Viva Saúde - Sob pressão... alta
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Edição 11 - Março/2004
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Sob pressão... alta
A hipertensão age em silêncio e leva à morte. Mesmo assim, há
quem não dê atenção à doença e até resista ao tratamento.
Médicos buscam maneiras urgentes de controlar o mal
POR DANIELA TALAMONI
FOTO GAL OPPIDO
ENTENDA OS NÚMEROS DA PRESSÃO
O aparelho aponta, por exemplo, 120 mmHg por 80 mmHg ou,
para simplificar, 12 por 8. Os números correspondem aos dois
tipos de pressão arterial que a pulsação gera: a sistólica (o valor
mais alto) e a diastólica (o mais baixo). Toda vez que o coração
contrai (movimento chamado de sístole), o sangue é empurrado
com força para as artérias, de maneira que atinja velocidade
suficiente para irrigar todos os tecidos e órgãos. Esse esforço
empurra as paredes do vaso, exercendo uma pressão máxima (a
sistólica). Em seguida, enquanto o coração relaxa (diástole) e se
enche de sangue - vindo agora da circulação venosa - para a
próxima batida, as artérias sofrem uma pressão mínima (a
diastólica). Confira as medidas aceitas pela Sociedade Brasileira
de Hipertensão:
ÓTIMA
Máxima
(sistólica):
< que 120
Mínima
(diastólica):
< que 80
Caso Raro
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saúde
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NORMAL Máxima
(sistólica): de 120
a 129 Mínima
(diastólica): de 80
a 84
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LIMÍTROFE
(já requer
cuidados)
Máxima
(sistólica):
de 130 a
139
Mínima
(diastólica):
de 85 a 89
HIPERTENSÃO
Máxima
(sistólica):
> ou = a 140
Mínima
(diastólica):
> ou = a 90
Expediente
O RISCO AUMENTA COM A IDADE
Aos 60 anos, 50% dos idosos serão hipertensos A força necessária
Para cadastrados
para que o sangue vença a resistência das artérias tende a ser
menor quando o corpo é pequeno e magro. É por isso que a pressão
Para assinantes
média na infância costuma ser 70 por 40 e vai aumentando com o
Na revista impressa
crescimento até chegar a 120 por 80 na vida adulta. Depois disso,
ela não deveria mais subir. Ocorre que o sedentarismo, a obesidade
e a má alimentação colaboram para o enfraquecimento e
enrijecimento das artérias e, conseqüentemente, com a elevação
desses índices na terceira idade. "Nessa fase, é comum a pressão
sistólica (a máxima) subir muito mais do que a mínima, aumentando
a diferença entre esses dois índices. Isso porque a elasticidade dos
vasos diminui e o coração precisa fazer maior esforço toda vez que
empurra o sangue nas artérias", explica o cardiologista e geriatra
Roberto Dischinger Miranda, da Unifesp.
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