Hospital Espírita
Eurípedes Barsanulfo
SERVIÇO ESPECIALIZADO
EM PSIQUIATRIA
PROGRAMA
TERAPÊUTICO
(Versão 3.00)
Elaborado por: J e z i e l
da
Silva
Ramos
Engenheiro Eletricista UNB/1982 - Medicina UFGo/1993
Especialista em Psiquiatria ABP
E-mail: [email protected]
Colaboradores: Andrea Juliana de Morais Rodrigues
Graduada em Terapia Ocupacional (PUCGo).
Especializando em Acupuntura (ABA)
E-mail: [email protected]
Andressa Toledo Teixeira
Graduada Musicoterapeuta UFGo/2007
Especialista Psicopedagogia Faculdade Padrão/2012
Saúde Mental e Dependência Química DELTA/2013
E-mail: [email protected]
Érika de Sene Moreira
Graduada em Odontologia UNIUBE - MG / 1999
Especialista em Saúde Mental e Dependência Química DELTA-GO
E-mail: [email protected]
Susana Cristina Barbosa Gilberti
Graduada em Terapia Ocupacional (PUCCAMP).
Especialista em Terapias Vibracionais (UNIFRAN)
E-mail: [email protected]
Ano: 2013
Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo
Deus, Cristo e Caridade
Hospital Espírita
Eurípedes
Bem-aventurados os pobres de espírito,
pois que deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os que são brandos,
porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os que choram,
pois que serão consolados.
Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça,
pois que serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque obterão misericórdia.
Bem-aventurados os que têm puro o coração,
porquanto verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça,
pois que é deles o Reino dos céus.
(Sermão da Montanha – Jesus)
Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo
Deus, Cristo e Caridade
III
IV
V
UMA NOVA VISÃO DO ADOECER PSÍQUICO
06
SÍNTESE TERAPÊUTICA
08
DIRETRIZES FUNDAMENTAIS DO SERVIÇO
09
A. Princípios gerais
09
B. Rotinas básicas
09
C. Suporte terapêutico intensive
11
D.Trabalho em equipe multiprofissional
12
E. Garantia dos direitos dos usuários e familiares
13
F. Humanização do atendimento
14
G.Integração com a rede de atendimento em saúde mental
14
H.Internação psiquiátrica ética e humanizada
15
I. Projeto Terapêutico Individualizado – PTI
16
J. Programa de Cessação Tabágica – PCT
18
AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL
19
A. Consulta e Grupos Terapêuticos
19
B. Internação domiciliary
20
HOSPITAL – DIA (Day Clinic)
21
A. Conceitos
21
B. Normas básicas de funcionamento
21
C. Programa terapêutico
24
HOSPITAL INTEGRAL
25
A. Conceitos
25
B. Normas básicas de funcionamento
25
C. Perfil da unidade
26
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Deus, Cristo e Caridade
VI
D. Enquadre terapêutico
27
E. Programa terapêutico
27
UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA
28
G. A. Conceitos
28
B. Princípios Gerais do Tratamento
29
C. Ambulatório de Dependência Química
29
D. Internação Hospitalar
30
E. Funcionamento da Unidade
30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
46
RESUMOS BIOGRÁFICOS
47
ANEXOS
ANEXO 1 – OFICINAS E GRUPOS TERAPÊUTICOS
1. NÚCLEO SÓCIO-FAMILIAR
31
33
Grupo Psicoeducacional Familiar
34
Grupo de Orientação Familiar
34
Oficina de Codependência
35
2. NÚCLEO MÉDICO-PSIQUIÁTRICO
37
Grupo de Orientação para Cessação Tabágica
37
Oficina de Orientação Nutricional
38
Oficina de Saúde Bucal
39
3. NÚCLEO DE ESPIRITUALIDADE
40
Grupo Mediúnico
40
Grupo de Fluidoterapia
41
Grupos de Estudos Ciência – Filosofia – Religião
42
4. NÚCLEO PSICOTERÁPICO
44
Clínica de Musicoterapia
44
Clínica de Psicologia
45
Clínica de Terapia Ocupacional
46
Oficina de Horticultura
46
Caminhada Ecológica
47
Grupo de Acolhimento
48
Oficina de Beleza e Estética
48
Oficina de Consciência Corporal
49
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Deus, Cristo e Caridade
Grupo de Estimulação Cognitiva
49
Assembléia Geral de Usuários
50
Oficina de Videoteca
50
Oficina de Artesanato
51
Grupo de Atividade Expressiva
51
Grupo Psicoterápico para Dependentes Químicos
52
Oficina de Culinária
52
Oficina Projeto Hoje
53
Oficina Agente Transformador
53
Oficina de Meditação Mandálica
54
Terapia Assistidas por Animais (TAA
54
Psicomusicoterapia Grupal
56
Oficina de Coro Terapêutico
57
Oficina de Rádio Terapêutica
57
Oficina de Expressão Corporal
59
Oficina de Orientação ao Trabalho
59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DAS OFICINAS
62
ANEXO 2 – Temas dos Grupos Psicoeducacionais do Hospital Integral
66
ANEXO 3 – Temas dos Grupos Psicoeducacionais da Unidade de Dependência Química
67
ANEXO 4 – Relação das Oficinas e Grupos Terapêuticos
68
ANEXO 5 – Ficha de Prescrição de Atividades Terapêuticas
70
ANEXO 6 – Rotina Diária do Hospital Dia
71
ANEXO 7 – Rotina Diária do Hospital Integral
72
ANEXO 8 – Rotina Diária da Unidade de Dependência Química
74
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Deus, Cristo e Caridade
UMA NOVA VISÃO DO ADOECER PSÍQUICO
O processo de transformação do MODELO DE ATENDIMENTO EM SAÚDE MENTAL significa
muito mais que a DESINSTITUCIONALIZAÇÃO do paciente psiquiátrico. O resgate da individualidade e,
conseqüentemente, da dignidade do paciente psiquiátrico, passa por uma resignificação do processo de
adoecer e do processo de cura. O simples rompimento do MODELO ASSISTENCIALISTA, que atualmente
polariza as estratégias de atendimento em saúde mental, pode gerar a transferência do foco de atenção
terapêutica para o polo oposto, o de VITIMIZAÇÃO DO PACIENTE PSIQUIÁTRICO. Nesta situação,
encontramos propostas que distorcem a realidade do paciente e da sua doença, como a negação da própria
doença, a busca de ´etiologias´ sociais e políticas que justifiquem a sintomatologia anormal, gerando uma
falsificação diagnóstica, ou mesmo, a recusa propositada de se fazer algum diagnóstico. Do assistencialismo
reducionista passa-se para o ideologismo reducionista.
Acreditamos que o maior problema do paciente psiquiátrico atualmente não seja a sua
INSTITUCIONALIZAÇÃO mesmo porque existe um número muito pequeno de pacientes institucionalizados.
Acreditamos que existem muito mais terapeutas e articuladores políticos institucionalizados e reducionista
que pacientes institucionalizados. Luta-se por interesses pessoais, alguns na defesa do cientificismo e outros
na defesa de um falso humanismo, colocando no alto bandeiras que anunciam princípios muitas vezes
fictícios. E o paciente psiquiátrico continua sem os recursos necessários que possam amenizar a sua dor.
Não é nossa função julgar, nem somos apologistas de uma verdade absoluta pois, honestamente,
temos a certeza que estamos distantes de compreender os profundos mistérios da mente humana.
MAS TEMOS ALGUMAS CERTEZAS:
ACREDITAMOS NA DOENÇA MENTAL.
ACREDITAMOS NOS SINTOMAS PATOLÓGICOS DA DOENÇA MENTAL.
ACREDITAMOS EM CAUSAS ORGÂNICAS GERANDO TRANSTORNOS MENTAIS.
ACREDITAMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO NECESSITA DE TODA A ATENÇÃO E CUIDADOS
QUE POSSAM ALIVIAR O SEU SOFRIMENTO E DE SUA FAMÍLIA.
ACREDITAMOS QUE MEDICAÇÕES E INTERNAÇÕES SÃO NECESSÁRIAS E IMPORTANTES
QUANDO ADEQUADAMENTE PRESCRITAS.
ACREDITAMOS QUE OS PSICOFÁRMACOS PODEM CONTROLAR SINTOMAS PSICOPATOLÓGICOS.
ACREDITAMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO NECESSITA DE ATENDIMENTO SOCIAL,
PSICOTERÁPICOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM.
ACREDITAMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO PRECISA ADQUIRIR SUA AUTONOMIA SOCIAL
E SUA INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA.
ACREDITAMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO NECESSITA VIVER LIVRE EM SOCIEDADE E
NÃO PERMANECER RECLUSO EM REPETIDAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES.
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Deus, Cristo e Caridade
MAS, ACREDITAMOS QUE O SER HUMANO É UM ESPÍRITO ETERNO
E PARA ENTENDER E AJUDAR O PACIENTE PORTADOR DE UMA DOENÇA MENTAL
É INDISPENSÁVEL SABER LER E TRABALHAR NA ALMA.
PORTANTO...
SABEMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO PRECISA DE AFETO, CARINHO E AMOR
SABEMOS QUE A MÚSICA PODE GERAR EMOÇÕES E DESPERTAR OS MAIS NOBRES SENTIMENTOS
SABEMOS QUE O SORRISO PODE SER CONTAGIOSO E PODE TRAZER CONFIANÇA
SABEMOS QUE A ALEGRIA VERDADEIRA PROVOCA RESSONÂNCIAS NOS CORAÇÕES
SABEMOS QUE AS FLORES PERFUMAM OS MAIS OBSCUROS AMBIENTES
SABEMOS QUE A SIMPLICIDADE ENRIQUECE AS RELAÇOES HUMANAS
SABEMOS QUE UM ATO DE CORDIALIDADE, UM BOM DIA, SEMPRE APROXIMA AS PESSOAS
SABEMOS QUE O AMOR É A MAIS PODEROSA DAS FORÇAS BIOLÓGICAS
SABEMOS QUE A VIA MAIS PACÍFICA DE SE PENETRAR NA CORRENTE VITAL É A VIA PSÍQUICA
SABEMOS QUE O PSIQUISMO É UMA FUNÇÃO DO ESPÍRITO ETERNO
E PARA ENTENDER AS NECESSIDADES BIOLÓGICAS, SOCIAIS, PSICOLÓGICAS E ESPIRITUAIS DE NOSSOS
PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
É NECESSÁRIO OLHAR DENTRO DE SUA ALMA,
MUITO ALÉM DA FORMA REPRESENTADA PELO CORPO FÍSICO.
E PARA VER NA PROFUNDEZA DA ALMA DO SER HUMANO
É PRECISO AMOR, CARINHO E AFETO.
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SÍNTESE TERAPÊUTICA
Diante da ESTRUTURA E DOS FUNDAMENTOS TERAPÊUTICOS apresentados neste programa de
trabalho em seus aspectos estáticos, é importante refletir sobre os seus aspectos dinâmicos e sobre as
funções e significados finais dos conceitos expostos, o que para alguns são no mínimo inovadores, para
outros incompreensíveis.
Nosso propósito foi manter sempre uma metodologia científica na descrição e análise da natureza
humana, de seus desequilíbrios e de sua de trajetória evolutiva, mesmo quanto tocamos em aspectos mais
profundos como a ESPIRITUALIDADE que, somente agora nas últimas décadas, começa a ser objeto de
estudos e pesquisas sérias nas universidades e outros grupos científicos.
Não estamos nos lançando numa aventura sem rumo e irresponsável. Seguimos caminhos que têm
sido seriamente experimentados e cujos resultados são comprovadamente eficazes e que podem ser
repetidos em qualquer local e por qualquer grupo de pessoas sérias, desde que obedecida esta nova ordem
de leis. Talvez estejamos assumindo o peso de nos posicionarmos na vanguarda de conhecimentos e
experiências que num futuro próximo, aceitos pela maioria, se tornarão modelos de um novo paradigma.
Mas caminhamos com segurança e responsabilidade, respaldados por pesquisas e conhecimentos
que passaram pela observação dos mais respeitados cientistas e estudiosos do assunto, nos mais
importantes centros acadêmicos, nacionais e internacionais. Mantemos a seriedade profissional e o
compromisso de realizar o melhor pelo nosso paciente, compromisso ético que o exercício de nossa profissão
exige.
Em nenhum momento ou situação, a aplicação de nosso modelo terapêutico causou qualquer dano
físico, psicológico ou moral os nossos pacientes ou aos seus familiares. Ao contrário, nossa prática
terapêutica tem demonstrado resultados importantes e significativos, e tem recebido continuamente o
retorno positivo de todos que de alguma forma receberam a nossa assistência.
Na verdade, estamos reunindo na prática em saúde mental conhecimentos e experiências
cientificamente comprovadas, experiências estas respaldadas oficialmente pelas ciências médicas e por
outras áreas da saúde mental. Resignificando e integrando estes conhecimentos e práticas num único
modelo, formando um corpo sólido que fundamenta nossas ações terapêuticas.
A compreensão da mente exige capacidade de síntese. É necessário substituir por uma visão
integradora as abordagens fragmentadas e periféricas. Sem isso, estaremos sempre dispersos na
relatividade dos conceitos e na superficialidade das análises e ações. Sem essa compreensão, perdemos a
capacidade de compreender o homem, e se não temos a certeza e a segurança de sabermos QUEM SOMOS
em nossa normalidade, como saberemos agir em nossa anormalidade?
Temos um modelo em processo de permanente transformação, como a própria vida. Um
transformismo que nos habilita ao permanente questionamento sobre novas possibilidades na busca sempre
de alcançar o inalcançável. Esta é a nossa única certeza, pois a vida continua um mistério ainda distante de
desvendado.
Jeziel Ramos.
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DIRETRIZES FUNDAMENTAIS DO SERVIÇO
A. PRINCÍPIOS GERAIS
a) Abordagem multidisciplinar e transdisciplinar, envolvendo os aspectos biológicos, psicológicos, sociais
e espirituais do ser humano.
b) Priorizar as abordagens extra-hospitalares, ambulatoriais e hospital-dia.
c) Promover as desinstitucionalização e desospitalização do paciente psiquiátrico.
d) Projetos terapêuticos individualizados.
e) Promover ações de atenção à saúde mental num modelo psicodinâmico visando não apenas o
controle dos sintomas, mas a resolução das crises e dos conflitos intrapsíquicos, resolução dos
conflitos pessoais e interpessoais, reabilitação, resgate da cidadania, ressocialização e reinserção no
mercado de trabalho.
f) Todos os procedimentos terapêuticos têm como objetivo primordial a mobilização do paciente quanto
a sua realidade existencial procurando desenvolver estímulos para que ele possa assumir uma
postura ativa e responsável diante de seu tratamento.
g) Proporcionar atendimento aos portadores de transtorno mental coerentes com os princípios e
diretrizes da política de saúde do Ministério da Saúde e da política de reforma psiquiátrica prevista
no SUAS.
h) Utilizar toda a disponibilidade da Rede de Assistência de Saúde Mental disponível no município e no
Estado de Goiás.
i)
Assistir os familiares no processo de adoecimento familiar e social.
j) Realizar pesquisas clínicas avaliando a efetividade das terapias farmacológicas, psicológicas, sociais
e espirituais sobre desfecho do tratamento e do prognóstico do paciente.
k) O Hospital possui as seguintes estruturas funcionais interdependentes:
a) UNIDADE AMBULATORIAL
b) HOSPITAL-DIA
c)
HOSPITAL INTEGRAL
d) UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA
B. ROTINAS BÁSICAS
a) O Hospital somente atenderá pacientes no ambulatório que forem previamente agendados. Exceção
para os casos de urgência e emergência que surgirem espontaneamente na Porta de Entrada, que
serão atendidos pelo médico plantonista do dia.
b) Os agendamentos ambulatoriais deverão ser realizados previamente por telefone ou pessoalmente
na Recepção do Hospital, por procura espontânea, interconsulta psiquiátrica ou encaminhamento de
serviços da Rede de Assistência em Saúde Mental.
c) Pacientes encaminhados pelo Pronto Socorro Psiquiátrico com Guia de Internação Hospitalar (GIH)
deverão ser atendidos pelo médico plantonista, que fará nova avaliação, utilizando livremente a
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Deus, Cristo e Caridade
prerrogativa médica de proceder com a conduta clínica que melhor entender, podendo proceder com
a internação ou encaminhar para outro procedimento terapêutico (ambulatório ou HOSPITAL-DIA).
1. Caso o médico decida pelo tratamento ambulatorial ou HOSPITAL-DIA, o paciente e os
responsáveis deverão ser orientados tecnicamente e de forma clara sobre os motivos do
encaminhamento.
2. Caso o médico decida pela internação hospitalar, o paciente será encaminhando imediatamente
para os procedimentos de internação.
d) No HOSPITAL INTEGRAL e no HOSPITAL-DIA:
1. Durante a consulta médica de ambulatório de avaliação, o médico deverá preencher a FICHA DE
ANAMNESE e abrir o PRONTUÁRIO de internação com a prescrição medicamentosa inicial,
encaminhar para o HOSPITAL INTEGRAL ou HOSPITAL-DIA.
2. Os familiares e/ou responsáveis deverão ser encaminhados ao Serviço Social para o acolhimento e
o preenchimento da FICHA SOCIAL, quando será esclarecidos todos os procedimentos do
Programa Terapêutico.
3. Após a entrada, o usuário deverá ser entrevistado pelo enfermeiro supervisor de plantão que
realizará a consulta de enfermagem, preenchendo a FICHA DE AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
(ANEXA), registrando-se no PRONTUÁRIO as condutas imediatas a serem tomadas.
4. Em seguida, o paciente será encaminhado para avaliação do médico psiquiatra assistente, do
médico clínico geral, da psicologia, da musicoterapia e da terapia ocupacional.
5. Todos os profissionais que atenderem o paciente deverá registrar no PRONTUÁRIO suas avaliações
técnicas e condutas, preenchendo o PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL - PTI (ANEXO)
e) No AMBULATÓRIO o paciente receberá a CADERNETA DE AMBULATÓRIO (ANEXA) com agendamento
(dia/horário/profissional) da sua consulta. Todos os agendamentos ambulatoriais, sejam as
consultas individuais ou os grupos terapêuticos, deverão ser registrados nesta caderneta, que ficará
sempre de posse do usuário para o controle de acompanhamento terapêutico.
f) Na ALTA HOSPITALAR:
1. A alta hospitalar é uma prerrogativa exclusiva do exercício da profissão médica, que assume o
compromisso e a responsabilidade ética e profissional pelos seus atos.
2. A avaliação para a alta hospitalar envolve consulta interdisciplinar, sendo, portanto, coerente com
a proposta terapêutica do Hospital que toda a equipe comprometida com a condução terapêutica
durante a internação (HOSPITAL INTEGRAL e HOSPITAL-DIA), também esteja comprometida
com o seguimento pós-alta.
3. Decida a alta, o médico deverá registrar a decisão e encaminhar um comunicado aos demais
serviços envolvidos orientando sobrem a conduta, elaborar a receita medicamentosa e os
atestados devidos.
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Deus, Cristo e Caridade
4. Obedecidas as condições administrativas para a alta hospitalar, o usuário será conduzido pela
enfermagem, juntamente
com
seus pertences, à
Recepção, até
a
presença
de
seus
responsáveis.
5. Os familiares e/ou responsáveis serão orientados pelo Serviço Social sobre todos os procedimentos
de continuidade do processo terapêutico.
6. Na Recepção, o paciente deverá registrar em sua CADERNETA DE AMBULATÓRIO a primeira
consulta médica, consulta social e/ou o grupo terapêutico ambulatorial.
7. A alta hospitalar pode acorrer nas seguintes situações:
7.1) Alta Médica.
7.2) Alta a Pedido.
7.3) Alta por Transferência.
7.4) Alta por Abandono.
7.5) Alta Administrativa.
7.6) Alta por Óbito.
C. SUPORTE TERAPÊUTICO INTENSIVO
A complexidade do adoecer psíquico e o conseqüente sofrimento gerado necessitam de
estratégias e abordagens terapêuticas dinâmicas e precisas, em tempo hábil. Para tanto, o nosso
PROGRAMA TERAPÊUTICO contempla:
1. Suporte individualizado aos pacientes e aos seus familiares, em tempo integral, por 24 horas,
por meio de plantão telefônico ou via correio eletrônico.
2. Auxiliar o paciente na resolução de seus problemas cotidianos.
3. Orientar pacientes e familiares na reorganização e no planejamento de projetos de vida
4. Facilitar o acesso a consultas externas para tratamentos específicos em caso de necessidade.
5. Comunicar quaisquer intercorrências e encaminhar sugestões quanto ao plano de tratamento e
ao plano de ação aos profissionais envolvidos com o paciente.
6. Manter-se alerta às mudanças nas necessidades e nos problemas do paciente durante o curso
do tratamento.
7. Manter a interlocução entre o paciente, a equipe de tratamento, a família e outros profissionais.
8. Identificar as necessidades específicas, determinando os pontos fortes e os fracos, bem como as
necessidades do paciente.
9. Estabelecer uma conexão com outros serviços de saúde tanto na REDE DE ASSISTÊNCIA EM
SAÚDE MENTAL formal (p. ex., CAPS, CAIS, CIAMS, ambulatórios de psiquiatria, hospital e
outros) quanto na informal, como os grupos de mútua ajuda (p. ex., Narcóticos Anônimos,
Amor-Exigente, AA e outros).
10. Monitorar e avaliar o caso, visualizando os progressos obtidos.
11. Facilitar o amparo legal em caso de necessidade.
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Deus, Cristo e Caridade
D. TRABALHO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL – é estar atenta na disponibilização de opções
terapêuticas focada na diminuição dos fatores estressores, da abstinência de substâncias psicoativas,
na reinserção familiar e social e na instrumentalização do sujeito para que possa gerenciar a própria
vida com autonomia.
ESTABELECER UMA RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR E TRANSDISCIPLINAR GENUÍNA – é um
processo que se constrói no dia-a-dia das relações profissionais, na medida em que existe o respeito e a
clareza nas comunicações entre os membros da equipe. Esta é a proposta que estamos desenvolvendo
na Casa de Eurípedes, resultado de muitos anos de experiência em saúde mental, de estudos
continuados e no desenvolvimento de projetos inovadores nas diversas áreas da psiquiatria, das
psicoterapias, das terapias sociais e espirituais.
EQUIPE COM ENTUSIASMO E BOA EXPECTATIVA EM TORNO DE SEUS OBJETIVOS – Para se
trabalhar com o volume e a gravidade dos problemas e sofrimentos envolvidos nas atividades
desenvolvidas pela Casa de Eurípedes, é fundamental uma equipe motivada e focada em motivar o
paciente na valorização da vida, na esperança de melhorias no estado de saúde e na conquista da
felicidade planejada.
VÍNCULO – O afeto é inerente ao homem, transferir afeto, seja na condição de profissional ou usuário,
em pares ou na coletividade. Neste sentido, percebemos que é necessário aprender a prestar atenção
nesses fluxos de afetos para melhor compreender o outro. Aceitando esta singularidade, torna-se mais
fácil para a equipe conduzir o usuário no período de internação com possibilidades de resultados mais
positivos e autonomia para estabelecer vínculos profissionais saudáveis. Não há aliança negativa, e sim,
trocas mútuas de compreensão, afeto e jeito de fazer de maneira profissional, na busca pela
manutenção da ética e do respeito na equipe, na qual a ferramenta fundamental é a comunicação.
RESPONSABILIDADE – Enquanto diretriz de atendimento, a RESPONSABILIDADE tem três
componentes: a responsabilidade quanto ao serviço prestado pela Casa de Eurípedes; a
responsabilidade da família do usuário no envolvimento com o programa terapêutico; e a
responsabilidade do usuário quanto à qualidade e empenho no tratamento (de acordo com as suas
condições de entendimento e discernimento).
Quanto ao compromisso da Casa de Eurípedes com relação à qualidade do serviço prestado, temos nos
consolidando como agente positivo no tratamento dos diversos transtornos mentais e das dependências
químicas, aperfeiçoando a cada dia sua intervenção, especialmente a partir do investimento em
recursos humanos, treinamentos, cursos, seminários e a melhoria permanente do espaço físico sempre
organizado e harmonioso, com permanente aperfeiçoamento da qualidade do Programa Terapêutico.
Quanto a responsabilidade da família, este é um fator de suma relevância para a Casa de Eurípedes e
para os nossos usuários. A participação efetiva da família nos grupos terapêuticos familiares, nas
reuniões de família, nos atendimentos individuais e nas visitas é de fundamental importância para a
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retomada desses vínculos fragilizados em decorrência do comportamento desencadeado pelos
transtornos mentais e na dependência química, e parte da recuperação está alicerçada nessa
reconstrução dos laços afetivos. Essa responsabilidade acontece de maneira diversa a cada situação e
tem o acompanhamento em especial da Equipe de Serviço Social, com aparato instrumental
metodológico adequado.
CUIDAR DOS CUIDADORES – A Casa de Eurípedes possui instituída a formação continuada de sua
equipe de trabalho, no aperfeiçoamento constante do conhecimento e da qualidade na relação
interpessoal. No sentido de manter saudável a equipe de cuidadores, internamente vem instituindo-se a
sistemática de reuniões de avaliação, planejamento e cuidado mútuo. A equipe técnica reúne-se para
discutir casos e também no sentido de proporcionar um pensar e uma escuta acerca do que representa
o esforço de compreender suas necessidades, que vai além dos problemas imediatos.
Essa tarefa de sentar e cuidar-se mutuamente vai além do papel da Instituição de atender a seus
pacientes e familiares, mas de estar com sua equipe saudável para intervir da forma mais eficaz. A
finalidade do cuidado mútuo é ultrapassar as explicações unidimensionais encontradas na literatura
específica que trata do assunto, que através de uma troca saudável de experiências acabam por
construir formas mais eficazes de convivência no ambiente de trabalho.
E. GARANTIA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS E FAMILIARES
1. AUTORIZAÇÃO DE INTERNAÇÃO – No HOSPITAL INTEGRAL ou no HOSPITAL-DIA o paciente e/ou
responsável legal assina o DECLARAÇÃO DE INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA ou a SOLICITAÇÃO DE
INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA, conforme prevista na Lei No. 10.216 de 06 de abril de 2001, após
laudo médico circunstanciado justificando a necessidade da internação. Toda internação involuntária
é comunicada à Promotoria de Saúde do município.
2. INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA – Todos os usuários tem a garantida a inviolabilidade de
suas correspondência e de total privacidade durante as visitas.
3. ACESSO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO – O acesso aos meios de comunicação disponíveis no
Hospital (telefone) é livre e disponível 24 horas, todos os dias da semana.
4. VISITA DE FAMILIARES E RESPONSÁVEIS – de acordo com o programa terapêutico e na dependência
das condições clínicas do paciente, as visitas são liberadas mediante acordo formal entre paciente,
familiares e equipe técnica.
5. CONSENTIMENTO INFORMADO – todos os procedimentos terapêuticos que envolva riscos
presumíveis ou não para o paciente são definidos mediante um CONTRATO TERAPÊUTICO acordado
entre paciente e/ou responsável legal e equipe terapêutica. Este CONTRATO inclui o consentimento
informado, no qual faz parte as procedimentos e orientações técnicas e administrativas, recursos
terapêuticos utilizados, normas internas, critérios a serem seguidos em caso de desistência (alta
pedido do usuário ou da família), normas da internação, normas de visitas e outros.
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F. HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO
1. OUVIDORIA – A busca do aperfeiçoamento técnico e a melhoria permanente no atendimento em
saúde mental é o principal motivo para o funcionamento da OUVIDORIA, instrumento importante
para a administração e a equipe técnica receber o retorno dos próprios usuários dos serviços que
lhes são prestados, norteando as decisões e as mudanças no programa terapêutico e nas rotinas
administrativas.
2. CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO – Uniformização da comunicação entre a equipe técnica representa
uma importante ferramenta para a gestão integrada da saúde e humanização do atendimento
prestado aos pacientes.
3. ESPAÇO FÍSICO NATURAL - O Hospital oferece um espaço físico aberto, agradável, ambientes em
permanente contato com a natureza, amplos jardins, inúmeras árvores, praças, fontes de água
abundante, pomares, constituindo mais de 150.000 m2 de área verde.
4. ESTRUTURA ARQUITETÔNICA HARMONIZADA – Instalações modernas, humanizadas, funcionais,
ótimo nível de conservação, distribuída extensamente em amplas áreas verdes, com ausência
de espaços coercitivos que possam expressar restrição ou aprisionamento ao paciente
internado. O espaço arquitetônico foi concebido para viabilizar um sentir prazeroso, que direciona o
individuo à busca da saúde e da felicidade, possibilitando recursos no sentido de habilitar as
pessoas a lidarem melhor com seus sofrimentos, sejam eles físicos ou mentais.
5. EQUIPE TÉCNICA COMPROMETIDA – Associada ao constantes treinamento e aperfeiçoamento
dos profissionais e demais colaboradores da instituição, com investimentos numa equipe
profissional bem treinada, certamente estaremos sempre conquistando qualidade superior nos
serviços que prestamos.
G. INTEGRAÇÃO COM A REDE DE ATENDIMENTO EM SAUDE MENTAL
A Casa de Eurípedes participa da Rede de Atendimento em Saúde Mental do Estado de Goiás, por
considerar de fundamental importância a integração dos diversos tipos de atendimento, possibilitando
oferecer aos pacientes opções terapêuticas mais adequadas a cada tipo de problema e situação social.
Os pacientes atendidos pelo Hospital são referenciados aos CAPS I / II, CIAMS, Ambulatório
Municipal de Psiquiatria, Pronto Socorro Psiquiátrico Municipal, PAILI, Hospitais Gerais e Hospitais
Especializados, de acordo com o perfil de cada Unidade e a necessidade do paciente.
A Casa de Eurípedes participa do Encontro de Confraternização da Rede de Atendimento em Saúde
Mental do Estado de Goiás, que acontece a cada quatro meses. Nestes Encontros, os profissionais de saúde
mental das diversas unidades da Rede têm a oportunidade de juntos fortalecer o diálogo, perceber as
diferenças, as possibilidades de cada serviço, confraternizar e trocar experiências.
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H. INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA ÉTICA E HUMANIZADA
Partimos de uma visão DESOSPITALIZANTE e DESINSTITUCIONALIZANTE, ou seja, que a internação
psiquiátrica é um BEM NECESSÁRIO para os casos tecnicamente indicados, conforme descritos acima nos
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO.
A internação psiquiátrica, em qualquer país civilizado do mundo, é considerada um recurso
terapêutico importante e muito utilizado quando outras possibilidades ou procedimentos técnicos são
insuficientes ou não indicados. Como qualquer procedimento técnico na medicina, a internação psiquiátrica
está sob o amparo jurídico e da ética médica. É uma responsabilidade técnica que possui respaldo nos
estudos científicos e na experiência profissional. É dever do médico procurar sempre o melhor para o
paciente sob os seus cuidados, e a atitude errada ou a omissão que resulte em prejuízos para o paciente
pode ser objeto de penalidades, conforme prevê o Código de Ética Médico:
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICO
Princípios Fundamentais
I - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem
discriminação de nenhuma natureza.
II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o
máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.
(...)
XVI - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou de instituição, pública ou privada,
limitará a escolha, pelo médico, dos meios cientificamente reconhecidos a serem praticados para o
estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo quando em benefício do paciente.
(...)
XIX - O médico se responsabilizará, em caráter pessoal e nunca presumido, pelos seus atos profissionais,
resultantes de relação particular de confiança e executados com diligência, competência e prudência.
Responsabilidade Profissional
É vedado ao médico:
Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou
negligência.
Parágrafo único. A responsabilidade médica é sempre pessoal e não pode ser presumida.
(...)
Portanto, estamos falando de competência, de qualidade técnica e do exercício da ética profissional.
Pelo Código de Ética Médica deixar de utilizar um procedimento terapêutico quando realmente indicado pode
configurar negligência ou imperícia.
É sob este amparo científico e ético que a Casa de Eurípedes analisa e procede todas as internações
psiquiátricas, obedecendo sempre os seguintes princípios:
1. CRITÉRIOS TÉCNICOS RIGOROSOS COM LAUDO MÉDICO CIRCUNSTANCIADO.
2. TEMPO DE INTERNAÇÃO O MAIS BREVE POSSÍVEL.
3. ESPAÇOS DE INTERNAÇÕES ESPECIALIZADOS POR PATOLOGIA.
4. CONDIÇÕES DE INTERNAÇÕES DIGNAS E CONFORTÁVEIS.
5. INTERNAÇÕES INVOLUNTÁRIAS JURIDICAMENTE AMPARADAS.
6. AMBIENTE HUMANIZADO E ATENDIMENTO INTEGRAL DAS NECESSIDADES DO PACIENTE.
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7. RESPEITO TOTAL AOS DIREITOS DO PACIENTE PSIQUIÁTRICO PREVISTO PELA LEI 10.216.
8. ALTAS HOSPITALARES PROGRAMADAS E COMPLETO SUPORTE PÓS-INTERNAÇÃO.
SUPORTE PÓS-INTERNAÇÃO HOSPITALAR – A alta hospitalar pode ocorrer a qualquer momento, de
acordo com a evolução do quadro clínico, observados os critérios definidos no Programa Terapêutico. Ao ser
anunciada a alta do usuário, toda a equipe o acompanha de forma a prepará-lo para o desligamento da
internação, oferecendo todas as condições sociais e psicológicas para que possa continuar seu tratamento no
AMBULATÓRIO, no HOSPITAL-DIA ou referenciado para outras unidades de atendimento psiquiátrico da
REDE DE ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL.
Em SAÚDE MENTAL, a recuperação designa, mais comumente, a saída de um estado de crise (ou da
fase aguda). No entanto, a recuperação pode indicar ainda o processo através do qual o paciente, que
rompe com um ciclo de crises e internações, tenta reconstruir sua vida, interrompidas por um período de
imersão no ambiente hospitalar. O processo de recuperação não se confunde, no entanto, com uma
resolução absoluta, mas é sempre pensada como processo evolutivo.
NA ALTA HOSPITALAR, O PACIENTE:
1. RECEBE RECEITA COMPLETA DA MEDICAÇÃO PSIQUIÁTRICA E OS ATESTADOS NECESSÁRIOS.
2. É ENCAMINHADO PARA CONTINUIDADE DO TRATAMENTO EXTRA-HOSPITALAR NA REDE.
I. PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL – PTI
a. O ACOLHIMENTO – o PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL – PTI da Casa de Eurípedes inicia no
momento da primeira consulta no AMBULATÓRIO DE PSIQUIATRIA e Serviço Social, quando o
paciente e o familiar chegam para procurar o tratamento e são acolhidos. A escuta sensível é a
técnica mais importante. Significa identificar todas as queixas e anseios tanto do usuário quanto
da sua família.
b. Os dados iniciais obtidos no acolhimento com o paciente e/ou familiares são fundamentais para o
diagnóstico e vão nortear o Programa Terapêutico Individual (PTI).
c. Entende-se de fato, que se o acolhimento não for consistente e caloroso, o usuário pode não se
sentir motivado a dar início a essa nova etapa da vida. Podemos entender o acolhimento como
instrumento de extrema relevância e que exige técnica de abordagem e profissional apto a
realizar tal atividade.
d. A abordagem motivacional realizada por profissionais experientes da Casa de Eurípedes é
fundamental, seja nos casos de transtornos psicóticos seja nos casos de dependência química.
Nesse momento, é utilizada técnicas especializadas, com a utilização de recursos psicossociais,
na afirmação das vantagens de aderir ao tratamento.
e. O PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL – envolve de forma positiva a equipe multiprofissional,
podendo ampliar os argumentos, esclarecer a metodologia de trabalho e aumentar as
possibilidades de sucesso no tratamento. Entendemos que, mais que ouvir, é ajudar o paciente a
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reconstruir desde essa primeira abordagem, os motivos que ocasionaram o seu adoecimento, a
correlação com a sua vida, dos seus familiares e da sua rede de pertencimento.
O PTI é construído em equipe, considerando aspectos fundamentais para a prestação de serviços
de atenção aos portadores de sofrimento psíquico. O PTI é construído pelos seguintes
PROCESSOS:
1. PRONTUÁRIO INDIVIDUAL ÚNICO
2. FICHA DE AVALIAÇÃO MULTIPROFISSIONAL
3. QUADRO DE PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES TERAPÊUTICAS
f. PRONTUÁRIO INDIVIDUAL ÚNICO – é um instrumento de manuseio da equipe técnica, no qual
são reunidos a FICHA DE EVOLUÇÃO E PRESCRIÇÃO (ANEXO 1) e todos demais documentos
relativos às intervenções no tratamento para aquele paciente específico, sendo totalmente de
conhecimento do paciente se acordo com a condições de entendimento e discernimento. No
PRONTUÁRIO estão contidas as ferramentas que materializam as intervenções e a evolução,
sendo que o programa terapêutico individualizado é o que dará norte a esta série de
intervenções, buscas e construção da recuperação com o paciente.
g. FICHA DE AVALIAÇÃO MULTIPROFISSIONAL – é um instrumento que reúne a síntese das
avaliações individuais de cada um dos profissionais de áreas específicas, com descrição das
condutas terapêuticas indicadas por cada um deles. Envolve avaliação do(a) médico(a)
psiquiatra assistente, do(a) médico(a) clínico(a), do(a) psicólogo(a), do(a) terapeuta
ocupacional, do(a) assistente social, do(a) musicoterapeuta e do(a) conselheiro(a) espiritual.
(ANEXO).
h. QUADRO DE PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES TERAPÊUTICAS – constitui num documento único
onde são prescritas as atividades terapêuticas indicadas por cada um dos profissionais da
EQUIPE TÉCNICA que acompanha o paciente, baseado nas discussões e avaliações individuais e
em equipe multiprofissional, registradas na Ficha de Avaliação Multiprofissional. Este Quadro de
Prescrição de Atividades Terapêuticas é dinâmico, pode ser alterado a qualquer momento por
qualquer membro da equipe terapêutica, e acompanha a evolução clínica individual. (ANEXO)
i. Todas as atividades terapêuticas disponíveis do Hospital e que podem ser prescritas pelos
terapeutas estão divididas em 4 (quatro) NÚCLEOS TERAPÊUTICOS detalhados em ANEXO 1:
•
NÚCLEO SÓCIO-FAMILIAR (Serviço Social)
•
NÚCLEO MÉDICO – PSIQUIÁTRICO (Serviço Médico)
•
NÚCLEO DE ESPIRITUALIDADE (Serviço Espiritual)
•
NÚCLEO PSICOTERAPÊUTICO (Serviços de Psicoterapias)
j. O Projeto Terapêutico Individualizado tem início com a abertura do PRONTUÁRIO ÚNICO e segue
com a elaboração de FICHA DO PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL (Portaria nº 251/GM de 31
de janeiro de 2002) mediante a avaliação de cada profissional da Equipe Técnica: médico
psiquiatra, clínico geral, enfermagem, serviço social, psicologia, terapia ocupacional,
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musicoterapia e espiritual, considerando todos os aspectos do paciente e particularidade que
cada situação envolve.
NÚCLEO DE
NÚCLEO MÉDICO -
ESPIRITUALIDADE
PSIQUIÁTRICO
PROJETO
TERAPÊTUTICO
INDIVIDUAL
NÚCLEO
NÚCLEO SÓCIO -
PSICOTERAPÊUTICO
FAMILIAR
J. PROGRAMA DE CESSAÇÃO TABÁGICA - PCT
Com a proposta de manter o ambiente hospitalar 100% livre de tabaco, o Programa de Cessação
Tabágica – PCT está inserido no Programa Terapêutico, mas com abrangência para toda a comunidade do
Hospital: pacientes, familiares, colaboradores e voluntários. O Programa oferece tratamento para o
tabagismo utilizando-se diversas abordagens, de acordo com a condição do paciente, o nível de
dependência, motivação e condições de tratamento, disponibilizando as seguintes ações terapêuticas:
a. ABORDAGENS BREVE/MÍNIMA
b. GRUPOS MOTIVACIONAIS
c. GRUPOS DE PREVENÇÃO DA RECAÍDA
d. FARMACOTERAPIA ESPECÍFICA E TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE NICOTINA
Como instrumento de motivação, recomendamos da abordagem breve/mínima – PAAP (Perguntar e
Avaliar, Aconselhar e Preparar) como estratégia de divulgar o Programa e aumentar a demanda por
tratamento.
Ocorrendo
o
interesse,
o
paciente
é
encaminhado
para
consulta
médica
e
grupo
psicoeducacional especializados.
Sabemos que a dependência da nicotina é considerada um transtorno psiquiátrico que possui
tratamento eficiente. A motivação é uma condição imprescindível para iniciar o tratamento, e o Programa
prevê instrumentos para estimular a demanda por atendimento. Sabemos da associação entre diversos
transtornos psiquiátricos e a dependência do tabaco, numa relação de co-morbidade e importante fator de
risco para recaída no caso de uso de outras substâncias psicoativas.
O PCT prevê uma abordagem específica para os pacientes ambulatoriais e pacientes internados, sendo
que os pacientes o tratamento para o tabagismo é parte integrante do PROGRAMA TERAPÊUTICO
INDIVIDUAL. De acordo com a Unidade, o uso do tabaco dentro do Hospital está restringido:
1. HOSPITAL-DIA: permitido o uso de apenas dois cigarros.
2. HOSPITAL INTEGRAL: Permitido o uso de apenas cinco cigarros em 24 horas.
3. UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA: restrição total ao uso de tabaco.
METODOLOGIA TRATAMENTO PACIENTE INTERNADO UNIDADE DEPENDÊNCIA QUÍMICA:
Utilizamos uma abordagem que combina intervenções cognitivas com treinamento de habilidades
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comportamentais, e que é muito utilizada para o tratamento das dependências. O paciente tabagista é
orientado sobre o PCT antes da internação e sobre as condições do tratamento sem tabaco. Aceita a
proposta, o paciente é submetido a uma consulta médica para avaliar suas condições clínicas e possíveis
comorbidades que possam estar presentes. De acordo com esta avaliação, o paciente inicia imediatamente o
PCT, com o uso de medicação específica e/ou a terapia de reposição de nicotina – adesivo. Durante a
internação, o paciente é acompanhado na evolução do tratamento anti-tabaco, verificando-se e oferecendo:
a) O grau de interesse do paciente em parar de fumar de acordo com o modelo de Proschaska e
DiClemente.
b) Atendimento motivacional com os diversos terapeutas na Unidade.
c)
Grupo Motivacional específico para o tabagismo, semanal.
d) Suporte médico regular.
e) Suporte psicológico, se necessário.
f)
Ambiente hospitalar com um cenário apropriado para manter a abstinência
g) Continuidade do tratamento em regime ambulatorial após a alta hospitalar.
AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL
A. CONSULTA E GRUPOS TERAPÊUTICOS
Atendimentos ambulatoriais de usuários e familiares em programas terapêuticos específicos às suas
necessidades, mediante encaminhamento interno e externo por profissionais de saúde mental da instituição
ou de outros serviços da Rede de Saúde Mental, utilizando práticas terapêuticas referendadas por evidências
científicas em atendimentos individuais e/ou grupais.
• CONSULTA MÉDICA-PSIQUIÁTRICA – pacientes egressos do HOSPITAL-DIA, HOSPITAL INTEGRAL e
primeira consulta: SUS, convênios e particulares
• CONSULTA DE PSICOLOGIA – pacientes egressos do HOSPITAL-DIA, HOSPITAL INTEGRAL e primeira
consulta: convênios e particulares.
• CONSULTA SOCIAL – pacientes e familiares, que necessitam de suporte social na solução de seus
conflitos e dificuldades sociais-familiares, laborativas e profissionais.
• GRUPO PSICOEDUCACIONAL DEPENDENTES QUÍMICOS – PREVENÇÃO DE RECAÍDA: pacientes de
acompanhamento ambulatorial, egressos do hospital-dia, de internações hospitalares: SUS,
convênios e particulares.
• GRUPO DE ATENDIMENTO FAMILIAR – GRUPO PSICOEDUCACIONAL – grupos de múltiplas famílias,
com orientações sobre o adoecimento psíquico, tratamentos e prognóstico, aplicação de técnicas
adequadas para conscientização e mobilização do grupo familiar para o processo terapêutico :
familiares de pacientes egressos do HOSPITAL-DIA, HOSPITAL INTEGRAL e AMBULATÓRIO: SUS,
convênios e particulares.
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• GRUPO DE CODEPENDÊNCIA – GRUPO PSICOTERÁPICO: atendimento em grupo de familiares dos
pacientes dependentes químicos: SUS, convênios e particulares.
• OFICINAS TERAPÊUTICAS – PSICOTERAPIAS: pacientes ambulatoriais ou egressos do HOSPITAL-DIA,
HOSPITAL INTEGRAL mediante freqüências em oficinas terapêuticas ambulatoriais de acordo com
programação específica.
B. INTERNAÇÃO DOMICILIAR
1. INDICAÇÃO: Paciente com quadro transtornos mentais decorrente do uso de álcool e outras
drogas, evoluindo com abstinência leve / moderado, com poucos comprometimentos cognitivos,
motivado para o tratamento e com algum suporte sócio-familiar.
2. CONTRATO DE TRATAMENTO por escrito com todos os termos discutidos e acordados
mutuamente.
3. Após avaliação do psiquiatra, o paciente é orientado sobre os procedimentos e técnicas do
tratamento domiciliar:
a. Comprometimento com as orientações dos profissionais.
b. Utilização da medicação prescrita.
c. Permanência em casa, mantendo-se em atividades laborativas produtivas, de acordo com as
condições clínicas.
d. Saídas de casa somente acompanhadas de um familiar de confiança, que possa monitorá-lo
permanentemente e com segurança, e somente para atividades indicadas, tipo cultos
religiosos, consultas médicas e visitas familiares.
e. Proibição total de visitas e contatos externos de amigos ou grupos de amigos.
f. Realização do exame toxicológico a cada duas semanas, rigorosamente.
g. Duração da Internação Domiciliar dependerá da evolução do quadro clínico, avaliando-se o
nível de remissão dos sintomas de abstinência, a segurança do paciente, a melhora da crítica
sobre a doença, o estágio de mudança e o fortalecimento dos fatores de proteção.
4. A Internação Domiciliar é um programa de tratamento eficiente quando o paciente está realmente
motivado.
5. Violação dos termos do Contrato Terapêutico significa renúncia do Projeto Terapêutico proposto.
6. Insucesso total ou parcial na Internação Domiciliar deve ser reavaliada na consulta com a Equipe
Técnica.
7. Recaídas não deve entendida como fracasso, mas como parte do processo de recuperação.
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HOSPITAL DIA (Day Clinic)
A. CONCEITOS
O HOSPITAL-DIA é um serviço de atendimento psiquiátrico especializado, extra-hospitalar, baseado
nos princípios da psiquiatria dinâmica e social, no qual o usuário permanece durante o período do dia, de
segunda-feira à sexta-feira, exceto feriados, participando de atividades terapêuticas específicas para cada
quadro clínico, estimulando o relacionamento social, o desenvolvimento das relações interpessoais e
afetivas, a readaptação nas atividades da vida diária, sempre com acompanhamento por profissionais
habilitados nos serviços de saúde mental.
Em termos institucionais, o HOSPITAL-DIA é uma estrutura funcional e terapêutica intermediária
entre o Hospital Integral e o Ambulatório, servindo de suporte importante no processo de
desinstitucionalização do paciente psiquiátrico, de readaptação do núcleo familiar e de reinserção social.
O HOSPITAL-DIA tem sua atenção voltada às pessoas com transtornos psiquiátricos graves que
estão em período de reabilitação, que nunca internaram ou que passaram por internações hospitalares
anteriores, coordenado e articulado com a Rede de Assistência em Saúde Mental.
A prioridade de atendimento está dirigido aos usuários residentes nas proximidades da Instituição,
envolvidos com a comunidade local, com a participação ativa da família.
O programa terapêutico do HOSPITAL-DIA permite a continuação do processo de estabilização dos
sintomas de usuários em crise aguda de sofrimento psíquico oriundos do ambulatório e que não necessitam
de internação ou pacientes egressos do HOSPITAL INTEGRAL, sempre procurando evitar as internações
hospitalares ou reduzir o tempo de internação dos pacientes hospitalizados ao mínimo necessário.
B. NORMAS BÁSICAS DE FUNCIONAMENTO
•
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: segunda-feira à sexta-feira, exceto feriados, das 8h00 às
16h00.
•
FLEXIBILIDADE DE HORÁRIO E FREQÜÊNCIA: de acordo com o Programa Terapêutico
Individual (PTI) e acordado com a família e o usuário.
•
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO NO PROGRAMA: Admissão no programa mediante indicação médica,
após consulta no ambulatório, obedecendo-se critérios técnicos e funcionais:
CRITÉRIOS TÉCNICOS DE INCLUSÃO:
1. Quadros psicóticos agudos ou crônicos, egresso ou não de internação integral, e que não tenham
condições de seguimento ambulatorial, cujo manejo terapêutico possa ser feito no HOSPITALDIA.
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2. Dependente químico egresso ou não de internação hospitalar com dificuldades de manter a
abstinência exclusivamente no ambulatório – recaída ou lapso, com quadro clínico comórbido de
demência, depressão ou algum transtorno delirante/alucinatório, cujas condições clinicas possam
ser acompanhadas pelos familiares.
3. Pacientes em crises profundas devido a perdas afetivas ou a determinadas fases da vida –
adolescência, menopausa, luto, aposentadoria, com comprometimento funcional e laborativo
grave.
4. Paciente que necessite de maior contato com a equipe técnica para firmar diagnóstico e plano
terapêutico.
CRITÉRIOS FUNCIONAIS DE INCLUSÃO:
1. Residentes na grande Goiânia e que tenham condições de deslocamento.
2. Pacientes que possua um responsável. Caso não possua um responsável, a Equipe Técnica avalia
as condições do próprio paciente assumir a responsabilidade pelo seu tratamento.
•
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO DO PROGRAMA:
1. Portador de transtorno grave de personalidade, com grande dificuldade no convívio social e
comunitário.
2. Portador de transtorno depressivo grave com alto risco de suicídio.
3. Surto psicótico agudo com grande desorganização psíquica e comportamental, agressivo, com
ideação suicida e homicida.
4. Portador de retardo mental moderado à grave que necessite de cuidados especiais.
5. Idosos com quadro clínico que inspire cuidados intensivos.
6. Portadores de transtornos mentais decorrentes de uso de substâncias psicoativas, com poucas
possibilidades de alcançar a abstinência sem a internação integral.
7. Pacientes sem o suporte familiar mínimo necessário, ou pacientes residentes fora da grande
Goiânia, ou residentes em locais muito distantes, ou que sejam realmente impossibilitados de
deslocamento ate o hospital.
•
DINÂMICA DE FUNCIONAMENTO:
1. A chegada (entrada) e o retorno (saída) do paciente no HOSPITAL-DIA obedecerão sempre a sua
capacidade de entendimento e autonomia, sendo a proposta terapêutica estimular o
desenvolvimento da auto-ajuda, auto-cuidados e o re-aprendizado para a liberdade de escolha.
2. A Equipe Técnica deverá acompanhar diariamente os procedimentos de chegada e de retorno de
cada pacientes, individualmente.
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3. As ausências serão comunicadas diariamente ao Serviço Social. Mais de dois dias de ausência
seguida, sem justificativas, o usuário e responsável serão notificados sobre o procedimento de
alta por abandono.
4. Com a chegada, o usuário será encaminhado para a sua atividade terapêutica, conforme o
PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL, que passará a ser acompanhado por toda a Equipe de
profissionais e técnicos.
5. A família é totalmente envolvida no programa terapêutico através de reuniões, visitas domiciliares,
atividades terapêuticas, eventos artísticos e comemorativos;
6. O quadro de frequência, que inclui os dias da semana e os horários de permanência do usuário no
HOSPITAL-DIA, sempre dependerá da necessidade e dos objetivos terapêuticos e da
disponibilidade pessoal, podendo ser de três a cinco dias da semana, quatro ou 8 horas por dia
(meio período ou período integral)
7. A programação do QUADRO PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES será resultado das orientações técnicas
da equipe em comum acordo com o usuário;
8. As saídas não programadas serão discutidas sempre com o Serviço Social;
9. São oferecidas quatro refeições diárias: café da manhã, colação, almoço e lanche da tarde;
10. O tempo de permanência é flexível, dependendo da evolução de cada caso, avaliado
semanalmente pela Equipe Técnica.
11. No momento da internação, será realizado ACOLHIMENTO DO USUÁRIO pelo terapeuta que
estiver disponível. No acolhimento, o terapeuta apresenta o paciente ao grupo de acolhida e ao
seu “ACOMPANHANTE TERAPÊUTICO”, que lhe acompanhará durante os primeiros cinco dias de
internação, facilitando a sua adaptação no ambiente terapêutico;
12. O “ACOMPANHANTE TERAPÊUTICO” deverá apresentar as dependências físicas do HOSPITAL-DIA
e encaminhá-lo às atividades anteriormente prescritas no PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL
13. A Serviço de Terapia Ocupacional do HOSPITAL-DIA será responsável em organizar o quadro de
atividades dos pacientes sendo renovado sempre as sextas-feiras, conforme preenchimento do
formulário de distribuição de atividades realizado pelos profissionais.
14. A avaliação interdisciplinar de cada usuário será realizada em reunião semanal da Equipe Técnica
do HOSPITAL-DIA;
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C. PROGRAMA TERAPÊUTICO
Pretende-se que toda a proposta terapêutica realizada pela Unidade do Hospital Dia da Casa de
Eurípedes seja baseada numa elaboração do PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUALIZADO, contando com a
participação efetiva de toda a equipe técnica para a elaboração e acompanhamento do mesmo.
Os profissionais que integram a equipe são capacitados para atender pacientes portadores de
dependência química e outros transtornos mentais, com as diversas comorbidades, respeitando-se o perfil
de cada paciente assistido, tendo o cuidado de encaminhá-lo para a modalidade terapêutica que mais se
adapte às suas necessidades. Os critérios são discutidos em equipe interdisciplinar durante as reuniões
clínicas. Os atendimentos podem ser individuais ou em grupo. Entre as atividades terapêuticas mais focados
nos adictos, independente se apresenta comorbidade ou não, temos: o de acolhimento, grupos
psicoeducacionais, grupos de prevenção de recaída, grupos operativos, terapia cognitivo-comportamental,
musicoterapia e treinamento de habilidades sociais. As atividades terapêuticas direcionados para os
pacientes com outros sofrimentos psíquicos (transtorno de humor, esquizofrenia, demenciados, entre
outros) são: relaxamento, culinária, auto-cuidado, horti-cultura, estimulação cognitiva, atividades
expressivas, oficinas terapêuticas, grupos operativos, expressão corporal, musicoterapia, entre outras.
É importante destacar que toda a programação terapêutica do HOSPITAL-DIA é direcionada na
redução da internação hospitalar, na ressocialização e na desinstitucionalização do paciente psiquiátrico,
procurando ações em parceria com outros serviços substitutivos existentes na REDE DE ASSISTÊNCIA EM
SAÚDE MENTAL.
O tratamento consiste de atendimento psicológico em grupo e/ou individual, atendimento médicopsiquiátrico, atendimento de enfermagem, atendimento familiar, atendimento de terapia ocupacional,
oficinas terapêuticas, atendimento musicoterapêutico, atendimento nutricional, atendimento odontológico,
atendimento espiritual, atividades culturais, recreacionais e atividades de reinserção social, disponíveis nos
QUATRO NÚCLEOS (ANEXO).
Cabe salientar que esta divisão tem caráter didático e operativo, posto que suas atividades estão
intrinsecamente inter-relacionadas. Segue em ANEXO maiores detalhes a respeito desses núcleos, assim
como as descrições das atividades das oficinas / grupos que compõe cada NÚCLEO TERAPÊUTICO.
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HOSPITAL INTEGRAL
A. CONCEITOS
A proposta terapêutica realizada pela HOSPTIAL INTEGRAL da Casa de Eurípedes é dirigida para
pacientes psiquiátricos portadores de transtornos mentais graves, evoluindo com quadro agudo da doença, e
que apresentam dificuldades ou mesmo impossibilidades de realizarem o tratamento a nível ambulatorial ou
HOSPITAL-DIA.
Baseada numa elaboração individualizada do Projeto Terapêutico (ANEXO), que compreende o
paciente em sua totalidade existencial, busca a ressocialização com uma proposta de reduzir ao mínimo o
período de permanência na internação hospitalar.
Para isso buscamos elaborar um plano terapêutico de acordo com a necessidade de cada paciente,
para tal, contamos com a participação efetiva de toda a equipe técnica para a elaboração e
acompanhamento do mesmo, juntamente com a participação da família.
Os profissionais que integram a equipe são capacitados para atender quadros mentais agudos,
respeitando o perfil de cada assistido e tendo o cuidado de encaminhá-lo para a modalidade terapêutica que
mais se adapte às suas necessidades. Os critérios são discutidos em equipe interdisciplinar durante as
reuniões clínicas. Os atendimentos podem ser individuais ou em grupo.
B. NORMAS BÁSICAS DE FUNCIONAMENTO
• CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO – Apresentar-se no ambulatório para avaliação do médico plantonista
mediante encaminhamentos pelo Pronto Socorro Psiquiátrico, atendimento de convênio ou
particular, que se enquadre nos seguintes critérios:
1. Pacientes que apresentem reagudização dos sintomas psicóticos patológicos, com aumento do
risco para si ou para terceiros, sem condições de manejo ambulatorial ou no HOSPITAL-DIA..
2. Pacientes com quadros depressivos graves com grande risco de auto-extermínio, sem suporte
familiar que lhe possam assegurar alguma proteção.
3. Pacientes com grave desorganização do pensamento e do comportamento, com dificuldades de
convivência no ambiente familiar e social.
4. Pacientes que necessitam do acompanhamento de uma equipe especializada enquanto se reajusta
o medicamento para a diminuição dos sintomas.
5. Dependentes químicos graves com comprometimentos importante do desempenho social e
familiar, que não conseguem manter a abstinência no ambulatório.
6. Dependentes químicos com comorbidade psiquiátrica que apresentem riscos para si e para
terceiros.
7. Insucesso terapêutico no ambulatório ou no HOSPITAL-DIA.
8. Pacientes encaminhados pela justiça para internação compulsória.
• CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
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1.Pacientes com grande risco de asilamento, com história anterior de tentativas de abandono por
parte da família.
2.Manipulação emocional por parte de familiares e/ou responsáveis.
3.Pacientes que buscam ganho secundário junto à previdência social ou licenças médicas;
4.Pacientes menores de 14 anos, exceto casos excepcionais autorizados pelo Diretor Clínico e/ou
Diretor Técnico.
• Unidade de internação por tempo integral, hospital dia e noite,.
• Horários e atividades procuram repetir as rotinas da vida diária, com quatro refeições diárias e uma
ceia à noite (ANEXO).
07h30 – Desjejum.
10h00 – Colação.
11h30 – Almoço.
15h50 – Lanche.
18h30 – Jantar.
21h00 – Ceia Noturna.
• Pacientes ocupam quartos em enfermaria (máximo três leitos) e apartamentos (máximo dois leitos).
• Visitas dos familiares e/ou responsáveis são realizadas de segunda-feira à sexta-feira, das 17h00 às
18h00, e no domingo das 14h00 às 17h00;
• A família é totalmente envolvida no programa terapêutico através de reuniões familiares, grupos
terapêuticos, visitas domiciliares, eventos sociais, artísticos, culturais e comemorativos.
• Usuários e familiares deverão respeitar as rotinas de serviço e a proposta terapêutica a eles oferecida;
• A avaliação interdisciplinar dos usuários é realizada em reunião semanal.
• O tempo de permanência é flexível, dependendo da evolução de cada caso, avaliado diariamente pelo
médico assistente e semanalmente pela Equipe Técnica.
• Após alta médica os pacientes são encaminhados para continuidade do tratamento no Hospital Dia,
Ambulatório, Grupos de Auto-Ajuda ou serviços similares na Rede de Assistência de Saúde Mental.
C. PERFIL DA UNIDADE
A Unidade conta com confortáveis instalações, em apartamentos com o máximo de três leitos cada,
piso em cerâmica, revestimento nas paredes e armários individuais, constituindo um ambiente alegre e
agradável. Todos os quartos possuem sistema de iluminação especial para cromoterapia que é realizado no
período noturno, durante o repouso dos pacientes, constituindo um recurso terapêutico através das
radiações luminosas. Os postos de enfermagens são informatizados, com equipamentos médicos de suporte
e emergência, desfibrilador, enfermarias de intercorrência clínica, circuito interno de monitoramento por
câmeras, consultórios, sala interna de repouso para os funcionários, espaço de convivência, TV e jogos,
jardim de inverno. Soma-se a isto um consultório odontológico e um espaço físico composto por praças,
centro de convivência, quiosques, hortaliças, lanchonete, refeitório, lavanderia e espaços apropriados para
as oficinas de criação de animais (bovinos, aves, eqüinos e caninos), tudo isso para construir um espaço
terapêutico natural, que possa oferecer aos pacientes condições para o resgate de sua qualidade de vida.
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D. ENQUADRE TERAPÊUTICO
Equipe técnica nível superior:
• 03 médicos psiquiatras
• 01 médico clínico geral
• 02 psicólogos
• 02 assistentes sociais
• 02 terapeutas ocupacionais
• 01 musicoterapeuta
• 01 odontóloga
• 05 enfermeiros padrões
Equipe técnica nível médio:
• 28 técnicos de enfermagem
• 06 monitores de terapia ocupacional
E. PROGRAMA TERAPÊUTICO
A internação hospitalar tem, por premissa básica, a estabilização do quadro psicopatológico em
regime supervisionado, ocorrendo em período flexível. Sabemos que, de acordo com a complexidade do
transtorno e da avaliação individualizada de cada caso, alguns pacientes poderão necessitar de maior
tempo para compensar as complicações neuropsiquiátricas e eventualmente serem encaminhados para
o ambulatório ou para hospital-dia, objetivando ajuste farmacológico, avaliação do projeto terapêutico
e a reinserção social.
No primeiro momento da internação, o paciente será examinado / entrevistado pelo serviço de
enfermagem, com preenchimento da FICHA DE ENFERMAGEM com adequado registro no PRONTUÁRIO,
avaliando-se as condições gerais do paciente.
Realizados estes procedimentos, o paciente será encaminhado aos demais serviços: médico
assistente, psicologia, terapia ocupacional, clínico geral, quando será preenchida a ficha de avaliação
multiprofissional.
A partir das avaliações e das condutas dos diversos profissionais, será preenchido o QUADRO
DE PRESCRIÇÕES DE ATIVIDADES TERAPÊUTICAS.
Portanto, o PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL está iniciado.
Durante o período de internação, o paciente será avaliado pelos profissionais da equipe técnica,
reavaliando as condutas dinamicamente, de acordo com a evolução do quadro clínico, observando-se
os seguintes parâmetros:
1. Remissão parcial ou total dos sintomas psicopatológicos.
2. Melhora do comportamento desorganizado e de possíveis episódios de agressividade.
3. Diminuição do risco de suicídio.
4. Diminuição da periculosidade.
5. Melhora da adaptação social e familiar.
6. Ajuste adequado da medicação.
7. Diagnóstico psiquiátrico seguro.
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UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA
A. CONCEITOS
A Unidade de Dependência Química da Casa de Eurípedes é um serviço especializado no
tratamento de pacientes portadores de transtornos mentais decorrentes do uso de substâncias lícitas e
ilícitas. Baseado numa visão sistêmica e científica, a dependência química é vista como uma doença que tem
etiologias diversas, multifatoriais, que ocorre freqüentemente associada a co-morbidades, principalmente
relacionadas a outros transtornos mentais.
A doença e os problemas decorrentes provocam a desconfiguração da relação do eu do indivíduo
com o seu mundo externo. Nesse sentido, os símbolos significativos na estruturação da personalidade estão
perdidos ou profundamente distorcidos, invertendo-se emoções, afetos, valores, crenças e conceitos que,
antes da instalação do processo mórbido, era, significativos para a sua vida e constituíam a base de seus
relacionamentos intra e interpessoais. É como se o UNIVERSO MENTAL do portador de dependência química
perdesse a sintonia com o MUNDO DA REALIDADE, à semelhança do que acontece dos processos psicóticos
patológicos. O dependente químico, nos períodos ativos da doença, é delirante, no sentido que o juízo da
realidade está alterado, o que pode resultar em prejuízos no discernimento e na capacidade de
autodeterminação.
Este processo também atinge familiares e outros níveis nas relações interpessoais. A co-dependência é
um quadro que pode ser equiparado aos conhecidos delírios induzidos, em que os indivíduos passam a se
comportar sob a indução mental de um membro comum de seu grupo. É o doente–dependente dentro do
grupo familiar. Familiares envolvidos emocionalmente são vítimas da falta de suporte psicológico e do longo
período de sofrimento a que foram submetidos.
Nos estágios mais adiantados, uma ruptura mais drástica dos processos mentais pode ocorrer, e paciente
entra em delírios francos e sistematizados.
A doença tem vários estágios.
Entendemos que o PROJETO TERAPÊUTICO para a dependência química tem que ocorrer em regime
intensivo, aproveitando, se possível, o primeiro momento em que houver uma demanda por parte do
paciente. Em circunstâncias especiais, quando quadros clínicos mais graves ocorrem com comprometimentos
neuropsiquiátricos mais extensos e déficits cognitivos moderados, com a doença familiar plenamente
instalada, internações involuntária são necessárias e podem salvar muitas vidas.
A Casa de Eurípedes tem três abordagens para o tratamento, que são utilizadas de acordo com criteriosa
avaliação profissional:
AMBULATÓRIO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA
INTERNAÇÃO DOMICILIAR
HOSPITAL INTEGRAL
HOSPITAL DIA
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SEJA QUAL FOR A OPÇÃO INDICADA PELO PROFISSIONAL MÉDICO, COM O SUPORTE DA EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL ENVOLVIDA, O PACIENTE PODERÁ SER TRANSFERIDO DE UMA MODALIDADE DE
TRATAMENTO PARA OUTRA, DEPENDENDO DA EVOLUÇÃO DO QUADRO CLÍNICO.
B. PRINCÍPIOS GERAIS DO TRATAMENTO
1. Diagnóstico psiquiátrico e psicodinâmico seguro e completo, incluindo as co-morbidades.
2. Tratamento da fase aguda da abstinência.
3. Tratamento das complicações clinicas/psiquiátricas e tratamento das co-morbidades
clínicas/psiquiátricas.
4. Fortalecimento dos fatores de proteção.
5. Promoção da cultura de mudanças de sentimentos, pensamentos e comportamentos.
6. Espiritualidade.
7. Prevenção da recaída e abordagem motivacional.
8. Avaliação permanente dos estágios de mudança.
9. Recaída faz parte da doença e não significa fracasso do tratamento.
10. Integração com Grupos de Auto-Ajuda e a Rede de Assistência em Saúde Mental.
11. Reinserção social, familiar e profissional.
12. AVALIAÇÃO INICIAL – O paciente se apresenta no ambulatório para avaliação do médico nas
seguintes condições:
12. Procura espontânea.
13. Encaminhamento pelo Pronto Socorro Psiquiátrico ou Unidades da Rede de Atenção Básica.
14. Encaminhamento por outros profissionais de saúde.
13. O programa disponibiliza dinamicamente diversas possibilidades terapêuticas, avaliando-se a
evolução da doença, as co-morbidades associadas e o estágios de mudança do paciente:
AMBULATÓRIO – INTERNAÇÃO DOMICILIAR – HOSPITAL DIA – HOSPITAL INTEGRAL
C. AMBULATÓRIO DE DEPENDÊNCIA QUIMICA
1. INDICAÇÃO: Paciente com quadro de abstinência leve / moderado, com poucos prejuízos
cognitivos e sociais, motivado e com suporte sócio- familiar adequado. Suporte para Internação
Domiciliar.
2. DINÂMICA DE FUNCIONAMENTO:
b) Consulta com o médico psiquiatra.
c) Encaminhamento para agendamento no Grupo de Prevenção de Recaída.
d) Encaminhamento para participação em Grupos de Auto-ajuda.
e) Uso de medicação psiquiátrica de acordo com avaliação médica.
f) Retornos periódicos para consulta médica e participação no Grupo Prevenção de Recaída.
g) Monitoramento com toxicologia da urina.
h) Grupos familiares.
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D. INTERNAÇÃO HOSPITALAR
1. INDICAÇÃO DE INTERNAÇÃO:
a) Paciente com quadro de dependência moderado / grave, com comprometimentos cognitivos e
orgânicos importantes.
b) Quadro de abstinência com sintomatologia psicótica, alterações de comportamento,
agressividade.
c) Idéias suicidas ou homicidas.
d) Tentativas de abstinência no ambulatório sem sucesso, ou tentativas reais de abstinência com
recaídas freqüentes.
e) Dependentes moderados / graves com comprometimentos sociais importantes, perdas dos
vínculos familiares, sem suporte extra-hospitalar suficiente para tratamento ambulatorial.
f) Internações compulsórias (judicial).
2. CONTRATO TERAPÊUTICO – É um instrumento prático e objetivo, que descreve os acordos
administrativos e técnicos relacionados ao Programa Terapêutico.
3. PROGRAMA DE TRATAMENTO INDIVIDUALIZADO – P.T.I. (ANEXO)
E. FUNCIONAMENTO DA UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA
1. Programa terapêutico inicial de 28 dias – quatro semanas.
2. Internação voluntária, exceto pacientes com discernimento diminuído e risco iminente de vida.
3. Suporte farmacológico adequado.
4. Rotinas de atividades que representa a vida diária: regulamentos, horários, disciplina, ordem,
respeito, compromisso, trabalho, lazer, descanso, alimentação adequada, colaboração recíproca,
convivência social (ANEXO).
5. Abstinência total do tabaco: PROGRAMA DE TRATAMENTO DE CESSAÇÃO TABÁGICA para todos os
pacientes internos.
6. Participação obrigatória da família:
a) Grupos Psicoeducacionais semanais
b) Oficinas / Grupos de orientação e esclarecimento.
c) Visitas familiares programadas.
7. Grupos operativos e psicoeducacionais diários e obrigatórios.
a) Grupos de Orientação Familiar.
b) Grupos de Pevenção de Recaída.
c) Grupos Psicoeducacional Familiar
d) Oficina de Co-dependência.
8. Participação ativa dos pacientes na organização das próprias atividades e rotinas: o paciente é o
agente de sua própria recuperação.
9. O Programa 12 Passos: os conselheiros do A.A. / N.A. trabalham dentro do Hospital em reuniões
semanais de motivação.
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10. Alta hospitalar nas modalidades médica, a pedido e transferência.
11. DINÂMICA DAS ATIVIDADES TERAPÊUTICAS
a) Participação obrigatória em todas as atividades terapêuticas previstas no P.T.I.
b) Ausências nos Grupos devem ser justificadas.
c) Pontualidade nas atividades programadas.
d) Atendimento médico diário com suporte farmacológico e avaliação psiquiátrica e clínica.
e) Atendimento do Serviço Social diário tendo como principais eixos a qualidade relacional da
equipe e o enriquecimento da rede de pertencimento dos internos. Desenvolve atividades em
grupo, onde se trabalha questões atuais sobre estudo, cursos profissionalizantes, reinserção no
mercado de trabalho. Outra importante tarefa, e fundamental para o tratamento, é o
atendimento individual ao paciente e, a partir de suas demandas, a intervenção sócio-familiar.
f) Atendimento psicoterápico, priorizando os pacientes que apresentarem demanda ou quando são
encaminhados por outros profissionais da equipe, individual e em grupo, terapia de apoio,
técnicas de relaxamento, atendimentos familiares.
g) A Terapia Ocupacional desempenha um papel de reabilitação neurocognitiva e emocional,
mediante técnicas terapêuticas capazes de ampliar e criar repertórios novos, favorecendo o
processo de retomada e/ou aquisição de atividades saudáveis. Atividades da Vida Diária (AVD),
atividades produtivas (trabalho e escola) e atividades de lazer e de rotina.
h) INTEGRAÇÃO DAS ATIVIDADES TERAPÊUTICAS – ações harmonizadas em abordagens médicapsiquiátrica, psicoterápicas, terapia ocupacional, serviço social, enfermagem e espirituais, que
resultam em ampliação dos resultados, possibilitando:
1. Fornecer a compreensão essencial da pessoa, de seu presente como continuação do passado
e o contexto para entendimento de sua história.
2. Promover o entendimento das relações e vivências que podem ter contribuído para a
vulnerabilidade do indivíduo para o desenvolvimento da dependência química.
3. Direcionar o tratamento em termos de atingir uma revisão que levante e integre uma ampla
variedade de vivências.
4. Dar início a uma compreensão que vise obter uma base para treinamento terapêutico e o
crescimento contínuo das sensibilidades e habilidades do paciente.
5. Possibilitar a aprendizagem de novos padrões de comportamento, através do
desenvolvimento da autoestima e interdependência psicofísica e espiritual.
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1. NÚCLEO SÓCIO-FAMILIAR
Os profissionais realizam atendimentos individuais e familiares, palestras psicoeducacionais e grupos
terapêuticos unifamiliar e multifamiliar, sempre adaptadas à demanda familiar, baseadas nos conceitos
sistêmicos de família e saúde mental.
O sucesso no tratamento de um paciente portador de qualquer sofrimentos psíquico
está
diretamente relacionados ao envolvimento e participação do sistema sócio-familiar. As abordagens sócioterapêuticas têm como objetivos:
a) Realizar o acolhimento dos familiares, oferecendo suporte emocional e afetivo.
b)Proporcionar um entendimento da dinâmica familiar.
c) Proporcionar compreensão do processo do adoecimento familiar.
d)Oferecer perspectivas e esperança aos familiares afetados pela doença.
e) Melhorar o prognóstico do paciente.
A abordagem social se dá na relação do homem consigo mesmo para, a partir daí, expandir-se ate o
outro, ampliando-se para o contexto no qual este homem esta inserido. É uma nova forma de ver, ordenar e
construir o mundo, tendo como princípios básicos os direitos humanos, a responsabilidade pessoal e o
compromisso social na realização do destino coletivo.
Assim, acredita-se que, para o portador de transtorno mental assumir seu espaço na sociedade
permitindo a construção de uma nova ética e um novo tipo de convivência social, se faz necessário um
trabalho de reconhecimento e valorização dos direitos e deveres destes para que sejam respeitados e
integrados ao processo.
Objetivos:
• Ampliar o nível de consciência critica em relação aos problemas sociais: capacidade de analisar o
entorno social, diagnosticando necessidades e buscando soluções;
• Promover maior nível de envolvimento, compromisso e responsabilidades com as questões sociais:
participações em associações de comunidades, grupos de teatros, mobilizações e movimentos
sociais.
• Promover o aumento das informações a respeito dos instrumentos que embasam o exercício da
cidadania – Declaração dos Direitos Humanos e Constituição Federal – e dos grupos e organizações
que lutam pela defesa dos direitos dos portadores de transtorno mentais.
• Proporcionar ao usuário uma consciência ampliada do espaço em que vive, refletindo suas
problemáticas de modo a perceber as mudanças que deseja que ocorram e o que se faz necessário
para que elas aconteçam;
• Conscientizar sobre a importância da solidariedade na convivência social;
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• Posicionar em relação aos ambientes dos quais participa, descobrir-se agente transformador destes
ambientes;
• Perceber os direitos e deveres de cada membro da família, discutir as condições facilitadoras das
relações familiares
GRUPO PSICOEDUCACIONAL FAMILIAR
A necessidade de esclarecimentos básicos sobre o adoecer psíquico é uma característica comum à maioria
das famílias envolvidas nos transtornos psiquiátricos. Conceitos básicos sobre as características dos
sintomas psicopatológicos, os critérios diagnósticos, a evolução e o tratamento das doenças mentais são
desconhecidos quase que completamente, quando não são distorcidos com informações erradas e
incompletas. Esta abordagem é obrigatória para todas as famílias que estão integradas em algum dos
esquemas terapêuticos da Instituição, seja no ambulatório, no tratamento domiciliar, no Hospital-Dia, no
Hospital Integral ou na Unidade de Dependência Química. É uma oportunidade de sensibilizar e agregar
esforços no sentido de ampliar os resultados terapêuticos com mudanças de atitudes e ações produtivas por
parte do núcleo familiar. Uma família esclarecida, sensibilizada e motivada é um instrumento poderoso e
indispensável no processo de recuperação do adoecer psíquico. A doenças mental envolve completamente o
ambiente social e familiar, sendo fator desencadeante de crises ou fator de resistência ao tratamento e à
recuperação. Consciente ou inconscientemente a família com seus membros, individualmente e grupo,
interagem positivamente ou negativamente no processo saúde-doença.
(81) (90)
OBJETIVO:
• Transmitir conceitos básicos sobre as diversas patologias mentais.
• Orientar sobre os diversos recursos terapêuticos disponíveis.
• Sensibilizar os familiares sobre a dinâmica do adoecer psíquico, do paciente e da família.
• Estabelecer compromisso de co-participação no processo terapêutico.
• Orientar sobre o Programa Terapêutico da Instituição.
METODOLOGIA: Palestras expositivas, com utilização de recursos áudio-visuais, aplicação de técnicas de
grupo, com a participação dos familiares.
GRUPO DE ORIENTAÇÃO FAMILIAR
É um grupo de orientação familiar com um enfoque psicoeducacional que atende em grupo de múltiplas
famílias, sem a presença dos pacientes, dirigido exclusivamente para os recém egressos das internações
hospitalares. Com o objetivo principal de fazer o acolhimento dos familiares, no grupo também é
apresentado Programa Terapêutico da Instituição, buscando a sensibilização para o compromisso de
participação ativa do processo terapêutico. Nesse Grupo é assinado um Contrato Terapêutico Familiar - CTF,
uma formalidade que tem por objetivo criar um vínculo entre a Instituição e a família na aceitação e de
envolvimento.
(80) (81)
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OBJETIVOS:
• Fazer o acolhimento das famílias recém egressas.
• Sensibilizar para o compromisso de participação ativa no Programa Terapêutico.
• Esclarecer sobre as normas e rotinas da Instituição.
• Assinar o Contrato Terapêutico Familiar - CTF.
• Cadastrar os responsáveis para a visita hospitalar.
• Orientar sobre os princípios básicos de enfrentamento das situações de crise.
• Esclarecer sobre questões terapêuticas imediatas: medicações utilizadas, licença de final de semana,
consulta com psiquiatra e psicólogo, atendimento espiritual.
METODOLOGIA – Exposição dialogada, com circulação de idéias, colocação de dúvidas e questionamentos,
retornos para esclarecimentos, com ampliação das informações e distribuição do conhecimento, procurando
envolver todo o grupo. É estimulada a participação de todos os presentes, buscando romper inibições e
promover a interação verbal e afetiva. Neste momento, também é possível ouvir depoimentos e experiências
que possam enriquecer e promover a busca de soluções criativas para os problemas comuns.
OFICINA DE CO-DEPENDÊNCIA
A co-dependência é um transtorno emocional definido e conceituado por volta das décadas de 70 e 80,
relacionada aos familiares de dependentes químicos, e atualmente estendido a qualquer quadro de
transtornos mentais graves, transtornos de personalidade e de conduta. Tem como principal característica a
“atadura emocional”, ou seja, a pessoa sente – se atrelada a patologia do outro, tendo dificuldade em
colocar limites para o comportamento problemático do dependente. Os codependentes são na maior parte
dos casos pais ou cônjuges que vivem em função da pessoa dependente assumindo e responsabilizando–se
pelos sentimentos, pensamentos e comportamentos do outro (o dependente). Tem como principal
característica a preocupação, dependência (emocional, social e física) e o cuidado excessivo com o outro
causando um processo de auto – anulação e facilitação por parte do codependente.
Nos relacionamentos
co-dependentes NÃO EXISTE a discussão direta dos problemas, expressão aberta dos sentimentos e
pensamentos, comunicação honesta e franca, expectativas realistas, individualidade, confiança nos outros e
em si mesmo. A codependência torna-se uma barreira no processo de recuperação do paciente e da família.
Nesse sentido, esta oficina é um recurso fundamental e indispensável no processo terapêutico. Realizada
semanalmente, os familiares são encaminhados pelos terapeutas de seus pacientes de acordo com a
gravidade e a urgência da abordagem.
(86) (88)
OBJETIVO:
• Apresentar de forma didática e esclarecedora o processo de codependência.
• Sensibilizar os familiares sobre o processo de codependência e necessidade de mudanças.
• Motivar para as mudanças de sentimentos, pensamentos e comportamentos.
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• Estimular o autoconhecimento e o amor próprio.
• Resgatar as histórias pessoais de cada participante, seus sonhos e objetivos de vida.
• Desenvolvimento de relações honestas e satisfatórias consigo próprio e com os demais.
METODOLOGIA – Grupo psicoterapêutico, freqüência semanal, com aplicação de técnicas psicodinâmicas e
integrativas, estabelecendo uma ponte de compreensão e aceitação dos próprios sentimentos e
comportamentos, ampliando a percepção da realidade e da importância e função da pessoa consigo mesmo
e com suas relações interpessoais. É um processo terapêutico de renovação e de resgate da alegria de viver,
de se amar e de ser amado, espontâneo e incondicionalmente.
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2. NÚCLEO MÉDICO-PSIQUIÁTRICO
O Núcleo Médico-Psiquiátrico tem por missão prestar atendimento psiquiátrico, clínico, farmacêutico,
odontológico e nutricional, ao usuário de saúde mental, com transparência e respeito aos preceitos da ética
e das boas práticas clínicas, procurando MOTIVAR PARA O TRATAMENTO, AQUISIÇÃO DE HABILIDADES E
ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO, A IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS E SINTOMAS, INSTITUIR A
FARMACOTERAPIA, PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL E ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA,
COM
ABORDAGEM
INTEGRADA
COM
OS
DEMAIS
NÚCLEOS,
NA
IMPLANTAÇÃO
DO
PROJETO
TERAPÊUTICO INDIVIDUALIZADO.
GRUPO DE ORIENTAÇÃO PARA CESSAÇÃO TABÁGICA
Estudos indicam que a incidência e a prevalência de doenças mentais são maiores nos fumantes do que no
restante da população. Existe uma grande dificuldade no tratamento da dependência da nicotina nestes
pacientes. Sabe-se que o tabagismo tem íntima relação com depressão, esquizofrenia, ansiedade e o abuso
de substância. Fumar é associado a um maior risco de crises de pânico, com o aumento do consumo de
álcool e maior probabilidade de ocorrência de dependência da cocaína e maconha. Estudos descrevem que o
uso de cigarros poderia estar relacionado à facilitação do consumo posterior de outras substâncias, o
chamado modelo da “porta de entrada”. Em nosso serviço, ocorre uma prevalência do consumo de tabaco
entre os usuários de drogas ilícitas de 75%. O tratamento do tabagismo concomitante com o tratamento de
outras dependências químicas é pouco comum nos serviços especializados. Este fato se deve a dois motivos:
1) alguns serviços de saúde priorizam o tratamento da dependência da droga ilícita em questão; 2) acreditase que ocorreria uma maior probabilidade de recaídas, caso o tabagismo fosse tratado de modo
concomitante. No entanto, alguns estudos têm demonstrado o contrário, afirmando que quando o indivíduo
encontra-se motivado para deixar o uso de substâncias, seria o momento mais propício para a abordagem e
o tratamento do tabagismo. Estudo recente, sugere que a abordagem do tabagismo durante um programa
de tratamento para uma droga ilícita não produz dano e, possivelmente, pode representar benefício para o
tratamento de maneira global, o que sinaliza uma possibilidade de integração dos tratamentos. Com base
nestas análise, instituímos o PROGRAMA DE CESSAÇÃO TABÁGICA – PCT, implantado, inicialmente na
Unidade de Dependência Química da Casa de Eurípedes.
(36) (66) (72)
OBJETIVOS:
a) Desenvolver um ambiente hospitalar 100% livre de tabaco.
b) Promover a demanda pelo tratamento do tabagismo.
c) Diminuir o risco aumentado de doenças relacionadas ao tabagismo associados com outras doenças
psiquiátricas.
d) Diminuir o risco de recaídas no uso de álcool e drogas ilícitas associados ao tabagismo.
e) Melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
f) Oferecer oportunidade para os pacientes motivados a parar de fumar.
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METODOLOGIA – Utilização de técnicas motivacionais em grupo e individuais, abordagem breve (PAAP /
PAAPA), palestras psicoeducativas, entrevista motivacional, atividades físicas e nutrição balanceada. O
Grupo Motivacional para promover a demanda e a motivação pelo tratamento é realizado semanalmente
com os pacientes internados. O Grupo de Prevenção de Recaída também é realizado semanalmente no
AMBULATÓRIO com os pacientes externos. Utiliza-se recursos áudio-visuais e técnicas psicodinâmicas de
grupo. Todos os pacientes com grau de dependência alto (Teste de Fagerström > 6) iniciam a Terapia de
Reposição de Nicotina – TRN no primeiro dia, observadas as contraindicações e feitos colaterais. Após a
internação, considerando o exame e a história clínica do paciente, pode-se iniciar a terapia medicamentosa
com o bupropriona como primeira escolha, e a nortriptilina como segunda escolha.
OFICINA DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
O objetivo geral desta oficina é a educação para uma alimentação saudável na prevenção de doenças e
melhoria da qualidade de vida. Ensinar os pacientes os princípios de uma alimentação correta, melhorando a
qualidade de vida e reduzindo os riscos das doenças crônicas através de uma boa alimentação.
OBJETIVOS:
•
Apresentar a pirâmide alimentar, mostrando como usá-la e sua importância.
•
Mostrar como uma alimentação saudável reduz o risco de doenças crônicas não transmissíveis.
•
Explicar o que é a diabetes e como conviver com ela através da alimentação.
•
Apresentar o que é a hipertensão arterial e orientar a alimentação correta.
•
Explicar o que é a obesidade e como tratá-la.
•
Explicar o que é dislipidemia e como tratá-la.
•
Falar sobre bons hábitos de higiene e a importância na prevenção de doenças.
METODOLOGIA – O grupo acontece semanalmente. São realizadas paletras, utilizando datashow onde os
pacientes são estimulados a participar, através de debates, rodas de discussão e espaços para perguntas.
É realizado também atendimento individual, de acordo com a necessidade dos pacientes, com avaliação
nutricional e anamnese alimentar para diagnosticar o estado nutricional do paciente. Depois o paciente
recebe orientações nutricionais de acordo com o diagnóstico. Havendo necessidade é prescrita dieta de
acordo com a enfermidade atendida. Os atendimentos são realizados diariamente. Mensalmente é atualizado
o mural com assuntos sobre alimentação e nutrição, ensinando e orientando os pacientes sobre os objetivos
que foram propostos.
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OFICINA DE SAÚDE BUCAL
Capacitar e motivar os usuários a realizar o auto-cuidado de forma eficiente e autônoma e introduzir hábitos
e rotinas de higiene e alimentação adequados que contribuam para a manutenção da saúde oral e autoestima do paciente.
OBJETIVOS:
•
Conscientizar a alimentação saudável e diminuição da ingestão de açucares;
•
Estimular o usuário a adquirir conhecimentos que o auxilie no processo de mudança e
transformação;
•
Promover o auto cuidado e higiene oral;
•
Colaborar com o PROGRAMA DE CESSAÇÃO TABÁGICA;
•
Realizar higiene bucal supervisionada e busca de autonomia no processo de auto-cuidado;
•
Identificar precocemente lesões na mucosa oral através da técnica do auto exame da cavidade oral;
•
Promover o conhecimento das patologias da cavidade oral;
•
Esclarecer quanto à importância de uma ação coletiva de aplicação de fluoreto.
METODOLOGIA – Método pedagógico, através da educação continuada utilizando-se aulas expositivas,
material áudio-visual e técnicas de grupo.
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3. NÚCLEO DE ESPIRITUALIDADE
O núcleo de espiritualidade tem como função primordial promover a vivência da espiritualidade
na intimidade de cada um, de acordo com sua sensibilidade e disposição intima, sem dogmatismo,
proselitismos e violação das consciências individuais.
Utiliza-se como estratégia o estímulo natural, através do convite à experiência de uma vida de
harmonia e elevação espiritual em busca do amor próprio, da relação fraternos com os pares e a busca
da transcendência diante dos valores da vida material.
O núcleo promove ainda atividades de desobsessão e fluidoterapia. os atendimentos de
desobsessão são realizados sem a presença do paciente, à distância, e as aplicações magnéticas
(fluidoterapia) são presenciais e sempre respeitando a vontade expressa do paciente.
São
realizados
regularmente
estudos
científicos-filosóficos-religiosos,
sempre
de
caráter
profundamente ecumênico.
Grupos de meditação e relaxamento reforçam as estratégias de busca de paz e harmonia
interiro, e são realizados diariamente.
É um processo de individuação, ou seja, a integração da personalidade com o eu profundo. o
resultado é um entendimento maior sobre a própria realidade, gerando paz de consciência, esperança
e virtudes morais.
Todas estas atividades são desenvolvidas por voluntários.
GRUPO MEDIÚNICO
A questão das influências de uma mente sobre a outra mente é conhecido e plenamente compreendido
pela psicologia, e somos testemunha deste fenômeno que ocorre nas nossas relações diárias, quanto
influenciamos ou deixamos nos influenciar
pelas pessoas com
as quais nos relacionamos e
estabelecemos alguma sintonia pela afinidade de idéias ou pelos vínculos emocionais que criamos,
sejam negativos ou positivos. de forma semelhante, espíritos desencarnados, que preservam a sua
identidade e seus afetos depois que perderam o corpo, podem exercer grande influência sobre o
cérebro daqueles com os quais conseguem sintonizar. esta influência pode causar graves perturbações
no pensamento, na sensopercepção e no raciocínio das pessoas, contribuindo para a sintomatologia
dos mais diferentes transtornos mentais. é o que chamamos de obsessão espiritual. os grupos
mediúnicos utilizam técnicas conhecidas como desobsessão espiritual. “Espíritos desencarnados e
encarnados de condição enfermiça sintonizam-se uns com os outros, criando prejuízos e perturbações
naqueles que lhes sofrem a influência vampirizadora, lembrando vegetais nobres que parasitos arrasam,
depois de solapar-lhes todas as resistências”.
(27) (50)
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METODOLOGIA – A técnica de desobsessão espiritual é um método de desligamento da influência que
um espírito exerce sobre o paciente, e utiliza como instrumento uma terceira pessoa, o médium, que
em transe mediúnico serve de intermediário na comunicação com o espírito desencarnado que de
alguma forma está associado ao quadro mental do paciente em tratamento. nesse caso, o paciente não
necessariamente precisa estar presente durante o atendimento mediúnico, sendo feito sempre à
distância, sem qualquer percepção por parte do paciente que esta sendo atendido. O espírito pode ser
orientado verbalmente sobre a sua condição espiritual, da necessidade de interromper a sua ação
mórbida sobre mente do paciente. outro benefício obtido nesta técnica, em qualquer caso, é o choque
fluídico (anímico) que o espírito comunicante recebe durante o contato com o campo vibratório do
grupo mediúnico, que neste serve como elemento estruturador da forças magnéticas desajustadas da
mente em desequilíbrio, algo semelhante aos procedimentos terapêuticos psiquiátricos utilizando
correntes elétricas. Podem ser utilizadas técnicas diferentes, de acordo com a experiência e a
característica dos médiuns e dos grupos mediúnicos:
A. DESOBSESSÃO ESPIRITUAL POR ACONSELHAMENTO – Utilizando mediunidade de incorporação,
utiliza-se a comunicação direta com o espírito desencarnado, que pode ser convencido da
desistência de sua ação sobre a mente do paciente.
B. DESOBSESSÃO ESPIRITUAL POR CHOQUE ANÍMICO – Utilizando a corrente magnética criada
pelo campo mediúnico formado pelos médiuns e assistentes presentes na reunião, não
necessariamente ocorre a comunicação verbal com o espírito, mas apenas a passagem do
espírito por este campo mento-eletromagnético provocando um choque magnético (anímico)
causando uma mudança positiva no estado mental deste espírito e, consequentemente,
melhora da percepção da realidade e do discernimento.
C. DESOBSESSÃO ESPIRITUAL POR VIBRAÇÕES MAGNÉTICAS – UTILIZANDO A ORAÇÃO COMO
INSTRUMENTO
POSITIVAMENTE
DE PROJEÇÃO
NO
DE
PROCESSO
ENERGIAS
DE
MENTAIS À DISTÂNCIA
DESLIGAMENTO
DAS
QUE INTERFEREM
INFLUÊNCIAS
ESPIRITUAIS
OBSESSIVAS.
GRUPO DE FLUIDOTERAPIA
Baseado nos princípios do vitalismo, no qual se entende que a estrutura biológica do ser humano
possui um componente energético (ou fluídico, se quisermos usar outra nomenclatura). A ciência
entende e utiliza os campos energéticos biológicos resultados da fisiologia celular em muitas situações.
os exames de imagem por ressonância magnética, que constituem um extraordinário recurso
diagnóstico da prática média, utilizam os princípios dos campos de força magnética presentes no corpo
humano, emitidas por forças interatômicas. diversos outras técnicas diagnósticas e terapêuticas
médicas utilizam fontes energéticas externas interagindo com o corpo material, tais como, a
ultrasonografia, a radioterapia, a litotripsia e outras. a homeopatia e a acumputura são especialidades
médicas que trabalham com princípio da energia vital. a técnica em desenvolvimento conhecida como
estimulação magnética transcraniana é baseada na resposta fisiológica do cérebro a ação de um campo
magnético externo. outra técnica energética extensivamente utilizada na psiquiatria é a ect (eletro-
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convulso-terapia) que constitui na aplicação de uma corrente elétrica através do cérebro, restaurando,
de alguma forma, o equilíbrio fisiológico. e corrente elétrica é essencialmente energia, é um fluido
elétrico. todos os mecanismos de transmissão e processamento de sinais no cérebro humano resultam
de reações químicas no organismo humano gerando correntes elétricas e campos magnéticos
associados. portanto, o corpo humano é um verdadeiro campo de energias em suas mais diferentes
formas e densidades. o passe fluídico ou magnético se baseia no princípio que a energia vital de uma
pessoa possa ser transmitida para outra pessoa, mediante algumas técnicas apropriadas.
(50) (51) (91)
OBJETIVO: Utilização do fluido vital na transmissão e/ou reposição da energia vital de uma pessoa
para outra pessoa, podendo ser utilizando um meio intermediário (a água, por exemplo) ou
diretamente para imposição das mãos ou irradiação do pensamento a distância. a energia vital
transmitida ao receptor age no sentido de restabelecer o equilíbrio fisiológico ou na reposição de
energia deficitária. é uma espécie de transfusão de energias, a semelhança das transfusões sanguíneas
médicas.
METODOLOGIA – PODEM SER UTILIZADAS DIFERENTES TÉCNICAS FLUIDOTERÁPICAS:
A. PASSES FLUÍDICOS – Utilizando-se a imposição das mãos do doador (passista) sobre o receptor
(paciente), sem necessidade de contato físico.
B. ÁGUA FLUIDIFICADA – Através da ação conjugada do pensamento do médium e da imposição
das mãos sobre o recipiente contendo a águia a ser fluidificada, pode-se alterar a disposição
molecular da água, formando cristais de diferentes matizes. esta alteração na organização
molecular da água em cristais, que podem ser observadas em estado sólido (gelo), resultam na
capacidade de armazenamento energético da água, possibilitando que seja utilizada como
veículo de transmissão fluídica.
C. IRRADIAÇÃO DO PENSAMENTO – É o mesmo princípio descrito acima, com a diferença que é
utilizada uma técnica puramente mental, ou seja, através da mentalização focada no paciente
(oração intersessória, repetida e persistente), o pensamento é projetado a distância em ondas
magnéticas (energia que flui) agindo positivamente na recuperação do paciente.
GRUPO DE ESTUDOS CIÊNCIA – FILOSOFIA – RELIGIÃO
Grupo de estudos abordando questões científicas, filosóficas e religiosas sob uma perspectiva
ecumênica no seu aspecto religioso, e sem qualquer enfoque dogmático e atitude proselitista. é uma
busca do auto-conhecimento preconizado pelo sábio grego do iv a.c. sócrates: “conheça-te a ti
mesmo”. é um mergulho na busca das razões e significados da própria existência: `quem eu sou? o
que estou fazem aqui? para onde estou indo?’
(51) (52) (79)
Objetivos:
• ESTIMULAR O AUTO-CONHECIMENTO.
• AMPLIAR A CONSCIÊNCIA PARA A REALIDADE EXISTENCIAL.
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• DESCONSTRUIR PRECONCEITOS E CRENÇAS DISTORCIDAS A CERCA DA CIÊNCIA, DA FILOSOFIA
E DA RELIGIÃO.
• DESENVOLVER O SENSO CRÍTICO E A AUTO-ANÁLISE.
• ELABORAR OS RECURSOS INTERNOS DE CADA INDIVÍDUO NA CONSTRUÇÃO DE HÁBITOS SADIOS
E DE VIRTUDES MORAIS.
• CONSTRUIR NAS CONSCIÊNCIAS UM JUIZ PESSOAL DOS PRÓPRIOS ATOS, O SENSO DE
RESPONSABILIDADE E DO DEVER.
• DESENVOLVER COM SEGURANÇA O LIVRE ARBÍTRIO.
METODOLOGIA – Pela livre discussão e debate de idéias, em grupo, utilizando como instrumento o diálogo
nascido do respeito às individualidades e às crenças, promove-se o intercâmbio de conhecimento, através da
trocas de perguntas e exposição das dúvidas, com o questionamento permanente dos assuntos
apresentados (MAIÊUTICA). Como processo individual, o método constitui num parto de idéias porque o
conhecimento nasce dentro de cada individualidade e, assim, novos conceitos sobre a vida vêm à luz da
consciência. O instrumento mais importante é o diálogo livre e aberto. Com o uso de metáforas, parábolas,
técnicas motivacionais e artísticas, o conhecimento emerge naturalmente, e as conclusões são resultado
espontâneos do crivo da razão.
Com senso de humor e alegria sincera, o paciente é estimulado a
redescobrir a vida, e a esperança de viver uma vida renovada e dirigida para a prática de valores morais
elevados em benefício de si mesmo e da coletividade a que pertence.
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4. NÚCLEO PSICOTERÁPICO
O NÚCLEO PSICOTERÁPICO INCLUI TODAS AS PSICOTERAPIAS, VERBAIS E NÃO VERBAIS,
EXPRESSIVAS E OCUPACIONAIS, QUE CONSTITUEM UMA ESTRUTURA ÚNICA FORMADA PELAS
SEGUINTES CLÍNICAS:
1.
CLÍNICA DE MUSICOTERAPIA.
2.
CLÍNICA DE PSICOLOGIA.
3.
CLÍNICA DE TERAPIA OCUPACIONAL.
CLÍNICA DE MUSICOTERAPIA
– A musicoterapia surge como uma ciência em emergência, mas que é
fruto de uma longa história que envolve o som, o ser humano, o meio em que vive e as diversas relações
existentes entre estes, principalmente as que dizem respeito à saúde.
A musicoterapia é um campo de atuação profissional que utiliza a
música
e
processo
seus
elementos
destinado
relacionamento,
organização
e
o
à
(som,
ritmo,
melodia,
harmonia)
facilitar
e
promover
aprendizado,
a
mobilização,
demais
objetivos
terapêuticos
a
em
comunicação,
a
afim
expressão,
de
atender
um
o
a
as
necessidades físicas, mentais, sociais e espirituais do usuário.
A boa música e/ou a música preferida do usuário harmoniza o ser
humano trazendo-o de volta a padrões mais saudáveis de pensamento,
sentimento
e
do
das
corpo,
alcança
seus
ação,
conseguindo
emoções
objetivos,
e
do
quando
renovar
a
espírito.
o
paciente
divina
harmonia
portanto,
começa
a
a
e
funcionar
O objetivo consiste em promover a reintegração social dos usuários utilizando técnicas
musicoterápicas a partir do não-verbal (re-criação musical, audição musical, composição musical,
OBJETIVOS:
•
Promover a abertura dos canais de comunicação;
•
Propiciar a integração entre pacientes e os assistentes através da música;
•
Facilitar a auto-expressão criativa, através do sonoro-musical;
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ritmo
musicoterapia
uma pessoa completa e em equilíbrio consigo mesmo.
improvisação musical).
o
como
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•
Exercer um papel de incitação, de estimulação, mobilizando e desenvolvendo sua capacidade de
comunicação, de expressão e de diálogo através da relação com o musicoterapeuta, que propicia
este processo;
•
Integrar os indivíduos do grupo através da comunicação interpessoal, estimulando a auto-percepção
e a percepção do outro, por meio de uma linguagem específica: a linguagem musical;
•
Proporcionar o contato corporal e afetivo com o outro;
•
Resgatar o sentimento de auto-estima;
•
Auxiliar o usuário a dar forma à sua expressão;
•
Resgatar memórias da história existencial do usuário;
•
Estimular nos usuários o desejo de superação dos próprios limites;
•
Desenvolver a capacidade do paciente em auxiliar o próximo nas suas dificuldades e limitações;
CLINICA DE PSICOLOGIA
– A humanidade vem, ao longo do tempo, enfrentando grandes desafios
frente ao problema da dor. Conhecimentos científicos, filosóficos, religiosos e do senso comum trazem pouco
a pouco recursos de alívio ou cura desse confronto que atinge o indivíduo e a sociedade. A psicologia como
ciência do comportamento traz também sua colaboração através das teorias e práticas que possibilitam a
previsão do comportamento e, consequentemente, equilíbrio emocional e mental das pessoas e de seus
relacionamentos. Para tanto, auxilia desde intervenções individuais, familiares e comunitários, alcançando
vários setores da sociedade, incluindo especificamente os hospitais especializados, buscando a otimização do
atendimento em saúde mental.
Objetivos Específicos
• Promover espaço para fala e expressão emocional do paciente;
• Promover adesão ao tratamento;
• Auxiliar na prevenção de recaídas;
• Melhorar a relação familiar e social;
• Melhorar a auto-estima e autonomia;
• Esclarecer sobre o transtorno mental ao paciente e à família;
• Resgatar o equilíbrio emocional;
• Inserir os usuários em projetos de ressocialização, atividades laborativas e educacionais.
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CLÍNICA DE TERAPIA OCUPACIONAL – A Terapia Ocupacional, é definida especificamente como: “(...)
Técnica que utiliza o trabalho como recurso para tratar ” (FRANCISCO.B.R.1988,p.18). Entretanto, o uso da
atividade com finalidades terapêuticas deve satisfazer uma série de princípios. A escolha da atividade exige
um processo de identificação de necessidades e problematização do conflito; é necessário que seja repleta
de simbolismo, ou seja, intenções e vontades. E diante da revelação de necessidades, o profissional de
terapia ocupacional pode promover através da atividade a superação do conflito.
A terapia ocupacional é um campo do conhecimento e intervenção em saúde, em educação e na ação social,
que reúne tecnologias orientadas para a emancipação e a autonomia de pessoas que, por razões ligadas a
problemáticas específicas (físicas, sensoriais, psicológicas, mentais e/ou sociais), apresentam temporária ou
definitivamente, dificuldades de inserção e participação na vida social (BARROS et al 2002 b)
(10)
Objetivo consiste em desenvolver ações para a reestruturação das condições bio-psico-socio-cultural e
espiritual dos usuários, bem como a inclusão social e a promoção da saúde.
Objetivos Específicos
• Estimular o ressocialização e integração social;
• Recuperar e promover a auto estima, auto imagem e a autoconfiança;
• Trabalhar suas potencialidades através das atividades proporcionadas;
• Promover maior nível de consciência, responsabilidade, compromisso diante do tratamento;
• Melhorar a qualidade de vida do assistido e de sua família;
• Possibilitar um aumento do repertório laboral;
• Buscar melhorar os aspectos cognitivos;
• Valorização do aprendizado, concretizando o desejo de aprender algo.
• Restaurar a capacidade de cuidar de si e de administrar sua vida, e manter o máximo de autonomia para
promover o melhor, ajustamento pessoal.
OFICINA DE HORTICULTURA
Horticultura é um processo de terapêutico que usa as plantas tendo como instrumento atividades
horticulturais, de jardinagem e o mundo natural a fim de promover melhorias através dos sentidos do tato,
mente e espírito. O contato com o mundo das plantas estimula todos os sentidos, aliviando o estresse. A
manipulação com as plantas oferece vários benefícios que estimulam o individuo, exercita o corpo, aguça a
imaginação e ameniza o espírito, promovendo assim uma educação das pessoas de forma a melhorar a
qualidade de vida. (37) (40)
OBJETIVOS: O grupo tem por principio ser o lugar onde por meio do fazer (atos, ações, atividade) possa-se
criar, atuar, reconhecer, organizar e gerenciar o cotidiano concreto de cada indivíduo. “Um lugar onde a
convivência com as contradições vividas pelas suas ações cotidianas possa ser trazida para o fazer concreto
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– no manuseio de diferentes materiais/atividades/situações – abrindo assim, a possibilidade de
reconhecimento e enfrentamento de suas dificuldades cotidianas, na busca, por um enriquecimento de suas
necessidades concretas, no interior da coletividade”.
•
Restaurar a capacidade de cuidar de si e de administrar sua vida, e manter o máximo de autonomia
para promover o melhor ajustamento pessoal.
•
Conscientizar o usuário sobre a realidade de seus recursos e limitações, descobrindo seu potencial.
•
Recuperar e promover a auto-estima, a auto-imagem e a autoconfiança. Estimular a independência
e autonomia.
METODOLOGIA: As atividades deverão ser realizadas com tarefas e rotinas pré-determinadas, com o
acompanhamento de um monitor, que promoverá a manutenção dos objetivos citados. As atividades terão
uma seqüência, por exemplo, vão desde a preparação do solo até a colheita, lembrando que encerrando as
atividades, os pacientes recolherão seus respectivos instrumentos de trabalho e farão sua higiene pessoal. O
usuário será encaminhado para a oficina através do processo de acolhimento ou indicação medica, sendo
acompanhado pela terapia ocupacional uma vez por semana pela manhã. O grupo tem atividade
previamente estabelecida pelo monitor, com proposta definida. Serão encaminhados pelo monitor para
atividades na horta, e jardins do hospital. Será distribuído aos mesmos: roupas adequadas, jaleco e
equipamentos individuais no inicio das atividades e recolhidas no final.
CAMINHADA ECOLÓGICA
O indivíduo quando se encontra em processo de sofrimento mental, se priva voluntariamente da realização
de atividades que lhe proporcione qualidade de vida, dentre elas exercícios que estimulem a prática de
hábitos saudáveis
(82) (85)
OBJETIVOS – Intervenção terapêutica no bem estar biopsicossocial do indivíduo:
•
Estimular a prática de hábitos saudáveis.
•
Ajudar na metabolização dos medicamentos.
•
Desenvolver a percepção de direção, de espaço e lateralidade.
•
Propiciar a reintegração social entre os participantes.
•
Melhorar a disposição diante das atividades do dia.
•
Fortalecer musculatura e articulação.
•
Oportunizar a manutenção e-ou recuperação do movimento normal dos membros e articulações
desenvolvendo melhor habilidade articular.
METODOLOGIA – As atividades de caminhada serão desenvolvidas todos os dias da semana, após o café
da manhã, na pista de caminhada na Praça da Evolução, terão o acompanhamento do técnico de
enfermagem e monitores de terapia ocupacional. Terão participação na atividade, os usuários
encaminhados pelo serviço médico e avaliados pelo terapeuta da unidade de Hospital Dia.
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GRUPO DE ACOLHIMENTO
Ao ingressar na instituição hospitalar o usuário possui expectativas, incertezas e desconhecimento das
pessoas com quem irá conviver assim como do ambiente físico do hospital. O momento do acolhimento visa
avaliar seus aspectos psicológicos e ocupacionais no intuito de ingressar o usuário para o tratamento, na
tentativa de acolhê-lo, esclarecer e definir o seu programa terapêutico na unidade.
(59)
OBJETIVOS – Promover o acolhimento do indivíduo que ingressa, para o tratamento. O acolhimento
reorienta quanto a organização do trabalho e o relacionamento com a clientela, horizontalizar as relações
terapêuticas devolvendo para os sujeitos papel ativo na construção de soluções e parte da responsabilidade
pelo cuidado pretendido.
•
Esclarecer ao usuário sobre as regras do hospital (horários de entrada e saída, alta administrativa,
etc)
•
Conscientização sobre o tratamento.
•
Possibilitar que sua postura inicial ao processo, de receptor, de expectador transformando-se em
protagonista do processo.
•
Encaminhar o paciente ao seu acompanhante terapêutico
•
Avaliar o usuário de forma integral e orienta-lo quanto aos grupos que irá participar.
METODOLOGIA - O acolhimento acontecerá uma vez por semana, no período da manhã. O terapeuta
ocupacional e psicólogo responsáveis pelo acolhimento irá atender o indivíduo que ingressa para o
tratamento, numa sala de atendimento, promovendo um setting terapêutico adequado, acolhedor e
receptivo, e encaminha-lo ao acompanhante terapêutico.
OFICINA DE BELEZA E ESTÉTICA
Promover um espaço seguro, onde o usuário possa descobrir ou redescobrir a importância do auto cuidado,
a aparência, a necessidade de manter boas práticas de higiene pessoal, para manutenção da saúde, do bem
estar físico e mental e principalmente para uma melhor aceitação na comunidade.
(37)
OBJETIVOS:
• Promover autonomia e independência.
• Aumento da auto-estima.
• Promoção da convivência na sociedade.
• Melhora da qualidade de vida.
• Restabelecer o equilíbrio emocional.
• Permitir autonomia e interação social
• Estimular o cuidado, capricho e asseio corporal.
METODOLOGIA – O grupo acontecerá uma vez por semana no período da manhã, coordenado pela terapia
ocupacional.As atividades serão desenvolvidas no espaço apropriado com grupos pequenos.
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OFICINA DE CONSCIÊNCIA CORPORAL
O estilo de vida atual, a rotina e as preocupações do dia a dia provocam uma falta de experiência corporal e
sensorial nas pessoas, o que causa uma desconexão, uma falta de relação entre o corpo e a mente, uma
falta de relação do corpo com os sentidos.
(2) (32) (56)
Objetivos – O reconhecimento e a conscientização do próprio corpo, estimulando hábitos saudáveis,
resultando na melhoria da qualidade de vida.
•
Proporcionar a liberação, de modo seguro, de sentimentos.
•
Desenvolver a consciência corporal.
•
Desenvolver a percepção de direção, de espaço, de lateralidade.
•
Proporcionar um processo de auto-conhecimento (dificuldades e possibilidades do próprio corpo).
•
Propiciar um espaço de expressão, comunicação e criação.
METODOLOGIA – É indicado para usuários que através da consciência corporal possam interagir melhor
consigo e com os outros. As atividades serão realizadas uma vez por semana no período matutino e dirigido
pelo serviço de terapia ocupacional. As atividades serão previamente estabelecidas, com propostas
definidas. Serão utilizadas atividades como relaxamento corporal, uso de musicas e jogos corporais.
GRUPO DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA
A capacidade cognitiva (memória, atenção, função executiva, senso percepção, praxias) é essencial para a
vida do individuo e ao seu papel nas atividades de vida diária. As alterações da capacidade cognitivas
ocorrem com freqüência nos portadores de transtorno mental, mas elas só passam a ser preocupantes na
medida em que interferem no desempenho das atividades do dia a dia. Neste caso, há perda funcional,
perda da autonomia e consequentemente desequilíbrio da práxis do individuo. Quando compromete suas
atividades do dia a dia, compromete também sua independência. Isto acarreta muitos problemas, inclusive
o isolamento familiar e social. Assim uma vez impedido de atuar com independência, o usuário esta
impossibilitado de participar da recriação permanente da vida social e passa a não exercer, por conta disto,
sua cidadania.
(1) (60) (85) (87)
OBJETIVOS:
•
Treino nos processos de atenção, concentração e memória.
•
Promover a habilidade organizacional.
•
Interromper a perda da capacidade mental, preservando o contato com a realidade.
•
Restaurar a capacidade de cuidar de si e de administrar sua vida, e manter o máximo de autonomia
para promover o melhor ajustamento pessoal.
METODOLOGIA – O atendimento é em grupo e as atividades oferecidas são analisadas, avaliando seu
potencial terapêutico. Os grupos serão coordenados pela psicologia, realizados uma vez por semana no
período matutino. A aprendizagem experimental por meio da atividade, interações e trabalho em grupo é
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observada como o meio de produzir respostas adaptativas ou melhorar as habilidades. A ênfase está em
maximizar a função residual por meio da adaptação da tarefa e da adaptação ambiental.
ASSEMBLÉIA GERAL DE USUÁRIOS
O paciente de saúde mental é tolhido pela sociedade, perdendo a capacidade de autonomia diante de
decisões a cerca dele mesmo. No processo de reabilitação e readaptação do individuo na sociedade, está
diretamente ligado ao resgate do individuo como cidadão, capaz de fazer suas próprias escolhas. Valendo-se
da necessidade de resgatar características indispensáveis ao cotidiano como estabelecimento de disciplina
diante das atividades de rotina.
(37) (40)
OBJETIVOS:
• Espaço onde o usuário pode falar e refletir sobre angústias, conflitos e tratamento.
• Divisão de tarefas do grupo operativo e agentes transformadores.
• Espaço democrático onde o paciente será ouvido sobre suas queixas, sugestões e principalmente, sobre
a forma que é tratado dentro da unidade.
METODOLOGIA – A Assembléia Geral é realizada semanalmente com a participação de todos os pacientes
da unidade, técnicos responsáveis, psicóloga e monitores, acompanhado pelo terapia ocupacional. As
discussões e decisões são documentadas em Livro Ata e arquivadas.
OFICINA DE VIDEOTECA
Sabe-se que a linguagem cinematográfica é rica e acessível por contemplar imagem, cores, enredo,
temporalidade, música, além de um farto repertório temático. Têm-se então um instrumento versátil para se
trabalhar aspectos da vida cotidiana.
(37) (40)
OBJETIVOS: Trazer para o usuário, através dos filmes temas diversos e de seu interesse, destinado à troca
de impressões, sensações, lembranças, sentimentos e indagações despertados pelas cenas. Ou seja,
propiciar um momento de reflexão.
•
Trabalhar aspectos da vida cotidiana, através de discussões de trechos de filme, previamente
escolhido de acordo com o interesse e a necessidade do grupo.
•
Buscar a integração do grupo, bem como melhorar aspectos cognitivos.
•
Promover a identificação do usuário para com os problemas e com as situações vividas pelos
personagens, na tentativa de favorecer alguma elaboração possível.
METODOLOGIA - Este grupo ocorrerá uma vez por semana, no auditório. Sendo acompanhado pelos
monitores da terapia ocupacional. A seleção dos filmes será feita em conjunto com o grupo de usuários. Se
necessário haverá recortes de cenas de modo a preservar uma coerência interna ao trecho selecionado, de
maneira que esse prescindisse do restante do filme. Ao final da exibição o grupo abre-se para possíveis
reflexões.
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OFICINA DE ARTESANATO
Tendo em vista a necessidade de humanização e efetivação da assistência, bem como a preservação aos
direitos de cidadania dos usuários internos, e o processo de desinstitucionalização, observou-se necessário a
criação de um espaço que possibilitasse ao usuário o aumento das oportunidades de contato social e o
incremento das intervenções de reabilitações. Assim, permitindo um modelo de atuação mais humano, mais
digno, que realça atividades de intensa participação do mesmo na sua recuperação, estimulando o convívio
social, evitando segregação e permitindo um retorno mais rápido à vida em família e em sociedade.
(37) (40)
OBJETIVO – Consiste em desenvolver ações para a reestruturação das condições bio-psico-sócio-cultural
dos usuários, bem como a inclusão social e a promoção da cidadania.
•
Propiciar a independência em relação aos cuidados de higiene pessoal e das atividades da vida
diária;
•
Potencialização do trabalho como instrumento de inclusão social e promoção da cidadania,
•
Proporcionar geração de renda e consequentemente suas sustentabilidade e de sua família
incentivando o retorno ao trabalho.
•
Incentivo na suas iniciativas, autonomia e melhora da auto-estima.
•
Promover a descoberta de suas potencialidades e criatividade em atividades que favoreceram o
despertar de um sujeito ativo, agente de sua própria existência.
METODOLOGIA – O usuário deve ser avaliado pela equipe responsável e encaminhado ao programa,
observando suas condições e requisitos específicos exigidos. O espaço alternativo funciona de segunda a
sexta-feira, no período das 09h00 ás 15h00, sendo acompanhado por um terapeuta ocupacional. Os
materiais confeccionados são vendidos pelos usuários nas dependências do hospital. O rendimento destas
vendas é dividido em aquisição de matéria primas.
Usuários que participam deste programa são portadores de transtorno mental com independência e
autonomia num processo de estabilidade da doença e que possuam dificuldades de se engajar no mercado
de trabalho.
GRUPO DE ATIVIDADE EXPRESSIVA
As atividades expressivas são entendidas como expressões da realidade psíquica interna, inconsciente. São
possuidoras de função diagnóstica, função de percepção, de mudanças e função terapêutica.
OBJETIVOS:
• Possibilitar a representação dos sentimentos;
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(2) (3) (77)
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• Busca da reestruturação do individuo;
• Proporcionar a auto – expressão;
• Trabalhar a relação interpessoal.
METODOLOGIA – O atendimento será realizado em grupo, duas vezes por semana no período vespertino.
As propostas serão previamente planejadas e são utilizados a argila, pintura, recortes e outros materiais.
GRUPO PSICOTERÁPICO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS
A psicoterapia é uma intervenção específica que através de abordagens educativas que promover educação,
suporte, desenvolvimento emocional ou treinamento de habilidades sociais e vocacionais.
(13) (33) (53) (54) (54)
(76) (86)
OBJETIVOS:
•
Desenvolver maior capacidade de diferenciar e aceitar diversas sensações e sentimentos.
•
Promover a busca de valores que o auxiliem em seu processo de conquista da saúde.
•
Criar um espaço de orientação, informação e reflexão sobre a importância de se compreender a
dependência química e as conseqüências desta para suas vidas;
•
Auxiliar os participantes a manterem-se abstinentes, trabalhando sua motivação para continuarem
seu tratamento;
•
Refletir sobre sua readaptação nos vários segmentos da vida (social, profissional, familiar etc.);
•
Promoção da qualidade de vida dos participantes, sem perder de vista a abordagem da possibilidade
de recaída e as formas de evitá-la e enfrenta-la;
•
Refletir sobre a importância da disciplina na organização existencial de cada participante.
METODOLOGIA – A atividade será realizada pela psicologia uma vez por semana no período matutino. Os
grupos serão realizados através de dinâmicas abordando temas diversos. Os
participantes serão triados no momento do grupo de acolhimento.
OFICINA DE CULINÁRIA
CHAMONE coloca que o homem ao fabricar a partir de suas necessidades e escolhas, materializa seus
pensamentos, sentimentos e desejos construídos. Sendo que o produto concretizado não se destina a outro
fim, que não o de sua própria construção e da aquisição de consciência daquele que o fabricou.
(48)
OBJETIVOS – Este grupo tem como objetivo comum o trabalho em equipe. Criar um espaço em que
seja possível oportunizar a relação do individuo com meio alimentar. Estimular o prazer pela
alimentação, a satisfação em produzir seu próprio alimento.
• Promover e melhorar as boas práticas sanitárias durante a preparação dos alimentos.
• Resgatar a autonomia e independência.
• Resgatar a auto estima.
• Estimular organização.
• Proporcionar liberdade de escolha nos alimentos.
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Deus, Cristo e Caridade
METODOLOGIA – A oficina acontecerá uma vez por semana, na cozinha terapêutica da terapia ocupacional,
sob a orientação da terapeuta ocupacional. As atividades serão pré- estabelecidas, os pacientes ajudarão na
escolha dos alimentos a serem preparados.
OFICINA PROJETO HOJE
O atraso no desenvolvimento escolar dos pacientes psiquiátricos é uma conseqüência natural das doenças
crônicas e perturbadoras do funcionamento psicossocial. Associado às demais seqüelas (neurocognitivas e
motoras), o déficit educacional reforça o isolamento e a segregação social dos portadores de sofrimento
psíquico internados em hospitais ou em acompanhamento ambulatorial. Ciente da dimensão desse problema
e da necessidade de minimizar seus danos na vida de nossos pacientes, estabelecemos uma parceria com
Secretaria Estadual de Educação através da Superintendência de Ensino Especial e implantamos o PROJETO
HOJE, uma proposta pedagógica voltada ao atendimento educacional de pacientes internados em unidades
hospitalares.
(18)
OBJETIVOS:
• Reforço e acompanhamento escolar.
• Alfabetização.
• Diminuição ou eliminação da defasagem escolar.
METODOLOGIA – Funciona de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 15h30, mediante processo de ensino e
aprendizagem, em educação continuada, indo ao encontro das necessidades pedagógicas de cada um dos
assistidos. As aulas são realizadas dentro do Hospital, em local especialmente destinado ás atividades
pedagógicas, ministradas por professores especializados.
OFICINA
AGENTE TRANSFORMADOR
Partindo do princípio de que a doença pode ser encarada como uma forma de autoconhecimento, e que,
para reencontrarmos a saúde, é preciso ser um agente transformador de nossa própria realidade,
buscaremos fundamentar nossa proposta de intervenção psicoterapêutica a partir da experiência vivida pelo
psiquiatra e psicanalista, Enrique Pichon-Rivière (1907-1977), de origem suíça, que desenvolveu a teoria e
técnica de grupos operativos a partir de um incidente vivido no hospital psiquiátrico De Las Mercês, em
Rosario. Em 1945, sistematizou o grupo operativo como “um conjunto de pessoas com um objetivo em
comum”, onde existe uma dialética do ensinar-aprender, sendo que o trabalho em grupo proporciona uma
interação entre as pessoas, onde elas tanto aprendem como também são sujeitos do saber, mesmo que seja
apenas pelo fato da sua experiência de vida; dessa forma, ao mesmo tempo que aprendem, ensinam
também.
Para atingirmos o aspecto terapêutico, levando em consideração que o adoecimento mental está
diretamente relacionado com a perda do interesse de realizar atividades de vida diárias elementares (tarefas
que demandam comprometimento) e básicas (autocuidado), a partir das tarefas que serão propostas aos
usuários de saúde mental, procuraremos atingir seu “eu pro ativo”, consequentemente, oferecendo uma
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melhor qualidade de vida e, a partir de um suporte psicológico, ressignificar seu olhar frente ao tratamento.
(11) ((19) 29) (71) (80) (90)
OBJETIVOS – Sensibilizar e conscientizar o paciente como agente transformador de sua própria realidade.
• Fortalecer a autonomia diante do tratamento;
• Resgatar seus aspectos psíquicos funcionais saudáveis relacionados ao cognitivo, social, afetivo, sensopercepção, espiritual, entre outros;
• Melhorar a crítica a respeito da doença e suas conseqüentes limitações;
• Ampliar o campo de possibilidades para oferecer melhor qualidade vida ao paciente;
• Ressignificar comportamentos adoecidos frente ao auxílio mútuo;
METODOLOGIA – O Agente Transformador acontece 3 (três) vezes por semana no período da manhã. O
Programa se divide em tarefas que são distribuídas durante as Assembléias de cada Unidade, levando em
consideração as necessidades e limitações de cada paciente, sendo estas: Agente Acolhedor, Agente
Integrador, Agente do Ambiente Local, Agente Paisagista, Agente Nutricional, Agente Bibliotecário, Agente
do Posto Feminino, Agente do Posto Masculino, Agente de Saúde Bucal, Agente Fraterno. Ocorrem três
vezes por semana com o acompanhamento de um monitor de Terapia Ocupacional.
Quanto aos profissionais que estão envolvidos na execução desta atividade, estes recebem
treinamentos específicos, onde orientamo-los na utilização de técnicas de abordagem que venham a facilitar
o monitoramento e contribuir de forma efetiva na dinâmica do grupo operativo. Vale salientar que os
profissionais fazem parte da construção do quadro de tarefas utilizadas juntamente com os usuários, onde
buscamos respeitar suas orientações para a viabilidade deste Programa.
OFICINA DE MEDITAÇÃO MANDÁLICA
No processo de adoecimento mental percebe-se uma cristalização dos pensamentos negativos. Segundo
Jung, a consciência é como uma superfície ou película cobrindo a vasta área inconsciente, cuja extensão
desta, é desconhecida. Assim, muitas de nossas experiências, traumáticas ou não, são armazenadas nesta
parte do psiquismo, onde a não-elaboração destes conteúdos podem ser as causas do que atualmente o
indivíduo vivencia como doença.
A prática é baseada na meditação como forma de permitir, a cada ser,
entrar em contato com a sua essência, com o seu verdadeiro EU, como mesmo Natalia Baker defende. Faz
parte deste processo, a elaboração de mandalas, que, de acordo com Jung, esta promove uma vibração
energética conectando-se com nossos arquétipos, com nossa alma, sem que haja necessidade da
compreensão racional para entrarmos em um processo de auto-transformação e ampliação da consciência.
(49) (62) (63) (76)
OBJETIVOS – Possibilitar a modificação de pensamentos negativos introjetando pensamentos positivos a
nível do inconsciente, para depois avaliar os sentimentos que surgem após essa indução de idéias
juntamente ao usuário;
• Promover crescimento interior;
• Auxiliar na construção de idéias positivas;
• Permitir ao usuário a reflexão de forma racional a partir dos sentimentos emergidos;
• Propiciar o auto-conhecimento;
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• Fortalecer o usuário quanto ao enfrentamento da problemática vivenciada em um passado próximo.
METODOLOGIA – O grupo acontece uma vez por semana, com a psicologia e terapia ocupacional. Não
havendo recomendação para casos de psicose aguda. A seqüência de aplicação da meditação mandálica é a
seguinte:
1º Passo – Relaxamento
2º Passo – Audição Reflexiva
3º Passo – Discussão das interpretações individuais
4º Passo – Execução da Mandala.
TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS (TAA)
A Zooterapia e uma metodologia que incluem animais como co-terapeutas no tratamento das patologias
humanas, tanto físicas como psíquicas. Há três tipos de terapia assistida por animais (TAA ou zooterapia)
que é a equoterapia (terapias com cavalos), terapia com golfinhos e terapias com animais pequenos (cães,
coelho, gato, hamister, chinchila, periquito (calopsita) e etc.). Na TAA vem sendo observado um grande
beneficio em alguns casos, visto que este tipo de terapia, não tão convencional, tem como proposta a
estimulação e o desenvolvimento psíquico, social e motor. A TAA proporciona uma melhor qualidade de vida,
pois a relação do paciente com o animal é uma relação de afeto e segurança. Dra. Nise da Silveira foi uma
médica psiquiatra alagoana revolucionária e pioneira na implementação das idéias de Carl Gustav Jung em
instituições psiquiátricas e uma das precursoras desse tipo de terapia. Além do seu trabalho sobre arte e
psiquiatria, Nise da Silveira tinha um grande interesse por gatos e chegou a tê-los como “co-terapeutas” no
trabalho de terapia ocupacional, tendo observado que havia uma queda nas crises dos seus pacientes
quando estavam em contato com os gatos, que circulava no pátio do hospital.O livro “Gatos, A Emoção de
Lidar” (infelizmente esgotado), escrito por ela em 1998, é um relato de como os animais domésticos podem
desempenhar um papel importante no tratamento de pacientes psiquiátricos.
OBJETIVOS – Este programa tem como objetivo atender os usuários em suas mais diversas necessidades
sejam elas emocionais, mentais, físicas e sociais. A TAA funciona como um estímulo para esses tratamentos.
Especificamente com os usuários que apresentam déficit cognitivo, aumentando os canais de percepção,
tornando-o mais receptivo ao meio que vive.
(42) (49) (61) (70) (77)
•
Um ambiente mais enriquecido, motivando a pensar e aprender;
•
Proporciona atividades interessantes, espontâneas, facilitando a aprendizagem;
•
Facilita o desenvolvimento emocional através do vínculo formado entre o ser humano e o cavalo nos
quais muitos sentimentos são trocados, auxiliando na superação de conflitos e numa maior
consciência de si mesmo;
•
Encoraja o respeito por todas as formas de vida, desenvolvendo senso de responsabilidade e de
cuidado consigo e com o outro;
•
Estimula a participação de indivíduos mais retraídos e tímidos nas atividades em grupo;
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•
Facilita a comunicação de situações de risco vividas, tais como: violência doméstica, problemas de
álcool e drogas, entre outros;
•
Favorece a inclusão, tendo como inspiração o animal, que não julga nem tem preconceito.
METODOLOGIA – O grupo é semanal, em dia e horário previamente estabelecido, com um terapeuta
ocupacional e dois monitores. Para que a terapia possa funcionar sem riscos, os animais participantes
precisam ser calmos, ter um mínimo de adestramento e a saúde rigorosamente controlada com vacinação e
vermifugação completa.
•
Fazer o paciente acariciar, pentear e jogar bola para o cão é um ótimo exercício de coordenação.
•
Montaria e adestramento dos animais eqüinos.
•
Ordenha das vacas, limpeza e cuidados dos animais, bem como sua alimentação.
PSICOMUSICOTERAPIA GRUPAL
A musicoterapia utiliza-se de técnicas específicas que, ao adotar-se uma visão psicanalítica na leitura
do que se emerge em um atendimento musicoterápico, podemos levar o paciente a fazer ligações com
sentimentos recalcados do passado, trazendo à luz o que antes estava obscuro, tendo a música, seja a partir
de seus elementos (ritmo, melodia, harmonia e sons) separados e/ou em conjunto, organizados ou não,
como ferramenta para tal.
(5) (6) (13) (14) (15) (16) (17) (20) (21) (22) (23) (28) (30) (39) (41) (46) (68) (73) (78) (83)
É importante ressaltar que não nos limitamos somente a
expressão não-verbal, mas também nos utilizamos do verbal para
oferecermos um feed-back adequado ao paciente, possibilitando uma
melhor percepção de si mesmo, propiciando o auto-conhecimento.
Para compreender-se a escolha de seleção dos pacientes,
usuários de saúde mental, que integram o grupo de
psicomusicoterapia, baseamos no nível de expressividade ressaltado
por bárbara (1998), que considera de níveis 1 e 2:
•
Grupo de níveis 1 e 2 – formado por usuários que apresentam
ausência completa de iniciativa, expressão e pouca
expressividade sonoro/musical e corporal, comprometimento
parcial do pragmatismo, linguagem verbal incoerente e
empobrecida. visamos trabalhar o contato com a realidade,
compartilhando o momento de fazer e/ou expressar-se através da
música, estimulando a auto-percepção e a percepção do outro.
•
Grupo de níveis 3 e 4 – formado por usuários que apresentam
aumento na expressão sonoro/musical e corporal, com coerência e
adequação da expressão verbal e que tem autonomia no “fazer
musical”, aumento do repertório de movimentos corporais e ao
uso da linguagem verbal mais clara e adequada. neste grupo,
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trabalha-se o contato direto com os sentimentos emergidos
através da catarse musical, auxiliando os usuários na
conscientização destes, propiciando o auto-conhecimento.
OBJETIVOS:
•
Trabalhar o contato com a realidade por meio de uma expressão não-verbal;
•
Restaurar a função para a pessoa chegar a uma melhor organização intra e interpessoal, portanto,
melhorar sua qualidade de vida;
•
Compartilhar momentos de fazer e/ou expressar-se através da música;
•
Estimular a percepção de si e do outro;
•
Promover momentos de troca a respeito do adoecimento mental;
•
Exercer um papel de incitação, de estimulação, de ativação de pacientes, mobilizando e
desenvolvendo sua capacidade de comunicação, de expressão e de diálogo através da relação com o
musicoterapeuta, que propicia este processo;
•
Resgatar o sentimento de auto-estima;
•
Estimular nos pacientes o desejo de superação dos próprios limites;
•
Estimular o desenvolvimento de novos interesses;
•
Propiciar a conquista de maior autonomia e independência;
•
Entre outros;
METODOLOGIA – Os atendimentos são realizados no setting musicoterápico, uma vez por semana, no
período matutino, sendo que o grupo de níveis 1 e 2 é em horário diferenciado do grupo de níveis 3 e 4,
tendo uma hora de atendimento para cada. As técnicas musicoterápicas utilizadas variam entre: re-criação
musical, audição musical, composição musical e improvisação musical. As atividades práticas da
musicoterapia tem sua elaboração e planejamento antes do atendimento, podendo ser alteradas durante o
mesmo, de acordo com a necessidade do grupo.
OFICINA DE CORO TERAPÊUTICO
O paciente psiquiátrico sofre por ser visto diferente no meio social em que vive, devido ao preconceito de
nossa sociedade referente a doença mental. O coral de vozes, formado por pessoas que gostam de cantar,
possibilita aos participantes um espaço para a reflexão, o encontro com seus pares e outros, o tocar e o
cantar juntos, vivenciando questões, desenvolvendo talentos e habilidades com perspectiva de favorecer a
inclusão social, através de apresentações musicais. No processo de comunicação, o som faz com que as
pessoas se relacionem, trabalhem e vivam em sociedade interagindo. O som da voz do musicoterapeuta
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dirigida ao paciente pode ser um elemento facilitador da interação entre ambos, despertando a atenção e
estimulando a confiança do indivíduo em si mesmo.
(30) (35) (41) (68) (73) (74) (83) (89)
OBJETIVOS:
•
Oferecer ao paciente condições para que ele sinta-se inserido naturalmente no meio social;
•
Propiciar a integração entre usuários e os assistentes através da música;
•
Resgatar memórias da história existencial do usuário;
•
Estimular nos usuários o desejo de superação dos próprios limites;
•
Resgatar o sentimento de auto-estima;
•
Auxiliar o usuário a dar forma à sua expressão;
•
Fortalecer a identidade individual e grupal através de exercícios vocais;
METODOLOGIA – As atividades do Coral de Vozes são realizadas no setting musicoterápico, sendo que o
grupo é heterogêneo e aberto à todos aqueles que apresentam interesse, independente de seu nível de
expressividade e/ou psicopatologia. As músicas a serem trabalhadas são discutidas antes pelo grupo,
respeitando o gosto musical dos integrantes, mas tendo como foco a mensagem a ser levada aos ouvintes
nas apresentações do Coral de Vozes. A técnica musicoterápica de composição musical é utilizada quando o
grupo sente-se preparado. O grupo funciona uma vez por semana, no período vespertino, tendo a
participação de pacientes internados no Hospital dia e Integral, assim como para aqueles que realizam
tratamento ambulatorial.
OFICINA DE RÁDIO TERAPÊUTICA
A rádio, por ser um espaço facilitador da comunicação e das relações interpessoais, favorecendo deste modo
a interação e a reinserção social, o paciente produz, cria, convive, encontra continência para falar de seus
sentimentos, ressignifica sua história de vida, aprende a projetar suas ações, ressocializa-se. A Rádio
funciona assim, como importante espaço terapêutico no sentido de contribuir para o tratamento de
dependentes químicos e de outros transtornos mentais recorrentes como: transtornos do humor (depressivo
e bipolar), transtornos esquizoafetivos e transtornos de ansiedade.
(4) (15) (16) (31) (64) (74)
OBJETIVOS:
•
Promover a cidadania e a sociabilidade de um grupo que ainda luta contra o preconceito social;
•
Desenvolver as habilidades comunicacionais dos participantes;
•
Contribuir para a diminuição do número de internações psiquiátricas;
•
Criar uma consciência na comunidade hospitalar (funcionários, voluntários, visitantes, entre outros)
sobre o movimento de saúde mental;
•
Ressignificar a história de vida do paciente;
•
Romper com o modelo asilar de tratamento da loucura;
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•
Trabalhar a ressignificação de discurso dos usuários, levando-os a ver novos pontos de vista ou
levar outros fatores da internação em consideração, que não sejam somente os aspectos negativos e
sim os positivos (recuperação)
METODOLOGIA – As atividades da rádio terapêutica são realizadas duas vezes por semana, no período
matutino. O nome do programa apresentado é discutido juntamente aos pacientes, tendo como direção a
musicoterapeuta. Os temas trabalhados são referentes a família, convivência social e o respeito ao limite do
outro. Antes da programação ‘ao vivo’ é feita uma breve discussão a respeito do tema escolhido.
GRUPO DE EXPRESSÃO CORPORAL
Na saúde mental as práticas corporais podem contribuir para concretização de objetivos relacionados ao
processo de humanização, ao redescobrimento da própria corporeidade e o movimento. Com a realização
dessas vivências corporais, procuramos explorar as possibilidades naturais do corpo, na ampliação do
repertório motor, buscando trabalhar o movimento de forma lúdica e expressiva.
A movimentação corporal advinda da expressão sonora-musical faz com que os pacientes comecem
a sentir seu corpo como algo que contém vida, identidade, e possam trabalhar memórias desde sua criança
interior, resgatando pelo menos algo de sua história existencial, tão aprisionada no invólucro de sua
patologia.
(15) (24) (38) (44) (46) (57) (85) (89)
OBJETIVOS:
• Estimular a consciência do movimento corporal;
• Melhorar a percepção do esquema corporal;
• Trabalhar auto-estima através da aceitação do corpo;
• Favorecer a interação com outros membros do grupo;
• Contribuir ao resgate da qualidade de vida ao usuário de saúde mental;
METODOLOGIA – Utilização da dança e da música, com visualização dos próprios movimentos e
expressões em espelhos dispostos estrategicamente nas paredes, possibilitando que o paciente se perceba e
tome consciência do seu corpo e dos seus movimentos.
OFICINA DE ORIENTAÇÃO AO TRABALHO
O usuário (sujeito) se identifica e se reconstrói como resultado de sua produção / trabalho. A produção
é de um sujeito (portanto produtivo) e, que ao mesmo tempo, é estruturado por sua produção. O encontro
com o resultado dessa produção gera efeitos de reconhecimento deste sujeito com sua história e com sua
identidade.
Encontramos barreiras quase intransponíveis quando se trata do retorno do usuário (dependente
químico ou outro transtorno mental) ao trabalho, negando ao mesmo o direito de ser um cidadão produtivo
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e responsável pelo seu sustento e de seus familiares. Assim, a Oficina de Orientação ao Trabalho visa
trabalhar a consciência da identidade social, o exercício da liberdade e da responsabilidade, orientando e
encaminhando o usuário na reinserção ao mercado de trabalho, através da profissionalização.
(40) (69)
OBJETIVOS: promover a reabilitação psicossocial e o engajamento em cursos profissionalizantes dos
usuários, favorecendo o fortalecimento de suas redes de relações sociais através do trabalho.
• Conscientização da identidade social e da cidadania.
• Integração grupal.
• Promover hábitos e atitudes adequadas ao trabalho.
• Orientar e envolver a família do trabalho do usuário.
• Valorização do aprendizado, concretizando o desejo de aprender algo.
• Valorização do indivíduo produtor.
• Melhorar a qualidade de vida do usuário e da família.
• Adaptação do indivíduo em seu trabalho.
• Possibilitar o aumento do repertório laboral.
• Promover a profissionalização e apropriação de técnicas de produção.
• Incorporação de regras sociais.
• Valorização enquanto sujeito (trabalho como necessidade moral / função social do trabalho / papel
social do dinheiro).
METODOLOGIA: Participam usuários na faixa etária de 16 à 65 anos, portadores de diferentes patologias
psíquicas, com quadro clínico compensado e em acompanhamento pelos serviços do Hospital. O grupo tem
atiividades previamente estabelecidas, com propostas definidas. Serão utilizadas técnicas de grupo,
vivenciais, textos para reflexão e recursos áudios-visuais.
A inserção do usuário na Oficina se dá através da TRIAGE, onde é encaminhado pelos serviços de Terapia
Ocupacional e, após conhecer o projeto, opta por uma das oficinas de trabalho. Esse processo é coinstituido
de:
• Programa de atenção e informação (famílias e colaboradores do Hospital): contatos diários / reuniões
mensais.
• Avaliação do processo de trabalho e supervisão clínica: reuniões mensais.
• Capacitação dos usuários para formação de empreendimentos solidários e manutenção do processo de
sustentabilidade com características terapêuticas e educativas.
A Equipe é formada pelos terapeutas ocupacionais e monitores que acompanham as oficinas e são realizadas
os grupos operativos semanalmente, discutindo questões referentes ao processo de trabalho, e uma
Assembléia mensal com os usuários, colaboradores e familiares. As oficinas constituem-se em campo de
estágio para cursos diversos colaborando assim na formação de profissionais.
Essa avaliação é feita em grupo pelo coordenador, monitor e grupos de usuários durante o mês,
considerando-se critérios como assiduidade, pontualidade, responsabilidade, iniciativa, criatividade, higiene
pessoal, relação com o grupo e desempenho na tarefa específica.
As Oficinas tornam-se oportunidade de profissionalização, desenvolvimento econômico para os integrantes e
auto-sustentabilidade para o projeto. As Oficinas estão instaladas em espaços físicos distintos montados com
os equipamentos básicos necessários:
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• PROJETO DE PARCERIA: Firmado entre a Casa de Eurípedes e SESI/SENAC, CDL e empresas
interessadas em oferecer profissionalização e vagas de trabalho no sentido de viabilizar a
recolocação dos usuários no mercado formal de trabalho. A supervisão e acompanhamento dos
usuários inseridos neste projeto ficam a cargo da equipe de Terapia Ocupacional e o Serviço de
Voluntariado da Casa de Eurípedes.
• OFICINA DE RECONSTRUÇÃO: Desenvolve trabalhos na área de construção civil, fazendo pinturas,
construções, reformas e manutenções preventivas.
• OFICINA DE JARDIM E HORTA: Desenvolve trabalhos na área jardinagem interna e horta da Casa de
Eurípedes.
• OFICINA DE RESTAURAÇÃO DE MÓVEIS E RECICLAGEM: Desenvolve atividades de restauração e
conserto de móveis.
O funcionamento das Oficinas é diário, podendo acorrer plantões em feiras externas e outros eventos, nos
finais de semana. O grupo semanal está sob a responsabilidade da Terapia Ocupacional. Os usuários são
identificados com o jaleco específico para cada oficina e o crachá.
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desafios contemporâneos. In. Marysia M.R. Prado de Carlo; Celina Camargo Bartalotti (Org). Terapia
Ocupacional no Brasil. Prexus, 2001, v., p.63-80.
60. MANSUR, L.L. Neuropsicologia: das bases anatômicas à reabilitação. Clínica Neurológica HCFMUSP, São
Paulo, 1996.
61. MEDEIROS, Mylena. DIAS, Emilia. Bases e Fundamentos da Equoterapia. Ed.Revinter, 2002.
62. MENEZES, C. B., & Dell'Aglio, D. D. (2009). Os efeitos da meditação à luz da investigação científica em
Psicologia: revisão de literatura. Psicologia: Ciência e Profissão, 29(2), 276-289.
63. __________________________________. Por que meditar? A experiência subjetiva da prática de
meditação. PSICOLOGIA EM ESTUDO, 14(3), 565-573.
64. MORAN, José.
Mudanças na Comunicação Pessoal: gerenciamento integrado da comunicação pessoal,
social e tecnológica (Coleção: comunicação e estudos). São Paulo: Paulinas, 1998.
65. MS– Ministério da Saúde. Lei Orgânica da Saúde. Maio de 2000 <http://www.saude.gov.br>.
66. MS - Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Abordagem e Tratamento do Fumante Consenso 2001. Rio de Janeiro: INCA, 2001.
67. OMS - Organização Mundial da Saúde. Neurociência do Uso e da Dependência de Substâncias Psicoativas.
ROCA, 2006.
68. NISENBAUM, Esther – Prática da Musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 1990.
69. PADUA, Elisabete, e col. Terapia Ocupacional: teoria e prática. Campinas, SP: Papirus, 2003.
70. PAIVA L.L O cavalo como instrumento terapêutico; Revista Equoterapica, 2008.
71. PICHON-Rivière E. O processo grupal. 3ª ed. São Paulo (SP): Martins Fontes; 1982.
72. RONDINA, Regina de Cássia; GORAYEB, Ricardo; BOTELHO, Clovis. Relação entre tabagismo e
transtornos psiquiátricos. Revista de Psiquiatria Clínica. 30 (6): 221-228, 2003
73. RUUD, Even – Caminhos da Musicoterapia. São Paulo: Summus, 1990.
74. SAMPAIO, R. T.
Música e Comunicação: Reflexões sobre a biologia do Conhecer e a Musicoterapia.
Revista Brasileira de Musicoterapia. UBAM, ano V, nº. 06, p. 39-51, 2002.
Página: 64/65
Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo
Deus, Cristo e Caridade
75. SAMPAIO, Renato Tocantins.
mestrado.
São
Novas perspectivas de comunicação em Musicoterapia. Dissertação de
Paulo:
PUC-SP,
2002.
Apud:
Capes-Banco
de
Teses.
Cf.
(http://servicos.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=2002352001016013P1)
76. SEIBEL, Sérgio Dario; TOSCANO JÚNIOR, Alfredo (e cols). Dependência de Drogas. Belo Horizonte – MG:
Atheneu, 2004.
77. SILVEIRA, N. da. Imagens do Inconsciente. Rio de Janeiro: Alhambra, 1981
78. SOUTO MAIOR, Flávio Barros – Psicanálise e Música – Psicanalítica – a revista da SPRJ, v. II, n. 1, 2000.
79. SOCRATES. Sócrates – Os pensadores. Nova Cultural. 1ª edição, 2004
80. VALLA, V.V. Educação popular, saúde comunitária e apoio social numa conjuntura de globalização. In:
Cadernos de Saúde Pública: Educação em Saúde: Novas perspectivas. Rio de Janeiro, 15: 7-14; 1999.
81. VASCONCELOS, Eduardo Morão. Saúde Mental e Serviço Social: O desafio da subjetividade e da
interdisciplinariedade. São Paulo: Cortez, 2000.
82. VIEIRA, José Luiz Lopes; PORCU, Mauro; ROCHA, Priscilla Garcia Marques da. A prática de exercícios
físicos regulares como terapia complementar ao tratamento de mulheres com depressão; Jornal Brasileiro
de Psiquiatria, 2007.
83. VON BARANOW, Ana Léa Vieira Maranhão. O Jogo Sonoro num Território Musicoterápico. Dissertação de
mestrado.
São
Paulo:
PUC-SP,
2002.
Apud:
Capes-
Banco
de
Teses.
Cf.
(http://servicos.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=2002352001016013P1).
84. VON BARANOW, Ana Léa Vieira Maranhão - Musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 1999.
85. WACHS, Felipe; Educação Física e Saúde Mental; Uma prática de cuidado emergente em Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS); UFRGS, 2008.
86. WASHTON, Aranold M. e cols. Prática psicoterápica eficaz dos problemas com álcool e drogas. Artmed,
2009.
87. WILSON, B.A. Reabilitação das deficiências cognitivas. In: Nitrini, R; Caramelli, P.
88. ZAMPIERI, Maria Aparecida Junqueira. Codependência. Agora Editora. 1ª Edição, 2004.
89. ZANINI, Claudia Regina de Oliveira. Coro Terapêutico - Um Olhar do Musicoterapeuta para o Idoso no
Novo
Milênio.
Dissertação
de
mestrado.
U.F.Goiás,
2002.
Apud:
Capes-Banco
de
Teses.
Cf.
(http://servicos.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=2002352001016013P1)
90. ZIMERMAN, D. E. & OSORIO,L .C [et.al] "Como trabalhamos com grupos" Porto Alegre; Artes Médicas;
1997.
91. ZIMMERMANN, Zalmiro. Perispírito. Campinas: Centro Espírita Allan Kardec. 2ª edição, 2001.
Página: 65/65
CASA DE EURIPEDES
ANEXO 2 - Hospital Integral: Temas do Grupo Psicoeducacional Familiar
1. Esquizofrena, transtornos esquizotípico e delirantes
a. Conceitos gerais
b. Critérios diagnósticos
c. Etiologias
d. Esquizofrenia: evolução e implicações
e. O grupo familiar, a doença e suas implicações
f. Abordagens: médicas, psicossociais e espirituais
2. Transtornos do humor (afetivos)
a. Conceitos Gerais
b. Critérios diagnósticos: Mania, hipomania, depressão
c. Transtorno bipolar, depressão maior e reações depressivas
d. O grupo familiar, a doença e suas implicações.
e. Abordagens: médicas, psicossociais e espirituais
3. Transtornos neuróticos relacionados ao estresse e somatoformes
a. Conceitos Gerais
b. Critérios diagnósticos: fobias, transtornos ansiedade generalizadas - TAG, transtorno do pânico – TP e transtorno obsessivocompulsivo – TOC
c. Ansiedade normal e ansiedade patológica
d. O grupo familiar, a doença e suas implicações.
e. Abordagens: médicas, psicossociais e espirituais
4. A família como Sistema
a. Conceito de Sistema, sistema e os subsistemas familiares
b. O ciclo de vida familiar
c. As fronteiras e os vínculos do sistema familiar
d. A comunicação no sistema familiar
5. A doença no sistema familiar
a. Vínculos no sistema familiar
b. O paciente identificado: homeostase, crenças e segredos familiares
c. Disfuncionalidade do sistema familiar
d. O paciente e a doença do sistema familiar: a evolução dos sintomas
e. Mudanças no sistema familiar – a terapia familiar
6. Programa terapêutico da Casa de Eurípedes
a. Conceito de doença mental: aspectos biológicos, psicossociais e espirituais
b. Estrutura terapêutica: ambulatório, tratamento domiciliar, hospital-dia, hospital integral, oficinas terapêuticas
c. Tratamento estruturado multiprofissional: projeto terapêutico individualizado
d. A inserção da família: compromissos e responsabilidades, grupos terapêuticos familiares
e. O Modelo Científico – Filosófico - Religioso
7. A reinserção social
a. A participação da família: a rotina diária e o convívio com a doença
b. Enfrentamento: as limitações e as situações de crise
c. Estratégias de readaptação laborial e profissional
d. Profissionalização: das oficinas terapêuticas aos cursos regulares
e. Treinamento de habilidades sociais
8. Espiritualidade e Saúde
a. O homem como um ser espiritual em evolução numa jornada no mundo material
b. Fenomenologia psiquiátrica não patológica: a mediunidade e outros fenômenos psíquicos
c. Aspectos espirituais na saúde-doença - abordagens espirituais no tratamento
d. Influências dos Espíritos: Obsessão Espiritual
e. Culto do Evangelho no Lar – um recurso ecumênico fundamental
CASA DE EURIPEDES
ANEXO 3 – Unidade de Dependência Química: Temas do Grupo Psicoeducacional Familiar
1. Conceitos Básicos e Diagnóstico da Dependência Química
a. Conceitos de drogas e suas classificações – drogas em nosso contexto social
b. Conceitos de dependência química e sistemas diagnósticos
c. Fatores de risco e proteção para o uso de drogas
d. Comportamento de risco
e. Abordagens terapêuticas: médicas, psicossociais e espirituais
2. Complicações Clínicas e Psiquiátricas do uso de drogas
a. Complicacões do uso do álcool e tabaco
b. Complicações do uso de drogas ilícitas
c. Intoxicação aguda e uso crônico
d. Comorbidades psiquiátricas
e. Álcool, drogas ilícitas e violência – na família, no trabalho e no trânsito
3. Comportamento dependente
a. Conceito de comportamento dependente – aspectos psiquiátrico, psicológico e sócio-familiar
b. Modelo social e o uso de drogas – padrões sociais, mídia e cultura
c. O aprendizado social – família e sociedade
d. O repertório do usuário de drogas
e. Treinamento de habilidades sociais
4. Família, dependência química e o tratamento
a. Conceito Sistêmico de Família - o sistema, os subsistemas, as fronteiras e os vínculos familiares
b. O paciente identificado: homeostase, crenças e segredos familiares
c. Codependência – conceitos gerais e a disfuncionalidade familiar
d. A doença familiar – sintomas e sinais da doença familiar
e. Resistências e bloqueios para mudanças – motivação familiar
5. A família no tratamento da dependência química
a. Características funcionais das famílias de dependentes químicos
b. Os papeis dos membros no núcleo familiar
c. Mudanças no sistema familiar – responsabilidades e compromissos
d. Motivação para mudanças na família
e. Terapia familiar, grupos psicoeducacionas e grupos de auto-ajuda
6. Programa terapêutico da Casa de Eurípedes
a. Conceito de doença mental: aspectos biológicos, psicossociais e espirituais
b. Estrutura terapêutica: ambulatório, tratamento domiciliar, hospital-dia, hospital integral, oficinas terapêuticas e unidade de
dependência química
c. Tratamento estruturado multiprofissional: projeto terapêutico individualizado
d. A inserção da família: compromissos e responsabilidades
7. O modelo Científico – Filosófico – Religioso
7. Prevenção da recaída
a. Conceito de recaída – recaída e lapso
b. Situações de alto risco – tipos e identificação
c. Intervenções em situações de alto risco
d. Respostas de enfrentamento – alicerces da prevenção de recaída
e. Treinamento de habilidades sociais e mudanças no estilo de vida
8. Espiritualidade e Saúde
a. O homem como um ser espiritual em evolução em uma jornada no mundo material
b. Fenomenologia psiquiátrica não patológica: a mediunidade e outros fenômenos psíquicos
c. Aspectos espirituais na saúde-doença - abordagens espirituais no tratamento
d. Influências do Espíritos: Obsessão Espiritual
e. Culto do Evangelho no Lar – um recurso ecumênico fundamental
Casa de Eurípedes
Programa Terapêutico Individual
ANEXO 4 - OFICINAS E GRUPOS TERAPÊUTICOS
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
OFICINA / GRUPO
Grupo Psicoeducacional Familiar
Grupo de Orientação Familiar
Oficina de Co-Dependência
Grupo de Orientação para a Cessação Tabágica
Oficina de Orientação Nutricional
Oficina de Saúde Bucal
Caminhada Ecológica
Oficina da Beleza e Estética
Grupo de Consciência Corporal
Grupo de Estimulação Cognitiva
Grupo de Acolhimento
Assembleia Geral - H-DIA
Assembleia Geral - UTM
Assembleia Geral - UDQ
Oficina de Vídeoteca
Oficina de Artesanato
Oficina de Alfabetização - Projeto Hoje
Grupo Agente Transformador
Grupo de Cidadania
Grupo Coral de Vozes
Grupo de Expressão Corporal
Grupo de Rádio Terapia
Grupo de psicomusicoterapia
Grupo de Psicoterapia (T.H.)
Grupo de Psicoterapia (DQ)
Grupo de Culinária
Grupo de Prevenção Recaida
Grupo de Prevenção Recaida
Grupo de Passeio
Grupo de Reinserçao Social - UDQ
Grupo de Meditação Mandálica
Grupo Mediúnico ´Irmão Cássio'
Grupo Mediúnico ´Amigos de Lorena'
Grupo Mediúnico ´Irmã Teresinha'
Grupo Mediúnico
Grupo Estudos Mocidade Mensageiro de Jesus
Grupo Mediúnico ´Seareiros da Boa Nova´
Grupo Mediúnico ´Obreiros de Jesus´
Grupo Mediúnico ´Saúde Integral´
Grupo de Estudos - Reunião Pública
Grupo de Estudos do Ciência-Filosofia-Religião
NÚCLEO
SÓCIO-FAMILIAR
SÓCIO-FAMILIAR
SÓCIO-FAMILIAR
MÉDICO-PSIQUIÁTRICO
MEDICO-PSIQUIÁTRICO
MEDICO-PSIQUIÁTRICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
PSICOTERAPÊUTICO
SOCIO-FAMILIAR
PSICOTERAPÊUTICO
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
Casa de Eurípedes
Programa Terapêutico Individual
ANEXO 4 - OFICINAS E GRUPOS TERAPÊUTICOS
Nº
42
43
44
45
46
47
48
OFICINA / GRUPO
Grupo de Fluidoterapia
Grupo Mediúnico ´Fraterno´
Grupo Mediúinico ´Os Samaritanos´
Grupo Mediúnico ´A Caminho da Luz´
Grupo Mediúnico ´Obreiros de Jesus´
Grupo Mediúnico ´Euripedes Barsanulfo´
Grupo Mediúnico ´Pronto Socorro´
NÚCLEO
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUALIDADE
Casa de Eurípedes
Programa Terapêutico Individual
ANEXO 5 - Quadro de Prescrições de Atividades
Nome: ______________________________________________________________ - Admissão: ______/ _______/ ______
Objetivo Geral: ________________________________________________________________________________________
____________________________________________ - Assinatura: ________________________________
Dia
Período
Matutino
2ª
Vespertino
Matutino
3ª
Vespertino
Matutino
4ª
Vespertino
Matutino
5ª
Vespertino
Matutino
6ª
Vespertino
Matutino
Sábado
Vespertino
Matutino
Domingo
Vespertino
Grupo
Objetivos/ Orientações
Casa de Eurípedes
ANEXO 6 - ROTINA DIÁRIA – Hospital Dia
HORÁRIO
SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-FEIRA
QUARTA-FEIRA
QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
08h00
Prece de Entrada
Prece de Entrada
Prece de Entrada
Prece de Entrada
Prece de Entrada
08h10
Café da Manhã
Café da Manhã
Café da Manhã
Café da Manhã
Café da Manhã
08h20
Medicação
Medicação
Medicação
Medicação
Medicação
08h25
1º Cigarro
1º Cigarro
1º Cigarro
1º Cigarro
1º Cigarro
08h30
Caminhada Ecológica
Caminhada Ecológica
Caminhada Ecológica
Caminhada Ecológica
Caminhada Ecológica
Oficinas Terapêuticas
Grupo de Acolhimento
Oficina de Horta
9h00 às 10h00
Assembléia Geral
Oficinas Terapêuticas
Oficinas Terapêuticas
Oficinas Terapêuticas
Grupo da Beleza
9h00 às 11h00
Grupo Agente
Transformador
Grupo Agente
Transformador
Grupo de Culinária
09h00
às
11h30
Grupo de Expressão
Corporal
9h30 às 10h15
Grupo de
Psicomusicoterapia
9h30 às 10h30
Grupo de Psicoterapia
(D.Q.)
9h00 às 10h00
Grupo de
Relaxamento e
Visualização
9h00 às 10h00
Grupo de Meditação
Mandálica
9h30 às 11h00
Estimulação Cognitiva
Rádio Terapia
10h30 às 11h15
Grupo de Culinária
Suporte aos Grupos
Operativos
11h40
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
12h00
Repouso
Repouso
Repouso
Repouso
Repouso
13h30
Medicação
Medicação
Medicação
Medicação
Medicação
Projeto Hoje
Projeto Hoje
Projeto Hoje (Jornal)
Projeto Hoje
Projeto Hoje
Oficinas Terapêuticas
Oficinas Terapêuticas
14h00
Oficinas Terapêuticas
Oficinas Terapêuticas
Oficina de Vídeoteca
às
15h00
Grupo Cidadania
14h10 às 15h00
Grupo de Orientação
Nutricional
14h15 às 15h00
Grupo de Coral
Terapêutico
14h10 às 15h10
15h05
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
15h30
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
16h00
RETORNO
RETORNO
RETORNO
RETORNO
RETORNO
Casa de Eurípedes
ANEXO 7 - ROTINA DIÁRIA – Hospital Integral: período matutino.
HORÁRIO
SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-FEIRA
QUARTA-FEIRA
QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
SÁBADO
DOMINGO
06h30
Higiene Pessoal
Higiene Pessoal
Higiene Pessoal
Higiene Pessoal
Higiene Pessoal
Higiene Pessoal
Higiene Pessoal
07h15
1ª Medicação
1ª Medicação
1ª Medicação
1ª Medicação
1ª Medicação
1ª Medicação
1ª Medicação
07h30
às
08h00
Café da Manhã
Café da Manhã
Café da Manhã
Café da Manhã
Café da Manhã
Café da Manhã
Café da Manhã
1º Cigarro
1º Cigarro
1º Cigarro
1º Cigarro
1º Cigarro
1º Cigarro
1º Cigarro
Caminhada
Ecológica
Caminhada
Ecológica
Caminhada
Ecológica
Caminhada
Ecológica
Caminhada
Ecológica
Caminhada
Ecológica
Caminhada
Ecológica
Oficinas de T.O.
Assembleia
8h30 às 9h15
Oficinas de T.O.
Grupo Agente
Transformador
Oficinas de T.O.
Grupo Cora Coralina
9h00 às 9h50
Horta
9h00 às 10h00
Grupo Agente
Transformador
Visita Fraterna
Visita Fraterna
08h10
08h30
às
09h00
Oficinas de T.O.
Grupo Operativo de
Orientação ao Agente
Transformador
Oficinas de T.O.
09h00
Às
11h15
Expressão Corporal
9h30 às 10h15
Oficina da Beleza
9h00 às 11h00
Grupo de Meditação
Mandálica
9h30 às 11h00
Grupo Operativo de
Alta ao Agente
Transformador
9h30
Rádio Terapia
10h30 às 11h15
Grupo Psicoterápico
Ambulatorial
10h00 às 11h00
11h15
11h40
Almoço
2º Cigarro
Almoço
2º Cigarro
Almoço
2º Cigarro
Almoço
2º Cigarro
Almoço
2º Cigarro
Almoço
2º Cigarro
Almoço
2º Cigarro
12h00
Repouso
Repouso
Repouso
Repouso
Repouso
Repouso
Repouso
Casa de Eurípedes
ANEXO 7 - ROTINA DIÁRIA – Hospital Integral: período vespertino e noturno.
HORÁRIO
SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-FEIRA
QUARTA-FEIRA
QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
Oficinas de T.O.
Oficinas de T.O.
Oficinas de T.O.
Oficinas de T.O.
Oficinas de T.O.
Grupo de Culinária
14h00
às
SÁBADO
Banho
Grupo de Culinária
Vídeoterapia
Coral Terapêutico
14h15 às 15h15
DOMINGO
Lanche
Caminhada
Ecológica
Grupo de Atividade
Expressiva
14h15 às 15h15
Grupo de Atividade
Expressiva (Apto)
14h00 às 15h00
15h30
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
Lanche
15h40
3º Cigarro
Banho
3º Cigarro
Banho
3º Cigarro
Banho
3º Cigarro
Banho
3º Cigarro
Banho
3º Cigarro
16h00
3º Cigarro
Banho
17h00
Visita
Visita
Visita
Visita
Visita
Visita
18h00
Jantar
Jantar
Jantar
Jantar
Jantar
Jantar
Jantar
18h20
4º Cigarro
4º Cigarro
4º Cigarro
4º Cigarro
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
4º Cigarro
Atividade
Espiritual
4º Cigarro
19h00
4º Cigarro
Atividade
Espiritual
Atividade Espiritual
20h00
MEDITAÇÃO
MEDITAÇÃO
MEDITAÇÃO
MEDITAÇÃO
MEDITAÇÃO
MEDITAÇÃO
MEDITAÇÃO
21h00
21h00
às
22h30
5º Cigarro
5º Cigarro
5º Cigarro
5º Cigarro
5º Cigarro
5º Cigarro
5º Cigarro
Medicação e
Televisão
Medicação e
Televisão
Medicação e
Televisão
Medicação e
Televisão
Medicação e
Televisão
Medicação e
Televisão
Medicação e
Televisão
15h30
Equoterapia
14h00 às 15h00
Assembleia (apto)
14h00 às 15h30
Visita do Familiar
15h00 às 17h00
CASA DE EURÍPEDES
ANEXO 8 – ROTINA DIÁRIA– Unidade Dependência Química
Horário
SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-FEIRA
QUARTA-FEIRA
QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
SÁBADO
DOMINGO
06h15
Despertar / Caminhada
Ecológica
Despertar /
Caminhada Ecológica
Despertar /
Caminhada Ecológica
Despertar /
Caminhada Ecológica
Despertar /
Caminhada Ecológica
Despertar / Caminhada
Ecológica
Despertar / Caminhada
Ecológica
07h15
às
07h30
Café da
Manhã/Medicação
Café da
Manhã/Medicação
Café da
Manhã/Medicação
Café da
Manhã/ Medicação
Café da
Manhã/Medicação
Café da
Manhã/Medicação
Café da
Manhã/Medicação
08h00
ás 9h00
Grupo
psicoeducacional
Grupo
psicoeducacional
Grupo
psicoeducacional
Assembléia Geral
Grupo
Psicoeducacional
Oficina Terapêutica
Oficina Terapêutica
Oficina Terapêutica
Oficina Terapêutica
Oficina Terapêutica
Oficina Terapêutica
Oficina Terapêutica
Atividade Espiritual
Jogos / Recreação
Grupo de Tratamento
do Tabagismo
Educação Física
Oficina Terapêutica
Educação Física
Grupo Reinserção
Social
Grupo Orientação ao
Desenvolvimento
Social
Grupo 12 Passos
ALMOÇO /
Medicação
ALMOÇO /
Medicação
ALMOÇO /
Medicação
ALMOÇO /
Medicação
ALMOÇO /
Medicação
ALMOÇO /
Medicação
ALMOÇO /
Medicação
REPOUSO
REPOUSO
REPOUSO
REPOUSO
REPOUSO
REPOUSO
REPOUSO
Oficina Terapêutica
Oficina Terapêutica
Educação Física
Oficina Terapêutica
Oficina Terapêutica
Oficina Terapêutica
Jogos / Recreação
LANCHE /Medicação
LANCHE /Medicação
LANCHE /Medicação
LANCHE / Medicação
LANCHE / Medicação
LANCHE /Medicação
LANCHE /Medicação
Grupo de Apoio e
Orientação ao
Desenvolvimento
Social
Visita Familiar
Oficina Terapêutica /
TV
09h00
às
10h00
10h00
às
11h15
11h30
às
12h00
12h00
às
14h00
14h00
às
15h30
15h30
às
16h00
16h10
às
17h00
Grupo Terapia
Ocupacional
Oficina de Salsa
Grupo Terapia
Ocupacional
Grupo de Estimulação
Cognitiva
18h00
JANTAR
JANTAR
JANTAR
JANTAR
JANTAR
JANTAR
JANTAR
19h00
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
Atividade Espiritual
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20h00
Meditação
Grupo AA
Grupo NA
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às
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TV / Medicação
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programa terapêutico do hospital [2011]