Jornal da
Ano 11
Número 101
Outubro/2013
www.fetaeg.org.br
Filiada à CUT
Danilo Guimarães
FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA DO ESTADO DE GOIÁS
Movimentos rurais se juntam em
Grito Unificado
Cerca de três mil trabalhadores rurais
ocuparam a área externa da Secretaria da
Fazenda de Goiás e da Superintendência
Federal da Agricultura. .......................................paginas 06 e 07
Governo federal lança plano de estímulo à produção orgânica
página 03
4ª Turma Centro-Oeste da Enfoc se forma
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Encontro Estadual de Trabalhadores Rurais Assalariados é
realizado em Anápolis
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OUTUBRO DE 2013 - EDIÇÃO N° 101
Palavra do presidente
Companheiros e Companheiras,
após um período de interrupção, voltamos com as edições
do nosso Jornal da Fetaeg. Reiteramos o nosso compromisso
de levar aos amigos (as) trabalhadores (as) rurais informação
das lutas que têm sido travadas
pela federação em prol dos
objetivos do MSTTR. Vamos
trabalhar para que, além de informativo, nosso jornal passe a
ter um caráter também de formação. Por isso, contamos com
o apoio dos nossos sindicatos
de trabalhadores rurais! Participem do nosso jornal! Sempre que possível, encaminhem
material para ser publicado no
nosso periódico. Além disso,
opinem, critiquem, sugiram.
Esse diálogo é muito importante para o nosso fortalecimento.
A partir deste mês,
chamamos a atenção dos (as)
companheiros (as) para a nos-
sa Luta Unificada. Junto com
outros movimentos ligados ao
campo em Goiás, integramos
uma ação que ocorreu em todo
o país e ocupamos a Secretaria
da Fazenda do estado. Conseguimos ser recebidos e ouvidos
pelo governador de Goiás. E,
desde então, estamos em negociação com uma comissão de
representantes do governo estadual. Como presidente, informo
a vocês que estamos confiantes
nesse processo. Nossas expectativas são de avanço e de conquista de itens importantes da
pauta de reivindicações.
Queremos agradecer a
todos, que de uma forma ou outra, estiveram envolvidos nessa
luta. E chamamos todos os trabalhadores rurais de Goiás para
participarem de outros momentos de reivindicações e cobrança de nossos direitos, que, com
certeza, virão. Estejam mobilizados! Juntos somos mais fortes!
A luta continua!
Alair Luiz do Santos
Presidente
Cada brasileiro consome em média 5,2 litros de
agrotóxicos por ano
Até quando vamos engolir isso?
Segundo dados do Sindicato Nacional para Produtos de
Defesa Agrícola (Sindage), em 2009, foram comercializados
legalmente 1 bilhão de litros. Distribuindo a quantidade de
veneno utilizado, chegamos à média de 5,2 litros de
agrotóxicos por habitante ao longo do ano.
INFORMATIVO
Atenção dirigentes dos Sindicatos de Trabalhadores (as) Rurais de Goiás!
A Fetaeg informa que já estão disponíveis os e-mails institucionais com o
domínio @fetaeg.org.br. A medida é para garantir mais qualidade na comunicação entre a federação e os sindicatos. Após um período de adaptação, os
ofícios e documentos vão deixar de ser despachados pelos Correios e vão ser
enviados por esse e-mail. Mais informações pelo telefone (62) 3225-1466.
A voz é um som produzido pela vibração do ar que é retirado dos pulmões pelo diafragma e que passa pelas cordas vocais sofrendo alterações
influenciadas pela boca, lábios e língua.
Como as demais partes do corpo, a voz também envelhece. Este envelhecimento é provocado pela ação natural do desenvolvimento do organismo
onde há o engrossamento das cordas vocais, a redução de movimentos das
articulações, alterações hormonais e emocionais, maus hábitos, calcificação
das cartilagens, atrofia da musculatura laríngea e a perda da capacidade pulmonar.
O período de melhor desempenho vocal está entre os 25 e os 40 anos de
idade, mas pode haver exceções quando se possui boa saúde física e psicológica, além de fatores genéticos, sociais, ambientais e raciais.
As alterações vocais também podem variar de acordo com o sexo. Pessoas do sexo masculino tendem a iniciar o processo de alteração vocal por
volta dos 30 anos de idade, enquanto pessoas do sexo feminino semente
iniciam este processo por volta dos 50, quando ocorrem alterações no organismo decorrentes à menopausa.
Para evitar o envelhecimento vocal ou atrasá-lo é necessário:
Usar a voz corretamente;
Beber no mínimo dois litros de água por dia;
Evitar bebidas destiladas;
Evitar o fumo e a cafeína;
Evitar falar alto ou baixo, rápido, descompassadamente e por muito tempo;
Evitar pigarrear.
FETAEG - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Filiada à CUT)
Órgão de representação do Trabalhador Rural
Rua 16-A, Lote 2-E, n° 409, St. Aeroporto, Goiânia - GO, CEP 74075-150
Fone: (62) 3225.1466 - Fax (62) 3212.7690 - (62) 8114.0222 - Email: [email protected]
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Governo federal lança plano de estímulo
à produção orgânica
D
ia 17 de outubro, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de
Agroecologia e Produção Orgânica
(Planapo). A intenção é implementar programas e ações que induzam
a transição do modelo tradicional de
produção para o modelo agroecológico. Com isso, contribuir para o
desenvolvimento sustentável e me-
lhoria de qualidade de vida da população, por meio da oferta e consumo
de alimentos saudáveis e do uso sustentável dos recursos naturais.
Segundo Sandra Alves Lemes, secretária de Mulheres da Fetaeg, o plano foi muito aguardado pelo Movimento Sindical de Trabalhadores (as)
Rurais, em especial pelas mulheres,
que tem a agroecologia como uma
das bandeiras de luta. Sandra afirma
que essa foi uma das demandas da
última Marcha das Margaridas, que
ocorreu em 2011. “Na época da marcha, a presidenta Dilma se comprometeu a elaborar um plano nacional
para a agroecologia, com apoio de
segmentos sociais e organização de
mulheres. Dois anos depois, o Planapo é finalmente lançado”, comemora.
Atualmente, o Ministério da Agricultura tem cadastro de cerca de 10
mil produtores orgânicos certificados. A expectativa, com a implementação do Planapo, é que esse número
cresça para 50 mil nos próximos três
anos. O plano integra 125 iniciativas
de 10 ministérios, totalizando R$ 1,8
bilhão em recursos e R$ 7 bilhões em
crédito.
Você sabia que a voz envelhece?
Expediente
Filiada à CUT
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Presidente – Alair Luiz do Santos / Vice presidente e Tesoureiro Geral e Sec. Administração - Antônio Lucas Filho / 1º Tesoureiro Geral – Cassimiro Raimundo Garcia / Secretário Geral
de Política Sindical e Formação – Eleandro Borges da Silva / 1ª Sec. Geral e Formação Sindical – Dorislene Luiza Pereira / Secretário de Política Agrária e Meio Ambiente – Luiz Pereira
Neto / 1º Secretário de Política Agrária e Meio Ambiente – Celino Pereira Pinto / Secretária de Agricultura Familiar – Sandra Pereira de Faria / 1º Secretário de Agricultura Familiar –
João Inácio Dutra / Secretário de Assalariados – José Maria de Lima / 1º Secretário de Assalariados – Romildo Silva de Assis / Secretária de Políticas Sociais – Sueli Pereira e Silva / 1º
Secretário de Políticas Sociais – Walter Moreira dos Santos Filho / Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais – Sandra Alves Lemos / 1ª Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais
– Hilda Ferreira da Costa / Secretária da Juventude Trabalhador Rural – Eliane Divina Pereira de Souza Rosa / 1º Secretário da Juventude Trabalhador Rural – Liberalino de Oliveira Neto
Produção: TAMBAÚ COMUNICAÇÃO / FETAEG
Edição: Lutiane Portilho / Design e Diagramação: Danilo Guimarães
Impressão: Gráfica Liberdade - Tiragem: 6.000 exemplares.
O JORNAL DA FETAEG não se responsabiliza pelas opiniões dos seus colaboradores ou entrevistados.
Estudo mostra resíduos de agrotóxicos
em alimentos brasileiros
U
ma pesquisa da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária mostrou que um terço das frutas, verduras e legumes
consumidos pelos brasileiros apresenta resíduos de agrotóxicos acima
do permitido ou que foram usados
Vamos dar risadas?
Haviam 3 bêbados, bebendo
ao lado de um morro, a bebida
acabou então fizeram um sorteio
para decidir quem iria subir o
morro para comprar mais cachaça: o sorteado já bêbado, subiu
o morro e comprou a cachaça
colocando-a no bolso traseiro da
calça, porém na hora de descer,
escorregou e foi rolando até lá em
baixo, quando parou, sentiu aquele frio na bunda e disse, DEUS
QUEIRA QUE SEJA SANGUE!
(Piada: Aleir Alves de Oliveira)
de forma indevida. A pesquisa da
Anvisa analisou mais de três mil
amostras dos alimentos de maior
consumo no país. O pimentão lidera o ranking, com 89% das unidades
apresentando resíduos. Os níveis foram altos também na cenoura e no
morango. Pepino, alface e abacaxi
tiveram mais de 40% das amostras
com agrotóxicos.
A pesquisa comprovou dois tipos
de irregularidades: níveis acima do
permitido e presença de produtos
que não têm o uso autorizado no
Brasil, o que demonstra a utilização
do uso de agrotóxicos contrabandeados. O consumo de alimentos com
resíduos de agrotóxicos pode provocar reações alérgicas e respiratórias,
além de distúrbios hormonais, problemas neurológicos e câncer.
Sindicatos de Trabalhadores Rurais
goianos realizam eleições
O
s Sindicatos dos Trabalhadores
(as) Rurais em Goiás continuam se movimentando para suas eleições. Dia 27 de setembro, ocorreu,
por voto direto secreto, a eleição em
Catalão. João Benedito da Silva foi
reeleito para presidência do sindicato, tendo Levino Ferreira da Silva
como vice-presidente, Geraldo Rabelo como 1º secretário e Conceição
Pereira como tesoureiro. No dia 6 de
outubro, foi a vez dos trabalhadores
rurais de Nova Glória elegerem, por
assembleia, a diretoria do STTR local. Tânia Fernandes de Pina foi reeleita presidente. O vice-presidente,
Reinaldo Barcelos, a 1ª secretária,
Mariana Gabriele Carneiro, e o tesoureiro Irismar Antônio da Silva
também compõem a diretoria.
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Habitações são entregues a trabalhadores
(as) rurais de Goiás
ANTES
DEPOIS
dios para pessoa física com renda familiar anual de
até R$ 15 mil. Atualmente, com R$ 28.500 é possível construir uma casa de pouco mais de 67 m².
Sueli Pereira avalia o andamento do PNHR. “Com
a chegada deste programa, temos conseguido tirar
famílias de situações de risco, garantindo dignidade
para as pessoas no meio rural”, afirma a secretária
de Políticas Sociais. Segundo Sueli, existem projetos
em análise na Caixa Econômica Federal, com previsão de contração ainda este ano, conforme tabela.
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PALMINÓPOLIS
CESARINA
PONTALINA
CERES
ARAGUAPAZ
ITAPACI
NIQUELANDIA
NOVO BRASIL
PARAUNA
GUARAITA
ITAUÇU
CAIAPONIA
VARJÃO
PIRENÓPOLIS
MONTES CLAROS E DIORAMA
MONTIVIDIU DO NORTE
DOVERLANDIA
SANTA ROSA
ANÁPOLIS
TOTAL
E
a participação das diversas instâncias
do governo e sociedade civil organizada. Este evento foi o ponto alto de
conferências realizadas nos territórios, nos municípios e nos estados. O
presidente da Fetaeg, Alair Luiz, participou da conferência como delegado
e representante do Território Sul de
Goiás. Estiveram presentes cerca de
1500 delegados, dos quais 25 eram
goianos. O evento foi promovido
pelo Ministério do Desenvolvimento
Agrário, que tem expectativa do plano
entrar em vigor no próximo ano.
Pontalina. Nos eventos, a Secretaria
da Juventude da Fetaeg realizou um
encontro temático, esportivo e cultural. Na oportunidade, foi promovida
gincana, disputa de karaokê, truco e
futebol.
Nos dois encontros, cerca de 135
pessoas discutiram diversos assuntos,
já se preparando para o 2º Festival Estadual da Juventude Trabalhadora Rural de Goiás, que vai ser realizado, em
Anápolis, de 28 de novembro a 01 de
dezembro. “Esses festivais são importantes, porque, além da confraternização, promovem um rico debate para
a formulação de políticas especificas
para os jovens”, afirma Eliane Rosa,
secretária de Juventude da Fetaeg.
Fotos: Danilo Guimarães
ois festivais movimentaram
os jovens rurais no mês de
outubro. Dia 19, ocorreu
o Festival Municipal da Juventude
de Silvânia e Gameleira. No dia seguinte, 20 de outubro, foi a vez de
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Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural
Sustentável e Solidário é realizada em Brasília
ntre os dias 14 e 17 de outubro, ocorreu a 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário.
A intenção é a construção do Plano
Nacional de Desenvolvimento Rural
Sustentável e Solidário, contando com
Jovens rurais se integram em
Festivais Municipais
D
E
m outubro, a secretária de
Políticas Sociais da Fetaeg, Sueli Pereira, esteve presente durante a entrega de
48 casas construídas por meio do
Programa Nacional de Habitação
Rural Minha Casa Minha Vida
(PNHR). Deste total, foram 10
casas em Niquelândia, 11 em Pontalina, 14 em Caldas Novas, 6 em
Serranópolis e 7 em Leopoldo de
Bulhões. As solenidades contaram
com a presença de dirigentes dos
Sindicatos de Trabalhadores (as)
Rurais locais e de representantes
da Caixa Econômica Federal.
O PNHR tem beneficiado agricultores familiares e trabalhadores
rurais em Goiás. A intenção é financiar a compra de material para
construção, reforma ou ampliação
de unidades habitacionais em área
rural. O programa oferece subsí-
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4ª Turma Centro-Oeste da Enfoc se forma
D
ia 19 de outubro, ocorreu
a formatura da quarta turma Regional Centro-Oeste
da Escola Nacional de Formação da
Contag (Enfoc). Goiás foi representado por nove pessoas, entre elas o
secretário de Política Sindical e For-
mação da Fetaeg, Eleandro Borges.
O curso foi dividido em três módulos e teve duração total de um ano.
Voltada para a formação de militantes do Movimento Sindical dos Trabalhadores (as) Rurais (MSTTR), a
Enfoc visa o fortalecimento da luta
sindical fundamentada em referenciais teóricos, políticos e ideológicos.
Eleandro Borges chama a atenção para o fato de que os formandos
goianos estão se preparando, porque eles vão organizar, em 2014,
a Enfoc Estadual. “Estamos com
“O conceito de desenvolvimento rural não é entendido como
modernização agrícola, nem
como industrialização ou urbanização do campo. O desenvolvimento está associado à ideia
de criação de capacidades que
permitam às populações rurais
agir para transformar e melhorar suas condições de vida, por
meio de mudanças em suas relações com as esferas do Estado, do mercado e da sociedade
civil.”
(Página 13 do Documento
Referência da 2ª Conferência
Nacional de Desenvolvimento
Rural Sustentável e Solidário)
Formandos da 4ª turma da Centro-Oeste
grandes e boas expectativas para o
ano que vem. Esperamos receber
60 pessoas para discutirmos sobre
Reforma Agrária, agroecologia,
fortalecimento da agricultura familiar, além de produção e comercialização dos produtos”, explica.
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Fotos: Danilo Guimarães
Movimentos rurais se juntam em Grito Unificado
L
ogo no início da manhã do
dia 16 de outubro, cerca de
três mil trabalhadores rurais
ocuparam a área externa da Secretaria da Fazenda de Goiás e da Superintendência Federal da Agricultura.
A mobilização foi realizada pela
Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg), Movimento Camponês Popu-
lar (MCP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
e Federação dos Trabalhadores na
Agricultura Familiar (Fetraf).
A atividade integrou o Levante
Unitário de Lutas do Campo, uma
série de marchas, passeatas e ocupações que foram realizadas, no mesmo dia, por todo o país. Em Goiás,
as BRs 060, em Jataí, e 070, em
Aragarças, foram ocupadas por manifestantes. Além disso, a GO-164,
que liga Mozarlândia a Nova Crixás
foi fechada por mais de 300 pessoas.
Em Brasília, organizações do campo, como Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Agricultura,
CUT, MST, Via Campesina e Fetraf
ocuparam o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Em Goiás, entre as exigências
está a criação de um Plano Estrutural para o Desenvolvimento da Agricultura Camponesa e Familiar, que,
segundo os movimentos sindicais,
deve contar com um percentual no
orçamento anual do estado. Há também reivindicações relacionadas à
habitação e infraestrutura no campo,
políticas que auxiliem na comercia-
lização dos produtos dos agricultores
familiares, além de regulação fundiária.
No final da tarde do dia da ocupação, os líderes do movimento foram
recebidos pelo governador do estado,
Marconi Perillo. O governador ouviu as
reivindicações apresentadas e definiu a
criação de um grupo de trabalho para
analisar os itens da pauta. A equipe, coordenada pelo superintendente Execu-
Representantes dos movimentos rurais se reúnem com o governados do estado de Goiás.
tivo da SSP, coronel Edson Araújo,
e pelo secretário da Agricultura, Antônio Flávio de Lima, vai dialogar, a
partir de agora, diretamente com os
representantes das entidades.
Marconi Perillo garantiu que
muitas das reivindicações apresentadas poderão ser atendidas rapidamente, enquanto outras precisam ser
melhor avaliadas. Um exemplo é a
destinação de parte do orçamento
estadual para o Plano Estrutural para
o Desenvolvimento da Agricultura
Camponesa e Familiar. Enquanto os
movimentos pedem 3%, o governador garante que só é possível a destinação de 0,5%. “Vamos verificar o
que é possível fazer dentro da legislação”, explicou o governador.
O presidente da Fetaeg, Alair
dos Santos, avaliou o resultado do
encontro com Marconi. “Podemos
adiantar que é um sinal que o governador nos dá no sentido de discutir a
pauta, atender alguns pontos. O importante é que ele abriu um processo
de negociação que nos permite debater o que será possível fazer para
que possamos retomar as discussões
o mais breve possível”, conclui.
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Unidades móveis prestam atendimento às
mulheres do campo e da floresta
Encontro Estadual de Trabalhadores Rurais
Assalariados é realizado em Anápolis
A
Secretaria de Assalariados
da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg) realizou, dias
A
Unidade móvel atende mulheres na Cidade de Goiás
Políticas para as Mulheres da Presidência da República. “Essa doação
é fruto de uma reivindicação feita
na Marcha das Margaridas 2011. A
propriedades rurais do país em até
dois anos. A partir de maio de 2017,
o produtor que não fizer o cadastra-
mento ficará impedido, por exemplo, de conseguir créditos junto às
instituições financeiras do país.
ções coletivas de trabalho, estrutura
sindical e planejamento de atividades
dos assalariados para 2014.
José Maria de Lima, secretário de
Assalariados da Fetaeg, fez uma avaliação positiva do encontro. Segundo
ele, o debate foi importante, pois levou informação aos dirigentes sindicais. “Falamos com os nossos sindicatos, principalmente, sobre acordo e
convenção coletiva de trabalho, porque ainda existem algumas dúvidas
nessa área”, explica. De acordo com
José Maria, é necessário que os trabalhadores assalariados se envolvam
nessas negociações para ficar a par
de seus direitos.
Canavieiros paralisam trabalho na usina
do Grupo Farias de Anicuns
N
o início de outubro, o secretário de Assalariados
da Fetaeg, José Maria de
Lima, e o assessor jurídico Carlos Magno estiveram, em Anicuns,
para ajudar nas negociações entre
os trabalhadores do setor canavieiro
e membros da diretoria da usina do
Grupo Farias. Cerca de 380 cana-
vieiros pararam suas atividades por
três dias, reivindicando melhores
condições de trabalho e ajustes no
alojamento, que fica em Americano
do Brasil. Dentre as reclamações,
estavam o atraso de pagamento, a
insuficiência de bebedouros, a falta
de limpeza dos quartos e banheiros,
demora na troca das roupas de cama
Lutiane Portilho
no levantamento de informações
geográficas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente, Reserva Legal, remanescentes de vegetação nativa, área rural
consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública.
O instrumento é pré-requisito
para obtenção de licenciamentos
ambientais. Também é obrigatório
para regularizar a situação de quem
desmatou e quer recuperar a área.
A intenção é traçar um mapa digital
a partir do qual são calculados os
valores das áreas para diagnóstico
ambiental. Todas as informações
fornecidas vão ser confrontadas
com as imagens de satélite disponibilizadas pelo Ministério do Meio
Ambiente. O ministério espera mapear as mais de cinco milhões de
Trabalhadores rurais assalariados participam de encontro
intenção é que as mulheres rurais tenham acesso e sejam protegidas com
base na Lei Maria da Penha”, afirma
Sandra Alves.
Lutiane Portilho
A
balhadores estiveram presentes no
evento. Na oportunidade, houve avaliação da safra 2013, além de discussões sobre novos acordos e conven-
Lutiane Portilho
soas que buscarem orientação.
As unidades móveis foram doadas ao estado de Goiás, pelo governo federal, por meio da Secretaria de
Cadastro Ambiental Rural offline é
lançado em Goiás
Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás e o Ministério do Meio Ambiente lançaram,
dia 23 de outubro, a primeira etapa
da implantação do Sistema de Cadastramento Ambiental Rural, por
meio da disponibilização da Plataforma Offline. O cadastro é prioridade para a implementação do novo
Código Florestal. O secretário de
Política Sindical e Formação, Eleandro Borges da Silva, e os assessores Neilton Abreu Pereira, Aline
Joana e Lidiane Moraes representaram a Fetaeg na solenidade de lançamento.
A Secretaria de Meio Ambiente
do estado já capacitou mais de 1400
técnicos para trabalhar com o sistema do CAR. O cadastro consiste
26 e 27 de outubro, no Estância Park
Hotel, em Anápolis, o Encontro Estadual de Trabalhadores(as) Rurais
Assalariados(as). Cerca de 150 tra-
Danilo Guimarães
secretária de Mulheres da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do
Estado de Goiás, Sandra Alves, esteve presente, juntamente com a Secretaria de Políticas para Mulheres
e Promoção da Igualdade Racial de
Goiás, acompanhando as atividades
das unidades móveis que prestam
atendimento às mulheres do campo
e da floresta. O ônibus adaptado esteve, no mês de outubro, na Colônia
de Uvá e no Distrito de Davidópolis,
localizados na Cidade de Goiás.
Os veículos são destinados para
atendimento, acolhimento, orientação jurídica e psicológica às mulheres em situação de violência. Eles
são equipados com duas salas fechadas para garantir privacidade às pes-
Cerca de 380 canavieiros paralisaram atividades em Anicuns
Lançamento do Cadastro Ambiental Rural
Diretor e assessor da Fetaeg conversam com trabalhadores
e o uso de equipamento de proteção
individual (EPI) danificados. Além
disso, boa parte dos canavieiros, insatisfeitos com a situação, queria ir
embora para seu estado de origem.
Os trabalhadores eram do Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão.
Os representantes do Grupo Farias se prontificaram a fazer todos os
reparos que fossem necessários na
estrutura do alojamento. Após muita conversa, houve acordo quanto à
reposição dos dias em que os canavieiros permaneceram paralisados.
O Grupo Farias ainda se comprometeu a rescindir o contrato dos trabalhadores para que eles retornassem
para casa.
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Treinamento do Senar Goiás transforma pequeno produtor
em um dos maiores fabricantes de selas do Estado
CASO DE SUCESSO
H
á três anos a vida do pequeno produtor rural do
distrito de Santo Antônio
da Cana Brava (Filó), em Minaçu,
Norte do Estado, Antônio de Paula
Neris, 53 anos, era completamente
diferente. Ele era carpinteiro e ganhava em torno de R$ 700 por mês.
Foi então que, com a insistência do
mobilizador do Senar Goiás na época, Geronimo Barros, ele resolveu
participar do treinamento de selaria
e trançado oferecido pela entidade e
viu um novo horizonte de oportuni-
dades se abrir a sua frente.
A participação do amigo e mobilizador do Senar foi crucial para os
novos rumos que a vida profissional do Antônio, ou Tonhão, como é
mais conhecido na comunidade, tomava. Tonhão conta que após concluir o treinamento ele ganhou do
amigo uma banda de sola e um desafio: produzir dois arreios o quanto
antes. Tonhão aceitou o desafio e foi
além, ele conta que confeccionou
os dois arreios é tempo recorde, três
dias, e lembra que a qualidade dos
produtos finais era de dar inveja.
Hoje a renda de Antônio gira
em torno de R$ 7 mil por mês. Ele
produz uma média de 25 selas todo
mês e afirma que já chegou a ter
que negar encomendas por conta da
demanda. Além das selas, ele produz arreios, laços, pinholas, chicotes, coleiras, peiteiras entre outros
produtos de couro. Antônio ficou
conhecido como uma dos melhores produtores de selas da região.
Ele recebe encomenda de Uruaçu,
Campinorte, Cavalcante, Palmeiras
de Goiás e também de outros estados como Distrito Federal, Tocantins e Pará.
Tamanho o sucesso dos trabalhos Antônio abriu uma oficina na
frente da sua casa no distrito de
Filó. Ele também adquiriu uma
máquina de costura em couro que
ajuda a agilizar o trabalho que antes era feito todo à mão. Ele pretende agora adquirir equipamentos
de moldura e acabamento no couro
para poder agregar mais valor às selas produzidas.
Gutiérisson Azidon
Gutiérisson Azidon
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O Rei das selas
Antônio se disse estar muito feliz com os rumos novos de sua vida profissional. Ele afirma que o conhecimento é fundamental para o crescimento. “Estudar é uma das melhores decisões que podemos tomar. E esses treinamentos oferecidos pelo Senar Goiás são muito importantes e são totalmente gratuitos.
Por causa do Senar eu mudei minha realidade”, disse.
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Os acidentes com animais peçonhentos aumentam 30% no período de chuvas.
Segundo o Instituto Butantan, entre os acidentes mais comuns estão as picadas
de cobras (principalmente da jararaca) e de escorpiões.
ESCORPIÃO
Frequentemente, a picada de escorpião é seguida de dor ou formigamento
do local do acidente. Tais sintomas podem ser tratados com analgésico ou bloqueios anestésicos locais, além de observação do surgimento de outros sintomas. Esta observação deve ser feita, por no mínimo, seis horas, principalmente
em crianças menores de 7 anos e idosos.
São sintomas de gravidade que merecem ser observados com atenção:
• Náuseas ou vômito
• Suor excessivo
• Agitação
• Tremores
• Salivação
• Aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e da pressão arterial,
Neste caso, procurar atendimento hospitalar o mais rápido possível, mantendo o paciente em repouso. Se possível, levar o animal para identificação.
ARANHA
A picada de aranha causa dor imediata, inchaço local, formigamento e suor
no local da picada. Deve-se combater a dor com analgésicos e observação rigorosa de sintomas. No caso de vômitos, aumento da pressão arterial, dificuldade
respiratória e tremores, há necessidade de internação hospitalar e soroterapia.
COMO EVITAR ACIDENTES POR ARANHAS
• Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, lixo doméstico, material e construção nas proximidades das casas, inclusive terrenos baldios.
• Evitar folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e outras) junto às casas, além
de manter a grama aparada.
• Em zonas rurais ou casas de campo, sacudir roupas e sapatos antes de usar.
• Não enfiar a mão em buracos.
• Vedar as soleiras das portas e janelas ao escurecer.
COBRAS
A jararaca, também conhecida por caiçaca, jararacuçu, urutu ou cotiara, é
uma cobra que vive em locais úmidos, sendo responsável pelo maior número
de acidentes. O envenenamento causado pela jararaca é chamado de botrópico. Em até três horas, o veneno dessa cobra provoca dor imediata, inchaço,
calor, vermelhidão e pequena hemorragia no local da picada.
Como medida de primeiros socorros, até que chegue ao serviço de saúde
para tratamento, recomenda-se:
• NÃO amarrar ou fazer torniquetes, o que impede a circulação do sangue,
podendo produzir necrose ou gangrena.
• NÃO colocar nenhuma substância, folhas ou qualquer produto na picada.
• NÃO cortar ou chupar o local da picada.
• NÃO dar bebida alcoólica ao acidentado.
• Manter o acidentado em repouso, evitando que ele ande, corra ou se locomova, o que facilita a absorção do veneno. No caso de picadas em braços ou
pernas, é importante mantê-los em posição mais elevada.
• Levar o acidentado para o centro de tratamento mais próximo, para receber
soro próprio (substância que neutraliza o veneno).
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