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o Bloco
FAZENDA, POR SEU LADO, dominao aparelho do BE. Mais até do que Louçã. Se o líder
é acaramais visível junto dos portugueses,
Fazenda é o homem que se move nos bastidores. Controla as direcções regionais e a
suatendênciaestábemrepresentadaemtodos os órgãos do partido. Dentro do BE, há
quem veja com preocupação a sua influência crescente.
Hámuito tempo queLouçãeFazendasão
internamente acusados de tratarem o BE
como propriedade sua. Umantigo membro
da Mesa Nacional (o órgão máximo entre
convenções), que pediu anonimato, relata
umasériedesituações que,emseuentender,
põem em causa a democraticidade interna:
“Durante muito tempo, assisti à tomada de
decisões ilegais. A Mesa Nacional deliberava muitas vezes sem quórum – as pessoas
saíam antes do fim – mas ninguém, começando por Francisco Louçã, se importava. E
quem alertava para o problema era imediatamente ostracizado.”
A SÁBADO sabe que um desses casos
aconteceucomamilitante IsabelFaria, que
entretanto abandonouaqueleórgão emruptura com Louçã. Por várias vezes, recusouse a participar em votações que consideraSÁBADO
t
ção teránecessariamente de passarpelasaída a prazo dos membros fundadores do BE
de lugares de direcção.
Pouco depois de falar, o colunista do Expresso abandonouasala. Antes,aindatevede
ouvircamaradas seus atratá-lopor“osenhor
queandaaínos jornais...”. Porestes dias,Daniel Oliveira está longe de ser a figura mais
popular do partido. Luís Fazenda, líder de
umadas três correntes quederamorigemao
BE(os ex-PSR,os ex-comunistas eos ex-UDP,
aquepertenceFazenda), jáafirmoupublicamente que não sabe quemé DanielOliveira:
“É umcrítico, umoposicionista, não pertence à maioria do Bloco de Esquerda, tem outralinha. Não reconheço quetenhaqualquer
sensibilidade organizativa dentro do BE.” É
verdade que não tem: Oliveira está próximo
da tendência liderada por Miguel Portas, a
menos representativa no partido.
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FAZENDA, POR SEU LADO,dominaoapare-