2011 CADERNO DE RESUMOS SPMG
EDUCAÇÃO: UM TESOURO A DESCOBRIR
Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre
Educação para o século XXI
Ivan Claudio Guedes Faculdade Método de São Paulo 01/06/2011 1
APRESENTAÇÃO
Este caderno de resumos tem como objetivo apresentar os preceitos que
a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) tem para com a educação mundial. Os resumos apresentados trazem
um pouco da discussão com a turma do primeiro semestre de Pedagogia da
Faculdade Método de São Paulo (SPMG).
A princípio, é importante lembrar que a UNESCO é um órgão da
Organização das Nações Unidas (ONU), fundada em 1945 com o objetivo de manter
a paz mundial e promover o desenvolvimento econômico dos países. Dentro dessa
concepção, todos os órgãos, ou departamentos, da ONU devem contribuir para que
tal meta seja alcançável.
No que diz respeito à educação, o sistema de ensino, por sua vez, seja
federal, estadual ou municipal, deve contemplar as orientações da UNESCO para
que possam alcançar as metas estabelecidas para o desenvolvimento da educação
e pleitear os financiamentos de programas educacionais e de desenvolvimento.
Em 1996, a Comissão Internacional da UNESCO sobre Educação para o
Século XXI elaborou o documento Educação: um tesouro a descobrir, sendo de
capital importância para o entendimento da educação no início do século XXI. Esse
documento embasa boa parte das nossas legislações educacionais, os nossos PCN
e os planos de políticas públicas. O documento apresenta a definição de quatro
pilares para a educação do século XXI (aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a viver juntos e aprender a ser). Adiante, em Zurique (2000), foi acrescido
de mais dois pilares (aprender a participar e aprender a antecipar), que são tratados
no relatório Educação e transdisciplinaridade.
Por fim, este caderno de resumos, realizado pela turma da SPMG, traz os
principais aspectos contidos no documento original de Jaques Delors. Esperamos
que seja de grande valia para os estudos dessa turma e que possa contribuir com a
sua criticidade.
Prof. Ms. Ivan Claudio Guedes
As informações expressas nos resumos, bem como sua exatidão
ortográfica/gramatical, são responsabilidades dos respectivos autores.
SUMÁRIO
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1. DA COMUNIDADE DE BASE À SOCIEDADE MUNDIAL ..................................... 4
2. DA COESÃO SOCIAL À PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA................................. 6
3. DO CRESCIMENTO ECONÔMICO AO DESENVOLVIMENTO HUMANO ............ 8
4. OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO .............................................................. 9
5. A EDUCAÇÃO AO LONGO DE TODA VIDA ....................................................... 11
6. DA EDUCAÇÃO BÁSICA À UNIVERSIDADE ..................................................... 13
7. OPÇÕES EDUCATIVAS: O PAPEL DO POLÍTICO ............................................. 15
8. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL: EDUCAR A ALDEIA GLOBAL .................. 17
9. EDUCAÇÃO E EXCELÊNCIA: INVESTIR NO TALENTO ................................... 19
10. MELHORAR A QUALIDADE DO ENSINO ESCOLAR ...................................... 19
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1. Da comunidade de base à sociedade mundial
Fernanda dos Santos Ignácio de SOUZA; Miriam Tie YAMANAKA; Valéria Camargo
e SILVA
O cenário mundial globalizado oferece ao homem contemporâneo várias questões
interdependentes entre si, no qual a busca por soluções dos problemas devem ser
em escala mundial, trazendo para a sociedade um clima de incertezas e apreensão.
Um dos fatores que determinou a globalização foi a abertura das fronteiras
comerciais e econômicas impulsionadas pelas tecnologias da informação, tornando
as relações social, cultural, científica e política mais próximas. O aumento
populacional também fortaleceu um sentimento de reflexão mais atento por parte da
sociedade globalizada, já que houve uma mudança comportamental das pessoas,
na qual os países em desenvolvimento aumentaram sua população jovem,
pressionando a área educacional. Em contrapartida, os países industrializados
estagnaram sua população e aumentaram a expectativa de vida. Esse processo
acarretou consequências boas e ruins para todo o mundo. As migrações em massa
ocasionaram uma grande miscigenação e pluralidade cultural, diversificando a
comunicação entre os povos e valorizando o ideal da educação para o
conhecimento generalizado das culturas, para assim haver uma mobilidade
linguística de enriquecimento e uma comunicação mais globalizada e complementar.
A educação tornou o indivíduo em um conhecedor da própria cultura como
referência para se situar no mundo, respeitando e compreendendo mutuamente que
todos nós fazemos parte de um único conjunto cultural e moral, para os ideais de
paz, liberdade e justiça social da humanidade. Um dos maiores riscos da
globalização é o fato de tornar mais visível a disparidade entre os países ricos e
pobres, pois além da economia e força política, os Estados também promovem um
encaminhamento acelerado para as redes do conhecimento, e só podem fazer parte
dessas organizações quem obtém a informação ou o capital para financiamento de
projetos, aprofundando ainda mais os polos de dinamismo a quem pertencer a
países pobres, ou seja, o fenômeno da globalização ocorre de forma mais proveitosa
para quem possui mais recursos financeiros. Mesmo assim, há ainda incertezas
quanto ao futuro, pois a globalização gera uma relação de interdependência entre as
nações e ninguém está livre a ponto de se sentir tranquilo. Esse processo também
ocorreu na área da criminalidade e a violência já faz parte das guerras civis e dos
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conflitos sociais, em que a preocupação vai além das armas químicas ou biológicas.
O destino da humanidade pós-Guerra Fria transformou-se em um ajuntamento
global para ver quem detém armas mais sofisticadas. Essa competição não diz
respeito apenas a alguns Estados, implica também nas entidades não institucionais,
associações políticas ou grupos terroristas. Em geral, o sentimento da sociedade é
de solidariedade em relação aos diversos conflitos, porém, ao mesmo tempo, há um
aumento considerável de hostilidade, não afetando com a mesma intensidade
alguns grupos que querem obter o poder por meio da violência. Enfim, as tensões
provindas da globalização provocam no mundo uma disposição conjunta e
orientadora para os valores morais do cidadão, e é por meio da educação que pode
ser desempenhado uma tarefa universalizada a fim de compreender o mundo e o
outro.
Palavras-chave: Globalização. Interdependência. Multiculturas. Cultura Global.
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2. Da coesão social à participação democrática
Dayane Jaqueline da SILVA; Jaqueline de Souza GARCIA
Vários são os problemas que as rupturas sociais acometem na educação. Tais
rupturas acontecem pelo não comprometimento e participação da sociedade na vida
democrática de seu meio social. O documento original aborda os valores da
educação e seu papel na sociedade e na prática da democracia, antigamente e nos
dias de hoje. No século XIX, na Europa, deu-se inicio ao Estado-Nação que foi uma
referência na época. Outra referência foi o Estado-Providência, que reinventou um
ideal democrático. É ressaltado que a sociedade não deve se afastar dos caminhos
para a democracia por causa das dificuldades presentes, pois é com a colaboração
de todos que as rupturas sociais podem vir a não acontecer mais. Alguns fatores são
privilegiados para que haja uma boa educação como, por exemplo, aptidão para se
comunicar em público, o sentido do belo, entre outros fatores. Cada criança absorve
para si aquilo que lhe convém dos recursos educativos, não adianta querer impor ou
dar uma educação tradicionalista, como em países colonizados como a África do Sul
em que sua educação se foca em ancestrais. As diversas culturas e a multiplicidade
de raízes adentram os países e é preciso estar preparado para essas mudanças. É
uma invasão de diversidade cultural e cabe aos sistemas educativos adaptar-se a tal
desenvolvimento na educação e não conduzir as crianças a uma educação
pressionada, mas sim dar espaço a elas para que adquiram e aprendam por si
mesmas os conteúdos e as experiências para seu aprendizado, assim deixando que
situações de exclusão não aconteçam. Um exemplo abordado faz-se diante de uma
escola democrática em Nova Iorque em que alunos, pais, professores e comunidade
participam ativamente nas questões democráticas para a melhoria, tanto na
qualidade de ensino, quanto na participação de jovens na vida democrática do meio
em que vivem. O espírito democrático trata de ajudar o aluno a ter capacidade de
enfrentar sua vida pessoal e coletiva. A colaboração das ciências sociais e humana
é importante para existência em si, e o que ocorre com a sociedade. Questiona-se
se devemos acrescentar muitas disciplinas como a história e a filosofia. Esta
desenvolve o entendimento dos fatos e saber criticar a democracia. Aquela não
pode acrescentar ou fazer com que tomem consciência da identidade coletiva. A
vida deve ultrapassar o contexto nacional e colocar uma dimensão cultural e social,
de uma forma com que o antigo conhecimento permita compreender e julgar melhor
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o presente. Tem-se aqui um novo espaço para os responsáveis pelas orientações da
política educativa e pela elaboração de programas. É sabido que o sistema
educativo deve preparar cada pessoa para o papel social, mostrando seus direitos e
desenvolvendo suas competências. A preparação para uma participação torna uma
missão de um caráter, uma vez que os princípios democráticos crescem pelo
mundo. A escola assume tais responsabilidades com objetivo de alfabetização.
Enfim, a política deve ser diversa o suficiente para não tornar uma exclusão social. A
sociedade deve manter um sistema que possa ter vantagens e respeito por seu
direito. O sistema educativo deve dar respostas para a sociedade, tendo
enriquecimento dos saberes e do exercício de uma cidadania.
Palavras-chave: Democracia. Participação Coletiva. Cidadania.
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3. Do crescimento econômico ao desenvolvimento humano
Agda Aparecida Carvalho FIGUEREDO; Ana Cássia Pardubszky Maionchi NUNES;
Andreia Cristina da SILVA; Bruna Caroline Ferreira REIS; Kelly Claudia de Lima
VAZ; Simone Rene de ALMEIDA
A demanda do crescimento econômico e do desenvolvimento é uma das principais
inquietações da humanidade atual. Os países em desenvolvimento não conseguem
entrar na disputa tecnológica devido à desigualdade de conhecimento. A educação
contribuiu para o desenvolvimento humano. Seu papel principal é capacitar o ser
humano para que se tenha autonomia, para dominar seu desenvolvimento e exercer
sua cidadania. Por um lado, é graças à globalização da economia que países da
Ásia, como a China e Índia, admitem forte crescimento econômico nos derradeiros
anos, elevando as classes de países emergentes. Por outro lado, a globalização e o
crescimento da economia geraram problemas sociais graves que cabe aos governos
resolverem. Por exemplo, pode se citar a fuga de cérebros, que se refere à saída de
profissionais qualificados do país de origem para países desenvolvidos, em busca
de melhores salários e oportunidades. Com isso, os países industrializados tiram
proveito desses imigrantes. Os países menos avançados, como os da África
Subsaariana, em que o PIB estagnou e a população cresceu, fazem parte do grupo
de países mais pobres do mundo. Mesmo aqueles países que têm taxas de
crescimento do PIB alto não têm partilhado de forma igual aos benefícios que traz
esse crescimento. Verifica-se a profunda desigualdade e dificuldade no acesso à
educação e à saúde que se manifestam de forma precárias em suas condições de
vida na generalidade. Por essa razão, é importante distinguir o crescimento
econômico do desenvolvimento humano para saber o que realmente implica a
qualidade de vida que os países proporcionam à sua população. O crescimento
econômico confirma o aumento de produtos, rendimentos, investimentos e
empregos em um determinado país. É um acontecimento quantitativo, enquanto o
desenvolvimento só ocorre quando há uma melhora das condições de vida da
população em geral, tais como as melhorias nas condições de saúde, habitação,
educação, justiça, garantindo o respeito pelos direitos humanos e liberdades
fundamentais dos cidadãos. Sendo assim, conclui-se que a educação é o motor
principal para o desenvolvimento humano e econômico.
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Palavras-chave:
humano.
Desenvolvimento
econômico.
Educação.
Desenvolvimento
11
4. Os quatro pilares da educação
Fabiola Bretherick Cardoso GOMES; Karla Regina Santana Marcopito OLIVEIRA;
Christiane Pereira da SILVA; Vera Lucia de Souza Ribeiro do NASCIMENTO;
Suzana Mabel Rocha OLIVEIRA
A educação deve transmitir, de fato, de forma maciça e eficaz, cada vez mais,
saberes e saber-fazer evolutivos, que devem ser adaptados à civilização cognitiva,
pois são as bases das competências do futuro. Para sistematizar esses
conhecimentos, a UNESCO criou um documento que fornecerá dados sobre o quê,
como e porque assinar. Não basta que se acumule conhecimento sem saber como
explorá-lo e aproveitá-lo. Essa é a missão do educador do século XXI e para que
possa cumprir sua missão deve-se organizar em quatro pilares: aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos. Nessa nova
concepção de educação, o indivíduo deve se realizar plenamente e revelar seu
potencial criativo, seu tesouro escondido. Adiante, apresentam-se cada um desses
pilares: Aprender a conhecer: pretende que cada indivíduo tenha domínio dos
instrumentos do conhecimento como um meio e uma finalidade de vida. Meio:
porque se pretende que cada um aprenda a compreender o mundo que o rodeia e
assim desenvolver suas capacidades profissionais; e finalidade, pois seu
fundamento é o prazer de conhecer, compreender e descobrir. Aprender a conhecer
sugere exercitar a atenção, a memória e o pensamento, abrindo-se para um novo
mundo de descobertas. O exercício da memória é algo essencial para que os meios
de comunicação não formem pensamentos em massa, mas sim para que cada
indivíduo seja mediador de seus pensamentos com seu próprio raciocínio. Aprender
a fazer: deve-se ensinar ao aluno como colocar em prática seus conhecimentos e
adaptar a educação ao trabalho futuro. Aprender a fazer não pode continuar a ter
significado simples de preparar alguém para uma tarefa material bem determinada,
já que não se pode prever qual será sua evolução. Aprender a ser: a educação
deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, desenvolver sua
personalidade, capacidade de autonomia e de responsabilidade pessoal de forma
que possa decidir como agir em todas as circunstâncias de sua vida. Aprender a
viver juntos: essa aprendizagem representa o maior desafio de educação, pois os
seres humanos têm a tendência a supervalorizar as suas qualidades e as do grupo a
que pertencem e alimentar preconceitos desfavoráveis em relação aos outros. Num
12
contexto igualitário e ao se criar objetivos em comum, a hostilidade pode
desaparecer e dar lugar à cooperação e até mesmo à amizade. Num primeiro nível e
ao longo de toda vida, a participação em projetos comuns parece ser um método
eficaz para evitar e até mesmo resolver conflitos latentes. Deve-se também transmitir
conhecimentos sobre a diversidade de espécie humana e levar as pessoas a tomar
consciência das semelhanças e interdependências entre todos os seres humanos do
planeta. Essa é a proposta da UNESCO para que a educação, que está sempre em
mudança e em constante evolução, aprimore-se e transforme as salas de aula em
locais de agradável convívio e também de prazer a todos que lá estiverem,
independentes de sua raça, credo ou orientação sexual.
Palavras-chave: Conhecer. Viver Juntos.
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5. A educação ao longo de toda vida
Eliana Batista BERNARDES; Angela Maria Tavares de SOUZA; Quelita Martins
Torquato DOS REIS; Claudionese Aparecida Freire GAMA; Jacqueline GARCIA
A educação, cada dia mais, tem se tornado importante e necessário na vida das
pessoas. Não é possível, hoje, adquirir conhecimentos e acreditar que estes serão
suficientes para toda a vida, pois o mundo está em uma rápida e continua evolução
dos saberes. A educação é uma construção de aptidões, saberes e capacidade de
direcionar a desempenhar o papel social no trabalho, comunidade e campo cultural.
Para tanto, a educação básica, adquirida na escola, é de fundamental importância,
já que a escola tem como finalidade a preparação do individuo para o mercado de
trabalho, e este tem se tornado cada vez mais exigente. Os meios informais de
educação também têm seu lugar de destaque, pois o processo educacional e de
aprendizagem acontecem em ambiente formal e não formal, de formas distintas ou
similares. Vale ressaltar que se a educação básica for bem sucedida será
despertado o desejo de continuação em aprender. Do contrário, ela pode também
comprometer a educação durante toda uma vida. O progresso cientifico e
tecnológico e a transformação dos processos de produção resultantes de uma busca
de uma maior competitividade fazem com que saberes e competências adquiridas,
na
formação
inicial,
tornem-se
rapidamente
ultrapassados
e
exijam
o
desenvolvimento da formação profissional. É uma exigência do mercado de trabalho,
em que as empresas querem manter suas qualidades e estarem preparadas para a
competitividade, a fim de permanecerem no mercado. Assim sendo, exigem e
fornecem para seus colaboradores a possibilidade de se atualizarem, adquirindo
novos conhecimentos e tendo a possibilidade de serem promovidos. No entanto, o
relatório entende que a educação ao longo da vida não é resumida em apenas sua
qualificação para o trabalho, e sim algo capaz de fazer com que cada indivíduo saiba
como conduzir seu destino em meio à globalização, modificando as relações sociais.
A educação é assim um meio de chegar ao equilíbrio entre o trabalho e a
aprendizagem para uma cidadania ativa. A Suécia é um país que se preocupa com a
educação, onde a educação adulta é uma prática generalizada, que acontece de
várias formas. A relação teoria e prática deveriam ser mais consideradas, a exemplo
da Alemanha, onde existe um sistema chamado sistema dual em que empresas e
escolas trabalham em parcerias. Os alunos aprendem na prática em laboratórios,
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oficinas, escritórios, entre outros, e a teoria em escola profissional, valorizando a
sinergia entre o saber e o saber-fazer, ou, saber-ser e saber-viver.
Palavras-chave: Educação. Trabalho. Interação. Formação.
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6. Da educação básica à universidade
Edjane Maria Nunes SOUZA; Maria da Conceição Nunes PEREIRA; Patricia
Nogueira MUNIZ; Maria ERONILDES
O conceito de educação vem, ao longo da história, atuando no processo de
formação social de cada indivíduo nas suas diversas formas de educação formal e
informal, adquirindo conhecimento no ambiente familiar e no nível da educação
básica, que inclui principalmente os ensinos pré-primário e primário, sendo
aprendizagens que durarão por toda a vida. A educação básica para a criança pode
ser definida como educação inicial, sendo um direito do indivíduo e um meio
essencial para atingir os objetivos da igualdade do desenvolvimento da
aprendizagem infantil nesse período de alfabetização. Todas crianças ou adultos
devem se beneficiar de uma formação concebida para responder às suas
necessidades educacionais fundamentais. A criança que se beneficia desse tipo de
educação tem uma disposição mais favorável em relação à escola, podendo assim
contribuir para a igualdade de oportunidades. A educação primária vem sofrendo
com uma grande perda de crianças que deixam de vir à escola para poderem
trabalhar em vez de estudar, levando-as às desigualdades sociais, impedindo-as de
terem um crescimento pessoal e profissional por causa da situação de se
encontrarem na miséria. Assim, são levadas ao insucesso escolar. Isso tanto na
metrópole quanto na vida rural, onde a escola tem muitas barreiras, pois nem todos
os adultos têm tempo e oportunidade de estudar, visto que necessitam trabalhar.
Entretanto, há a oportunidade da alfabetização desses indivíduos, associando suas
atividades agrícolas e econômicas com educação, gerando, assim, um nível
pequeno de insucesso escolar entre essa parte da população. A proximidade da
escola com o mundo do trabalho dá ao adolescente uma oportunidade de enfrentar
as realidades sociais e profissionais, podendo ingressar em uma universidade, que
tem o papel importante e especial em dar um exemplo inovador, com métodos que
permitam atingir novos grupos de estudantes, reconhecendo as competências e os
conhecimentos adquiridos fora dos sistemas formais e dando particular atenção a
esses futuros profissionais. As universidades têm certas particularidades que as
tornam locais privilegiados para desempenhar essas funções: de prepararem
pessoas qualificadas para o mercado de trabalho, levando o país a um crescimento
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econômico, sendo exigido novos saberes por exigência do mercado de trabalho que
cresce com o progresso do país. É por isso que deve haver a participação da
comunidade desde a educação básica até a superior. Deve ainda ser acompanhada
pela responsabilidade e ação vigorosa do Estado, construindo um mundo melhor,
pois é por meio da educação básica e superiora que muitos ou poucos sanarão esse
déficit de conhecimento com o trabalho, em conjunto com família, escola e Estado,
gerando uma sociedade melhor, sendo educada e orientada por profissionais
qualificados e mostrando uma nova perspectiva de aprendizagem.
Palavras-chave: Desigualdade social. Necessidades Educacionais.
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7. Opções educativas: o papel do político
Adriana Pales CORDEIRO; Edileide de Oliveira Santos SOARES; Francisca Maria
da SILVA; Juliana Aparecida Maximo de LIMA; Kelly Janaina Silva de CARVALHO;
Lourdes Mariano ISHIMI
O mundo exige cada vez mais dos sistemas educativos que façam mais e melhor.
Essas exigências são para o desenvolvimento econômico, social, cultural e ético de
um país. Dadas as dificuldades financeiras, é preciso dar recursos de modo a
conciliar quantidade e pertinência, equidade e qualidade. O investimento educativo é
essencial para o desenvolvimento social do país, por isso, exige-se tanto do setor
político um ensino de qualidade, que preparem pessoas competentes, aptas para
acompanharem as exigências feitas pelo mercado de trabalho. A educação básica é
o setor que merece maior atenção, pois se deve cuidar para que nenhum aluno
deixe de ter acesso à educação por não ter condição financeira. A participação da
comunidade local na avaliação das necessidades mediante um diálogo com as
autoridades públicas e os grupos interessados dentro da sociedade é uma primeira
etapa fundamental para ampliar o acesso à educação e para melhorá-la. A avaliação
e o debate público educativo implicam em um debate democrático sobre meios e
finalidades da educação, sabendo que a procura nos países em fases de
desenvolvimento e os recursos utilizados são insuficientes, de maneira que é preciso
agir com rapidez e qualidade o peso das dificuldades financeiras desses países.
Efetivamente se pode falar de mercado da formação profissional à medida que
certos serviços oferecidos podem ser avaliados em termos de custos e de
rendimento. O mesmo não se passa, evidentemente, com algumas das atividades
da educação. Portanto, é preciso analisar as deficiências do setor, buscando
alternativas como prioridade à educação básica; investir dinheiro público onde ele
produza
o
rendimento
mais
elevado;
financiamento
de
ensino
superior;
racionalização das despesas públicas nas escolas. A comissão destaca a
conveniência de uma descentralização inteligente, que permita aumentar a
responsabilidade de inovação de cada estabelecimento escolar. Lutar contra a
desigualdade de oportunidades concedente um crédito educativo para o fim do
período da escolaridade permitiria ao adolescente escolher o seu caminho sem
hipotecar o seu futuro. Os sistemas tecnológicos, hoje miniaturizados e a preço
acessível, invadiram uma boa parte dos lares do mundo industrializado e é utilizada
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por um número cada vez maior de pessoas no mundo em desenvolvimento. As
novas tecnologias oferecem, como instrumentos de educação de crianças e
adolescentes, uma oportunidade sem precedentes de responder com toda a
qualidade necessária a uma procura cada vez mais intensa e diversificada. As
possibilidades
e
vantagens
que
apresentam
no
campo
pedagógico
são
consideráveis. Sendo um investimento econômico, social e humano a longo prazo, a
educação é, muitas vezes, sacrificada nos planos de ajustamento, quando a
expansão da escolarização exigiria um aumento dos orçamentos nacionais nessa
área. É preciso, pois, compensar os efeitos negativos que as políticas de
ajustamento e de redução de déficits internos e externos têm sobre as despesas
com a educação. Enfim, é preciso investir no financiamento educativo desde a
educação básica até o nível superior, porém todos devem trabalhar juntos (setor
político, empresa privadas e o próprio cidadão).
Palavras-chave: Desenvolvimento social. Descentralização. Sistema educacional.
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8. Cooperação internacional: educar a aldeia global
Elis de Castro ALONSO; Juliana Santos ARAUJO; Thaiany Talita MARTINI; Paula
Fernanda Gimenes dos SANTOS; Pamela Augusta Barreto Giuseppe de JESUS
Para a Comissão Internacional e a UNESCO, a educação é o meio para transformar
os problemas globais, mediante as políticas educacionais que a mundialização pode
se tornar mais efetiva e transformadora, sendo o objetivo da Comissão, frente à
educação, levar em consideração o papel-chave da educação no desenvolvimento
nacional e humano de forma sustentável. A preocupação da comissão frente à
educação para jovens e mulheres vem do fato de que estas são agentes
econômicos significativos e, portanto, influenciadoras sociais em relevo. A educação
das mulheres e das jovens é, desse ponto de vista, um dos melhores investimentos
para o futuro. Os objetivos frente ao desenvolvimento social devem ser o de eliminar
a pobreza, promover o pleno emprego e o emprego produtivo, favorecer a
integração social. A Comissão considera promissora a conversão de dívidas em
ações em proveito da educação. Percebe-se que a maior parte dos problemas a
resolver transcende as fronteiras locais e regionais. Por isso, são postas em questão
as formas clássicas de assistência e de cooperação e em que começa a se impor a
necessidade de transformar a assistência em parceria. A partir de 1990, os países
da Organização dos Estados do Caribe Oriental (OECO) decidiram elaborar em
comum uma estratégia regional de reforma da educação, pondo em ação um vasto
sistema de desenvolvimento de recursos humanos. Colaboram entre si doze setores
essenciais, relacionados com a elaboração de programas e aperfeiçoamento de
pessoal docente, avaliação dos alunos, reforma do ensino e da formação técnica e
profissional, educação de adultos e educação permanente, ensino a distância,
gestão de recursos setoriais e do processo de reforma. O Programa Erasmus foi
organizado em torno de duas ações principais: a concessão de ajuda financeira às
universidades para atividades de dimensão europeia e o estímulo à mobilidade dos
estudantes e concessão de bolsas para esse efeito. O papel fundamental da
pesquisa científica no reforço das potencialidades nacionais não precisa de
demonstração. Atualmente a tendência de instalar os programas de pesquisa
essencialmente nos países ricos e centrados em suas preocupações não é o melhor
para o desenvolvimento do espírito que deve presidir a constituição de parcerias. A
necessidade de uma cooperação internacional vale também para a área da
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educação: deve ser tarefa não só dos responsáveis pelas políticas educativas e dos
professores, mas de todos os atores da vida coletiva; destinar ao financiamento da
educação a quarta parte da ajuda destinada ao desenvolvimento; estimular a
conversão de dívidas, a fim de compensar os efeitos negativos sobre as despesas
com a educação, das políticas de ajustamento e de redução de déficits internos e
externos; ajudar a reforçar os sistemas educativos nacionais, encorajando alianças e
a cooperação entre ministérios em nível regional e entre países que enfrentam
problemas semelhantes; ajudar os países a acentuar a dimensão internacional do
ensino ministrado; estimular novas parcerias entre as instituições internacionais que
se dedicam à educação; estimular, em especial por meio de indicadores adequados,
a coleta em escala internacional de dados relativos aos investimentos nacionais com
a educação: montante total dos fundos privados, dos investimentos do setor
industrial, das despesas com a educação não-formal etc.; constituir um conjunto de
indicadores que sirvam para detectar as disfunções mais graves dos sistemas
educativos, dentro de um espírito prospectivo; criar um observatório UNESCO das
novas tecnologias da informação, de sua evolução e de seu previsível impacto, não
só sobre os sistemas educativos, mas também sobre as sociedades modernas;
estimular por intermediário da UNESCO a cooperação intelectual no domínio da
educação: cursos UNESCO, escolas associadas, partilha equitativa do saber entre
países, difusão das tecnologias da informação, intercâmbios de estudantes e de
pesquisadores; reforçar a ação normativa da UNESCO a serviço de seus Estados
membros como, por exemplo, no que concerne à harmonização das legislações
nacionais com os instrumentos internacionais.
PALAVRAS-CHAVE:
Aldeia
global.
Mundialização.
Internacional. Desenvolvimento sustentável. Equidade.
Parceria.
Cooperação
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9. Educação e excelência: investir no talento
Erika Martinez de Almeida PEREIRA; Imaculada Aparecida de Sousa DIOGO;
Juliana Lino de MOURA; Maria Isabel da SILVA; Patrícia dos Santos ALCÂNTARA
Com o rápido avanço científico e tecnológico, consequentemente houve mudanças
econômicas, políticas, demográficas e sociais, e que para acompanhar é necessário
que haja uma inovação na educação, não se contentando apenas com uma
planificação ou recursos financeiros, e sim com um ensino de qualidade, de
excelência. A UNESCO propôs a educação para todos, mas não é bem isso que
vem acontecendo nos últimos 20 anos. A educação se preocupou apenas em dar
vagas aos alunos e não com um ensino que atendesse a aptidões diferentes. Deixou
apenas escolas superlotadas e com métodos ultrapassados. Privar os alunos mais
dotados de um ensino de qualidade diferenciado é retardar o desenvolvimento de
um país. Os países em desenvolvimento necessitam desses alunos para
futuramente dirigi-los.
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10. Melhorar a qualidade do ensino escolar
Erika Martinez de Almeida PEREIRA; Imaculada Aparecida de Sousa DIOGO;
Juliana Lino de MOURA; Maria Isabel da SILVA; Patrícia dos Santos ALCÂNTARA
Para que haja mudanças, é necessário que os professores inovem o seu método de
ensino e se preparem melhor, para que com a ajuda dos familiares de seus alunos e
ONGs possam direcioná-los e incentivá-los para o real caminho de seu talento. Com
a importância, em especial, às mulheres mais dotadas que, mesmo sendo a minoria
nos cursos superiores, vem se destacando nos cargos administrativos de alto nível.
Na Jordânia, a solução foi encontrada quando a Fundação Noor AL-Hussein (NHG)
lançou um projeto inovador. Fundou a Jubilee School em 1993, um internato
secundário misto, oferecido aos alunos bem dotados, que por ter um ensino
diferenciado, estimula-os e motiva-os para o desenvolvimento dos seus talentos. Os
alunos são selecionados e ganham bolsas de estudos. A Jubilee School tem como
objetivo principal ensinar os professores a aplicar técnicas mais eficazes, a elaborar
programas e prestarem mais atenção às diferenças individuais de suas turmas.
Enfim, a escola é um sucesso na Jordânia, segundo os seus alunos. Melhorar a
qualidade de ensino escolar significa se submeter a uma reforma nos três níveis: no
método a ser ensinado, nos conteúdos a serem elaborados e na gestão da própria
escola. Deve-se considerar medidas para melhoria dos professores: nível de
formação; certificados de aptidão; recrutamento; formação em serviço; condições de
trabalho; remuneração; concepção e elaboração de programas; aspectos conexos e
gestão das escolas.
Palavras-chave: Avanço tecnológico e científico. Educação para todos. Inovação.
Qualidade de ensino.
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Educação: um tesouro a descobrir