Administração
de
medicamentos
SEGUINDO O PLANO DE ENSINO
MÓDULO MEDICAÇÃO
Nov/13 CONCEITOS GERAIS, FARMACOLOGIA,
PRESCRIÇÃO, DISPENSAÇÃO, SISTEMA MÉTRICO E
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO.
Dez/13 7 CERTOS, VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E PUNÇÃO
VENOSA.
Jan/14 VIA PARENTERAL: INTRAMUSCULAR, SUBCUTÂNEA E
INTRADÉRMICA.
Jan/14 AVALIAÇÃO TEÓRICA.
A recuperação ou a manutenção da saúde
de pacientes com alterações agudas ou
crônicas é feita usando-se uma diversidade
de estratégias. O medicamento é uma
substância utilizada para o diagnóstico, o
tratamento, a cura, o alívio ou a prevenção
de alterações da saúde.
O enfermeiro tem uma função importante na
preparação e na administração da
medicação, na orientação a respeito do
medicamento e na avaliação da resposta do
paciente ao medicamento. (POTTER, 2005)
Conceitos farmacológicos
Nomes dos fármacos



Químico: descrição exata de sua
composição e sua estrutura
molecular.
Genérico: o 1° fabricante da droga
fornece o nome genério ou não
registrado. Torna-se o nome oficial.
Comercial: marca ou propriedade
registrada pelo fabricante.
N-acetil-para-aminofenol
Acetaminofeno
Tylenol®
cloridrato de etíl l-metil4-fenilisonipecotato
Meperidina
Dolantina®
(POTTER e PERRY, 2005, p. 869)
Classificação



Indica o seu efeito no organismo
Os efeitos desejados
Os sintomas que são aliviados
Ex: anti-histamínico, antidepressivos,
hipoglicemiante, antiinflamatórios,
analgésicos, antibióticos e etc.
Aspirina: analgésica, antipirética e antiinflamatória
(POTTER e PERRY, 2005, p. 869)
Formas dos medicamentos

Estão disponíveis em diversas formas ou
preparações.
Forma

Via de administração
A composição de um medicamento é
planejada para aumentar sua absorção e
seu metabolismo.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 869)
Formas
Descrição
Drágea
Forma de dosagem sólida para o uso oral. Formato de
cápsula e revestimento para facilitar a deglutição.
Cápsula
Forma de dosagem sólida para o uso oral. O
medicamento encontra-se como pó, óleo ou líquido
dentro de uma concha de gelatina.
Elixir
Fluído claro contendo água ou álcool. Uso oral. Adoçado.
Comprimido de De uso oral revestido com materiais que não dissolvem
revestimento
no estômago; os revestimentos são dissolvidos no
entérico
intestino, onde os fármacos são absorvidos.
Extrato
Forma concentrada da droga, feita pela separação da
porção ativa de uma droga de seus outros componentes;
por exemplo, o extrato líquido é uma droga transformada
em solução a partir de uma fonte vegetal.
Disco intraocular
Disco pequeno e flexível que ao contato com fluído ocular
libera o medicamento por até uma semana.
Loção
Medicamento
em
suspensão
externamente para proteger a pele.
líquida
aplicada
Formas
Descrição
Pílula
Forma sólida contendo um ou mais fármacos. Com forma
de glóbulos, ovóides ou oblongos; as pílulas autênticas
raramente são usada desde que foram substituídas por
comprimidos.
Solução
Preparado líquido que pode ser usado via oral, parenteral
ou externamente, também pode ser instilado para dentro
de um órgão ou cavidade do corpo (por exemplo, irrigação
da bexiga); contém água com um ou mais componentes
dissolvidos; deve ser estéril se o uso for parenteral.
Supositório
Forma sólida misturada com gelatina, desfaz quando
atinge a temperatura do corpo, liberando a droga para
absorção.
Xarope
Medicação dissolvida em solução concentrada de açúcar;
pode conter aromatizante para tornar a droga mais
palatável.
Formas
Descrição
Tintura
Solução da droga em álcool ou álcool hidratado.
Disco
transdérmico
Adesivos em forma de disco ou não, são semipermeáveis,
pois permitem que o fármaco seja absorvido pela pele por
longo tempo.
Pastilha
Fármaco sólido, plano e arredondado. Dissolve na boca
para liberar o medicamento.
Pasta
Preparado semi-sólido mais espesso, mais denso e
absorvido mais lento através da pele que a pomada.
Comprimido
Dosagem pulverizada e comprimida na forma de disco ou
cilindros rígidos. Além da droga primária eles podem
conter substâncias ligantes (que mantêm o pó aderido),
desintegrantes (que facilitam a dissolução), lubrificantes
(para facilitar manufatura) e excipientes (para conferir o
tamanho adequado ao comprimido).
Farmacocinética




Ação no organismo
Absorção: refere-se à passagem das moléculas
do fármaco do seu local de administração para o
sangue. Via, fluxo, capacidade de dissolver, lipossolubilidade, área de superfície
Distribuição: após ser absorvido o fármaco é
distribuído dentro do organismo para os tecidos
e os órgãos e finalmente para o seu local de
ação específica. Circulação, permeab. membrana e ligação as proteínas
Metabolismo: transformados em formas menos
ativa ou inativa – biotransformação.
Excreção: através dos rins, fígado, intestino,
pulmões e glândulas exócrinas.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 871)
Tipos de ações dos fármacos
Reações
Idiossincrásicas
Reações
Alérgicas
Leve à grave
Sensibilidade
imunológica
Reação exacerbada
ou diminuída
≠ do esperado
Efeitos
terapêuticos:
resposta esperada
Efeito tóxico
uso prolongado
ou prejuízo no
metabolismo ou
da excreção
Efeitos colaterais
São não intensionais
Inofensivos ou
prejudiciais
Efeito Adversos
Interromper o uso
(POTTER e PERRY, 2005, p. 875)
Interação medicamentosa


Um fármaco modifica a ação de outro
Podem ↑potencializar ou ↓reduzir a ação
Incompatibilidade medicamentosa

Na mistura de duas ou mais substância, elas
reagem entre si, produzindo um terceiro
composto que não tem mais a mesma natureza
química, característica física ou valor terapêutico.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 876)
Resposta às doses do medicamento
Abreviatura
Antes das refeições
AR
Duas vezes ao dia
2 x dia
As 8 h
8h
Na hora de dormir
Após refeições
AR
Quando necessário
SOS
Todas as manhãs, a cada manhã
M
Todos os dias, diariamente
De hora em hora
H em H
A cada 2 horas
A cada 2h
Dias alternados
Administrar imediatamente
Agora
A critério médico
ACM
Infusão contínua em bomba
BIC


Esquema usual de administração
de dosagens
Concentração/ pico/ meia-vida
sérica/ platô terapêutico.
intravenoso
Concentração plasmática
do fármaco
Esquema de dosagem
Medicamentos administrado
oral
Horas
(POTTER e PERRY, 2005, p. 877)
Tipos de prescrições

Prescrição de rotina
Tetraciclina 500mg VO de 6 em 6 h.

Prescrições para uso quando necessário (SOS)
Sulfato de morfina 2mg IV de 4/ 4h SOS se dor.

Prescrições únicas (um vez)
Valium 10mg VO às 09h.

Prescrições de urgência
Atropina 1mg IV agora

ACM/ avisar antes
Morfina 10mg SC ACM
Morfina 10mg SC as 06h avisar antes
(POTTER e PERRY, 2005, p. 885)
Prescrição Médica
Paciente: Arnaldo Lopes
Prontuário:373494
Hospital Universitário - UNIDERP
UI: Cardiologia
Medicamento
Aprazamento
1. Dieta oral livre
2. SF 0,9% 1000ml
Nacl 20ml
KCl 10ml
24h
3. Vancomicina 500mg, EV 6/6h
4. Fluconazol 200mg, EV, 2x ao dia
5. Hemoglucoteste 4 x ao dia, antes das refeições.
6. Esquema de insulina regular SC:
0-140=0 141-159=2UI 150-169=4UI
Avisar se <80 e >170mg/dl
7. Capoten 25mg, VO, 3x ao dia
8. Dipirona 2ml, EV, SOS
9. Plasil 2ml, EV, ACM
Data: ___/___/___
Peralta Jr
Médico
CRM/MS 88890
Resoluções do Cofen
225/ 2000

Art. 1º- É vedado ao Profissional
de Enfermagem aceitar, praticar,
cumprir ou executar prescrições
medicamentosas/terapêuticas,
oriundas de qualquer Profissional
da Área de Saúde, através de
rádio, telefonia ou meios
eletrônicos, onde não conste a
assinatura dos mesmos.

Art. 2º - Não se aplica ao artigo
anterior as situações de urgência,
na qual, efetivamente, haja
iminente e grave risco de vida do
cliente.
311/ 2007

Art. 37 – (direito)Recusar-se a
executar prescrição
medicamentosa e terapêutica,
onde não conste a assinatura e o
número de registro do
profissional, exceto em situações
de urgência e emergência.

Parágrafo único - O profissional
de enfermagem poderá recusarse a executar prescrição
medicamentosa e terapêutica em
caso de identificação de erro ou
ilegibilidade.
Resoluções do Cofen
281/ 2003

Art. 1º - É vedado a qualquer Profissional de Enfermagem
executar a repetição de prescrição de medicamentos, por mais de
24 horas, salvo quando a mesma é validada nos termos legais.

Parágrafo único: A situação de exceção prevista no caput, deverá
estar especificada por escrito, pelo profissional responsável pela
prescrição ou substituto, sendo vedada autorização verbal,
observando-se as situações expostas na Resolução COFEN nº.
225/2000.

Art. 2º - Quando completar-se 24horas da prescrição efetivada, e
não haver comparecimento para renovação/reavaliação da mesma,
pelo profissional responsável, deverá o profissional de Enfermagem
adotar as providências para denunciar a situação ao responsável
técnico da Instituição ou plantonista, relatando todo o ocorrido.
Sistema de distribuição



Dose unitária
Estoque de suprimentos
Sistema automatizados de medicamento
(POTTER e PERRY, 2005, p. 887)
Sistemas de medidas dos medicamentos
A administração apropriada de um
medicamento depende da capacidade
do enfermeiro em computar as doses
das medicações precisamente e
de medi-las corretamente.



Sistema métrico: Unidades métricas
Medida caseira: Ex. colheres e xícaras.
Soluções: M/V
(POTTER e PERRY, 2005, p. 880)
Sistema métrico




Unidades métricas podem ser facilmente
concertidas e computadas por meio de
multiplicações e divisões simples.
Cada unidade básica de mensuração está
organizada em unidade de 10. Multiplicandose ou dividindo-se por 10, formam-se as
unidade secundárias.
Multiplicação: vírgula decimal vai para direita
Divisão: vírgula decimal vai para esquerda
kg
multiplica
g
mg
divide
20,0 mg x 10 = 200 mg
20,0 mg ÷ 10 = 2,00 mg
(POTTER e PERRY, 2005, p. 881)
Sistema métrico

As unidades básicas são: metro (comprimento)
litro (volume)
Utilizados
grama (peso) pela enfermagem
Grama = g ou Gm
Litro = l ou L
1.000mg = 1g
350mg = 0,35g
Miligrama = mg
Mililitro = ml
1L = 1.000ml
0,25L= 250ml
(POTTER e PERRY, 2005, p. 881)
Soluções


Solução: é uma determinada massa de uma substância
sólida dissolvida em um volume conhecido de líquido ou
um determinado volume de líquido dissolvido em um
volume conhecido de outro líquido.
g/ml
Concentração: unidade de massa
g/L
unidade de volume
mg/ml
Concentração expressa em percentagem %
Ex.: uma solução a 10% corresponde a 10g de sólido
dissolvido em 100ml da solução.
 Proporção expressa concentrações
Ex.: uma solução 1/1.000 representa uma solução
contendo 1g de sólido em 1.000ml de líquido ou 1ml de
líquido misturado em 1.000ml de outro líquido.

(POTTER e PERRY, 2005, p. 882)

Ex.: uma solução de glicose com 5g de
glicose (soluto) dissolvida em 100 ml de
água (solvente) é uma solução com
concentração de 5%.
Isso significa que a concentração é
obtida pela divisão da massa (g) pelo
volume, e é expressa em % ou g/L.
Concentração: 5% ou 5/100
Cálculos clínicos
Dose prescrita x quantidade disponível = quantidade a
Dose disponível
ser administrada
Morfina 2mg IV
Dose prescrita: 2mg
Dose disponível:10mg em 1ml – 10mg/ml
Quantidade disponível: 1ml

2mg x 1ml = volume em mililitro
10mg
a ser administrado
0,2 ml
(POTTER e PERRY, 2005, p. 882)
Cálculos clínicos
Dose prescrita x quantidade disponível = quantidade a
Dose disponível
ser administrada




Eritromicina 250mg suspensão VO
Dose prescrita: 250mg
Dose disponível: frasco de 100ml
5ml contém 125mg
Quantidade disponível: 5ml
250mg x 5ml = volume em mililitro
125mg
a ser administrado
2 x 5ml = 10 ml
(POTTER e PERRY, 2005, p. 882)
Regra de três
Numa relação de grandezas proporcionais, se três valores
são conhecidos, é possível determinar o quarto termo.
Ex.: 1ml de morfina há 10 mg.
Quantos mg haverá em 2ml da mesma droga?

1ml 10mg
2ml x Xmg
1 x X = 2 x 10
x=20
1
x =20mg
(POTTER e PERRY, 2005, p. 883)
Porcentagem

Na porcentagem, o todo é expresso em 100%, portanto uma
certa porcentagem indica partes em 100.
25% = 25
100

ou 0,25
Porcentagem em fração decimal: dividir a porcentagem por
100 ou deslocar a vírgula decimal duas casas para a esquerda,
retirando o sinal de porcentagem (%)
50% = 0,5 ou 0,50

Fração decimal em porcentagem: multiplicar a fração
decimal por 100 ou desloca-se a vírgula da fração decimal duas
casas para a direita, acrescentando o sinal de porcentagem
(%).
0,4 (0,4 x 100) = 40%
Transformação de soluções
C3V3= C1V1 + C2V2
Administrar 100 ml de SG 15%.
C3 = concentração desejada (15%)
V3 = volume desejado (100ml)
C1 = menor concentração disponível de glicose (5%)
C2 = maior concentração disponível de glicose (50%)
V1 = volume da solução de glicose 5% (500ml)
V2 = volume da solução de glicose a 50%
V1 e V2 deverá
Temos disponível 500
ml de SG a 5% e
ampolas de Glicose a
50% ( 10ml/ampola).
ser igual a V3=100ml
Aplicando a fórmula:
15 x 100 = 5(V3 - V2) + 50V2
Considera-se V2 = V3 - V1, V1 = V3 – V2 e V3 = V1 + V2, então
1.500 = 5(100 – V2) + 50V2
1.500 = 500 – 5V2 + 50V2
Portanto, deve-se retirar 22,2ml da
1.500 – 500 = - 45V2
solução com maior concentração de
V2= 1.000
glicose disponível (50%) e aspirar 77,8ml
45
da solução com menor concentração de
V2 = 22,2ml
glicose disponível (5%) para que se
obteenha 100ml de solução a 15% de
glicose.
Transformação de soluções
CV = C1V1 + C2V2
Transformar 500 ml de SG 5% para 15%.
C = concentração desejada (15%)
V = volume desejado (500ml)
C1 = concentração de glicose (5%)
V1 = volume da solução de glicose 5% (500ml)
C2 = concentração da solução de glicose (50%, 25%, 10%)
V2 = volume da solução de glicose a 50%
Aplicando a fórmula:
15 x 500 = 5V1 + 50V2
Se V2 = 500 – V1, então
7.500 = 5V1 + 50 (500 – V1)
7.500 = 5V1 + 25.000 – 50V1
7.500 – 25.000 = -45V1
-17.500 = -45V1
V1= 17.500
45
V1 = 388ml
Temos disponível 500
ml de SG a 5% e
ampolas de Glicose a
50% ( 20ml/ampola).
V2 = 500 – (388) = 112 ml
Portanto, deve-se retirar 112ml do frasco
de 500ml a 55 e colocar a mesma
quantidade de glicose a 50%.
Se tiver ampolas de 20ml será necessário
dividir 112 por 20 para obter um resultado
de 5,6 de ampolas de glicose a 50%.
Regra de três
Se em 100 ml há 5g de glicose, em 500ml haverá X:
100 ml_______5g
500 ml _______ x g
100 x = 2.500
X= 2.500 / 100
X= 25 g
Se em 100ml há 15g, em 500ml haverá X:
100 ml _________15 g
500 ml _________ x g
100x = 7.500
x = 7.500
x = 75 g
100
O volume correto
só poderá ser
identificada com
a formula
anteriormente
citada.
Se no frasco já existe 25g, e preciso de 75g: 75-25 = 50g
Usando as ampolas de glicose a 50%, preciso tirar 100ml do frasco de glicose a 5% e
colocar 100ml de glicose a 50%.
Ao retirar 100ml do frasco a 5% retiro também 5g de glicose.
Portanto, preciso colocar ao todo 110ml de glicose a 50%.
Gotejamento





VOLUME= V ( mililitros – ml)
TEMPO= (horas)
1ML = 20 MACROGOTAS ( equipo padrão)
1ML = 60 MICROGOTAS( equipo padrão)
1 GOTA = 3 MICROGOTAS
Gotejamento
Nº gotas/min= V(ml) x nº gotas/ml = V x 20(gotas) = V ( ml)
Nº horas x nº min/h
T x 60 (min)
T(h) x 3
Nº microgotas/min= V(ml) x nº mcgts/ml = V x 60(mcgts) = V ( ml)
Nº horas x nº min/h
T x 60 (min)
T(h)
1. Quantas gotas deverão correr em um minuto para administrarmos 3.000ml
de SG a 5% em 24 horas?
Nº gotas= 3.000 ml = 3.000 ml = 41,6 = 42 gotas
3 x 24
72
Cálculo de Penicilina
PRESCRIÇÃO: 2.500.000 UI, EV, de 4/4 h. A apresentação
de Penicilina Cristalina que deverá ser usada é a do
frasco em pó com 5.000.000 UI
5.000.000_______10 ml ( 8ml de diluente + 2ml de pó)
2.500.000_______ x ml
5.000.000 x = 25.000.000
X= 25.000.000 / 5.000.000
X= 5ml
Cálculo de Heparina
PRESCRIÇÃO: 3.500 UI, EV em 24h
Frasco de heparina com 5ml = 5.000 UI/ml
5.000_______1 ml
3.500_______ x ml
5.000 x = 3.500
X= 3.500 / 5.000
X= 0,7ml
Cálculo de Insulina
• 10 ml de solução na concentração de 100
UI/ml, portanto, para cada 1 ml, temos 100 UI.
• Seringas são classificadas em Unidades
Internacionais (UI).
• Cada traço da seringa graduada corresponde a
2 UI.
07 (SETE) CERTOS
Paciente certo
Medicação certa;
Dose certa;
Diluição certa;
Via certa;
Horário certo;
Registro certo.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 889)
7 certos: Paciente certo



Perguntar o nome
do paciente;
Conferir em
pulseira de
identificação;
Conferir na placa
de identificação
presente no leito.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 890)
7 certos: Medicação Certa





Conferir 3X (ao retirar da gaveta;
antes de colocar no copo ou diluir e
antes de colocar o frasco de volta ou
jogar ampolas no lixo).
FURACIN® (nitrofurazona)
FURESIN® ( furosemida)
Reação do paciente: “Eu tomo
sempre um comprimido rosa, hoje
você está me dando dois amarelos”.
Verificar no prontuário o registro de
alergia medicamentosa e confirmar
com o paciente a informação.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 889)
7 certos: Dose Certa
-
Cálculo mental;
Cálculo por escrito;
Quando se deseja 100 mg de um medicamento que esta rotulado
como 50mg/ml, estimar mentalmente a dosagem como sendo 2
ml e depois calcule:
50mg_____________1ml
100mg____________ X
50 X= 100
X= 100/50
X= 2 ml
IMPORTANTE: - Não quebre comprimidos não sulcado
- Cuidado ao calcular decimais
0,75 diferente 0,075
0,25 nunca .25
0,25 nunca 0,250
- Insulina 10 UI diferente de 100 UI (POTTER e PERRY, 2005, p. 889)
7 certos: Diluição Certa
Solução dependente da compatibilidade
química com o fármaco.
 Ex.:Hidantal X SG 5% (incompatível)
 Volume da diluição x via de
administração e conforto do paciente
Ex.: Reposição de KCL, EV em acesso
periférico.

7 certos: Horário Certo





Manutenção dos níveis correto no sangue, considerado
atraso 30 minutos antes ou depois do horário
estabelecido.
ROTINAS: 6/6h
8/8h
12/12h
14 20 02 08
16 24
08
20
08
Cefalotina 1g EV de 6/6h
- 14 20 02 08
Fortaz 1g EV de 8/8h
17 01 09
Ceftriaxona 1g EV 12/12h 19
07
(POTTER e PERRY, 2005, p. 890)
7 certos: Via Certa



Nunca administre o fármaco se a via não estiver prescrita,
comunique o prescritor;
Se a via especificada não é a recomendada, o enfermeiro
deve alertar a quem prescreveu imediatamente.
Atenção: o mesmo fármaco com a mesma apresentação
pode ser administrado por vias diferentes.
Ex.: Heparina SC x Heparina EV
Isordil SL x Isordil VO
Insulina EV x Insulina SC
Adrenalina EV x TOT
(POTTER e PERRY, 2005, p. 890)
7 certos: Registro Certo


Nunca registrar antes de
administrar;
O registro incluem:
nome do medicamento,
a dose, a via , a hora
exata e assinatura do
profissional.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 890)
Farmacovigilância
Segurança na terapia medicamentosa
Qualidade do serviço prestado
O erro de medicação está inserido em
uma gama de erros, sejam elas:




erros de distribuição,
erro de prescrição,
erro de omissão,
erro na administração
não autorizado,





erro
erro
erro
erro
erro
de via,
de dose,
na técnica,
na manipulação,
no paciente.
LEITURA COMPLEMENTAR: CARVALHO, V.T.; CASSIANI, SHB; CHIERICATO, C. Erros mais
comuns e fatores de risco na administração de medicamentos em unidades básicas de saúde.
Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 7, n. 5, p. 67-75, dezembro 1999.
Exemplos de erros e situação facilitadora
no acometimento de erros:









Medicação sem identificação,
Ausência de protocolos de preparo de todas as soluções
injetáveis,
Não separar as medicações individualmente,
Não confirmar a ordem verbal antes de administrar o
medicamento,
Não prepara medicação conforme protocolo préestabelecido,
Não identificar o medicamento corretamente,
Não prepara o medicamento com a prescrição ao lado,
Não chamar o paciente pelo nome,
Não explicar o procedimento ao paciente.
Vias de administração
A administração de medicamentos
é uma parte essencial da prática de
enfermagem que requer uma base
de conhecimento confiável para que
os
medicamentos
sejam
administrados com segurança.
(POTTER e PERRY, 2005)
Vias de administração

Oral

Tópica
Nasal/ Inalatória
Auricular/ Otológico
Mucosa retal
Mucosa vaginal

Parenteral













Sublingual
Bucal
Ocular
Intraóssea
Intraperitonial
Epidural
Intratecal
Intracardíaco
Intra-articular






Intradérmico (ID)
Subcutâneo (SC)
Intramuscular (IM)
Intravenoso (IV)
Intrapleural
Intra-arterial
(POTTER e PERRY, 2005, p. 879)
Via oral
Os medicamentos são
deglutidos com o auxílio de líquidos.
 Via de escolha pelos pacientes.
 Início de ação lento.
 Efeito mais prolongado.
 Nem todos os medicamento podem ser
macerados.

(POTTER e PERRY, 2005, p. 878 e 898)
Via bucal




Colocação do medicamento sólido na boca
contra a mucosa da bochecha.
O medicamento atua na mucosa ou
sistematicamente a medida que é
deglutido com a saliva.
Não deve ser mastigado, engolido ou
ingerido líquido junto com o medicamento
bucal.
Deve-se alternar o lado da bochecha a
cada dose para evitar irritação da mucosa.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 878)
Via sublingual




Administrado embaixo da língua.
São rapidamente absorvidos após serem
dissolvidos.
Não deve ser deglutido.
Não deve ser ingerido líquidos até que a
medicação esteja totalmente dissolvida.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 878)
Via ocular/ oftálmica



Apresentação em colírio, pomadas e gel.
Não administra o colírio diretamente na
córnea
rica em fibras da sensação de dor.
O risco de contaminação de um olho para
o outro é alto.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 906)
Via otológica/ auricular
As estruturas internas são
muito sensíveis às temperaturas
extremas.
 Crianças e lactente: pavilhão
para baixo e para trás.
 Adulto: pavilha para cima e para frente.
 Utilizar solução estéril devido alto risco de
infecção do ouvido médio.

(POTTER e PERRY, 2005, p. 906)
Via Tópica





Medicamentos tópicos são
aplicados na pele ou na mucosa.
Em forma de loções, pó, pastas ou pomadas
(fina camada).
Efeito local ou sistêmico
Aplicar sobre a pele limpa, utilizando luva de
procedimento ou aplicadores.
Se ferimento aplicar técnica
estéril.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 905)
Via Inalatória



Administrado na cavidade oral, nasal,
tubo endotraqueal e traqueostomia.
Rápida absorção e atuação imediata.
Apresenta efeito local ou sistêmico.
Instilação Nasal


Gotas ou spray.
Efeito sistêmico ou loca.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 906)
Via vaginal
Medicamentos disponíveis
em creme, gel e óvulos.
 Utilizar luva de procedimento ou
aplicadores para administrar.
 Utilizar absorvente externo.
 Manter higiene perineal.

(POTTER e PERRY, 2005, p. 906)
Via retal
Medicamentos disponível em
supositório.
 Deve ser posicionado após o esfínter
anal interno.
 Pode ser utilizado
para instilar soluções.

(POTTER e PERRY, 2005, p. 913)
Via Parenteral



A administração parenteral de medicamentos é a
administração por meio de injeções.
Constitui um procedimento invasivo que requer
técnica asséptica.
Utilizada quando se deseja uma ação imediata da
droga ou quando outras vias não estão indicadas.




Intravenoso (IV)/ Endovenoso (EV)
Intramuscular (IM)
Subcutâneo (SC)
Intradérmico (ID)
(POTTER e PERRY, 2005, p. 922)
Seringas e agulhas
Existe uma variedade de
seringas e agulhas, cada
uma projetada para liberar
um determinado volume de
medicamento em um tipo
específico de tecido.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 922)
Agulhas





Constituída por três partes: base, haste e
bisel.
Material: aço inoxidável
É descartável.
Comprimento variável: 40 x 12 (40mm)
Diâmetro: é medido em calibre.
Biosegurança:


21,00 x 14,00 x 12,00 cm R$ 3,00

Descarte em coletor de pérfuro-cortante.
Não desconectar da seringa para descartar.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 922)
(POTTER e PERRY, 2005, p. 923)






Classificadas como sendo Luer-Lok ou não LuerLok. Luer-Lok têm um desenho em forma de
rosca para evitar uma remoção inadvertida da
agulha.
Seringa: cilindro ou corpo, êmbolo, bico, cabeça
ou haste do êmbolo.
Corpo: indicação de graduação em cm e a
capacidade da seringa em mililitros (ml).
Durante o procedimento do preparo, as partes a
serem mantidas estéreis na seringa são: bico e
êmbolo, uma vez que a manipulação do êmbolo
somente deverá ser feita pela cabeça ou haste.
O bico da seringa não varia com o tamanho da
mesma.
Vários tamanhos que varia de 1ml a 60 ml.
Apresentação da solução
injetável

Ampola

Frasco
Diluente: SF 0,9% ou água destilada.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 925)
Preparo de soluções injetáveis






Lavar as mãos e organizar o material em uma
bancada limpa e seca.
Local de preparo: beira do leito x bancada
Realizar desinfecção da bandeja com álcool a
70%, em sentido único.
A medicação deverá ser preparada com a
prescrição ao seu lado.
Uso de luva?
Uso de máscara?
?
?
Capela de fluxo laminar
Via endovenosa/ intravenosa (EV/ IV)







A administração endovenosa é a introdução de fármaco
por uma veia, na corrente sanguínea.
É possível administrar drogas alcalinas e irritantes ao
tecido subcutâneo e muscular; e admininstrar drogas que
são destruídas pelo sucos digestivos.
Em geral recorre-se à veia basílica (reg. anti-cubital), por
ser superficial e facilmente localizável.
O volume a ser injetado é indeterminado.
Ângulo 25 a 45º.
Seringa: depende do volume a ser administrado.
Agulha: 25 x 7, 25 x 8, 30 x 7, 30 x 8.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 943)
Características da via endovenosa







O fármaco tem ação imediata.
Após administração não há como bloquear a ação
do fármaco.
Antídoto: midazolan (Dormonid® x Flumazenil (Lanexat®)
Via de escolha em situação de emergência.
A velocidade é determinante na manifestação de
reações adversas.
Administra-se apenas soluções aquosas sob forma
de solução.
Introdução do líquido de forma lenta, a fim de
evitar
ruptura
de
capilares,
originando
microembolias locais ou generalizadas.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 943)
Características da via endovenosa




Soluções estéreis, isentas de substâncias
pirogênicas.
Material utilizado na aplicação estéril e
descartável.
Considerar o diluente: preferencialmente
SF0,9% e dextrose. Água pura causa
ruptura da parede das hemácias.
Acesso venoso:
 Punção endovenosa
 Cateterização periférica e profunda
(POTTER e PERRY, 2005, p. 943)
Endovenoso
Locais de aplicação
Cateter endovenoso/ intravenoso



Cateter intravenoso periférico de curta
duração: escalpes (agulhas curtas de aço
com asas tipo borboleta feitas de material
plástico que têm a finalidade de facilitar o
manuseio), indicadas para infusões de curta
duração. Até 24 horas.
Cateter intravenoso periférico de média
duração: cateteres plásticos curtos são
indicados
para
punções
periféricas
(jelco/abocath). Até 72 a 96 horas.
Cateter intravenoso profundo de longa
duração
Dispositivos de infusão
Cuidados





Equipo de soro
 Microgotas
 Macrogotas
Extensor
Multivias
Torneirinhas
Bureta


Datar o dispositivo
Trocar conforme validade







24 h p/ parenteral
72 h p/ parenteral contínua
12 h p/ solução lipídica
Dieta parenteral até o término
Integridade
Manter fechado
Desinfecção com álcool 70%
antes de abrir o sistema
venoso.
Via endovenosa/ intravenosa (EV/ IV)

Forma de infusão



Contínua: grandes volumes e/ou doses
precisas
Intermitente: pequenos volumes em intervalos
regulares. Acesso salinizado
Bolus: dose concentrada de um medicamento
diretamente no sistema circulatório.
(POTTER e PERRY, 2005, p. 944)
Complicações da infusão
endovenosa periférica








Dor devido rompimento da pele
Infecções
Flebite
Tromboflebite
Infiltrações
Hematomas/ equimoses
Fenômenos alérgicos
Má absorção das drogas/ Interação
medicamentosa/ Incompatibilidade
Equimose
Extravasamento / necrose
Infiltração
Técnica de punção endovenosa














Lavar as mãos,
Preparar a medicação a conforme técnica,
Colocar a luva de procedimento,
Posicionar o paciente em decúbito dorsal ou sentado com o
membro superior apoiado em superfície plana,
Escolher o membro,
Garrotear (abrir e fechar as mãos),
Fazer anti-sepsia,
Puncionar a veia a 45º com o bisel para cima,
Soltar o garrote,
Administrar o medicamento lentamente,
Retirar a agulha
Promover hemostasia (compressão) com gaze seca,
Curativo oclusivo.
Não dobrar o braço.
Registrar (checar) a medicação administrada.
NÃO REENCAPAR A AGULHA.
Via Subcutânea (SC)
Via Subcutânea (SC)







Solução introduzida na tela subcutânea
(tecido adiposo).
Para solução que não necessitem de absorção
rápida mas sim contínua, segura, para que passe
horas absorvendo.
Volume: 0,5 a 1ml de soluções hidrossolúvel.
Indicada para a aplicação de vacinas, adrenalina,
analgésicos,
insulina,
heparina
e
alguns
hormônios.
Tamanho da agulha: 13 x 3,8 ou 13 x 4,5
Seringa: 1ml (para insulina) ou 3ml.
O subcutâneo tem receptores de dor e o paciente
pode sentir desconforto.
Via Subcutânea (SC)
Ângulo de aplicação
(90º ou 45º)
(POTTER e PERRY, 2005, p. 933)
Via Subcutânea (SC)
Localização




Face anterior da coxa;
Parede abdominal,
delimitar a região
demarcando um círculo de
4cm de diâmetro ao redor
do umbigo que nunca
deverá ser puncionada;
Região lombar e glútea;
Face externa anterior e
posterior do braço.
Técnica de aplicação subcutânea














Lavar as mãos.
Preparar a medicação seguindo a técnica.
Escolher o local de aplicação e colocar o cliente em
posição adequada.
Proceder a anti-sepsia no local.
Fazer uma prega na pele com o polegar e indicador da mão
esquerda e introduzir a agulha no ângulo escolhido previamente.
Introduzir a agulha:
 90º com a agulha curta
 45º em magros
Soltar a pele.
Aspirar para certificar-se de que não atingiu algum vaso sangüíneo.
Injetar lentamente a solução.
Retirar a agulha fazendo leve compressão com o algodão seco
sobre o local.
Não massagear.
Providenciar a limpeza e a ordem do material.
Lavar as mãos.
Checar a medicação prescrita..
Intramuscular (IM)
A administração IM, deposita o medicamento
no tecido muscular.
 Ricamente vascularizado.
 A musculatura deve dispor do seguinte conjunto de
características: ser desenvolvido, de fácil acesso e não
conter grandes vasos e nervos em nível superficial.
 O músculo deve estar relaxado para injetar o medicamento.


Músculo utilizados:




Deltóide
Vasto lateral
Glúteo máximo
Gluteo médio
Intramuscular (IM)
(POTTER e PERRY, 2005, p. 938)
Intramuscular (IM)








Ângulo de inserção: 90 graus (45 para FALC)
A posição do paciente depende do local de aplicação.
Aceita medicamentos não aplicáveis por via endovenosa,
como as soluções oleosas.
Volume ideal 3ml, podendo atingir até 5 ml.
Crianças, idosos e pessoas excessivamente magras, até 2
ml. Crianças pequenas e lactentes administrar até 1ml.
Seringa: 3 ou 5 ou 10ml (de acordo com o volume a ser
injetado).
Bisel lateralizado.
Agulha: 25 x 6 (crianças) 25x7, 25x8, 30x7 e 30x8.
A quantidade de tecido adiposo pode interferir no acesso
ao músculo, sendo necessário o uso de agulhas mais
compridas.
Considerações






A área que receberá a aplicação deverá estar livre de
infecções, necroses, machucados ou alergias dérmicas.
Introduza a agulha rapidamente.
Injete a solução vagarosamente.
Faça rodízio de locais de aplicações, evitando áreas
doloridas.
Não aplique com agulhas com pontas rombas.
Após a aplicação, faça pressão leve e constante no
local de penetração da agulha.
Locais de aplicação IM




Região Deltoidiana Músculo Deltoíde, 2 a 4 cm
abaixo do processo
acromial.
Região Ventro-glútea Músculo Glúteo Médio.
Região Dorso-glúteo Músculo Glúteo Máximo
(Quadrante Superior
Externo).
Região da Face Ânterolateral da Coxa – Músculo
vasto lateral.
Intramuscular (IM)
Complicações locais






Fibrose
Lesão de nervo
Abscessos
Necrose tecidual
Contração muscular
Gangrena
Complicações
Complicações
Intramuscular (IM)
Região Deltóide
Região Deltóide
(POTTER e PERRY, 2005, p. 940)
Intramuscular (IM)
Localização da região deltóide




Traçar um retângulo na região lateral do braço
iniciando de 2 a 4 cm do acrômio (2 dedos).
O braço deve estar flexionado junto ao tórax ou
relaxado ao longo do corpo.
Volume máximo de 2 ml.
Possibilidade de lesão tissular de ramos de
artérias e veias circunflexas ventral e dorsal e
nervo circunflexo em função das variações
individuais, lesão do nervo radial devido a
aplicações fora de área (erro na determinação do
local da aplicação), podendo levar à paralisia dos
mais importantes músculos do braço.
Intramuscular (IM)
Região dorsoglútea
(POTTER e PERRY, 2005, p. 940)
Intramuscular (IM)
Região dorsoglútea
• Três grandes músculos: máximo, médio e
mínimo, geralmente bastante desenvolvidos em
função dos exercícios impostos pelas rotinas
diárias.
• Glúteo máximo é o maior dos três músculos
da região glútea, a escolha desse músculo é
sempre lembrada como aquele que consegue
suportar os maiores volumes (no máximo 4 ml)
de medicamentos a ser injetado.
• Grande variabilidade da espessura da tela subcutânea
pode dificultar o acesso à massa muscular.
Indicação




Adolescentes, adultos e idosos.
Excepcionalmente, crianças com mais
de um ano de deambulação, pois
sugere um bom desenvolvimento do
glúteo máximo.
Volume máximo no adulto de 4 ml.
Crianças a partir de 3 anos com volume
de 1,0 ml, de 6 a 12 anos 1,5 a 2,0 ml
e adolescente de 2,0 a 2,5ml.
Localização






Delimitar pontos anatômicos: espinha ilíaca pósterosuperior e grande trocânter.
Traçar uma linha horizontal imaginária do final do sulco
interglúteo até a cabeça do grande trocânter e outra
vertical dividindo a região em dois lados.
Dividir da região em quatro quadrantes.
Selecionar o quadrante superior externo do músculo
máximo e, desta forma, estará distanciando-se do curso
do nervo ciático e artéria superior glútea.
Posição ideal: decúbito ventral com as pontas dos pés
viradas para dentro ou o decúbito lateral com os joelhos
flexionados para proporcionar o relaxamento no músculo
glúteo máximo.
Cliente em pé orientar para que o mesmo mantenha os
pés virados para dentro, pois esta posição ajuda a relaxar
o glúteo máximo.
Intramuscular
Região dorsoglútea
Intramuscular
Região ventroglútea (Hochsteter)
(POTTER e PERRY, 2005, p. 939)
Intramuscular
Região ventroglútea
 Essa região foi introduzida em 1954 pelo
anatomista Von Hochstetter.
 Possui espessura muscular de 4 cm.
 Constituída pelos músculos glúteo médio e
mínimo;
 Está livre de grandes vasos e nervos;
 Volume máximo é de 4 ml em adultos.
 Crianças a partir de 3 anos com volume de
1,5ml, de 6 a 12 anos 1,5 a 2,0 ml e
adolescente de 2,0 a 2,5ml.
Intramuscular
Localização da região
ventroglútea (Hochsteter)
 Colocar a mão E no quadril D.
 Apoiando com o dedo indicador na
espinha ilíaca ântero-superior D.
 Abrir o dedo médio ao longo da crista
ilíaca espalmando a mão sobre a
base do grande trocânter do fêmur e
formar com o dedo indicador um
triângulo.
 A administração deverá ser no centro do V
formado pelos dedos indicador e médio.
Indicação
Região ventroglútea




Todas as faixas etárias e, em especial,
para clientes magros;
Acessada em qualquer decúbito: ventral,
dorsal, lateral, sentado e em pé.
A desvantagem dessa região é a ansiedade
que causa no cliente pelo desconhecimento
de sua utilização para IM e o inconveniente
de ter que despir a pessoa, o que exige um
ambiente privativo.
Segurança que essa região oferece supera
os inconvenientes.
Intramuscular (IM)
Região face ântero-lateral da coxa
(POTTER e PERRY, 2005, p. 940)
Intramuscular (IM)
Região face ântero-lateral da
coxa
 Localizado na região da coxa;
 Um dos componentes do músculo
quadríceps femoral, na face
antero-lateral.
 Região de fácil acesso até mesmo
para aqueles que se auto-aplicam
injeções;
 Têm boa aceitação da população
brasileira.
Indicação
Região face ântero-lateral da
coxa
 Volume máximo no adulto de 4 ml.
 Prematuros e neonatos volume de
0,5 ml e lactentes 1,0 ml.
 Crianças a partir de 3 anos com
volume de 1,5 ml, de 6 a 12 anos
1,5 ml e adolescente de 2,0 a
2,5ml.
Intramuscular (IM)
Região face ântero-lateral da coxa
 Retângulo delimitado pela linha média
anterior e linha média lateral da coxa,
de 12 a 15 cm abaixo do grande
trocânter do fêmur e de 9 a 12 cm
acima do joelho, numa faixa de 7 a 10
cm de largura.
 Agulha curta: criança 25 x 6, adulto
25 x 7 ou 25 x 8.
 Angulação oblíqua de 45º.
 Decúbito sentado: com a flexão do
joelho, há o relaxamento do músculo.
Intramuscular (IM)
Aplicação




Pinçar o músculo com o polegar e o
indicador.
Introduzir a agulha e injetar
lentamente a medicação.
Retirar a agulha rapidamente
colocando um algodão.
Comprimir por alguns instantes.
Intramuscular (IM)
Região face ântero-lateral da coxa
Intramuscular (IM)
Técnica em Z
 Ideal para evitar refluxos.
 É ideal para veículo oleoso
e à base de ferro.
 É realizado na região glútea.
 A seringa é de acordo com o
volume a ser injetado.
 A agulha é de: 30 x 7 ou 30 x 8.
Intramuscular (IM)
Técnica em Z
(POTTER e PERRY, 2005, p. 941)
Intramuscular
Técnica em Z
 Antes de introduzir
a agulha repuxar
firmemente a pele
para baixo.
 Mantendo durante
a aplicação.
 Soltar a pele para
bloquear o
medicamento.
Técnica de aplicação intramuscular














Lavar as mãos.
Preparar a medicação seguindo a técnica.
Escolher o local de aplicação e colocar o cliente em
posição adequada.
Proceder a anti-sepsia no local.
Localizar o músculo e segurar firmemente a musculatura com o polegar e
indicador da mão esquerda e introduzir a agulha no ângulo escolhido com o
bisel lateralizado.
Introduzir a agulha:

90º Deltóide, dorsoglúteo e ventroglúteo

45º vasto lateral da coxa.
Soltar o músculo.
Aspirar para certificar-se de que não atingiu algum vaso sangüíneo.
Injetar lentamente a solução.
Retirar a agulha fazendo leve compressão com o algodão seco sobre o
local.
Não massagear.
Providenciar a limpeza e a ordem do material.
Lavar as mãos.
Checar a medicação prescrita.
Intradérmica (ID)
(POTTER e PERRY, 2005, p. 942)
Intradérmica (ID)







Mais lenta;
Solução introduzida na derme, onde o suprimento sangüíneo
está reduzido e a absorção do medicamento ocorre lentamente.
Via preferencial para a realização de testes de sensibilidade e
reações de hipersensibilidade, como:
Prova de Mantoux ou PPD (derivado protéico purificado) —teste
com finalidade de identificar o indivíduo infectado com o bacilo
da tuberculose;
Aplicação de vacina contra a tuberculose — BCG ( Bacilo de
Calmett e Guerin; Mitsuda para Hanseniase).
Quantidade aconselhável, no máximo de 0,5 ml e o ideal de 0,1
ml, do tipo cristalina e isotônica.
Ângulo de 15º com bisel para cima.
Intradérmica (ID)
Locais de aplicação
 Pouca pigmentação.
 Poucos pêlos.
 Pouca vascularização.
 Fácil acesso.
 Região
que concentra as
características é a face ventral
do antebraço;
 Região escapular das costas
pode ser utilizada se
preenchidos os requisitos
acima citados.
 Região do deltóide direito foi
intemacionalmente
padronizada como área de
aplicação do BCG — ID.
Intradérmica
Aplicação
Referência Bibliográfica
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 6 ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. cap.34.
Referência complementar
CARVALHO, V.T.; CASSIANI, SHB; CHIERICATO, C. Erros mais comuns e
fatores de risco na administração de medicamentos em unidades básicas
de saúde. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 7, n. 5, p.
67-75, dezembro 1999.
FIGUEIREDO, N. M. A. (organizadora). Administração de medicamentos:
revisando uma prática de enfermagem. São Paulo: Yendis, 2006.
FAKIH, F. T. Manual de diluição e administração de medicamentos
injetáveis. Rio de Janeiro: Reichamann & Affonso Ed., 2000.
MOZACHI, N.; SOUZA, V. H. S.; MARTINS, N.; NISHIMURAi, S. E. F.;
AMÉRICO, K. C. Administração de medicamentos. In: SOUZA, V. H. S. e
MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. 8 ed. Manual
Real: Curitiba, 2007. cap.5.
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