ABRIL 2014
EDITORIAL
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3
Pedro António
DIRECTOR
A revista bilingue da comunidade
portuguesa em França
Frankelim Amaral
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Director
Pedro ANTÓNIO
Director de redacção
Frankelim AMARAL
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Colaboradores
Susana Patarra, Guida Amaral, Maria-Yvonne Frutuoso,
Vitor Santos, Adélio Amaro (Portugal),
Magali Terrasson, Mário Pina, Lucia Lopes,
Angélique David-Quinton, Manuel Moreira, Susana Alexandre,
Serge Farinho, Mario Cantarinha, Manuel do Nascimento,
Maria Fernanda Pinto, Alfredo Lima
Fotógrafos
Teresina Amaral, Marla Maciel, Maryline da Cunha
Portugal Magazine
é uma publicação mensal gratuita
Agence de Presse
Lusa
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ISSN
2105-7761
Tiragem
15.000 exemplares
Todos os direitos reservados
Os textos assinados são da responsabilidade dos autores
e não reflectem, necessariamente, a opinião da revista
Chegamos ao mês de abril, dia 25 irá ser festejado em
Portugal e pelas comunidades portuguesas espalhadas
pelo mundo, o 40° aniversário da Revolução dos Cravos,
data que marcou uma página importante na história do
nosso país. No dia 25 de abril de 1974, a população portuguesa recuperou a liberdade de pensar, de exprimir-se
libremente depois de acabar com o regime de ditadura
instaurado por Salazar que oprimiu o seu povo durante
cerca de 50 anos. Leia nesta edição nosso dossier especial sobre esta data, e encontre na agenda todos os numerosos eventos organizados pelas associações.
Também nesta edição, diversos artigos relacionados
com as eleições municipais que decorreram nas duas últimas semanas de Março em França, é de saudar a presença de muitos portugueses e lusodescendentes na vida
política, empenhando papeis importantes. Nossos parabens a todos, assim que ao Hermano Sanches Ruivo, reeleito Conselheiro na Mairie de Paris, grande defensor de
tudo quanto toca à comunidade portuguesa residente em
França. Esperemos que todos os eleitos mantenham uma
ligação forte com Portugal nas suas políticas, tal é o apelo de José Cesário, Secretário de Estado das Comunidades, num artigo a ler nesta edição.
Dia 20 de abril, festeja-se a Páscoa, a celebração mais
importante da Igreja Cristã, onde se comemora a Ressureição de Jesus Cristo. A Páscoa está inserida na Semana Santa, onde na Sexta Feira Santa é celebrada a
crucificação de Jesus, e no Domingo de Páscoa se celebra a Ressurreição e sua primeira aparição para os seus
discípulos.
A figura do coelho está simbolicamente relacionada a
esta data comemorativa, pois este animal representa a
fertilidade. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade
era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho
representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
Cuidado neste dia com os doces e não exagerar com o
chocolate e amêndoas !
A todos os nossos leitores desejamos-lhes uma Santa
Páscoa e uma boa leitura.
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ABRIL 2014
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ÍNDICE
23
06
Francisco Seixas da
Costa dá o seu ponto
de vista sobre as
eleições municipais
08
40.º Aniversário da
Revolução do 25 de
abril de 1974
28
“Esculturas do meu
fado”: a fadista e
escultora portuguesa
Cristina Maria
expõe pela primeira
vez em França
Tocam os sinos,
é domingo de Páscoa
29
10
Felícia Glória da
Assunção-Pailleux é
um símbolo do Corpo Expedicionário
Português
12
Cada vez mais
população a sair
de Portugal
O português Cristiano
Ronaldo, do Real
Madrid, é o futebolista
mais rico do mundo
30
A paixão
pela música
de Sabrina Simões
15
Daniel Bastos apresentou em Paris o
livro “Fafe - história,
memória e
património”
17
Semaine culturelle
Portugaise du 25 Avril
au 3 Mai 2014
18
Família Teixeira
ganhou pela segunda
vez o prémio para a
“Melhor Baguete
de Paris”
34
Serra ou mata
nacional do Buçaco
e o museu militar
36
Empresas colectivas
– Por qual devo optar?
40
Distritos de Portugal
ABRIL 2014
POLÍTICA
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José Cesário, apela a portugueses e lusodescendentes
que foram eleitos nas municipais francesas para
mantarem uma ligação com Portugal nas suas políticas
O SECRETÁRIO DE ESTADO DAS COMUNIDADES, José Cesário, afirmou que vários portugueses e
lusodescendentes foram eleitos nas municipais francesas, a quem apelou que garantam uma ligação com
Portugal nas suas políticas.
"Percebemos que houve um aumento
claro do número de recenseados e houve
mais movimentações a nível da comunidade no sentido de se envolverem nestas
eleições. Há muitas personalidades da
comunidade que foram eleitas", disse José
Cesário, acrescentando tratar-se de "um
fator de satisfação muito grande".
O governante lembrou que os portugueses e lusodescendentes que agora vão
desempenhar cargos políticos são "eleitos
franceses, independentemente de terem
também nacionalidade portuguesa" e,
como tal, "devem obediência a um mandato que lhes é conferido pelos eleitores".
O Governo português pede aos eleitos que mantenham "uma ligação com
Portugal".
"Pedimos que não esqueçam as respetivas origens, que as tenham muito pre-
sentes, e que em políticas de natureza
social, de promoção cultural, a nível da
língua portuguesa, de promoção dos produtos portugueses, eles consigam fazer
uma ligação com Portugal e com as respetivas comunidades locais", sublinhou
Cesário.
Questionado sobre o aumento dos
resultados eleitorais da Frente Nacional
(extrema-direita), numa altura em que
países como a Alemanha e a Suíça endurecem as medidas contra os imigrantes,
José Cesário disse que "este tipo de crescimento dos partidos radicais é cíclico,
acontece quando há alguma indefinição
nos projetos políticos e nos projetos económicos e quando há um aumento substancial do desemprego".
"A Europa está a viver uma fase de
redefinição muito grande, o projeto europeu está a necessitar de um grande
amadurecimento", acrescentou, mostrando-se convicto de que "com o previsível
crescimento económico, que se está a
adivinhar, haverá uma recuperação dos
partidos mais moderados, de centro, independentemente de serem mais de centro-esquerda ou de centro-direita".
Cristina Semblano, foi eleita na primeira volta das eleições
municipais francesas representando o Bloco de Esquerda em França
FRANKELIM AMARAL
Cristina Semblano, economista e representante do Bloco de Esquerda em França
foi eleita na primeira volta das eleições
municipais francesas, deputada municipal
à Câmara de Gentilly e deputada municipal
delegada à aglomeração de municípios do
Val de Bièvre qui reagrupa as cidades de
Gentilly, Arcueil, L'Hay les Roses, Fresnes,
Kremlin-Bicêtre, Villejuif e Cachan.
A lista de união da Esquerda que integrava a candidata portuguesa conduzida
por Patricia Tordjamn, Presidente da Câmara de Gentilly que se recandidatou para
um segundo mandato, obteve 68.1% dos
votos e elegeu 28 deputados municipais
sobre 33 (dos quais 6 /7 vão ter assento
na aglomeração de municípios) deixando
para trás a lista de direita (UMP) que obteve 31.9% dos votos e elegeu 5 deputados.
A morar apenas há um ano e meio
neste município limítrofe do Sul de Paris,
que conta com uma população de cerca
de 17 000 habitantes e uma presença
portuguesa forte, a actual deputada municipal adoptou Gentilly e foi por ela adoptada. Defini-a como uma cidade bela e
rebelde, rebelde como o demonstrou o
resultado da eleição a contrário do movimento de direita (e extrema-direita) que
percorre a França e fraterna por ter erigido os valores da solidariedade e da fraternidade como baluarte.
Contente com os resultados do seu
munícipio, a também ex-cabeça de lista
do Bloco às legislativas, vê com apreensão os resultados das eleições em França. A componente nacional no voto local
é por demais evidente e demonstra o repúdio do povo francês pelas políticas de
austeridade levadas a cabo por François
Hollande que em 2012, tinha incarnado a
seus olhos a esperança de um novo rumo.
Ora, esse novo rumo não necessita de
uma mudança de governo, mas de uma
mudança de políticas: as que invertam as
actuais trajectórias do desemprego, da
precariedade, da exclusão, da destruição
da classe média e essa mudança não é
possível no âmbito da actual arquitectura
institucional europeia.
A campanha para as eleições europeias deverá, na sua opinião, ser um palco
de pedagogia, de confrontos e de debates com os cidadãos sobre a actual Europa e a Europa possível. Sobre a realidade
de países como Portugal, Grécia, Chipre
ou Espanha, exemplo vivo do que a Europa pode advir.
É nesse palco de confronto, debate e
pedagogia, que se empenhará a ex-cabeça de lista do Bloco às legislativas e agora
também deputada municipal de Gentilly.
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ABRIL 2014
POLÍTICA
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Antigo embaixador de Portugal em Paris
Francisco Seixas da Costa dá o seu ponto
de vista sobre as eleições municipais
O ANTIGO EMBAIXADOR DE PORTUGAL EM PARIS, Francisco Seixas da Costa,
considerou "altamente preocupante" a subida do peso eleitoral da Frente Nacional em França e
que "tem vindo a estruturar-se desde as eleições presidenciais de 2012".
"Há vários meses que a perda de força
do Partido Socialista e a possível ascensão
da Frente Nacional estava em praticamente todas as previsões", afirmou Seixas da
costa, no dia em que o primeiro-ministro
francês e o seu executivo se demitiram,
na sequência da pesada derrota dos socialistas nas eleições municipais realizadas
no domingo.
"Talvez a debacle do Partido Socialista
fosse algo surpreendente na sua dimensão, mas a sua derrota é normal", acrescentou.
Seixas da Costa salientou que "há manifestamente em certos setores de França,
em particular no sul, no leste e no norte, a
parte mais oriental da França, um aparecimento de núcleos muito fortes marcados
pela crise económica e onde há emanações nazistas, xenófobas, bem claras".
O ex-diplomata pormenorizou que "há
por vezes transferência direta de votos do
antigo Partido Comunista para a Frente
Nacional", que tem vindo a aumentar o seu
peso desde que Marine Le Pen teve 17,8%
nas presidenciais de 2012.
Trata-se de "pessoas que, perante o
aumento do desemprego e em particular
as questões de natureza securitária, tendem a refugiar-se numa lógica de maior
autoridade e de policiamento mais forte".
Sobre eventuais consequências dos
resultados eleitorais para a comunidade
portuguesa, Seixas da Costa minimizou:
"Em princípio não. A comunidade portuguesa está protegida pela legislação relativa aos cidadãos comunitários e, além do
mais é vista, diria quase de forma unânime, como uma comunidade que se integrou muitíssimo bem na sociedade francesa".
A comunidade portuguesa não só "não
é conflitual com os valores fundamentais,
mesmo aqueles que são tradicionalmente
mais ligados a uma ideia da França tradicional", como "o discurso da Frente Nacional é muito ligado a comunidades que têm
uma identidade étnica e uma diferença em
FRANCISCO SEIXAS DA COSTA
termos de matriz cultural muito contrastante com a vida dos franceses", justificou.
O ex-embaixador em Paris considerou
ainda "uma surpresa" a dimensão da abstenção nestas eleições: "Não há tradicionalmente uma abstenção muito elevada.
A vida política em França motiva muito os
cidadãos a votar. Foi uma surpresa."
A explicação pode estar no "desencanto" das pessoas com os políticos.
"Traduz, de certo modo, algo que começa a verificar-se em muitos países europeus, que é um desencanto em relação à coisa política, às soluções que os
políticos podem apresentar aos cidadãos,
não acreditar nem na esquerda nem na
direita. Esse é o sinal de um certo afastamento relativamente à questão política", justificou.
As eleições autárquicas, realizadas em
duas voltas nos dois últimos domingos,
foram marcadas por uma abstenção recorde, de cerca de 36,3%, e tiveram um
balanço muito negativo para a esquerda,
mas muito favorável para o centro-direita,
que recuperou o terreno perdido em 2008,
e um bom resultado para a Frente Nacional, de extrema-direita.
O Presidente de França, François Hollande, anunciou a nomeação como primeiro-ministro do atual ministro do Interior, Manuel Valls, em substituição de JeanMarc Ayrault.
A nomeação foi anunciada numa mensagem televisiva do chefe de Estado francês, um dia depois de uma pesada derrota
do Partido Socialista francês nas eleições
municipais, que levou Ayrault e o seu governo a demitirem-se.
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ARTES
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“Esculturas do meu fado”: a fadista
e escultora portuguesa Cristina Maria
expõe pela primeira vez em França
A ESCULTORA E FADISTA CRISTINA MARIA apresenta, a partir do mês de abril, a exposição
"esculturas do meu fado", no Centrum Sete Sóis Sete Luas, em Frontignam, França.
Na abertura da exposição, Cristina
Maria irá interpretar alguns fados do seu
repertório, acompanhada apenas pela
guitarra portuguesa de Custódio Castelo.
Esta exposição, que levou cerca de
dois anos a preparar, foi apresentada pela
primeira vez em junho passado no Museu do Fado, em Lisboa, e mostrou-se
em vários espaços nacionais, como o
Convento de Cristo, em Tomar, o Museu
de Aveiro e a Casa-Museu Guerra Junqueiro, no Porto, tendo igualmente seguido para Pontederam, na Itália.
Cristina Maria afirmou que, através
desta exposição, procura "exprimir o duplo sentimento de mar, o fado", que canta e de que gosta, assim como a cantaria
em pedra, de que é mestre, "igualmente
uma arte tradicional portuguesa", destacou.
A exposição integra apenas esculturas em mármores e calcários pretos e
brancos, à exceção da escultura de ho-
menagem a Amália Rodrigues, em vermelho de Alicante.
"O branco e o negro são, para mim,
as cores representativas do fado, destacando-se um vermelho de Alicante que é
minha homenagem à minha grande inspiração, Amália Rodrigues", afirmou Cristina Maria.
A escultura dedicada à criadora de
"Povo que lavas no rio" mede 1,50 metros e "é a mais pesada", disse.
Além de Amália, são homenageados
outros nomes do fado como o guitarrista
e compositor Custódio Castelo, o fadista
Fernando Maurício, o músico Jorge Fernando, o viola baixo Joel Pina e o construtor de guitarras Óscar Cardoso.
A escultura dedicada a Custódio Castelo, músico que habitualmente acompanha a fadista, intitula-se "Inquietude", é
em ferro e em calcário preto do Alqueidão da Serra e tem 1,60 metros.
"Procurei, através da pedra, exprimir
inovação, genialidade, criação e forma de
reinventar o instrumento, como acompanhador e também como solista, do músico Custódio Castelo".
"Todos os fadistas são homenageados
através da escultura 'Fado menor', de 1,23
metros, que representa o xaile da fadista
em repouso, no cadeirão de ferro, guardando a dor, a solidão e a saudade". "É
uma escultura em mármore ruivina e ferro", explicou.
A canção de Coimbra é homenageada
com "Verdes Anos", em calcário preto do
Alqueidão da Serra e mármore branco da
Grécia, remetendo o seu título para a composição homónima de Carlos Paredes.
A mostra no Centrum Sete Sóis Sete
Luas, em Frontignam, estará patente até
29 de maio.
Centrum Sete Sóis Sete Luas
Avenue Frédéric Mistral
34110 Frontignan
ABRIL 2014
GASTRONOMIA
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Festival da Gastronomia Portuguesa da Região
de Paris com deliciosos pratos e petiscos
TEVE LUGAR NO FINAL DO MÊS DE MARÇO o Festival da Gastronomia Portuguesa da Região de Paris,
esta foi a 12.ª edição, cada vez mais um número crescente de franceses, marcou presença neste festival, mas a
grande maioria foram lusófonos que saborearam os deliciosos pratos e petiscos.
Foram muitos os visitantes durante esta
semana do festival. A maior parte já veio
no ano anterior e gostaram, e por isso vieram novamente, agora com amigos.
Fernando Lopes, diretor da radio Alfa,
ficou bastante contente com a adesão dos
visitantes, e lembra que desde 12 anos
esta iniciativa tem vindo cada vez a melhorar e ter sempre mais visitantes ente-
Pub.
resados pela culinária portuguesa, pelo
qual o deixa orgulhoso salientou o diretor da rádio da comunidade portuguesa
na região de Paris.
Esta iniciativa teve início, a partir de
uma ideia do embaixador de Portugal,
António Monteiro, que achou que era
bom ter aqui alguma coisa que divulgasse a gastronomia portuguesa", disse ainda Fernando Lopes.
O festival aconteceu nas instalações da
Rádio Alfa, nos arredores de Paris, com
refeições ao almoço e ao jantar.
Este ano a gastronomia portuguesa foi
levada à região de Paris pelo restaurante
'O Cortiço', de Viseu, que serviu, arroz
de carqueja, cabrito assado à pastor da
serra e vitelinha na púcara à lavrador de
Cavernães entre outros saborosos pratos,
e os hotéis RR, do Algarve, que propuse-
ram lombo de porco recheado com figos
secos, molho de castanha de Monchique,
salpicos, bife de espadarte à moda da Salema, arroz de tamboril e camarão da
costa algarvia com aroma a poejo entre
outras receitas.
Nesta edição de 2014 passaram pelo
Festival da Gastronomia Portuguesa da
Rádio Alfa, mais de 2 500 pessoas.
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ABRIL 2014
COMEMORACÃO
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BATALHA DE LA LYS
I GUERRA MUNDIAL
Felícia Glória da Assunção-Pailleux é um
símbolo do Corpo Expedicionário Português
COM 87 ANOS, FELÍCIA GLÓRIA DA ASSUNÇÃO-PAILLEUX, filha de um soldado português, é
um símbolo do Corpo Expedicionário Português que combateu no norte de França durante a I Guerra
Mundial, e mantém viva, até hoje, a memória do pai.
Felícia nasceu em França,
filha de pai português, "o que
era algo original na época", "Não
era banal ser português numa
vila do norte de França no início do século XX", contou Felícia da Assunção-Pailleux.
O seu pai, João Manuel da
Costa Assunção, era serralheiro em Portugal quando, com
22 anos, deixou o país para se
juntar ao Corpo Expedicionário no norte de França.
Foi um dos sobreviventes da
Batalha de La Lys, em 1918,
que aconteceu na sequência da
ofensiva alemã contra as forças britânicas, nas quais se
encontrava inserido o Corpo
Expedicionário Português que
acabou por perder cerca de
dois mil homens nesta batalha,
que se encontram sepultados
no Cemitério Militar Português
Richebourg.
"O meu pai fez 440 dias de
trincheira 2.685 dias de guerra",
sabe de cor a filha do porta-bandeira, "soldado n.º 13.044, do
23.º Regimento, 4.ª companhia,
2.a divisão", acrescentou.
Depois da guerra, João da
Costa Assunção decidiu permanecer em França por amor.
CORPO EXPEDICIONÁRIO NO NORTE DE FRANÇA
CEMITÉRIO MILITAR PORTUGUÊS RICHEBOURG
Casou com a mãe da senhora
Pailleux em 1920 e tiveram 15
filhos.
"Éramos 15 crianças, era
preciso trabalhar. O papá partiu muito cedo por ter trabalhado muito, fazia muitas coisas", explicou madame Pailleux.
João Manuel da Costa Assunção morreu em França em
1975, mas é recordado até hoje
pela filha, que portou a bandeira original do pai até 2010, altura em que a ofereceu ao Museu da Liga dos Combatentes,
em Portugal e foi convidada por
Cavaco Silva para as comemorações do centenário da República Portuguesa, em Lisboa.
O soldado português era
"um guardião da cultura lusitana", assegurou a filha, que não
trouxe a bandeira, mas vestiu
as cores de Portugal numa gravata vermelha com a cruz portuguesa.
A filha do soldado português falou com à margem de
uma conferência em memória
da participação do Corpo Expedicionário Português na primeira Guerra Mundial de 1914
à 1918, na Casa de Portugal,
em Paris.
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ABRIL 2014
EMIGRACÃO
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Cada vez mais população a sair
de Portugal e poucos são o que
escolhem Portugal para imigrarem
PORTUGAL É O SEGUNDO PAÍS DA UE com mais emigrantes em percentagem da
população e um dos com menos imigrantes, o que cria uma alarmante situação demográfica,
mais grave do que a dos anos 60.
O alerta foi lançado por Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório da Emigração, durante a conferência "Emigração portuguesa contemporânea", que decorreu em Lisboa.
O investigador explicou que, na União
Europeia, apenas Malta, país que tem menos de um milhão de habitantes, tem maior percentagem de emigrantes do que Portugal.
Além disso, Portugal é um dos países
com menos imigrantes em percentagem
da população.
A conjugação destes dois dados coloca o país no "quadrante da repulsão do
sistema migratório europeu", onde Rui
Pena Pires coloca os países que afastam
mais população do que atraem, como a
Lituânia, a Roménia ou a Bulgária.
"Portugal está a aproximar-se do grupo dos países de leste menos desenvolvidos", afirmou o investigador do ISCTE Instituto Universitário de Lisboa.
Embora reconheça que a situação atual
não é nova e que já nos anos 60 Portugal
tinha mais emigração do que imigração,
Pena Pires sublinhou que atualmente há
uma agravante.
Para o investigador, os efeitos da emigração dos anos 60 puderam ser parcialmente contrariados pelo repatriamento de
África nos anos 70, que representou o
regresso de meio milhão de pessoas em
ano e meio.
Atualmente, no entanto "não é previsível qualquer fenómeno migratório vagamente semelhante ao do repatriamento, pelo que a situação é hoje muito mais
aguda do ponto de vista recessivo populacional do que nos anos 60".
Aos jornalistas, o cientista explicou
que "tudo depende da retoma do crescimento económico", mas alertou que, se
esta demorar muito, " torna-se muito difícil corrigir os défices demográficos entretanto acumulados".
"Neste momento o saldo é negativo"
reiterou o investigador, que estima em 90
a 95 mil o número de saídas anuais de
emigrantes.
Este valor é ligeiramente inferior à estimativa do secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, que fala em 120
mil saídas, mas Rui Pena Pires diz que a
sua estimativa é de emigrantes permanentes, que ficam fora por mais de um ano,
excluindo os temporários.
O investigador João Peixoto, do Instituto Superior de Economia e Gestão
(ISEG), fez uma intervenção menos pessimista do que a de Rui Pena Pires, alertando que a par das saídas, é preciso contabilizar as reentradas de emigrantes.
Analisando os dados do Censos 2011,
João Peixoto e a sua equipa concluíram
que entre 2001 e 2011 regressaram a
Portugal 230 mil pessoas nascidas em
Portugal e que tinham estado emigradas
durante mais de um ano.
"É significativo ver que 10% da população portuguesa em 2011 já tinha residido mais de um ano no estrangeiro", acrescentou o cientista.
Os dados do Censos permitiram concluir que só entre 2009 e 2011 regressaram 35 mil pessoas, sobretudo jovens
entre os 25 e os 34 anos, que tinham estado em países como o Reino Unido, a
Suíça, Espanha ou Angola.
Embora reconhecendo que muitas pessoas regressam e voltam a sair, Peixoto disse, que é preciso não olhar apenas para os
números de saídas, mas também pensar
"que há um movimento muito mais complexo que muitas vezes passa por um regresso a Portugal". Ainda assim, o investigador admitiu que "a deterioração da situação portuguesa desde 2011 até 2013 deverá ter feito cair as reentradas" e sublinhou
que mesmo em 2011 é provável que o saldo
entre saídas e reentradas fosse negativo.
E recordou que é preciso conjugar
outras variáveis demográficas: "Não estamos apenas com um problema de perda grave em termos migratórios, estamos
com um problema de fecundidade baixíssima e de envelhecimento muito forte".
"Quando se nasce pouco, vive-se até
muito tarde, entram poucos estrangeiros
e muitos portugueses saem, temos fortes razões para sermos pessimistas", reconheceu, alertando que o risco é que
Portugal se torne um país cada vez mais
periférico dentro da Europa.
Como resumiu Rui Pena Pires: "A
emigração tem sido boa para as pessoas
porque tem permitido que resolvam os
problemas na situação de crise extrema
em que estamos, mas para o país não
tem sido a melhor solução".
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ABRIL 2014
CONVÍVIO
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Jantar da Academia
do Bacalhau de Paris
na sala Vasco da Gama
ALFREDO DE LIMA
No passado dia 27, as comadres e compadres da Academia do Bacalhau de Paris reuniram-se na sala Vasco da
Gama, aproveitando a Semana
da Gastronomia Portuguesa
organizada pela Radio Alfa.
Ao programa, um donativo
de 7.500 euros pela parte da
ABP a favor do forcado Nuno
Mata numa sala repleta de 250
pessoas. A Academia do Bacalhau de Rouen também vai contribuir em breve com a soma
de 500 euros. A associação de
Pub.
Bienfaisance presidida pelo Sr
Manuel Oliveira do Raincy, decidiu oferecer a cadeira elétrica
ao Nuno. O jantar contou com
a presença do grande futebolista Valdo que dando algumas
palavras ao Nuno, prometeu-lhe
que daria como donativo uma
parte do cachêt a quando do seu
jubileu no Estadio da Luz (grande homem que também sofreu
com a morte da filha).
Neste jantar também esteve presente, com a sua esposa, o Sr. Teixeira, galordoado
com o prémio da melhor baguette de Paris.
Da parte dos alocutores,
começando pelo cavaleiro Ribeiro Teles que começou por
frisar a sua carreira e por fim
deu o elogio ao Nuno pela sua
camaradagem e a entreajuda
entre os forcados na arena
frente ao touro. O Pedro Coelho dos Reis também descreveu o seu trajeto de carreira
dizendo que o Nuno foi aquele
companheiro com quem
aprendeu muito nesta entrega
de entreajuda que é o meio taurino. Por fim o Nuno descreveu o seu percurso em todas
as praças Portuguesas, Espanholas, Francesas e Mexicanas.
A ABP aproveitou a Semana da Gastronomia Portuguesa
para organizar seu jantar mensal na sala Vasco da Gama, onde
os dois restaurantes presentes,
serviram uma boa refeição.
ABRIL 2014
LITERATURA / HISTÓRIA
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15
Daniel Bastos apresentou em Paris
no Consulado Geral de Portugal o livro
“Fafe - história, memória e património”
O HISTORIADOR DANIEL BASTOS apresentou em Paris, um livro sobre Fafe escrito em português, francês e
inglês. "Este livro é o corolário de um conjunto de trabalhos e estudos que tenho desenvolvido nos últimos anos
sobre a história de Fafe, que agora assumem um formato conciso e universal", explicou o historiador.
Para Daniel Bastos, o facto de
a obra estar traduzida para inglês
e francês "permite que qualquer
pessoa que queira visitar ou conhecer a história e o património
do concelho, nomeadamente
emigrantes de segunda ou terceira
geração, tenham um livro que é um cartão-de-visita de Fafe".
O trabalho designa-se "Fafe - história,
memória e património", foi traduzido por
Paulo Teixeira e ilustrado com cerca de uma centena de fotografias
a preto e branco de José Pedro
Fernandes.
A apresentação decorreu no
Consulado Geral de Portugal, dirigindo-se sobretudo à comunidade emigrada em França.
O historiador, de 34 anos, acrescentou que o livro, de 300 páginas, "transmite uma imagem global e fundamentada da
evolução do território concelhio, das origens à atualidade".
Para Daniel Bastos, a obra "constitui
um autêntico cartão-de-visita para todos
os que queiram conhecer e visitar o concelho de Fafe", no distrito de Braga.
A apresentação da obra foi feita pelo
poeta e pintor francês Gérald Bloncourt,
que também assina o prefácio do livro.
Fotos: Mário Cantarinha
25 de abril, 40.° aniversário
A REVOLUÇÃO DA PRIMAVERA, a primavera suave dos Cravos, uma Revolução pacífica, abril em
Portugal. Portugal deu uma lição revolucionária ao Mundo.
MANUEL DO NASCIMENTO
Antes do 25 de abril 1974, havia um
homem, que se chamava António de Oliveira Salazar, o chefe do Estado Novo.
Salazar corrompia os que o serviam
para melhor o servirem. Não era um corrupto, era um corruptor. Sabia no entanto
fazê-lo e com quem fazê-lo. A política era
pensada por elites, dirigida por elites. O
Estado Novo salazarista reprimia a vida
política e intelectual do País. Salazar, refugiava-se na ideia de um império colonial
português. As guerras na África onerosas
e em vão, começaram progressivamente,
chegando até às elites, militares e políticos a semear a discórdia.
O golpe de Estado obedeceu a um planeamento muito cuidadoso e a uma execução de grande eficácia, baseada em prin-
cípios militares muito simples; surpresa,
coordenação e concentração de forças.
Acontece que a história de um País vira.
É o caso do 25 de abril de 1974, em que a
Revolução dos Cravos instala um poder
democrático em Portugal.
O sucesso do golpe de Estado do 25
de abril de 1974, teve um apoio forte e
imediato da população de Lisboa e do País.
O povo português percorria as ruas de Lisboa gritando com lágrimas de alegria: Vi-
tória Vitória...
Na quinta-feira, dia 25 de abril de 1974,
cerca das 0h20, e na Rádio Renascença,
ouve-se a canção Grândola vila morena de
Zeca Afonso. Era o sinal para o início das
operações militares. Pouco a pouco, todos os pontos estratégicos do País estavam no poder do Exército. Só mais tarde,
às 18h39, uma viatura (Bula) entra na caserna do Carmo de Lisboa, para transportar Marcello Caetano, refugiado durante a
noite, a pedido de Silva Pais, diretor da Pide.
Mais tarde, às 19h30, é dado o conhecimento da rendição do governo.
A população estava na rua para manifestar a sua alegria. "O Povo Unido, jamais
será Vencido". O Povo estava lá. E nós hoje?
40 anos depois! É de relembrar esta data e
de a contar aos nossos filhos e netos. Não
esquecer, que com a participação de hoje,
é construir o amanhã.
ABRIL 2014
COMMÉMORATION
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17
Semaine culturelle Portugaise
du 25 Avril au 3 Mai 2014
A L’OCCASION DU 40ÈME ANNIVERSAIRE de la Révolution des œillets au Portugal (1974 – 2014),
l’APCS à décidé de fêter l’événement avec une semaine culturelle du 25 Avril au 3 Mai 2014.
Pourquoi une semaine culturelle, parce
que la Révolution des œillets, représente la
fin du fascisme au Portugal et l’ouverture
sur la démocratie, l’ouverture sur la liberté
d’expression, de toutes les expressions,
notamment la culture.
Cette semaine s’articulera donc sur 4
modules différents :
Une Exposition Photographique :
« Regards sur le Portugal » du 25
avril au 3 Mai 2014, aux Passerelles
à entrée libre.
25 Avril à 19h00 : Nous ouvrons cette
semaine culturelle le 25 Avril, date emblématique de la révolution des Œillets, par un
Vernissage de l’exposition « Regards sur
le Portugal ».
En présence des 3 photographes : Gerald Bloncourt, Philippe Martins et David
Martins.
- Gérald Bloncourt, nous donne sa vision du Portugal et notamment l’immigration portugaise des années 60-70, qui fuyait
le fascisme et la misère pour venir travailler
en France. Il capte ce moment d’histoire du
Portugal, en fixant dans l’image, les regards,
les conditions de vie des portugais arrivés
en France dans les années 60-70. Leur humilités, leur courage, leurs conditions de
vie, tout y ai.
- Philippe Martins et David Martins,
deux photographes luso descendants de
Pontault-Combault, née en France et amoureux du Portugal, nous montrent leurs regards sur leur pays d’origine, les instants
de vie attrapés au détour d’un regard, l’art
de rue, l’architecture, ce qui fait le Portugal d’aujourd’hui.
Cinéma / Cinéma Apollo : le Portugal vu par le cinéma le 27 avril à 15h00,
- entrée 5 euros pour l’après-midi
- 15h00 – « Les Grandes Ondes » :
film de Lionel Baier, Regards drôles et décalés d’une équipe de journalistes Suisses
pendant la Révolution du 25 Avril au Portugal. On y découvre un Portugal libéré, avec
une soif de toutes les libertés, meures,
morale, et culture.
- 16h25 Lisboa Orchestra : court
métrage de Guillaume Delaperriere, regards
original et musical sur Lisbonne.
- 16h40 : Entracte : En présence de
José Vieira et échange sur le Portugal et le
40ème anniversaire de la révolution des Œillets, autour d’un verre accompagnés de
« Pasteis de Nata » (pâtisserie lisboète)
- 17h00 – « Les émigrés » film de José
Vieira - Histoire d’un village du Portugal où
presque tous les habitants ont émigré à la
recherche d’une vie meilleure. Le film tente
de comprendre ces hommes et ces femmes qui ont fuis le fascisme et la misère et
qui sont devenus, un jour, des étrangers.
Concert de Fado : Katia Guerreiro
aux Passerelles le 29 avril à 20h30,
- entrée adhérents APCS 12 euros /
Non adhérents APCS 20 euros.
Une fois par an, les Passerelles en par-
tenariat avec l’APCS invitent une figure majeure de la diversité musicale Portugaise. En
2011 : Déolinda, en 2012 : Oquestrada,
et cette année la grande Katia Guerreiro.
Katia Guerreiro, grande ambassadrice
du Fado. Musique fortement ancrée dans
les profondeurs de l’âme portugaise. Le Fado
se devait d’être présent pour cette semaine
culturelle portugaise. Véritable bande son
du Portugal, le Fado est depuis peu, rentré
dans le patrimoine mondial de l’UNESCO.
En fin de concert, nous invitons le public à boire un verre et échanger.
Théâtre : « Résistance » aux Passerelles le 3 mai à 20h30, - entrée
libre.
Pièce de Joaquim Pires, tantôt dramatique, tantôt humoristique ; sur la période
salazariste et le soulèvement contre le fascisme des années 70 au Portugal.
Entre rire et larme, véritable témoignage sur ce qu’a été le fascisme portugais et
la « Révolution des Œillets ». « Résistance » soulève certaines questions qui sont
aujourd’hui d’une grande actualité : Comment résister et prendre son destin en main
malgré la misère.
Le Portugal d’aujourd’hui est le fruit de
cette histoire, il nous semblait important de
finir cette semaine par ce témoignage.
ASSOCIATION PORTUGAISE
CULTURELLE & SOCIALE
CENTRE CULTUREL FRANCO-PORTUGAIS
62, rue Lucien Brunet
77340 Pontault-Combault
Tél.: 01 70 10 41 26
E-mail: [email protected]
site: apcs77.free.fr
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ABRIL 2014
COMUNIDADE
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Família Teixeira ganhou
pela segunda vez o prémio para
a “Melhor Baguete de Paris”
A PASTELARIA "AUX DÉLICES DU PALAIS", cujo dono é português, ganhou pela segunda vez o prémio para
a "Melhor Baguete de Paris", e irá fornecer o Palácio do Eliseu no próximo ano.
António Teixeira chegou a
França com seis anos, em
1998 ganhou o prémio da
Melhor Baguete de Paris. Em
2014, o filho, Anthony
Teixeira, seguiu as pisadas do
pai e voltou a conquistar o
galardão.
"Há muito mais visibilidade porque na primeira vez
que ganhámos, podiam dizer
que foi um bocado de sorte.
Agora mostrámos que a haver sorte, é mínima. Hoje temos uma qualidade comprovada, não é uma sorte", disse
António Teixeira.
Questionado sobre a origem da sabedoria que leva a
família a conquistar os troféus, António Teixeira responde que não a foi buscar a
Portugal, porque aprendeu o
ofício com franceses, mas
não nega que haja uma certa
"saudade portuguesa" na massa do melhor pão de Paris.
O filho, Anthony Teixeira,
reconhece os ensinamentos do
Pub.
PORTUGUÊS ANTÓNIO TEIXEIRA GANHA PRÉMIO DA MELHOR
BAGUETTE DE PARIS PELA SEGUNDA VEZ
pai e espera agora ganhar o
prémio no concurso que abrange toda a região de Paris.
"Ele deu-me algumas bases e depois fazemos à nossa maneira, melhoramos de
ano para ano", afirma.
"É um grande orgulho
porque tenho 24 anos", revelou Anthony, que considera
"incrível" a possibilidade de
fornecer o Eliseu.
Para concorrer à Melhor
Baguete de Paris o produto
deve ter entre 55 e 65 centímetros, pesar 250 e 300 gramas e ter um nível de sal de
18 gramas por quilo de farinha. As baguetes concorrentes são de seguida avaliadas segundo critérios de cozedura, gosto, odor e aparência.
Concorreram este ano 187
baguetes, avaliadas por um
júri composto por 15 membros, entre os quais o vencedor da Melhor Baguete de Paris de 2013.
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ABRIL 2014
OPINIÃO
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Não mata mas mói!
AURÉLIO
PINTO
Pedro Almeida Cabral escreveu no « Expresso » do 2
de Março de 2014 um artigo
intitulado « Dez razões para
apoiar o Acordo Ortográfico ». Começou por minimizar,
tentando irónicamente ridicularizar, a opinião daqueles que
se opõem ao dito acordo. Escamoteando o facto de que os
opositores, para além de serem
muitos milhares de cidadãos de
todos os horizontes, têm no
seu seio grandes línguistas,
professores, escritores, jornalistas, historiadores, artistas e
até alguns políticos, etc...
Vou responder-lhe colocando o meu comentário a seguir
ao seu.
Durante o dia de hoje,
os nossos deputados terão finalmente uma questão verdadeiramente importante para decidir: devem ou não as consoantes mudas sobreviver?
Será que Portugal deixa de
ser Portugal e que os portugueses deixam de ser
portugueses se passarmos
a escrever sem as consoantes mudas?
Portugal nunca deixou de
ser Portugal apesar do elevado
nível de analfabetismo, mais letra menos letra, não é disso que
se trata.
Devemos condenar à
morte estas periclitantes
letrinhas? Andamos tão entretidos com questões
menores como o desemprego elevado, a emigração galopante e os cortes
definitivos nas pensões
que não estamos suficientemente atentos para a
maior ameaça à maneira de
viver portuguesa: o Acor-
do Ortográfico.
É na altura em que o País
anda preocupado com as questões maiores (que são as que
cita como menores) que nos
querem fazer « engolir » o
AO, que na realidade é também
uma questão maior e cuja solução, contráriamente ao que
pretende dar a entender, não
interfere com os outros problemas.
Pelo menos, é essa a
ideia que fica cada vez que
se lê mais um artigo contra o Acordo Ortográfico.
Ainda esta semana, foram
publicados vários deles no
jornal Público. Clama-se
contra a invasão estrangeira. Brame-se pelo português de lei. Invectivam-se
os traidores da pátria portuguesa. Mas será que o
Acordo Ortográfico nos vai
condenar a uma nova Idade Média de trevas e ignorância? Será que podemos viver normalmente
sem consoantes mudas? O
que me parece é que há
pelo menos dez boas razões para apoiar o Acordo Ortográfico.
É evidente que por vezes
certas mudanças são aceitáveis
e até necessárias, (reconheço
que também nesses casos há
oposição, haverá sempre), mas
já se viu que por isso ninguém
se suicidou ! Mas mudar por
mudar, quando a única motivação é nivelar pelo baixo, na
vã esperança de transformar
« cábulas em bons alunos »
ou de ganhar mais uns tostões
em troca de uns « ces » e de
uns hífenes... Não mata mas
mói !
1. Começando pelo
princípio. Foi Portugal
que, em 1911, alterou a
grafia da língua portuguesa sem consultar o Brasil, o que fez com que passasse a haver duas ortografias para a mesma língua. O Acordo vem resolver este erro histórico.
Quando em 1911(*) se alterou a grafia (no Brasil já havia uma grafia diferente, pelo
menos no terreno) ninguém
impediu o Brasil de se alinhar.
É assim que procedem franceses e ingleses e nunca se
ouviu queixas de ninguém.
2. As alterações do
Acordo Orográfico facilitam a aprendizagem. Quer
de crianças, quer de estrangeiros. Por uma razão
simples: as palavras passam a ficar mais próximas
da forma como se lêem.
Quando os próprios professores, obrigados a aplicar
já o AO, andam atrapalhados,
como andarão os alunos, ao
lerem os clássicos das bibliotecas ou mesmo na Internet,
escritos antes do AO ? Sejam
eles portugueses ou não a balbúrdia é a mesma. E diga-me
lá, que ganha um chinês de
Macau ou um africano seja de
onde for, que queira estudar
português ao aprender se agora certos « ces » caíram ? De
facto não ganha para um fato !
3. O Acordo Ortográfico apenas afeta um número diminuto de palavras, cerca de 1,6%. O que
significa que as alterações
trazidas pelo Acordo são
mínimas face ao português que se escreve.
Então para quê mudar, se
a diferença é tão limitada, que,
o quê ou quem fica a ganhar
com isso ?
4. As escolas portuguesas já ensinam conforme o Acordo Ortográfico.
As leis portuguesas já são
publicadas conforme o
Acordo Ortográfico. O
Governo já governa conforme o Acordo Ortográfico. A maioria dos jornais já publica conforme
o Acordo Ortográfico. Parece impossível, mas tudo
isto acontece sem revolta, dor ou trauma.
De modo inconsciente e à
força de muita publicidade,
este Governo tenta introduzir
este Acordo Ortográfico por
tudo quanto é sítio; mas se não
há revolução (não é caso para
tanto) revolta há e não é pouca. Já pesou as petições assinadas contra o AO ? Não lhe
chegou aos ouvidos a voz dos
contestatários ? Advogados,
tribunais, Centros Culturais,
escritores, jornalistas e tantos
outros. Do Ministério da Cultura não, esse já não existe !
5. Entrando no Acordo, é evidente que nunca
poderia haver qualquer
acordo com o Brasil para
unificar a ortografia que
não abrangesse as consoantes mudas. É que, simplesmente, os brasileiros
não as afloram nem as
pronunciam.
Pois, tem de se fazer um
acordo porque os brasileiros
se não afloram nem pronunciam as consoantes mudas,
correm o risco de corte de relações diplomáticas ! Eis uma
boa razão.
6. E quem acha que abdicámos da nossa forma
de escrita, é bom lembrar
que o Brasil também cedeu e deixou, por exemplo, de usar o trema em
algumas palavras, como
no «u» em linguiça.
Sendo a língua falada no
Brasil o Português, o Brasil não
cedeu, alinhou-se ou corrigiu
(mas a linguiça não perdeu
qualidade).
7. Há apenas oito países no mundo que têm o
português como língua
oficial. E só há duas ortografias, a portuguesa e
a brasileira. Chegar a um
consenso quanto à forma
de escrever é relativamente fácil. O que é altamente vantajoso para uma língua falada em quatro continentes por mais de 250
milhões de pessoas.
A nossa língua é falada (já)
nos quatro continentes, mas
cada um com as suas particu-
ABRIL 2014
OPINIÃO / CRIMINALIDADE
laridades e compreendida por
todos. É também utilizada por
dezenas de autores por esse
mundo fora, que adoramos,
em que é que este Acordo Ortográfico vai melhorar a situação ? Baralha os que escrevem bem e para os outros... ?
Com a fasquia a 20cm do solo,
todos são saltadores em altura !
8. Numa perspectiva
egoísta, o Acordo Ortográfico contribui, de forma modesta, para que o
português do Brasil se
mantenha português do
Brasil e não se torne brasileiro. Sim, interessa-nos
que o português seja falado por mais de 200 milhões de pessoas na América do Sul.
Os ingleses não mudam a
língua por causa da América
ou da Índia, como os franceses não mudam nada por cau-
sa do Québec. Não é por isso
que esses países dizem falar
americano ou quebequês. E
para as nossas diferenças regionais ? Também se faz um
acordo « à casa » ?
9. O Brasil já aplica o
Acordo Ortográfico e, ao
contrário do que se diz,
não o rasgou nem o rejeitou. Apenas prolongou o
período de transição em
que se podem utilizar as
duas grafias, a antiga e a
nova, que passou de 2012
para 2015. Aliás, todos os
países de língua oficial
portuguesa já ratificaram
o Acordo Ortográfico. A
única exceção é Angola
que, mesmo assim, tem
dado alguns sinais de querer rever a sua posição.
O Brasil empurrou o Acordo Ortográfico para 2015 e
como todos os outros países
está a avançar em marcha
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atrás, sinónimo do pouco interesse que ele suscita, senão
já o teriam apanhado com
mãos ambas.
10. Finalmente, um dos
argumentos mais repetidos é que não devemos
escrever como os brasileiros porque somos portugueses. Ver telenovelas
brasileiras, tudo bem.
Ouvir cantores brasileiros, excelente. Ler romancistas
brasileiros,
nada contra. Admirar futebolistas brasileiros, sim
senhor. Comer comida
brasileira, é um gosto.
Viajar para o Brasil, uma
maravilha. Mas escrever
como os brasileiros é que
é mortal.
Francamente acho fraca a
conclusão. Tudo o que diz a
respeito do Brasil : cantores,
escritores, futebolistas, comida, viagens (menos as teleno-
21
velas, que detesto !) é verdade. Mas também se aplica a
tantos outros países com línguas próprias, que se tivessemos que escrever como eles,
seria um nunca mais acabar de
Acordos Ortográficos. Vou
continuar a escrever (mal)
como sei, mas sem nunca esquecer, como tantos vão esquecendo, que a minha Pátria
é a minha Língua.
(*) 1911 - Portugal Assina o
primeiro Acordo Ortográfico.
1945 - actualização do Acordo de 1911
2002 - na cimeira de Brasília,
decidiu-se que qualquer acordo
entra em vigor desde que seja depositado em Lisboa.
2004 - Segundo Protocole Modificativo do Acordo Ortográfico,
assinado pela CPLP em São Tomé,
diz-se que basta que três países da
CPLP o ratifiquem para que entre
em vigor... Isso foi aprovado pela
AR com a Resolução n35/2008, em
Maio de 2008. É esta RAR que a
ILC pretende revogar !
Portugal não pune criminalmente os
imigrantes em situação irregular
PORTUGAL É UM DOS POUCOS PAÍSES EUROPEUS que não pune criminalmente os
imigrantes em situação irregular, constata um relatório, que analisa a compatibilidade das medidas
anti-imigração com os direitos fundamentais.
Segundo a Agência da
União Europeia para os Direitos Fundamentais, Malta e Portugal são os únicos países cuja
legislação não prevê nem pena
de prisão nem coimas para os
imigrantes que entrem ilegalmente no seu território ou que
não possuam documentação
válida, embora acionem imediatamente mecanismos para
a deportação.
Nos outros países, há atitudes diversas: Espanha, por
exemplo, não pune criminalmente a entrada ilegal de imigrantes, mas aplica multas aos
indocumentados, ao inverso de
França, que castiga criminalmente a entrada ilegal mas não
os imigrantes encontrados
sem documentos válidos.
Em Itália, um imigrante ilegal pode ser multado até 10
mil euros e em outros países
a pena de prisão pode variar
entre um mês e cinco anos de
prisão, para além da deportação, refere o relatório.
Apoiando-se em decisões
do Tribunal de Justiça da
União Europeia, a agência europeia defende o fim das penas de prisão, pois considera
que deve prevalecer a legislação que determina o regres-
so, voluntário ou forçado, do
imigrante ilegal ao país de origem.
A mesma entidade sugere
também alterações ou clarificações na legislação sobre o
auxílio à imigração para não
serem punidos atos humanitários, como os de pescadores que ajudem imigrantes em
risco de vida, ou senhorios
que arrendem alojamento sem
intenções de obstruir a deportação.
"O uso de sanções criminais e prisão para combater a
imigração ilegal prejudica não
só as pessoas em causa, mas
também dá uma imagem negativa de como a sociedade
como um todo os considera",
refere no relatório.
ABRIL 2014
COMEMORACÃO
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40.º Aniversário da Revolução
do 25 de abril de 1974
EM 2014, O POVO PORTUGUÊS COMEMORA OS 40 ANOS DO 25 DE ABRIL
DE 1974 – DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS.
Revolução dos Cravos, conhecida, efetivamente, como Revolução de 25 de abril,
refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social,
ocorrido a 25 de abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo,
vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a
entrada em vigor da nova Constituição a
25 de abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.
Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças
Armadas (MFA), que era composto na sua
maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram
o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio
das forças armadas, acabando por se
estender ao regime político em vigor.
Com reduzido poderio militar e com
uma adesão em massa da população
ao movimento, a resistência do regime
foi praticamente inexistente e infrutífera,
registando-se apenas 4 civis mortos e 45
feridos em Lisboa pelas balas da DGS.
O movimento confiou a direção do País
à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado.
A 15 de maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da
República. O cargo de primeiro-ministro
seria atribuído a Adelino da Palma Carlos.
Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido
como o PREC (Processo Revolucionário
Em Curso), marcado por manifestações,
ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.
Estabilizada a conjuntura política,
prosseguiram os trabalhos da Assembleia
Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia
25 de Abril de 1976, o mesmo dia das
primeiras eleições legislativas da nova
República.
Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no
dia 25 de abril, denominado como «Dia
da Liberdade».
Na sequência do golpe militar de 28
de Maio de 1926, foi instaurada em Portugal uma ditadura militar que, culminaria na eleição presidencial de Óscar Carmona em 1928. Foi durante o mandato
presidencial de Carmona, período que
se designou por «Ditadura Nacio-
nal», que foi elaborada a Constituição de 1933 e
instituído um novo regime
autoritário de inspiração fascista - «o Estado Novo». António de Oliveira Salazar passou
então a controlar o país através do
partido único designado por «União
Nacional», ficando no poder até lhe ter
sido retirado por incapacidade em 1968,
na sequência de uma queda de uma cadeira em que sofreu lesões cerebrais. Foi
substituído por Marcello Caetano que, pôs
em prática a Primavera Marcelista e dirigiu o país até ser deposto no dia 25 de
Abril de 1974.
Durante o Estado Novo, Portugal foi
sempre considerado como um país governado por uma ditadura pela oposição
ao regime, pelos observadores estrangeiros e até mesmo pelos próprios dirigentes do regime. Durante o Estado Novo
existiam eleições, que não eram universais e eram consideradas fraudulentas
pela oposição.
O Estado Novo tinha como polícia
política a PIDE (Polícia Internacional de
Defesa do Estado), versão renovada da
PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do
Estado), que mais tarde foi reconvertida
na DGS (Direcção-Geral de Segurança).
A polícia
política do regime,
que recebeu formação
da Gestapo e da CIA,
tinha como objectivo
censurar e controlar
tanto a oposição
como a opinião
pública em
Portugal e nas
colónias.
Na visão
histórica dos ideólogos do regime,
o país teria de manter
uma política de defesa, de
manutenção do «Ultramar»,
numa época em que os países europeus iniciavam os
seus processos de descolonização progressiva. Apesar de
séria contestação nos fóruns
mundiais, como na ONU, Portugal manteve a sua política irredentista, endurecendo-a a
partir do início dos anos 1960,
face ao alastramento dos movimentos independentistas em
24
ABRIL 2014
COMEMORACÃO
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Angola, na Guiné e em Moçambique.
Economicamente, o regime manteve
uma política de condicionamento industrial que protegia certos monopólios e
certos grupos industriais e financeiros (a
acusação de plutocracia é frequente). O
país permaneceu pobre até à década de
1960, sendo consequência disso um significativo acréscimo da emigração. Contudo, é durante a década de 60 que se
notam sinais de desenvolvimento económico com a adesão de Portugal à EFTA.
A Guerra do Ultramar, um dos
precedentes para a revolução
No início da década de setenta mantinha-se vivo o ideário salazarista . Continuavam os ideólogos do regime a alimentar o mito do «orgulhosamente sós», coisa que todos entendiam, num país periférico e pequenino, marcado pelo isolamento rural: estar ali e ter-se orgulho nisso eram valores, algo merecedor de respeito. Mesmo em plena Primavera Marcelista, Marcelo Caetano, que sucedeu a
Salazar no início da década (em 1970, ano
da morte do ditador), não destoa. Sentindo o mesmo, age a seu modo, governa
em isolamento, faz o que pode, mas um
dia virá em que já nada pode fazer.
Qualquer tentativa de reforma política
era impedida pela própria inércia do regime e pelo poder da sua polícia política
(PIDE). Nos finais de década de 1960, o
regime exilava-se, envelhecido, num ocidente de países em plena efervescência
social e intelectual. Em Portugal cultivase outros ideais: defender o Império pela
força das armas. O contexto internacional era cada vez mais desfavorável ao regime salazarista/marcelista. No auge da
Guerra Fria, as nações dos blocos capita-
lista e comunista começavam a apoiar e
financiar as guerrilhas das colónias portuguesas, numa tentativa de as atrair para
a influência americana ou soviética. A intransigência do regime e mesmo o desejo de muitos colonos de continuarem sob
o domínio português, atrasaram o processo de descolonização: no caso de Angola e Moçambique, um atraso forçado
de quase 20 anos.
Portugal mantinha laços fortes e duradouros com as suas colónias africanas,
quer como mercado para os produtos
manufaturados portugueses quer como
produtoras de matérias primas para a indústria portuguesa. Muitos portugueses
viam a existência de um império colonial
como necessária para o país ter poder e
influência contínuos. Mas o peso da guerra, o contexto político e os interesses
estratégicos de certas potências estrangeiras inviabilizariam essa ideia.
Apesar das constantes objeções em
fóruns internacionais, como a ONU, Portugal mantinha as colónias considerando-as parte integral de Portugal e defendendo-as militarmente. O problema surge com a ocupação unilateral e forçada
dos enclaves portugueses de Goa, Damão
e Diu, em 1961.
Em quase todas as colónias portuguesas africanas – Moçambique, Angola,
Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde
– surgiam entretanto movimentos independentistas, que acabariam por se manifestar sob a forma de guerrilhas armadas. Estas guerrilhas não foram facilmente
contidas, tendo conseguido controlar uma
parte importante do território, apesar da
presença de um grande número de tropas portuguesas que, mais tarde, seriam
em parte significativa recrutadas nas pró-
prias colónias.
Os vários conflitos forçavam Salazar
e o seu sucessor Caetano a gastar uma
grande parte do orçamento de Estado na
administração colonial e nas despesas
militares. A administração das colónias
custava a Portugal um pesado aumento
percentual anual no seu orçamento e tal
contribuiu para o empobrecimento da
economia portuguesa: o dinheiro era desviado de investimentos infra-estruturais
na metrópole. Até 1960 o país continuou
relativamente frágil em termos económicos, o que aumentou a emigração para
países em rápido crescimento e de escassa mão-de-obra da Europa Ocidental,
como França ou Alemanha. O processo
iniciava-se no fim da Segunda Guerra
Mundial.
O estado do país
A economia cresceu bastante, em particular no início da década de 1950. Economicamente, o regime mantinha a sua
política de Corporativismo, o que resultou na concentração da economia portuguesa nas mãos de uma elite de industriais. A informação circulava e a oposição
bulia. A guerra colonial tornava-se tema
forte de discussão e era assunto de eleição para as forças anti-regime. Portugal
estava muito isolado do resto do Mundo.
Muitos estudantes e opositores viam-se
forçados a abandonar o país para escapar à guerra, à prisão e à tortura.
Em fevereiro de 1974, Marcelo Caetano é forçado pela velha guarda do regime
a destituir o general António de Spínola e
os seus apoiantes. Tentava este, com ideias de índole federalista tornadas célebres
num livro publicado pelo próprio intitulado «Portugal e o Futuro» (em cuja obra
ABRIL 2014
COMEMORACÃO
ANTÓNIO DE OLIVEIRA
SALAZAR
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MARCELLO CAETANO
OTELO SARAIVA DE
CARVALHO
também afirmava a impossibilidade de
vencer militarmente a Guerra do Ultramar), modificar o curso da política colonial portuguesa, que se revelava demasiado dispendiosa.
Conhecidas as divisões existentes no
seio da elite do regime, o MFA decide levar adiante um golpe de estado. O movimento nasce secretamente em 1973. Nele
estão envolvidos certos oficiais do exército que já conspiravam, descontentes por
motivos de carreira militar.
Monumento em Grândola
A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau, em 21 de
agosto de 1973. Uma nova reunião, em 9
de setembro de 1973 no Monte Sobral
(Alcáçovas) dá origem ao Movimento das
Forças Armadas. No dia 5 de março de
1974 é aprovado o primeiro documento
do movimento: Os Militares, as Forças
Armadas e a Nação. Este documento é
posto a circular clandestinamente. No dia
14 de março o governo demite os generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de
Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, alegadamente
por estes se terem recusado a participar
numa cerimónia de apoio ao regime. No
entanto, a verdadeira causa da expulsão
dos dois Generais foi o facto do primeiro
ter escrito, com a cobertura do segundo,
um livro, Portugal e o Futuro, no qual, pela
primeira vez uma alta patente advogava a
necessidade de uma solução política para
as revoltas separatistas nas colónias e não
uma solução militar.
No dia 24 de março, a última reunião
clandestina dos capitães revoltosos decide o derrube do regime pela força. Prossegue a movimentação secreta dos capitães até ao dia 25 de abril. A mudança de
regime acaba por ser feita por acção armada.
JUNTA DE SALVAÇÃO NACIONAL
MÁRIO SOARES
GENERAL ANTÓNIO
DE SPÍNOLA
25
ÓSCAR CARMONA
No dia 24 de abril de 1974, um grupo
de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instala secretamente o
posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.
Às 22h 55m é transmitida a canção E
depois do Adeus, de Paulo de Carvalho,
pelos Emissores Associados de Lisboa,
emitida por João Paulo Diniz. Este é um
dos sinais previamente combinados pelos golpistas, que desencadeia a tomada
de posições da primeira fase do golpe de
estado.
O segundo sinal é dado às 0h20 m,
quando a canção Grândola, Vila Morena
de José Afonso é transmitida pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que
confirma o golpe e marca o início das
operações. O locutor de serviço nessa
emissão é Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano. Ao contrário de
E Depois do Adeus, que era muito popular por ter vencido o Festival RTP da Canção, Grândola, Vila Morena fora ilegalizada, pois, segundo o governo, fazia alusão ao comunismo.
O golpe militar do dia 25 de abril tem
a colaboração de vários regimentos militares que desenvolvem uma ação concertada. No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos de
Azeredo toma o Quartel-General da Re-
RAMALHO EANES
COSTA GOMES
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ABRIL 2014
COMEMORACÃO
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gião Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego.
Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. Forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no
Porto. O regime reage, e o ministro da
Defesa ordena a forças sediadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que
não é obedecido, dado que estas já tinham
aderido ao golpe.
À Escola Prática de Cavalaria, que parte
de Santarém, cabe o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço.
As forças da Escola Prática de Cavalaria
são comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço é ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia move, mais tarde, parte das suas
forças para o Quartel do Carmo onde se
encontra o chefe do governo, Marcelo
Caetano, que ao final do dia se rende,
exigindo, contudo, que o poder seja entregue ao General António de Spínola, que
não fazia parte do MFA, para que o «poder não caísse na rua». Marcelo Caetano
parte, depois, para a Madeira, rumo ao
exílio no Brasil.
No rescaldo dos confrontos morrem
quatro pessoas, quando elementos da
polícia política (DGS) disparam sobre um
grupo que se manifesta à porta das suas
instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.
No dia 26 de abril, forma-se a Junta
de Salvação Nacional, constituída por
militares, que dará início a um governo
de transição. O essencial do programa do
MFA é, em síntese, resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.
Entre as medidas imediatas da revolução conta-se a extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura. Os sindicatos livres e os partidos são legalizados.
No dia seguinte, a 26 de abril, são libertados os presos políticos da Prisão de
Caxias e de Peniche. Os líderes políticos
da oposição no exílio voltam ao país nos
dias seguintes. Passada uma semana, o
1.º de Maio é celebrado em plena liberdade nas ruas, pela primeira vez em muitos
anos. Em Lisboa junta-se cerca de um
milhão de pessoas.
Portugal passará por um período conturbado de cerca de dois anos, comummente designado por PREC (Processo Revolucionário Em Curso), em que se confrontam facções de esquerda e direita, por
vezes com alguma violência, sobretudo
em ações organizadas no Norte. São nacionalizadas grandes empresas, «saneados» quadros importantes e levadas ao
exílio personalidades identificadas com o
Estado Novo, gente que não partilha da
visão política que a revolução prescreve.
Consumam-se várias conquistas da revolução». Acabada a guerra colonial e durante
o PREC, as colónias africanas e de TimorLeste tornam-se independentes.
Finalmente, no dia 25 de abril de 1975,
têm lugar as primeiras eleições livres para
a Assembleia Constituinte, ganhas pelo
PS . Na sequência dos trabalhos desta
assembleia é elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de
tipo ocidental. A constituição é aprovada
em 1976 pela maioria dos deputados,
abstendo-se apenas o CDS.
Forma-se o I Governo Constitucional
de Portugal, chefiado por Mário Soares
(23 de setembro de 1976). Ramalho Eanes, militar em Angola no 25 de Abril, o
sisudo oficial que adere ao MFA fora de
horas, o extemporâneo general que na
televisão se esconde por trás de uns óculos de sol, ganha as presidenciais de 27
de junho de 1976. Segue-se o fim do
PREC e um período de estabilização política. Eanes impõe-se como chefe militar
e Mário Soares, desvinculado dos fundamentos marxistas do ideário socialista,
proclama as virtudes do pluralismo, a inevitabilidade do liberalismo, e lidera, dominando o partido e o país. Com o seu
talento, ergue a voz e faz-se ouvir: com
ele, a democracia em Portugal está garantida e o país livre da «ameaça comunista». Com a sua habitual persistência,
mantendo durante anos o mesmo discurso
sempre que fala, acaba por ganhar terreno e isolar a esquerda.
A Revolução dos Cravos continua a
dividir a sociedade portuguesa, sobretudo
nos estratos mais velhos da população que
viveram os acontecimentos, nas facções
extremas do espectro político e nas pessoas politicamente mais empenhadas. A
análise que se segue refere-se apenas às
divisões entre estes estratos sociais.
Extremam-se entre eles os pontos de
vista dominantes na sociedade portuguesa em relação ao 25 de abril. Quase todos reconhecem, de uma forma ou de
outra, que a revolução de abril representou um grande salto no desenvolvimento
político-social do país.
À esquerda, pensa-se que o espírito
inicial da revolução se perdeu. O PCP lamenta que não se tenha ido mais longe e
que muitas das chamadas «conquistas da
revolução» se tenham perdido. Os sectores mais conservadores de direita tendem
a lamentar o que se passou. De uma forma geral, uns e outros lamentam a forma
como a descolonização foi feita. A direita
lamenta as no período imediato ao 25 de
abril de 1974, afirmando que a revolução
agravou o crescimento de uma economia
já então fraca. A esquerda defende que a
o agravamento da situação económica do
país é consequente de medidas então programadas que não foram aplicadas ou que
foram desfeitas pelos governos posteriores a 1975, desfeitas as utopias da construção de um socialismo democrático.
O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Segundo se conta, foi uma florista de Lisboa
que iniciou a distribuição dos cravos vermelhos pelos populares que os ofereceram aos soldados. Estes colocaram-nos
nos canos das espingardas. Por isso se
chama ao 25 de Abril de 74 a «Revolução
dos Cravos».
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CRÓNICA
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Tocam os sinos,
é domingo de Páscoa
MÁRIO
PRATA
PINA
Neste mês de Abril aproxima-se a festa da Páscoa. Uma grande parte da comunidade portuguesa emigrada em França,
ou noutra região do mundo conhece com
certeza as vivências desta festa nas vilas e
aldeias do nosso Portugal. Para os que a
não conhecem ou já a esqueceram, este é
o momento ideal para relembrar momentos vividos nesse dia diferente marcado
com o selo do convívio entre familiares,
amigos e até mesmo vizinhos.
Sendo um acontecimento importante
e de caráter religioso tem um percurso
muito sentido. A preparação para o grande dia começa na quarta-feira de cinzas e
prolonga-se até à semana-santa. No domingo de ramos a realização da bênção
própria dos ramos empunhados pelos
crentes durante a celebração da missa
onde o pároco, com o hissope, os asperge com água benta ao som de cânticos
que louvam e aclamam de rei a figura de
Jesus Cristo. Nas procissões de quinta e
sexta-feira santa a irmandade enverga opas
negras, a imagem do Senhor dos Passos
vestido de túnica roxa, a banda filarmónica a tocar os sons de marcha fúnebre que
emprestam um ar solene num misto de fé
e tristeza a esses momentos tão significativos para os que são verdadeiramente crédulos. Este semblante culmina no dia da
grande festa com o repicar dos sinos que
se torna ainda mais alegre com as cores e
os sons da primavera.
A alegria nota-se nas primeiras horas
Pub.
da manhã quando o cortejo passa pelas
ruas com um ar festivo onde a irmandade
se veste agora com as opas vermelhas ou
brancas e o som da banda toca notas mais
alegres com a cor da ressurreição, os crentes seguem o pálio com ar domingueiro e
dos rostos brotam sorrisos de aleluia. As
colchas pendem nas janelas e dão um aspeto mais solene à celebração do Senhor
ressuscitado. A tarde avizinha-se e na casa
antecipadamente limpa e arejada cheira a
bolos e folares, as portas abrem-se para
dar e receber as boas-festas. O chefe de
família acolhe com alegria os que se reúnem na sala até que se ouve o som da
campainha a anunciar a chegada do com-
passo. O padre cumprimenta os membros
da família, benze a casa e ora pelos presentes e ausentes, beija-se a cruz com o
respeito que o acto merece e de seguida a
dona da casa convida a que se aproximem
da mesa recheada de doces e salgados típicos da época acompanhados com vinhos
e licores enquanto os mais novos se deliciam com as guloseimas confecionadas
com amêndoas e chocolates.
Para além destes festejos, Páscoa é também significado de passagem e renovação.
Resta-me desejar aos leitores da PortugalMag uma páscoa recheada de alegria
com a força do renascer para uma vida
nova.
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DESPORTO
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O português Cristiano Ronaldo,
do Real Madrid, é o futebolista
mais rico do mundo
O PORTUGUÊS CRISTIANO RONALDO, do Real Madrid, é o futebolista mais rico do mundo, de acordo
com uma lista publicada anualmente pelo site na Internet goal.com, superando o argentino Lionel Messi, do
FC Barcelona.
O "capitão" da selecção portuguesa tem
um património estimado a 148 milhões
de euros, após um ano em que aumentou a sua influência no Real Madrid e na
equipa das "quinas", tendo conquistado a
Bola de Ouro da FIFA e assinado um novo
contrato milionário de cinco anos com os
"merengues".
O argentino Lionel Messi é o segundo
da lista, com apenas menos dois milhões
de euros do que Ronaldo, num ranking efectuado por um grupo de analistas e que tem
em conta todas as fontes de rendimento
dos jogadores ao longo da sua carreira.
Ronaldo sucede ao inglês David Beckham, que era o mais rico em 2013, mas
Pub.
terminou a carreira em Maio.
O camaronês do Chelsea Samuel Eto'o
é o terceiro da lista, seguido do inglês
Wayne Rooney, que subiu a quarto, depois de ter renovado com o Manchester
United.
O brasileiro Neymar ascendeu ao sexto
lugar, num valor que tem em conta os 40
milhões pagos aos seus pais na polémica
transferência do Santos para o FC Barcelona.
Lista dos futebolistas mais ricos:
1. Cristiano Ronaldo, Portugal (Real Madrid/Esp), 148 milhões de euros.
2. Lionel Messi, Argentina (FC Barcelona/Esp), 146.
3. Samuel Eto'o, Camarões (Chelsea/Ing), 85.
4. Wayne Rooney, Inglaterra (Manchester
United/Ing), 84.
5. Kaká, Brasil (AC Milan/Ita), 82.
6. Neymar e família, Brasil (FC Barcelona/Esp), 80.
7. Ronaldinho, Brasil (Atlético Mineiro/
Bra), 78.
8. Zlatan Ibrahimovic, Suécia (Paris SaintGermain/Fra), 69.
9. Gianluigi Buffon, Itália (Juventus/Ita),
63.
10. Thierry Henry, França (New York Red
Bulls/EUA), 57.
A paixão
pela música
de Sabrina
Simões
SABRINA SIMÕES, COM APENAS 22 ANOS
DE IDADE e dois albuns já editados, é uma jovem
artista lusodescendente cuja paixão pela música
nasceu quando ainda era pequena.
PORTUGAL MAG
Apesar do seu sonho de viver em Portugal ainda não se tenha concretizado, Sabrina vai vivendo a sua paixão pela música que adora partilhar com o público.
Caso ainda não seja o caso, fique a conhecer esta cantora de talento que pensa
gravar seu terceiro álbum brevemente.
Podes falar-nos das tuas origens
depois de te apresentar aos nossos
leitores ?
Sou a Sabrina Simões tenho 22 anos.
Sou filha de pais portugueses e nasci em
França no dia 12 de junho 1991. Tenho
um irmão que é mais novo.
Como nasceu a tua paixão pela
música ?
Sempre gostei de cantar, até acho que
nasci a cantar (risos).
Quando era pequena, era muito timida. Não conseguia cantar em frente à familia ou amigos. Cantava no meu quarto
para as minhas bonecas. Os meus pais
ouviam-me sempre a cantar por detraz
da porta, escondidos... e viram realmente que eu gostava mesmo disto e que era
mesmo uma paixão.
Aos 16 anos, gravei o meu primeiro
álbum "Bailinho à portuguesa" com o Luis
Felipe Reis e o Ricardo Ladum. E o meu
sonho começou.... Depois começei a fazer espectáculos. Dois anos depois, saiu
o meu segundo álbum "Cantar" que gravei com o Paquito.
Qual a tua melhor recordação em
palco ?
Em todos os espectáculos que faço,
tenho sempre uma boa recordação porque o público é sempre muito carinhoso
e tão simpático comigo.
Mas é verdade que tenho uma recordação especial para um, no ano passado
fui cantar para São Bartolomeu nas Caraibas, e foi fantástiiiiiiiiiico! Quando cantava, eu via o mar ao longe, ai que bom!!!
O público, mar e calor, é um cocktail perfeito (risos).
Quais são os teus projetos a curto e longo prazo ?
Os meus projetos a curto prazo é começar a gravar novas músicas (mas isto
é surpresa, chuuuut). E a longo prazo é
continuar o que faço, a ter muitos espectáculos para conviver com o público e
cantar em live, que é o que mais gosto.
Para os leitores interessados,
onde seguir o teu trabalho e como
entrar em contacto contigo ?
Podem seguir o meu trabalho no meu
site : www.sabrinasimoes.com
Na minha página facebook "Sabrina Simoes" e cliquar no gosto se não ainda foi feito. No
meu Instagram "@sabrinasimoes__"para ver
fotos dos meus espectáculos e um bocadinho
da minha vida de todos os dias.
Podem enviar mensagem que eu respondo sempre com muito prazer para :
[email protected]
Uma última mensagem para os
leitores da Portugal Magazine ?
Um grande beijo para todos os leitores da Portugal Magazine e espero até
breve num próximo espectáculo meu.
Beijos, Sabrina.
Biografia : Sabrina Simões nasceu e
vive em França, filha de pais portugueses
à muito radicados neste país, Sabrina tinha um sonho, para além da dança que
pratica desde os 6 anos de idade, que
acompanhou desde muito pequena, cantar.
Esta paixão pelo canto e as imitações
que fazia dos seus cantores preferidos fez
com que os seu pais a inscrevecem numa
escola de música a fim de aperfeiçoar os
seus dotes artísticos.
Em 2008 este sonho de cantar tornou-se realidade, edita o seu primeiro álbum de originais produzido por Luis Filipe Reis, "Bailinho à Portuguesa, com letras e música de Ricardo Landum e Luis
Filipe Reis, é um álbum muito ao estilo
popular todo ele de ritmo e festa.
Deste álbum destacam-se além do
tema " Bailinho à Portuguesa ", que é o
título do CD, “Se queres namorar comigo” e “Lembra-te de mim”.
Uma voz poderosa e bonita, cheia de
jovialidade e alegria fazem dos temas que
Sabrina interpreta melodias cheias de cor,
e alegria que conquistam desde logo quantos as escutam.
Em 2009 segue-se um novo àlbum, "
Cantar ", uma afirmação pessoal e a continuação do sonho de à muitos anos. Um
CD com temas ainda que populares, mais
maduro, onde se continuam a destacar
os seus dotes vocais e a interpretação que
coloca em todas as canções do CD, fazendo de cada tema um hino à musica
popular portuguesa.
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ABRIL 2014
OPINIÃO
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Liga das mentiras !
LUIS
GONÇALVES
Depois da liga dos campeões, depois
da liga Europa de futebol , vou-vos falar do
desporto que faz furor... são os campeonatos nacionais e mesmo mundiais que se
chamam : a liga das mentiras, e como no
futebol, há alguns craques... os Ronaldos e
Messis a quem chamam os Aldrabões ....
, e como é óbvio, também há os adeptos
fanáticos que seguem os seus ídolos .
A liga das mentiras, também tem os
seus treinadores, que cumulam por vezes
outras funções, exemplos advogados, conselheiros…
Este desporto está atualmente com plena extensão, o número de participantes na
liga das mentiras cresce todos os dias, por
motivos muito simples, é que para ter acesso à liga não é preciso ter grandes qualida-
des desportivas ou mesmo intelectuais !
basta ser um bom aldrabão !, mas se for
um bom manipulador (saber fintar), pode
vir a ser um craque, e assim pode ter prémios, o prémio maior é a anexação de um
país e depois uma província, etc, etc ...
Neste desporto, pode se jogar todos os
dias, a toda à hora, o mentiroso é raramente substituído .....é sim ajudado, assim são mais fortes, porque mentem
juntos....e como diz o provérbio... a união
faz a força... da mentira ! Outra curiosidade... é que neste desporto não há descriminação, todos podem jogar, homens,
mulheres, velhos, novos, pobres e ricos,
ministros, presidentes da república, chefe
de partidos, deputados, etc... mas é de reconhecer que há alguns que têm uma vantagem sobre os outros... são os políticos !
Normal, eles treinam todos os dias, às vezes até se treinam em e com a família ou
com o seu cônjuge! Mas os craques treinam com a população do seu país, mas o
top do top só há dois ou três no mundo
que treinam com o planeta inteiro !
As regras neste desporto são muito simples, o bom mentiroso tem que ter uma
atitude, uma postura de inocente... indig-
nado, e não lhe é permitido dizer a verdade, senão é expulso do jogo, mas como
mentiroso que foi, guarda esse título para
sempre! E tem direito de entrar em jogo,
logo que aprenda novamente a mentir.
Como no futebol, há o campeonato nacional, depois o campeonato da Europa e
finalmente do mundo, mas contrariamente
ao futebol, o povo assiste mais ao campeonato nacional, porque os jogos passam todos na radio e na televisão, a qualquer hora
do dia e da noite, é como quem diz, um
jogo ao vivo ! Outra curiosidade, os mentirosos ou mentirosas não têm direito a descanso, mas quando dizem muitas mentiras, o capitão da sua equipa tem que o assistir com outras mentiras, durante o tempo necessário que ele ou ela estude e aprenda outra estratégia de jogada.
Para terminar, queria vos dizer também
que este campeonato não sei quando começou, mas sei que nunca vai acabar enquanto houver aldrabões e aldrabonas, e
povo para enganar...
PS: Eu, como muitos de certeza, já joguei no campeonato, mas depressa fui expulso, era muito refilão!
Estimado leitor.
Participe na Portugal Mag. Envie-nos o seu artigo de opinião.
Será aqui publicado e poderá ser lido por todos.
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Pub.
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ABRIL 2014
REDESCOBRIR PORTUGAL
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PALACE HOTEL DO BUÇACO
CORREDOR BALCÃO DO PALACE HOTEL
BATALHA DO BUÇACO
Serra ou mata nacional
do Buçaco e o museu militar
A SERRA OU MATA DO BUÇACO QUE EXISTE AINDA HOJE, foi mandada plantar no século (1)
XVII pela Ordem dos Carmelitas Descalços (ramo da Ordem do Carmo formado em 1593), onde os
Carmelitas construíram também aí o convento da Santa Cruz do Buçaco, destinado a albergar
essa ordem que existiu entre 1628 e 1834, data da extinção das ordens religiosas em Portugal.
que compõem a
via sacra, miradouros e o obelisco inaugurado em 1873 comemorativo da batalha, «o Moinho
de Sula». As águas do Luso e
Serra de Penacova são captadas
na serra do Buçaco. Foi também
nesta serra que se travou a batalha do Buçaco em 1810, no
quadro da terceira invasão de Portugal por Napoleão. As forças
francesas comandadas por Massena são derrotadas pelas forças anglo-lusas comandadas por
Wellington. A 27 de setembro de
1910, por altura do 1° centenário da batalha do Buçaco em homenagem à vitória Luso-britânica, foi fundado o Museu Militar,
que se encontra junto da capela
de Nossa Senhora da Vitória e
Almas, que, durante o período
da batalha, foi aproveitado pelos
Frades Carmelitas Descalços, do
convento próximo (Santa Cruz
do Buçaco), para acolher um
hospital de sangue onde foram
assistidos os feridos da batalha
de ambos os exércitos, sem
qualquer distinção.
MANUEL DO
NASCIMENTO
Hoje, no seu lugar existe o
luxuoso Hotel Palace do Buçaco, com a azulejaria historicista
e nacionalista da autoria de Jorge Colaço, como os painéis de
inspiração camoniana, nas janelas-portais da galeria nas alas, do
hall de entrada e do vão da escadaria, sobre temas da Guerra
Peninsular e da batalha do Buçaco, ou da epopeia marítima dos
portugueses com cenas da partida para a índia, a conquista de
Ceuta e a tomada de Goa. A serra ou mata nacional do Buçaco é
considerada área protegida. Possui espécies vegetais do mundo
inteiro, algumas gigantescas,
além do mundialmente célebre
cedro-do-buçaco (cupressus lusitanica) ex-libris da mata do Buçaco que se encontra na avenida
dos Cedros do Buçaco. A este
núcleo central do Palace Hotel do
Buçaco e pelo convento de Santa Cruz, juntam-se ermidas de
habitação, jardins, casas florestais, escadarias monumentais,
capelas de devoção, os passos
(1)
MONUMENTO DA BATALHA DO BUÇACO
o botânico francês Tournefort
(1656-1708), em visita de arborização ao Buçaco em 1689 faz-lhe
referência específica: in catalogue
des plantes agricoles au Portugal;
page 123.
ABRIL 2014
POESIA
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TEMPOS de POESIA – XIII
Escolha de Isabel Meyrelles
Colaboração de Maria Fernanda Pinto
Século XIX, Primeira Época
O ROMANTISMO
Podemos dizer, entre outras razões, que o
Romantismo se desenvolveu para contrariar o
Classicismo florescente na Europa até ao século XVIII. A revolução francesa abriu novos
horizontes à Literatura, que se esforçava por
descobrir uma liberdade que só o movimento
romântico lhe ofereceu.
O Romantismo nasceu em Inglaterra quando as «Baladas Líricas» de Wordsworth et Coleridge foram publicadas em 1798, seguidas de
autros poetas como Burns, William Blake,
Byron, Shelley e Keats, e depois na Alemanha
por poetas como Jean Paul, Novalis, Ludwig Tieck, E.T.A. Hoffmann, Henrich von Kleist, etc...
A França veio a seguir e teve como precursores François René de Châteaubriand, JeanJacques Rousseau, mais tarde Victor Hugo no
seu começo, Alfred de Musset, Alfred de Vigny,
Charles Nodier e bastantes outros, mas um
único profundamente romântico, que foi Gérard de Nerval.
Pena (arquitectura romântica)
Almeida Garrett (1799 -1854), publicou
«Camões» em 1825, que foi considerado o início do Romantismo em Portugal, participou em
todas as revoltas da sua época, ao lado dos liberais, foi exilado em França e em Inglaterra várias vezes e foi aí que ele tomou contacto com o
Romantismo e todos os outros movimentos que
abanaram a Europa. Poeta, dramaturgo, romancista, ele também renovou o Teatro com a
peça «Frei Luís de Sousa». Em 1836, Almeida
Garrett foi encarregado de apresentar uma
auditoria sobre o teatro nacional, o que ele fez,
propondo também a organização de uma inspecção geral dos teatros, a construção do teatro D. Maria II e a criação do Conservatório de
Arte Dramática.
Alexandre Herculano (1910-1877) foi poeta, jornalista, historiador e sobretudo romancista, escrevendo romances muito influenciados por Walter Scott, cuja acção se passava
quase sempre na Idade Média com o seu cortejo de fantasmagorias, mas baseadas num fundo histórico real.
António Feliciano de Castilho (1800 -1877),
foi um dos três iniciadores e conselheiros do
Romantismo nacional.
O que há de curioso na sensibilidade de
Castilho é que ele é muito ligado ao academismo do século XVIII e que à parte A Noite no
Castelo et O Ciúme do Bardo, ele permaneceu
um romântico entre duas correntes literárias,
mesmo se foi ele que revolucionou a técnica da
versificação.
Estes três autores, deixaram obras notáveis,
cujo o renome perdura até aos nossos dias.
É preciso citar também outros poetas, todos
que os que se reivindi- cam do Romantismo:
Mendes Leal, João de Lemos, Luís Augusto Palmeirim, Soares dos Passos, Gomes de Amorim,
Bulhão Pato, Alexandre Braga, Tomás Ribeiro.
Não esqueçamos de mencionar um grande
nome do Romantismo, o romancista Camilo
Castelo Branco, que também foi poeta nas horas vagas.
ALMEIDA GARRETT
«Bela D’Amor»
(«Folhas Caídas»)
Pois essa luz cintilante
Que brilha no teu semblante
Donde lhe vem o ‘splendor?
Não sentes no peito a chama
Que aos meus suspiros se inflama
E toda reluz de amor?
Pois a celeste fragrância
Que te sentes exalar,
Pois, dize, a ingénua elegância
Com que te vês ondular
Como se baloiça a flor
Na Primavera em verdor,
Dize, dize: a natureza
Pode dar tal gentileza?
Quem ta deu senão amor?
Vê-te a esse espelho, querida,
Ai!, vê-te por tua vida,
E diz se há no céu estrela,
Diz-me se há no prado flor
Que Deus fizesse tão bela
Como te faz meu amor (...)
ALEXANDRE
HERCULANO
«A Graça»
Que harmonia suave
É esta, que na mente
Eu sinto murmurar,
Ora profunda e grave,
Ora meiga e cadente,
Ora que faz chorar?
Porque da morte a sombra,
Que para mim em tudo
Negra se reproduz,
Se aclara, e desassombra
Seu gesto carrancudo,
Banhada em branda luz?
Porque no coração
Não sinto pesar tanto
O férreo pé da dor,
E o hino da oração,
Em vez de irado canto,
Me pede íntimo ardor? (...)
ANTÓNIO FELICIANO
DE CASTILHO
A NOITE DO CASTELLO
Canto primeiro
Todo por dentro e fora illuminado
O Castello feudal pemoita em festa
Na margem negra do espaçoso lago.
Inda corseis de nitidos jaezes
Contra o vasto elarão trotão rinchando
Dos longes do arredor: ja muitos pasceim
Aos grossos troncos presos; vôao vêlas
De toda a parte demandando a praia,
E dos toldos as lampadas pendentes
Mostrão Senhores, Cavalleiros, Damas,
Em que o oiro reluz por entre as cores.
Pelas francas janelas se difundem
Na alvoroçada noite os sons que alegrão
Os gothicos salões: a todo o instante
Na ponte levadiça, agora baixa ,
«Quem vem la?» brada alerta a sentinela,
Pára, e escuta em resposta um nome illustre.
Era o dia natal de Ignez, a herdeira
Do Senhor do Castéllo, o Conde Orlando.
O convite do Pai, da filha as graças
A vizinhança ao largo despovôão,
E um mundo de alegria enche o palácio.
O Céo calado e grosso esconde a lua ;
Soão na torre oito horas. Cavalleiro,
Armas simples, viseira derrubada,
Sáyo negro, ante as grades se apresenta,
Pede ás guardas ingresso, e cala o nome.
Requerem-lho; emudece....e apoz instantes
Responde «Cavalleiro das Cruzadas,
Amigo do Castello, e antigo socio
Do Castellão», Sua resposta isenta
Findou subindo affoito a escadaria (...)
Romantismo (a moda)
O período romântico no século XIX irá definir
uma transformação gradual no visual anterior, a moda império.
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ABRIL 2014
DIREITOS DO LEITOR
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Empresas colectivas
– Por qual devo optar?
No artigo do último mês
falamos sobre os diferentes
tipos de empresas singulares
que existem, especificando
cada um dos seus regimes e
principais diferenças. Neste
artigo abordaremos as empresas colectivas, desde logo as
mais frequentemente constituídas pelos portugueses. Enquanto nas empresas singulares encontramo-nos perante
um único titular da empresa ou sócio, nas empresas colectivas teremos sempre mais do
que um sócio co-titular da
empresa, as suas participações
sociais podem, no entanto, ser
diferentes. Nestas empresas a
actividade social é desenvolvida em conjunto e é também
partilhada a responsabilidade.
Os diferentes tipos de sociedades colectivas existentes
em Portugal são: Sociedades
por quotas, sociedades anónimas, sociedades em comandita, sociedades em nome colectivo, sociedades anónimas europeias, consórcios, agrupamentos complementares de
empresas, sociedades gestoras
de participações sociais - "Holdings" e por fim as cooperativas.
As sociedades por quotas
obrigam à existência de dois
ou mais sócios, e estes têm
uma responsabilidade limitada
pelo capital social. Actualmente, para constituir uma empresa deste tipo, o valor do capital social exigido é fixado livremente pelos sócios, com o
limite mínimo de 2 euros (1
euro por cada sócio). Diz-se
que a responsabilidade dos
sócios é limitada pois estes
não respondem perante os credores da sociedade. Apenas é
obrigação dos sócios realizarem a sua própria entrada de
capital conforme o valor nominal acordado no momento
da constituição das empresas.
As quotas podem ser transmitidas livremente (caso o contrato social não dispuser em
contrário) e esta cessão deve
ser registada no Registo Comercial. As contas da sociedade têm que ser depositadas
online anualmente através da
IES (Informação empresarial
simplificada).
As sociedades anónimas
por sua vez devem ter pelo
menos 5 accionistas (ou apenas 1 se este for uma outra
sociedade) e o capital mínimo
é de 50.000 euros representado em diferentes acções. As
acções podem ter, ou não, um
valor nominal de emissão, que
nunca poderá ser inferior a 1
cêntimo. A responsabilidade
dos sócios é limitada ao valor
das acções que subscrevem.
O lucro anual deve ser repartido anualmente no valor mínimo de 50% entre os sócios,
sendo também possível a repartição do lucro entre os administradores, se a sociedade
assim o entender. As contas
da sociedade devem ser aprovadas em Assembleia Geral
anualmente e depositadas online também.
A característica essencial
deste tipo de sociedades é o
capital, razão pela qual este
tipo de sociedades está vocacionada para reunir um grande número de investidores
(mesmo que "pequenos") e realizar avultados investimentos.
Por esta razão as acções em
princípio serão facilmente
transmissíveis.
As Sociedades em Comandita podem ser simples ou por
acções, diferindo assim os
seus regimes. Por estes serem
tão diversos, dedicaremos um
artigo completo à sua explicação. Hoje mencionaremos os
dois tipos de sócios existentes neste tipo de sociedades,
cujo regime legal é o mesmo
nos dois tipos de sociedades.
Os sócios são comanditários,
que são aqueles que têm responsabilidade limitada pelas
suas entradas em dinheiro, ou
acções, na sociedade (que é
obrigatória) e os sócios comanditados que têm responsabilidade ilimitada perante os
credores e que contribuem
com bens ou serviços, assumindo a gestão efectiva e a direcção da empresa.
No artigo do próximo mês
iremos explicar o regime das
restantes empresas colectivas
existentes em Portugal.
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ABRIL 2014
FORMA E SAÚDE
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Arroz e seus segredos
O ARROZ É UM ALIMENTO QUE OFERECE ENERGIA SEM GORDURA.
LUCIA
LOPES
É um produto acessível,
energético e pode ser combinado com inúmeros ingredientes. Mas será que é mesmo tão
saudável e completo?
O que contém
- Os nutrientes que mais se
destacam no arroz são os hidratos de carbono, uma boa
fonte de energia
- É um alimento pobre em
gordura
- As proteínas que contém
são de baixo valor biológico (o
arroz tem pouca lisina, um
aminoácido que está na base
de várias proteínas)
- A maior parte dos seus
minerais (cálcio, ferro e magnésio) e a sua fibra concentram-se no gérmen e no fare-
lo, pelo que se recomenda o
arroz integral, mais completo
do que o refinado
- Contém vitaminas B1, B2
e B3
As variedades
Existem até 8.000 tipos
diferentes de arroz, mas todos
eles se enquadram em dois
grupos básicos, de acordo
com a dimensão dos bagos:
grão curto e grão longo.
O arroz integral
É parcialmente elaborado
para evitar muitas horas de
cocção. Pode dizer-se que é
um arroz descascado mas que
não é polido.( ( Este aspecto é
muito importante, porque enquanto 100 g de arroz integral
cru têm 0,90 g de fibra, a
mesma quantidade de arroz
refinado só contém 0,10 g. E,
se estivermos a falar de vitaminas e minerais, a concentração pode triplicar.
Tempo de cozedura
O arroz de grão arredondado tem um tempo de cocção de 18 a 20 minutos. O de
grão longo, cerca de 15 minutos. O integral precisa de 35
a 40 minutos para cozer, apesar de este tempo poder ser
reduzido se o deixar de molho durante a noite.
Quantidade de água
A maioria dos arrozes requerem, pelo menos, o dobro
do volume de água.
Quantidade ideal
Pode comer arroz duas a
três vezes por semana. De preferência, deve cozinhá-lo sem
acrescentar mais que uma colher de azeite por comensal,
se não se quiser aumentar o
seu conteúdo calórico. ( ( Convém não esquecer que pode
ser acompanhado de outros
ingredientes, como carnes,
peixes e molhos que completam o valor proteico do arroz,
mas que também podem subir consideravelmente o conteúdo calórico da receita em
questão.
Benefícios
O elevado índice glicémico
do arroz é benéfico para pes-
soas com esgotamento ou anemia. Além disso, o arroz é também um bom aliado de dietas
adstringentes e antidiarreia.
O seu consumo deve, no
entanto, ser moderado e conjugado com alimentos como
cenoura, frango e peixe, fiambre, banana e maçã.
Nestes casos, é importante, ainda, não esquecer uma
boa hidratação e evitar alimentos ricos em fibra, enchidos,
gorduras.
Quando não se deve
consumir
Embora a ingestão de arroz dentro de uma alimentação equilibrada não apresente
qualquer tipo de problema, o
consumo excessivo pode prejudicar pessoas com problemas intestinais, sobretudo se
o arroz não for integral. ( ( Os
diabéticos também devem ingeri-lo com precaução pelo
seu elevado conteúdo de hidratos de carbono e por se tratar
de um cereal com um índice
glicémico elevado.
ABRIL 2014
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ABRIL 2014
DISTRITOS DE PORTUGAL
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Distritos de Portugal
Guida
Amaral
[email protected]
Portugal é dividido por 20 distritos, distribuídos de forma homogénea e administrados pelos respectivos Governos Civis.
Neste dossier vamos apresentar
todos os distritos de Portugal, 2
por artigo.
Dossier composto
por 10 artigos (4/10)
cal de peregrinação. Por detrás, encontra-se o Monte do Sameiro, onde uma
estátua colossal de Nossa Senhora vigia
atenta a cidade. Nos arredores de Braga
encontra-se a Citânia de Briteiros, um
impressionante local arqueológico da Idade do Ferro.
Ao longo da costa de Esposende, Ofir
e Apúlia encontrará belas praias. Todo o
distrito é famoso pelas suas festividades
e gastronomia, com receitas tradicionais
que incluem bacalhau (cozinhado em centenas de formas distintas) e arroz de pato.
Concelhos de Braga: Amares, Barcelos, Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico
de Basto, Esposende, Fafe, Guimarães,
Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão,
Vila Verde, Vizela.
Locais a Visitar
Distrito de Braga
Braga situa-se no coração da verdejante região do Minho, no Noroeste de
Portugal, rodeada por uma paisagem de
montes ondulantes e florestas. A cidade,
um dos maiores centros religiosos de
Portugal, é reconhecida pelas suas igrejas barrocas, pelos esplêndidos solares do
século XVIII e pelos belos parques e jardins. A parte antiga da cidade é solene,
embora a indústria e o comércio tenham
dado origem a um estilo de vida moderno, complementado pelas universidades
locais, os restaurantes contemporâneos
e os bares animados. Às quintas-feiras
de manhã, Braga acolhe o maior mercado da região, com bancas que vendem de
tudo um pouco, desde produtos frescos
a cerâmicas tradicionais.
A história da cidade reflecte-se nas
inúmeras igrejas e monumentos, entre os
quais se destacam a imponente Sé Catedral e a Igreja de Santa Cruz, datada do
século XVII. Numa colina a cerca de 5
km a sudeste ergue-se o Santuário do
Bom Jesus do Monte, um importante lo-
Sé Catedral
No centro histórico de Braga erguese a catedral mais antiga de Portugal, a
Sé, que contém inúmeros tesouros de arte
sacra. A construção teve início em 1070
e foi influenciada por diversos estilos, como
o Gótico, o Renascimento e o Barroco. Os
seus elementos mais relevantes são as torres sineiras e o tecto manuelino, bem como
o altar esculpido e os órgãos barrocos. Os
túmulos de Dom Henrique e Dona Teresa, pais do primeiro rei de Portugal, encontram-se na Capela dos Reis.
por apanhar o funicular ou conduzir até
ao topo para desfrutar do ambiente pacífico e das vistas esplêndidas.
Igreja de Santa Cruz
A igreja de Santa Cruz, construída no
século XVII, exibe uma intrincada fachada
de pedra em estilo barroco maneirista. O
interior elaborado inclui um órgão e púlpitos com talha dourada, uma nave muito
alta e belíssimos painéis de azulejos.
Jardim de Santa Bárbara
O Jardim de Santa Bárbara é um dos
mais bonitos do país. Datada do século
XVII, esta praceta ajardinada fica perto do
antigo Palácio Episcopal e contém flores
coloridas, plantas luxuriantes e belos arbustos esculpidos.
Distrito de Coimbra
Santuário do Bom
Jesus do Monte
Este santuário é considerado um dos
mais belos de Portugal. A igreja neoclássi-
ca, rodeada por magníficos jardins, foi
projectada por Carlos Amarante em finais
do século XVIII. A famosa escadaria barroca serpenteia até à igreja, com encantadoras fontes e estátuas ao longo do percurso. Os visitantes também podem optar
Envolvo em história e desde há muito
considerado o centro cultural e intelectual
de Portugal, o distrito de Coimbra é um
destino intemporal que inspirou a obra de
poetas e escritores aclamados, uma longa
tradição de serenadas de Fado cheias de
sentimento e um legado singular de alegres rituais académicos.
Coimbra estende-se ao longo do encantador rio Mondego o maior rio nacional e está situada entre os distritos de Aveiro e Viseu.
Descrita como a cidade com mais história da região, Coimbra acolhe alguns dos
costumes e monumentos mais venerados
ABRIL 2014
DISTRITOS DE PORTUGAL
do distrito. Vários anos após a ocupação
romana e domínio medieval, os vestígios
dos primeiros anos de Coimbra estão espalhados por todo o distrito e podem ser
contemplados na cidade costeira da Figueira da Foz, no imponente castelo do século
IX de Montemor-o-Velho e nas antigas ruínas de Conímbriga.
No ponto mais elevado da cidade, encontrará a prestigiada Universidade de
Coimbra e a sua majestosa biblioteca do
século XVIII, bem como o encantador Jardim Botânico. Nesta localização privilegiada situam-se ainda a Sé Nova, do século
XVI, e o famoso Museu Nacional de Machado de Castro.
Todos os anos, Coimbra atrai visitantes aos seus animados festejos académicos, onde milhares de estudantes entusiastas desfilam orgulhosamente com as
suas capas negras pelas ruas da cidade,
entoando canções populares e enchendo
as ruas com o som das guitarras que
acompanham os fados. Uma das tradições
mais importantes é a Queima das Fitas,
uma cerimónia da conclusão da licenciatura que ocorre em Maio, quando os estudantes queimam as fitas para simbolizar o
final dos seus dias de estudante.
Outro local digno de uma visita é o famoso Portugal dos Pequenitos, situado na
margem sul do rio. Trata-se de um espaço maravilhoso, onde visitantes de todas
as idades podem explorar as réplicas de
aldeias tipicamente portuguesas, monumentos nacionais e edifícios em miniatura. Não deixe de visitar as intrigantes ruínas do Mosteiro de Santa-Clara-a-Velha,
nas proximidades.
Concelhos de Coimbra: Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda
do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do
Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova,
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41
Penela, Soure, Tábua, Vila Nova de Poiares.
Locais a visitar
Mata Nacional do Choupal
Esta floresta, cujo nome se deve aos
inúmeros choupos que aí se encontram,
foi plantada durante o século XVIII para
deter o rio Mondego. Hoje, os visitantes
podem desfrutar da sua tranquila localização à beira-rio, admirar as belas árvores,
praticar desporto e passear a cavalo.
Quinta das Lágrimas
Este jardim romântico ecoa a trágica
história de amor entre D. Pedro e Inês de
Castro – uma lenda que inspirou a literatura, poesia e música. Repleta de árvores
e fontes antigas, com um palácio do século XIX e ruínas neogóticas, este local está
envolto pela mais pura beleza. A famosa
Fonte das Lágrimas, bem como a vegetação escarlate que nela se encontra, evocam simbolicamente as lágrimas e o sangue derramados por Inês de Castro quando foi tragicamente executada em 1355
por ordem do pai de D. Pedro, o rei D.
Afonso IV.
Universidade de Coimbra
Originalmente fundada em Lisboa no
reinado de D. Dinis, esta universidade foi
transferida para Coimbra em 1537, onde
ainda se mantém. Para além da grandiosa
arquitectura de todo o complexo, a biblioteca joanina datada do século XVIII é o seu
maior tesouro e irá encantá-lo com a opulência de inspiração barroca, as pinturas
trompe d’oeil e as infindáveis prateleiras de
livros. Com mais de 250 000 obras, estas
relíquias ancestrais são impecavelmente
preservadas com a ajuda de uma colónia
de morcegos que habita a biblioteca e se
alimenta dos insectos durante a noite.
Conímbriga
Conímbriga constitui um dos maiores
complexos de ruínas romanas do país e é
um excelente local para ter uma visão dos
tempos passados. Os artefactos descober-
tos nas escavações provam que Coimbra
foi habitada pela primeira vez durante os
séculos VIII e IX a.C., tendo emergido como
uma sociedade próspera apenas durante a
ocupação romana na segunda metade do
século II a.C. Poderá contemplar as muralhas da cidade, os mosaicos, exemplares
extraordinários de modernos sistemas fluviais, os banhos termais e vários edifícios.
O Museu de Conímbriga é um dos mais
famosos do distrito e contém um espólio
interessante de objectos encontrados durante as escavações no local.
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ABRIL 2014
AGENDA
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A G E N D A
Dia 04/04 às 18h
Revolução dos Cravos
A Associação France-Portugal de Tours, organiza dia 4 de abril a comemoração dos
40 anos da Revolução dos Cravos, no Auditório da Biblioteca de Tours, quai André
Malraux em Tours, com a presença dos
autores: Altina Ribeiro e de Manuel do Nascimento.
«Lembre-se que todos os anos têm um mês
de abril e todos meses de abril têm um dia 25, porém, o dia 25
de abril de 1974 foi um dia especial para os Portugueses».
Contem este dia 25 de abril de 1974 aos vossos filhos, netos
e amigos. Será a melhor homenagem que podem fazer e prestar a todos aqueles que lutaram e o fizeram.
Auditório da Biblioteca de Tours
Quai André Malraux - Tours
Le 05/04 de 14h à 19h et le 06/04
de 10h à 19h
Salon du livre
La Société des Auteurs Lusophones de France (SALF) organise son premier Salon du
Livre les 5 et 6 avril prochains. Au programme : poésie, romans, histoire, biographies,
musique, livres pour enfants. Rencontres
avec les auteurs et dédicaces.
Mairie de Paris XIV
2 place Ferdinand Brunot - 75014 Paris
Le 06/04 à 14h30
Festival Folklorique
L’Association Musicale Franco Portugaise d’Ile
de France (Groupe folckorique VERDE MINHO de MAISONS-ALFORT) organise un Festival Folklorique avec de nombreux groupes
et spécialités portugaises.
Plus d’informations : 07 62 78 37 50 Manuel ou 06 85 55 49 39 - 01 43 96 28
57Alexandre Da Silva.
Centre Culturel des Planètes
Rue Marc Sangnier – Maisons Alfort
Le 08/04 à 19h00
Concert de piano
Marta Menezes interprète les œuvres de Lopes-Graça (19061944) compositeur portugais Lopes-Graça, écrites à Paris lors de
son exil (1936-1939). Marta Menezes a étudié le piano à l’Ecole supérieure de musique de Lisbonne et au Royal College of
Music de Londres. Elle a été récompensée lors de nombreux
concours internationaux de piano.
Maison du Portugal - André de Gouveia
7 P, bd Jourdan - 75014 Paris
Le 10/04 à 09h00
Coup d’Etat et Révolution
64-74 : Le coup d’Etat au Brésil et la Révolution des Œillets au
Portugal : littérature, histoire et mémoire. Journée d’études
organisée par le CREPAL - Centre de recherches sur le monde
lusophone (Paris III) et la Chaire Solange Parvaux de l’Institut
Camões.
En présence de l’écrivain portugais Lídia Jorge pour la présentation et le lancement de son nouveau livre, Os
Memoráveis (10h30 - 11h00).
Université Sorbonne Nouvelle
13 rue de Santeuil - 75005 Paris
Le 10/04 à 18h30
Les soldats portugais des tranchées
de Flandre
Dans son dernier ouvrage : Première Guerre mondiale - centenaire 1914-2014 - Les
soldats portugais des tranchées de Flandre et
la main-d’œuvre portugaise à la demande
de l’Etat français, paru chez L’Harmattan,
Manuel do Nascimento aborde plus particulièrement la participation des soldats portugais, qui a amorcé l’émigration portugaise,
dont l’Etat français était demandeur. Présentation de l’œuvre par le sociologue Jorge Portugal Branco
Consulat Général du Portugal
6 rue Georges Berger - 75014 Paris
Le 12/04 à 19h30
Repas dansant à Argenteuil
L’association Agora organise un repas dansant
animé par Alexandre & Filipe Coelho (DJ Fresh).
Au menu : apéritif et ses amuses bouche, Posta à
Mirandesa, fromage et dessert, les boissons sont
comprises durant le repas. Réservations : 06 24
25 79 27, 09 50 51 13 43 ou 06 50 11 32 01
Salle Jean Vilar
9 bd Héloïse - 95100 Argenteuil
Le 12/04 à 20h30
Tony Carreira au Palais des Sports
Tony Carreira, de son vrai nom António Manuel Mateus Antunes,
est né dans la région de Coimbra en 1963. A 10 ans il connaîtra
l’émigration avec ses parents, qui s’installent dans l’Essonne. Sa
passion pour la chanson commence à s’exprimer en 1988, il retourne alors au Portugal où ses premiers disques passent inaperçus. Ce
n’est qu’en 1995 que sa carrière commence avec Ai Destino.
Palais des Sports
Porte de Versailles - 75015 Paris
Le 19/04 à 20h
Repas dansant à Argenteuil
L’association Centre Pastoral Portugais d’Argenteuil organise un repas dansant animé par
José Cunha. Au menu : entrée, plat (cozido à
portuguesa), fromage et dessert ; eau, vin et
café (compris durant le repas). Réservations :
06 72 26 23 44 ou 06 63 48 54 74
Salle Jean Vilar
9 bd Héloïse - 95100 Argenteuil
Le 20/04 à 14h00
Folklore du Minho à Argenteuil
L’association Agora organise un festival de folklore de la région du Minho avec la participation de plusieurs groupes.
Cantares ao desafio avec Carlos Ribeiro et Irene Pinto, venus spécialement du Portugal.
Animation musicale par Christian Esteves. Bar
et spécialités portugaises.
Salle Jean Vilar
9 bd Héloïse - 95100 Argenteuil
Le 25/04 à 20h30
Shina en concert
Cindy Peixoto, alias Shina appartient à la génération
d e fadistas nées à l’étranger, son fado a subi les influences de la
mixité culturelle à laquelle elle appartient. Depuis la sortie de son
premier album, Sinto-me Fado, Shina emmène le fado de l’extérieur vers le Portugal.
En concert elle chante en portugais mais aussi en français, les
deux cultures font partie de son univers et elle exprime toute
l’émotion du fado dans l’une comme dans l’autre des deux langues.
Théâtre de l’Alliance Française
Maison des cultures du monde
101 boulevard Raspail - 75006 Paris
Les 26 e t 2 7 / 0 4 :
La Révolution des Œillets
L’association Cantares de Noisy fête la Révolution des Œillets en musique et dans la
convivialité les 26 et 27 avril. Au programme, de la gastronomie portugaise, de la
musique, un bal et des animations variées
pour tous les publics.
Espace Michel Simon
36 rue de la République - 93160 Noisy-leGrand
Programa VOZ DE PORTUGAL :
Sábado 05 de Abril: Sabrina Simões, cantora.
Sábado 12 de Abril: Shina fadista.
Sábado 19 de Abril: Pegy.
Sábado 26 de Abril: Diana Santos e Flaviano Ramos.
Voz de Portugal : todos os sábados das
14h30 às16h30 no 98.00FM e na internet
www.idfm98.fr Para participar : 01 34 12 12 22. Para
mais informações, Joaquim Parente : 06 48 24 85 53.
ABRIL 2014
LAZER
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Sudoku
Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser
bastante simples, é divertido e viciante. Basta completar
cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a
9. Não há nenhum tipo de matemática envolvida.
No Tribunal, o Juiz pergunta:
- Porque é que não devolveu a pulseira?
- Porque dentro dizia: "Tua para sempre".
Diz um caracol para o outro:
- Epá, nem sabes o que é que me aconteceu...
- Então o que é que foi, pá?
- Uma tartaruga ia-me atropelando.
- Então como é que isso aconteceu?
- Não sei, foi tudo tão rápido...
A professora para o Joãozinho:
- Joãozinho, qual o tempo verbal da frase: "Isso não podia ter acontecido"?
- Preservativo imperfeito, professora!
Na festa:
- Que pessoa estranha aquela! Não dá para saber se é ele
ou ela!
- É ela. É minha filha.
- As minhas desculpas. Não teria dito isso se soubesse
que o senhor é pai dela.
- Mas eu não sou o pai. Sou a mãe.
SOLUÇÃO EDIÇÃO 49
Frantuguês
O falar da emigração portuguesa em França. Tout pr'a se desembrulhar sur place.
- Faz cuidado com o cadi e com os trotoires as bouteilhas vão partir.
- Hó filha vai comprar uma bagueta.
- Nunca respondes ao teu portable ?
- Quem é o counardo que toque à la sounetta a estas horar !!
PROVÉRBIOS
Quando Maio chegar, quem não arou tem de arar.
Quando mal, nunca pior.
Quando mija um português, mijam dois ou três.
Quando minguar a Lua não comeces coisa alguma.
Quando o ano é de leite, até os bodes o dão.
Quando o burro é jeitoso, qualquer albarda lhe fica bem.
Quando o pobre come galinha, um dos dois está doente.
Quando se declara a guerra, o Diabo alarga o Inferno.
Quando um burro zurra, os outros abaixam as orelhas.
Quando um cai, todos o pisam.
Quando vem Março ventoso, Abril sai chuvoso.
Quanto maior a nau, maior a tormenta.
Quanto mais alto se sobe, maior o trambolhão.
Pub.
www.aeiou.pt/humor
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AS RECEITAS DA
PORTUGAL MAG
Quer dar a conhecer as suas receitas aos leitores da Portugal Mag?
Mande-as para [email protected] juntamente com a sua foto e serão publicadas neste espaço.
Salada de polvo
Tempo de preparação:
40 minutos
Ingredientes :
1 Polvo com cerca de 2 kg
2 Cebolas picadas
4 Dentes de alho picados
100g de pickles picados
1 Molhinho de coentros picados
125 ml de azeite
100 ml de vinagre de vinho branco
Sal a gosto
Pimenta a gosto
Preparação:
Coloque o polvo no tacho, tape e deixe
cozinhar em lume brando durante 1 hora
e meia. Não é necessário adicionar água,
porque o polvo irá cozer na própria
Cavaca Minhota
Ingredientes:
10 gemas, 5 claras, 6 colheres de sopa
de açúcar, 5 colheres de sopa de farinha
200 g de açúcar para a calda
125 g de açúcar para a cobertura
2 colheres de sopa de leite
1 casca de limão
Tempo de preparação:
40 minutos
Preparação :
Batem-se muito bem as gemas com o açúcar (durante meia hora se for à mão e 10
m se for batido com máquina eléctrica).
À parte, batem-se as claras em castelo
bem firme e juntam-se cuidadosamente
ás gemas, alternando com a farinha previamente peneirada. Deita-se a massa
água. Passado 1 hora e meia, quando o
polvo estiver tenrinho, retire e deixe
arrefecer. Corte o polvo em pedacinhos.
Numa tigela, misture o polvo, com a cebola, os alhos, os pickles e os coentros.
Tempere com umas pedrinhas de sal e
pimenta.
Regue tudo com o azeite e o vinagre.
Depois de tudo misturado, se quiser
mais molho, adicione azeite e vinagre a
gosto.
Guarde no frigorífico até que a salada
fique fresca.
E está pronto a servir.
A equipa do SaborIntenso.com desejalhe um bom apetite!
numa forma redonda e lisa com cerca de
25 cm de diâmetro, previamente untada
e polvilhada com farinha. Leva-se o bolo
a cozer em forno médio (180º C) durante cerca de 40 minutos. Depois de cozido, retira-se do forno, pica-se todo com
um palito de madeira e, ainda dentro da
forma, rega-se com a calda. Desenformase em seguida para o prato de serviço e e
cobre-se com a cobertura preparada.
Calda: Dissolve-se o açúcar com 2 dl
de água e leva-se ao lume com a casca
de limão. Deixa-se ferver até fazer ponto de pasta.
Cobertura: Dissolve-se o açúcar no leite
sobre lume muito brando ou em banho-maria.
SUGESTÃO: Recorte as receitas e arquive
recomenda
Le Longchamp
Le Lieutades
Restaurant-Bar
Restaurant-Bar
Spécialités
Portugaises
Spécialités
Portugaises
LE TRIANON
Café – Restaurante
Spécialités
Franco-Portugaises
40 Rue de Longchamp
75016 Paris
83 Avenue Paul
Vaillant Couturier
94250 Gentilly
125, rue du Général
de Gaulle
94350 Villiers sur Marne
Tél.: 01 47 27 53 50
Tél.: 01 47 40 08 56
Tel: 01 49 30 15 57
Casa
do Churrasco
Churrasqueira
Spécialités
Portugaises
14 Bld. du Maréchal Foch
93160 Noisy le Grand
Tél.: 01 57 33 06 91
46
ABRIL 2014
Bélier
Vous ne manquerez
pas d'énergie ce moisci ami Bélier et en
aurez bien besoin
pour faire face au remue ménage cosmique qui pourrait bien affecter votre équilibre
ou achever de désordonner votre
vie affective.
Taureau
Avril va secouer les
mentalités et nous
obliger à changer de
codes (pour certains
de vie) ! Le ciel se déchaine, nous contraignant à mobiliser nos forces profondes pour
faire face aux événements mais
surtout aux secousses intérieures qui ne manqueront pas
d'ébranler nos certitudes, nos
croyances et bien évidement notre sécurité !
Gémeaux
Un mois en ébullition
où vous aurez envie
de faire des étincelles.
A condition peut-être
d'allumer le feu à bon escient
pour entretenir la flamme entre
vous et l'élu plutôt que de dépenser votre précieuse énergie
dans tous les sens et pas toujours dans le bon !
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HOROSCOPE
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Cancer
En avril vous osez
vous affirmer envers
et contre tous ? Vous
allez faire des vagues
mais à priori vous ne
vous laisserez pas trop déborder
! Si vous craigniez de dépasser
les limites, apprenez à déterminer ou s'arrête vos responsabilités (pour les assumer) et où
commence la culpabilité (pour
éviter de tomber dans le piège!
Lion
Un mois complexe qui
vous demandera de la
prudence et de la conscience ! Il n'est plus
temps de laisser dire, de laisser faire mais sans doute de réagir pour
rétablir la vérité ou tout du moins
une forme d'équilibre actuellement
difficile à maintenir at home !
Vierge
Ce mois ci, vous
aurez fort à faire sur
le plan professionnel
! Les tensions sont
importantes, les enjeux de taille
et vous devez négocier de près
tout ce qui touche à vos intérêts
! Mars, depuis décembre dernier
vous maintient sous pression et
vous demande d'agir notamment
dans le domaine financier.
Balance
Si vous cherchez à
faire des étincelles en
avril, préparez-vous
alors à vous découvrir
d'un fil… à vos risques et périls (ruptures, fâcheries et émotions vives qui pourraient vous fragiliser) ! Essayez
contre vents et marées de garder
le contrôle!
Scorpion
Avril promet d'être
agité sur le plan collectif et sans doute
allez vous essuyer
quelques
remous
dans votre vie quotidienne où
Uranus vous pousse à vous rebeller contre les habitudes et se
heurte depuis le début décembre
à un adversaire de taille (Mars)
même s'il n'agit qu'à couvert et
tente de vous déstabiliser sans
dévoiler son vrai visage.
Sagittaire
Un mois chaud, éclectique, explosif dont
vous exploiterez toutes les ressources pour
réchauffer vos amours, resserrer
les rangs ou trancher dans le vif.
Qui m'aime me suive et en avril,
votre regard se tourne définitivement vers un avenir… à ouvrir !
Capricorne
Auriez-vous envie de
changer d'air, de vie de
mode de fonctionnement ? En avril, le ciel
en ébullition pourrait bien faire
sauter quelques verrous et vous
projeter dans une compréhension
nouvelle de votre être et de ce que
vous pouvez faire de votre vie !
Verseau
Vous tenterez de désamorcer les secousses sismiques prévues
ce mois ci en usant de
votre sens de la communication plutôt affuté ami Verseau et tenterez de garder le contact avec un entourage tout
autant ébranlé que vous en exprimant le plus clairement possible vos émotions et ressentis.
Poissons
Le ciel s'enflamme et
met le feu à votre bocal. En fait ça tombe
bien puisque vous
avez en tête de construire ailleurs
ou autrement ! L'amour vous inspire, vous donne des ailes ? Alors
en avril, cher poisson volant, servez vous de vos nouveaux attributs pour relever les défis et mine
de rien commencer à incarner vos
rêves !
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