Seminário de Iniciação Científica da UNIFAL-MG – Edição 2012
A PERCEPÇÃO DA SAÚDE BUCAL NA ÓTICA DE PACIENTES
HOSPITALIZADOS.
Camila Fernandes Rosa, Vivien Thiemy Sakai, Daniela Coelho de Lima, Leandro Araújo Fernandes.
[email protected]
Departamento de Clínica e Cirurgia/ Faculdade de Odontologia – UNIFAL/MG
Saúde Bucal. Odontologia. Unidade Hospitalar de Odontologia.
Introdução
A higiene bucal adequada é essencial para o
estabelecimento e manutenção da saúde. Inúmeros
indícios científicos indicam que problemas bucais
têm condições de atuar como foco de disseminação
de microorganismos patogênicos com efeito
metastático sistêmico, especialmente em pessoas
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com saúde comprometida .
Desde as antigas civilizações, a havia
preocupação com a saúde dentária e acreditava –
se que a cavidade bucal, deveria ser mantida
rigorosamente limpa para proteger o corpo de
infecções. Sendo assim, já existia a ideia de que as
bactérias bucais poderiam causar focos infecciosos
à distância, ou enfermidades sistêmicas há mais de
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um século .
Por isso, a ciência odontológica não poderia, de
forma alguma, omitir-se de sua responsabilidade
quanto ao diagnóstico e tratamento das
enfermidades bucais no âmbito hospitalar visando à
intervenção curativa. Além disso, os profissionais
não podem se eximir da responsabilidade do
cuidado educativo e preventivo para a manutenção
da saúde bucal. Isso se torna mais eficaz quando se
trabalha com uma equipe multidisciplinar com
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profissionais comprometidos com a prevenção .
Assim sendo, o objetivo do presente estudo foi
verificar a percepção e as condições de saúde bucal
na óptica de pacientes hospitalizados da Casa de
Caridade de Alfenas Nossa Senhora de Perpétuo
Socorro.
Metodologia
Foram realizadas visitas aos pacientes internados
na Casa de Caridade de Alfenas Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro. Para a coleta dos dados foi
realizada uma entrevista por meio de um
questionário semi estruturado no próprio leito a fim
de verificar as alterações e manifestações bucais
apresentadas após a presente internação. Em
seguida era realizado um exame clínico a fim de
avaliar as condições bucais desses indivíduos. Para
a análise dos dados foi utilizado o programa Epi Info
3.2.2 e o Epi Buco para verificar as significâncias
das variáveis.
Resultados e discussão
Foram entrevistados 280 pacientes e desses
52,5% eram mulheres. Observou-se que devido ás
alterações prodrômicas sistêmicas e o uso de
medicamentos após a internação alguns pacientes
relataram alterações na cavidade bucal (48,6%),
sendo as mais prevalentes a boca amarga (22,8%)
ou seca (48,5%). Além disso, identificou-se que
49,3% dos pacientes consideravam sua saúde bucal
boa e 62,1% estavam satisfeitos com sua saúde
bucal. No entanto, 65% dos pacientes consideravam
necessária a realização de algum tratamento
odontológico. A maioria dos pacientes (50,36%)
apresentou sextantes excluídos. Entre os pacientes
que afirmaram levar a escova dental para o hospital
(78,2%), obteve-se o relato que 63,2% haviam
escovado os dentes e 36,8% disseram não ter
escovado devido à presença de dor Assim, a
maioria dos pacientes (95%) considerou importante
a presença do cirurgião–dentista dentro de uma
unidade hospitalar, proporcionando uma melhoria da
saúde bucal dos pacientes.
Conclusões
O estudo demonstrou que os pacientes possuem
uma autopercepção e condições de saúde bucal
deficitárias, devido às contradições observadas em
suas respostas e os resultados dos exames clínicos
efetuados.
Agradecimentos
Agradecemos à Pró-Reitoria de Pós-graduação e
Pesquisa e ao Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) pela concessão
da Bolsa com a qual foi possível executar a
pesquisa na Casa de Caridade de Alfenas Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro, pela permissão
dessa Instituição para a execução do projeto e a
todos os pacientes pela participação.
Referências bibliográficas
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