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➧ Mais dois fabricantes de dispositivos
Android assinam acordo com a Microsoft
A Microsoft anunciou que outros dois fabricantes de dispositivos baseados em Android, a Coby
Electronics e a Aluratek, assinaram o programa
de licenciamento de patentes da empresa. A Coby
Electronics e a Aluratek fabricam tablets Android
de baixo custo. A Aluratek é responsável pelo tablet
Cinepad, que executa Android 4.0, e é vendido por
150 dólares (pouco mais de 300 reais) e 220 dólares
(aproximadamente 450 reais), já a Coby Electronics
fabrica o tablet Kyros, que trabalha com o Android
2.3, vendido por valores como 80 dólares (pouco
mais de 160 reais).
As empresas assinaram acordos de licenciamento que cobrem quaisquer dispositivos executando
plataformas Android ou ChromeOS e preveem o
pagamento de royalties, com valor não declarado,
por dispositivo, para a Microsoft. Imagina-se que
acordos anteriores a esses tenham colocado o valor
dos royalties entre 10 e 15 dólares por dispositivo Android. Os termos exatos desses licenciamentos não
foram revelados. A Coby e a Aluratek agora se juntam a uma longa lista de fabricantes de dispositivos
Android que assinaram acordos com a Microsoft sobre uma lista ainda desconhecida de patentes e que
a empresa alega serem relevantes para os sistemas
operacionais Android e ChromeOS. Em janeiro de
2012, a Microsoft afirmou que em torno de 70% de
todos os smartphones vendidos nos Estados Unidos
já estavam cobertos por acordos de licenciamento
de seu portfólio de patentes. ■
➧ Lenovo deve abrir fábrica no Brasil
A fabricante de eletrônicos chinesa Lenovo Group
Ltd. afirmou na primeira quinzena de julho de 2012
que planeja investir 30 milhões de dólares (aproximadamente 60 milhões de reais) para construir
sua primeira fábrica no Brasil.
Em uma nota para a imprensa, a Lenovo detalha que vem conseguindo grandes taxas de
crescimento nos últimos 10 trimestres e que espera seguir mantendo esse sucesso expandindo
seu negócio para o Brasil, que reconhece ser o
terceiro maior mercado do mundo no quesito
computadores pessoais.
A nova instalação, que será baseada no estado de São Paulo, está programada para começar
suas operações ainda em dezembro de 2012. Ela
deve empregar mais de 700 trabalhadores e deve
alcançar capacidade máxima de produção dentro
de dois anos. A empresa afirmou que seu foco de
produção será computadores pessoais.
“Este anúncio representa o primeiro passo em um
plano ousado e de longo prazo que vai englobar nossas estratégias de crescimento orgânico e inorgânico,
com um objetivo de ir além do dobro da nossa atual
participação de mercado no Brasil” afirmou Dan
Stone, vice-presidente da Lenovo e recém-empossado
gerente geral da empresa no Brasil. ■
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➧ Gastos com computação em nuvem deve dobrar em 2016
Os gastos de empresas com serviços de nuvem pública devem praticamente dobrar nos próximos quatro
anos, é o que diz uma nova previsão apresentada
pela empresa de pesquisa Gartner.
Mais especificamente, ela espera que o gasto aumente de 109 bilhões de dólares em 2012 para 207
bilhões de dólares em 2016. As empresas pagavam
em torno de 91 bilhões de dólares em serviços de
nuvem pública em 2011, de acordo com o Gartner.
“Embora o crescimento global da economia
enfrente desafios – a crise na zona do euro, uma
fraca recuperação americana e a desaceleração da
economia chinesa – prevemos mais estabilidade,”
afirmou Richard Gordon, um dos vice-presidentes
de pesquisa do Gartner, em uma nota que divulgou
em julho de 2012 acompanhando os dados e estatísticas levantados.
A maior parte dos gastos relacionados com nuvem
são para o que o Gartner chamou de “processos de
negócios como serviço” (BaaS), seguido de plataforma como serviço (PaaS), software como serviço
(SaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS).
De forma mais geral, o Gartner prevê que o gasto
total com tecnologia da informação deve subir de 3,5
trilhões de dólares em 2011 para 3,7 trilhões em 2013.
As empresas não são as únicas a entrar seriamente
na nuvem: o Gartner recentemente previu também
que consumidores vão armazenar mais de um ter-
ço de seu conteúdo digital na nuvem em 2016. Isso
representa um aumento significativo se comparado
com 2011, quando estimou-se que 7 por cento do
conteúdo de consumidores eram armazenados na
nuvem. Ao todo, a empresa de pesquisas prevê que
a média de dados armazenados pode aumentar de
464GB em 2011 para 3.3TB em 2016.
Mas são as empresas que enfrentam mais desafios quando o assunto é adotar a computação em
nuvem, do que o consumidor. A princípio, a nuvem levanta uma série de problemas relacionados
com temas que vão de exigências regulatórias até a
criptografia e outras formas de proteção de dados.
Funcionários acostumados a aplicativos executados internamente devem ser instruídos sobre como
usar a nuvem, enquanto os administradores e outros
profissionais de TI da empresa precisam aprender
a manipular painéis e processos completamente
novos para que possam gerenciar adequadamente
os serviços online.
Apesar de diso, se as previsões do Gartner se mostrarem acertadas, as empresas vão evidentemente
perceber os benefícios da nuvem como algo que
supera custos e potenciais desvantagens. De fato,
se as empresas permanecerem cautelosas com os
gastos, a nuvem pode provar uma explosão de crescimento para setores de TI buscando faturamento
e crescimento. ■
➧ Comissão da Câmara aprova preferência para
investimentos em software livre
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação
e Informática da Câmara dos Deputados aprovou
uma proposta que dá preferência a investimentos
públicos nos equipamentos de telecomunicações
baseados em software livre, aqueles em que a alteração não depende de permissão do fornecedor ou
fabricante. A medida faz parte do Projeto de Lei
6685/06, do Senado, que garante ao código aberto
prioridade nas compras de projetos realizadas com
recursos do Fundo de Universalização dos Serviços
de Telecomunicações (Fust).
O relator da proposta, deputado José Rocha (PR-BA),
fez uma alteração no projeto para permitir que o go-
Linux Magazine #93 | Agosto de 2012
verno use equipamentos com software proprietário
quando a alternativa oferecida na modalidade de software aberto não atender às necessidades pretendidas.
A exceção foi incluída ao projeto depois do protesto
de outros deputados da comissão.
O Brasil envia ao exterior, anualmente, mais de um
bilhão de dólares (cerca de R$ 2 bilhões) em royalties
resultantes do pagamento das licenças de software. A
preferência pelo uso de software aberto evitaria parte
desses gastos.
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Finanças e Tributação,
Constituição, Justiça e Cidadania. ■
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