ETNOCENTRISMO
• Etnocentrismo é um conceito antropológico, segundo o
qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de
pessoas faz de um grupo social diferente do seu é
apenas baseada nos valores, referências e padrões
adotados pelo grupo social ao qual o próprio indivíduo
ou grupo fazem parte.
• Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, feita a
partir de um ponto de vista específico. Basicamente,
encontramos em tal posicionamento um grupo étnico
considerar-se como superior a outro. Do ponto de vista
intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a
diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.
• O fato de que o ser humano vê o mundo através de sua
cultura tem como consequência a propensão em
considerar o seu modo de vida como o mais correto e o
mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo,
é responsável em seus casos extremos pela ocorrência
de numerosos conflitos sociais.
• Não existem grupos superiores ou inferiores, mas
grupos diferentes. Um grupo pode ter menor
desenvolvimento tecnológico, se comparado a outro
mas, possivelmente, é mais adaptado a determinado
ambiente, além de não possuir diversos problemas que
esse grupo "superior" possui.
• Comportamentos etnocêntricos resultam também em
apreciações negativas dos padrões culturais de povos
diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são
catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais.
ÁFRICA
• A África é o terceiro continente
mais extenso (atrás da Ásia e da
América) com cerca de 30 milhões
de
quilômetros
quadrados,
cobrindo 20,3 % da área total da
terra firme do planeta. É o
segundo continente mais populoso
da Terra (atrás da Ásia) com cerca
de 900 milhões de pessoas,
representando cerca de um sétimo
da população do mundo, e 53
países independentes.
Ser africano no Brasil dos séculos XVIII e XIX
Alberto da Costa e Silva
• Quando alguém mencionava, no Brasil dos séculos XVIII
e XIX, um africano, o mais provável é que estivesse a
falar de um escravo, pois nessa condição amargava a
maioria dos homens e mulheres que, vindos da África,
aqui viviam. Mas podia também referir-se a um liberto,
ou seja, a um ex-escravo. Ou a um emancipado, isto é,
um negro retirado de um navio surpreendido no tráfico
clandestino. Ou, o que era mais raro, a um homem livre
que jamais sofrera o cativeiro.
•
SILVA, Alberto da Costa e. Um rio chamado Atlântico. A África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira Ed. UFRJ. 2003 p. 157.
Ser africano no Brasil dos séculos XVIII e XIX
Alberto da Costa e Silva
• E quem eram os africanos que jamais tinham sido escravos e
viviam no Brasil? Eram poucos. Eram aqueles comerciante
africanos que chegavam da África com tecidos do Ijebu, do Benim e
do Cabo Verde, nozes-de-cola, sabão-da-costa, azeite-de-dedê,
certas espécies de pimenta e todo tipo de mercadorias que
encontravam mercado fácil na enorme comunidade africana e na
ainda maior comunidade de negros e mulatos nascidos no Brasil,
mas que se mantinham fiéis à África, afetiva, religiosa e
culturalmente.
• Eram também as crianças e adolescente que os pais mandavam
estudar no Brasil. Não foi raro, entre Gana e os Camarões, que reis,
chefes e comerciantes africanos enviassem seus filhos a freqüentar
escolas na Bahia, como fez com três deles, na metade do século
XIX, o obá de lagos, Kosoko.
•
SILVA, Alberto da Costa e. Um rio chamado Atlântico. A África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro: Nova Fronteira Ed. UFRJ.
2003 p. 160.
Montagem de retratos de escravos de várias origens geográficas, pintados por Johann Moritz
Rugendas no Rio de Janeiro, durante a década de 1820. Cada escravo(a) é identificado(a)
por sua etnia, como se segue: (1) Angola, (2) Congo, (3) Bengüela, (4) Monjolo, (5) Cabinda,
(6) Quiloa, (7) Rebolo, (8) e (9) Moçambique, (10) Mina. As etnias de 1-5 e 7 são da África
central, 8-9 são do sudeste africano e 10 é da África ocidental. A presença de um escravo
Quiloa é peculiar, pois essa é uma etnia da África Oriental, região da qual vieram muito
poucos escravos para o Brasil.
• Todo brasileiro, mesmo o
alvo, de cabelo louro, traz na
alma, quando não na alma e
no corpo [...] a sombra, ou
pelo menos a pinta, do
indígena ou do negro. No
litoral, do Maranhão ao Rio
Grande do Sul, e em Minas
Gerais, principalmente do
negro. A influência direta, ou
vaga e remota, do africano.
•
FREYRE,
Gilberto.
Casa-Grande
&
Senzala. 49ª edição. São Paulo: Global,
2004. p. 367.
FOTOGRAFIA DE 1882
•
•
Os pretos e pardos no
Brasil não foram apenas
companheiros
dos
meninos brancos nas
aulas das casas-grandes
e até nos colégios; houve
também meninos brancos
que aprenderam a ler
com professores negros.
A ler e a escrever e
também a contar pelos
sistema
de
tabuada
cantada. Artur Orlando
refere que seu professor
de primeiras letras, em
Pernambuco, foi um preto
chamado Calisto. Calisto
andava
de
cartola
cinzenta, casaca preta e
calças brancas. Trajo de
gente lorde.
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande &
Senzala. 49ª edição. São Paulo:
Global, 2004. p. 503.
FOTOGRAFIA DO SÉCULO XIX
MACHADO DE ASSIS
• Machado de Assis
nasceu em 1839 no
Morro do Livramento
no Rio de Janeiro.
Seus
pais
foram
Francisco José de
Assis, um mulato que
pintava paredes, e
Maria Leopoldina da
Câmara
Machado,
lavadeira
açoriana.
Hoje é reconhecido
como o maior nome
da literatura nacional.
JOSÉ DO PATROCÍNIO
• José Carlos do Patrocínio
(1853 – 1905) foi um
farmacêutico,
jornalista,
escritor, orador e ativista
político brasileiro. Destacou-se
como uma das figuras mais
importantes dos movimentos
abolicionista e no país. Foi
também idealizador da Guarda
Negra, que era formado por
negros e ex-escravos para
defender a monarquia e o
Regime Imperial.
Terceiro da esquerda para a direita
OS IRMÃO REBOUÇAS
• André Pinto Rebouças (1838
— 1898) foi um engenheiro,
inventor
e
abolicionista
brasileiro.
• Antônio Pereira Rebouças
Filho (1839 – 1874) foi um
engenheiro militar brasileiro,
responsável pela construção
da Estrada de Ferro de
Campinas e Limeira e Rio
Claro, da estrada de Ferro
Curitiba-Paranaguá
e
da
rodovia Antonina Curitiba,
conhecida como estrada da
Graciosa.
LIMA BARRETO
• Afonso
Henriques
de Lima Barreto
(1881-1922), melhor
conhecido
como
Lima Barreto, foi um
jornalista e um dos
mais
importantes
escritores libertários
brasileiros.
NILO PEÇANHA
• Nilo Procópio Peçanha
(Campos
dos
Goytacazes 1867 — Rio
de Janeiro 1924) foi um
político
brasileiro.
Assumiu a presidência
da república após o
falecimento de Afonso
Pena. Foi, talvez, o
único mulato presidente
do Brasil.
Download

Document