“A FORMAÇÃO DOS ADMINISTRADORES: O DESAFIO DE LIDERAR
PESSOAS”
Autor
Profª Dra. Ilca Oliveira de Almeida Vianna
INSTITUIÇÃO:
FACULDADES INTEGRADAS SÃO CAMILO - FISC
Av. Nazaré, 1501 – São Paulo – SP – 0463-200
Fone: (011) 272.60.77
Fax: (011) 215.23.61
APRESENTAÇÃO
Administrar significa direcionar e conjugar, inteligentemente, meios para alcançar determinados
fins, com economia de tempo, esforço, energia e sempre buscando qualidade.
Na Universidade o curso destinado
ADMINISTRAÇÃO, com suas várias habilitações.
a
formar
administradores
de
negócios
é
o
de
No currículo proposto para esse curso as disciplinas são em sua maioria direcionadas para
capacitar o aluno a lidar com recursos materiais, com finanças, com produção sem, contudo prepará-lo
para lidar com pessoas.
Esta forma de propor um curso para formação de administradores é inadequada considerando
que as ações propostas pelas organizações para efetivação d e seus negócios são realizadas por pessoas.
Em relação a esse aspecto é importante considerar as grandes mudanças ocorridas no enfoque
dado pelas organizações à qualificação de seus funcionários.
Com a modernização dos recursos tecnológicos, surgiu a necessidade de funcionários mais
audazes, criativos, capazes de tomar decisões adequadas para resolver problemas diferenciados, além de
melhores condições mentais para saber lidar com os novos recursos da tecnologia e saber conservá-los.
O fortalecimento dos sindicatos e outros órgãos de representação da classe operária também
contribuíram para a mudança do perfil profissional brasileiro conscientizando-o no sentido de uma luta
organizada e coletiva em prol de maiores e melhores condições de vida no trabalho.
“Como o século XX tende a uma abertura, estamos testemunhando umas das mais
significativas mudanças de paradigma de nossos tempos: a passagem do ‘paradigma
da engenharia’ (as pessoas são habilidades que devem ser administradas e exploradas)
para o ‘paradigma humano’ (as pessoas motivadas, principalmente, pela realização de
seus próprios propósitos)” (Secretan, 1989, p. 30)
Nesse sentido afirmamos que a Instituição de Ensino Superior que se mantiver presa a este tipo
de currículo estará fadada ao fracasso porque preparará profissionais para uma realidade que não mais
existe ou profissionais ultrapassados para a nova realidade que se impõe no mundo dos negócios.
A responsabilidade por essa situação dever ser dividida entre a Universidade, seus profissionais e
os responsáveis pelas leis que direcionam a Educação em nosso país, conduzindo a necessidade de refletir
sobre o como as Instituições de Ensino Superior devem desenvolver seus projetos de ensino, pesquisa e
extensão.
I – PROJETO DE ENSINO
No que diz respeito ao projeto de ensino dos Cursos de Administração é necessários buscarmos
respostas às questões.
1ª - POR QUE É TÃO DIFÍCIL AVALIAR NÃO SÓ OS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO
COMO O TRABALHO DAS UNIVERSIDADES COMO UM TODO ?
A avaliação dos cursos de Administração e das Universidades é uma tarefa muito difícil se
considerarmos que, em nosso país, é um grande desafio discutir educação enquanto processo global que
envolve não só aspectos técnicos, administrativos e didáticos, como políticos e éticos, em função da
desvalorização não só do processo educacional, no seu todo, como dos profissionais que respondem pela
sua efetivação no cotidiano das salas de aula e outros ambientes especiais.
Segundo Vianna, uma grande dificuldade para a avaliação do trabalho da Universidade e de seus
docentes diz respeito ao fato da Universidade ser:
“(...) um espaço cultural onde convivem educadores de reconhecido valor em suas
áreas de atuação, mas que, geralmente, fecham-se em sua autonomia, autoridade e
profundo conhecimento, facilitando ações competitivas que traduzem, em última
instância, a necessidade de auto-afirmação no saber, pelo poder” (1996a , p. 26)
Outras dificuldades dizem respeito à priorização de seus aspectos mais burocráticos, tecnicis tas e
formais, de secundário em relação ao prioritário e à tendência de limitar sua ação pedagógica à simples
transmissão de conhecimentos e à formação de habilidades técnicas, o que empobrece, em muito, a sua
missão de formar novos profissionais para o mercado de trabalho, sempre muito competitivo.
Além de transmitir informações a Universidade precisa incentivar o aluno ao pensamento lógico,
à crítica produtiva e possibilitadora de novas verdades, à transferência de conhecimentos, às operações
mentais mais complexas como hipotetizações, predições e outras.
A Universidade precisa buscar a globalidade do ato de educar e “preparar os líderes de
amanhã para o mundo real dos negócios” (Secretan, 1989, p. 26) e não apenas administradores de
recursos materiais, financeiros e outros.
Assim deve deixar de restringir o seu trabalho à simples formação de administradores de
“coisas”, educando seus alunos para a “arte de liderar pessoas” (Secretan, 1989, ´p. 26), na qual todos
os envolvidos aprendem a dividir responsabilidades, êxitos, oportunidades e fracassos.
Outro grande fator dificultador do processo de avaliar o trabalho da Universidade em geral, e dos
cursos de Administração reside na impossibilidade da Universidade identificar o valor que realmente
agrega na formação de seus alunos com a efetivação do seu trabalho em sala de aula e outros ambientes
especiais, ao longo dos anos dos cursos que oferece.
Será que ao final de quatro anos do Curso de Administração o aluno estará realmente preparado
para exercer suas funções gerenciais nas diferentes organizações?
A – se a Universidade não possibilitar que seus alunos interajam, de formas diferenciadas, com a
realidade das organizações que vão gerenciar eles estarão impossibilitados de construir conhecimentos a
respeito da área para a qual pretendem habilitar-se. Segundo Piaget, só existe conhecimento quando o
sujeito que quer conhecer interage, de forma ativa, com a coisa ou situação a ser conhecida. Da mesma
forma que não existe ensino sem aprendizagem e aprendizagem sem ensino, não haverá aprendizagem de
qualidade se o ensino, também, não for de qualidade.
B – se o professor universitário não possibilitar aos alunos situações diferenciadas de aprendizagem que
ultrapassem a simples memorização e possibilitem a construção de um saber e de uma prática ativa,
reflexiva e crítica poderá estar propiciando a formação de simples administradores, porém, nunca, a
formação de líderes de pessoas, no dizer de Secretan (1989).
Qualquer avaliação sem esses cuidados conseguirá identificar alguns conhecimentos e
habilidades agregados à personalidade do aluno, mas não conseguirá identificar as mudanças que
favoreceu na formação de seus valore s e atitudes pessoais, sociais, políticas e éticas, no todo da sua
personalidade. Para que isso seja possível é fundamental que a Universidade reveja o seu PROJETO
PEDAGÓGICO e fazer-se outras indagações.
2ª - QUAL O PERFIL PROFISSIOGRÁFICO ESPERADO DOS ALUNOS CONCLUINTES DOS
CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO ?
Inicialmente é necessário salientar que o PERFIL PROFISSIOGRÁFICO de um curso envolve
aspectos fundamentais e interdependentes que serão esperados dos alunos concluintes.
•
•
•
•
•
•
Competência técnica;
Compromisso político;
Atitudes pessoais, sociais, profissionais e éticas;
Requisitos de personalidade;
Áreas de atuação;
Funções a desempenhar.
Nos cursos de Administração esses aspectos do PERFIL PROFISSIOGRÁFICO adquirem
características especiais.
A competência técnica envolve os CONHECIMENTOS que o aluno precisa construir em
função do estágio atual em que se encontram não só a CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO, no nível de
especificidade que interessa ao curso, como o CAMPO DE TRABALHO no qual o futuro de profissional
irá atuar e a PREVISÃO e as exigências que serão feitas ao profissional, após a conclusão do curso.
Nesse sentido a Universidade deverá instrumentalizá-lo para ser capaz de buscar o
aperfeiçoamento do seu trabalho adaptando-o as exigências da sociedade atual e ao progresso das
ciências.
O compromisso político inclui a preparação do futuro administrador para atuar como
instrumento de conscientização e politização de todas as pessoas envolvidas no seu trabalho, capacitandoo para ações coletivas, organizadas e solidárias, a trabalhar com equipes e nelas conjugar a iniciativa e a
inteligência de seus comandados e clientes, de forma a cumprir a missão da organização, satisfazer às
exigências de seus clientes, cem, contudo eliminar a identidade e o respeito ao direito de cidadania de
todos os seu comandados.
Deve,
“ser profissional capaz de desenvolver um trabalho de participação política que facilite o
amadurecimento coletivo de seus subordinados, envolvendo no seu trabalho de
conscientização outros segmentos das organizações” (Vianna, 1996).
A formação de atitudes diz respeito à necessidade da Universidade garantir situação através das
quais seus alunos possam construir, gradativa e progressivamente, um posicionamento efetivo, conscient e
e responsável, diante das diferentes situações que a vida lhe oferece.
Não deve ser um valor que a vida acadêmica soma à forma de ser e agir do seu aluno, mas um
valor que deve imbuir toda a vida do aluno, sua individualidade e o seu relacionamento na sociedade em
geral.
Essas atitudes os mestres não podem ensinar, mas devem estimular, criando situações propícias
para sua construção que precisa acontecer a partir de atividades de grupo organizadas e sistemáticas.
Nessa construção todos os educadores da instituição têm papel fundamental. Eles devem agir
como estimuladores, desafiadores, consultores e paradigmas para que o aluno possa construir seus
conhecimentos, hábitos, habilidades e principalmente suas atitudes perante a vida e o mundo,
transformado-se em construtores ativos e conscientes do futuro, não só da sua organização, como da
sociedade em geral.
É, segundo Vianna (1996 b) requisitos de personalidade exigidos do futuro Administrador entre
outras, audácia de gerenciamento, modéstia, senso de oportunidade, bom humor, imaginação,
compreensão, sensibilidade, mente aberta, flexibilidade, consciência das próprias limitações, boa
comunicação, atitude positiva, liderança, capacidade de saber ouvir e criticar construtivamente, firmeza,
cautela e responsabilidade.
A essas qualidades o futuro gerente ainda deve acrescentar, paciência, doçura, solidariedade e
amor.
As possíveis áreas de atuação, do administrador também devem estar claras no perfil
profissiográfico esperado do aluno concluinte.
É fundamental que a instituição responsável pela sua formação deixe bem claro que, a partir do
curso ele construirá conhecimentos e habilidades, hábitos e atitudes, para se um generalista em
administração capaz não só de gerenciar pessoas, como recursos materiais, físicos, financeiros e outros
ligados a sua área de atuação.
No entanto, embora generalista deverá especializar-se na natureza
particular e própria da organização que vai gerenciar.
As funções a serem desempenhadas pelo administrador também deverão estar discriminadas,
em suas linhas gerais, no perfil profissiográfico do curso.
São funções do Administrador de organizações, entre outros:
•
•
•
•
•
Cumprir, com qualidade, competência técnica e compromisso político e ético, a missão da
organização clarificando-a para todas as pessoas nela envolvidas, direta e indiretamente, com
economia de tempo, esforço e recursos de qualquer natureza, inclusive financeiros;
Diligenciar para que os objetivos da organização possam ser alcançados da melhor e mais econômica
forma possível satisfazendo não só às exigências dos seus ambientes interno e externo, como às
necessidades da sociedade no seu todo;
Liderar pessoas para que elas desempenhem, com competência e compromisso, as suas
responsabilidades dentro da organização e aprendam a trabalhar em equipes;
Manter a integração horizontal e vertical de todos os segmentos da instituição para que ela possa
atingir seus objetivos de forma organizada e coletiva;
Planejar, coordenar, acompanhar, avaliar e implementar o todo da organização sob sua
responsabilidade, conjugando meios para atingir, da melhor forma possível, os fins pretendidos.
3ª - QUAIS SÃO OS OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS PELOS CURSOS DE FORMAÇÃO
DE ADMINISTRADORES ?
Não só no Curso de Administração como em todos os cursos oferecidos por uma Instituição de
Ensino Superior é fundamental definir, claramente, para todas as pessoas envolvidas, os objetivos a serem
alcançados.
Em relação aos objetivos a atingir é necessário distinguir:
•
Objetivos gerais, que dizem respeito a conquistas em longo prazo e que demandam processo
complexo e mediato.
Podemos colocar como alguns dos objetivos gerais do Curso de Administração:
• Formar o profissional capaz de gerenciar pessoas e outros recursos de forma a possibilitar que seja
cumprida a missão da empresa e atingidos os seus objetivos organizacionais;
• Contribuir para a formação integral do futuro administrador garantindo-lhe condições para adquirir
não só os conhecimentos e habilidades técnicas para o exercício competente na sua área de atuação,
como estimular a construção de hábitos e atitudes que favoreçam o aperfeiçoamento das suas
possibilidades e condições como cidadão, capaz de assumir responsabilidades políticas e responder
pelo exercício do seu livre arbítrio.
Os objetivos gerais geralmente ultrapassam o período de duração do curso cabendo à Universidade
abrir caminhos e criar situações para que seus alunos possam construir indicativos e paradigmas para
um aperfeiçoamento sempre crescente e continuado de sua formação.
Nesse sentido podemos afirmar que o papel da Instituição não pode resumir-se às atividades
propostas ao longo do curso que prepara o profissional administrador generalista, mas precisa
continuar após o curso de graduação com a oferta de cursos de especialização nas áreas de atuação de
seu interesse e outras atividades.
•
Objetivos específicos, que podem ser alcançados a curto e médio prazo porque demandam um
processo de trabalho não muito complexo e com resultados mediatos.
Podemos apresentar como exemplos de objetivos específicos do Curso de Administração:
•
•
•
Discutir aspectos facilitadores e dificultadores do gerenciamento financeiro de uma organização
de pequeno porte;
Analisar os princípios de uma administração eficiente, segundo a teoria das Relações Humanas;
Discutir a importância da criação, nas Universidades, de uma empresa júnior de consultoria
administrativa, no sentido de aliar a teoria universitária à prática do cotidiano das organizações.
Universidade e docentes que limitam a sua ação à memorização de conhecimentos incluem nas suas
propostas de trabalho os chamados objetivos instrucionais, que demandam trabalho didático geralmente
simples e que prevêm resultados alcançados em curtíssimo prazo.
São alguns exemplos de objetivos instrucionais de disciplinas do Curso de Administração:
•
•
Relacionar os princípios da Escola Clássica de Administração
Identificar as características de um líder segundo Secretan em seu livro “Os passos do tigre: uma
fábula moderna sobre a gerência e Administração”.
4 ª - QUAIS DISCIPLINAS DEVEM SER OFERECIDAS NOS CURSOS DE administração?
Considerando a necessidade de orientar o Curso de Administração para qualificar pessoas e não
só para lidar adequadamente com recursos materiais, fí sicos e financeiros é fundamental incluir, no seu
currículo, disciplinas como: Psicologia das Relações Humanas, Ética, Antropologia, Política Sociais,
Desenvolvimento Organizacional e outras, que preparem o futuro administrador para entender o seu
subordinado enquanto ser social, livre, político e ético, em múltiplas relações com seus semelhantes
executando nas Organizações funções que exigem um bom relacionamento entre as pessoas e a motivação
para que elas ajam com qualidade.
Segundo Secretan deveriam integrar o currículo dos Cursos de Administração matérias como:
“Comunicação, Como saber ouvir, Como escrever melhor, Percepção, Empatia,
Identificação de Oportunidades, Liderança, Motivação, Recrutamento, Como influenciar pessoas,
Como delegar tarefas, Sensibilidade do Consumidor, Responsabilidade e Como Tomar iniciativas”
(1989, p.26).
Para esse autor o atual Currículo do Curso de Administração não prepara alunos para liderar
pessoas, mas para administrar coisas.
“Como disse Ross Perot: ‘As relações são administradas; as pessoas lideradas’ (...) o que os
administradores experientes e de sucesso sabem fazer é o que devemos também ensinar: a arte de
liderar pessoas” (1989, p.26).
O fundamental é que cada disciplina do currículo possa contribuir para que seja alcançado o
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO pretendido pelo curso.
As contribuições das diferentes disciplinas devem abranger os aspectos:
•
Comportamentais: “que condicionam a perguntas
determinadas, prontas, fechadas” (Vianna, 1996 a p. 11).
pré-determinadas,
respostas
também
pré-
Por exemplo, seria uma contribuição comportamental da disciplina Teorias da Administração
possibilitar que o aluno enumere os diferentes tipos de administração e descreva as linhas básicas de
ação de cada um dos tipos citados.
•
Expressivos: “quando a uma pergunta é estimulada uma série diferenciada de respostas, cada uma
delas impondo-se ou não pela lógica de sua argumentação, sem que nenhuma seja fechada, pronta,
pré-determinada” (Vianna, 1996 c, p. 11).
Poderíamos considerar como contribuições expressivas, por exemplo, da disciplina Psicologia das
Relações Humanas, fundamental no Curso de Administração:
-
•
preparar gerentes para lidar não só com recursos materiais , físicos, financeiros mas,
principalmente, com pessoas;
discutir as possíveis reações dos funcionários de uma empresa frente aos diferentes
tipos de administração: autocrática, democrática e laissez -faire.
Técnicos: “que trabalham de forma comportamental ou expressiva, o material, o conjunto de
processos básicos envolvidos na preparação para o exercício profissional em determinadas áreas”
(Vianna, 1996 c, p.11).
Como contribuição técnica da Disciplina Administração Financeira
sistemáticas (técnicas), para realizar e analisar relatórios financeiros de empresas.
•
citaríamos
as
diferentes
Científicos: “considerando a necessidade de construir, em cada aluno, o gosto pela pesquisa, pelo
questionamento, incentivando e a disciplina científica, garantindo condições propícias à atividade
criadora e de pesquisa” (Vianna, 1996 c, p. 11).
As contribuições científicas das disciplinas do Curso de Administração podem ser efetivadas de três
maneiras:
1a contribuição científico – comportamental: quando a disciplina incentiva produções
construtivas, descritivas, com conclusões que muito pouco contribuem para o avanço científico.
científicas
No curso de Administração poderia ser uma contribuição científico –comportamental da disciplina
Administração de Produção possibilitar que os alunos identifiquem as causas do prejuizo dado por um
determinado setor de produção
2a contribuição científico-expressiva – quando a disciplina orienta os alunos para produções científicas
que possibilitem o avanço da ciência, na medida em que buscam possíveis e variadas explicações para um
mesmo problema, que deveram ser muito bem argumentadas para que se aproximem o mais possível do
correto e adequado.
Seria uma contribuição científico-expressiva da disciplina Administração de Recursos Humanos discutir
formas diferenciadas facilitadores de uma liderança democrática, participativa e transparente.
3a contribuição científico-comportamental expressiva quando, partindo de situações explicadas de forma
fechada, pré-determinada, a disciplina avança para o trabalho expressivo, de pesquisa, dessas mesmas
situações.
Poderia ser contribuição científico-comportamental – expressiva da disciplina Teoria das Organizações
partir do estudo da organização empresarial e discutir as possibilidades de aplicação dos seus princípios à
gestão de escolas, de hospitais e organizações rurais.
•
políticos: na medida em que “preparam para o exercício adequado da cidadania, equacionado à
prática de direito e deveres não sob a ótica capitalista, mas de uma sociedade mais justa para a grande
maioria da população” (Vianna, 1996 c,p.11)
Poderiam ser contribuições pilíticas da disciplina Administração de Recursos Humanos possibilitar um
trabalho coletivo, solidário e organizado que incentive os alunos a uma participação mais efetiva como
cidadão que busca uma vida digna, humana e justa para a maioria da população brasileira, baseada na
justiça, no respeito, na fraternidade e na solidariedade entre os homens
•
éticos: “com vistas à formação do homem solidário, capaz de contribuir para a transformação do
social para a grane maioria da população brasileira, integrando para isso competência, integridade
moral e social e compromisso de transformação” (Vianna, 1996 c, p.11).
Poderiam ser contribuições éticas da Disciplina Administração de Recursos de Administração de Recursos
materiais e Patrimoniais a formação do aluno solidário, responsável, capaz de conciliar a ação trabalhadora
com o respeito à diginidade humana, valorizando o trabalhador solidário, capaz de assumir as
responsabilidades de suas decisões e responder social e politicamente por elas.
5a – COMO DEVEM SER AVALIDAOS OS FUTUROS ADMINISTRADORES?
A avaliação deve ser processo que não pode centrar-se apenas na verificação do que o aluno
aprendeu em termos de conhecimentos transmitidos. Devem envolver a análise e a discussão da
amplitude, profundidade e adequação do que o aluno construiu em termos de conhecimento, hábitos,
habilidades e atitudes éticas e sócio-políticas.
Conseqüentemente a avaliação precisa ser um processo de construção continua e não momentos
estanques, restritos a uma atividade específica: prova, teste, seminário e outros.
Precisa ser um processo qualitativo que deve buscar não apenas o que, como o aluno aprendeu,
mas também o que, como e por quê o professor ensinou.
Os futuros administradores devem ser avaliados devem ser avaliados de forma concomitante e
paralelamente a todo o curso, a partir da observação do nível de competência (inclusive técnica)
compromisso (inclusive política e profissional), participação e interesse de cada aluno e grupos de estudos
na realização das atividades propostas pelo professor.
Como o administrador precisa ser um líder de pessoas, um profissional capaz de resolver
problemas emergências ele precisa ser avaliado não só em relação aos conhecimentos que assimilou, ao
compromisso político que conseguiu desenvolver mas, também e principalmente, em relação às atitudes
éticas e profissionais que conseguiu desenvolver mas, construir sempre no sentido de transformá-lo num
“expert” capaz de encontrar respostas para sua construção de conhecimentos na área administrativas e
afins, mas as suas performances diferenciadas das pessoas envolvidas.
Segundo Vianna,
“a avaliação precisa se eminentemente DIAGNÓSTICA e possibilitar que os alunos
caminhem para estágios mais aperfeiçoados no desenvolvimento do seu processo de construção do
conhecimento que por sua vez, estimulará, a partir de atividades desenvolvidas com o concurso de
professores ou colegas mais experientes, um avanço no aperfeiçoamento de suas estruturas
mentais” (1996 a, p.32).
Ao avaliar seus alunos e professor precisa deixar bem claro para toda a classe
1O –
os instrumentos que utilizará para avaliar se o seu trabalho e as res postas de seus alunos aos
seus esforços de ensinar – educar estão acontecendo de forma adequada e atingindo os objetivo propostos.
Entre os instrumentos mais utilizados pelos professores, inclusive dos Cursos de Administração,
figuram as provas escritas, objetivas ou dissertativas; provas orais, testes, atividades práticas, seminários e
outros.
O ideal seria que os professores utilizassem instrumentos de avaliação que exigissem de seus
alunos operações mentais mais complexas como pesquisas, elaboração de textos criativos, estudos de caso
e, comparação e outras.
2a – as condições a serem observadas pelos alunos ao desenvolverem as atividades de avaliação propostas
pelo professor.
Para Vianna o professor precisa estabelecer,
“as condições a partir das quais a avaliação deve ser desenvolvida: como atividade com ou sem
consulta, individual ou em grupo, com definição de priorização do processo ou produto de
aprendizagem, nível de extrapolação em profundidade e extensão do que foi trabalhado , em sala de
aula, fazer correlações entre idéias, transferências, hipotetizações, vencer desafios de forma crítica
e outros” (1996 b, p.33)
3a – os critérios a partir dos quais avaliará cada um dos seus alunos nas diferentes atividades propostas.
Poderão ser critérios para análise do desempenho escolar do aluo: competência no lidar com os
conceitos estudados, trabalhando-os a partir de hipotetizações, transferências, predições, etc, criatividade,
organização, capacidade de síntese, participação, criticidade e raciocínio lógico e outros.” (Vianna, 1996
b, p.34).
Além de propor seus instrumentos, condições e critérios de avaliação o professor dos Cursos de
Administração precisa sempre considerar a avaliação como um meio , um instrumento do processo de
ensino -aprendizagem e não como em fim si mesma.
6a – COMO DEVEM
ADMINISTRADORES?
AGIR
OS
DOCENTES
DOS
CURSOS
DE
FORMAÇÃO
DE
Como o objetivo maior do curso de administração é formar lideres para o mundo dos negócios e
preparar os futuros administradores para liderar pessoas , todos os seus docentes precisam identificar-se
como:
-educadores: profissionais que não se limitam seu trabalho à simples transmissão de conhecimentos mas
desafiam e estimulam seus alunos a trabalhar de forma crítica e criativa esses conhecimentos.
São profissionais que se medem esforços para criar situações de ensino – aprendizagem através
das quais seus alunos possam ser estimulados a criar hábitos e habilidades técnicas para uma gerência de
qualidade e as atitudes favorecedoras do liderar pessoas de forma ética e política;
- líderes políticos: da sua instituição , que estimulam e incentivam o surgir de outros líderes entre seus
pares e alunos e possibilitam a formação de equipes de estudo e trabalho considerando que:
“hoje o trabalho segmentado e individualizado está cedendo lugar ao trabalho em equipe,
em colaboração, em sinergia que possibilita incentivar pontos fortes e minimizar dificuldades e
pontos fracos” (Secretam, 1989, p.62).
- pesquisadores que, facilitando o trabalho com objetivos expressivos e políticos, incentivam
seus alunos para que desenvolvam suas possibilidades criadoras e de pesquisa e possam ter condições de
contribuir para o avanço da ciência e da tecnologia.
Devem ser capazes de valorizar o humano que existe nos alunos e subordinados valorizando-os
como pessoas livres e dignas de respeitos.
“ Seu compromisso é a formação de profissionais solidários, flexíveis, cidadãos em sinergia racional e
afetiva com toda a humanidade fazendo”
“tudo aquilo que precisa fazer
, seja na área pessoal, profissional,
social e humanitária
da melhor maneira que for capaz” (Vianna, 1996b, p.19)
- Precisam conhecer técnica e conceitos básicos e mais modernos do marketing e da informática,
dois recursos de trabalho com os quais os futuros administradores precisarão familiarizar -se os utilizando
com competência.
Já não há no mercado de hoje lugar para profissionais que não dominam técnicas e
instrumentos dessas duas áreas. No futuro elas integrarão como requisitos básicos à ação gerencial
em todos os níveis e modalidades.
- Devem ser fluentes nas línguas de paises em maior evidência no mercado de trabalho, especialmente
inglês e espanhol, além de precisarem saber usar com competência e adequação, sua própria língua.
II – PROJETO DE PESQUISA
Concomitante ao seu PROJETO DE ENSINO os Cursos de Administração também precisam
desenvolver, possibilitar e incentivar seus docentes, técnicos e alunos à pesquisa.
As pesquisas do curso poderão desenvolver-se em diferentes áreas:
- teóricas, limitando-se à compilação dos conhecimentos relativos aos diferentes campos de
administração e das ciências afins, de forma constatativa, comparativa ou descritiva;
- teórico-práticas, na medida em que não só buscam novos conhecimentos como procuram aplicá-los às
situações do cotidiano da Administração e das organizações de uma forma geral, nos molde da pesquisaação;
- práticas, enquanto buscam novas técnicas, novos recursos, equipamentos, ferramentas e procedimentos
que possam diferenciar e dar novo rumo à ciência e a arte da administração de pessoas e recursos.
Para que os Cursos de Administração possam propor e desenvolver um PROJETO DE
PESQUISA é fundamental que os docentes trabalhem a partir de objetivos expressivos e políticos, não
restringindo o trabalho pedagógico à simples transmissão de conhecimentos que dificultam raciocínios
mais complexos que possibilitam e estimulem as atividades criadoras e de pesquisa.
Além, disso, é fundamental que para todas pesquisas do curso possam ter:
“relevância social e contribuir, direta ou indiretamente, para a melhoria de vida da grande maioria
da população e par o progresso científico . A utilização dos resultados da pesquisas deverá ter
sempre como parâmetro o respeito às necessidades fundamentais do ser humano e o seu
aperfeiçoamento como cidadão, tendo a solidariedade de como princípio fundamental” (Vianna,
1996 a, p.32), e a ética, como substrato que respeite o ser humano em suas reais condições e garanta-lhe
uma vida digna.
Para incentivar a pesquisa ou iniciar seus alunos no trabalho com rigor e disciplina científicos os
Cursos de Administração precisa:
- conscientizar todos os profissionais que integram a comunidade acadêmica do curso sobre a
importância e a necessidade da produção científica de docentes e discentes do curso;
- normatizar os trabalhos científicos através de regulamentos internos e/ou das determinações da
Associação Brasileira de Normas Técnica e exigir que todas as produções de seus docentes, discentes e
técnicos sejam elaboradas a partir dessas normas,
-introduzir no currículo do curso disciplinas que:
•
garantam aos alunos uma iniciação científica que possam por exemplo, elabora corretamente resumos
e resenhas científicos, referências bibliográficas, citações, notas de rodapé, fichamentos científicos e
outras atividades;
•
assegurar condições financeiras, materiais, ambientais, humanas, de apoio logístico,
equipamentos e outras, que possibilitem que docentes e alunos possam desenvolver pesquisas na sua
área de atuação
•
introduzam, como atividade obrigatória, a realização de um TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
CURSO (TCC) através de uma assessoria especializada;
•
possibilitar preparo dos professores para que atuem como pesquisadores e orientadores das
pesquisas dos seus alunos, através de uma assessoria especializada;
•
subsidiar a publicação das produções científicas, de qualidade dos docentes técnicos, discentes e
administradores do curso.
É fundamental que a pesquisa não seja um apêndice do currículo.; Ela deve imbuir toda a vida
acadêmica e priorizar as suas contribuições políticas e sociais na busca de maior qualidade de vida para os
brasileiros e a humanidade em geral.
“Sem isso, continuaremos como estamos hoje : a pesquisa e o progresso científico e tecnológico
servindo à dominação e destruição não só da natureza, como do próprio homem, com a prioridade
para o domínio, o acúmulo de capital, relegando a segundo plano a busca de alternativas que
garantam ao ser humano vida digna, com condições para atendimento às suas necessidades
básicas”. (Vianna, 1996 a, p.32).
III – O PROJETO DE EXTENSÃO
Todo curso que pretende realmente formar profissionais competentes para a sociedade moderna,
em constantes e complexas mudanças precisa dedicar atenção especial às suas atividades de extensão.
“ Consideradas como troca de relações e serviços entre a comunidade externa e universidade, as
atividades de extensão devem desenvolver-se a partir de propostas bilaterais: a Universidade
oferecendo seus serviços para o aperfeiçoamento da comunidade externa e esta contribuindo para a
busca e adequação das propostas e da ação da comunidade acadêmica interna, prevendo trocas
recíprocas nas áreas de ensino e de pesquisa”(Vianna, 1996, p. 23)
O importante é que diretores, professores técnicos e alunos tenham consciência de que a
Universidade, sozinha não conseguirá formar o futuro profissional. É necessário que seus alunos entrem
em contato, o mais cedo possível, com o contexto onde poderão atuar, considerando que os novos
paradigmas das organizações têm repercutido, profundamente, na forma de ser, sentir e agir dos atuais e
futuros profissionais.
Através das atividades de extensão que precisam ser diversificadas e incluir propostas de
consultoria, presença de profissionais, de renome na área, para seminários, palestras, encontros,
workshops e outras atividades, estágios supervisionados em organizações com qualidade já reconhecida
no mercado nacional e/ou internacional, etc., o aluno poderá:
-
-
-
adquirir visão estratégica atualizada e ser suficientemente ágil, inteligente e audacioso
para detectar nichos de negócios e enfrentar a concorrência de outros grupos nacionais
e/ou internacionais, hoje ou no futuro;
capacitar-se para enfrentar as exigências das organizações frente às profundas e
rapidíssimas mudanças que têm ocorrido na economia mundial exigindo gestores com
novas características e condições para buscar sempre novos caminhos e desafios;
construir sua capacidade e agilidade para aperfeiçoar pontos fortes e identificar e
procurar alternativas para superar os pontos fracos (gargalos) da instituição.
Para que tudo isso aconteça é importante portanto, que o curso de Administração busque
alternativas para desenvolver, com qualidade, suas atividades não só de extensão, mas também de
pesquisa e ensino.
Seu ensino deve preparar profissionais com experiências diversificadas, generalistas e com visão
global de negócios.
Precisa atualizar suas matérias, seu quadro curricular, ano a ano, se for necessário reciclar
constantemente seus educadores para que possam levar às salas de aula o que existe de mais atual na área
de Administração.
Para isso precisa aprofundar e aperfeiçoar suas atividades de pesquisa, sua biblioteca
(incentivando, principalmente, a leitura de livros, revistas e jornais especializados), seus laboratórios e
seus campos de estágio.
Nas atividades de extensão devem ser multiplicados cursos rápidos e sempre atualizados nas
áreas do inglês técnico e comercial, instrumentos financeiros complexos e outros.
Os Cursos de Administração precisam transformar-se em um Centro de Pesquisa e Extensão,
além de Ensino, fazendo convênios com empresas de renome para poder realizar cursos extracurriculares
e os estágios práticos de seus alunos nas diferentes áreas e setores das organizações, garantindo-lhes
vivências que lhe possibilitem entrar em contato com as peculiaridades de mercado.
Em relação às atividades práticas é fundamental que, além de muita leitura atualizada, os alunos
desenvolvam trabalhos práticos simples no primeiro ano de curso, efetivem estágios supervisionado a
partir do segundo ano, inicialmente nas empresas juniores de consultoria da própria instituição,
posteriormente em empresas de renome na sociedade, que se transformar iam em prioridade para
encaminhamento dos seus alunos dos terceiros e quartos anos de curso de graduação e os de pósgraduação na área.
É importante que a Universidade, em geral e o Curso de Formação de Gestores, em particular,
saibam que precisam,
“da comunidade externa também para o seu processo de avaliação institucional. A análise
da atuação profissional dos alunos egresso, a continuidade de seu processo de escolaridade pósgraduada, as suas contribuições para o aperfeiçoamento do conhecimento e da prática na sua área
de atuação são fundamentais para a Universidade possa, não só detectar defasagens ou
inadequações no seu trabalho e buscar alternativas para os problemas encontrados, como
aperfeiçoar suas contribuições consideradas positivas.” (Vianna, 1996, p. 33)
No seu processo de avaliação institucional a Universidade precisa sensibilizar todas as pessoas
envolvidas a fazer um diagnóstico das suas reais condições de funcionamento envolvendo todos os seus
segmentos no processo de auto-avaliação e, antes de proceder à reavaliação e reformulação de suas
atividades, efetivar uma avaliação externa. Para isso precisa de consultores externos que podem ser
arregimentados entre especialistas na área da avaliação, empregadores do setor e outros profissionais
convidados pela instituição.
CONCLUSÕES
Em relação ao processo educativo desenvolvido pelos Cursos de Administração podemos
concluir que:
1º - para otimizar suas ações como formadores dos gestores do futuro esses cursos precisam rever suas
estruturas e o seu funcionamento e considerar as exigências do seu ambiente interno e as da sociedade
moderna em constantes e rápidas transformações;
2º - para cumprir sua missão de formar líderes de pessoas e negócios seu trabalho didático precisa
ultrapassar a simples transmissão de conhecimentos e incentivar e desafiar seus alunos à formação de
hábitos, habilidades, atitudes éticas e políticas que os possibilitem construir-se com cidadãos e pessoas
humanas dignas e capazes de contribuir para a transformação da sociedade;
3º - seu processo educativo precisa garantir ação continua e permanente que permita que seus alunos
construam novos referenciais de vida e competências para pensar, escrever, decidir e agirem bem, com
autonomia e adaptabilidade às mudanças, não só durante a graduação como nos cursos pós-graduação
Lato e Strictu Sensu;
4º - precisam preparar seus alunos para que entendam que as:
“barreiras entre as profissões estão sendo vencidas e mais que a submissão estão a exigir
colaboração, liderança múltipla, competência, que as pessoas não satisfaçam ao trabalho, mas que o
trabalho satisfaça às pessoas que precisam direcionar suas ações pela flexibilidade, criatividade,
busca de autonomia, auto-realização, participação, consenso, democratização” (Fergunson, 1996)
Em função dessas conclusões sugerimos aos mantenedores das Instituições de Ensino Superior
responsáveis pela formação dos futuros administradores que:
revejam seus quadros curriculares adequando-os à formação de líderes de pessoas, de
generalistas que substituam a competição pela cooperação e respeito às pessoas
humanas.
“fazendo com que valores espirituais transcendam valores materiais e econômicos e a
tecnologia seja apropriada ao crescimento do homem e não a sua sobrevivência”
(Fergunson, 1996).
-
preparem seus diretores, administradores, técnicos e discentes para trabalhar em
equipes, trocarem experiências e conhecimentos para construírem sua competência no
sentido de gerenciar cursos formadores de gerentes.
“Se você quer conhecer o caminho que leva à competência, pergunte a alguém por ele.
Desde que o mundo é mundo, não há duas rotas. Os que chegaram lá passaram todos
pelo mesmo caminho” (Secretan, 1989, p. 84)
-
desenvolvam esforços não apenas para a formação de profissionais competentes, mas
do HOMEM na sua globalidade de CIDADÃO-PROFISSIONAL, capaz de ações
solidárias e participativas;
-
integrem no seu trabalho as necessidades e exigências do seu ambiente externo e da
sociedade em geral, de forma que a formação de seus alunos possa aproximar-se o mais
possível da realidade na qual vão atuar.
-
Formem cada um de seus alunos para serem bons gerentes, competentes e
comprometidos, profissionais, pesquisadores e líderes estimuladores de outros líderes
orientados segundo Secretan (1989, p. 19-20) por três princípios de ação:
“PRINCÍPIOS DA COMPETÊNCIA: tudo aquilo que você fizer, seja na área pessoal
ou profissional, faça da melhor maneira que for capaz.
PRINCÍPIO DA QUÍMICA: Estabeleça um tipo de relação tão bom com os outros,
tanto no nível pessoal quanto do social, que parta deles a iniciativa de se associarem a
você.
PRINCÍPIO DA DISTRIBUIÇÃO: busque os consumidores, tanto na área interna
quanto na área externa, identifique suas necessidades e vá ao encontro delas.”
O importante é que todos os responsáveis pelos Cursos de Administração não se omitam em
relação às responsabilidades que assumem ao direcionar as funções de ensino, pesquisa e extensão dos
cursos à formação do HOMEM -CIDADÃO-PROFISSIONAL, capaz de liderar pessoas, criando não
apenas um Projeto Pedagógico para os cursos, mas um melhor em cada situação para compartilharem
conquistas e derrotas porque elas ajudam a crescer (Vianna, 1996 a ), para que nunca sejam omissos diante
da vida e do mundo.
“Pobres daqueles que nunca cantam.
(Secretan, 1989, p. 54)
E morrem como toda a música dentro de si.”
BIBLIOGRAFIA
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BLOHOWIAK, Donald. Mavericks: como liderar sua equipe para pensar com Einstein, criar como Da
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FERGUNSON, Marilym.
A conspiração aquariana.
São Paulo, Círculo do Livro/Programa Livros
Sumarizados,.1991.
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1992.
SECRETAN, Lance. Os passos do tigre: uma fábula moderna sobre gerência e administração. São
Paulo, Record, 1989.
SEMLER, Ricardo. Virando a própria mesa. São Paulo, Best Seller, 1988.
WOLLF, Robert Paul. O ideal da universidade. São Paulo, Universidade Estadual Paulista, 1993.
VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida.
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