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COlü{IS31'ü DE 11141'1'83 E.NfRE E BRJZIL E
O PA.B..àJHJAY •
ios q,lLator'3e rUas do ms!Z d.a
A.gosto do
anne d.o na.~c1meJ1to de Noeso Senhor Jesus Chrigto de mil
oitocentos & eetenta a trss j e~ndo Imperador do Brazil
:;;;ua Magestad.e o .Jenhor D. Pedro 11, e viee-presi dente
do Pa:raguay em 6xercic.io do poderexeeutivo Sua. ~xcêl­
lencia o Sr. V. Salva~or Jovellano8 t se reuniu em aon­
r er enc ia neste aCamplUI:HH:J.to no alto da. cordilheira
de
.ilmamb&hy entre ás ca:b~ceiraB dos rios Ipané 'ti Ámambahy
á commissão mixta demarcadora doe limites doa dois pai­
ze;;; composta por parte do Br az í.I do éOl1Ulliesarío o Sr.
j
coronal de engennei,ros bacharel RufinQ E:néa.s G\Ultavo
Ualvão
2Q commia.sario maj cr bacharel l'rancisco !avi er
j
. Lopes de Àrauj o l e ajudant as os capí tãsa bacharel Joa...
Q.uim Xavier d.e Oliveira PimenteJ. e bacharel Guilherme
Carlo2 Lassance, sendo $ecretario o mesmo capitão Pim~
tel, e por parte do raraguay do commissario o Sr. capi­
tão ~e fragata D. Domingos Antonio Ortiz, àjudante D.J2
sé M1tonio bSspinola e secretario D. José Doloree ispitL.Q.
se,.
O :1r. commiseario bra2iileirol' dirigin­
do-se SI. a eu eo Ll.ega dice:: que ~ilayend.o el!~ as d.i~ado
aoceitar o convite que hoje lhe fez para esta.:confe1"en­
cis, paBS&Va a apresentar a planta das cabeceiras ~o rio
~pa e Os desannos tios perfis tranaverSS>éS dos dóis bra­
ços em Clue se divide o mes.mo ~pa. acima de BaIla Vistate­
xecut;<:).clos ,peJ.ã. eomm.ieeâo mixta para serem oonfrontados
l
com 08 nr í.gf.naee p!!n·aê,'Us.yo.B at'i.ID d.e serem· as s gnadcs ,
í
l:lm seguid.a foram . examinados aseeetraba...
lhos por toda ti eommiesão m1xta.
!
o Sr. ecÚl'imissarió para,guayo d.ioé: qu.e
de .acc6rdo com as i:nstrucçõea que recebera. do Bêu gúVé!
ne d<iH~ej sve CJ.'Ue 1 snt ee de asaignar aqualles documentos,
'Bé emittíee.e opinião sobra oe rios !pa. e Eatrella ém l'f
rer euc a ao r eeuí t aúo dcs trabalhos prat cados pela COi
.J1JÍ s sâo mí xta ; e que a sua t r eauníe asaeveràndo que o 1­
pa é um 1'10 ccap l et ament e diBt í.neto do 1Satrella, tend.o
suas cabeceirliis se:par&í1SLs das d.aquelle e seu valle d1vi
1
í
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divididQ do do outro por
11
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forte collina, como ee vê
.
O Sr. oommissnrLo braz.ileiro ditte: que, c:om­
qua.i t o entendesse que I estando esta questão affeo ta ao e
respectl v OB governos lhe parecesse que nlo havia maia
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s c ut ir} porém somente dec larar 6 i os traballloa. es
t$.;JJ ou- não ew dev i ds, fórma, c cnt.u dc raepondia dizendo ,­
'l~,a llâo era pos s i vo I. deixar de c cneí derar os dois bra­
ços COil\O c abec e i r ae do i.pa, po s que o baixo rio clese<6
nome é for~ado pela reunião daquelles; que sendo éS2S8
do i El or!l; o s not avs s e uasc en dc ambos nesta cordilheira
se teve de e s t udar ambas par-a reoon.hecer qual de Ll es é
o ·nl).is impürtant e para.. que a l i nh».. div.ieoria seguIsse
2.f·lo que fosse recQIlhec: ido por tal; vi a t o que o tratado
r16 li~i tas diz que a linha de lést-e para oéste deve par
ir d~ origem princival do Àpa e seeuír o seu Cur~o até
a Oa:rra.
~ue nada s i gn i fi ca a. sepa:rs.~ ão dos valles de§'~
Ses br:lgos por uma forte c oLl í.na, pois que isto é fa.cto
b.l;J.i t o nat LlT aL
O s.enh or ccnmi euarí o paragua:yo corrt i nuoü di
z endo : ~1J.e não julgava u l tr.apass.ar 131),03 inat:rucçõe~ pedia
:0 PUl":l 81:i tt ir 0lliniã-o e'tl. umà segunda ccnf ar enc ia 60­
we e..e~n.1>"'Pt06 de sua incumbencia., depoie de naval-os € I ­
:tf.'.miU;llio 1 8 an t 02 nc r ad.i t ava que o c ontrar.i~ seria. não
s=.tí~f:'2:el-:J.[ll acc r eac errtan âo : 'lUC em seu c onee t o
era
Louvave l O trab.:3.111o âs eXi)lors.:r O arroio is tr el La aJÍJ.1t
d.e estudar as JToxinidaêles e affIuentes do rio Apo.; mas
:Jue í.ndub t eve Lue.rt e a pr í.nedra c abac e i r-a deste rio ao
:J.ort':a era a pr i nc pe.I ~ em razão de que er s a unf.ca conh e
:;:'..1.:;;: di
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~or
d.9..raEUaYCltí3 e br-as i Le ro s ; ssúdo per demais C€ ! ­
1,,;, br$.'.~o o t rat s.âo de limitas á vista de um mappa ôffici
c da
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s.I do Império upreseutado pelonagociad.or brazileiro; no
:l'.tül se dá couo nas e ent e pr íno i pal do Apa 8. d.it a primei
r a v er t errt e norte. lHes mais: que o tacto de haver-se
d.e::;c ober t o po r 6e tuêtOB },io:;teriorea da couaí Sisão todo o'
cur-s o e cf;\bocei-:":;;,$ dQ cr ro c Ketrells não implica. a. n6­
c ee e dude de r-eo onhec e Le o C01l0 luna da s n.~seé;.l,t€S do ~qn'l.,
6.111 at"~e';l~aO á cOtJ.plota E:flI1e.rsção <1,;;; ~Hl8.S cauece rae ,
O Sr, cO;,;fn:'lissario brazileiro voltou á ar gu­ _i.:G1.tD..~'5:ó di se ndo :
.,ue I si Elxplorou-ee o &strella foi
01' t e r sido achado maia vo Iumoao que o br aç o ncr te ," ti
í
í
í
-s-
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e 'portanto ser o qu.e 08 estudos indica.ram como o ramo
da na2cente ~rincipal.
Que não lhe é .lícito penetrar :asa in­
tan9ões dos negocia.dora:! do tratado:!, mu 191m executaI-o
em seu reetricto sentido isto é, buaear li nasnent e pri!!.
cipal d.o rio Ãpapeloe meios que a. aoiencia.' in.dica.; que
o Ef!,trella não era então conheci do pelos brazileiroi3 ;que
n.~o se póde affirmar que 013 negociadorl9S tiveram em. vi!
ta ta. primeira. V'ert ent a norte do ilJ Ii J porque as lnatruc ....
ç õeB, que deram os dois governos para serem. seguidas fiá
de.mal"ca,çâo da fronteira, mandam que lJ-6 explore 00 rio l?!.
dia-. de Cal) suepe to de ser O braço d~ n.aace,nte p,rinci­
pal do Á~a; e ainda maia que ai tivElssehavldo propoaí­
to de deeignar a primeira IlEU~CI!nlte do nor'te do Apa. para.
I
í
ponto de partida da linha. d.ivilloria do norte da. Republi
c a , seria. Lsao dacLa'r ado no tratado positivamente I vi~to
~ue com faoilidade referer1am essa vertente ao lagar cQ
nhecido, de ha muito t sapc da eo Icm.a bra'li11eirs. de Doy
rs.dos. Díce maiB~ Que IJelo exame elas plantAs til IJerr:ís
I
pr esent ss
curao ,
o Estrslla além de nai s volumoso tem l)1aior
O Sr. cómmiesarl0 para.guayo d1ce:
Que
~indà. na hypothesé de maior vo Iuae o l!:strella, nãopa.sB!
ria de Ber sómente Wl1 po dsrcsc tri but ar o , que au.gmenta
í
o ca:uda.l do Apa. ~
Que referindo-se ao ma~pa oíf1cial do
Im]ario apresentado pelo negociador bra~ileirol nio ju!
gava nam pretendia penetrar nas l:ntenQões deate~que só
o fazia par a demonetrs.r aparte a.CC 8lita no tratado de
limites pelo plenipotenc:íar10 e governo paraguayos,tolli
COm seu Cur50
lia em ecns I Iisraçâo e r at ifica.da. p'81a "corporaçio legia1ê
tiva dã nação.
! que em relação ao fedra de ~al alIe
se lillL:itou a. seguir ta commiasão 'traz ileira, prestando-se
á conferencia por deferencia á mesma, sem fazer questio
do di to rio t como não o oonsiderava essencial aos prop2
S1tOB da COUiBSâo J pois que ara. Pedra de Cal e não Apa4
Que se fel1éi t.a.va lia ouvir a cont'ise:âo
de que o Estrella não era conhecido ]feIos bra~ile~roeI6.Q.
ao uma pr ova mais de que O tratado de 111l! tes nlo podia.
uaSéar-ee em rumos desconhecidos.
-4-
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JéBconhecidos.
B o Sr. eow1!:ÜS819.:rio bras â.Le r-o dío a ain­
: ";'n8 ~1e:;;t 6$ t r ab aLn o s :sómente ~o(Ha ter em vi!:da . às
Li.l~~;ru(; ;Õ.9S e o tratado, cuja letT~l ex:p:ree~,a bnnc ava c,U!.'!!
p:'ir I ~ 'lues~ o Z!~treli& 1'088$ conhecido e portanto !ii.
V9r~ante princi}al do ~pa. O tratado nio usaria das é%­
...
.
. . 1 I porem
'J!I"
•
­
/resrJ.O&B
Ol'lÔ03m
prlilclpa
uQSlgl"H:l.rla. a. po e t çao
d4%as& vertente j e <1ue mesmo ..o or não Bel" conheci do foi
í
~U8
ie
~ove:::rno2
os
fe~erem
esses
;rrnndaralll commissões 3cientifiCaB nO caso
ex~mB5,
:rin$,l~enté,
o
c0l11miseario parag\tâyó,
não est::)';ldo -Ie a..ccôrdo com as denoraíneç ões ele braç o no!
':~. e bre..ç o eul d.~d(!.$. aos rios 1\.pa G Eetrellana. :planta
::~~ co:.:um,is.sso. 'pediu Cluõ se cons.iGnassê ·na acta que a a.g
i.JÚHlIriO ,1a::J di t as denolllinaçõet,; não importa o reconheéi­
;:)1".
..;;eu t o de tal carac tal" par a os mane ionado$ ri os.
J nada ara i a havendo a tratar-se toram 9.!
~ignados
~or toàos oe ~embroe presentes da oOij~iseão
ibi:zt.:il. ~la. plantas e par!íEi, depois de bem examillado8, a
aro s egaida encezruda esta eonf erenc i a I lavrando-se ii pr.2,
asut B ac t e. em dupâ í.cat a, q,UL3 aaado 1 i da. e approvsds
foi pela me5~à tÓl~a aseie~ada.
~OFINO ÂN~a3
GUST1VÓ GíLlf!O, commiseario.
paÃNCI8CO :<AVDiR LOPES. DT ARAUJO,
QOOO!!
mi.s aar o ,
â
aj udante.
se-
c:r0tario.
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Carlo2 Lassance, sendo $ecretario o mesmo capitão Pim~ tel, e por