaixo e
demonstra que a maioria da população concentra-se na faxia etária de 20 a 39
anos o que caracteriza um número expressivo de jovens na respectiva microregião.
População residente por sexo segundo faixa etária Micro-região,
Manhuaçu, Minas Gerais 2006.
Masculino
Feminino
Faixa Etária
Total
nº
%
nº
%
0 a 4 anos
16365
9,8
15912
9,5
32277
5 a 9 anos
16312
9,7
15756
9,4
32068
10 a 14 anos
17666
10,5
17135
10,2
34801
15 a 19 anos
18428
11,0
17263
10,3
35691
20 a 29 anos
28333
16,9
27041
16,1
55374
30 a 39 anos
23205
13,8
22784
13,6
45989
40 a 49 anos
18003
10,7
17489
10,4
35492
50 a 59 anos
11299
6,7
11572
6,9
22871
60 a 69 anos
8550
5,1
8885
5,3
17435
26
70 a 79 anos
4724
2,8
5119
3,1
9843
80 anos e mais
1775
1,1
2237
1,3
4012
Total
164660
98,1
161193
96,1
325853
Fonte: IBGE - MS/ DATASUS/ CMDE/SE/SESMG/SUS
Pirâmide populacional (IBGE / 2010):
A rede de educação é composta por 39 Escolas Públicas Municipais; 15 Escolas
Públicas Estaduais e 22 Escolas Particulares. O total de alunos matriculados é de
22.347, sendo que, na rede pública municipal, estão 5.395 no ensino fundamental;
na rede pública estadual, estão 10.350 alunos no ensino fundamental; na rede
pública municipal, estão 2.308 alunos no ensino médio; 3.116 alunos na rede
pública estadual de ensino médio e 1.178 alunos na rede particular. No campo da
educação superior, segundo os dados do IBGE/2007, temos 843 matrículas na
rede, todas em instituições particulares, o que denota um gap considerável entre o
número de pessoas aptas a cursarem esse nível de estudo e as matrículas efetivas
no mesmo.
27
Outro fato que precisa ser lembrado é em relação ao Plano Nacional da Educação
(PDE-2014) que possui como meta elevar a taxa bruta de matrícula da educação
superior para 50% da população entre 18 a 24 anos, assegurando qualidade. Este
fato torna-se desafiador para as instituições que atuam na área do ensino superior.
Seja pela quantidade expressiva de egressos do ensino médio ou pela meta do
PDE o momento é de expansão do ensino superior. Expansão esta que deverá ser
feita com qualidade e com responsabilidade.
De uma forma geral, as metas do Plano Nacional de Educação voltam-se para a
implantação de um novo modelo educacional no País. Modelo este que propicie a
formação de um profissional capaz de gerar um crescimento econômico ao país
que o leve a um patamar competitivo dentro da economia mundial. Para tanto,
precisa-se oferecer uma educação moderna e atualizada capaz de formar
profissionais críticos e sabedores de sua responsabilidade em uma sociedade cada
vez mais desafiadora.
O novo Plano Nacional de Educação enfatiza uma educação de qualidade tendo
como marco fundamental a valorização e a capacitação dos professores. O fato é
que, reduzindo-se as metas, mas não seus objetivos mais amplos, o País pode
aplicar o PNE em toda a sua totalidade. Perder mais uma década traria grandes
prejuízos ao país.
As vinte metas para o PNE 2011-2020 são:
 Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de
quatro e cinco anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de
forma a atender a 50% da população de até três anos;
 ;Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda
população de 6 a 14 anos;
 Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a
população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no
ensino médio para 85%, nesta faixa etária;
28
 Meta 4: Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento
escolar
aos
estudantes
com
deficiência,
transtornos
globais
do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de
ensino;
 Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade;
 Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas
de educação básica;
 Meta 7: Atingir as médias nacionais para o IDEB já previstas no Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE);
 Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de
modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo,
da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como
igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução
da desigualdade educacional;
 Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais
para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir
em 50% a taxa de analfabetismo funcional;
 Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e
adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino
fundamental e no ensino médio;
 Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível
médio, assegurando a qualidade da oferta;
 Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e
a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a
qualidade da oferta;
29
 Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da
atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para
75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35%
doutores.
 Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação
stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil
doutores;
 Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação
básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura na área de conhecimento em que atuam;
 Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pósgraduação lato e stricto sensu, e garantir a todos formação continuada em
sua área de atuação;
 Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de
aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de 11
anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com
escolaridade equivalente;
 Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de
carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino;
 Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores
de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à
participação da comunidade escolar;
 Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até
atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
30
Sabedores desta realidade é que a proposta curricular dos nossos cursos é formar
profissionais aptos a atuarem, de maneira ética e justa, neste mercado de trabalho
cada vez mais acirrado.
Com sede no município de Manhuaçu, tendo como cidades vizinhas os municípios
de Caputira, Matipó, São João do Manhuaçu, Luisburgo, Manhumirim, Reduto,
Santana do Manhuaçu e Simonésia. Entretanto, a área de atuação da FACIG já se
expandiu para outros municípios, conseguindo alcançar toda a região da Vertente
Ocidental do Caparaó, no leste do Estado de Minas Gerais e também cidades do
Estado do Espírito Santo. Como Manhuaçu é uma cidade pólo, para ela convergem
cerca de 460.000 habitantes das cidades vizinhas, entre elas Manhumirim, Martins
Soares, Mutum, Carangola, Alto Caparaó, Caparaó, Alto Jequitibá, Simonésia,
Conceição de Ipanema, Ipanema, Taparuba, São João do Manhuaçu, Lajinha,
Divino, Durandé, Espera Feliz, Brejetuba /ES, Irupi / ES, Iúna / ES e Ibatiba / ES.
IBGE 2010
Minas Gerais
Alto Jequitibá
Alto Caparaó
Caparaó
Caputira
Chalé
Conceição de Ipanema
Divino
Durandé
Espera Feliz
Ipanema
Lajinha
Luisburgo
Manhuaçu
Manhumirim
Martins Soares
Matipó
Mutum
Orizânia
Pocrane
Raul Soares
Reduto
População
Homens
Mulheres
Urbano %
8.323
5.297
5.209
9.033
5.647
4.467
19.131
7.402
22.859
18.169
19.616
6.236
79.635
21.366
7.173
17.639
26.672
7.284
8.998
23.818
6.561
4.252
2.726
2.743
4.641
2.868
2.248
9.684
3.761
11.506
8.806
9.830
3.223
39.214
10.509
3.655
8.727
13.477
3.697
4.520
11.732
3.359
4.071
2.571
2.466
4.392
2.779
2.219
9.447
3.641
11.353
9.363
9.786
3.013
40.421
10.857
3.518
8.912
13.195
3.587
4.478
12.086
3.202
51,69
74,99
38,51
41,87
49,28
34,34
56,43
47,69
62,02
78,18
62,47
29,47
81,45
79,70
40,76
78,42
51,73
30,49
60,10
65,01
55,48
31
Santa Margarida
Santana do Manhuaçu
São João do
Manhuaçu
Simonésia
Taparuba
Vermelho Novo
Sub-total
15.011
8.603
7.583
4.403
7.428
4.200
50,80
48,29
10.245
18.302
3.137
4.689
5.214
9.460
1.616
2.428
5.031
8.842
1.521
2.261
46,91
38,87
44,79
39,50
6.217
11.293
6.032
13.649
5.704
11.053
5.697
13.691
28,66
59,78
37,85
57,21
390.522
Espírito Santo
Brejetuba
Ibatiba
Irupi
Iúna
11.921
22.346
11.729
27.340
Sub-total
73.336
População sob
influência
463.858
Devido a essa abrangência, a FACIG conseguiu se consolidar na região,
apresentando um ensino modelar em sua prática pedagógica e promovendo o bemestar da população do município de Manhuaçu e de seu entorno. Tudo isso se faz
presente por meio do oferecimento de oportunidades para o desenvolvimento de
um processo de ensino-aprendizagem inovador e do estímulo às práticas de
extensão acadêmicas, realizadas, conjuntamente, por professores, discentes e
empresas conveniadas.
32
3. Políticas Institucionais no âmbito do Curso
A Educação na Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu pauta-se na busca
da excelência e na formação integral do ser humano, inspirada em uma visão
global e sistêmica do mundo, marcada pelo senso de responsabilidade e de serviço
ao bem comum. A FACIG destaca seu compromisso de contribuir eficazmente para
a transformação da sociedade brasileira, visando construir uma nação mais justa e
livre, com redução da miséria e da desigualdade social. Mas, a instituição possui
consciência de que sua responsabilidade social deve exercer-se primordialmente
através das suas atividades de ensino e extensão, colocando seu potencial
acadêmico a serviço da comunidade. Ao contrário de permanecer isolada, alheia ao
contexto que a cerca, a FACIG se vê como parte dessa sociedade, de seus anseios
e necessidades, estando pronta para contribuir, como fonte de ideias e reflexões,
para que haja a plena realização de todos como seres humanos e cidadãos
conscientes da missão de aprimorar a sociedade, difundindo e lutando pelos
direitos de todos, em particular pelo direito de acesso ao conhecimento em todos
seus níveis.
As políticas institucionais para os cursos de graduação estão definidas nos projetos
pedagógicos dos respectivos cursos, orientadas pelas Diretrizes Curriculares
Nacionais para os cursos de Graduação.
O ensino de graduação é supervisionado pela Diretoria Acadêmica, que atua em
conjunto à coordenação do curso, ao Núcleo Docente Estruturante e ao Colegiado
do curso visando definir as diretrizes, identificar possíveis não conformidades,
acompanhar o desempenho dos atuais alunos e dos egressos e manter o curso em
atendimento às necessidades da sociedade e do mercado de trabalho atual,
seguindo o disposto na legislação do ensino superior brasileiro.
Destacam-se as seguintes políticas institucionais:
- Monitoria: a monitoria é entendida como instrumento para a melhoria do ensino da
graduação, por meio do estabelecimento de novas práticas e experiências
33
pedagógicas que visem fortalecer a articulação entre teoria e prática. Assim, foi
criado o programa de Bolsa de Monitoria, remunerado, que insere alunos
regularmente matriculados nos cursos de graduação da FACIG em atividades
relacionadas ao curso. A seleção para monitores acontece semestralmente, através
de edital previamente divulgado, contendo todas as atribuições referentes às
atividades a serem desenvolvidas, valores e vigência da bolsa. De maneira geral,
podemos enumerar as seguintes atribuições dos monitores: colaborar com o
docente no desempenho de tarefas didáticas, tais como: preparação de aulas
práticas, aplicação de exercícios, trabalhos escolares, e outros de natureza similar;
auxiliar os alunos na realização de trabalhos práticos ou experimentais, sempre que
compatível com seu grau de conhecimento e experiência; cooperar no atendimento
e orientação aos alunos, visando sua adaptação e maior integração na faculdade;
identificar eventuais falhas na execução do processo de ensino - aprendizagem,
propondo ao professor medidas alternativas; apresentar relato de sua experiência,
ao final das atividades programadas, em forma de relatório. É vedado ao monitor o
exercício da docência, a realização de atividades de responsabilidade exclusiva do
professor, tal como assentamento de freqüência e dos conteúdos no diário de
classe, e as demais tarefas de caráter administrativo. Além disso, as atividades
programadas para o monitor não poderão estar sobrepostas ao seu horário de aula
em que esteja matriculado. Ao professor, orientador de monitoria cabe as seguintes
atribuições: orientar o monitor no desempenho das atividades programadas;
capacitar o monitor no uso de metodologias de ensino/aprendizagem adequadas à
sua atuação nas atividades propostas; promover o aprofundamento dos
conhecimentos do monitor quanto aos conteúdos da disciplina; avaliar, de forma
contínua, o desempenho do monitor através de critérios previamente estabelecidos,
e que sejam do conhecimento do monitor; identificar falhas eventuais no Programa
de Monitoria, propor mudanças e encaminhá-las para a Coordenação de Curso.
- PIPEV: Programa de Incentivo à Participação em Eventos, que possui como
objetivo contribuir para a formação dos discentes e docentes da FACIG, oferecendo
condições para apoio visando à participação em atividades de extensão, palestras,
conferências e/ou reuniões científicas e técnicas, congressos, encontros,
simpósios, seminários, participação em debates, mesas-redondas, programas de
rádio ou TV.
34
- Conselho Discente: órgão cuja criação na instituição foi motivada após a visita da
direção da FACIG à Universidade Americana de Sharjah, nos Emirados Árabes
Unidos. É composto
pelo Diretor Executivo, Diretora Acadêmica e um
representante de cada curso da instituição. Reúnem-se periodicamente visando
tratar do andamento de cada um dos cursos, analisando desempenho, propondo
melhorias e sugestões.
- Programa de Nivelamento: em apoio ao discente em sua trajetória acadêmica, a
Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu tem como política institucional a
prática de mecanismo de nivelamento com vistas a favorecer o desempenho de
forma integral e continuada. Esse mecanismo é compreendido pelo Programa
Intensivo de Nivelamento – PIN e pelo Programa de Correção de Deficiências PCD. O PIN é uma atividade programada com vistas ao atendimento aos
acadêmicos entrantes e tem como estratégia de ação uma programação
diferenciada onde são desenvolvidas atividades de apoio a demanda de
desconhecimento das estruturas e dinâmicas institucionais; desnivelamento de
conteúdo programático e ansiedade pela nova situação pessoal de ingresso no
ensino superior. São ministradas aulas gratuitas em horário distinto ao horário das
aulas. Já o PCD é um programa que acontece por demanda, objetivando auxiliar
àqueles acadêmicos com deficiências identificadas em conteúdos específicos. Em
um primeiro momento, os alunos são direcionados para os monitores do respectivo
curso. Não sendo sanadas as deficiências, são ofertadas pela coordenação de
curso aulas de revisão e / ou de reforço visando evitar dificuldades no desempenho
do discente ao longo do curso. A identificação destas dificuldades acontece por
manifestação espontânea do próprio aluno, pela análise das notas de trabalhos e
de provas realizados e também por indicação específica do professor de
determinada disciplina. Este programa possui o mérito de ser flexível de acordo
com a demanda detectada, podendo ser implementado a qualquer tempo.
- Simpósio de Boas Vindas: onde são apresentadas aos alunos as instalações da
instituição, o coordenador de cada um dos cursos superiores oferecidos, bem como
seus horários de atendimento aos discentes, o regimento da instituição, o
funcionamento dos órgãos colegiados, o regimento da biblioteca, o serviço de
35
orientação pedagógica e são ministradas palestras motivacionais para os
ingressantes em um curso superior.
- Assessoria Pedagógica: visa à formação pedagógica continuada do corpo
docente da Instituição, além de assessorar a comunidade acadêmica no
desenvolvimento e qualificação das práticas pedagógicas de cada curso de
graduação. É o órgão que visa acompanhar e auxiliar os discentes com
dificuldades diversas em seu cotidiano acadêmico. Mediante iniciativa dos próprios
discentes ou por análise do rendimento escolar ou comportamento com posterior
sugestão do coordenador de cada curso, são realizados atendimentos individuais,
previamente agendados. Esse programa também é extensivo aos docentes no
desenvolvimento do seu trabalho.
- Mobilidade Acadêmica: a instituição é parceira da Fundação Getúlio Vargas,
participando do Programa de Certificação de Qualidade para o curso de
Administração. São mais de trinta instituições em todo o país participantes do
programa. Assim, a FACIG oferece possibilidade de mobilidade total para qualquer
uma das instituições parceiras da Fundação Getúlio Vargas em todo o país, com
ganhos para os discentes, uma vez que a matriz curricular bem como a bibliografia
adotada são padronizadas. Outro convênio a ser ressaltado é a Adesão ao
Programa Ciência sem Fronteira, instituído pelo Governo Federal, que objetiva
“promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia,
da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da
mobilidade internacional1”. A adesão ao programa foi realizada pensando em
propiciar ao nosso discente a possibilidade de realizar intercâmbio e a oportunidade
de vivenciar novas experiências acadêmicas associadas ao desenvolvimento de
um perfil empreendedor e inovador frente aos requisitos da área de conhecimento
escolhida pelo aluno ao ingressar no Ensino Superior.
- Programa de licenciatura: criado em 2012 e mantido com recursos próprios da
FACIG, tem como objetivos contribuir na melhoria dos cursos de licenciatura das
escolas públicas regionais e constituir um espaço de aprendizagem da docência
por meio da interação entre as escolas da rede pública de educação básica e a
1
Disponível em http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf. Acesso em 29/07/2013.
36
FACIG, por meio da inserção de licenciandos no cotidiano escolar, de modo a
oportunizar-lhes a criação e a participação em experiências metodológicas,
tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem
a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem. Os
acadêmicos dos cursos de licenciatura são inseridos na rede escolar, de modo a
obter subsídios para os cursos, integrando-os à prática pedagógica dos
profissionais em serviço e ações de professores de diferentes centros da instituição
que beneficiem cursos de licenciatura.
- Assegurar acessibilidade em todos os níveis: acesso e locomoção, transporte,
assistência financeira, psico-pedagógica e digital.
Além destes programas institucionalizados, a instituição possui como políticas
institucionais de ensino e extensão:
- coordenadores de cursos deverão possuir no mínimo a titulação de mestre.
- sessenta por cento das disciplinas de todos os cursos de graduação deverão ser
ministradas por professores com mestrado ou doutorado.
- os livros e periódicos (sejam impressos ou eletrônicos) serão disponibilizados nas
quantidades máximas especificadas nos Instrumentos de Avaliação do INEP /
MEC.
- A assessoria pedagógica deverá garantir o treinamento constante e o
acompanhamento da utilização das metodologias de ensino ativas.
- Todos os cursos oferecerão bolsas integrais do PROUNI – Programa
Universidade para Todos.
- Será disponibilizado a todos os acadêmicos financiamento estudantil gerido pelo
Governo
Federal,
FIES,
dentro
dos
limites
determinados
pelos
órgãos
governamentais.
37
As principais políticas de extensão buscam uma integração maior e qualificada com
a realidade social, seja através da cultura ou de ações específicas, realizadas por
meio de projetos e programas caracterizados pela indissociabilidade com o ensino.
As frentes que materializam essas políticas são a preservação e a difusão do
conhecimento produzido na instituição para a sociedade, bem como a realização de
diversas ações sociais, dentre elas destacamos: acervo bibliográfico em braile e
áudio-livros na biblioteca; inscrições dos eventos com alimentos e brinquedos com
a respectiva doação a entidades beneficentes de Manhuaçu; monitoria nas escolas
públicas municipais; programa “Olimpíada do Conhecimento” que propicia o acesso
ao ensino superior pelos alunos carentes de escolas públicas e enriquece o acervo
bibliográfico destas escolas; parceria com a Prefeitura Municipal de Manhuaçu com
a oferta de bolsas aos alunos carentes residentes no município; entre outros.
Além das atividades ligadas ao ensino, foco principal de sua atuação, a FACIG
oferecer aos discentes interação direta com entidades sociais, organizações não
governamentais e com matérias de interesse público, além de garantir o necessário
aprofundamento dos estudos.
A FACIG oportuniza situações concretas vinculadas à prática profissional dos
discentes, visando os desempenhos técnico, humano e político.
38
4. Autoavaliação
A avaliação institucional na FACIG tem como objetivo central a melhoria contínua
do processo de aprendizagem, destacando padrões de excelência que possam
direcionar as decisões estratégicas e operacionais da Faculdade, condicionando
sempre atitudes eminentemente pró-ativas e consistentes para com o sistema
organizacional FACIG. Outros objetivos são: garantir um processo de autoavaliação
com transparência, participação sobre o que faz a FACIG, estabelecer um
contraponto entre a missão, os objetivos e as ações que efetivamente são
desenvolvidas na busca de uma qualidade acadêmica; fornecer estudos e
orientações que subsidiem o processo de planejamento e a implementação de
medidas que conduzam à execução de um projeto acadêmico socialmente
legitimado e relevante quanto à sua repercussão junto à comunidade interna e a
sociedade em geral; identificar fragilidades e acertos com vista ao Plano de
Desenvolvimento Institucional – PDI, projeto pedagógico dos cursos e Regimento
Interno.
Torna significativo assinalar que, do ponto de vista da administração da FACIG, a
melhoria da qualidade de suas ações tem como uma de suas prioridades, a
implementação das avaliações como processo sistemático, formativo e democrático
que favoreça o exercício da cidadania e o aperfeiçoamento do desempenho
institucional e dentre as estratégias, a avaliação institucional é uma delas.
Para compor a CPA (Comissão Própria de Avaliação) são eleitos dois membros
efetivos do corpo docente, dois representantes do corpo discente, dois
representantes
do
corpo
técnico-administrativo
e
dois
representantes
da
comunidade. No início de cada semestre, realiza-se uma reunião para discutir os
trabalhos que serão desenvolvidos pela Comissão Própria de Avaliação da FACIG,
na qual, também, é aprovado o cronograma de atividades que serão desenvolvidas
ao longo do semestre. Os membros da CPA sugerem os pontos a serem
analisados no questionário que será aplicado junto ao corpo discente, corpo
docente, corpo técnico-administrativo, egressos e comunidade.
39
Toda a comunidade acadêmica é convidada a responder o questionário no sistema
acadêmico da FACIG on line. Os resultados da avaliação são apresentados em
seminários realizados a cada semestre e, também, são discutidos, em reuniões,
com coordenadores e direção da FACIG onde são apontados caminhos para as
possíveis soluções dos itens apontados com grau regular ou ruim. Em seguida, é
gerado um relatório parcial contendo todas as informações do processo avaliativo.
No final de cada ano gera-se, então, um relatório final com as informações dos dois
semestres. É importante ressaltar que alguns pontos que são apresentados como
críticos necessitam de um tempo maior para ter modificado seu estado. Vale
lembrar que a avaliação na FACIG não tem um caráter punitivo, ao contrário. As
informações são utilizadas para buscar estabelecer uma melhoria contínua do
processo de aprendizagem.
A FACIG acredita que a sistemática de avaliação interna deve ser entendida como
um mecanismo que propicie e disponibilize informações para melhorar o seu
desempenho acadêmico, garanta a eficiência administrativa e, por esse caminho,
ajude
na
manutenção
da
Faculdade
como
espaço
público.
Com
esse
entendimento, a FACIG chama a atenção para o significado público da educação
desenvolvida pelas instituições superiores de ensino que é de extrema importância
para o desenvolvimento do país. Nesse contexto, a avaliação insere-se num campo
mais amplo do que o de um trabalho isolado junto aos segmentos que sustentam a
Faculdade – docente, discente, técnicos, bem como junto ao seu entorno.
Além da autoavaliação realizada pela CPA, a instituição conta ainda com os
relatórios e os conceitos gerados pelas Avaliações Externas e pelo Exame Nacional
de Desempenho de Estudantes – ENADE, aplicado pelo Ministério da Educação
buscando, cada vez mais, implementar um processo de melhoria constante em
seus processos acadêmicos e de gestão.
40
5. Resumo do Curso
Nome: Curso Superior de Serviço Social
Integralização Mínima do Curso: 4 anos
Integralização Máxima do Curso: 7 anos
Regime do Curso: Seriado
Período: Noturno
Carga horária teórica total: 3.870 horas aula
Carga horária teórica em disciplinas (horas/ aula): 3.100 (computadas em 50
minutos a h/a)
Carga horária de Atividades Complementares: 320 horas
Carga horária de Estágio Supervisionado: 450 horas
Número de Vagas Anuais do Curso: 90 vagas.
6. Justificativa
O município de Manhuaçu tem 627 km² e uma população estimada em 84.934
habitantes (IBGE, 2013) cujos dados sociais e econômicos apontam os problemas
atuais a serem superados. Para ilustrar, basta considerar o Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) pontuado em 0,689 no ano de 2010,
enquanto a média nacional foi de 0,813. Verifica-se, portanto, que o índice de
desenvolvimento humano municipal está muito abaixo da média do Brasil, o país
que ficou em 73º lugar naquele ano, bem distante dos indicadores da Austrália,
Nova Zelândia, Países Nórdicos, ou América do Norte.
O índice de escolaridade municipal abaixo da média nacional, IDHM 0,563
(PNUD/2013), pode ser explicado pela dificuldade de acesso e permanência na
escola das crianças em idade regular, além da cultura regional que reproduz, por
gerações, a importância da freqüência escolar somente até o quinto ano do Ensino
Fundamental.
Tal situação pode ser explicada pelo predomínio do modelo agrícola, pois o
trabalho rural não exigia a escolarização dos trabalhadores da produção direta.
41
Porém, nas últimas décadas a economia local está crescendo, diversificando e se
modernizado. O PIB local per capita pontuou 18.382,3 reais (IBGE/2011), embora o
aumento de riqueza ainda continue abaixo da média per capita nacional que
registrou 21.252 reais, segundo a mesma fonte.
O desenvolvimento econômico regional está cada vez mais em contraste com o
baixo índice de escolaridade, um grande obstáculo para a empregabilidade da
população local. Se o desemprego é um dos determinantes dos índices de pobreza
e miséria, o aumento da escolaridade e a qualificação profissional podem ser
destacados como principais desafios para melhoria das condições de vida. Isto tem
sido cada vez mais percebido pela população local como essencial à garantia do
futuro, requisito básico para abertura de novas possibilidades e ascensão social.
Embora exista a demanda pela formação de profissionais qualificados para a
pecuária e o cultivo agrícola, a região não tem sequer uma escola técnica federal
para formação específica nesta área somente Escolas Particulares.
Marcado pelo baixo índice de emprego formal, em Manhuaçu ainda se mantém a
inserção de grandes contingentes de trabalhadores na lavoura sem a garantia dos
direitos trabalhistas. Isto ocorre porque o cultivo do café demanda grande volume
de trabalhadores somente na época da colheita, cujo período se estende do mês
de abril a setembro de cada ano.
Por esses motivos, a demanda junto ao setor de assistência social aumenta
significativamente nos meses de outubro a março, já que não há trabalho suficiente
para absorver a maioria esmagadora da população. Além disso, identifica-se um
segmento de novos usuários da assistência social na época da safra, que se
constitui pelo grande número de imigrantes vindos à procura de trabalho.
As condições de moradia da maioria da população manhuaçuense residente na
zona rural é extremamente precária, com infraestrutura inadequada, desprovidas
de saneamento básico e/ou luz elétrica. Ao lado destas precárias condições de
moradia e saneamento, soma a má distribuição espacial de equipamentos e
serviços necessários à saúde, educação, transporte, assistência social e outros
quesitos básicos para boa qualidade de vida da população.
42
A desigualdade da distribuição da riqueza neste espaço salta aos olhos, se
comparada às condições de vida dos grandes fazendeiros com as condições de
vida do contingente da massa populacional que se apresenta na condição de
lavradores
meeiros2
e/ou
diaristas.
Estigmatizados
por
um
conjunto
de
necessidades não satisfeitas, tendo seus direitos sociais e trabalhistas violados
todos os dias, vivendo nos limites da sobrevivência, estes trabalhadores buscam
nos serviços sociais públicos o atendimento de suas carências materiais básicas.
São sujeitos marcados pela “exclusão social” cuja origem é a progressiva redução
dos postos de trabalho formal, numa sociedade em que a “cidadania regulada” só
permite que os direitos sejam garantidos mediante ao trabalho assalariado, ou seja,
o desemprego por tempo indeterminado provoca a perda de direitos, aniquilando os
indivíduos à condição de “não-cidadãos”, já que o exercício da “cidadania”, na
sociedade capitalista, só pode ser condicionado por um mínimo de poder aquisitivo
para o consumo. Isso remete aos seguintes questionamentos:
Quem são os que recorrem à assistência social? O que pensam,
julgam e fazem? Como constroem uma visão de mundo e de si
mesmos? Como organizam significativamente o real no processo
de constituição de uma identidade marcada pela condição
subalterna? Como, tantas vezes, tornam “seus” projetos e valores
que, na realidade, são contra eles? Qual é, sobretudo, a vida que
transcorre no dia-a-dia daqueles que as diferentes formas de
pobreza e exclusão acabam por condenar a partilhar muito pouco
da riqueza social? O que é constituir-se em alvo de serviços de
assistência no conjunto das experiências que vivenciam? Como a
condição de “assistido” interfere no processo de identificação em
termos de reposição/ruptura da subalternidade? (YAZBEK, 2003,
p.83).
Num cotidiano marcado pelo sofrimento, pelas dificuldades, pelo desrespeito a
direitos mínimos e em luta infindável pela sobrevivência, homens, mulheres e
crianças buscam a assistência social na tentativa de superar a instabilidade
resultante das precárias condições socioeconômicas em que se encontram.
O quadro que se vai compondo (...) mostra fragmentos de um
cotidiano em que a realidade da pobreza aparece em sua dureza:
o desemprego, o trabalho aviltante, a fadiga, o esgotamento, a
violência, a moradia insalubre, a nutrição precária, os problemas
de saneamento, transporte, serviços médicos e escolares
constituem algumas dimensões dessa realidade.(...) Em muitas
situações, essa vida se resume em trabalhar para continuar
2
Meeiros são os lavradores que assumem o cultivo agropecuário de uma parte da propriedade rural,
num regime de parceria com o dono da terra, tendo que dividir “à meia” a produção.
43
trabalhando. A fadiga, permeando o conjunto da experiência
vivida, emerge indissociavelmente vinculada às condições sociais
desses indivíduos e expressa as marcas da espoliação de suas
vidas. Vidas onde a esfera do lúdico, da fantasia e da utopia está
no futebol, na roda de samba, na cachaça, nas novelas (YAZBEK,
2003, p.132).
Na congruência desses fatores, o enfrentamento da pobreza perpassa não
somente a redistribuição de renda, mas também a questão política da viabilização
do acesso a direitos básicos e da possibilidade de organização e representação
daqueles sujeitos que têm sonhos e esperanças usurpados.
Constituindo uma espécie de situação-limite da condição
subalterna, a pobreza, no imaginário social, é muitas vezes
apreendida de forma descolada da realidade em que é gerada, em
sua imediaticidade, fragmentada, obscurecida, reificada. A
pobreza é pouco conhecida e os “pobres” muitas vezes
desqualificados e marcados por clichês que reiteram sua
‘inadaptação’, ‘marginalização’ e ‘situação problemática’
(YAZBEK, 2003, p.123).
De tal modo, a condição de pobreza permite que identidades socioculturais sejam
construídas a partir de situações, representações e privações que interferem nas
relações sociofamiliares e nas formas de inserção de classe. Então, a questão dos
direitos sociais para aqueles que cotidianamente lutam pela sobrevivência requer
muito mais que o acesso a serviços sociais básicos, fazendo-se necessária a
construção de uma identidade social e política que seja reconhecida e respeitada
pelos demais grupos sociais.
Enfim,
a
pobreza,
estando
muitas
vezes,
e
quase
sempre,
associada
equivocadamente à condição de “desajuste social” e incapacidade de “adequação”
dos sujeitos ao movimento da ordem social vigente, é naturalizada, impedindo que
sejam transparecidos os fatores determinantes da desigualdade social.
Deste
ponto de vista, reforçam-se as bases sociais de dominação, sobretudo, a partir da
reprodução de consciências resignadas, desarticuladas e objetivamente alheias ao
processo histórico que tem em seu movimento dialético o cerne da transformação
social.
São encaminhadas diariamente aos órgãos que atuam na efetivação da Política de
Assistência Social do município de Manhuaçu demandas que estão direta e
fundamentalmente voltadas à condição de miséria e pauperismo em que se
44
encontra grande parte das famílias que compõem a população local: a fome, o
desemprego, a falta de recursos próprios para a aquisição de medicamentos e
pagamento de exames, a desnutrição infantil, a evasão escolar, entre outros.
Os serviços assistenciais organizados no âmbito municipal oferecem a esta
população demandante alguns recursos emergenciais, tais como, o fornecimento
de cestas básicas, medicamentos, auxílios financeiros, provisão de documentos,
passagens. São as formas imediatas de enfrentamento às demandas sociais,
predominantes na ação assistencial local, oferecidas em forma de ajuda e favor, o
que dificulta a viabilização da assistência social enquanto política pública e direito
do cidadão.
Os programas públicos assistenciais são viabilizados pela prefeitura e, quase
sempre, restritos ao atendimento de demandas imediatas e urgentes. Trabalho
semelhante e complementar é feito pela sociedade civil em ações caritativas.
A partir de 2005 ocorreram as mudanças propostas pela Política Nacional de
Assistência Social e instituição do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), o
que viabilizou a criação do Centro de Referência em Assistência Social – CRAS, do
Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), dentre outros
equipamentos e serviços. A Rede de Atendimento Sócio-assistencial do município
foi constituída pelos referidos equipamentos, somados a alguns programas federais
disponibilizados no município, sendo eles: o Programa Bolsa Família – PBF;
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI; Benefício de Prestação
Continuada – BPC; dentre outros.
De acordo com a NOB/RH – Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do
SUAS, os centros de referência devem contar com profissionais especializados,
tais como, Assistente Social, Psicólogo, Pedagogo e outros em nível de Ensino
Médio, concursados, como determina a referida norma.
Dentro dos critérios da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), Manhuaçu é
considerado município de médio porte, por isso pode contar com 02 unidades do
CRAS, cada um responsável pelo atendimento de aproximadamente 5.000 famílias
referenciadas. Os equipamentos da PNAS foram implantados em tempo hábil,
45
conforme os critérios estabelecidos: nas regiões urbanas aonde se concentram a
maior parte da população em condição de pobreza e outras vulnerabilidades
sociais, conforme determinações do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, certamente um marco histórico na trajetória da Política de
Assistência Social do município.
Apesar das mudanças ocorridas desde a implantação da PNAS, ainda persiste no
município de Manhuaçu-MG uma assistência social em que prevalece a reprodução
da tutela e do controle sobre camadas empobrecidas e discriminadas da
sociedade. Neste contexto, a assistência social reforça a condição da ajuda e do
favor, tendo em vista a manutenção de vínculos de subordinação e clientelismo.
A realidade desse município e seu entorno, indubitavelmente, reflete a herança
histórica do “coronelismo” que marcou as sociedades rurais brasileiras. A vivência
neste contexto possibilitou apurar os limites da consciência política, a resignação e
a “naturalização” da pobreza, haja vista a desorganização dos segmentos
vulnerabilizados,
sem
organização
que
represente
seus
interesses,
sem
manifestações contestatórias da precária condição em que vivem.
Dado o exposto, a construção da assistência social como política pública municipal,
apresenta dificuldades que extrapolam o âmbito local e estão presentes também
nas
esferas
estadual
e
federal,
principalmente,
quando
observados
a
desarticulação entre as três esferas de governo e no interior de cada esfera; a
descontinuidade e fragmentação das ações; a insuficiência dos recursos
financeiros; a falta de vontade política dos governantes; a inexistência de
diagnósticos precisos para identificar as reais necessidades de atendimento da
população usuária da assistência; a ausência de procedimentos avaliativos que
viabilizassem o controle social; a falta de organização política da sociedade civil em
defesa de seus direitos sociais.
Ainda hoje as ações assistenciais têm obedecido aos critérios de redução de
gastos com os pobres em detrimento da construção de políticas assistenciais em
vista da garantia de direitos sociais regulamentados no país. Trata-se de um
quadro de contenção municipal no atendimento às demandas sociais, que são
46
repassadas para a sociedade civil, no âmbito das associações comunitárias, das
instituições religiosas e da solidariedade individual.
No município estão registradas no âmbito do Conselho Municipal de Assistência
Social, 54 (cinqüenta e quatro) entidades da sociedade civil, dentre Associações e
Movimentos Sociais de segmentos específicos como moradores de determinados
bairros, negros, mulheres, idosos, portadores de câncer, portadores de insuficiência
renal, pessoas com deficiência e instituições de atendimento a crianças e
adolescentes privados do convívio familiar. Tais organizações demandam o
acompanhamento do Assistente Social a fim de que se mantenham em situação
regular junto ao Conselho Municipal de Assistência Social e para que sejam
instrumentalizados e fortalecidos em seu protagonismo político.
Ao mesmo tempo, a descentralização efetiva, assim como preconizada pelo LOAS,
dependerá, em grande parte, da própria organização política da sociedade civil, na
busca pela consolidação de interesses coletivos, o que estabelece estreita
correlação com os compromissos ético-políticos dos assistentes sociais, quando
estes utilizam o seu saber técnico-profissional para o fortalecimento dos
movimentos populares.
Neste contexto, a oferta do curso de Serviço Social presencial pela FACIG se
constitui num marco importante da consolidação da Política de Assistência Social
enquanto direito, atuando especificamente na viabilização de profissionais
qualificados nesta área, em Manhuaçu e nos município circunvizinhos, tais como,
Simonésia, Santana do Manhuaçu, Luisburgo, Reduto, Manhumirim, Alto Jequitibá,
São João do Manhuaçu, Martins Soares, Caputira, Matipó, Santa Margarida,
Durandé, Lajinha, Chalé, São José do Mantimento, Taparuba, Ipanema, Conceição
de Ipanema, e também em alguns municípios do Espírito Santo, como Iúna, Ibatiba
e Irupi, dentre outros.
A consolidação deste curso em Manhuaçu é uma decisão estratégica porque se
trata de um município com localização privilegiada, tanto em termos de crescimento
econômico regional, como em geração de novos espaços ocupacionais para o
assistente social. Por isso, esta IES tem promovido diversas ações articuladas com
47
a comunidade que demandam a intervenção direta do profissional de Serviço
Social.
Com base nesses elementos, podemos afirmar que a colaboração do curso de
Serviço Social para a FACIG e para a comunidade ocorre em vários aspectos, a
saber: na qualificação de profissionais para atuar junto às empresas, poder público,
instituições sociais, organismos não-governamentais e movimentos sociais; na
composição de equipes interdisciplinares para atuar junto à comunidade
acadêmica, nos grupos de pesquisa e em outros espaços específicos da instituição
e, principalmente, na geração de conhecimento científico, que colabore na
proposição de intervenções sociais pelos diferentes atores e segmentos sociais.
Entre as atividades principais desses profissionais destacam-se o planejamento,
implementação, gestão e execução de políticas sociais; assessoria e consultoria
aos movimentos sociais, poder público municipal, estadual e federal, dentre outras.
Desta forma, o curso de Serviço Social organizado sob as recomendações do MEC
e da ABEPSS, além de contribuir com o fortalecimento e valorização da profissão
na região, abre um leque de possibilidades de qualificação permanente para os
assistentes sociais, por meio da participação em eventos acadêmicos promovidos
pela FACIG e na articulação da IES com profissionais Supervisores de Estágio.
7. Objetivos
O curso superior de graduação em Serviço Social da FACIG visa formar bacharel,
com visão crítica, apto para construir propostas de intervenção na realidade social,
visando preservar e consolidar direitos a partir das demandas emergentes da
sociedade, tendo como objetivos norteadores:

Formar profissionais com competência teórico-metodológica, técnicooperativa e ético-política, comprometidos com a historicidade, construção e
diversidade na apreensão da totalidade social;

Propiciar o desenvolvimento de profissionais competentes e comprometidos
com a construção de projetos sociais, compatíveis com a necessária
intervenção na realidade social brasileira, principalmente na Região da
Vertente Ocidental do Caparaó, tão marcada pelas desigualdades sociais.
48

Incentivar a iniciação científica (pesquisa) e extensão como instrumento
básico para conhecimento da realidade e enriquecimento da teoria e da
prática do Serviço Social.

Trabalhar a interdisciplinaridade com formação generalista, frente às
expressões da “questão social”.

Garantir a unidade ensino, pesquisa e extensão de forma a articular a
comunidade acadêmica e não acadêmica, construindo e reconstruindo o
perfil profissional e a sociedade, visando ao exercício da cidadania e a
redução das diferenciações sociais.
O intuito, portanto, é o de garantir que a interlocução entre o ensino, a pesquisa e a
extensão não sejam desvinculados, mas reforçados no processo que aproxima
instituição de ensino e comunidade para a formação de profissionais preparados
para intervir no contexto real e transformá-lo sob a égide da garantia de direitos e
da justiça social.
Entende-se, portanto, que não cabe às instituições de ensino somente qualificar
força de trabalho para o mercado ou transmitir conhecimento de forma unilateral,
mas sim buscar desenvolver uma política acadêmica, norteada para atividades de
ensino, pesquisa e extensão, tripé que sustenta as instituições de ensino superior
de forma geral.
8. Perfil do Egresso
O perfil do bacharel em Serviço Social se faz na formação do profissional: que atua
nas expressões da questão social, formulando e implementando propostas para
seu enfrentamento, por meio de políticas sociais públicas, empresariais, de
organizações da sociedade civil e movimentos sociais; dotado de formação
intelectual e cultural generalista crítica, competente em sua área de desempenho,
com capacidade de inserção criativa e propositiva, no conjunto das relações sociais
e no mercado de trabalho; comprometido com os valores e princípios norteadores
do Código de Ética do Assistente social.
Para compor este perfil é necessário que o discente, além de apreender o caráter
49
contraditório de sua prática profissional, esteja apto a compor habilidades que
sejam fomentadoras do desenvolvimento profissional, compreendido como
fenômeno histórico e em movimento.
De acordo com a Resolução nº 15 de 13 de Março de 2002 que estabelece as
Diretrizes Curriculares para os cursos de Serviço Social para o exercício da
profissão, o Assistente Social deve ter (a) competência teórico-metodológica e
ético-política, como requisito fundamental para o exercício de suas atividades
técnicas, tendo em vista a: apreensão crítica dos processos sociais numa
perspectiva de totalidade; análise do movimento histórico da sociedade brasileira,
apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país; (b)
compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento social e
histórico, nos cenários internacional e nacional, construindo possibilidades de
intervenção na realidade; (c) identificação das demandas presentes na sociedade,
visando formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social;
(d) utilização dos recursos da informática. Profissionais habilitados teórica e
metodologicamente para compreender as implicações de sua prática, reconstruí-la,
efetivá-la e recriá-la no bojo de sua história e da história da profissão. Para tanto, o
profissional deve ter suporte teórico-metodológico para ter como estratégia de
atuação a produção de conhecimentos sobre as determinações que constituem a
realidade onde atua.
A apreensão do significado social e histórico da profissão é indispensável para a
afirmação da identidade profissional que sofre influências deformadoras advindas
da cultura assistencialista e que se opõe à compreensão da Assistência como
direito histórico e como pilar da construção da profissão de Serviço Social.
O Assistente Social deve estar atento à apreensão das demandas consolidadas e
emergentes postas pelas relações sociais via mercado de trabalho, visando a
formulação de respostas profissionais que permitam o enfrentamento à “questão
social”, considerando as novas articulações entre o público e o privado no contexto
do capitalismo monopolista e do Estado neoliberal. Neste sentido, o profissional
estará apto a cumprir suas competências e atribuições previstas na Constituição
Federal, nas legislações profissionais em vigor, respaldados pelo Código de Ética
50
da categoria e seus princípios de: liberdade, defesa de direitos, cidadania,
democracia, equidade e justiça social, na garantia do pluralismo das correntes
formadoras, manifestas nas várias expressões teóricas e no aprimoramento
intelectual.
Verifica-se, portanto, a necessidade de se garantir que a dimensão investigativa
seja indissociável da atividade profissional, permitindo a construção de estratégias
de intervenção profissional a partir de sua efetiva aproximação da realidade, tendo
descortinado o imediatismo que oculta as determinações macrossocietárias dos
fenômenos que se apresentam na cotidianidade profissional.
Em consonância com as determinações da Lei nº 8.662, de 7 de Junho de 1993,
que regulamenta a profissão de Assistente Social, são estabelecidas as seguintes
competências e habilidades técnico-operativas: (a) formular e executar políticas
sociais em órgãos da administração pública, empresas e organizações da
sociedade civil; (b) elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos na
área social; (c) contribuir para viabilizar a participação dos usuários nas decisões
institucionais; (d) planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais; (e)
realizar pesquisas que subsidiem formulação de políticas e ações profissionais; (f)
prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública, empresas
privadas e movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais e à
garantia dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; (g) orientar a
população na identificação de demandas e necessidades sociais; (h) orientar a
população na identificação de recursos para atendimento e defesa de seus direitos;
(i) realizar visitas, perícias técnicas, laudos, informações e pareceres sobre matéria
de Serviço Social; (j) exercer funções de direção em organizações públicas e
privadas na área de Serviço Social; assumir o magistério de Serviço Social e
coordenar cursos e unidades de ensino; supervisionar diretamente estagiários de
Serviço Social.
9. Organização Curricular
O curso de Serviço Social da FACIG foi organizado em observância ao disposto na
Resolução CFESS nº 273/93, de 13 de março de 1993, que institui o Código de
51
Ética Profissional dos Assistentes Sociais; na Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993,
que regulamenta a profissão de Assistente Social; no Currículo Mínimo aprovado
pela ABESS – Associação Brasileira de Ensino em Serviço Social – em
Assembléia Geral Extraordinária de 8 de novembro de 1996; na Resolução
CNE/CES nº 15, de 13.03.2002 que estabelece as Diretrizes Curriculares para
cursos de Serviço Social.
A fim de garantir a articulação e a flexibilidade dos conteúdos curriculares na
totalidade do processo de formação profissional, em seus aspectos ético-políticos,
técnico-operativos e teórico-metodológicos, os conteúdos curriculares a serem
apresentados neste projeto foram organizados no sentido de garantir a
indissociabilidade do tripé dos conhecimentos constituídos pelos núcleos de
fundamentação da formação profissional, quais sejam: núcleo de fundamentos
teórico-metodológicos da vida social, que objetiva uma compreensão do ser
social historicamente situado no processo de constituição e desenvolvimento da
sociedade burguesa, que é tratada em suas especificidades quanto à divisão social
do trabalho, à propriedade privada, à divisão de classes e do saber, em suas
relações de dominação e exploração, em suas formas de alienação e resistência;
núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira,
que remete à compreensão das características históricas particulares que presidem
a formação e o desenvolvimento urbano e rural do Brasil, em suas diversidades
regionais e locais, apreendendo os movimentos que permitiram a consolidação de
determinados padrões de desenvolvimento capitalista no País, bem como os
impactos econômicos, sociais e políticos peculiares à sociedade brasileira, tais
como suas desigualdades sociais, diferenciação de classe, de gênero e étnico
raciais, exclusão social, etc.; núcleo de fundamentos do trabalho profissional,
que compreende as particularidades do Serviço Social como especialização do
trabalho coletivo, elencando o conjunto de características históricas e políticas que
perpassam o surgimento da profissão no interior da divisão sociotécnica do
trabalho; os fundamentos históricos, teóricos e metodológicos que constituem os
aspectos
ético-políticos
instrumentalidade
e
técnico-operativos
profissional
compreendida
do
exercício
através
planejamento, da execução, da avaliação, administração
da
e da
profissional;
pesquisa,
a
do
sistematização
52
teórico-prática do Serviço Social, bem como do estágio supervisionado (ABEPSS,
1996).
COMPUTAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES
a) O total da carga horária das atividades complementares varia de curso para
curso, usualmente dividida em vários semestres específicos;
b) O discente deve realizar diferentes atividades dentre as oferecidas no quadro de
atividades, sendo no máximo 3 atividades iguais (ex: 3 leituras, 3 participações em
congresso etc ) por semestre;
c) Não há limite para as atividades desenvolvidas pela FACIG. O discente pode
participar de todos os eventos da Instituição sem limites para contagem de horas;
d) A aceitação ou não da atividade realizada pelo discente ocorre após a análise
dos relatórios / resumos juntamente com os comprovantes das atividades;
e) A forma de comprovação das atividades dos discentes, como relatórios,
certificados, declarações, impressos, ticket etc. encontra-se no quadro de
atividades;
f) Ao término do semestre, no prazo estipulado no calendário acadêmico, o
discente deve entregar seu portfólio de atividades complementares na secretaria da
Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu;
g) Após data definida em calendário, os portfólios das atividades complementares
não serão aceitos;
h) O portfólio completo do discente deve vir encadernado com espiral ou em pasta
canaleta;
i) Não serão aceitas folhas soltas fora do portfólio;
j) Após 30 (trinta) dias, o discente poderá visualizar no ambiente online o
lançamento das respectivas horas e, em caso de alguma divergência, procurar o
coordenador do seu curso.
53
h) Para obter informações sobre o total de horas de atividades complementares a
serem cumpridas no respectivo semestre, o aluno deverá consultar no quadro de
aviso anexo à cantina a grade do seu respectivo curso.
54
QUADRO DAS ATIVIDADES COM AS HORAS CORRESPONDENTES
ATIVIDADE
CH
COMPROVAÇÃO
Visitas Técnicas:
incluindo patrimônios culturais,
patrimônios tombados, cidades
históricas, monumentos, museus,
museus de arte, memoriais, sítios
de reservas naturais, empresas,
entre outros.
10 h
Comprovante de visita e
relatório
Participação em congressos,
seminários e palestras
10 h
Atividades culturais:
filmes, teatros, shows, feiras,
exposições.
05 h
Atividades assistenciais
voluntariado
Cursos de extensão a distância
Atividades esportivas:
torneios, jogos, cursos de dança
etc.
Artigos publicados em jornais
ou revistas; anais; capítulo de
livros, livros.
Participação em cursos
extracurriculares
línguas, extensão, treinamento
Estágio Extracurricular
08 h/dia
completo
Número de horas
especificadas no
certificado
(máximo de 30 h)
Comprovante de
participação (certificado
ou declaração) e resumo
Comprovante (ingresso,
declaração, comprovante
de locação) e sinopse,
resenha ou relatório
Declaração da instituição
e relatório de atividades
Certificado ou declaração
da instituição e relatório
05 h
Comprovante de
participação (inscrição,
declaração) e relatório
20 h
Cópia do artigo, resenha,
texto, capa do livro
Número de horas
especificadas no
certificado
(máximo de 30 h)
Número de horas
especificadas no
certificado
(máximo de 80 h)
Certificado ou declaração
da empresa com carga
horária e relatório
Declaração da empresa
ou termo de compromisso
de estágio e relatório de
atividades
Leitura de matérias publicadas
em jornais, revistas, livros ou
periódicos referentes ao tema
do curso/disciplina.
10 h
Cópia do material (artigo,
resumo do artigo ou
capa) e resenha
Monitoria
30 h
Declaração da instituição
e relatório das atividades
55
FORMA DE DETALHAMENTO PARA CONFECÇÃO DOS RELATÓRIOS DAS
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:
a) Visitas Técnicas: Comprovante de visita expedido pela empresa visitada ou
declaração do organizador do evento. Relatório da visita;
b) Participação em Congressos, seminários e palestras: Comprovante
autenticado de participação nestes eventos (certificados ou declaração do
organizador). Relatório do evento;
c) Atividades culturais (filme, teatro, show, feiras, exposições): Comprovante de
autenticado de participação no evento, ou ingresso, comprovante da
locadora de filme. Em caso de material próprio (vídeos), apresentar xerox
da capa do filme. Sinopse do filme, resumo, resenha ou relatório do evento.
d) Atividades Assistenciais: Apresentação de comprovante de participação e
relatório, assinado pela direção do órgão em questão com os dados da
instituição em papel timbrado ou carimbo da mesma. Relatório das
atividades desenvolvidas;
e) Cursos a Distância (DTCOM, FGV, Sebrae ou outros): Certificado de
participação, inscrição, ou declaração da instituição com dados da mesma.
Relatório do curso;
f) Atividades esportivas (torneios, jogos, cursos de dança, coral etc):
Comprovante de participação, inscrição, declaração da instituição
organizadora. Relatório da atividade desenvolvida;
g) Artigos publicados em jornais ou revistas, anais; capítulo de livros, livros:
Cópia do artigo e resenha;
h) Participação em cursos Extracurriculares (línguas, extensão, treinamento):
Comprovante de matrícula, ou boleto bancário com documento expedido
pela escola comprovando a carga horária mensal do curso ou declaração da
escola. Relatório ou resumo;
i) Estágio Extracurricular: Termo de compromisso do CIEE, da Facig ou da
própria empresa. A carga horária a ser lançada não deve passar de 80
horas no semestre. Relatório com as atividades desenvolvidas na empresa;
j) Leitura de matérias publicadas em jornal, revistas, livros ou periódicos
referentes ao tema do curso/disciplina: Cópia do artigo ou resumo, capa do
livro ou periódico. Resenha ou resumo.
56
Observação Importante:
TODOS OS RELATÓRIOS E RESUMOS DEVEM SER DE AUTORIA DO
DISCENTE.
Todas as atividades deverão ser compatíveis com o semestre de sua entrega.
Não serão aceitos comprovantes que apresentem apenas assinatura, sem carimbo,
sem data ou sem especificação da atividade realizada pelo discente.
Nas atividades esportivas não será aceito declaração dizendo que o discente não
pode realizar atividades físicas.
Não serão aceitas atividades de semestres anteriores.
Trabalhos com relatórios iguais ao de outros discentes ou cópias de internet serão
anulados. Caso o discente utilize filmes ou livros, de acervo próprio, deverá enviar
comprovante. Atividades que forem enviadas e que não estejam na planilha do
curso realizado pelo discente serão anuladas.
1º - CAPA
FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE MANHUAÇU
FACIG
NOME COMPLETO DO ALUNO
MATRÍCULA:
CURSO:
ANO / SEMESTRE
PORTFÓLIO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
57
2º - FOLHA DE ROSTO
NOME DO ALUNO COMPLETO
CÓDIGO DA MATRÍCULA
PORTFÓLIO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Relatório apresentado ao curso de (nome do curso em que está matriculado) na
Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu para a obtenção da carga horária
prevista pelas atividades complementares.
Manhuaçu, ANO / SEMESTRE
58
3º - FICHA DE CONTROLE DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES
NOME COMPLETO:
CURSO:
SEMESTRE:
MATRÍCULA:
nº de ordem
DATA
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
HORAS
1
____/____/____
2
____/____/____
3
____/____/____
4
____/____/____
5
____/____/____
6
____/____/____
7
____/____/____
8
____/____/____
9
____/____/____
10
____/____/____
11
____/____/____
12
____/____/____
13
____/____/____
14
____/____/____
15
____/____/____
16
____/____/____
17
____/____/____
18
____/____/____
19
____/____/____
20
____/____/____
TOTAL DE HORAS:
PARECER: ( ) APROVADO REPROVADO ( )
OBS: O PORTFÓLIO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DEVE SER ENTREGUE NA SECRETARIA NO PRAZO
ESTIPULADO PELO CALENDÁRIO ACADÊMICO.
59
9.1. Estrutura Curricular:
DISCIPLINA
PERÍODO
Filosofia
Pensamento Social Conservador
Introdução ao Serviço Social
Língua Portuguesa Instrumental
Formação Social, Econômica e
Política do Brasil
Atividades Complementares
Total de carga horária:
Pensamento Social e o Método
Weberiano
Economia Política
Fundamentos Históricos,
Teóricos e Metodológicos do
Serviço Social I
Ciência Política
Formação Sócio-histórica,
Cultural e Econômica da
Vertente Ocidental do Caparaó
Atividades Complementares
Total de carga horária:
Psicologia Social
Pensamento Social e a Tradição
Marxista
Fundamentos Históricos,
Teóricos e Metodológicos do
Serviço Social II
Política Social e Serviço Social
Antropologia Social
Projeto Interdisciplinar
Atividades Complementares
Total de carga horária:
Ética e Serviço Social
Política Social Setorial e Serviço
Social I
Fundamentos Históricos,
Teóricos e Metodológicos do
Serviço Social III
Trabalho e Sociabilidade
Acumulação Capitalista e
Serviço Social
Projeto Interdisciplinar
Atividades Complementares
Total de carga horária:
Serviço Social e Processos de
Trabalho
Política Social Setorial e Serviço
Social II
Fundamentos Históricos, Teórico
1o Período
1o Período
1o Período
1o Período
1o Período
Não tem.
Não tem.
Não tem.
Não tem.
Não tem.
1o Período
Não tem.
2o Período
Não tem.
80
400
60
2o Período
2o Período
Não tem.
Não tem.
60
80
2o Período
2o Período
Não tem.
Não tem.
60
60
2o Período
Não tem.
3o Período
3o Período
Não tem.
Não tem.
80
400
60
60
3o Período
3o Período
3o Período
3o Período
3o Período
Fundamentos Históricos,
Teóricos e Metodológicos do
Serviço Social I
Não tem.
Não tem.
Não tem.
Não tem.
4o Período
4o Período
Não tem.
Não tem.
4o Período
4o Período
4o Período
Fundamentos Históricos,
Teóricos e Metodológicos do
Serviço Social II
Não tem.
Não tem.
4o Período
4o Período
Não tem.
Não tem.
5o Período
Não tem.
5o Período
Política Social Setorial e
Serviço Social I
Fundamentos Históricos,
5o Período
PRÉ-REQUISITO
CARGA
HORÁRIA
60
60
80
60
60
80
60
60
120
80
520
60
60
80
60
60
120
80
520
60
60
80
60
e Metodológicos do Serviço
Social IV
Direito e Legislação Social
Orientação ao Estágio
Supervisionado I
Projeto Interdisciplinar
Estágio Supervisionado I
Total de carga horária:
Classes e Movimentos Sociais
Metodologia de Pesquisa
Política Agrária e Serviço Social
Instrumentalidade em Serviço
Social
Orientação ao Estágio
Supervisionado II
Projeto Interdisciplinar
Estágio Supervisionado II
Total de carga horária:
Introdução a Informática
Administração e Planejamento
em Serviço Social
Fundamentos da Pesquisa
Científica
Orientação ao Estágio
Supervisionado III
Trabalho de Conclusão de Curso
I
Estágio Supervisionado III
Total de carga horária:
Serviço Social e Pensamento
Contemporâneo
Estatística
Serviço Social e Família
Trabalho de Conclusão de Curso
II
Total de carga horária:
Libras*
Relações Étnicas e Raciais:
diálogos com a cultura afrobrasileira e indígena*
Práticas em Gestão e Educação
Ambiental*
5o Período
5o Período
Teóricos e Metodológicos do
Serviço Social III
Não tem.
Não tem.
5o Período
5o Período
Não tem.
Não tem.
6o Período
6o Período
6o Período
6o Período
Não tem.
Não tem.
Não tem.
Não tem.
6o Período
6o Período
6o Período
Orientação ao Estágio
Supervisionado I
Não tem.
Estágio Supervisionado I
7o Período
7º Período
Não tem.
Não tem.
120
150
570
60
60
7º Período
Não tem.
60
7o Período
60
7o Período
Orientação ao Estágio
Supervisionado II
Não tem.
7o Período
Estágio Supervisionado II
8º Período
Não tem.
8º Período
8º Período
8º Período
Não tem.
Não tem.
Trabalho de Conclusão de
Curso I
8º Período
8º Período
Não tem.
Não tem.
360
80
40
8º Período
Não tem.
40
60
60
120
150
590
60
60
60
60
60
120
150
510
80
80
80
120
* Disciplinas Optativas.
9.2 Ementário e Bibliografia das Unidades Curriculares:
01. Primeiro Período
Filosofia
Carga horária: 60 horas aula
61
Objetivos:
Apresentar a Filosofia a partir das reflexões acerca de questões que contextualizam
a modernidade.
Ementa:
Conceitos e estrutura da Filosofia. O conhecimento e suas formas de manifestação.
Principais correntes filosóficas modernas e contemporâneas. Os fundamentos
ontológicos do ser social. A dimensão da sociabilidade, trabalho e alienação. As
formas de consciência: política, ciência, religião, moral e arte. As atuais reflexões
éticas sobre a ciência e suas repercussões no mundo do trabalho. Relevância da
Filosofia para o Serviço Social. Tradições filosóficas que incidiram no Serviço
Social: Positivismo, Neotomismo, Fenomenologia e Marxismo.
Bibliografia Básica:
ANDERY, Maria Amália et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva
histórica. 6 ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1996.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda;
MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de
filosofia. 2 ed. São Paulo: Editora Moderna, 2002.
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 4 ed. São Paulo: Ática, 2005.
Bibliografia Complementar:
BORON, Atilio. Filosofia Política Marxista. São Paulo: Cortez; Buenos Aires:
CLACSO, 2003.
CHAUI, Marilena. Introdução à história da filosofia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002.
KORSCH, Karl. Marxismo e filosofia. Rio de Janeiro: Editora: UFRJ, 2008.
REALE, Giovanni. História da Filosofia: Antiguidades e Idade Média. São Paulo.
2007
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1997.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Pensamento Social Conservador
Carga horária: 60 horas aula
62
Objetivos:
Conhecer e refletir sobre as contribuições do pensamento de Durkheim para o
campo do Serviço Social; interpretar e dialogar com os textos clássicos do
pensamento social; relacionar o momento histórico com as correntes de
pensamento acerca da sociedade; conhecer a especificidade da sociologia como
ciência; relacionar o conteúdo da disciplina às questões próprias do Serviço Social.
Ementa:
A sociedade burguesa e sua consolidação. A constituição do ser social e suas
relações sociais a partir do pensamento conservador. As elaborações de Durkheim:
aspectos metodológicos e concepção de sociedade, do ser social e do trabalho.
Bibliografia Básica:
ARON, Raymond. Etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins
Fontes, 2002.
DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes,
1995.
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia
Gardênia Monteiro de. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. 2 ed.
Belo Horizonte: UFMG, 1999.
Bibliografia Complementar:
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Martim Claret,
2003.
DURKHEIM, Emile. O suicídio. São Paulo: Martin Claret, 2007. Coleção A Obra
Prima de Cada Autor.
DURKHEIM, Émile. Sociologia e Filosofia. São Paulo: Martim Claret, 2009.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia? Coleção Primeiros Passos, vol.
57, 38. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica. Petrópolis: Vozes, 2009.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Introdução ao Serviço Social
63
Carga horária: 80 horas aula
Objetivos:
Facilitar a compreensão do significado sócio-histórico da profissão e sua direção
social hegemônica, consubstanciada na cultura profissional; Possibilitar o
entendimento da questão social como fundamento do trabalho do Assistente Social;
O Serviço Social na divisão sociotécnica do trabalho; Aproximação com as
demandas atuais, perfil profissional e espaços sociocupacionais do Serviço Social,
inclusive, na região de Manhuaçu; Levar ao conhecimento dos alunos, as
legislações que normatizam, disciplinam e fiscalizam o exercício profissional na
atualidade.
Ementa:
O processo sócio-histórico que demandou o surgimento do Serviço Social como
especialização do trabalho coletivo. A constituição e o desenvolvimento da
profissão na divisão sociotécnica do trabalho, sua relação com a questão social e o
Estado capitalista. A inserção e especificidade do Serviço Social como
especialização do trabalho coletivo. Considerações sobre o projeto de formação
profissional na atualidade. Apontamentos sobre o mercado e as condições de
trabalho profissional. Principais expressões da questão social na realidade de
Manhuaçu/MG. A proposta curricular do curso de Serviço Social na FACIG.
Bibliografia Básica:
IAMAMOTO, Marilda Vilella; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço
Social no Brasil. Esboço de uma interpretação teórico-metodológica. São Paulo:
Cortez, Lima, Peru, CELATS, 1982.
MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez,
2007.
NETTO, José Paulo. Capitalismo monopolista e Serviço Social. 3.ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
Bibliografia Complementar:
CASTRO, Manuel Marinque de. História do Serviço Social na América Latina.
São Paulo: Cortez, 1989.
64
IAMAMOTO, Marilda Vilella. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e
formação profissional. São Paulo: Cortez, 2005.
IAMAMOTO, Marilda Vilella. Renovação e conservadorismo no Serviço Social.
São Paulo: Cortez, 3. ed. 1995.
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 12 ed. São
Paulo: Cortez, 2008.
NETTO, José Paulo. Questão social e direitos. In: CONSELHO FEDERAL DE
SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM
SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Língua Portuguesa Instrumental
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Contribuir para o desenvolvimento da habilidade de comunicação crítica e criativa
do aluno, para a ampliação de sua competência comunicativa através do
reconhecimento das modalidades oral e escrita da língua, suas características, as
diversas situações de uso, suas variações e compreensão das concepções de
linguagem, língua, fala e distinções entre si.
Ementa:
Semiótica geral. As funções da linguagem na expressão e na comunicação.
Linguagem e comunicação: problemas gerais. Gramática. Prática de leitura e
produção de textos, a partir dos processos de estruturação dos vários tipos de
textos que veiculam na sociedade, ressaltando os fatores de coesão e coerência,
numa perspectiva da lingüística textual.
Bibliografia Básica:
CAMARA JUNIOR, Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. 22 ed.
Petrópolis: Vozes, 2003.
CAMARA JUNIOR, Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. 33 ed.
Petrópolis: Vozes, 2001.
65
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e
redação. 16 ed. São Paulo: Ática, 2000.
Bibliografia Complementar:
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. 4ª ed. São Paulo:
Ática, 2007.
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. 9ª ed. São Paulo: Ática,
2001.
KOCH, Ingedore Grunfield Villaça. A Inter-relação pela linguagem. 10ª ed. São
Paulo: Contexto, 2008.
KÖCHE, Vanilda Salton; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cinara Ferreira.
Prática textual. 6ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e
escrita. 12 ed. Martins Fontes: São Paulo, 2003. 327 p.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Formação social, econômica e política do Brasil
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Possibilitar estudo sócio-histórico e econômico do Brasil desde o período colonial
ao neoliberalismo, pontuando o conjunto de processos sócio-históricos que marcam
os diferentes contextos em análise.
Ementa:
A formação econômica, social e política brasileira. A herança colonial.
Patrimonialismo.
Instauração
e
colapso
do
Estado
Novo.
Urbanização.
Industrialização e surgimento de novos sujeitos políticos. Nacionalismo e
desenvolvimentismo. O período pós 64 e seus desdobramentos. Transição
democrática e o Neoliberalismo. A inserção dependente no sistema capitalista
mundial. Os projetos societários em disputa e a constituição dos sujeitos sociais.
Bibliografia Básica:
66
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 9ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de
São Paulo, 2001.
HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo, Companhia
das Letras: 2005.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo,
Brasiliense: 2000.
Bibliografia Complementar:
ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e Oposição no Brasil - 1964/1984.
Petrópolis, Vozes, 2005.
CASANOVA, Pablo Gonzalez. O Colonialismo Global e a Democracia. São
Paulo: Civilização Brasileira, 1995.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Editora LTC.
Coleção Biblioteca de Ciências Sociais, 2002.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Edusp: 1998.
FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Globo,
1987.
FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília Almeida Neves (orgs.).
republicano: O
tempo
do
liberalismo
O Brasil
Excludente. vol.1. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003.
FIORI, José Luís. Os moedeiros falsos. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
02. SEGUNDO PERÍODO
Pensamento Social e o Método Weberiano
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Abordar aspectos teórico-metodológicos da teoria sociológica de Weber nos
diversos campos da atividade e suas respectivas categorias de análise.
Ementa:
67
Principais elementos teórico-metodológicos apropriados pelo Serviço Social em
Weber e sua relação com a sociedade capitalista: O método e sua visão de
sociedade e do trabalho. A Ética protestante.
Bibliografia Básica:
ARON, Raymond. Etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins
Fontes, 2002.
COHN, Gabriel. (Org.) Weber. 7 ed. São Paulo: Ática, 1999. (Coleção Grandes
Cientistas Sociais).
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo:
Companhia das Letras, 2004.
Bibliografia Complementar:
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia
Gardênia Monteiro de. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. 2 ed.
Belo Horizonte: UFMG, 1999.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia? Coleção Primeiros Passos, vol.
57, 38. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica. Petrópolis: Vozes, 2009.
WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Ed.
daUnB, 1999 (vol. 2).
WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Economia Política
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Possibilitar entendimentos da constituição da economia política como campo
científico analisando as mudanças contemporâneas no padrão de acumulação e
suas expressões na economia brasileira e internacional.
Ementa:
68
A constituição da Economia Política como campo científico. As principais categorias
da economia política nas grandes vertentes do pensamento moderno: liberalismo,
neoliberalismo, keynesianismo e marxismo. Os principais projetos societários
contemporâneos e as relações sociais de produção e reprodução. As mudanças
nos padrões de produção e regulação social do pós-guerra aos dias atuais: as
principais implicações para as políticas sociais no Brasil. Análises de economia
política da globalização. A crise da economia política e a emergência do socialismo.
As mudanças de paradigma no século XX e as lutas pelo progresso social em
nossa época.
Bibliografia Básica:
BOTTOMORE, Tom (Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2001.
MARX, Karl. O Capital: crítica da Economia Política. Livro 1. v.1. Rio de
Janeiro:Edipro, 2003.
NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica,
Biblioteca Básica de Serviço Social, v. 1. São Paulo: Cortez, 2006.
Bibliografia Complementar:
ANDERSON, Perry. O Balanço do neoliberalismo. In: GENTILI, Pablo (org.) Pósneoliberalismo. São Paulo, Unesp: 1996.
ANTUNES, Ricardo. Os Sentidos do Trabalho: ensaio sobre a afirmação e
negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2000.
FURTADO, Milton Braga. Síntese da Economia Brasileira. São Paulo: LTC, 2000.
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. 15. ed. São Paulo: Edições Loyola,
2006.
LUKÁCS, György. Socialismo e democratização: escritos políticos 1956-1971.
Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008.
SINGER, Paul. O Que é Economia. São Paulo: Contexto, 2003.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I
Carga horária: 80 horas aula
69
Objetivos:
Proporcionar aos discentes o conhecimento dos princípios filosóficos do positivismo
e do funcionalismo e sua contribuição para a teoria e a prática do Serviço Social: o
serviço social de caso e grupo, dentro de um marco histórico da profissão com uma
visão crítica, analisando as respostas do Estado e da sociedade civil no
enfrentamento da questão social no período de 1930 a 1945.
Ementa:
A emergência do Serviço Social enquanto estratégia conservadora para responder
ao acirramento da questão social de 1930 até 1945, e sua relação com o capital
monopolista. As principais redes institucionais de prestação dos serviços sociais e
o processo de profissionalização e expansão do Serviço Social. A formação das
primeiras escolas de serviço social na América Latina e sua expansão pelo
continente. As principais elaborações teórico-metodológicas do Serviço Social
como respostas profissionais de compreensão e intervenção junto à questão social.
O serviço social de caso e grupo.
Bibliografia Básica:
IAMAMOTO, Marilda Villela; CARVALHO, Raul de. Relações sociais e Serviço
Social: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 16 ed. São Paulo:
Cortez, 2004.
MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez,
2007.
NETTO, José Paulo. Questão social e direitos. In: CONSELHO FEDERAL DE
SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM
SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Bibliografia complementar:
AGUIAR, Antonio Geraldo. Serviço Social e filosofia: das origens a Araxá. São
Paulo: Cortez, 1989.
CASTRO, Manuel MArinque de. História do Serviço Social na América Latina. 6.
ed. São Paulo: Cortez, 2003.
70
_____________________. Renovação e conservadorismo no Serviço Social.
São Paulo: Cortez, 3. ed. 1995.
IAMAMOTO, Marilda Vilella. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e
formação profissional. São Paulo: Cortez, 2005.
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. São Paulo:
Cortez, 2003.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Ciência Política
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Identificar a relevância da Ciência Política para o Serviço Social; apresentar
elementos reflexivos para a compreensão crítica das relações entre Estado e
Sociedade Civil no capitalismo contemporâneo.
Ementa:
A Constituição da Ciência Política como campo científico. Formação do Estado
Moderno e da Sociedade Civil. As principais contribuições teóricas no campo da
ciência política. O pensamento político de Hobbes, Rosseau, Locke e Marx. As
teorias do Estado: Liberal, marxista e neoliberal. O debate contemporâneo e as
questões da democracia, cidadania, soberania, autocracia e socialismo. A relação
entre público e privado no contexto brasileiro. Projeto neoliberal e processo de
globalização.
Bibliografia básica:
BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. 6 ed. São Paulo, Brasiliense:
2005.
COUTINHO, Carlos Nelson. Marxismo e Política. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1996.
WEFFORT, Francisco (org.). Os Clássicos da Política. 14. ed. São Paulo, Àtica:
2007. (vol. 1 e 2)
Bibliografia Complementar:
71
ANDERSON, Perry. O Balanço do neoliberalismo. In: GENTILI, Pablo (org.) Pósneoliberalismo. São Paulo, Unesp: 1996.
BONAVIDES, Paulo. Ciência política. 10ª ed. Rio de Janeiro: Malheiros, 2002.
BORON, Atilio. Filosofia Política Marxista. São Paulo: Cortez; Buenos Aires:
CLACSO, 2003.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo:
Saraiva, 2007.
LUKÁCS, György. Socialismo e democratização: escritos políticos 1956-1971.
Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008.
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. 2 ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Formação Sócio-histórica, Cultural e Econômica da Vertente Ocidental do
Caparaó
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Capacitar o aluno para uma leitura crítica dos desdobramentos das transformações
ocorridas no capitalismo brasileiro sobre a particularidade do contexto regional da
Vertente Ocidental do Caparaó, em Minas Gerais; proporcionar ao aluno a
capacidade de identificar, interpretar, analisar, sintetizar e julgar dados e fatos
situados no interior deste movimento histórico, no que se refere aos aspectos
econômicos, políticos, sociais e culturais da vida social.
Ementa:
O processo de constituição socioeconômico de Minas Gerais. As particularidades
do desenvolvimento mineiro frente à constituição do capitalismo no século XX. O
Leste de Minas e sua importância frente ao projeto desenvolvimentista brasileiro. A
constituição da Região da Vertente Ocidental do Caparaó e da cidade de
Manhuaçu. O seu povoamento e especificidades históricas e culturais.
Bibliografia Básica:
72
CAMPOS, Helena Guimarães; FARIA, Ricardo Moura. História de Minas Gerais.
Belo Horizonte: Lê, 2005.
COSTA, José Caldas da. Caparaó: a primeira guerrilha contra a ditadura. São
Paulo: Boitempo, 2007.
SANTOS, F. M. dos. A república do silêncio. Caratinga: FUNEC, 2009.
Documentos históricos produzidos sobre a cidade de Manhuaçu.
Bibliografia Complementar:
CASANOVA, Pablo Gonzalez. O Colonialismo Global e a Democracia. São
Paulo: Civilização Brasileira, 1995.
DULCI, Otávio Soares. Política e Recuperação Econômica em Minas Gerais.
Belo Horizonte. Ed. UFMG, 1999.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Edusp: 1998.
FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Globo,
1987.
HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo, Companhia
das Letras: 2005.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
03. TERCEIRO PERÍODO
Psicologia Social
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Possibilitar ao aluno compreender a relatividade dos conceitos de saúde e doença
mental, compreender e justificar a unidade sômato-psíquica que caracteriza a
saúde e as psicopatologias.
Ementa:
Categorias fundamentais da psicologia social: indivíduo, cultura e personalidade,
identidade, consciência e alienação. As principais correntes teóricas que
influenciaram o Serviço Social: Behaviorismo, Gestalt, Psicanálise, Psicodrama,
Análise Institucional e a teoria de Rogers. A contribuição da psicologia para o
73
debate sobre a subjetividade: da psicanálise à psicologia social, a diversidade de
abordagens. A psicologia e sua diversidade: breve contextualização. Aspectos
psicológicos e sociais da 1ª infância, adolescência, idade adulta e velhice. Os
debates contemporâneos sobre o indivíduo, a sociedade, a subjetividade e as
instituições. Relação entre profissional e usuário dos serviços sociais.
Bibliografia Básica:
BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologia e o compromisso social. São Paulo:
Cortez, 2003.
LANE, Silvia Tatiana Maurer; Wanderley Codo. Psicologia Social: o homem em
movimento. São Paulo: Brasiliense, 1996.
SENA E SILVA, Maria de Fátima de; AQUINO, Cássio Adriano Braz de. Psicologia
Social: Desdobramentos e Aplicações. São Paulo: Escrituras, 2004.
Bibliografia complementar:
FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo:
Harbra, 2002.
GONÇALVES, Maria da Graça Marchina. Psicologia, Subjetividade e Políticas
Públicas (Construindo o compromisso social da Psicologia). São Paulo: Cortez,
2010.
GONZÁLEZ REY, Fernando Luis. O social na psicologia e a psicologia social.
Petrópolis: Vozes, 2004.
KATZ, Daniel. Psicologia social das organizações. São Paulo: Atlas, 1974.
MARTINEZ, Albertina Mitjans. Psicologia Escolar e Compromisso Social. São
Paulo: Alínea, 2005.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Pensamento Social e a Tradição Marxista
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Contribuir para a apreensão da crítica marxista à sociedade burguesa; conhecer as
influências teóricas da formação teórica e política de Marx; discutir o processo de
construção do conhecimento na obra de Marx; lidar com conceitos, teorias e temas
74
da obra de Karl Marx conjugando de forma crítica teoria e realidade política;
desenvolver a capacidade analítica e crítica diante da realidade social e política
vigente; compreender como Gramsci concebe as categorias ideologia, Estado,
sociedade civil, democracia, hegemonia, cultura e o papel dos intelectuais na luta
de classes, além de como o autor contribui para o debate contemporâneo das
Ciências Sociais; debater as categorias ser social, trabalho, ontologia e teleologia,
em Lukács.
Ementa:
A emergência da sociedade burguesa e a constituição do ser social. O método, a
visão de sociedade e do trabalho em Karl Marx e a tradição marxista no século XX.
As contribuições de Gramsci para os estudos do ser social na sociedade
contemporânea. A sociabilidade pelo trabalho. Consciência e classe social. A
questão cultural.
Bibliografia Básica:
COUTINHO, Carlos Nelson. Marxismo e política, São Paulo, Cortez, 1994.
MARX, Karl. O capital. 3. ed. Bauru: EDIPRO, 2008.
GRANEMANN, Sara. O processo de produção e reprodução social: trabalho e
sociabilidade. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social:
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Bibliografia Complementar:
BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2001.
LUKÁCS, György. O jovem Marx e outros escritos de filosofia. Rio de Janeiro:
UFRJ, 2007.
LUKÁCS, György. História e consciência de classe: estudo sobre a dialética
marxista. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia
Gardênia Monteiro de. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. 2 ed.
Belo Horizonte: UFMG, 1999.
SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica. Petrópolis: Vozes, 2009.
75
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II
Carga horária: 80 horas aula
Objetivos:
Analisar as particularidades das respostas profissionais do Serviço Social latinoamericano e brasileiro, em especial a partir da análise de suas produções do
período de reconceituação; contribuir para a formação de uma consciência
profissional capaz de compreender o significado histórico da profissão, a partir de
sua historicidade; compreender as transformações sociais, econômicas, políticas e
culturais ocorridas na sociedade capitalista a partir do 2º pós-guerra; compreender
como tal processo funciona e modifica as instituições concretas de formação e
prática do Serviço Social.
Ementa:
O Serviço Social no processo de maturação e consolidação do capitalismo
monopolista no contexto desenvolvimentista, a partir do II pós-guerra. As principais
elaborações teórico-metodológicas do Serviço Social, neste período como
respostas profissionais de compreensão e intervenção junto à questão social: o
serviço social de comunidade. As estratégias das classes sociais no enfrentamento
da desigualdade e da exclusão social.
Bibliografia Básica:
IAMAMOTO, Marilda Vilella; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço
Social no Brasil. Esboço de uma interpretação teórico-metodológica. 16. ed. São
Paulo: Cortez, 2004.
MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez,
2007.
NETTO, José Paulo. Capitalismo monopolista e Serviço Social. 3.ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
Bibliografia Complementar:
76
AGUIAR, Antonio Geraldo. Serviço Social e filosofia: das origens a Araxá. São
Paulo: Cortez, 1989.
CASTRO, Manuel Manrique de. História do Serviço Social na América Latina. 6
ed. São Paulo: Cortez-CELATS, 2003.
IAMAMOTO, Marilda Villela. Renovação e conservadorismo no Serviço Social.
São Paulo: Cortez, 3. ed. 1995.
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 11. ed. São
Paulo: Cortez, 2007.
YAZBEK, Maria Carmelita. O significado sócio-histórico da profissão. In:
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Política Social e Serviço Social
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Introduzir conceito de Estado e de política social, de modo que o aluno possa
refletir acerca das formulações das políticas sociais e sua evolução no sistema
econômico, político e social na contemporaneidade.
Ementa:
As políticas sociais como estratégias de enfrentamento da questão social. O papel
dos sujeitos políticos na formulação das políticas sociais públicas e privadas. A
gestão dos fundos públicos: o papel do Estado e a relação entre o público e o
privado na trajetória das políticas sociais brasileiras. Seguridade social - formato
jurídico, institucional e financeiro. Atores sociais e as políticas sociais. Controle
social – protagonismo da sociedade civil e o papel do Estado. Emergência de
novos padrões de atenção e proteção social na América Latina e no Brasil. As
atuais tendências de avaliação de políticas sociais. O processo de descentralização
via municipalização e o fenômeno da focalização. As funções e dinâmicas dos
Conselhos em suas diferentes instâncias. As mudanças na esfera da produção e
da regulação social e suas implicações para a política social.
77
Bibliografia Básica:
BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: Fundamentos e
História. Biblioteca Básica. v. 2. São Paulo: Cortez, 2008.
BOSCHETTI, Ivanete. A política de seguridade social no Brasil. In: CONSELHO
FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E
PESQUISA
EM
SERVIÇO
SOCIAL.
Serviço
Social:
direitos
sociais
e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
MOTA, Ana Elizabete (org.) O mito da assistência social: ensaios sobre estado,
política e sociedade. São Paulo: Cortez, 2008.
Bibliografia complementar:
BEHRING, Elaine Rossetti. Política social no contexto de crise capitalista. In:
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
FIORI, José Luís. Os moedeiros falsos. São Paulo, Vozes, 1997.
MENEZES, Maria Thereza C. G. Em busca da teoria: políticas de assistência
pública. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
MONTAÑO, Carlos. Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente
de intervenção social. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
PEREIRA, Potyara Amazoneida Pereira. Estado, sociedade e esfera pública. In:
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
RAICHELIS, Raquel. Esfera pública e conselhos de assistência social:
caminhos da construção democrática. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVA, Maria Ozanira da Silva e; YAZBEK, Maria Carmelita; GIOVANNI, Geraldo
di. A política social brasileira no século XXI: a prevalência dos programas de
transferência de renda. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SPOSATI, Aldaíza de Oliveira (Org.) Proteção social de cidadania: inclusão de
idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 2008.
VIEIRA, Evaldo. Os direitos e a política social. São Paulo: Cortez, 2004.
78
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Antropologia Social
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Fomentar no aluno a identificação da Antropologia como o estudo do homem em
todas as suas dimensões e em todas as sociedades; buscar a percepção da
humanidade sob uma noção plural, em detrimento de uma visão etnocêntrica do
mundo; instigar o aluno a transformar o “natural”, o “dado”, o “evidente”, o “familiar”
em sua cultura, em “exótico”, por meio do conceito de “relativismo cultural” e do
“estranhamento antropológico”.
Ementa:
A constituição da Antropologia como campo científico e a emergência de algumas
de suas principais variantes: a antropologia urbana e antropologia cultural. A
relação dialética entre o material e o simbólico na construção das identidades
sociais e da subjetividade. Imaginário, representações sociais e expressões
culturais dos diferentes segmentos sociais com ênfase na realidade brasileira e
suas particularidades regionais.
Bibliografia Básica:
DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco 2000.
GEERTZ, Cliford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Presença, 2003.
Bibliografia Complementar:
DAMATTA, Roberto. Relativizando: introdução à antropologia social. São Paulo:
Rocco, 2000.
VELHO, Gilberto. Desvio e divergência: uma crítica da patologia social. São
Paulo: Jorge Zahar, 1999.
HOEBEL, Edward Adamson; FROST Everett. Antropologia Cultural e Social. São
Paulo: Cultrix, 2001.
79
MARCONI, Mariana de Andrade. Antropologia: uma introdução. São Paulo: Atlas,
2005.
MELO, Luiz Gonzaga. Introdução à Antropologia. In: Antropologia Cultural. São
Paulo: Vozes, 2000.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Projeto Interdisciplinar
Carga horária: 120 horas aula
Objetivos:
Oportunizar condições para a iniciação da pesquisa científica, contribuindo para a
construção do conhecimento e buscando instrumentalizar os alunos para cursar
uma pós-graduação; garantir o entendimento da relação complementar que se
estabelece entre os núcleos de fundamentação, para que não sejam apreendidos
de forma autônoma ou subseqüente, mas expressando níveis diferenciados de
apreensão da realidade social e profissional, que irão subsidiar a intervenção do
Serviço Social; viabilizar a compreensão da totalidade do processo de formação
profissional e como se dá articulação dos núcleos de fundamentação no período
em curso; buscar o entendimento da formação profissional a partir de uma
concepção de ensino e aprendizagem calcados na dinâmica dos processos sociais
em que se efetivará a intervenção do assistente social; possibilitar a pesquisa e a
produção do conhecimento a partir dos seguintes eixos temáticos: Fundamentos
históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social; Questão Social; Trabalho e
Serviço Social; Pesquisa e Serviço Social; O tratamento dispensado à prática
profissional.
Ementa:
A articulação dos núcleos de fundamentação constitutivos do processo de
formação profissional: núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social;
núcleo de fundamentos da particularidade sócio-histórica da sociedade brasileira;
núcleo de fundamentos do trabalho profissional. As mediações teórico-práticas que
perpassam toda a formação profissional, sob a articulação entre ensino, pesquisa e
extensão. O conjunto de conhecimentos indissociáveis para a apreensão da
80
gênese, das manifestações e do enfrentamento da questão social, eixo fundante da
profissão e articulador dos conteúdos da formação profissional.
Bibliografia Básica:
A ser definida pelos alunos e professores orientadores de acordo com o objeto de
pesquisa definido por cada grupo.
04. QUARTO PERÍODO
Ética e Serviço Social
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Discutir o entendimento sobre os códigos de ética dos assistentes sociais
brasileiros: fundamentos, conteúdos e significado político nas questões que
envolvam o cotidiano profissional.
Ementa:
O processo de construção de um ethos profissional. O significado dos valores e
suas implicações ético-políticas no trabalho social. O espaço da ética na relação
indivíduo e sociedade. O debate contemporâneo do Serviço Social e a ética
profissional. A ética no Capitalismo. Natureza da ética profissional. Os projetos
societários e os projetos de categorias profissionais. Os códigos de ética dos
assistentes sociais brasileiros - fundamentos, conteúdos e significado político. O
projeto ético da profissão e sua implicância na ontologia da profissão. As questões
éticas atuais e o cotidiano profissional.
Bibliografia Básica:
BARROCO, Maria Lúcia Silva. Fundamentos éticos do Serviço Social. In:
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
BONETTI, Dilséa Adeodata et al. Serviço Social e ética: convite a uma nova
práxis. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 4 ed. São Paulo: Ática, 2005.
81
Bibliografia Complementar:
BARROCO, Maria Lúcia. Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. 4. ed.
São Paulo: Cortez, 2001.
Conselho Federal de Serviço Social. Legislação e Resoluções sobre o trabalho
do/a assistente social. Conselho Federal de Serviço Social - Gestão Atitude
Crítica
para
Avançar
na
Luta.
Brasília:
CFESS,
2011.
Disponível
em
http://www.cfess.org.br/noticias_res.php?id=610.
SIMÕES. Carlos. Curso de direito do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007.
TEIXEIRA, Joaquina Barata; BRAZ, Marcelo. O projeto ético-político do Serviço
Social. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social:
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1997.
VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. 9. Ed. Vol. 177. São Paulo: Brasiliense, 2002.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Política Social Setorial e Serviço Social I
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Analisar e problematizar a constituição da Seguridade Social no Brasil,
possibilitando a compreensão e a análise crítica do processo de descentralização
político-administrativo nas esferas de poder federal, estadual e municipal; promover
uma aproximação com os espaços sociocupacionais na Região da Vertente
Ocidental do Caparaó, visando identificar a demanda do mercado.
Ementa:
O Estado brasileiro e a assistência social. A compreensão da assistência e o
paradigma do direito. A política de assistência social: modelos, financiamento,
operacionalização, gestão e controle social. As estratégias de proteção social ao
trabalho informal. A prática profissional do assistente social na estruturação e
implementação da política de assistência social. A particularidade de segmentos
especiais. A (re) construção objetos de intervenção nas abordagens familiares,
82
grupais, individuais e coletivas. Instrumentos para estudo e trabalho com famílias e
segmentos sociais vulneráveis: entrevista, observação, visitas domiciliares, estudo
e parecer social, encaminhamento, documentação. Processos interventivos com
famílias e segmentos sociais vulneráveis. Interrelações socioinstitucionais.
Bibliografia Básica:
BEHRING, Elaine Rossetti. Expressões políticas da crise e as novas configurações
do Estado e da sociedade civil. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL;
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL.
Serviço
Social:
direitos
sociais
e
competências
profissionais.
Brasília:
CFESS/ABEPSS, 2009.
MOTA, Ana Elizabete (org.) O mito da assistência social: ensaios sobre Estado,
política e Sociedade. São Paulo: Cortez, 2008.
MIOTO, Regina Célia. Orientação e acompanhamento social a indivíduos, grupos e
famílias. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e
Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências
profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Bibliografia Complementar:
BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: Fundamentos e
História. Biblioteca Básica. V. 2. São Paulo: Cortez, 2008.
IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São
Paulo: Cortez, 2007.
MENEZES, Maria Thereza Cândido Gomes de. Em busca da teoria: políticas de
assistência pública. 2.ed. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: UERJ, 1998.
RAICHELIS, Raquel. Esfera pública e conselhos de assistência social:
caminhos da construção democrática. São Paulo, Cortez, 1998.
SILVA E SILVA, Maria Ozanira da, Maria Carmelita Yazbek Geraldo Di Giovanni. A
Política Social Brasileira no Século XXI, São Paulo: Cortez, 2004.
SIMÕES. Carlos. Curso de direito do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007.
SPOSATI, Aldaíza de Oliveira (Org.) Proteção social de cidadania: inclusão de
idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 2008.
83
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III
Carga horária: 80 horas aula
Objetivos:
Analisar a trajetória teórica, metodológica e as refrações das questões sociais no
período de ditadura com a emergência do movimento de reconceituação do Serviço
Social.
Ementa:
O processo de reconceptualização do Serviço Social na América Latina e as
particularidades da renovação do Serviço Social no Brasil: a autocracia burguesa e
as transformações sociopolíticas na realidade brasileira. As direções do processo
de renovação do Serviço Social brasileiro sob a autocracia burguesa: a
modernização conservadora, a reatualização do conservadorismo e intenção de
ruptura. As perspectivas de Renovação Conservadora, a Fenomenologia, a Teoria
Sistêmica, a Intenção de Ruptura e a interlocução com a tradição marxista no
Serviço Social e seus diferentes aportes conceituais como modalidades
historicamente determinadas de compreensão e intervenção na realidade social.
Bibliografia Básica:
IAMAMOTO, Marilda Vilella; CARVALHO, Raul de. Relações sociais e Serviço
Social no Brasil: Esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 16 ed. São
Paulo: Cortez, 2004.
MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez,
2007.
YAZBEK, Maria Carmelita. Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do
Serviço Social. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social:
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Bibliografia Complementar:
CASTRO, Manuel Marinque de. História do Serviço Social na América Latina. 6
ed. São Paulo: Cortez, 2003.
84
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 11. ed. São
Paulo: Cortez, 2007.
MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez,
2007.
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no
Brasil. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
______________. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 3 ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
YAZBEK, Maria Carmelita. O significado sócio-histórico da profissão. In:
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Trabalho e Sociabilidade
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Identificar os principais conceitos e as diferentes interpretações presentes na
literatura trabalhada; aprofundar a discussão sobre a temática da categoria
trabalho, considerando suas particularidades no desenvolvimento histórico da
sociedade, compreendendo também as especificidades do trabalho dos assistentes
sociais, no cerne das relações de produção e reprodução da sociedade capitalista;
possibilitar a compreensão das particularidades da organização e do fazer
profissional dos assistentes sociais, como uma modalidade do trabalho coletivo no
âmbito das políticas sociais.
Ementa:
A centralidade do trabalho na obra de Marx e para a compreensão da formas de
sociabilidade contemporâneas. A categoria processo de trabalho em Marx.
Elementos constitutivos. O processo de trabalho na sociedade capitalista como
processo de produção da mais-valia. A noção de serviço em Marx, Braverman, Offe
e Mandel. O processo de trabalho no setor de serviços. As transformações no
85
mundo do trabalho e o setor de serviços. O setor de serviços no Brasil. As políticas
sociais como serviço.
Bibliografia Básica:
IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São
Paulo: Cortez, 2007.
KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed.
São Paulo Cortez, 2009.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro 1, Capítulo V, XI e XII
Seção III, Volume I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Bibliografia Complementar:
ANTUNES, Ricardo L. C. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a
negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2007.
BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. A degradação do trabalho
no século XX. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1974.
GRANEMANN, Sara. O processo de produção e reprodução social: trabalho e
sociabilidade. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social:
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
IAMAMOTO, Marilda Villela. Trabalho e Indivíduo Social: um estudo sobre a
condição operária na agroindústria canavieira paulista. São Paulo: Cortez, 2006.
OFFE, Claus. Trabalho e sociedade. Problemas estruturais e perspectivas para o
futuro da sociedade do trabalho. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1991.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Acumulação Capitalista e Serviço Social
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Oferecer elementos de análise que possibilitem uma leitura crítica da estrutura da
sociedade burguesa, a forma como se materializam as relações sociais de classe
neste modelo de sociedade; entender a forma como, no processo de
desenvolvimento das forças produtivas, o capitalismo detém a propriedade privada
86
dos meios de produção e subordina o trabalho aos interesses do lucro e da
acumulação; entender o movimento que dinamiza o processo de acumulação
capitalista e, por outro lado, intensifica o crescimento do pauperismo e da
desigualdade social no Brasil e particularmente na região da Vertente Ocidental do
Caparaó.
Ementa:
Trabalho na sua dimensão ontológica e sua particularidade no modo de produção
capitalista. A lei geral da acumulação capitalista e as compreensões teóricas sobre
a questão social na contemporaneidade. O processo de produção e reprodução
das relações sociais no capitalismo. A “nova questão social”. Exclusão e
desigualdade social. Particularidades da questão social na Vertente Ocidental do
Caparaó. Principais enfrentamentos no campo do Estado e da Sociedade Civil. A
inserção periférica do Brasil na divisão internacional do trabalho.
Bibliografia Básica:
IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São
Paulo: Cortez, 2007.
NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica.
Biblioteca Básica do Serviço Social. v. 4. São Paulo: Cortez, 2007.
TAVARES, Maria Augusta. Acumulação, trabalho e desigualdades sociais. In:
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Bibliografia Complementar:
BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. A degradação do trabalho
no século XX. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1974. .
IAMAMOTO, Marilda Villela. A questão social no capitalismo e o significado da
assistência. In: Renovação e conservadorismo no serviço social. São Paulo,
Cortez: 2000.
MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. Edição Condensada. 19 ed.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
87
MOTA, Ana Elizabete. Crise contemporânea e as transformações na produção
capitalista. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social:
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
NETTO, José Paulo. Questão social e direitos. In: CONSELHO FEDERAL DE
SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM
SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Projeto Interdisciplinar
Carga horária: 120 horas aula
Objetivos:
Oportunizar condições para a iniciação da pesquisa científica, contribuindo para a
construção do conhecimento e buscando instrumentalizar os alunos para cursar
uma pós-graduação; garantir o entendimento da relação complementar que se
estabelece entre os núcleos de fundamentação, para que não sejam apreendidos
de forma autônoma ou subseqüente, mas expressando níveis diferenciados de
apreensão da realidade social e profissional, que irão subsidiar a intervenção do
Serviço Social; viabilizar a compreensão da totalidade do processo de formação
profissional e como se dá articulação dos núcleos de fundamentação no período
em curso; buscar o entendimento da formação profissional a partir de uma
concepção de ensino e aprendizagem calcados na dinâmica dos processos sociais
em que se efetivará a intervenção do assistente social; possibilitar a pesquisa e a
produção do conhecimento a partir dos seguintes eixos temáticos: Fundamentos
históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social; Questão Social; Trabalho e
Serviço Social; Pesquisa e Serviço Social; O tratamento dispensado à prática
profissional.
Ementa:
A articulação dos núcleos de fundamentação constitutivos do processo de
formação profissional: núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social;
núcleo de fundamentos da particularidade sócio-histórica da sociedade brasileira;
88
núcleo de fundamentos do trabalho profissional. As mediações teórico-práticas que
perpassam toda a formação profissional, sob a articulação entre ensino, pesquisa e
extensão. O conjunto de conhecimentos indissociáveis para a apreensão da
gênese, das manifestações e do enfrentamento da questão social, eixo fundante da
profissão e articulador dos conteúdos da formação profissional.
Bibliografia Básica:
A ser definida pelos alunos e professores orientadores de acordo com o objeto de
pesquisa definido por cada grupo.
05. QUINTO PERÍODO
Serviço Social e Processos de Trabalho
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Estudar, a partir do conceito de processo de trabalho, os elementos que compõem,
o modo pelo qual se apresentam as relações de produção na sociedade capitalista,
como relações de troca de produtos do trabalho.
Ementa:
Processos de trabalho dos assistentes sociais em unidades produtivas de serviços
nas áreas de políticas sociais setoriais. Parcelamento das atividades. Cooperação
e divisão do trabalho. Autonomia e organização do processo de trabalho. Alienação
e estranhamento no processo de trabalho. Tecnologia e conhecimento. Gerência
do processo de trabalho. Etapas do trabalho e racionalidades presentes. Atividades
desenvolvidas. Processos de eleição e condução do instrumental de trabalho.
Processos de construção do objeto de trabalho. Relações de trabalho.
Bibliografia Básica:
GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez,
1995.
IAMAMOTO, Marilda Vilella. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e
formação profissional. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2005.
MARX, Karl. O Capital: Crítica da economia política. Livro 1. v. 1. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003.
89
Bibliografia Complementar:
GRANEMANN, Sara. O processo de produção e reprodução social: trabalho e
sociabilidade. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social:
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São
Paulo: Cortez, 2007.
NETTO,
José
Paulo;
CARVALHO,
Maria
do
Carmo
Brant.
Cotidiano:
conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar
sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo serviço social. 3.ed. São Paulo:
Cortes, 2002.
VASCONCELOS, Ana Maria. A prática do Serviço Social: cotidiano, formação
profissional e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez, 2008.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Política Social Setorial e Serviço Social II
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Proporcionar ao aluno a compreensão da trajetória histórica da saúde no Brasil no
campo do direito e da Seguridade Social; refletir sobre as Políticas Públicas de
Seguridade Social gestadas nas sociedades capitalistas contemporâneas e os
casos específicos da Saúde e da Previdência Social; abordar a Saúde pública e
privada como espaço sociocupacional consolidado do Serviço Social; proporcionar
o resgate histórico e sociopolítico da previdência social e sua relação com as
demais áreas que compõem a Seguridade no Brasil; discutir sobre a Reforma da
Previdência no Brasil e a privatização dos serviços básicos; reflexões sobre a
Previdência Social como espaço de trabalho do assistente social ainda em
processo de consolidação e reconhecimento.
Ementa:
O Estado brasileiro e a política de saúde. A discussão da reforma sanitária. O
Sistema Único de Saúde: modelo de atenção, financiamento, gerenciamento e
90
controle social. A consolidação do Sistema Único de Saúde: impasses e
perspectivas, gestão e operacionalização. Prestação e administração de serviços
sociais na área da saúde. A prática profissional do assistente social na esfera da
saúde pública e privada. A particularidade dos segmentos especiais e grupos
específicos. A construção do sistema previdenciário público. A previdência social
pública: estruturação, operacionalização, benefícios, financiamento, gerenciamento
e controle social. A relação previdência pública e privada. Atuais tendências
previdenciárias. A prática profissional do assistente social no setor previdenciário. A
particularidade de segmentos especiais.
Bibliografia Básica:
BOSCHETTI, Ivanete. A política de seguridade social no Brasil. In: CONSELHO
FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E
PESQUISA
EM
SERVIÇO
SOCIAL.
Serviço
Social:
direitos
sociais
e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
MOTA, Ana Elizabete et al (Orgs). Serviço Social e saúde: formação e trabalho
profissional. São Paulo: Cortez, 2006.
VASCONCELOS, Ana Maria. A prática do Serviço Social: cotidiano, formação
profissional e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez, 2008.
Bibliografia Complementar:
COHN, Amélia. A saúde como direito e como serviço. 2. ed. São Paulo: Cortez,
1999.
BRAGA, Léa; CABRAL, Maria do Socorro Reis (orgs.). O Serviço Social na
Previdência: trajetória, projetos profissionais e saberes. 3.ed. São Paulo:
Cortez, 2008.
FALEIROS, Vicente de Paula. A política social do Estado capitalista: as funções
da previdência e assistência sociais. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
OLIVEIRA, Aristeu de. Seguridade e Previdência Social: Benefícios. São Paulo:
Atlas, 2002.
SIMÕES, Carlos. Curso de direito do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
91
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social IV
Carga horária: 80 horas aula
Objetivos:
Entender as respostas do Estado e da sociedade civil no enfrentamento da questão
social a partir da década de 1980 a atualidade; discutir com criticidade a
intervenção do assistente social nas principais redes institucionais de prestação
dos serviços sociais, compreendendo o cenário em que se insere o Serviço Social
na atualidade: as novas bases de produção da questão social, cujas múltiplas
manifestações são o objeto das requisições do trabalho do assistente social;
conhecer e aprofundar as discussões sobre a interlocução do Serviço Social com
os recursos teórico-metodológicos de inspiração marxiana; tratar criticamente o
debate profissional, a partir da afirmação hegemônica da vertente crítica, sobre o
novo projeto ético político e profissional, a ênfase na discussão do trabalho e seus
diferentes aportes conceituais.
Ementa:
A polêmica dos anos 80: história, teoria e método. As elaborações de inspiração
gramsciana a construção teórico - metodológico de Marx. O Serviço Social nos
anos 90: afirmação da ruptura no debate profissional. As principais elaborações
teórico-metodológicas do Serviço Social como respostas profissionais de
compreensão e intervenção junto à questão social. A consolidação do debate sobre
políticas sociais, o novo projeto ético-político e profissional, a ênfase na discussão
do trabalho e seus diferentes aportes conceituais como modalidades historicamente
determinadas de compreensão e intervenção na realidade social. Crítica à reedição
das demandas conservadoras no debate profissional e a afirmação do projeto éticopolítico.
Bibliografia Básica:
IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São
Paulo: Cortez, 2007.
KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed.
São Paulo Cortez, 2009.
TEIXEIRA, Joaquina Barata; BRAZ, Marcelo. O projeto ético-político do Serviço
Social. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO
92
BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social:
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Bibliografia Complementar:
IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na cena contemporânea. In:
Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa
em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do serviço social no
Brasil pós-64. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
_____________; CARVALHO, Maria do Carmo Brant. Cotidiano: conhecimento e
crítica. 6.ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social. São Paulo. Cortez, Pará:
UNAMA, 1995.
SIMIONATO, Ivete. Gramsci: sua teoria, incidência no Brasil, influência no Serviço
Social. São Paulo: Cortez, 2008.
Direito e Legislação Social
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Analisar as garantias sociais e de proteção à cidadania no Brasil, no direito,
legislação e no judiciário.
Ementa:
A Constituição dos Direitos Sociais no Brasil após 1988. A Constituição Federal.
Principais legislações sociais para o trabalho do assistente social. Direitos e
garantias fundamentais da cidadania. Legislação Profissional.
Bibliografia Básica:
MENDONÇA, Ana Maria Ávila. Estado e direitos sociais no Brasil: entre a
modernidade e o retrocesso. Maceió: Edufal, 2009.
FORTI, Valéria; GUERRA, Yolanda. Direitos Humanos e Serviço Social:
polêmicas, debates e embates. Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris, 2011.
SIMÕES, Carlos. Curso de direito do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007.
93
Bibliografia Complementar:
COUTO, Berenice Rojas. O direito social e a assistência social na sociedade
brasileira: uma equação possível? São Paulo: Cortez, 2008.
FERRAZ Jr. Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do Direito: técnica, decisão e
dominação. São Paulo: Atlas, 2001.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2008.
PINHO, Rodrigo César Rebello. Teoria geral da Constituição e direitos
fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2000.
VIEIRA, Evaldo. Os direitos e a política social. São Paulo, Cortez, 2004.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Orientação ao Estágio Supervisionado I
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Desenvolver análise institucional, reconhecendo os agentes institucionais, o
processo de correlação de forças e como essa correlação condiciona a
organização do trabalho do Serviço Social na instituição; analisar a inserção do
Serviço Social no trabalho coletivo, nas particularidades institucionais; pesquisar as
principais demandas institucionais e da população usuária e qual a interface dessas
demandas com a política institucional; aproximar e conhecer os sujeitos que
requisitam os serviços institucionais: suas demandas, condições de vida e de
trabalho, relação estabelecida com a instituição; analisar as políticas sociais
veiculadas pela instituição e a conjuntura presente nos diversos espaços
sociocupacionais.
Ementa:
Desenvolvimento de atividade teórico-prática e da capacidade de compreensão das
ações propostas no campo de estágio. Construção de habilidades com relação a:
análise institucional, elaboração de plano de estágio, condução de registros
técnicos como o diário de campo, estudo das demandas, caracterização da
população usuária, compreensão das principais formas de organização da política
social setorial do campo de estágio.
94
Bibliografia Básica:
ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira de. Magistério, direção e supervisão acadêmica. In:
Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa
em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
LEGOY, Alzira Maria Baptista. Supervisão de estágio em Serviço Social:
desafios para a formação e o exercício profissional. São Paulo: Cortez, 2009.
PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar
sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo Serviço Social. 3. ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
Bibliografia Complementar:
BURIOLLA, Marta Alice Fliten. Supervisão em Serviço Social: o supervisor, sua
relação e seus papéis. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
FALEIROS, Vicente de Paula. A política social do Estado capitalista: as funções
da previdência e assistência sociais. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e
formação profissional. 9.ed. São Paulo: Cortez, 2005.
MOTA, Ana Elizabete et al (Org). Serviço Social e saúde: formação e trabalho
profissional. São Paulo: Cortez, 2006.
NETTO,
José
Paulo;
CARVALHO,
Maria
do
Carmo
Brant.
Cotidiano:
conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Estágio Supervisionado I
Carga horária: 150 horas aula
Objetivos:
Inserir o aluno na realidade social das instituições/organizações para observação e
avaliação diagnóstica das ações em Serviço Social. Delimitação do objetivo de
estudo e elaboração do projeto de intervenção.
95
Métodos de Avaliação da Disciplina: participação nas atividades propostas,
cumprimento da carga horária e análise do relatório de estágio.
Projeto Interdisciplinar
Carga horária: 120 horas aula
Objetivos:
Oportunizar condições para a iniciação da pesquisa científica, contribuindo para a
construção do conhecimento e buscando instrumentalizar os alunos para cursar
uma pós-graduação; garantir o entendimento da relação complementar que se
estabelece entre os núcleos de fundamentação, para que não sejam apreendidos
de forma autônoma ou subseqüente, mas expressando níveis diferenciados de
apreensão da realidade social e profissional, que irão subsidiar a intervenção do
Serviço Social; viabilizar a compreensão da totalidade do processo de formação
profissional e como se dá articulação dos núcleos de fundamentação no período
em curso; buscar o entendimento da formação profissional a partir de uma
concepção de ensino e aprendizagem calcados na dinâmica dos processos sociais
em que se efetivará a intervenção do assistente social; possibilitar a pesquisa e a
produção do conhecimento a partir dos seguintes eixos temáticos: Fundamentos
históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social; Questão Social; Trabalho e
Serviço Social; Pesquisa e Serviço Social; O tratamento dispensado à prática
profissional.
Ementa:
A articulação dos núcleos de fundamentação constitutivos do processo de
formação profissional: núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social;
núcleo de fundamentos da particularidade sócio-histórica da sociedade brasileira;
núcleo de fundamentos do trabalho profissional. As mediações teórico-práticas que
perpassam toda a formação profissional, sob a articulação entre ensino, pesquisa e
extensão. O conjunto de conhecimentos indissociáveis para a apreensão da
gênese, das manifestações e do enfrentamento da questão social, eixo fundante da
profissão e articulador dos conteúdos da formação profissional.
Bibliografia Básica:
96
A ser definida pelos alunos e professores orientadores de acordo com o objeto de
pesquisa definido por cada grupo.
06. SEXTO PERÍODO
Classes e Movimentos Sociais
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Estudar os movimentos sociais enfatizando as relações de gênero e étnico-raciais;
trabalhar as principais noções de cidadania, movimentos sociais e direitos sociais;
conceituar identidade sociopolítica e relacionar o conceito à formação e história dos
movimentos sociais; interrelacionar as ações de cidadania e a luta pelos direitos
humanos e sociais; vincular a discussão sobre o protagonismo sociopolítico dos
sujeitos coletivos ao projeto ético-político profissional do assistente social.
Ementa:
Categorias e grupos sociais. A constituição da democracia, da cidadania e dos
direitos sociais e humanos. Os movimentos sociais no Brasil e balanço da literatura
sobre o tema. Relações de gênero, étnico-raciais, identidade e subjetividade na
constituição dos movimentos societários. Os movimentos sociais na atualidade e a
intervenção no campo das políticas sociais e da luta pelos direitos sociais.
Conselhos e mecanismos de controle social. Intervenção do Serviço Social junto
aos Movimentos Sociais e Conselhos de Direitos.
Bibliografia Básica:
IASI, Mauro Luis. Metamorfoses da Consciência de Classe: o PT entre a
negação e o consentimento. São Paulo: Expressão Popular, 2006.
GOHN, Maria da Glória Marcondes. Novas Teorias dos movimentos sociais. São
Paulo: Loyola, 2008.
MONTAÑO, Carlos; DURIGUETTTO, Maria Lúcia. Estado, classe e movimento
social. São Paulo: Cortez, 2010.
Bibliografia Complementar:
FREDERICO, Celso. Classes e lutas sociais. In: Conselho Federal de Serviço
Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço
97
Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS,
2009.
IASI, Mauro Luis. Ensaios Sobre Consciência de Classe. São Paulo: Expressão
Popular, 2006.
IANNI, Octávio. Raças e classes sociais no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2004.
LUKÁCS, György. História e consciência de classe: estudos sobre a dialética
marxista. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
SADER, Eder. Quando novos personagens entram em cena: experiências e
lutas dos trabalhadores da grande São Paulo 1970-1980. São Paulo: Paz e Terra,
1995.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Metodologia de Pesquisa
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Discutir sobre os aspectos ético-políticos da pesquisa: a definição do tema de
pesquisa, a definição da instrumentalidade, a análise teórica das informações, a
forma de apropriação das informações, a relação entre sujeito e objeto de
pesquisa, a ética na pesquisa envolvendo seres humanos e a utilidade social que é
atribuída à pesquisa; discutir os aspectos técnico-operativos da pesquisa,
considerando: o fetiche que permeia o instrumental técnico, a indissociabilidade
entre definição técnico-operativa e o projeto ético-político profissional; as
abordagens quantitativas e qualitativas da realidade, o domínio do instrumental e o
conhecimento crítico da realidade.
Ementa:
Introdução. A evolução da ciência. Pesquisa científica e os seus diversos tipos.
Etapas da pesquisa. A definição do problema de pesquisa. A definição de hipóteses
e de variáveis. A construção do referencial teórico. Os diferentes instrumentos de
coleta de dados, bem como sua aplicação, análise e interpretação dos dados. A
organizaçao e apresentação das diversas modalidades de trabalhos cientícios.
Bibliografia Básica:
98
DEMO, Pedro. Metodologia cientifica em ciências sociais. 3 ed. São Paulo:
Atlas 1995.
MACIEL, Maria Inês Etrusco. A pesquisa-ação e Habermas: um novo paradigma.
Belo Horizonte: UNA, 1999.
VERGARA, Sylvia Helena Constant. Métodos de pesquisa em administração.
São Paulo: Atlas, 2005.
Bibliografia Complementar:
ANDERY, Maria Amália. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica.
8 ed., Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1999.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina Andrade. Metodologia científica. 3 ed.,
São Paulo: Atlas, 2000.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e
criatividade. 20. ed. São Paulo: Vozes, 2002.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas, São
Paulo: Atlas, 3. ed., 1999, p. 20-47.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Política Agrária e Serviço Social
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Possibilitar a compreensão da questão fundiária no Brasil, a concentração de
propriedade e o processo de Reforma Agrária.
Ementa:
A questão agrária no Brasil: legislações, a concentração da propriedade e o
processo de reforma agrária. Movimentos sociais no campo. O MST. O movimento
social em Minas Gerais. Possibilidades de intervenção do Serviço Social.
Bibliografia Básica:
99
IASI, Mauro L. As metamorfoses da consciência de classe. O PT entre negação
e o conhecimento. São Paulo: Expressão Popular; 2006.
LUSTOSA, Maria das Graças Osório Pitombeira. Reforma agrária à brasileira política social e pobreza. São Paulo: Cortez. 2012.
MARTINS, José de Souza. A política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo:
Editora Contexto, 2011.
Bibliografia Complementar:
BERNSTEIN, Henry. Dinâmicas de classe da mudança agrária. São Paulo:
Editora Unesp, 2011.
BUAINAIN, Antonio Marcio (org.). Luta pela terra reforma agrária e gestão de
conflitos no Brasil. Campinas, SP: UNICAMP, 2008
CARTER, Miguel. Combatendo a Desigualdade Social: o MST e a reforma
agrária no Brasil. Editora Unesp: São Paulo, 2010.
MARTINS, José de Souza. O cativeiro da terra. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2009.
MORISSAWA, Mitsue. A história da luta pela terra e o MST. São Paulo:
Expressão Popular, 2001.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Instrumentalidade em Serviço Social
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Desenvolver junto ao aluno habilidades no que tange à execução, avaliação e
supervisão de serviços, programas e projetos sociais.
Ementa:
Análise crítica da relação dialética entre teoria e prática do Serviço Social,
enfocando a dimensão técnico-operativa da profissão, articulada às dimensões
teórico-metodológica e ético-política, indissociáveis do exercício profissional no
enfrentamento das demandas cotidianas. A mediação das singularidades e
imediaticidades inerentes à intervenção profissional cotidiana e da universalidade
das relações sociais em meio às questões macrosocietárias. A cotidianidade
profissional, instrumentos e técnicas de intervenção social e suas implicações
100
políticas na realidade social. Produção de informações, indicadores sociais, registro
e documentação.
Bibliografia Básica:
GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez.
4.ed. 2005.
NETTO,
José
Paulo;
CARVALHO,
Maria
do
Carmo
Brant.
Cotidiano:
conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar
sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo serviço social. 3.ed. São Paulo:
Cortes, 2002.
Bibliografia Complementar:
GUERRA, Yolanda. A dimensão investigativa no exercício profissional. In:
Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa
em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São
Paulo: Cortez, 2009.
KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed.
São Paulo Cortez, 2009.
MOTA, Ana Elizabete et al (Orgs). Serviço Social e saúde: formação e trabalho
profissional. São Paulo: Cortez, 2006.
VASCONCELOS, Ana Maria. A prática do Serviço Social: cotidiano, formação
profissional e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez, 2008.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Orientação ao Estágio Supervisionado II
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Desenvolver junto aos alunos habilidades com relação à capacidade de
compreensão das ações propostas nos campos de estágio, estabelecendo uma
relação entre a ação profissional e as demandas sociais presentes nas instituições
101
campos de estágio, através de: realização de estudos e análises que possibilitem a
caracterização da população usuária; caracterização das demandas institucionais e
socioprofissionais, com vistas à elaboração do projeto de intervenção; elaboração
de registros técnicos e realização de intervenções supervisionadas junto a
população usuária.
Ementa:
Desenvolvimento de atividade teórico-prática e da capacidade de compreensão das
ações propostas no campo de estágio. Construção de habilidades com relação ao
planejamento e elaboração de projeto de intervenção, desvendamento dos
aspectos sócio-históricos e políticos na mobilização de instrumentais de trabalho
tais como: o diário de campo e o projeto de intervenção. Análise dos limites e
possibilidades da implementação da política social setorial do campo de estágio.
Bibliografia Básica:
MIOTO, Regina Célia. Orientação e acompanhamento social a indivíduos, grupos e
famílias. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e
Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências
profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do Serviço Social. 4.ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar
sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo serviço social. 3. ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
Bibliografia Complementar:
IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São
Paulo: Cortez, 2009.
LEGOY, Alzira Maria Baptista. Supervisão de estágio em serviço Social:
desafios para a formação e o exercício profissional. São Paulo: Cortez, 2009.
KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed.
São Paulo Cortez, 2009.
MOTA, Ana Elizabete (org.) O mito da assistência social: ensaios sobre estado,
política e sociedade. São Paulo: Cortez, 2008.
102
NETTO,
José
Paulo;
CARVALHO,
Maria
do
Carmo
Brant.
Cotidiano:
conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Estágio Supervisionado II
Carga horária: 150 horas aula
Objetivos:
Identificar e avaliar os instrumentos técnico-operativos do Serviço Social através da
operacionalização do projeto de intervenção e sistematização da prática.
Métodos de Avaliação da Disciplina: participação nas atividades propostas,
cumprimento da carga horária e análise do relatório de estágio.
Projeto Interdisciplinar
Carga horária: 120 horas aula
Objetivos:
Oportunizar condições para a iniciação da pesquisa científica, contribuindo para a
construção do conhecimento e buscando instrumentalizar os alunos para cursar
uma pós-graduação; garantir o entendimento da relação complementar que se
estabelece entre os núcleos de fundamentação, para que não sejam apreendidos
de forma autônoma ou subseqüente, mas expressando níveis diferenciados de
apreensão da realidade social e profissional, que irão subsidiar a intervenção do
Serviço Social; viabilizar a compreensão da totalidade do processo de formação
profissional e como se dá articulação dos núcleos de fundamentação no período
em curso; buscar o entendimento da formação profissional a partir de uma
concepção de ensino e aprendizagem calcados na dinâmica dos processos sociais
em que se efetivará a intervenção do assistente social; possibilitar a pesquisa e a
produção do conhecimento a partir dos seguintes eixos temáticos: Fundamentos
históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social; Questão Social; Trabalho e
Serviço Social; Pesquisa e Serviço Social; O tratamento dispensado à prática
profissional.
Ementa:
103
A articulação dos núcleos de fundamentação constitutivos do processo de
formação profissional: núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social;
núcleo de fundamentos da particularidade sócio-histórica da sociedade brasileira;
núcleo de fundamentos do trabalho profissional. As mediações teórico-práticas que
perpassam toda a formação profissional, sob a articulação entre ensino, pesquisa e
extensão. O conjunto de conhecimentos indissociáveis para a apreensão da
gênese, das manifestações e do enfrentamento da questão social, eixo fundante da
profissão e articulador dos conteúdos da formação profissional.
Bibliografia Básica:
A ser definida pelos alunos e professores orientadores de acordo com o objeto de
pesquisa definido por cada grupo.
0.7 SÉTIMO PERÍODO
Introdução à Informática
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Introduzir os conceitos associados à Informática e a sua utilização em um contexto
de suporte às atividades do aluno e do futuro profissional.
Ementa:
Hardware, software, classificação dos computadores, sistemas de processamento,
memória, dispositivos de armazenamento, sistemas operacionais, editores de
textos, planilhas eletrônicas. Internet/web. Softwares de autoria multimídia.
Bibliografia Básica:
ALCADE LANCHARRO, Eduardo. Informática básica. 1. ed. São Paulo: Makron
Books, 1994.
MANZANO, André Luiz; MANZANO, Maria Izabel. Estudo dirigido de informática
básica. São Paulo: Érica.
MEIRELES,
Fernando
de
Souza.
Informática:
novas
aplicações
com
computadores. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
Bibliografia Complementar:
104
BORATTI, Isaias Camilo; OLIVEIRA, Álvaro Borges. Introdução à programação:
algoritmos. 3ª Ed. Florianópolis: Visual Books, 2007.
CORNACHIONE JR., Edgard Bruno. Informática aplicada às áreas de
contabilidade, administração e economia. São Paulo: Atlas, 2001
MEIRELES,
Fernando
de
Souza.
Informática:
novas
aplicações
com
computadores. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
NORTON, Peter. Introdução à Informática. São Paulo: MaKron Books, 1996.
VIANA, M.M. Fundamentos da informática para universitários. 1ª ed. Rio de
Janeiro: Brasport, 1996.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Administração e Planejamento em Serviço Social
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Oferecer elementos críticos para a compreensão de como se organiza e de quais
são os principais determinantes da organização e gerência do trabalho enquanto
forma de controle do processo de trabalho, no movimento de amadurecimento do
capitalismo e no acirramento da luta de classes; apresentar e problematizar os
principais modelos e técnicas de planejamento na atualidade; delimitar a
importância do planejamento para os municípios brasileiros.
Ementa:
As teorias organizacionais no trabalho e nas políticas sociais. Funções de
Administração em órgãos de administração pública, privada e organizações da
sociedade civil. A gerência nos processos de trabalho do Assistente Social. O
Assistente Social na função de administrador de projetos, programas, coordenação,
direção,
assessoria,
supervisão
e
avaliação.
Diferentes
concepções
de
planejamento. O Serviço Social perante o Planejamento Social. Planejamento
enquanto processo lógico, político e administrativo. Contextualização histórica do
planejamento no Brasil (aspectos sociais, éticos, econômicos e ideopolíticos).
Planejamento Social nas políticas públicas e privadas. Sistema de monitoramento e
avaliação de projetos sociais. Orçamento.
105
Bibliografia Básica:
BAPTISTA,
Myrian
Veras.
Planejamento
Social:
intencionalidade
e
instrumentação. 2.ed. São Paulo: Veras Editora, 2000.
COUTO, Berenice Rojas. Formulação de projeto de trabalho profissional. In:
Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa
em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
MIOTO, Regina Célia Tamaso; NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro. Sistematização,
planejamento e avaliação das ações dos assistentes sociais no campo da saúde.
In: MOTA, Ana Elizabete et al (Org). Serviço Social e saúde: formação e trabalho
profissional. São Paulo: Cortez, 2006, p. 273-303.
Bibliografia Complementar:
ALMEIDA, Carla. O marco discursivo da participação solidária
e a nova agenda
de formulação e implementação de ações sociais no Brasil. In: DAGNINO, Evelina
et al. (Orgs.). A disputa pela construção democrática na América Latina. São
Paulo: Paz e Terra, 2006. p. 95-135.
COUTO, Berenice Rojas. Formulação de projeto de trabalho profissional. In:
Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa
em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
RAICHELIS, Raquel. Democratizar a gestão das políticas sociais – um desafio a
ser enfrentado pela sociedade civil. In: MOTA, Ana Elizabete et al (Org). Serviço
Social e saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2006, p. 7387.
RAICHELIS, Raquel. O trabalho do assistente social na esfera estatal. In: Conselho
Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço
Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília:
CFESS/ABEPSS, 2009.
VASCONCELOS, Ana Maria. A prática do Serviço Social: cotidiano, formação
profissional e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez, 2008.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
106
Fundamentos da Pesquisa Científica
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Incentivar o discente para o desenvolvimento da mentalidade reflexiva, bem como a
prática investigativa; contribuir para que possa conhecer e valorizar a produção do
conhecimento
na
área
do
Serviço
Social;
proporcionar
a
aquisição de
conhecimentos em torno da Pesquisa Social, mostrando que a mesma é etapa
estratégica da formação profissional, fornecendo bases para a intervenção bem
consolidada; oferecer aparato teórico-metodológico para elaboração do projeto de
pesquisa que norteará a pesquisa de fim de curso e elaboração do relatório final, o
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
Ementa:
O debate e a construção da produção acadêmica científica. O trabalho de
conclusão de curso como um trabalho de caráter monográfico. Definição da forma e
da estrutura do trabalho, preferencialmente a partir da experiência de estágio.
Elaboração de um projeto de pesquisa com seus elementos constitutivos: tema,
construção do objeto, hipótese, objetivos, justificativa, problematização teórica,
procedimentos metodológicos, cronograma de trabalho e levantamento e estudo
preliminar de bibliografias afetas ao tema da pesquisa.
Bibliografia Básica:
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª e 6ª ed. São
Paulo: Atlas.1999, 2008.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e
criatividade. 20. ed. São Paulo: Vozes, 2002.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São
Paulo: Cortez, 2000, p. 74-81.
Bibliografia Complementar:
ANDERY, M.A. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 8ª ed.,
Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1999.
BERTUCCI, Janete. Metodologia básica para elaboração de trabalhos de
conclusão de curso - TCC. Atlas, 2009.
107
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 4ª
ed. São Paulo: Atlas, 2004.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas, São
Paulo: Atlas, 3. ed., 1999.
SETUBAL, Aglair Alencar. A pesquisa no Serviço Social: utopia e realidade. 2.
ed. São Paulo: Cortez, 2002, p. 133-141.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Trabalho de Conclusão de Curso I
Carga horária: 120 horas aula
Objetivos:
Orientar o aluno na elaboração do projeto do Trabalho de Conclusão de Curso
através do aproveitamento dos conhecimentos da área de Serviço Social
abordados durante o curso.
Métodos de Avaliação da Disciplina: projeto de TCC.
Orientação ao Estágio Supervisionado III
Carga horária: 60 horas aula
Objetivos:
Reavaliar e/ou reconstruir o projeto de intervenção com objetivo de clarificar a
operacionalização
dos
procedimentos
teórico-metodológicos
planejados;
implementar o projeto de intervenção na instituição em que se realiza o estágio;
construir um processo avaliativo concomitante ao processo de implementação da
proposta de trabalho na instituição; realizar reflexões de caráter teóricometodológico, técnico-operativo e ético-político, relacionando-as à condução das
atividades em relação ao projeto de intervenção e à totalidade da prática de
estágio; analisar todo o processo de inserção no campo de estágio, resgatando a
análise institucional, a elaboração de instrumentos e técnicas de intervenção, e o
monitoramento das ações desenvolvidas; sistematizar a totalidade da prática
profissional, analisando o trabalho coletivo no qual está inserido o Serviço Social
nos campos de estágio, lançando mão de fundamentos teórico-metodológicos,
técnico-operativo e ético-políticos profissionais.
108
Ementa:
Desenvolvimento de atividade teórico-prática e da capacidade de compreensão das
ações propostas no campo de estágio. Construção de habilidades com relação a:
reconstrução dos objetos de intervenção, reformulação de estratégias de ação,
redefinição dos instrumentais de trabalho, condução de atividades investigativas,
sistematização da prática e avaliação dos principais resultados alcançados no
exercício profissional. O processo de supervisão como atribuição do assistente
social.
Bibliografia Básica:
BURIOLLA, Marta Alice Fliten. Supervisão em Serviço Social: o supervisor, sua
relação e seus papéis. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa
em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
LEGOY, Alzira Maria Baptista. Supervisão de estágio em Serviço Social:
desafios para a formação e o exercício profissional. São Paulo: Cortez, 2009.
Bibliografia Complementar:
GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do Serviço Social. 4.ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
IAMAMOTO, Marilda Vilella. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São
Paulo: Cortez, 2009.
KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed.
São Paulo Cortez, 2009.
NETTO,
José
Paulo;
CARVALHO,
Maria
do
Carmo
Brant.
Cotidiano:
conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar
sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo Serviço Social. 3. ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
109
Estágio Supervisionado III
Carga horária: 150 horas aula
Objetivos:
Dar continuidade no processo interventivo, avaliando a prática e delimitação do
objeto de Trabalho de Conclusão de Curso.
Métodos de Avaliação da Disciplina: participação nas atividades propostas,
cumprimento de carga horária e análise do relatório de estágio.
0.8 OITAVO PERÍODO
Serviço Social e Pensamento Contemporâneo
Carga horária: 80 horas aula
Objetivos:
Identificar a repercussão do novo sistema de produção social frente às questões
norteadoras da prática profissional.
Ementa:
A categoria trabalho. Os elementos constitutivos do processo de trabalho. O setor
de serviços. Elementos constitutivos dos processos de trabalho no Serviço Social.
A centralidade do trabalho na compreensão da questão social: trabalho assalariado
e configuração da questão social “clássica”. Metamorfoses no “mundo do trabalho”
e transformações contemporâneas nacionais e internacionais da questão social.
Bibliografia Básica:
SIMIONATO, Ivete. Expressões ideoculturais da crise capitalista na atualidade e
sua influência teórico-prática. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação
Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais
e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
IAMAMOTO, Marilda Vilella. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São
Paulo: Cortez, 2009.
KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed.
São Paulo Cortez, 2009.
Bibliografia Complementar:
110
IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e
formação profissional. São Paulo: Cortez, 2007.
___________________. O Serviço Social na cena contemporânea. In: Conselho
Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço
Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília:
CFESS/ABEPSS, 2009.
MOTA, Ana Elizabete et al (Orgs). Serviço Social e saúde: formação e trabalho
profissional. São Paulo: Cortez, 2006.
SANTOS, Josiane Soares. Neoconservadorismo pós-moderno e Serviço Social.
São Paulo: Editora Cortez, 2007.
TONET, Ivo. Expressões sócio-culturais da crise capitalista na atualidade. In:
Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa
em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Estatística
Carga horária: 80 horas aula
Objetivos:
Descrever, analisar e tratar estatisticamente dados de Serviço Social.
Ementa:
Introdução. Estatística descritiva: tabelas e gráficos. Probabilidades: adição,
multiplicação, condicional. Teorema de Bayes. Testes de hipóteses. Variáveis
aleatórias.
Valores
esperados.
Momentos.
Distribuição
de
probabilidade.
Correlação e regressão linear. Aproximações. Distribuição normal. Estimativas
ponto por ponto e por intervalo. Intervalos de confiança. Erro e tamanho de
amostra. Números índices.
Bibliografia Básica:
FONSECA, Jairo Simon da; MARTINS, Gilberto Andrade. Curso de Estatística. 6ª
ed. São Paulo: Atlas, 1996.
111
SPIEGEL, Murray Ralph. Probabilidade e Estatística. 1ª ed. São Paulo: Makron
Books, 1978.
SPIEGEL, Murray Ralph. Estatística. 3ª ed. São Paulo: Makron Books,1994, 2008.
Bibliografia Complementar:
BUSSAB, Wilton; MORETTIN, Pedro. Métodos Quantitativos: estatística básica.
5ª edição. São Paulo: Saraiva, 2002.
LEVINE, David M.; BERENSON, Mark L.; STEPHAN, David. Estatística: Teoria e
Aplicações Usando o Microsoft Excel. 3ª edição. São Paulo: LTC, 2005.
MONTGOMERY, Douglas C.; RUNGER, George C. Estatística Aplicada e
Probabilidade para Engenheiros. 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
STEVENSON, Willian J. Estatística Aplicada a Administração. São Paulo: Harba,
2001.
TRIOLA, Mário F. Introdução à estatística. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Serviço Social e Família
Carga horária: 80 horas aula
Objetivos:
Proporcionar aos discentes o conhecimento histórico sobre o conceito de família, o
papel do Estado e das organizações civis na definição e na implementação de
políticas e programas voltados para a família e para a criança e o adolescente.
Ementa:
A construção histórica do conceito de família. A evolução histórica da família
brasileira. A criança e o adolescente na sociedade brasileira: contextualização
histórica e as diferentes respostas sociais. Constituição de 1988, o Estatuto da
Criança e do Adolescente e a Lei Orgânica de Assistência Social: debates, dilemas,
e desafios. Conselhos de Direito e Conselhos Tutelares: diferenciações e
responsabilidades. A atuação do Assistente Social na Política da Criança e do
Adolescente: elaboração e avaliação de programas, assistência socioeducativa e o
sistema judiciário.
112
Bibliografia Básica:
ARIÈS, Philipe. História Social da Criança e da Família. 2 ed. Rio de Janeiro:
LTC Editora, 1981.
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Princípios fundamentais norteadores do direito
de família. Belo Horizonte: Del Rey, 2005.
SALES, Mione Apolinario; MATOS, Maurílio Castro de; LEAL, Maria Cristina. (Org.).
Política Social, Família e Juventude: uma questão de direitos. 1 ed. São Paulo:
Cortez, 2004.
Bibliografia Complementar:
ACOSTA, Ana Rojas; FALLER, Maria Amalia Vitale. Família: Redes, Laços e
Políticas Públicas. São Paulo: IEE/PUC-SP, 2003.
BATTINI, Odária. SUAS: Sistema Único de Assistência Social em debate. São
Paulo: Veras Editora, 2007.
KALOUSTIAN, Sílvio Manoug (org.) Família Brasileira: a base de tudo. 4. ed. São
Paulo: Cortez, 2000.
MARX, kARL; ENGELS, Frederich. Obras escolhidas – coleção completa. Vol. 1,
Vol. 2 e Vol. 3. (A origem da família, da propriedade privada e do Estado)
MIOTO, Regina Célia. Orientação e acompanhamento social a indivíduos, grupos e
famílias. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e
Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências
profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos.
Trabalho de Conclusão de Curso II
Carga horária: 120 horas aula
Objetivos:
Sistematizar o conhecimento gerado a partir dos levantamentos bibliográficos e
práticas de estágio.
Métodos de Avaliação da Disciplina: Defesa final do Trabalho de Conclusão de
Curso perante banca de professores.
113
0.9 DISCIPLINAS OPTATIVAS
Libras
Carga horária: 80 horas aula
Objetivos:
Abordar as mais freqüentes questões que envolvem a prática docente nos diversos
níveis da educação básica e a inclusão pedagógica de pessoas com deficiência.
Analisar os desafios postos à formação docente, no que diz respeito à construção
de um espaço educacional inclusivo e propõe o uso de estratégias diferenciadas
para o ensino.
Ementa:
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), na perspectiva da educação inclusiva e da
educação bilíngüe, priorizando o desenvolvimento dos alunos e o processo de
aprendizagem. A LIBRAS a partir dos estudos semióticos e lingüísticos,
destacando-a como a primeira língua da pessoa surda. Distinção dos aspectos
estruturais e pragmáticos da Língua Portuguesa e de LIBRAS.
Bibliografia Básica:
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de & GÓES, Maria Cecília Rafael de. (org.)
Surdez: processos educativos e subjetividade. São Paulo: Ed. Lovise, 2000.
SACKS, Oliver W. Vendo Vozes: uma viagem no mundo dos surdos. São Paulo.
Companhia das Letras, 1998.
SKLIAR, Carlos (org.). A Surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Ed.
Mediação, 1998.
Bibliografia Complementar:
CANDAU, V. M. F. (org.). Rumo a uma nova didática. Petrópolis: Vozes, 1993.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1992.
NOVAES, Edmárcius Carvalho. Surdos: educação, direito e cidadania. São Paulo:
Wak, 2010.
QUADROS, R. M. de Educação de Surdos: a aquisição da linguagem. Porto
Alegre. Artmed, 1997.
114
VEIGA, I. P. A.; ARAUJO, José C. S.; KAPUZINIAK, Célia. Docência: uma
Construção Ético-Profissional. Campinas: Papirus, 2005.
Relações Étnicas e Raciais: diálogos com a cultura afro-brasileira e indígena
Carga Horária: 40 horas aula
Objetivos:
Fornecer aos discentes instrumentos para análise das relações étnicas e raciais a
partir de um histórico de como os afrodescendentes foram e são tratados em nosso
meio, seja pelo viés da discriminação, seja pela ausência de políticas públicas que
correspondam às sua reais necessidades. Desenvolver atitudes, posturas e valores
que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de
interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos
direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da
democracia brasileira.
Ementa:
A construção histórica da idéia de raça. Identidade africana. Desigualdades raciais
e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes. Cultura afrobrasileira e africana. Cultura indígena.
Bibliografia Básica:
FREYRE Gilberto. Casa grande e senzala. São Paulo: Global, 2005.
_______________. Sobrados e Mucambos. 8ª ed. Rio de Janeiro: Editora Record,
1990.
THORNTON, J. A África e os africanos na formação do Mundo Atlântico: 14001800. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
Bibliografia Complementar:
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. O espetáculo das raças. São Paulo:
Companhia das Letras, 1993.
_______________________________.Os índios na história do Brasil. Rio de
Janeiro: FGV, 2010.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1999. 11ª ed. Brasília:
Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 1999.
115
BRASIL. Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003 que altera a Lei 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
“História e cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Brasília, 2003.
FERREIRA, Ricardo Francklin. Afro-descendente: Identidade em construção. Rio
de Janeiro - RJ: Pallas, 2000.
Práticas em Gestão e Educação Ambiental
Carga horária: 40 horas aula
Objetivos:
Fornecer aos discentes bases teóricas que os levem a pensar a problemática
ambiental e a relação necessária entre sociedade e ambiente.
Ementa:
Diretrizes da gestão e educação ambiental. A função da educação ambiental nos
currículos
de
graduação.
Imposições
do
desenvolvimento
ecologicamente
sustentado à educação ambiental. A relação com o ensino e a pesquisa. Tópicos
em legislação ambiental. Metodologias e práticas de projetos ambientais. Estudos
dos problemas ambientais urbanos. A questão ambiental sob o enfoque econômico.
O
crescimento
econômico
e
as
políticas
de
recursos
ambientais.
O
desenvolvimento de programas de gestão ambiental. Sistemas de gestão ambiental
e suas alternativas. Reciclagem dos materiais. Redução do impacto ambiental das
atividades humanas sobre os recursos naturais.
Bibliografia Básica:
ABREU C. A. C.; HENRIQUES FILHO, T. H. P.; ROCHA, J. C. de C. (coords.).
Política nacional do meio ambiente. Belo Horizonte: Del Rey, 2007.
DIAS, G. F. Educação Ambiental – Princípios e Práticas. 8ª e 9ª ed. São Paulo:
Gaia, 2003 e 2004.
PHILIPPI JR, A.; PELICIONI, M. C. F. Educação Ambiental e Sustentabilidade.
Barueri: Manole, 2005.
Bibliografia Complementar:
CAMARGO, A. L. Desenvolvimento Sustentável. Campinas: Papirus, 2003.
116
DIAS, G. F. Atividades Interdisciplinares de Educação Ambiental. 2a ed. São
Paulo: Gaia, 2006.
GUIMARAES, M. Caminhos da Educação Ambiental. São Paulo: Papirus, 2006.
KAIRALLA, C. A. A; MESTRINER, M. N.; FERREIRA, N. M. Meio Ambiente. 1a ed.
São Paulo: Ícone, 2003.
LOUREIRO, C. F. B.; LAYRARGUES, P. P.; CASTRO R. S. Sociedade e Meio
Ambiente: a Educação Ambiental em Debate. 2a ed. São Paulo: Cortez, 2002.
117
10. Forma de integração entre Teoria e Prática: Metodologias Ativas de
Aprendizagem
Juntamente com o conteúdo programático ministrado, o professor deverá
apresentar e explorar problemas reais, e ao desenvolver a solução agregar os
conteúdos relacionados. Esse método tende a estimular os alunos, pois passam a
entender porque estão aprendendo determinado conhecimento. Também a
memória tende a melhor armazenar resoluções de problemas, em detrimento a
meros conteúdos programáticos.
Definir Metodologias de Ensino Ativas não é uma tarefa fácil. O termo pode ter
significados diferentes para diferentes pessoas. Para alguns, chega a ser
redundante, uma vez que é impossível aprender alguma coisa passivamente. É um
termo amplo, que se refere a qualquer metodologia que exija dos estudantes algo a
mais do que simplesmente sentar e ouvir um professor.
Para compreender melhor esta metodologia, o mais apropriado é entender como
utilizar e se beneficiar da sua utilização em sala de aula. A principal diferença em
relação ao ensino tradicional, onde o aluno simplesmente senta, lê, escuta e toma
notas, é o engajamento dos estudantes em discussões, solução de problemas,
debates, questionamentos, experimentação e análise de casos. Os professores
passam a atuar como guias para auxiliar na compreensão do conhecimento e
aplicar a informação.
O estudo e a utilização destas metodologias não é recente. Estudo realizado por
Edgard Dale em 1946, cujos resultados são apresentados no gráfico abaixo, já
confirmavam a maior retenção do conhecimento em relação à forma tradicional de
ensino.
118
São inúmeras as vantagens pela adoção destas metodologias de ensino, como o
desenvolvimento do pensamento crítico, aumento da retenção e transmissão do
conhecimento, maior motivação e melhora das relações interpessoais.
Além disso, pesquisas indicam que há uma maior responsabilidade dos estudantes
com seu próprio aprendizado e uma motivação maior para estar presente e
participar das aulas ministradas com metodologias de ensino ativas. As
metodologias podem ser diferentes em cursos diferentes e em disciplinas
diferentes.
A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu estuda a metodologia e preparase para sua utilização desde o início do ano de 2012. Grandes nomes brasileiros do
assunto foram contratados para ministrar cursos e workshops para o corpo docente
da instituição, como o professor Dr. Álvaro Neves da Universidade Federal de
Viçosa e o professor Dr. Paulo Zucollotto da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas.
119
Foram implementados grupos de estudo, participação em seminários sobre o tema
e visita a instituições de ensino que se destacam na metodologia, como a
Universidade de MacMaster no Canadá, onde foi criada a metodologia de
Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem Based Learning - PBL).
Os grupos de estudos da FACIG analisaram inúmeras das práticas disponíveis
para decidir quais implantar, dentre àquelas mais adequadas à realidade brasileira
e regional. Nos Estados Unidos, por exemplo, está em evidência a metodologia
Flipped Classroom, onde o método de ensino é invertido, com os alunos estudando
fora da sala de aula, geralmente online, realizando os "trabalhos de casa" em sala
de aula. Como esta é uma metodologia que demanda muito tempo de dedicação
fora da sala de aula para assistir às aulas, não foi adotada respeitando a realidade
regional, onde a maioria dos estudantes trabalham durante todo o dia, assistindo as
aulas no período noturno, não possuindo tempo para assistir a todas as aulas fora
do horário noturno.
Assim, foram selecionadas para implantação na Faculdade de Ciências Gerenciais
de Manhuaçu as metodologias Aprendizagem Baseada em Problemas, Método
Audiovisual, Projetos, Método de Caso, Classroom Response Systems e Júri
Simulado / Debate.
A partir do segundo semestre de 2013, 20% de todas as aulas na FACIG passaram
a serem ministradas por metodologias de ensino ativas, tendo os professores a
liberdade em elaborar os programas de ensino das disciplinas mesclando estas
seis metodologias selecionadas. Cada uma destas seis metodologias selecionadas
possui um grupo de professores multiplicadores, que ficam disponíveis para
solução de dúvidas e direcionamento dos demais, como também ministram todo
início de semestre workshops para os novos professores.
Em breve, a instituição terá 50% das suas aulas ministradas com metodologias de
ensino ativas.
120
Essa metodologia visa garantir a ideal integração entre teoria e prática tão
necessária em nosso ensino superior.
11. Formas de Realização da Interdisciplinaridade
As unidades curriculares: Projeto Interdisciplinar e Estágio Supervisionado fazem
do ensino uma prática, sendo estas formas de interdisciplinaridade capazes de
levarem o conteúdo e a ciência visto em sala de aula para a realidade do
educando.
No decorrer do curso também são realizadas diversas atividades que levam o aluno
a capacidade de dialogar com as diversas áreas do conhecimento, fazendo
entender o saber como um todo e não partes, ou fragmentações, voltadas para a
sua formação individual e profissional.
12. Metodologia
12.1. Acompanhamento e Avaliação
O rendimento escolar do aluno, em cada disciplina, é verificado pela sua
assiduidade e eficiência nos estudos em cada semestre. A freqüência às aulas e
demais atividades acadêmicas, permitida apenas aos matriculados, é obrigatória,
vedado o abono de faltas. Independente dos demais resultados obtidos é
considerado reprovado na disciplina o aluno que não tenha freqüência mínima de
75% (setenta e cinco por cento) às aulas e demais atividades acadêmicas de cada
disciplina.
A verificação e o registro da freqüência cabe ao professor, e seu controle, à
Secretaria Geral. Segundo as normas regimentais, fica impedido de prestar exame
final, quando houver, o aluno que tenha faltado a mais de 25% (vinte e cinco por
cento) das atividades programadas na disciplina, ficando, então, automaticamente
reprovado na mesma. O aproveitamento escolar será avaliado por meio do
acompanhamento contínuo do aluno, competindo ao professor elaborar os
exercícios escolares sob a forma de provas, seminários, testes e determinar
121
trabalhos, bem como julgar-lhes os resultados. Os pontos cabíveis em cada
atividade serão graduados de 0 (zero) a 100 (cem), considerando-se como
resultado final da disciplina a soma resultante dos pontos obtidos. Será
considerado aprovado o aluno que, na respectiva disciplina, obtiver a soma de
pontos igual ou superior a 60 (sessenta) e o mínimo de 75% (setenta e cinco por
cento) de freqüência às aulas e demais atividades programadas. Uma outra
avaliação da disciplina (exame final) será facultada ao aluno que obtiver no
conjunto das avaliações de uma mesma disciplina, ao longo do período letivo,
resultado igual ou superior a 50 pontos e inferior a 60 pontos, considerando-se,
como resultado final, se aprovado, 60 pontos.
12.2. Atendimento ao Discente
Em auxilio ao discente em sua trajetória acadêmica, a Faculdade de Ciências
Gerenciais de Manhuaçu – FACIG - tem como política institucional a prática de
mecanismo de nivelamento com vistas a favorecer o desempenho de forma integral
e continuada. Esse mecanismo é compreendido pelo Programa Intensivo de
Nivelamento – PIN e pelo Programa de Correção de Deficiências - PCD.
O PIN é uma atividade programada com vistas ao atendimento aos acadêmicos
entrantes e tem como estratégia de ação uma programação diferenciada onde são
desenvolvidas atividades de apoio a demanda de desconhecimento das estruturas
e dinâmicas institucionais; desnivelamento de conteúdo programático e ansiedade
pela nova situação pessoal de ingresso no ensino superior. Para dar atenção às
demandas usualmente encontradas, foram desenvolvidas atividades direcionadas:
- Simpósio de Boas Vindas, onde são apresentadas aos alunos as instalações da
instituição; o coordenador de cada um dos cursos superiores oferecidos, bem como
seus horários de atendimento aos discentes; o regimento da instituição; o
funcionamento dos órgãos colegiados; o regimento da biblioteca; o serviço de
orientação pedagógica e são ministradas palestras motivacionais para os
ingressantes em um curso superior.
- Reunião com a responsável pelo serviço de orientação pedagógica da instituição,
onde é apresentado seu funcionamento, formas de agendamento e resultados
esperados.
122
- Aulas específicas de português, matemática, cálculo I e de introdução à
informática, que são ministradas gratuitamente em horário distinto ao horário das
aulas, visando permitir a participação de todos os necessitados ou interessados.
Estas aulas objetivam oferecer suporte às disciplinas oferecidas nos cursos
superiores ofertados pela instituição, cobrindo lacunas provenientes do ensino
médio e também deficiências encontradas em ingressantes afastados a muito
tempo das salas de aula.
As atividades do PIN seguem calendário específico, disponibilizado na internet e
nos quadros de aviso da instituição.
O PCD é um programa que acontece por demanda, objetivando auxiliar aqueles
acadêmicos com deficiências identificadas em conteúdos específicos. Em um
primeiro momento, os alunos são direcionados para os monitores do respectivo
curso. Não sendo sanadas as deficiências, são ofertadas pela coordenação de
curso aulas de revisão e / ou de reforço visando evitar dificuldades no desempenho
do discente ao longo do curso. A identificação destas dificuldades acontece por
manifestação espontânea do próprio aluno, pela análise das notas de trabalhos e
de provas realizados e também por indicação específica do professor de
determinada disciplina. Este programa possui o mérito de ser flexível de acordo
com a demanda detectada, podendo ser implementado a qualquer tempo.
Os dois mecanismos de Nivelamento - PIN e PCD - implantados pela instituição se
desenvolvem de modo inter-setorial, contando com a participação efetiva de vários
segmentos da Instituição, principalmente do serviço de orientação pedagógica, das
coordenações e colegiados de curso.
Os programas desenvolvidos são arquivados em relatórios substanciados, sendo
analisados periodicamente tendo como base a análise dos pontos positivos e
pontos negativos, visando estar sempre servindo como mecanismos de
nivelamento efetivo e eficiente.
123
13. Núcleo Docente Estruturante (NDE)
O Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso Superior de Serviço Social foi
criado buscando envidar esforços de alta qualidade na implementação e
consolidação do Projeto Pedagógico do Curso. O NDE foi constituído visando
atender ao disposto pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES). É um componente de curso composto pelo coordenador do curso e por
um grupo de docentes, com participação ativa na elaboração e na implantação do
Projeto Pedagógico do Curso. Nesse sentido, possui função eminentemente
pedagógica,
destacando
as
seguintes
atribuições:
(1)
contribuir
para
a
consolidação do perfil profissional do egresso do curso; (2) atuar visando a
obtenção dos objetivos do curso por parte dos discentes; (3) zelar pela integração
curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino constantes no
currículo; (4) indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa
e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de exigências do mercado de
trabalho e afinadas com as políticas públicas relativas à área de conhecimento do
curso; e (5) zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para o
curso. O NDE reuni, ordinariamente, por convocação de iniciativa do seu
presidente, duas vezes por semestre e, extraordinariamente, sempre que
convocado ou pela maioria de seus membros.
14. Programa de Monitoria
A monitoria, componente da Política Institucional da IES, é entendida como
instrumento para a melhoria do ensino da graduação, por meio do estabelecimento
de novas práticas e experiências pedagógicas que visem fortalecer a articulação
entre teoria e prática Assim, foi criado o programa de Bolsa de Monitoria,
remunerado, que insere alunos regularmente matriculados nos cursos de
graduação da FACIG em atividades relacionadas do curso.
124
A seleção para monitores acontece semestralmente, através de edital previamente
divulgado, contendo todas as atribuições referentes às atividades a serem
desenvolvidas, valores e vigência da bolsa.
De maneira geral, podemos enumerar as seguintes atribuições dos monitores:

Colaborar com o docente no desempenho de tarefas didáticas, tais como:
preparação de aulas práticas, aplicação de exercícios, trabalhos escolares, e outros
de natureza similar;

Auxiliar os alunos na realização de trabalhos práticos ou experimentais,
sempre que compatível com seu grau de conhecimento e experiência;

Cooperar no atendimento e orientação aos alunos, visando sua adaptação e
maior integração na Faculdade;

Identificar eventuais falhas na execução do processo de ensino-
aprendizagem, propondo ao professor medidas alternativas; e

Apresentar relato de sua experiência, ao final das atividades programadas,
em forma de relatório.
É vedado ao monitor o exercício da docência, a realização de atividades de
responsabilidade exclusiva do professor, tal como assentamento de freqüência e
dos conteúdos no diário de classe, e as de caráter administrativo. Além disso, as
atividades programadas para o monitor não poderão estar sobrepostas ao seu
horário de aula em que esteja matriculado.
Ao professor, orientador de monitoria cabe as seguintes atribuições:

Orientar o monitor no desempenho das atividades programadas;

Capacitar o monitor no uso de metodologias de ensino/aprendizagem
adequadas à sua atuação nas atividades propostas;

Promover o aprofundamento dos conhecimentos do monitor quanto aos
conteúdos da disciplina;

Avaliar, de forma contínua, o desempenho do monitor através de critérios
previamente estabelecidos, e que sejam do conhecimento do monitor;

Identificar falhas eventuais no Programa de Monitoria, propor mudanças e
encaminhá-las para a Coordenação de Curso.
125
15. Infra-Estrutura
Neste item, apresenta-se toda a infra-estrutura física e acadêmica, além, da infraestrutura para portadores de necessidades especiais da Faculdade de Ciências
Gerenciais de Manhuaçu.
15.1. Espaço Físico Existente
A construção da nova sede da FACIG teve início no ano de 2005, com a mudança
das instalações ocorrendo em dezembro de 2006. O prédio sede do novo campus
recebeu o nome de “Ilha de Excelência”, constituindo-se em um dos mais belos e
modernos campi do Estado de Minas Gerais. Foi construído especificamente
planejado para instituição de ensino, tendo como direcionamento as mais altas
perspectivas de qualidade e funcionalidade, além é claro, de estar em perfeita
consonância com a demanda dos cursos de graduação e pós-graduação que as
utiliza. Contendo sete andares, o prédio possui 30 salas de aulas amplas e
confortavelmente instaladas em um ambiente próprio para a atividade acadêmica,
uma área destinada à biblioteca, salas de estudos, sala de áudio-visual,
laboratórios de informática, laboratório de ciências, laboratório de turismo,
laboratório de construções, laboratório de geoprocessamento, sala para empresa
júnior, central de cópias, cantina, amplas instalações para o corpo docente,
coordenadores de curso e para o pessoal técnico administrativo. O campus possui,
ainda, um auditório com capacidade para 250 pessoas. Todo o prédio foi projetado
tendo como foco o atendimento aos deficientes físicos e respeitando todas as
instruções reguladas por lei. O prédio possui uma área total de 3.870,00 m2 de
construção.
No quadro abaixo está especificado o tamanho de cada local:
126
Quantidade
Área (m2)
Sala de Direção
1
44,55
Salas de Coordenação
3
40,70
Orientação pedagógica
1
11,10
Dependências
Sala de Professores
1
21,20
Sala de Reunião
1
28,40
Salas de Aulas
30
1.240,50
Sanitários
28
201,60
Pátio Coberto / Área de Lazer / Convivência / Cantina
1
50,00
Setor de Atendimento / Tesouraria
2
50,00
Praça de Alimentação
1
50,00
Central de Cópias
1
17,60
Laboratório de Informática
3
127,30
Laboratório de Geoprocessamento
1
48,70
Laboratório de Ciências
1
48,70
Laboratório de Construções
1
48,70
Laboratório de Turismo
1
48,70
Empresa júnior
1
17,30
Biblioteca
1
181,10
Auditório
1
200,00
Sala de Marketing
1
13,00
Sala de Leitura / Estudos
2
25,60
Coordenadoria de Educação à distância
1
20,35
Secretaria da IES
1
26,50
Quadra poliesportiva
1
300,00
15.2. Recursos Áudio-visuais
Item
Observações
Quantidade
Televisores
33” e 34”
17
Televisores
29”
13
Vídeos cassete
Hifi stereo
6
DVD / VHS
Combinado DVD e Vídeo no mesmo aparelho
2
DVD
Semp e outros
28
Retroprojetores
3M e outros
6
Canhões Multimídia
Conector Pc – TV que o substituiu: Grand Tec
4
Data Show
26
Projetores de Slides
1
Câmeras
Contrato de convênio com Arca de Noé Video para locação sempre
127
2
que necessário.
Quadro Branco
36
Flip-charts
3
15.2.1. Tecnologias de informação e comunicação – TICs - no processo
ensino-aprendizagem.
Os recursos didáticos disponíveis para o processo de aprendizagem são: lousa eletrônica,
DVD, laboratório específicos do curso, laboratórios de informática, internet wi-fi 24 horas,
aparelhos de Data show em todas as salas, e leitores digitais Kindle´s para empréstimo aos
alunos. Além disso, a FACIG dispõe de aparelhos Classroom Response Systems, mais
conhecidos como Clickers, que permitem aos professores exercer atividades de métodos
ativos. Classroom Response Systems são utilizados para coletar rapidamente feedback dos
alunos a respeito de determinado assunto. Permite o aumento da participação dos
estudantes nas aulas por permitir que todos respondam às questões, mesmo àqueles mais
tímidos. Em uma aula tradicional, há o limite do tempo, que impede que todos os alunos
respondam verbalmente a uma pergunta. Outra vantagem é que a barreira entre professor e
aluno é quebrada pelo anonimato permitido por esta metodologia. Ainda há a questão da
vergonha por errar na frente dos colegas ou do medo de desagradar algum amigo por
discordar da sua opinião que são eliminados com a utilização do Clicker. A instituição
possui, ainda, o software ASC Time Tables que é utilizado pela Secretaria Geral e pela
Diretoria Acadêmica para a elaboração dos horários de aulas, com a emissão de relatórios
por professores e por alunos. Este software otimiza a elaboração dos horários de aula, além
de possibilitar a emissão individualizada dos horários principalmente para alunos que
cursam disciplinas em diversas turmas. Nos laboratórios de informática a FACIG possui
instalado o software Lanschool que possibilitada o controle total dos equipamentos por
parte dos alunos, incluindo travando dos computadores dos alunos, replicação da tela do
professor para todos os alunos, visualização individual das atividades dos alunos por parte
do professor além de possibilitar comunicação individual aluno – professor. A instituição
possui um software de Gestão Acadêmico denominado WebGiz, onde os alunos e
professores tem acesso a notas, faltas, atividades e download de material de qualquer local
de mundo com acesso à internet. Outra software que a IEs possui é o Dosvox que é uma
ferramenta de auxílio aos portadores de necessidades especiais, desenvolvido pela UFRJ,
que permite o controle dos aplicativos por comandos de voz. O programa realiza a
comunicação através de síntese de voz em português, sendo que a mesma pode ser
configurada para outros idiomas. O Dosvox é composto por um sistema operacional que
contém os elementos de interface com o usuário, sistema de síntese de fala, editor, leitor e
impressor/formatador de textos, impressor/formatador para Braille, jogos de caráter didático
128
e lúdico, ampliador de telas para pessoas com visão reduzida, programas para ajuda à
educação de crianças, programas sonoros para acesso à Interne e um leitor simplificado de
telas para Windows. Ressalta-se a preocupação que a IES possui em propiciar a inclusão
de todas as pessoas no processo educacional. Os criadores do software Dosvox
argumentam que os objetivos do mesmo são: (1) associar a tecnologia, a educação e a
cidadania social pra todos os indivíduos; (2) e a educação para a cidadania plena colocando
pessoas em condições de trabalhar em qualquer ambiente, tomar decisões, buscar o êxito
pessoal, integrando-se socialmente como parte de um coletivo.
129
15.3. Laboratórios de Informática
Laboratório (nº e/ou nome)
Área (m²)
01 - Linux
48
m² por estação
m² por aluno
Descrição (Materiais, Ferramentas, Softwares Instalados, e/ou dados)
Sistema Operacional Ubuntu 10.04; Pacote de Escritório Open Office 3.2; Browser Mozilla
3.6.12; Borland Kylix; Free Pascal;
Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros)
Qtde.
Especificações
20
AMD Duron 1600 MHz, HD 40 GB, 512 MB RAM, placa de rede, teclado, mouse,
monitor CRT 15 polegadas, acesso à Internet.
Laboratório (nº e/ou nome)
Área (m²)
02 - Dell I
48
m² por estação
m² por aluno
Descrição (Materiais, Ferramentas, Softwares Instalados, e/ou dados)
Sistema Operacional Microsoft Windows XP Professional 2002, Service Pack 3; Pacote de
Escritório Open Office 3.2; Browser Mozilla 3.6.12 e Internet Explorer 8; Free Pascal; Dev
C++; PHP Editor; VisualG; MySQL.
Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros)
Qtde.
21
Especificações
Intel (R) Celeron (R) CPU 3.06 GHz, HD 80 GB, 512 MB RAM, placa de rede,
teclado, mouse, kit multimídia 56x, monitor LCD 15 polegadas, acesso à Internet.
130
Laboratório (nº e/ou nome)
Área (m²)
03 - Dell II
48
m² por estação
m² por aluno
Descrição (Materiais, Ferramentas, Softwares Instalados, e/ou dados)
Sistema Operacional Microsoft Windows XP Professional 2002, Service Pack 3; Pacote de
Escritório Microsoft Office 2003; Browser Mozilla 3.6.12 e Internet Explorer 8; Free Pascal;
Dev C++; PHP Editor; VisualG; Mastermaq NG; MySQL.
Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros)
Qtde.
24
Especificações
Pentium (R) Dual-Core CPU E5200 2,50 GHz, HD 160 GB, 3 GB RAM, placa de
rede, teclado, mouse, kit multimídia 56x, monitor LCD 17 polegadas, acesso à
Internet.
Laboratório (nº e/ou nome)
Área (m²)
04 - Geoprocessamento
48
m² por estação
m² por aluno
Descrição (Materiais, Ferramentas, Softwares Instalados, e/ou dados)
Sistema Operacional Microsoft Windows XP Professional 2002, Service Pack 3; Pacote de
Escritório Microsoft Office 2003; Browser Mozilla 3.6.12 e Internet Explorer 8; Free Pascal;
Dev C++; PHP Editor; VisualG; GPS TrackMaker; Google Earth; Google SketchUp;
A9CAD; MySQL.
Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros)
Qtde.
21
Especificações
Intel (R) Celeron (R) CPU 3.06 GHz, HD 80 GB, 512 MB RAM, placa de rede,
teclado, mouse, kit multimídia 56x, monitor LCD 15 polegadas (02 monitores de 19
polegadas), acesso à Internet. (10 máquinas).
Pentium (R) Dual-Core CPU E5200 2,50 GHz, HD 160 GB, 3 GB RAM, placa de
rede, teclado, mouse, kit multimídia 56x, monitor LCD 17 polegadas, acesso à
Internet. (10 máquinas).
15.4. Plano de Atualização Tecnológica e Manutenção de Equipamentos
A instituição está em constante processo de atualização tecnológica, tanto dos
softwares quanto dos hardwares instalados nos seus laboratórios e demais
unidades. A FACIG tem, por objetivo, oferecer aos docentes e discentes o que há
de mais moderno em termos de tecnologia na sua área de atuação. Os softwares
131
disponíveis (sistema operacional, browser, pacote de automação de escritório,
linguagens de programação, entre outros) são atualizados imediatamente após o
teste por um técnico da instituição de uma nova versão lançada. Os equipamentos
novos adquiridos são sempre o “estado da arte” do setor, sendo que os
equipamentos existentes são atualizados na medida em que são verificadas as
necessidades, visando obter um bom desempenho nas atividades acadêmicas. A
instituição é assinante do Microsoft Action Pack e é Centro Autorizado Conectiva /
Mandriva, recebendo periodicamente novas versões de softwares “mundo
Windows” e “mundo Linux”.
16. Políticas de Acessibilidade
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, acessível é “o
espaço, a edificação, o mobiliário ou elemento que possa ser alcançado, visitado e
utilizado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com deficiência”. O termo
acessível implica tanto em acessibilidade física como de comunicação.
Hoje em dia, aumenta no mundo todo, o interesse em se conceber os ambientes de
forma mais abrangente e menos restritiva, ou seja, com atenção à diversidade das
pessoas, suas necessidades e possibilidades físicas e sensoriais. É o
reconhecimento das diferenças de habilidade entre os indivíduos e as modificações
pelas quais passa o nosso próprio corpo durante a vida.
A aceitação dessa realidade modifica conceitualmente os espaços edificados,
apontando para um projeto mais responsável e compromissado. Ao reconhecermos
a diversidade das pessoas, cabe-nos trabalhar os ambientes de forma a atender
uma gama cada vez maior de usuários. As vantagens dos ambientes livres de
barreiras beneficiam 100% dos usuários e não apenas determinado segmento, e a
acessibilidade é considerada como um item dentre os demais, tal como iluminação
ou ventilação adequadas.
No ambiente escolar em especial, um meio físico acessível pode ser inclusivo e
pode transformar a possibilidade de integração entre as crianças, jovens, adultos e
132
idosos e o seu desempenho. Os ambientes inacessíveis são fator preponderante
na dificuldade de inclusão na escola para as pessoas com deficiência ou algum tipo
de limitação física, psíquica, motora, intelectual, podendo determinar que alguns
sejam excluídos também do mercado de trabalho. O meio pode reforçar uma
deficiência valorizando um impedimento ou torná-la sem importância naquele
contexto.
Ao se receber os alunos com barreiras, que impedem alguns ao simples acesso à
sala de aula, ao computador ou a ida ao banheiro com autonomia, está instaurado
um poderoso fator de exclusão social e não haverá inclusão de fato, baseada
unicamente na dedicação e boa vontade dos professores e funcionários, é preciso
que a infraestrutura da escola seja coerente com os princípios de inclusão, e
espelhe o respeito a estes alunos, através do cuidado com instalações aptas a
recebê-los sem restrições, em um meio-ambiente atento às suas diferenças.
Diversos aspectos contribuem na instalação de um entorno mais adequado. A
situação sócio-política de cada região e a consciência de que todos têm “direito à
cidade” interferem na facilitação de qualquer ação pró-acessibilidade. É
fundamental o suporte em termos de legislação e normatização, o desenvolvimento
e a busca de consenso nessas áreas, de forma a fortalecer o cumprimento dos
avanços e diretrizes instituídos.
Apesar de muitos avanços pontuais, o espaço físico de nossas cidades segue
sendo um determinante fator de exclusão social, uma vez que a escola está
incluída na cidade e seus serviços e de nada adianta a escola ser acessível se não
há como o aluno com deficiência chegar até a escola. É devido à inadequação das
vias urbanas, calçadas e transportes coletivos, que o aluno com mobilidade
reduzida, fica muitas vezes impedido do acesso à educação. O entorno urbanístico
costuma apresentar barreiras e não há transporte público acessível adequado. Esta
é uma realidade enfrentada pelas pessoas com algum tipo de deficiência, muitas
vezes o acesso aos diversos espaços é um transtorno, com obstáculos e barreiras
arquitetônicas dentre outras, impondo limites no acesso para sua formação
profissional e na concorrência para o mercado de trabalho.
133
O direito ao acesso sem restrições está garantido pela legislação brasileira atual e
do ponto de vista econômico e social, é de interesse do Estado e de toda a
sociedade visando permitir o desenvolvimento e a produção de todo indivíduo. O
espaço acessível não só agrega qualidade de vida e melhora a produtividade, a
satisfação e o desempenho das funções em geral, mas traduz algo mais sobre os
valores culturais de quem oferece aquele espaço e a efetivação de direito sociais
através das políticas de inclusão.
É importante dizer que não basta pensar em educação inclusiva sem pensar no
desenho universal da cidade e seu serviço de transporte acessível, que propiciem
ao aluno chegar à escola. É preciso avançar neste sentido.
A comunidade escolar já percebe e aprova as adaptações curriculares para atender
as necessidades educacionais especiais dos alunos. É importante enfatizar que
não há um único processo de adaptação curricular válido para qualquer situação ou
realidade educativa, cabendo a cada contexto escolar buscar soluções que melhor
atenda à sua comunidade. Entretanto, deve-se apontar para a possibilidade de se
buscar novos conhecimentos e recursos, que venham contribuir na inserção dos
alunos com necessidades educacionais especiais no espaço escolar.
As diversas formas de acessibilidades: atitudinal, física, digital, nas comunicações,
pedagógica, nos transportes, etc, pressupõem medidas que extrapolam a dimensão
arquitetônica e abrangem o campo legal, curricular, das práticas avaliativas,
metodológicas, entre outras. Dotar as instituições de educação superior (IES) de
condições de acessibilidade é materializar os princípios da inclusão educacional
que implicam em assegurar não só o acesso, mas condições plenas de
participação e aprendizagem a todos os estudantes.
Na educação superior o debate sobre a inclusão se inscreve na discussão mais
ampla do direito de todos à educação e na igualdade de oportunidades de acesso e
permanência, com sucesso, nessa etapa de ensino. Paradoxalmente, apesar de
um crescente ingresso do alunado que demanda atendimento especial, que
confronta as práticas discriminatórias e a cultura seletiva e elitista da educação
superior, dados do Censo da Educação Superior do ano de 2011 demonstram que,
134
em um universo de 6.739.689 estudantes com matrícula, apenas 23.250
apresentam algum tipo de deficiência, o que equivale a um percentual de 0,35%.
(INEP, 2012).
Assim, para fazer avançar a política de inclusão, é fundamental que a evolução das
matrículas se dê acompanhada de políticas públicas que garantam não só a
acessibilidade aos estudantes já matriculados, mas a disseminação da informação
e sensibilização da comunidade acadêmica para o desenvolvimento da educação
inclusiva, dando sequência aos dispositivos legais, às orientações dos organismos
internacionais e à política de democratização do ensino instituída pelo governo
federal.
De acordo com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) Decreto nº
7.611/11 uma instituição de educação superior socialmente responsável é aquela
que: identifica as potencialidades e vulnerabilidades sociais, econômicas e
culturais, de sua realidade local e global a fim de promover a inclusão plena;
estabelece metas e organiza estratégias para o enfrentamento e superação das
fragilidades constatadas; pratica a intersetorialidade e a transversalidade da
educação especial; reconhece a necessidade de mudança cultural e investe no
desenvolvimento de ações de formação continuada para a inclusão, envolvendo os
professores e toda a comunidade acadêmica e promove acessibilidade, em seu
sentido pleno, não só aos estudantes com deficiência, mobilidade reduzida ou
necessidades educacionais especiais, mas aos professores, funcionários e à
população que frequenta a instituição e se beneficia de alguma forma de seus
serviços.
Quando garante a todos o direito à educação, a Constituição Federal/1988,
segundo Mantoan (2003) não usa adjetivos, o que implica no entendimento de que
toda instituição educacional deve atender aos princípios constitucionais, não
podendo excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade,
deficiência ou qualquer outro condicionante que a coloque em condição de
vulnerabilidade social.
135
A favor do acolhimento das diferenças e da diversidade humana no ambiente
educacional, temos hoje novos desenvolvimentos conceituais e teóricos que
superam concepções reducionistas de aprendizagem e apontam para a relação
dialética entre a hereditariedade e o meio, como fator imprescindível para o
desenvolvimento humano. As concepções interacionistas apóiam-se na ideia da
interação entre organismo e meio e veem o conhecimento como um processo
construído pelo indivíduo ao longo da vida.
Dessa forma, as IES devem estabelecer uma política de acessibilidade voltada à
inclusão plena dos estudantes público-alvo da Política de Educação Especial
(2008) e demais estudantes com necessidades educacionais especiais e/ou
mobilidade reduzida, contemplando a acessibilidade, desde os processos de
seleção, no PDI; no planejamento e execução orçamentária; na composição do
quadro de profissionais; nos projetos pedagógicos dos cursos; nas condições de
infraestrutura arquitetônica; nos serviços de atendimento ao público; no sítio
eletrônico e demais publicações; no acervo pedagógico e cultural; e na
disponibilização de materiais pedagógicos e recursos acessíveis. Quanto ao
atendimento educacional especializado, um dos pilares da educação inclusiva, o
entendimento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva é que ele constitui uma ação do sistema de ensino no sentido
de acolher a diversidade ao longo do processo educativo, constituindo-se em um
serviço disponibilizado pela escola/IES para oferecer o suporte necessário às
necessidades educacionais especiais dos alunos, favorecendo seu acesso ao
conhecimento.
A IES - Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu/MG – FACIG - busca
constantemente se adequar as exigências de acessibilidade dos alunos que
procuram a instituição para ampliar o seu conhecimento, garantindo o livre acesso
sem discriminação de raça, gênero, etnia, religião ou classe social. Para tanto,
criou no ano de 2013 o núcleo de Acessibilidade objetivando garantir uma política
de acessibilidade que adequada à sua realidade.
Desde o ingresso, através do vestibular, garante nas salas de aplicação das provas
professores de libras e interpretes para os vestibulandos que necessitarem.
136
Preocupando-se com os mais vulneráveis financeiramente, a instituição oferece em
todos os seus cursos o Programa Universidade para Todos (PROUNI),
possibilitando a obtenção de bolsas integrais, e ao Financiamento Estudantil
(FIES), sem limite de alunos, que são programas federais vinculados ao Ministério
da Educação (MEC). Além destes, a instituição em convênio com a Prefeitura
Municipal de Manhuaçu oferece aos mais carentes bolsa de estudos parcial.
A FACIG possui, ainda, um projeto denominado “Olimpíada do Conhecimento”
onde são aplicadas provas nas escolas da rede pública de toda a região
objetivando o acesso dos alunos carentes destas escolas nos cursos da instituição.
O melhor aluno de cada escola tem garantido até o final do curso 50% de desconto
nas mensalidades.
Visando proporcionar acessibilidade digital e nas comunicações, a instituição conta
com um avançado sistema de gestão acadêmica e de biblioteca em “Cloud
computing” acessível para funcionários, alunos e professores 24 horas por dia, 7
dias por semana, de qualquer lugar do mundo. Os laboratórios de informática
possuem software especial DOS VOX que facilita o uso dos equipamentos por
portadores de deficiência visual. Estão disponíveis, também, calculadoras
“falantes”. Seus dois campi possuem internet wi-fi a disposição de toda a
comunidade acadêmica. Há, ainda, leitores digitais Kindle, com capacidade para
mais de 1.000 títulos cada um.
O acervo bibliográfico é dotado de diversas obras em braile e também audiobooks.
Estão disponíveis aos portadores de deficiência visual máquina de escrevem em
braile, globo com relevo, reglete, sorobã e guia para assinatura.
A instituição recebe alunos de inúmeras cidades vizinhas e de outros estados,
principalmente do Espírito Santo. Estes alunos utilizam de transportes coletivos
especiais para chegar à faculdade que oferece lanche aos motoristas que
aguardam por quatro horas os alunos até o retorno para suas cidades. Também
transporta gratuitamente através de veículo próprio os alunos do centro de
Manhuaçu até o Campus Alfa Sul.
137
Há vagas de estacionamento demarcadas para portadores de necessidades
especiais. De forma permanente, a instituição possui cadeiras de rodas disponíveis
para eventual necessidade.
Àqueles com desvios de comportamento e com deficiência pedagógica são
encaminhados e atendidos pelo atuante serviço psicopedagógico da instituição.
A instituição encontra-se atenta às necessidades dos alunos, numa busca
sistemática pela adaptação e ampliação da qualidade do acesso ao conhecimento
em suas mais diversas formas, com o objetivo de garantir um ensino de qualidade
sem nenhum tipo de limitação a este conhecimento ou qualquer discriminação de
acesso.
A partir da exigência de condições de acesso aos portadores de deficiências, o
prédio da Instituição foi construído adequadamente com elevadores, rampas,
banheiros, enfim, com todos os requisitos necessários para atendimento dos
mesmos.
Em relação à infra-estrutura dos dois Campi, a Faculdade de Ciências Gerenciais
de Manhuaçu projetou para assegurar aos estudantes portadores de necessidades
especiais, condições básicas de acesso ao ensino superior, de mobilidade e de
utilização de equipamentos e de instalações em seus ambientes, tendo como
referência aos decretos 5.296/2004; 5.626/2005 e 5.773/2006 que tratam da
Acessibilidade às pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais.
17. Biblioteca
Área física disponível: 181,10 m2
Formas de acesso e utilização: A biblioteca “Dr. Jorge Hannas” pode ser acessada
das 8:00 às 22:40 hs de segunda a sexta-feira, e das 8:00 às 12:00 hs aos
sábados. Todos os serviços da Biblioteca podem ser acessados on line pelo
sistema AIX. Cada pessoa pode contrair empréstimo de três livros de uma só vez.
138
A devolução fora do prazo acarreta em multa diária, por cada exemplar em atraso.
Os periódicos não são emprestados.
Acervo da Biblioteca Dr. Jorge Hannas.
Tipos
Livros
Periódicos
Outros Materiais Bibliográficos
Total
Títulos
Exemplares
10157
264
2079
12.500
25051
6460
3203
34.714
17.1. Periódicos do curso de Serviço Social
Impressos:
Revista Serviço Social e Sociedade
Sociologia: ciência e vida
Ensino superior
Revista educação
Nova escola
Online:
Revista argumentun
Revista Argumentun: http://www.periodicos.ufes.br/argumentum
Revista qualitas
Revista Qualitas: http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/index
Revista ser social
Revista Ser Social: http://seer.bce.unb.br/index.php/SER_Social/issue/view/631
Revista praia vermelha
Revista Praia Vermelha:
http://web.intranet.ess.ufrj.br/ejornal/index.php/praiavermelha
Serviço social em revista
Revista Serviço Social em Revista:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista
Revista katalysis
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis
Revista Crítica marxista
http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/bibliotecavirtual.html
139
Serviço Social & Realidade
http://periodicos.franca.unesp.br/index.php/SSR
Cadernos CRH
http://www.cadernocrh.ufba.br/
Conversas e controvérsias
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/conversasecontroversias
Civitas
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas
Revista inclusão social
http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao/index
Ilha - revista de antropologia
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/ilha
Política & sociedade
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/politica
Revista barbarói
http://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi
Revista ponto de vista
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/pontodevista
Revista ACTA
http://www.unasp-ec.com/revistas/index.php/actacientifica
Revista libertas
http://www.editoraufjf.com.br/revista/index.php/libertas/index
Revista Análise
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face
Revista Ciência e Saúde Coletiva
http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/edicoes/index.php
Revista em Pauta: Teoria Social e Realidade Contemporânea
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaempauta/issue/current
Revista Interface
http://www.interface.org.br/
Revista Oikos
http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos
Revista de Saúde Pública
140
http://www.rsp.fsp.usp.br/mensagem/pub/bemvindo.php?tipo=0
Revista de Sociologia e Política
www.ser.ufpr.br/rsp
Revista Serviço Social e Sociedade:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=0101-6628&lng=pt&nrm=iso
Revista Sociologias
seer.ufrgs.br/sociologias
Revista Texto e Contextos
http://revistaseletronicas.pucrs.br/fass/ojs/index.php/fass
17.2. Política de atualização da Biblioteca
As aquisições para a biblioteca se fazem semestralmente, consoante indicação do
corpo docente, diretoria, coordenação dos cursos, bibliotecário e alunos. Ao final de
cada semestre, os professores indicam os livros básicos e complementares que
serão adotados em sala de aula no semestre seguinte. Para a administração da
biblioteca, essas indicações são consideradas como pré-seleção, ou seja, os
professores selecionam previamente os livros que indicam para aquisição.
No decorrer do semestre, são também adquiridas obras relevantes para os cursos
ou aquelas de caráter de interesse geral cuja existência, no acervo, é considerada
importante.
A fim de se revelar criteriosa, a seleção do material bibliográfico obedece aos
seguintes parâmetros:
a) adequação às capacidades, necessidades e interesses dos usuários;
b) existência de novas edições, a cada ano, superando edições anteriores;
c) preferência por novos títulos, obras de autores consagrados e data atual de
publicação;
d) caracterização do valor histórico das obras seja ele legal, fiscal ou cultural;
e) número de exemplares existentes de cada obra, com verificação estatística da
freqüência de uso pelos usuários;
f) prioridade para os conceitos especificidade e relevância do tema e para o caráter
utilitário profissionalizante.
141
Vale ressaltar que todos os serviços prestados pela biblioteca são informatizados e
estão disponíveis ao corpo docente e discente on line.
142
Download

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL