Jornal da Ano 11 Número 101 Outubro/2013 www.fetaeg.org.br Filiada à CUT Danilo Guimarães FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA DO ESTADO DE GOIÁS Movimentos rurais se juntam em Grito Unificado Cerca de três mil trabalhadores rurais ocuparam a área externa da Secretaria da Fazenda de Goiás e da Superintendência Federal da Agricultura. .......................................paginas 06 e 07 Governo federal lança plano de estímulo à produção orgânica página 03 4ª Turma Centro-Oeste da Enfoc se forma página 05 Encontro Estadual de Trabalhadores Rurais Assalariados é realizado em Anápolis página 09 OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 Palavra do presidente Companheiros e Companheiras, após um período de interrupção, voltamos com as edições do nosso Jornal da Fetaeg. Reiteramos o nosso compromisso de levar aos amigos (as) trabalhadores (as) rurais informação das lutas que têm sido travadas pela federação em prol dos objetivos do MSTTR. Vamos trabalhar para que, além de informativo, nosso jornal passe a ter um caráter também de formação. Por isso, contamos com o apoio dos nossos sindicatos de trabalhadores rurais! Participem do nosso jornal! Sempre que possível, encaminhem material para ser publicado no nosso periódico. Além disso, opinem, critiquem, sugiram. Esse diálogo é muito importante para o nosso fortalecimento. A partir deste mês, chamamos a atenção dos (as) companheiros (as) para a nos- sa Luta Unificada. Junto com outros movimentos ligados ao campo em Goiás, integramos uma ação que ocorreu em todo o país e ocupamos a Secretaria da Fazenda do estado. Conseguimos ser recebidos e ouvidos pelo governador de Goiás. E, desde então, estamos em negociação com uma comissão de representantes do governo estadual. Como presidente, informo a vocês que estamos confiantes nesse processo. Nossas expectativas são de avanço e de conquista de itens importantes da pauta de reivindicações. Queremos agradecer a todos, que de uma forma ou outra, estiveram envolvidos nessa luta. E chamamos todos os trabalhadores rurais de Goiás para participarem de outros momentos de reivindicações e cobrança de nossos direitos, que, com certeza, virão. Estejam mobilizados! Juntos somos mais fortes! A luta continua! Alair Luiz do Santos Presidente Cada brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos por ano Até quando vamos engolir isso? Segundo dados do Sindicato Nacional para Produtos de Defesa Agrícola (Sindage), em 2009, foram comercializados legalmente 1 bilhão de litros. Distribuindo a quantidade de veneno utilizado, chegamos à média de 5,2 litros de agrotóxicos por habitante ao longo do ano. INFORMATIVO Atenção dirigentes dos Sindicatos de Trabalhadores (as) Rurais de Goiás! A Fetaeg informa que já estão disponíveis os e-mails institucionais com o domínio @fetaeg.org.br. A medida é para garantir mais qualidade na comunicação entre a federação e os sindicatos. Após um período de adaptação, os ofícios e documentos vão deixar de ser despachados pelos Correios e vão ser enviados por esse e-mail. Mais informações pelo telefone (62) 3225-1466. A voz é um som produzido pela vibração do ar que é retirado dos pulmões pelo diafragma e que passa pelas cordas vocais sofrendo alterações influenciadas pela boca, lábios e língua. Como as demais partes do corpo, a voz também envelhece. Este envelhecimento é provocado pela ação natural do desenvolvimento do organismo onde há o engrossamento das cordas vocais, a redução de movimentos das articulações, alterações hormonais e emocionais, maus hábitos, calcificação das cartilagens, atrofia da musculatura laríngea e a perda da capacidade pulmonar. O período de melhor desempenho vocal está entre os 25 e os 40 anos de idade, mas pode haver exceções quando se possui boa saúde física e psicológica, além de fatores genéticos, sociais, ambientais e raciais. As alterações vocais também podem variar de acordo com o sexo. Pessoas do sexo masculino tendem a iniciar o processo de alteração vocal por volta dos 30 anos de idade, enquanto pessoas do sexo feminino semente iniciam este processo por volta dos 50, quando ocorrem alterações no organismo decorrentes à menopausa. Para evitar o envelhecimento vocal ou atrasá-lo é necessário: Usar a voz corretamente; Beber no mínimo dois litros de água por dia; Evitar bebidas destiladas; Evitar o fumo e a cafeína; Evitar falar alto ou baixo, rápido, descompassadamente e por muito tempo; Evitar pigarrear. FETAEG - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Filiada à CUT) Órgão de representação do Trabalhador Rural Rua 16-A, Lote 2-E, n° 409, St. Aeroporto, Goiânia - GO, CEP 74075-150 Fone: (62) 3225.1466 - Fax (62) 3212.7690 - (62) 8114.0222 - Email: [email protected] www.fetaeg.org.br 3 Governo federal lança plano de estímulo à produção orgânica D ia 17 de outubro, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). A intenção é implementar programas e ações que induzam a transição do modelo tradicional de produção para o modelo agroecológico. Com isso, contribuir para o desenvolvimento sustentável e me- lhoria de qualidade de vida da população, por meio da oferta e consumo de alimentos saudáveis e do uso sustentável dos recursos naturais. Segundo Sandra Alves Lemes, secretária de Mulheres da Fetaeg, o plano foi muito aguardado pelo Movimento Sindical de Trabalhadores (as) Rurais, em especial pelas mulheres, que tem a agroecologia como uma das bandeiras de luta. Sandra afirma que essa foi uma das demandas da última Marcha das Margaridas, que ocorreu em 2011. “Na época da marcha, a presidenta Dilma se comprometeu a elaborar um plano nacional para a agroecologia, com apoio de segmentos sociais e organização de mulheres. Dois anos depois, o Planapo é finalmente lançado”, comemora. Atualmente, o Ministério da Agricultura tem cadastro de cerca de 10 mil produtores orgânicos certificados. A expectativa, com a implementação do Planapo, é que esse número cresça para 50 mil nos próximos três anos. O plano integra 125 iniciativas de 10 ministérios, totalizando R$ 1,8 bilhão em recursos e R$ 7 bilhões em crédito. Você sabia que a voz envelhece? Expediente Filiada à CUT OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 2 Presidente – Alair Luiz do Santos / Vice presidente e Tesoureiro Geral e Sec. Administração - Antônio Lucas Filho / 1º Tesoureiro Geral – Cassimiro Raimundo Garcia / Secretário Geral de Política Sindical e Formação – Eleandro Borges da Silva / 1ª Sec. Geral e Formação Sindical – Dorislene Luiza Pereira / Secretário de Política Agrária e Meio Ambiente – Luiz Pereira Neto / 1º Secretário de Política Agrária e Meio Ambiente – Celino Pereira Pinto / Secretária de Agricultura Familiar – Sandra Pereira de Faria / 1º Secretário de Agricultura Familiar – João Inácio Dutra / Secretário de Assalariados – José Maria de Lima / 1º Secretário de Assalariados – Romildo Silva de Assis / Secretária de Políticas Sociais – Sueli Pereira e Silva / 1º Secretário de Políticas Sociais – Walter Moreira dos Santos Filho / Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais – Sandra Alves Lemos / 1ª Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais – Hilda Ferreira da Costa / Secretária da Juventude Trabalhador Rural – Eliane Divina Pereira de Souza Rosa / 1º Secretário da Juventude Trabalhador Rural – Liberalino de Oliveira Neto Produção: TAMBAÚ COMUNICAÇÃO / FETAEG Edição: Lutiane Portilho / Design e Diagramação: Danilo Guimarães Impressão: Gráfica Liberdade - Tiragem: 6.000 exemplares. O JORNAL DA FETAEG não se responsabiliza pelas opiniões dos seus colaboradores ou entrevistados. Estudo mostra resíduos de agrotóxicos em alimentos brasileiros U ma pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária mostrou que um terço das frutas, verduras e legumes consumidos pelos brasileiros apresenta resíduos de agrotóxicos acima do permitido ou que foram usados Vamos dar risadas? Haviam 3 bêbados, bebendo ao lado de um morro, a bebida acabou então fizeram um sorteio para decidir quem iria subir o morro para comprar mais cachaça: o sorteado já bêbado, subiu o morro e comprou a cachaça colocando-a no bolso traseiro da calça, porém na hora de descer, escorregou e foi rolando até lá em baixo, quando parou, sentiu aquele frio na bunda e disse, DEUS QUEIRA QUE SEJA SANGUE! (Piada: Aleir Alves de Oliveira) de forma indevida. A pesquisa da Anvisa analisou mais de três mil amostras dos alimentos de maior consumo no país. O pimentão lidera o ranking, com 89% das unidades apresentando resíduos. Os níveis foram altos também na cenoura e no morango. Pepino, alface e abacaxi tiveram mais de 40% das amostras com agrotóxicos. A pesquisa comprovou dois tipos de irregularidades: níveis acima do permitido e presença de produtos que não têm o uso autorizado no Brasil, o que demonstra a utilização do uso de agrotóxicos contrabandeados. O consumo de alimentos com resíduos de agrotóxicos pode provocar reações alérgicas e respiratórias, além de distúrbios hormonais, problemas neurológicos e câncer. Sindicatos de Trabalhadores Rurais goianos realizam eleições O s Sindicatos dos Trabalhadores (as) Rurais em Goiás continuam se movimentando para suas eleições. Dia 27 de setembro, ocorreu, por voto direto secreto, a eleição em Catalão. João Benedito da Silva foi reeleito para presidência do sindicato, tendo Levino Ferreira da Silva como vice-presidente, Geraldo Rabelo como 1º secretário e Conceição Pereira como tesoureiro. No dia 6 de outubro, foi a vez dos trabalhadores rurais de Nova Glória elegerem, por assembleia, a diretoria do STTR local. Tânia Fernandes de Pina foi reeleita presidente. O vice-presidente, Reinaldo Barcelos, a 1ª secretária, Mariana Gabriele Carneiro, e o tesoureiro Irismar Antônio da Silva também compõem a diretoria. OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 4 OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 Habitações são entregues a trabalhadores (as) rurais de Goiás ANTES DEPOIS dios para pessoa física com renda familiar anual de até R$ 15 mil. Atualmente, com R$ 28.500 é possível construir uma casa de pouco mais de 67 m². Sueli Pereira avalia o andamento do PNHR. “Com a chegada deste programa, temos conseguido tirar famílias de situações de risco, garantindo dignidade para as pessoas no meio rural”, afirma a secretária de Políticas Sociais. Segundo Sueli, existem projetos em análise na Caixa Econômica Federal, com previsão de contração ainda este ano, conforme tabela. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 PALMINÓPOLIS CESARINA PONTALINA CERES ARAGUAPAZ ITAPACI NIQUELANDIA NOVO BRASIL PARAUNA GUARAITA ITAUÇU CAIAPONIA VARJÃO PIRENÓPOLIS MONTES CLAROS E DIORAMA MONTIVIDIU DO NORTE DOVERLANDIA SANTA ROSA ANÁPOLIS TOTAL E a participação das diversas instâncias do governo e sociedade civil organizada. Este evento foi o ponto alto de conferências realizadas nos territórios, nos municípios e nos estados. O presidente da Fetaeg, Alair Luiz, participou da conferência como delegado e representante do Território Sul de Goiás. Estiveram presentes cerca de 1500 delegados, dos quais 25 eram goianos. O evento foi promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, que tem expectativa do plano entrar em vigor no próximo ano. Pontalina. Nos eventos, a Secretaria da Juventude da Fetaeg realizou um encontro temático, esportivo e cultural. Na oportunidade, foi promovida gincana, disputa de karaokê, truco e futebol. Nos dois encontros, cerca de 135 pessoas discutiram diversos assuntos, já se preparando para o 2º Festival Estadual da Juventude Trabalhadora Rural de Goiás, que vai ser realizado, em Anápolis, de 28 de novembro a 01 de dezembro. “Esses festivais são importantes, porque, além da confraternização, promovem um rico debate para a formulação de políticas especificas para os jovens”, afirma Eliane Rosa, secretária de Juventude da Fetaeg. Fotos: Danilo Guimarães ois festivais movimentaram os jovens rurais no mês de outubro. Dia 19, ocorreu o Festival Municipal da Juventude de Silvânia e Gameleira. No dia seguinte, 20 de outubro, foi a vez de 7 7 20 21 4 11 28 14 10 24 11 41 11 6 13 24 23 9 11 295 Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário é realizada em Brasília ntre os dias 14 e 17 de outubro, ocorreu a 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. A intenção é a construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, contando com Jovens rurais se integram em Festivais Municipais D E m outubro, a secretária de Políticas Sociais da Fetaeg, Sueli Pereira, esteve presente durante a entrega de 48 casas construídas por meio do Programa Nacional de Habitação Rural Minha Casa Minha Vida (PNHR). Deste total, foram 10 casas em Niquelândia, 11 em Pontalina, 14 em Caldas Novas, 6 em Serranópolis e 7 em Leopoldo de Bulhões. As solenidades contaram com a presença de dirigentes dos Sindicatos de Trabalhadores (as) Rurais locais e de representantes da Caixa Econômica Federal. O PNHR tem beneficiado agricultores familiares e trabalhadores rurais em Goiás. A intenção é financiar a compra de material para construção, reforma ou ampliação de unidades habitacionais em área rural. O programa oferece subsí- 5 4ª Turma Centro-Oeste da Enfoc se forma D ia 19 de outubro, ocorreu a formatura da quarta turma Regional Centro-Oeste da Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc). Goiás foi representado por nove pessoas, entre elas o secretário de Política Sindical e For- mação da Fetaeg, Eleandro Borges. O curso foi dividido em três módulos e teve duração total de um ano. Voltada para a formação de militantes do Movimento Sindical dos Trabalhadores (as) Rurais (MSTTR), a Enfoc visa o fortalecimento da luta sindical fundamentada em referenciais teóricos, políticos e ideológicos. Eleandro Borges chama a atenção para o fato de que os formandos goianos estão se preparando, porque eles vão organizar, em 2014, a Enfoc Estadual. “Estamos com “O conceito de desenvolvimento rural não é entendido como modernização agrícola, nem como industrialização ou urbanização do campo. O desenvolvimento está associado à ideia de criação de capacidades que permitam às populações rurais agir para transformar e melhorar suas condições de vida, por meio de mudanças em suas relações com as esferas do Estado, do mercado e da sociedade civil.” (Página 13 do Documento Referência da 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário) Formandos da 4ª turma da Centro-Oeste grandes e boas expectativas para o ano que vem. Esperamos receber 60 pessoas para discutirmos sobre Reforma Agrária, agroecologia, fortalecimento da agricultura familiar, além de produção e comercialização dos produtos”, explica. OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 6 7 Fotos: Danilo Guimarães Movimentos rurais se juntam em Grito Unificado L ogo no início da manhã do dia 16 de outubro, cerca de três mil trabalhadores rurais ocuparam a área externa da Secretaria da Fazenda de Goiás e da Superintendência Federal da Agricultura. A mobilização foi realizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg), Movimento Camponês Popu- lar (MCP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf). A atividade integrou o Levante Unitário de Lutas do Campo, uma série de marchas, passeatas e ocupações que foram realizadas, no mesmo dia, por todo o país. Em Goiás, as BRs 060, em Jataí, e 070, em Aragarças, foram ocupadas por manifestantes. Além disso, a GO-164, que liga Mozarlândia a Nova Crixás foi fechada por mais de 300 pessoas. Em Brasília, organizações do campo, como Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, CUT, MST, Via Campesina e Fetraf ocuparam o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em Goiás, entre as exigências está a criação de um Plano Estrutural para o Desenvolvimento da Agricultura Camponesa e Familiar, que, segundo os movimentos sindicais, deve contar com um percentual no orçamento anual do estado. Há também reivindicações relacionadas à habitação e infraestrutura no campo, políticas que auxiliem na comercia- lização dos produtos dos agricultores familiares, além de regulação fundiária. No final da tarde do dia da ocupação, os líderes do movimento foram recebidos pelo governador do estado, Marconi Perillo. O governador ouviu as reivindicações apresentadas e definiu a criação de um grupo de trabalho para analisar os itens da pauta. A equipe, coordenada pelo superintendente Execu- Representantes dos movimentos rurais se reúnem com o governados do estado de Goiás. tivo da SSP, coronel Edson Araújo, e pelo secretário da Agricultura, Antônio Flávio de Lima, vai dialogar, a partir de agora, diretamente com os representantes das entidades. Marconi Perillo garantiu que muitas das reivindicações apresentadas poderão ser atendidas rapidamente, enquanto outras precisam ser melhor avaliadas. Um exemplo é a destinação de parte do orçamento estadual para o Plano Estrutural para o Desenvolvimento da Agricultura Camponesa e Familiar. Enquanto os movimentos pedem 3%, o governador garante que só é possível a destinação de 0,5%. “Vamos verificar o que é possível fazer dentro da legislação”, explicou o governador. O presidente da Fetaeg, Alair dos Santos, avaliou o resultado do encontro com Marconi. “Podemos adiantar que é um sinal que o governador nos dá no sentido de discutir a pauta, atender alguns pontos. O importante é que ele abriu um processo de negociação que nos permite debater o que será possível fazer para que possamos retomar as discussões o mais breve possível”, conclui. OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 8 OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 9 Unidades móveis prestam atendimento às mulheres do campo e da floresta Encontro Estadual de Trabalhadores Rurais Assalariados é realizado em Anápolis A Secretaria de Assalariados da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg) realizou, dias A Unidade móvel atende mulheres na Cidade de Goiás Políticas para as Mulheres da Presidência da República. “Essa doação é fruto de uma reivindicação feita na Marcha das Margaridas 2011. A propriedades rurais do país em até dois anos. A partir de maio de 2017, o produtor que não fizer o cadastra- mento ficará impedido, por exemplo, de conseguir créditos junto às instituições financeiras do país. ções coletivas de trabalho, estrutura sindical e planejamento de atividades dos assalariados para 2014. José Maria de Lima, secretário de Assalariados da Fetaeg, fez uma avaliação positiva do encontro. Segundo ele, o debate foi importante, pois levou informação aos dirigentes sindicais. “Falamos com os nossos sindicatos, principalmente, sobre acordo e convenção coletiva de trabalho, porque ainda existem algumas dúvidas nessa área”, explica. De acordo com José Maria, é necessário que os trabalhadores assalariados se envolvam nessas negociações para ficar a par de seus direitos. Canavieiros paralisam trabalho na usina do Grupo Farias de Anicuns N o início de outubro, o secretário de Assalariados da Fetaeg, José Maria de Lima, e o assessor jurídico Carlos Magno estiveram, em Anicuns, para ajudar nas negociações entre os trabalhadores do setor canavieiro e membros da diretoria da usina do Grupo Farias. Cerca de 380 cana- vieiros pararam suas atividades por três dias, reivindicando melhores condições de trabalho e ajustes no alojamento, que fica em Americano do Brasil. Dentre as reclamações, estavam o atraso de pagamento, a insuficiência de bebedouros, a falta de limpeza dos quartos e banheiros, demora na troca das roupas de cama Lutiane Portilho no levantamento de informações geográficas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente, Reserva Legal, remanescentes de vegetação nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública. O instrumento é pré-requisito para obtenção de licenciamentos ambientais. Também é obrigatório para regularizar a situação de quem desmatou e quer recuperar a área. A intenção é traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental. Todas as informações fornecidas vão ser confrontadas com as imagens de satélite disponibilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente. O ministério espera mapear as mais de cinco milhões de Trabalhadores rurais assalariados participam de encontro intenção é que as mulheres rurais tenham acesso e sejam protegidas com base na Lei Maria da Penha”, afirma Sandra Alves. Lutiane Portilho A balhadores estiveram presentes no evento. Na oportunidade, houve avaliação da safra 2013, além de discussões sobre novos acordos e conven- Lutiane Portilho soas que buscarem orientação. As unidades móveis foram doadas ao estado de Goiás, pelo governo federal, por meio da Secretaria de Cadastro Ambiental Rural offline é lançado em Goiás Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás e o Ministério do Meio Ambiente lançaram, dia 23 de outubro, a primeira etapa da implantação do Sistema de Cadastramento Ambiental Rural, por meio da disponibilização da Plataforma Offline. O cadastro é prioridade para a implementação do novo Código Florestal. O secretário de Política Sindical e Formação, Eleandro Borges da Silva, e os assessores Neilton Abreu Pereira, Aline Joana e Lidiane Moraes representaram a Fetaeg na solenidade de lançamento. A Secretaria de Meio Ambiente do estado já capacitou mais de 1400 técnicos para trabalhar com o sistema do CAR. O cadastro consiste 26 e 27 de outubro, no Estância Park Hotel, em Anápolis, o Encontro Estadual de Trabalhadores(as) Rurais Assalariados(as). Cerca de 150 tra- Danilo Guimarães secretária de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás, Sandra Alves, esteve presente, juntamente com a Secretaria de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial de Goiás, acompanhando as atividades das unidades móveis que prestam atendimento às mulheres do campo e da floresta. O ônibus adaptado esteve, no mês de outubro, na Colônia de Uvá e no Distrito de Davidópolis, localizados na Cidade de Goiás. Os veículos são destinados para atendimento, acolhimento, orientação jurídica e psicológica às mulheres em situação de violência. Eles são equipados com duas salas fechadas para garantir privacidade às pes- Cerca de 380 canavieiros paralisaram atividades em Anicuns Lançamento do Cadastro Ambiental Rural Diretor e assessor da Fetaeg conversam com trabalhadores e o uso de equipamento de proteção individual (EPI) danificados. Além disso, boa parte dos canavieiros, insatisfeitos com a situação, queria ir embora para seu estado de origem. Os trabalhadores eram do Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. Os representantes do Grupo Farias se prontificaram a fazer todos os reparos que fossem necessários na estrutura do alojamento. Após muita conversa, houve acordo quanto à reposição dos dias em que os canavieiros permaneceram paralisados. O Grupo Farias ainda se comprometeu a rescindir o contrato dos trabalhadores para que eles retornassem para casa. OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 10 11 Treinamento do Senar Goiás transforma pequeno produtor em um dos maiores fabricantes de selas do Estado CASO DE SUCESSO H á três anos a vida do pequeno produtor rural do distrito de Santo Antônio da Cana Brava (Filó), em Minaçu, Norte do Estado, Antônio de Paula Neris, 53 anos, era completamente diferente. Ele era carpinteiro e ganhava em torno de R$ 700 por mês. Foi então que, com a insistência do mobilizador do Senar Goiás na época, Geronimo Barros, ele resolveu participar do treinamento de selaria e trançado oferecido pela entidade e viu um novo horizonte de oportuni- dades se abrir a sua frente. A participação do amigo e mobilizador do Senar foi crucial para os novos rumos que a vida profissional do Antônio, ou Tonhão, como é mais conhecido na comunidade, tomava. Tonhão conta que após concluir o treinamento ele ganhou do amigo uma banda de sola e um desafio: produzir dois arreios o quanto antes. Tonhão aceitou o desafio e foi além, ele conta que confeccionou os dois arreios é tempo recorde, três dias, e lembra que a qualidade dos produtos finais era de dar inveja. Hoje a renda de Antônio gira em torno de R$ 7 mil por mês. Ele produz uma média de 25 selas todo mês e afirma que já chegou a ter que negar encomendas por conta da demanda. Além das selas, ele produz arreios, laços, pinholas, chicotes, coleiras, peiteiras entre outros produtos de couro. Antônio ficou conhecido como uma dos melhores produtores de selas da região. Ele recebe encomenda de Uruaçu, Campinorte, Cavalcante, Palmeiras de Goiás e também de outros estados como Distrito Federal, Tocantins e Pará. Tamanho o sucesso dos trabalhos Antônio abriu uma oficina na frente da sua casa no distrito de Filó. Ele também adquiriu uma máquina de costura em couro que ajuda a agilizar o trabalho que antes era feito todo à mão. Ele pretende agora adquirir equipamentos de moldura e acabamento no couro para poder agregar mais valor às selas produzidas. Gutiérisson Azidon Gutiérisson Azidon OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 O Rei das selas Antônio se disse estar muito feliz com os rumos novos de sua vida profissional. Ele afirma que o conhecimento é fundamental para o crescimento. “Estudar é uma das melhores decisões que podemos tomar. E esses treinamentos oferecidos pelo Senar Goiás são muito importantes e são totalmente gratuitos. Por causa do Senar eu mudei minha realidade”, disse. 12 OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101 Os acidentes com animais peçonhentos aumentam 30% no período de chuvas. Segundo o Instituto Butantan, entre os acidentes mais comuns estão as picadas de cobras (principalmente da jararaca) e de escorpiões. ESCORPIÃO Frequentemente, a picada de escorpião é seguida de dor ou formigamento do local do acidente. Tais sintomas podem ser tratados com analgésico ou bloqueios anestésicos locais, além de observação do surgimento de outros sintomas. Esta observação deve ser feita, por no mínimo, seis horas, principalmente em crianças menores de 7 anos e idosos. São sintomas de gravidade que merecem ser observados com atenção: • Náuseas ou vômito • Suor excessivo • Agitação • Tremores • Salivação • Aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e da pressão arterial, Neste caso, procurar atendimento hospitalar o mais rápido possível, mantendo o paciente em repouso. Se possível, levar o animal para identificação. ARANHA A picada de aranha causa dor imediata, inchaço local, formigamento e suor no local da picada. Deve-se combater a dor com analgésicos e observação rigorosa de sintomas. No caso de vômitos, aumento da pressão arterial, dificuldade respiratória e tremores, há necessidade de internação hospitalar e soroterapia. COMO EVITAR ACIDENTES POR ARANHAS • Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, lixo doméstico, material e construção nas proximidades das casas, inclusive terrenos baldios. • Evitar folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e outras) junto às casas, além de manter a grama aparada. • Em zonas rurais ou casas de campo, sacudir roupas e sapatos antes de usar. • Não enfiar a mão em buracos. • Vedar as soleiras das portas e janelas ao escurecer. COBRAS A jararaca, também conhecida por caiçaca, jararacuçu, urutu ou cotiara, é uma cobra que vive em locais úmidos, sendo responsável pelo maior número de acidentes. O envenenamento causado pela jararaca é chamado de botrópico. Em até três horas, o veneno dessa cobra provoca dor imediata, inchaço, calor, vermelhidão e pequena hemorragia no local da picada. Como medida de primeiros socorros, até que chegue ao serviço de saúde para tratamento, recomenda-se: • NÃO amarrar ou fazer torniquetes, o que impede a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gangrena. • NÃO colocar nenhuma substância, folhas ou qualquer produto na picada. • NÃO cortar ou chupar o local da picada. • NÃO dar bebida alcoólica ao acidentado. • Manter o acidentado em repouso, evitando que ele ande, corra ou se locomova, o que facilita a absorção do veneno. No caso de picadas em braços ou pernas, é importante mantê-los em posição mais elevada. • Levar o acidentado para o centro de tratamento mais próximo, para receber soro próprio (substância que neutraliza o veneno). Fonte: