Referência mundial de lucro por meio de práticas socioambientais,
empresa de carpetes Interface é tema de lançamento da Cultrix
Ray C. Anderson, fundador da fabricante de carpetes norte-americana Interface, conta em livro
como a empresa, altamente dependente de petróleo, se transformou em modelo de respeito ao
meio ambiente e como essa guinada proporcionou um aumento da ordem de um bilhão de dólares
no faturamento da empresa em pouco mais de uma década
Estatísticas, dados técnicos e práticas de sustentabilidade que revolucionaram o
mercado recheiam as páginas de Lições de um empresário Radical, do
empresário americano Ray C. Anderson. A edição chega ao Brasil em agosto pela
Editora Cultrix com tradução de Cláudia Gerpe Duarte. Ray é líder fundador da
companhia de carpetes Interface. Sua empresa é, atualmente, um dos maiores
símbolos mundiais de que sustentabilidade e lucro podem andar juntos:
responsabilidade ambiental é fator que gera lucro.
Com Prefácio especial para a edição brasileira assinado pelo presidente do
conselho de administração do Santander, Fábio Colleti Barbosa, o livro reúne os
detalhes políticos, técnicos e operacionais que fizeram da prática de medidas sustentáveis uma
estratégia para lá de rentável à Interface. Para se ter uma ideia da dimensão do projeto, segundo a
obra, somente com ações voltadas ao reaproveitamento de produtos antigamente destinados ao
aterro sanitário e que hoje voltam como matéria-prima, a empresa alcançou uma economia da
ordem de 372 milhões de dólares entre 1996 e 2008.
Além disso, a iniciativa possibilitou à Interface a fabricação de mais de 83 milhões de m2 de
carpetes desde 2003, sem nenhum efeito final ao aquecimento Global. Neste contexto, ressalta-se
ainda a satisfação dos profissionais que trabalham na empresa. “As pessoas ficam na Interface não
porque gostam de vender carpetes, mas porque identificam uma causa maior. E o mercado
identifica isso”, afirma Ray C. Anderson.
A ação de reaproveitamento e redução de desperdícios faz parte do programa QUEST Quality Using Employee Suggestions and Teamwork – em tradução livre, Qualidade por meio
de sugestões da equipe de trabalho – uma das centenas de práticas cuja patente pertence à
Interface. O Programa abrange três princípios básicos: a identificação de cada fluxo de resíduos, o
desenvolvimento de métodos para eliminar esses resíduos e, então, poupar.
Entretanto, ao invés de implantar uma solução geral e genérica – como acontece na maioria das
empresas – na Interface cada setor, cada sala, cada unidade é estimulada a encontrar soluções
para poupar. E recebe em dinheiro uma parte dessa economia. Ou seja, a sustentabilidade passa a
ser uma prática rentável não só para a empresa, mas também para o colaborador. “Isso atinge
desde um simples cesto de lixo localizado embaixo da base até o mais potente equipamento. O
(cesto) sustentável é aquele que não enche nunca”, explica Ray.
O livro relata ainda diversos cases curiosos e bem-sucedidos registrados durante a vida da
corporação. Estes programas contemplam ações de plantio de árvores em número equivalente à
emissão de gás gerada por carros de colaboradores a serviço da Interface, de forma a zerar os
danos ao ambiente. Ações como essa despertaram a atenção de empresas de automóveis, que se
interessaram e colaboraram financeiramente para perpeturar a iniciativa. Mais uma vez a empresa
teve lucro com sustentabilidade. Mas Ray C. Anderson nem sempre pensou assim.
O poder de uma boa pergunta
Essa reviravolta ambiental, porém, não foi resultado somente da boa vontade de Ray: foi motivada
pela sua alta competitividade. Em 1994, a fabricante norte-americana de carpetes Interface já era
uma empresa muito bem-sucedida. Com 21 anos de existência, atendia demandas em 110 países
em quatro continentes e seu faturamento ultrapassava a marca dos 600 milhões de dólares. Foi
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então que, em agosto daquele ano, Ray recebeu de um de seus representantes de vendas um
bilhete à mão: “Alguns clientes estão querendo saber o que a Interface está fazendo pelo meio
ambiente. O que devemos responder?”. De pronto, Ray pensou em dizer o óbvio: “Nós cumprimos
100% das leis ambientais”. Mas ele sabia que essa resposta não era pertinente à pergunta em
questão. Foi pesquisar uma solução à altura da necessidade.
Altamente competitivo, o executivo foi buscar soluções para não perder clientes. Não os perdeu e
foi muito além: reduziu em 80% a emissão de gases tóxicos – o Protocolo de Quioto determina
uma redução de 7% aos EUA – aumentou as vendas em quase 70%, motivou seus funcionários e
duplicou o faturamento da empresa.
Em pouco mais de uma década, Ray C. Anderson é tido como referência internacional em
responsabilidade socioambiental. Foi considerado um dos heróis do ambiente pela Revista Time e
eleito um dos 15 Principais Empresários Verdes de 2007 pelo MSNBC.com. E lucrou um bilhão de
dólares com isso.
Sobre o autor
Ray C. Anderson, referência internacional em responsabilidade socioambiental, foi considerado um
dos Heróis do ambiente pela Revista Time e eleito um dos 15 Principais Empresários Verdes de
2007 pelo MSNBC.com. Ele e a Interface figuram em três documentários, entre eles The
Corporation e So Right, So Smart. Ray copresidiu o President’s Council on Sustainable
Development e o Presidential Climate Action Project. Além disso, Ray C. Anderson e a Interface são
tema de grandes matérias em veículos como The New York Times, Fortune, Fast Company, entre
outros.
Lições de um empresário radical
Ray C. Anderson – co autoria Robin White
Tradução: Cláudia Gerpe Duarte
360 Páginas; Preço:R$ 55,00
Capa: Brochura; Formato: 16,0 x 1,7 x 23,0 cm
Editora Cultrix, 2011
www.editoracultrix.com.br
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
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