Assistência de enfermagem em
neurointensivismo.
# Avaliação neurológica.
# Hipertensão intracraniana.
# Monitorização da PIC.
# Coma.
# Escalas de coma.
# Medidas de Neuroproteção.
# Principais drogas.
Sistema Nervoso Central
> Órgão central que coordena praticamente todos os sistemas
orgânicos;
> Influência direta nos sistemas:
Imune, Endócrino e Músculares;
> Influência modulada por percepções sensoriais que transmitem ao
cérebro o ambiente interno e externo;
> Cérebro direcionando nossas resposta a influência ambiental.
SNC: “Recebe estímulos sensoriais pelos
neurônios e envia os impulsos motores”.

Divisão Anatômica:
Encéfalo;
“Protegidos pelas meninges”
Medula Espinhal;
SN Periférico > Nervos cranianos e espinhais.

Divisão Funcional:
Sensorial;
Integradora;
Motora > somática e autônoma.
“Ricamente vascularizado (BARREIRA HEMATOENCEFALICA)”.
Avaliação neurológica
“Consciência ---------------------------- Coma”
Alteração do nível de consciência como
indicativo de algum grau de falência cerebral.
Lesão estrutural
Metabolismo
(TCE/Hemorragias)
(CAD/Uremia/Hepatico)
Psicológica
Avaliação Neurológica / Enf°
Avaliação
Nível de Consciência
“Objetiva preservar e
restaurar as funções do
sistema nervoso central
mantendo uma boa oferta
de energia e oxigênio”
Pupilas
Reflexos
Enfermeiro
Freqüência
Respiratória
Respostas
Motoras
Avaliação do conteúdo da
Consciência e orientação
No conteúdo são realizadas as seguintes avaliações:





Atenção e concentração;
Memória;
Estado afetivo;
Linguagem;
Raciocíneo e orientação.
Alterações mais comuns...

Letargia ou sonolência: Cliente acorda ao
estímulo auditivo, está orientado no tempo,
espaço e pessoa, responde lenta e
vagarosamente ao estímulo verbal, à
elaboração de processos mentais e à atividade
motora.
# Cessado o estímulo verbal, retorna ao estado
de sonolência.

Estado confusional agudo ou delirium: sintomas de
início agudo, de caráter flutuante e com intervalos de
lucidez.
# Pode apresentar um ou + sintomas #
Não atenção aos estímulos empregados;
Diminuição da capacidade de concentração;
Desorganização e incoerência do pensamento;
Desorientação em relação ao lugar e ao tempo;
Distúrbios de memória;
Rebaixamento do nível de consciência (sonolência);
Entre outros...

Obnubilação: Cliente muito sonolento, ou
seja, necessita ser estimulado intensamente,
com associação de estímulo auditivo mais
intenso e estímulo tátil.
# Pode responder a comandos simples
ex.: Quando solicitado para colocar a língua
para fora da boca.
# Pode responder apropriadamente ao estímulo
doloroso.

Estupor ou Torpor: Mais sonolento, não
responsivo, necessitando de estimulação
dolorosa para responder em geral de maneira
inespecifica.
# Responde apropriadamente ao estímulo
doloroso, apresenta resposta com sons
incompreensíveis e/ou com abertura ocular.

Coma: Estado em que o indivíduo não
demonstra conhecimento de si próprio e do
meio ambiente, com ausência do nível de
alerta, ou seja, inconsciente, não interagindo
com o meio e com os estímulos externos,
permanecendo com os olhos fechados, como
em um sono profundo.
O Coma...
Síndrome clínica com perda completa ou
parcial das funções de reação.
Pode ser:
# Súbito > AVC hemorrágico;
# Lento > Encefalopatia hepática;
# Progressivo > Tromboembolismo.
Graus de Coma (Nishide)

I (Vígil). Mantém respostas a dor, reflexos e sinais
vitais;

II (Leve). Preserva somente reflexos e sinais vitais;

III (Profundo). Somente sinais vitais;

IV (Dépasse). Sem respostas e nem sinais vitais.
Escala de Coma de Glasgow
Avaliação
Pontuação
1. Abertura ocular
Espontânea
Por Estimulo Verbal
Por Estimulo A Dor
Sem Resposta
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
2. Resposta verbal
Orientado
Confuso (Mas ainda responde)
Resposta Inapropriada
Sons Incompreensíveis
Sem Resposta
Obedece Ordens
Localiza Dor
Reage a dor mas não localiza
Flexão anormal – Decorticação
Extensão anormal - Decerebração
Sem Resposta
5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
6 pontos
5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
3. Resposta motora
Escala de Coma de Glasgow
CTI local de maior incidência de clientes com
alterações do nível de consciência;
ECG observa o comportamento do cliente;
Quanto menor for a pontuação maior a gravidade
e pior o prognóstico do cliente;
Coma
Grave
Moderado
Leve
Score
<8
9 – 12
>12
Quando a pontuação for < ou = 8:
“Intubação orotraqueal + VM”.
Exame pupilar

Avaliar:
Diâmetro (pupilômetro);
Simetria (isocoria / Anisiocoria);
Reflexo fotomotor (Luz).

Comparar uma pupila à outra;

Diâmetro normal: 3,5mm adulto;

Revelam lesões cerebrais de
proximidades com o tronco cerebral.
Exame da movimentação ocular
extrínseca

Realizado em clientes comatosos;
Avaliam-se os movimentos dos nervos cranianos
(oculomotor, troclear e abducente);

Avaliação realizada em 5 etapas:

–
–
–
–
–
Movimentos oculares espontâneos;
Manobra dos “olhos de boneca”
Manobra vestíbulo-ocular (solução a 4°C);
Reflexo córneopalpebral (Qdt Inf. Da córnea);
Pálpebras.
REFLEXO OCULOCEFÁLICO
Fonte: Nishide
Avaliação Respiratória
Comandada pelo SNC;
Cheyne-stokes:
# HIC; Herniação, Edema.

Avaliação diagnóstica e
prognóstica;
Hiperpnéia neurogênica:
# Lesões de tronco
(mesencéfalo).

Avaliar ritmo, freqüência
e amplitude.
Apneústica:
# Lesões de tronco (ponte).

Atáxica:
# Falência Bulbar.
Tipos de Padrões Respiratórios
ICC grave, AVE, TCE, Intoxicações.
Meningites, neoplasias, lesões do
centro respiratório.
Fonte: Arquivo Pessoal
Cetoacidose diabética, uremia,
acidose metabólica.
Insuficiência Respiratória
Reflexos:
“Resposta motora a um estímulo sensorial”.
Arco reflexo (sensório, integrador e motor);
Mediados pelo cérebro e medula espinhal;

Reflexos cerebrais: Centros cardiorreguladores e
vasomotor (barorreceptores / medula oblonga) e
ajuste pupilar (mesencéfalo).

Reflexos medulares: Nervos sensoriais tendinosos,
reflexos autonomos da medula espinhal.
Avaliação da força muscular

Motricidade: Capacidade de contração e relaxamento do
músculo esquelético, controlada por fibras do sistema
piramidal, extrapiramidal e cerebelar.
Podem haver:
# Força normal = mantém MM estendidos por no mínimo
2min;
# Paresia discreta = tempo menor que 2min;
# Ausência = apresenta-se plegico, não consegue sequer erguer
os MM.

A avaliação motora é realizada para
identificar o grau de incapacidade e/ou de
dependência do cliente em realizar um
movimento ou de movimentar-se;

Durante a avaliação da força muscular,
observa-se: a postura, o tônus muscular, os
reflexos, os tipos de movimentos e a
coordenação dos grupos musculares;

Reflexo cutâneo plantar.
Resposta a “DOR”

Papel protetor;
Lesão tissular (liberação de subst. e
mediadores da inflamação)
Nociceptores (receptores da dor)
Medula espinhal (subst. gelatinosa)
Tálamo
Cérebro (localiza a dor)
Modulação da dor: Peptídeos opióides endógenos (liberados em grandes quantidades
nas situações extremas de dor). São hiperpolarizam os N de projeção.
Monitorização da Pressão
Intracraniana - PIC

O volume craniano de um adulto é de,
aproximadamente 1900ml, e é ocupado com
80% de cérebro, 10% de sangue e 10% de
LCR;

O volume dos componentes deve ser
compensado caso ocorra aumento de um deles
ou aparecimento de outro elemento “que
ocupe espaço”, pois o crânio é uma caixa
óssea inextensível.
Considerações básicas para a
monitorização da PIC

O procedimento deverá causar lesão ou irritação mínima às
estruturas intracranianas;

Um cateter ficará no espaço epidural, subaracnoíde,
intraventricular (1ª) ou mesmo no parênquima (2ª). O risco de
infecção deverá ser mínimo;

Manter a conexão entre o sistema ventricular ou
subaracnoideo e os sistemas transdutores sem nenhum
vazamento de líquido;

O equipamento deverá ser de fácil manuseio, confiável e de
simples adaptação para o pessoal de enfermagem.
Indicações de monitorização da PIC
# Clientes #





Sem abertura ocular, ausência de resposta verbal e postura
motora inadequada (Glasgow ≤ 7);
Estudo tomográfico de lesão expansiva e com resposta
motora de descerebração e/ou decorticação;
Lesões difusas, para seguimento de tratamento da HIC e
alterações das medidas terapêuticas;
Politraumatizados, com alteração do nível de consciência;
Seguimento após procedimentos neurocirúrgicos para
tratamento de lesões expansivas intracranianas.
Contra-indicações (relativas)



Clientes conscientes;
Clientes com coagulopatias, frequentemente
observadas em politraumatizados graves.
Valores normais da PIC:
# menor que 10 mmhg #
Alterações:
Leve = 11 a 20mmhg;
Moderada = 21 a 40mmhg;
Grave = acima de 41mmhg.
Considerações

A monitorização da PIC permite
abordagem terapêutica adequada;
uma

Elevações da PIC podem ocorrer com a tosse,
espirro, durante aspiração de secreções,
rotação excessiva da cabeça (por compressão
unilateral da jugular), cadarços fixadores de
TOT (por compressão da jugular bilateral).
Complicações



Infecção superficial no local da inserção
(pouco frequente);
Meningite, encefalite e ventriculite (graves);
Hemorragia intracerebral ou intraventicular.
– Atualmente
pode-se
considerar
que
a
monitorização da PIC diminui a mortalidade e a
morbidade, facilita a orientação terapêutica,
melhora o prognóstico e os riscos do procedimento
não excedem os benefícios.
Pressão de Perfusão Cerebral
PPC = PAM – PIC
PPC normal: 70 mmHg
 PPC abaixo de 60-70: aumento de
mortalidade e seqüelas neurológicas.


Monitorização: saturação venosa do bulbo
jugular (cateter acima de cervical 1).
Extração Cerebral de Oxigênio
Hematometabolismo cerebral

A ECO² identifica o grau de acoplamento
entre o consumo e a oferta de O².

A ECO² é calculada através da equação:
“ECO² = Sat O² Arterial – Sat. Jug.O²”
Valores normais = entre 24 à 42%
< 24% hipoxia
> 69% hiperperfusão

O aumento destes valores significa maior
extração, e portanto indicando uma situação
anóxica-isquêmica.

Cuidados:
– manter o cateter bulbo jugular EXCLUSIVO para
coleta de sg, e com identificação em local visível;
– Manter infusão contínua de SF 0,9% em BI de 5
à 10ml/h, para manutenção da permeabilidade.
Fatores de proteção Neurológica
nas 1ª 24/48hs

Temperatura < = 36,5C° (eleva metabolismo);

Glicemia capilar de 80 a 110mg/dl (lesão
endotelial, afeta barreira hematoencefalica);

PAM > = 100mmhg (garantir FSC adequado);

Na e PaCO² normais (Na como retentor de água e
CO² como potente vasodilatador).
OBSERVE......
Bibliografias
CINTRA, Eliane Araújo; NISHIDE, Vera Medice; NUNES, Wilma Aparecida.
Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. 2. ed. São Paulo:
Atheneu, 2003.
SILVA, L. D. Cuidados ao Paciente Crítico: fundamentos para a prática de
enfermagem. 2 ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2003.
SMELTZER, S. C.; BRUNNER.; B. G. tratado de enfermagem médico cirúrgica.
10° ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2005.
KNOBEL, Elias. Enfermagem em Terapia Intensiva. Rio de Janeiro: Atheneu,
2006.
HUDAK, Carolyn M; GALLO, Barbara M. Cuidados intensivos de enfermagem:
uma abordagem holistica. 8ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
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Coma - Universidade Castelo Branco