Vestibular PUCRS 2013/2
Resolução da Prova de Língua Portuguesa
21. Alternativa (D)
As justificativas para as afirmações corretas encontram-se nas linhas entre parênteses.
(A) a “Lei de Gérson” diz respeito à maneira astuciosa dos brasileiros de tirar proveito
das situações em benefício próprio. (linhas 01-03)
(B) as artimanhas que caracterizam o modo de agir dos brasileiros extrapolaram os
jogos de azar. (l. 06-09)
(C) os brasileiros são conhecidos internacionalmente por agir de forma sagaz para
obter resultados. (l. 09-12)
(E) a própria Constituição deixa brechas que permitem a aplicação do jeitinho
brasileiro. (l. 15-16).
22. Alternativa (E)
A justificativa para a afirmação correta encontra-se nas linhas entre parênteses.
(E) recorre a fatos da realidade no Brasil para criticar a cultura da malandragem, mas
faz uma ressalva que justificaria esse comportamento. (propaganda de cigarros com o
jogador Gérson – l. 01 / sambas de Bezerra da Silva, é a de que malandro é malandro,
mané é mané. – l. 04-05 / Até mesmo a Constituição aplaude a malandragem. O
cidadão não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. (l. 15-17)
23. Alternativa (A)
(V) Malandro = quem é esperto, astuto, sagaz X Mané = pessoa tola; BOBO;
PASPALHÃO.
(F) malandro = coloquialidade X astuto = o mesmo que ‘malandro’; pertencente à
norma culta formal.
(V) Tendo em vista que se trata de duas orações completas e independentes, que
mantêm oposição entre si, é possível (e mesmo recomendável pela Gramática
Normativa) substituir a vírgula por ponto-e-vírgula.
(V) No contexto, o termo foi empregado pejorativamente, haja vista que significa,
conforme dicionário, “bobo, paspalhão”.
(V) Observe, inclusive, o emprego do verbo de ligação “ser”, o que caracteriza a função
de predicativo do sujeito, termo cuja função constitui atributo, identidade ou indicação
situacional do sujeito ou do objeto.
24. Alternativa (B)
As justificativas para as afirmações incorretas encontram-se nas sublinhas na frase e
nos posteriores consertos.
II. (incorreta) Por que é uma característica muito marcante dos brasileiros, a cultura de
passar os outros para trás, ficou mundialmente famosa, tendo deixado as carpetas dos
jogos e se transferido para a prática quase diária.
Além de haver na proposta de reescrita alteração quanto à relação estabelecida na
frase original, a incorreção é verificada em “Por que” (correto: “Porque”) e na vírgula
entre “trás” e “ficou” (não se separa o sujeito de seu verbo por vírgula).
IV. (incorreta) A cultura de passar os outros para trás é uma cultura muito marcante
dos brasileiros por ter deixado as carpetas de jogos e se transferido para a prática
quase diária quando se tornou mundialmente famosa.
Ocorre, na proposta de reescrita, alteração quanto à relação estabelecida na frase
original (além de repetição viciosa de termos): o famoso “jeitinho” não se tornou
famoso porque deixou a mesa de jogos; pelo contrário, tal cultura é famosa a ponto de
deixar as carpetas de jogos e de tornar-se mundialmente conhecida.
25. Alternativa (D)
Em ambas as ocorrências a palavra “que” é classificada como conjunção integrante:
alegando que é inconstitucional = ISSO / Há quem considere [...] que o jeitinho
brasileiro nem sempre é uma coisa “ruim”. = ISSO.
26. Alternativa (E)
Observe o que se afirmativa da linha 15 a 23: a inferência deve-se ao fato de “favela”
suscitar conotação negativa à habitação; contudo, pelo contrário, serviu de inspiração
para que os arquitetos indianos – empolgados – revisassem conceitos institucionais.
27. Alternativa (B)
As justificativas para as afirmações corretas encontram-se nas linhas apontadas após a
pergunta.
(A) Qual foi a iniciativa do governo indiano para melhorar as condições nas favelas no
país? – linhas 08-09.
(C) A que conclusão os profissionais da Índia chegaram com a visita ao Brasil? – linhas
18-23.
(D) Como os visitantes reagiram diante do que viram? – linhas 15-17.
(E) Qual a intenção dos urbanistas a partir da visita ao Brasil? – linhas 01-04.
28. Alternativa (A)
As justificativas para as afirmações corretas encontram-se nas linhas apontadas após a
numeração da afirmativa.
1 – correta: acepção contrária (portanto, positiva) ao que, consensualmente, é
considerado “jeitinho” – linhas 17-19.
2 – correta: a imagem de uma favela, invariavelmente, remete a conclusões negativas
acerca das condições de vida daqueles que a habitam; no entanto, o texto apresenta a
favela como modelo de solução que empolgou arquitetos indianos.
3 – o lead faz menção às favelas brasileiras como exemplos a serem importados,
conforme arquitetos indianos, para as regiões carentes de Mumbai, a fim de melhorarlhes as condições.
29. Alternativa (C)
O texto 1 tece duras críticas ao “jeitinho brasileiro” (“jeitinho brasileiro é isto: procurar
uma falha no sistema e usá-la a seu favor.”). Já o texto 2 aponta esse mesmo “jeitinho”
como criatividade a ser imitada.
30. Alternativa (E)
O período correto e coerente é (erros sublinhados; correção em maiúsculas,
imediatamente após, entre parênteses)
A) Estatísticas norte-americanas mostram que a simples ingestão de dois copos
de cerveja podem (PODE) aumentar o tempo de reação de 0,75 à (A) quase 2
segundos.
B) Aproximadamente 90% do álcool ingerido é absorvido (SÃO ABSORVIDOS)
em uma hora pelo organismo, cuja a (CUJA; contudo não está correto o
emprego de tal relativo, visto que não há relação de posse entre “organismo” e
“eliminação”) eliminação demora de seis a oito horas.
C) Na Califórnia (EUA), ciclistas não podem guiar bicicletas sob efeito de álcool,
mas, na Suiça (SUÍÇA), se o carona tiver bebido, (VÍRGULA OBRIGATÓRIA,
ISOLANDO ORAÇÃO ADVERBIAL ANTECIPADA) também podem (PODE) haver
multas.
D) O álcool é um forte depressor do Sistema Nervoso Central; por isso, quem
bebe e pega no volante, (VÍRGULA MAL COLOCADA – NÃO SE SEPARA O
SUJEITO DE SEU VERBO POR VÍRGULA) têm (TEM) os reflexos prejudicados: fica
mais corajoso, reagindo de forma lenta e perde (E PERDENDO) a noção de
distância.
E) Estudos científicos comprovam que a ingestão de álcool provoca perda de
reflexos, confusão mental e euforia, que, isoladamente ou em conjunto, podem
levar a um desastre. CORRETO.
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