RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO O Marketing no País do Futebol 2008 Sportlink Marketing Esportivo 1 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 2 Copyright© 2008 por João Henrique Areias Título Original: O Marketing no País do Futebol Editor André Figueiredo Editoração Eletrônica Luciana Lima de Albuquerque Nota do Autor para os membros da comunidade Gestao e Marketing Esportivo - www.marketingesportivo.org - 30 de novembro de 2010 Este livro, escrito a partir de um relatorio feito em 1998, serviu de base para a apresentacao que fiz ao Grupo de Trabalho do Ministerio do Esporte, formado por representantes da CBF, COB, Clube dos 13, atletas, arbitros, entre outros, em 2002, quando foi aprovado por unanimidade o sistema de pontos corridos para o Campeonato Brasileiro de Futebol e ferias no meio do ano. A CBF implantou o sistema de pontos corridos em 2003. Ja a mudanca do periodo de ferias, foi postergado por prazo indeterminado. Este material esta sendo disponibilizado gratuitamente, para os membros da comunidade que responderam a pesquisa do site ate esta data. Solicito, por favor, que nao copiem ou enviem para outras pessoas ou organizacoes, sem nossa autorizacao. Joao Henrique Areias PUBLIT SOLUÇÕES EDITORIAIS Rua Miguel Lemos, 41 sala 605 Copacabana - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.071-000 Telefone: (21) 2525-3936 E-mail: [email protected] Endereço Eletrônico: www.publit.com.br RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 3 PREFÁCIO Este livro, na verdade, é a forma que encontrei para dar vida literária a um relatório sobre o futebol brasileiro, elaborada por minha empresa, a Sportlink Marketing Esportivo, a pedido do Diário Lance! e patrocinado pelo GP Investimentos, grupo que pensava investir no nosso futebol, assim como estavam fazendo outras empresas, como a ISL, Octagon, Nations Bank entre outras no ano de 1998. Me ajudaram na infatigável busca pelas informações, nem sempre fáceis e acessíveis, os funcionários da Sportlink na época. Luiz Leo, com seu cuidado milemétrico no trato das informações, Marcos Leal meu fiel escudeiro e Andrea Vidal, muito mais que uma secretária. Também o Diário Lance! foi fundamental na busca de informações e se tornou, apesar de sua infância (tinha apenas 3 anos de existência), na mais completa fonte de informações para o relatório. Finalmente, o conteúdo é fruto de discussões não só com minha equipe, mais do precioso tempo dedicado pelo Walter Mattos, presidente do Lance!, que aportou sua experiência de forma muito positiva, fazendo de um relatório, tipo raio X feito em 1998, um documento atual para a comunidade esportiva brasileira. Joao Henrique Areias “A Sonia, Gustavo e Paula, com carinho e amor” RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 4 Sumário I. APRESENTAÇÃO ......................................................................... 7 II. PRODUTO ................................................................................ 13 A. Calendário de Eventos ........................................................ 13 B. Sistema de Disputa ............................................................. 27 C. Tabela de Jogos .................................................................. 34 III. MERCADO .............................................................................. 37 A. Torcedor - Consumidor ....................................................... 37 B. Patrocinadores .................................................................... 47 C. Meios de Transmissão e Reprodução ................................... 52 IV. COMERCIALIZAÇÃO ............................................................... 55 A. Ingressos ............................................................................ 55 B. Direitos de Transmissão e Reprodução ................................. 63 C. Publicidade Estática ............................................................ 66 D. Licenciamento de Marcas e Símbolos .................................. 69 E. Concessões nos Estádios ..................................................... 70 F. Patrocínio do Evento ............................................................ 70 V. DISTRIBUIÇÃO ......................................................................... 72 A. Estádios .............................................................................. 72 B. Televisão ............................................................................. 74 C. Rádio .................................................................................. 75 D. Internet .............................................................................. 75 VI. COMUNICAÇÃO .................................................................... 78 A. Pesquisas de Opinião ......................................................... 78 B. Relações - Públicas ............................................................. 79 C. Publicidade ........................................................................ 79 D. Eventos e Promoções ......................................................... 79 E. Programação Visual ............................................................ 80 F. Publicações ......................................................................... 80 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 5 VII. ANEXOS ................................................................................ 82 CALENDÁRIO OFICIAL - 1998 ................................................. 83 CAMPEONATO BRASILEIRO DE CLUBES DE FUTEBOL PROFISSIONAL ........................................................................ 85 CALENDÁRIO BRASILEIRO – SISTEMA DE DISPUTA - MÉDIA ACIMA DE 20 MIL PAGANTES ................................................. 86 CALENDÁRIO BRASILEIRO – SISTEMA DE DISPUTA MÉDIA NA FAIXA DE 10.000 PAGANTES ................................. 87 QUANTIDADE DE PARTIDAS DISPUTADAS. FLAMENGO E REAL MADRID ......................................................................... 88 RELAÇÃO DE EMPRESAS LICENCIADAS .................................. 90 ESTÁDIOS - CAMPEONATO BRASILEIRO 1998 ......................... 97 TAXA DE OCUPAÇÃO NOS ESTÁDIOS - BRASIL - 1997 ............ 98 TAXA DE OCUPAÇÃO NOS ESTÁDIOS - ESPANHA 1997 / 1998 ............................................................................ 99 TAXA DE OCUPAÇÃO NOS ESTÁDIOS - INGLATERRA 1996 / 1997 .......................................................................... 100 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO I. APRESENTAÇÃO X 6 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 7 I. APRESENTAÇÃO Este relatório tem como objetivos, traçar um panorama da situação atual do nosso futebol, identificar problemas e oportunidades, bem como proporcionar uma idéia do potencial mercadológico do produto futebol brasileiro. Cinco áreas foram abordadas: Capítulo II - PRODUTO Analisamos o calendário atual de competições, os sistemas de disputa utilizados e as tabelas de jogos. Embora sejamos mestres em uma arte mundialmente reconhecida (o que significa dizer que a nossa “fábrica de talentos” é uma das melhores, senão a melhor do planeta), ainda enfrentamos grandes problemas da fábrica para fora, sobretudo no que diz respeito à embalagem do produto, à sua comunicação, à sua comercialização e à sua distribuição. Este ano, várias das grandes equipes brasileiras ficarão sem faturar pelo menos quatro meses (sem contar com o mês de férias). E a razão disso não é apenas a paralisação causada pela Copa do Mundo. Boa parte clubes brasileiros disputarão, pelo menos seis das oito competições em 1998 (quatro nacionais e quatro internacionais), enquanto na Europa, os clubes disputarão no máximo três competições (duas nacionais e uma das três internacionais). Nos vinte e sete campeonatos brasileiros (de 1971 a 1997) experimentamos vinte e sete sistemas de disputa diferentes. O sistema de turno e returno, pontos corridos, como na Europa, nunca foi utilizado. As tabelas dos eventos nacionais e sul-americanos, confundem o torcedor-consumidor, com transferência dos jogos, falta de uniformi- RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 8 dade nos dias da semana e horários, dentre outros, dificultando a criação do hábito. Capítulo III - MERCADO Torcedor - Consumidor O futebol detém a preferência de 65% dos brasileiros, em relação aos outros esportes, segundo pesquisa Ibope-Placar de 1993. A audiência média domiciliar estimada dos 82 jogos televisionados por TV aberta, em 1997, foi de 29 pontos (dos quais vinte e cinco na GLOBO e quatro na BAND), o que representa uma média absoluta individual de 4,7 milhões de telespectadores por jogo. Os jogos transmitidos nos meios de semana tem melhor audiência que os transmitidos no final de semana. A média de público nos estádios, nos últimos quatro campeonatos brasileiros, ficou na faixa das 10 mil pessoas, para uma capacidade média de 55 mil lugares disponíveis nos estádios. No Campeonato Brasileiro de 1997, os jogos aos domingos, levaram mais 35% de público aos estádios do que nos jogos realizados às quartas-feiras. Os principais campeonatos europeus registraram médias de 30 mil pessoas na última temporada. Em razão de possuírem estádios com menor capacidade, podemos estimar que eles chegaram muito próximo da ocupação total das capacidades disponíveis, ou algo acima de 70%. Patrocinadores Os investimentos em patrocínios de eventos, equipes, atletas, cotas de patrocínio de transmissões, são oriundos da mesma fonte: as verbas de comunicação e marketing (ou verba de propaganda) dos anunciantes. Em uma primeira análise, o investimento atual no futebol chega a US$ 400 milhões anuais. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 9 Considerando um cenário ideal de planejamento e organização, este investimento pode atingir a casa dos US$ 900 milhões anuais. Meios de Transmissão e Reprodução Neste segmento, foram contemplados os veículos de comunicação que compram ou podem vir a comprar os direitos de transmissão e reprodução dos jogos. Os valores comercializados com as televisões abertas dependem do que elas podem arrecadar junto aos anunciantes. Hoje, o custo de aquisição dos direitos representa cerca de 33%, o que é razoável, se os custos de produção e inserções chegarem a este patamar (33%), restando um lucro de 33% para as emissoras. O espaço para crescimento está diretamente ligado à capacidade de aumentar os investimentos dos patrocinadores. O grande potencial de crescimento está na TV por assinatura, (cabo e satélite) em franco desenvolvimento no Brasil. O sistema pay-per-view, (utilizado no Brasil desde o ano passado) está sendo oferecido aos assinantes da NET/Multicanal que tenham o “upgrade” ADVANCED 98, por cerca de US$ 200 para um pacote de setenta jogos do Campeonato Brasileiro de 98. Os clubes ficarão com cerca de 30% desta receita, já tendo recebido uma garantia mínima, equivalente a venda de aproximadamente 130 mil pacotes. Da mesma forma, as vendas dos direitos internacionais ainda estão muito aquém do potencial do futebol brasileiro. Capítulo IV - COMERCIALIZAÇÃO Neste capítulo é apresentada uma visão geral atual e potencial de cada propriedade/direitos gerados pelos eventos e clubes, com destaque para os ingressos, direitos de transmissão e reprodução, patrocínios, espaços publicitários no estádio, licenciamento de marcas e símbolos e de concessões. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 10 Estas propriedades deverão ser tratadas como áreas de negócios independentes, com expertise própria, embora interligadas por uma política de comercialização global. Uma área não abordada no capítulo foi a de agenciamento das imagens dos atletas para fins publicitários, promoções, eventos e licenciamento. Trata-se de uma área virgem no Brasil e com grande potencial. Só os atletas da Seleção Brasileira de 1994 tiveram uma receita bruta de aproximadamente US$ 4,7 milhões. Capítulo V - DISTRIBUIÇÃO Aqui, abordamos os principais canais de distribuição de uma partida de futebol. Os estádios brasileiros, boa parte, com grandes capacidades de público têm, ao mesmo tempo, grandes problemas estruturais, que afetam diretamente a presença de público. Apresentamos sugestões de curto, médio e longo prazos. O crescimento da indústria de entretenimento motivou o desenvolvimento do conceito de arenas, transformando a sua operação num negócio lucrativo. Enquanto o Campeonato Brasileiro de 1997 obteve uma taxa de ocupação dos estádios de 19%, o Campeonato Inglês - 1996/1997 registrou uma média de 83% e o espanhol de 67%. Analisamos também a programação das televisões brasileiras e verificamos uma excessiva oferta de jogos, tanto das competições envolvendo equipes brasileiras quanto dos campeonatos europeus. Esta concorrência deve-se, no nosso entendimento, tanto à presença de nossos craques quanto, à organização dos campeonatos europeus. Certamente, uma fatia do bolo da propaganda brasileira acaba sendo desviada para estes eventos. Capítulo VI - COMUNICAÇÃO Neste capítulo, tratamos o futebol como outro produto qualquer, discorrendo sobre seu mercado, sua comercialização e sua distribuição. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 11 Não poderíamos deixar de dar um enfoque à área de comunicação, quase que totalmente ausente do nosso futebol. Enfatizamos a importância de pesquisas, publicidade, promoções, publicações, programação visual, enfim, as ferramentas de apoio para conhecer melhor o mercado, mantê-lo, ampliá-lo e atender às suas necessidades. CONCLUSÃO O futebol brasileiro apresenta uma série de oportunidades de negócios. As entidades esportivas demandam serviços profissionais especializados. Um exemplo é a área de bilheteria, ainda uma receita marginal para os clubes. Enquanto na Inglaterra, na temporada 19961997, ela representou 43,4% da receita dos clubes da primeira divisão, no Brasil ela ainda não ultrapassa a faixa de 16%. oÉÅÉáí~ë _ê~ëáä=EíçÇçë=çë=ÉîÉåíçëF=G fåÖä~íÉêê~=E`~ãéK=fåÖäÆëF= qÉäÉîáë©ç rA=NMM=ãáäÜπÉë=Z=RR=B m~íêçÅ∞åáçëJiáÅÉåÅá~ãÉåíçJ`çåÅÉëëπÉë rA=RM=ãáäÜπÉë===Z=OU=B rA=OSR=ãáäÜπÉë=Z=PSIQ=B _áäÜÉíÉêá~ rA=PM=ãáäÜπÉë===Z=NS=B rA=PNS=ãáäÜπÉë=Z=QPIQB rA=NQT=ãáäÜπÉë=Z=OMKO=B * Valores estimados Em 1992, pela primeira vez, no Brasil, uma agência de marketing esportivo adquiriu todos os direitos relativos à participação do Flamengo e Santos na Supercopa. Os dois clubes, com suas receitas garantidas, passaram apenas a se preocupar com a presença das equipes em campo nos locais, dias e horários determinados pela agência. Os resultados foram excelentes para todas as partes. O calendário é o primeiro problema a ser enfrentado. E nele, o Campeonato Brasileiro é a competição mais importante, haja visto os investimentos das televisões e dos anunciantes/patrocinadores serem muito superiores aos dos demais eventos. Paralelamente ao calendário, é preciso fazer investimentos nos estádios. Chamamos a atenção para a arena que o Atlético-PR, está construindo em Curitiba, com inauguração prevista para o 1o. semestre de 1999. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 12 II. PRODUTO X A. Calendário de Eventos B. Sistema de Disputa C. Tabela de Jogos RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 13 II. PRODUTO A. Calendário de Eventos 1. Introdução Em Agosto de 1996, a CBF promoveu o 1o. Fórum de Debates Sobre Futebol Brasileiro no Rio de Janeiro, que reuniu aproximadamente cem pessoas, divididas em dez grupos, com dez integrantes em cada, entre técnicos, jornalistas, dirigentes, profissionais de marketing, para debater vários temas ligados ao futebol brasileiro. Todos os grupos acabaram por identificar o calendário como o grande problema do futebol brasileiro, embora houvesse um grupo específico para tratar deste tema. Competições e jogos em excesso, duração dos Campeonatos Estaduais x Campeonatos Brasileiros, entre outros, eram os assuntos mais abordados. O excesso de jogos e a sobreposição das competições acabam por interferir nos sistemas de disputa e nas tabelas de jogos, que são os dois outros temas abordados neste capítulo. 2. Modelo Atual a) Calendário Oficial - Semanas O calendário oficial brasileiro disponibiliza 46 semanas úteis para a prática do futebol. Por lei, há que cumprir 30 dias de férias, mais dez dias para pré-temporada / condicionamento dos atletas, o que totaliza seis semanas não-úteis. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 14 bîÉåíçN ^åç c¨êá~ë mê¨JíÉãéçê~Ç~ pÉã~å~ë RO Q O bîÉåíçë QS b) Calendário Brasileiro de Eventos 1998 O calendário brasileiro de 1998 contém oito competições de clubes, sendo quatro nacionais e quatro da América do Sul. É possível observar abaixo que a maioria dos eventos utiliza vários dias da semana (alguns sem qualquer critério) dificultando a criação do hábito e confundindo o torcedor. k⁄ bîÉåíçë N `~ãéÉçå~íç= _ê~ëáäÉáêç `~ãéÉçå~íç=bëí~Çì~ä= EpmF `çé~=Çç=_ê~ëáä O P Q R qçêåÉáç=oáç=J=p©ç= m~ìäç `çé~=iáÄÉêí~ÇçêÉë S `çé~=`çåãÉÄçä T U `çé~=jÉêÅçëìä======= EÉñJpìéÉêÅçé~F `çé~=Ççë=`~ãéÉπÉë= jìåÇá~áë jÉáç=ÇÉ=pÉã~å~ PŸ QŸ RŸ cáã=ÇÉ=pÉã~å~ SŸ p~ÄK açãK S NP P =J NR OO =J Q =J =J =J NM NR Q NQ N O N O S P N Q =J Q T P P N =J =J S N =J N =J =J NO =J =J =J =J O J O =J =J =J Observação: Somente para efeito demonstrativo, dividimos os dias da semana entre meio e fim de semana, considerando a segunda-feira feira uma espécie de curinga para folgas, um jogo deslocado para a TV ou um jogo adiado por motivo de força maior. ___________________________________________ 1 Eventos podem ser considerados tanto os jogos oficiais quanto os amistosos RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 15 c) Aproveitamento do Calendário Em razão dos vários eventos superpostos numa mesma semana, chegamos a números que dão a impressão de que todas as semanas úteis são utilizadas, o que não é verdade, como vemos no quadro a seguir: NVVU qçí~ä=ENF ríáäáò~Çç k©ç=ríáäáò~Çç=EOF jÉáç=ÇÉ=pÉã~å~ QU==ENMMBF QQ==EVOBF MQ===EUBF cáã=ÇÉ=pÉã~å~ QT=ENMMBF PS==ETTBF NN==EOPBF Notas: 1) No Capítulo II - Mercado, item A - Torcedor - Consumidor, apresentamos um quadro com as preferências do torcedor. 2) Os períodos de férias e de preparação não foram observados por algumas equipes. Outras, eliminadas antes, na fase de classificação do campeonato de 1996, anteciparam as férias, daí haver 48 meios de semana e 47 fins de semana. 3) Dos 11 fins de semana não utilizados pelos clubes, oito foram em função da Seleção Brasileira estar reunida, um por ser Carnaval e dois sem razão especial. OT MP NT OQ `~êå~î~ä MP NM NT OQ PN MT NQ ON OU MR NO NV OS p_ p_ p_ p_ p_ p_ OS MO MV NS OP `~êå~î~ä p_ NV MO MV NS OP PM MS NP OM OT MQ NN NU OR MN MU NR OO MQ MR MS MT MU MV NM NN NO NP NQ NR NS NT NU NV OM ON OO OP OQ OR OS p_ p_ p_ p_ p_ p_ p_ OQ NT NM P OT OM NP MS OV OO NR MU MN OR NU NN MQ OR NU NN MQ OU ON NQ MT PN a if_JMU if_JMT _o=Z=`çé~=Çç=_ê~ëáä cp=Z=MQ op=Z=oáç=p©ç=m~ìäç jp=Z=MT cp=Z=MR cp=Z=MU `m=Z=`~ãéÉçå~íç=m~ìäáëí~ jp=Z=MQ cp=Z=NM _o `áåò~ë _o _o _o _o c¨êá~ë c¨êá~ë c¨êá~ë p_ p_ p_ p_ p_ p_ p_ ifJMN p_ p_ OR NU NN MQ OU ON NQ MT PM OP NS MV MO OS NV NO MR OS NV NO MR OV OO NR MU cp=Z=MP jp=Z=MP _o _o _o _o _o _o _o _o _o _o _o _o _o _o c¨êá~ë c¨êá~ë c¨êá~ë=É=mê¨JqÉãéçê~Ç~ cp=Z=MQ jp=Z=MV a MN ^åç=kçîç if=Z=iáÄÉêí~ÇçêÉë if_JMV `mJMV `mJMT `mJMQ `mJMO opJÑá opJëÑ opJMR opJMQ opJMO opJMN QŸ=cÉáê~ jÉáçJÇÉJpÉã~å~=EjpF bsbkqlp=al=pbjbpqob if_JMS if_JMR ifJMP ifJMO opJëÑ opJMQ jp=Z=NU _o _o _o _o _o _o _o _o= _o _o _o _o _o _o _o c¨êá~ë jp=Z=MU OP NS MV MO NM NP PŸ=cÉáê~ p_=Z=pÉäÉ´©ç=_ê~ëáäÉáê~ grk j^f ^_o j^o cbs OM c¨êá~ë NO MP MS c¨êá~ë c¨êá~ë MR c¨êá~ë MO PM c¨êá~ë a OV g^k MN jpJcp OŸ=cÉáê~ jÆë k⁄ a ============== pbj d) Calendário do Futebol Brasileiro de Clubes Quadro 01 1° SEMESTRE DE 1998 p_ p_ p_ p_ p_ p_ p_ p_ if_JMR ifJMP ifJMO _o opJMO c¨êá~ë c¨êá~ë c¨êá~ë SŸ=cÉáê~ OS NV NO R OV OO NR MU p_ p_ p_ p_ p_ p_ opJS opJMR opJMP c¨êá~ë c¨êá~ë c¨êá~ë OR NU NN MQ OU ON NQ MT OU OT OM NP MS PM OP NS MV if_JNM _o _o opJÑá ON `~êå~î~ä NQ MT PN OQ NT NM MP p_ p_ p_ p_ p_ p_ p_ _oLp_ p•Ä~Çç cáãJÇÉJpÉã~å~=EcpF a MN qê~Ä~äÜç MO OQ NT NM MP OT OM NP MS OT OM NP MS PM OP NS MV MO a p_ p_ _o c¨êá~ë c¨êá~ë c¨êá~ë açãÖç OU ON NQ MT PN OQ NT NM MP OS NV NO MR OV OO NR MU MN p_ p_ p_ p_ p_ p_ `mJNQ `mJNP `mJNO `mJNN `mJNM `mJMU `mJMS `mJMR `mJMP `mJMN OO `~êå~î~ä NR MU MN OR NU NN MQ a pbj^k^p=kÍl=rqfifw^a^p=mbilp=`ir_bp=jp=Z=MP=cp=Z=MU= if_JMS if_JMQ opJMS opJMP opJMN RŸ=cÉáê~ OS OR OQ OP OO ON OM NV NU NT NS NR NQ NP NO NN NM V U T S R Q P O N níÇ pbj RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 16 OU MQ NN NU OR MN MU NR OO OV MS NP OM OT MP NM NT OQ MN MU NR OO OM OT MP NM NT OQ PN MT NQ ON OU MR NO NV OS MO MV NS OP PM MT NQ ON PM PN PO PP PQ PR PS PT PU PV QM QN QO QP QQ QR QS QT QU QV RM RN RO OP NS MV MO OR jp=Z=NO jp=Z=MQ jp=Z=NS cp=Z=OO if=Z=q~´~=iáÄÉêí~ÇçêÉë `_=Z=`~ãéÉçå~íç=_ê~ëáäÉáêç cp=Z=MO NM P V P U Q NM Q V P NN V O if_JNO p_ p_ OP NS MV MO a NP MS OT ``JMU N O if_JNN p_ p_ cp=Z=MN jp=Z=MT ``Z=`çé~=`çåãÉÄçä jp=Z=MO ``j=Z=`çé~=`K=jìåÇá~áë OQ priJNO NT NM priJNN MP OS priJNM NV priJMV NO priJMU MR priJMT OV OO priJMS NR MU ``JMS priJMR MN OQ priJMQ NT NM ``JMR priJMP MP if_JNQ ``JMQ priJMO OM if_JNP ``JMP ``JMO priJMN PM QŸ=cÉáê~ jÉáçJÇÉJpÉã~å~=EjpF bsbkqlp=al=pbjbpqob ëÉ= ëÉ= ëÉ= NU NN MQ OU ON NQ MT PM OP NS MV MO OS NV NO MR OV OO NR MU priZ=`çé~=jÉêÅçëìä éä~óçÑÑ éä~óçÑÑ éä~óçÑÑ N N N ``j ``j p_ MN a jp=Z=MO cáå~Ççë MT p_ PŸ=cÉáê~ p_=Z=pÉäÉ´©ç=_ê~ëáäÉáê~ abw kls lrq pbq fåÇÉéK ON NP OV ^dl NQ p_ MS OU PM p_ a OV gri OT jpJcp OŸ=cÉáê~ jÆë k⁄ a ============== pbj Quadro 02 2° SEMESTRE DE 1998 OR NU NN MQ OT OM NP MS PM OP NS MV MO OR NU NN MQ OU ON NQ MT PN OQ NT NM MP a k~í~ä p_ p_ SŸ=cÉáê~ OS NV NO MR OU ON NQ MT PN OQ NT NM MP OS NV NO MR OV OO NR U MN OR NU NN O O O P O Q O P P Q Q P P O N=àçÖç p_ p_ MQ OT OM NP MS PM OP NS MV MO OS NV NO MR a NM NM NM U V U U U V U T U V NM NN=àçÖçë p_ p_ açãÖç OT OM NP MS OV OO NR pri=EëÉ= N=EMO=ÅäÄF N O=EMQ=ÅäÄF O Q=EMU=ÅäÄF Q MU NO=EOQ=ÅäÄF MN OR NU ``JMT NN p•Ä~Çç cáãJÇÉJpÉã~å~=EcpF MQ a SEM ANAS NÃO UTILIZADAS PELOS CLUBES MS = 02 FS = 03 ``j ``j RŸ=cÉáê~ OS OR OQ OP OO ON OM NV NU NT NS NR NQ NP NO NN NM MV MU MT MS MR MQ MP MO MN níÇ pbj RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 17 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 18 e) Conseqüências • A maioria dos clubes deixará de faturar em onze finais de semana (que são os dias nobres do lazer). Outros 16 clubes, que serão eliminados na fase de classificação do Campeonato Brasileiro deste ano, ficarão sem faturar por pelo menos mais seis semanas. Além de prejudicar a bilheteria, esta situação diminui consideravelmente a exposição de seus patrocinadores e deixam de receber as cotas de televisão que, pelo critério de divisão, são maiores na fase eliminatória. “Cerca de 16 clubes ficarão sem faturar 5 meses este ano: 4 semanas de férias + 11 não utilizadas + 6 da fase final do Brasileiro” Os atletas (e aqui podem ser incluídos os árbitros) são submetidos a uma sobrecarga • física e emocional, acarretando perda na qualidade do espetáculo. Alguns clubes jogam cerca de 90 partidas em um ano, muito acima dos clubes europeus, que jogam entre sessenta e setenta partidas. • O atleta prefere jogar no exterior, onde, além de obter melhores condições financeiras, estende a sua vida útil (profissional), devido ao menor desgaste sofrido. • A falta de tempo para treinamentos adequados e a instabilidade do cargo levam os treinadores a estimular o jogo fechado, viril, até como uma forma de manter o emprego. • Outra vez, a qualidade do espetáculo fica comprometida. • O torcedor tem dificuldades para entender as competições, de criar o hábito para acompanhá-las regularmente, além de arcar com uma despesa muito alta para os padrões brasileiros (na compra de ingressos para as partidas). • A televisão não consegue oferecer uma grade de programação adequada aos seus anunciantes, pulverizando os índices de audiência em razão do grande número de jogos transmitidos pelas diversas emissoras. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 19 • Os patrocinadores das equipes não têm o retorno esperado para seus investimentos Correm o risco, por exemplo, de ver seu patrocinado ser eliminado na fase de classificação do Campeonato Brasileiro deste ano. Com isso, ficam fora da mídia (exposição espontânea) durante as seis semanas seguintes, justamente as que vão atrair o interesse dos torcedores-consumidores. • A imprensa, por sua vez, não consegue cobrir adequadamente as competições, gerando prejuízo de informação para seus leitores, ouvintes e telespectadores. • Exemplos como os WO´s deste ano no Rio; o Grêmio ter que disputar três partidas no mesmo dia; o São Paulo ter que disputar duas partidas, são demonstrações inequívocas de que o calendário deve ser reformulado, para que o futebol passe a ser um negócio rentável para todos. “Em 1998 foram usados 77 % dos fins de semana disponíveis para eventos oficiais dos clubes. Já nos meios de semana, o índice sobe para 92 % de aproveitamento do calendário” 3. Modelo Proposto a) Calendário Oficial - Semanas O modelo que apresenta melhor aproveitamento do calendário prevê a mudança do período de férias para o mesmo período em que a Seleção Brasileira estiver atuando em competições oficiais, como veremos a seguir. Aparentemente haverá uma perda de duas semanas (com Natal e Ano Novo) em relação ao calendário atual, mas, na realidade, o saldo é positivo: bîÉåíç ^åç c¨êá~ë mê¨JíÉãéçê~Ç~ pÉã~å~ë RO Q O k~í~ä=Ó=^åç=kçîç bîÉåíçë O QQ RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 20 a1) Férias O ano de 1998 demonstra claramente os prejuízos causados aos clubes em virtude da longa paralisação dos campeonatos pela Copa do Mundo. O Clube dos 13 tentou reeditar a Copa União de 1997, em formato de torneio, para proporcionar atividade aos clubes durante a Copa do Mundo. A idéia não foi adiante, porque as emissoras já tinham toda a sua programação comprometida com a Copa. Aliás, a atenção dos patrocinadores e dos torcedores também. O fato é que esta situação não acontece somente em anos de Copa do Mundo. O “produto” Seleção Brasileira, todos os anos, no mesmo período, está comprometido com uma competição oficial importante. Destas, o evento que ocupa menor espaço no calendário são os Jogos Olímpicos (17 dias), mas, se a contabilizarmos a partir da apresentação dos jogadores e o período de treinamento, registraremos um mínimo de 30 dias com nossos astros ausentes dos jogos dos clubes, ocasionando perdas técnicas e econômicas. A lei Nº 6.354, de 02 de setembro de 1976, dispõe sobre as relações de trabalho do atleta profissional de futebol e, não há dispositivo que impeça a mudança de férias, embora consideremos importante a demonstração dos benefícios a seus sindicatos. Art. 25 – “O atleta terá direito a um período de férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, que coincidirá com o recesso obrigatório das atividades de futebol”. Parágrafo único – “Durante os 10 (dez) dias seguintes ao recesso é proibida a participação do atleta em qualquer competição com ingressos pagos”. a2) Eventos Oficiais - Seleção Brasileira NVVR NVVS NVVT NVVU `çé~=^ã¨êáÅ~ gçÖçë=lä∞ãéáÅçë `çé~=^ã¨êáÅ~ `çé~=Çç=jìåÇç MRLMT=~=OPLMT NVLMT=~=MQLMU NNLMS=~=OVLMS NMLMS=~=NOLMT NV=Çá~ë NT=Çá~ë NV=Çá~ë PO=Çá~ë RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 21 Como a situação na Europa é similar a nossa em relação às suas seleções, eles aproveitam este período para dar férias aos jogadores. Os jogadores convocados, obviamente, não têm férias integrais. Países como a Alemanha, por exemplo, são obrigados a paralisar suas atividades duas vezes por ano. Nas férias dos jogadores, no meio do ano, e no inverno (cerca de 20 dias no seu período mais rigoroso). a3) Modelo Proposto: Número máximo de jogos oficiais k⁄=ÇÉ=àçÖçë NK=bëí~Çì~áë=J=oÉÖáçå~áë OK=_ê~ëáäÉáêç PK=`çé~=Çç=Äê~ëáä cp NM PQ J jp Q U MO=ú=NM qçí~ä NQ QO MO=ú=NM qlq^i QK=jÉêÅçëìä=ET=ÅäìÄÉëF RK=q~´~=iáÄÉêí~ÇçêÉë=EOJP=ÅäìÄÉëF QQ J J NQ=ú=OO MS=ú=NM MS=ú=NQ RU=ú=SS MS=ú=NM MS=ú=NQ J J J NO=ú=OQ OS=ú=QS MQ=ú=MU NO=ú=OQ SS=ú=VM =J= qlq^i qlq^i=dbo^i SK=`çé~=`çåãÉÄçäO b) Calendário Brasileiro - 1999~2000 Com o aumento de semanas úteis, em razão da mudança das férias, é possível manter a maioria das competições existentes. Algumas terão que ser revistas. Haverá dez fins de semana reservados somente para os estaduais ou regionais. O Campeonato Brasileiro (setembro a maio) ocupará os 34 fins de semana restantes, sendo necessária a utilização de apenas 08 meios de semana na temporada 1999-2000 (com 22 clubes e 34 datas), quantidade que será reduzida para 04 meios de semana na temporada 2000-2001 (com 20 clubes e 34 datas). O sistema de disputa ___________________________________________ 2 Esta competição é disputada pelos clubes que não participam da Taça Libertadores nem da Copa Mercosul RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 22 contemplado é o de turno e returno, com pontos corridos. Este sistema será especificamente abordado e justificado mais adiante. Nos meios de semana seriam disputados a Copa do Brasil e as competições internacionais (sul-americanas), para as quais estão garantidos o mesmo número de semanas. Este calendário exigirá uma negociação com a Conmebol, para ajustar suas competições com o nosso calendário. Este ano, a Libertadores começou no primeiro semestre, foi interrompida durante a Copa e retomada no segundo semestre. Esta interrupção, não é boa para o principal evento da América do Sul. k⁄ bîÉåíçë N O P Q R S T U `~ãéÉçå~íç=_ê~ëáäÉáêç `~ãéÉçå~íç=bëí~Çì~ä=EpmF `çé~=Çç=_ê~ëáä qçêåÉáç=oáç=J=p©ç=m~ìäç `çé~=iáÄÉêí~ÇçêÉë `çé~=`çåãÉÄçä `çé~=jÉêÅçëìä=EÉñJpìéÉêÅçé~F `çé~=Ççë=`~ãéÉπÉë=jìåÇá~áë jÉáç=ÇÉ=pÉã~å~ PŸ QŸ RŸ =J U =J =J =J =J =J =J NM ñ ñ ñ =J NQ =J U =J =J =J =J NM ñ ñ ñ cáã=ÇÉ=pÉã~å~ SŸ p~ÄK açãK =J =J PQ =J =J NM =J =J =J ñ ñ ñ =J =J =J =J =J =J =J =J =J ñ ñ ñ c) Aproveitamento do Calendário - Semanas Este calendário permite um aproveitamento de 100% dos fins de semana disponíveis. NVVV=ú=OMMM qçí~ä ríáäáò~Çç k©ç=ríáäáò~Çç jÉáç=ÇÉ=pÉã~å~ QR=ENMMBF QQ==EVUBF N==EOBF cáã=ÇÉ=pÉã~å~ QQ=ENMMBF QQ=ENMMBF ññ d) Proposta de Calendário - 1999~2000 Maio 1999 (semana 21) a Maio 2000 (semana 20) RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 23 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 24 Quadrimestre 1 = Maio - Junho - Julho - Agosto 1. Seleção Brasileira Todos os anos, e não só no ano de Copa do Mundo, temos um evento oficial, envolvendo a Seleção Brasileira, neste período do ano. 2. Férias e Pré Temporada dos Clubes As férias dos clubes devem ser simultâneas aos eventos oficiais da Seleção, já que a atenção do torcedor, dos patrocinadores e da mídia, estão voltadas para a Seleção, que entre treinamentos e jogos oficiais, fica reunida, no mínimo, por 30 dias. 3. Campeonatos Estaduais Os campeonatos estaduais, seguindo o modelo do Campeonato Paulista de 1997, utilizam 10 fins de semana e 4 meios de semana. O ideal, é que não utilizassem meios de semana, porque, durante estes 4 meios de semana, muitos clubes estarão disputando a Copa do Brasil, obrigando-os a jogar duas vezes no meio de semana e, consequentemente, não respeitando as 66 horas de intervalo entre uma partida e outra. 4. Copa do Brasil Disputada em sua fase final por 32 clubes, utiliza somente 10 meios de semana 9 (MS), em jogos de ida e volta, e é eliminatória: 1o. e 2o. MS = 32 clubes 3o. e 4o. MS = 16 clubes 5o. e 6o. MS = 08 clubes 7o. e 8o MS = 04 clubes 9o e 10o. MS = 02 clubes 5. Torneio Rio - São Paulo Como se vê, não há datas disponíveis no calendário. As alternativas seria a substituição pelo Estadual ou Copa do Brasil, ou o remanejamento da verba de TV para um destes, ou para os dois eventos. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 25 6. Outros Além destes eventos, temos a Copa dos Campeões Mundiais de Clubes, realizada em dois meios de semana e o interesse de alguns clubes disputar torneios amistosos na Europa, o que vai depender da disponibilidade e/ou plantel dos clubes. Quadrimestre 2 = Setembro - Outubro - Novembro - Dez 1.Campeonato Brasileiro - Turno Disputado pelo sistema de turno e returno, pontos corridos, com 22 clubes em 1999 - 2000, utilizaremos 21 datas (16 fins de semana e 5 meios de semana). Este número, ainda elevado de meios de semana, se dá pela necessidade de coincidir o recesso de Natal e Ano Novo, com a possibilidade das equipes inscreverem novos jogadores, afim de se reforçarem para o returno do campeonato. (obs: os prazos de inscrição terminam antes da 1a. rodada do turno e reabrem por 15 dias neste período entre o turno e o returno). Em 2000 - 2001, com 20 clubes, eliminaremos 4 meios de semana, sendo 2 no turno, reduzindo de 5 para 3 meios de semana. 2. Copa Conmebol Os clubes que disputam a Conmebol, não disputam a Copa Mercosul, não causando conflitos. Além do Mercosul, não disputam também as equipes qualificadas para a Taça Libertadores. É disputada em 8 meios de semana, em paralelo à Copa Mercosul. Ao invés das 2 serem disputadas às 4a.feiras, pode-se disputar esta competição para as 5a.feiras. 3. Copa Mercosul Disputada por 7 equipes convidadas, no mesmo período da Copa Conmebol, utilizando, porém, mais 2 meios de semana. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 26 4. Seleção Brasileira Como mostra o quadro proposta de calendário, na semana 51, em Dezembro, temos um meio de semana inteiramente livre, que pode ser usado pela Seleção Brasileira, sem conflitos com outras competições de clubes. Na temporada 2000 - 2001, teremos mais 2 meios de semana livres, que podem ser alocados em Outubro e Novembro, para amistosos da Seleção Brasileira, de forma a não prejudicar os clubes, com a ausência de seus principais jogadores. Quadrimestre 3 = Janeiro - Fevereiro - Março - Abril 1. Campeonato Brasileiro - Returno Utiliza as mesmas 21 datas do turno, sendo 19 fins de semana e 2 meios de semana apenas, que serão totalmente eliminados na temporada seguinte, quando teremos 20 clubes disputando o Campeonato Brasileiro. 2. Copa Libertadores da América Jogada em 14 meios de semana, contempla, no máximo, 3 clubes brasileiros, o que permite que a maioria dos clubes só joguem uma vez por semana, no returno do Campeonato Brasileiro. 3. Seleção Brasileira Também será beneficiada, já que este é um período pré competição oficial. Já em 2000 poderá se reunir para 3 amistosos, sem desfalcar e competir com jogos oficiais de clubes. Em 2001 terá 5 datas livres, ou seja uma vez por mês. TRANSIÇÃO DE CALENDÁRIOS - 1999 Estaduais / Regionais Seriam disputados, ainda, no 1o. semestre RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 27 Torneio Rio - São Paulo Seria disputado também no 1o. semestre Copa do Brasil Excepcionalmente, seria disputada no inicio do 2o. semestre, nas 10 semanas abertas pelos estaduais e o Torneio Rio São Paulo. Desta forma, poderia se usar 5 meios de semana e 5 fins de semana, sobrando 5 fins de semana. Campeonato Brasileiro 1999-2000 (turno) Seria antecipado em 5 fins de semana, eliminando a necessidade de usar meios de semana no turno. Estes meios de semana ficariam livres para a Seleção. B. Sistema de Disputa Assim como o calendário, o sistema de disputa é determinante para o sucesso do evento. Os dois principais sistemas adotados universalmente são os seguintes: 1. Tipos de Competições a) Campeonato Utilizado quando se objetiva conhecer a melhor equipe tecnicamente. Todos os participantes devem se enfrentar duas vezes, uma como mandante da disputa (local), outra como desafiante (visitante), em regime de turno e returno, com a equipe que obtém o maior número de vitórias (pontos corridos) sendo declarada campeã. b) Copa ou Torneio Utilizado principalmente quando o período da competição é curto. Em geral, é disputado numa mesma localidade ou apresenta altos custos (estadias, viagens, etc.) para a sua realização. É eliminatório. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 28 2. O Sistema Utilizado no Campeonato Brasileiro O Campeonato Brasileiro, assim como os campeonatos estaduais, é um misto dos dois sistemas. Na primeira fase, normalmente todos os adversários se enfrentam, pelo menos em um jogo. Seguem para a segunda fase os oito melhores classificados, ficando de fora 16 clubes. O sistema pode ser ótimo para os que chegam à segunda fase, mas é perverso para a maioria que “volta para casa” mais cedo. O torcedor, por seu lado, tem pouco interesse pela primeira fase, aguardando o seu time se classificar para, aí então, comparecer em maior número aos estádios. “O Atlético Mineiro fez 47 pontos ganhos e acabou desclassificado pelo Vila Nova, que conquistou 16 pontos a menos no Campeonato Mineiro de 97. Nem o campeão, o Cruzeiro, passou o Galo no total de pontos.” Os argumentos mais comuns para a defesa deste sistema são os seguintes: 1. Em pontos corridos, se uma equipe dispara na frente, o torcedor perde o interesse, porque, ao contrário da Europa, não temos competições de alto nível na América do Sul que valorize as colocações do 2o ao 5o ou 6o lugares. 2. O torcedor brasileiro tem a cultura da final, ou seja, está acostumado às decisões, e raramente, o sistema de pontos corridos permite que os dois melhores decidam o título num confronto direto. Ao analisarmos os vinte e sete campeonatos brasileiros realizados entre 1971 e 1997, constatamos o seguinte: Em apenas dois campeonatos (1988 e 1996) foram realizados o mesmo número de partidas (290) mas, com sistemas de disputas diferentes. Apenas quatro campeonatos registraram média de público acima de 20 mil pessoas. Entre 15 e 20 mil tivemos nove campeonatos. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 29 Entre 10 e 15 mil, 13 campeonatos. No campeonato de 1979 foram contabilizados 9.137 pagantes por partida. Para cada um dos quatro campeonatos que superaram a média dos 20 mil pagantes houve um sistema de disputa diferente. Por outro lado, nos últimos quatro campeonatos (1997-1996-1995-1994), a faixa dos 10 mil pagantes se manteve, embora a prática de variação do sistema de disputa tenha continuado em voga. Isto apenas demonstra que não houve um campeonato sequer que repetisse um sistema que, consequentemente, criasse o hábito do torcedor consumidor. Em contrapartida, o sistema mais simples e de fácil entendimento, com turno e returno, pontos corridos, nunca foi aplicado no Campeonato Brasileiro. CLUBE DOS TREZE CAMPEONATOS BRASILEIROS - SÉRIE A Colocação do Clube dos Treze nos Últimos 27 Campeonatos entre os oito primeiros colocados 27 `äìÄÉë pm=Ej¨Çá~F NK=`çê∞åíÜá~åë OK=m~äãÉáê~ë PK=p~åíçë QK=p©ç=m~ìäç og=Ej¨Çá~F RK=_çí~ÑçÖç SK=cä~ãÉåÖç TK=cäìãáåÉåëÉ UK=s~ëÅç jd=Ej¨Çá~F VK=^íä¨íáÅç NMK=`êìòÉáêç op=Ej¨Çá~F NNK=dêÆãáç NOK=fåíÉê _^=Ej¨Çá~F NPK=_~Üá~ `äìÄÉ=Ççë=qêÉòÉ=Ej¨Çá~F nì~åíáÇ~ÇÉ NQIR NR NS NO NR NMIR U NP V NO NQ NS NO NPIR NP NQ S S NOIQ B=m~êíáÅáé~´©ç RQB RSB RVB QQB RSB PVB PMB QUB PPB QQB ROB RVB QQB RMB QUB ROB OOB OOB QSB RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 30 3. O Sistema de Turno e Returno - Pontos Corridos Este sistema, é o único, comprovadamente, que deu bons resultados nos principais campeonatos europeus. Basicamente, é preciso ter pelo menos três focos de motivação, para justificar sua implementação no Brasil: • • • • a) Financeiro Premiação do 2º ao 6º lugares para clubes e atletas O torcedor, a partir do momento que entender que todo jogo é decisivo, passará a freqüentar o estádio. Existem empresas que apostam nisto, e estão dispostos a explorar a bilheteria, garantindo um mínimo de 50% a mais de ingressos, em relação aos anos anteriores. A televisão passará a ter uma grade de programação do futebol, criando o hábito para os telespectadores. As negociações entre os clubes e patrocinadores será potencializada, pela garantia de exposição do inicio ao final do campeonato. b) Técnico Os 22 clubes (1999-2000) e depois 20 clubes (2000-2001 em diante), já estariam automaticamente classificados para disputar a Copa do Brasil. As sete vagas na Copa Mercosul, destinadas aos integrantes do Clube dos Treze (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), seriam distribuídas, proporcionalmente, aos clubes melhores colocados no Campeonato Brasileiro. O primeiro e o segundo colocado (se a CBF conseguir mais uma vaga para o Brasil), se classificam para a Taça Libertadores da América. Veja quadro - Visão Sistêmica - Classificação c) Equilíbrio A possibilidade de haver um campeonato mais equilibrado, está no fato de o Brasil dispor de pelo menos treze equipes com estrutura forte o suficiente para disputar o título, enquanto os países europeus dispõe de apenas três favoritos, em média. U=ÅäìÄÉë OM=î~Ö~ë NO=î~Ö~ë `çé~=_ê~ëáä c~ëÉ=cáå~ä PO=ÅäìÄÉë N=î~Ö~ NçK=iìÖ~ê `äìÄÉ=Ççë=NP bëí~Ççë pm=Z=MP og=Z=MO jd=Z=MN op=Z=MN T=î~Ö~ë jÉêÅçëìä N=çì=O=î~Ö~ë iáÄÉêí~ÇçêÉë OLP=î~Ö~ë `äìÄÉë=èìÉ=å©ç=Çáëéìí~ã ~=iáÄÉêí~ÇçêÉë=çì=~=jÉêÅçëìä `çåãÉÄçä Q=î~Ö~ë Eventos Oficiais OçK=~ç=RçK=iìÖ~ê Visão Sistêmica 1999-2000 ãÉäÜçêÉë=ÅçäçÅ~Ççë=Çç=`äìÄÉ=Ççë=NP=éçê=Éëí~Çç > > `~ãéÉçå~íç _ê~ëáäÉáêç p¨êáÉ=` NçK=É=OçK å=ÅäìÄÉë > > > > `~ãéÉçå~íç _ê~ëáäÉáêç p¨êáÉ=_ PçK=É=QçK l=NçK=b=OçK=g•=é~êíáÅáé~ê©ç=Ç~=`çé~ å=ÅäìÄÉë Çç=_ê~ëáä=éçê=ëìÄáêÉã=é~ê~=~=p¨êáÉ=^ > > > `~ãéÉçå~íç _ê~ëáäÉáêç OM=ÅäìÄÉë p¨êáÉ=^ OO=ÅäìÄÉë NçK=É=OçK bëí~Çì~áë== oÉÖáçå~áë å=ÅäìÄÉë Sistema de Classificação RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 31 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 32 MOTIVAÇÃO TÉCNICA Embora exista a possibilidade de termos o campeonato mais equilibrado do mundo (13 clubes tem condições de conquistar o título), ao contrário dos campeonatos da Inglaterra, Espanha e Itália (com 3 favoritos, apenas, em cada país), criamos o quadro Visão Sistêmica de Classificação, que passamos a descrever: Campeonato Brasileiro Série A = 20 clubes 1. Os 20 clubes que irão disputar o Campeonato Brasileiro, se qualificam automaticamente para a Copa do Brasil. Esta competição, realizada antes do Campeonato Brasileiro, servirá como uma espécie de.aperitivo. e preparação das equipes. 2. O 1o. colocado tem vaga garantida na Taça Libertadores da América. O 2o. colocado poderá ter uma vaga, caso as gestões da CBF para conseguir mais uma vaga, tenha sucesso. 3. A outra forma de motivação, depende de uma negociação com os organizadores da Copa Mercosul e o Clube dos 13. Atualmente, os clubes são escolhidos por critérios unicamente econômicos (mercados e torcidas), o que não garante que as melhores equipes estarão presentes. A solução apresentada no quadro, preserva o critério econômico e agrega o critério técnico.(ex.: São Paulo teria 3 vagas para 4 equipes (São Paulo - Palmeiras - Corinthians e Santos, que agora está fora). As 3 vagas seriam destinadas aos 3 melhores colocados entre estas equipes, ocorrendo o mesmo no Rio (2 vagas), Minas (1 vaga) e Rio Grande do Sul(1 vaga). As 7 vagas continuariam privativas de clubes participantes do Clube dos 13. Copa do Brasil - Fase Final = 32 clubes Além das 20 vagas reservadas para os participantes do Campeonato Brasileiro - Série A, haveriam mais 12 vagas, distribuídas à critério da CBF. Nossa sugestão para distribuição destas vagas é a seguinte: RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 33 Campeonato Brasileiro - Série B = 2 vagas Seriam qualificados o 3o. e o 4o. lugar, já que o 1o. e o 2o. participariam automaticamente por se qualificarem para a Série A. Assim, realizado em turno e returno, nos moldes da Série A, com 20 clubes em 2000-2001, haveria motivação do 1o. ao 4o. lugar. Campeonato Brasileiro - Série C = 2 vagas O campeão e o vice, além de ascenderem a Série B, se classificariam para a Copa do Brasil. Estaduais / Regionais = 8 vagas Estas 8 vagas servirão para a CBF estimular centros menos desenvolvidos, através de Campeonatos Regionais, por exemplo. Para se chegar as 8 vagas, poderia se fazer uma fase preliminar, com qualquer quantidade múltiplo de 8 ( 16 - 32 - 64 - 128 - 256 - etc.) A Copa do Brasil, além da oportunidade que dá a clubes de todas as divisões do futebol brasileiro, classifica 5 equipes para as seguintes competições: 1o. lugar ==> Taça Libertadores da América 2o ao 5o lugar ==> Copa Conmebol MOTIVAÇÃO ECONÔMICA 1. Premiação financeira do 1o ao 6o lugar. 2. Comercialização ou terceirização da bilheteria, com a substituição do sistema atual de rateio (60% - vitória / 40% - derrota / 50% empate) para 100% da renda do mandante do jogo. Isto permitirá um melhor planejamento para a venda ingressos. Suponhamos, por exemplo, que um clube do Rio, mande todos os seus jogos no Maracanã. O potencial de venda de ingressos, com 22 clubes no campeonato, é de 2,1 milhões (100.000 lugares x 21 jogos como mandante), o que representa uma receita potencial de R$ 21 milhões. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 34 C. Tabela de Jogos A tabela de jogos funciona como uma apresentação do produto ao mercado. Ela reflete a qualidade (equipes) e a organização (agenda) do campeonato. Portanto, alguns itens básicos devem ser observados na sua elaboração: Os jogos devem ser realizados nos mesmos dias da semana e horários, de forma a criar o hábito no torcedor-consumidor. Em 1997, nos 325 jogos da primeira fase do Campeonato Brasileiro, 49 jogos (15 %) foram disputados em rodadas diferentes das programadas pela tabela oficial, não permitindo o acompanhamento exato da colocação dos times no campeonato. • Deve se buscar o rodízio de local de cada clube, para evitar que o clube faça mais de um jogo seguido no seu estádio ou cidade. Com isso, o torcedor não se sobrecarrega financeiramente e, ao mesmo tempo, o clube não se afasta por mais de duas semanas de seu público. Da forma como a tabela de hoje é elaborada, é comum um clube jogar três ou quatro vezes seguidas como local (na sua cidade), obrigando-lhe a se ausentar várias semanas depois, para regularizar sua situação na tabela. • Deve se evitar a concorrência do próprio futebol 3- ou seja, em uma cidade que abrigue duas equipes ou mais, é preciso coordenação para que, enquanto uma atue como local, a outra atue como visitante em outra cidade. • A tabela de jogos, com jogos marcados e equipes definidas da primeira até a última rodada (como acontece nos países europeus), permite a venda antecipada de ingressos, facilita o planejamento do torcedor, da televisão, dos patrocinadores, e dos ___________________________________________ 3 Talvez seja verdade que não haja diminuição da receita de bilheteria, porque o torcedor de um time não vai comparecer ao jogo do outro. No entanto, haverá dispersão na divulgação e cobertura do evento, podendo ocasionar perda de receita com a impossibilidade de transmitir o jogo para a sua cidade. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 35 estádios, que melhor poderão planejar seus investimentos em segurança e conforto para o torcedor. • O sistema de disputa e a tabela de jogos devem ser simples e de fácil entendimento por parte do público, da imprensa, dos patrocinadores e dos próprios profissionais envolvidos com o espetáculo (atletas, árbitros, dirigentes). • A utilização dos meios de semana e jogos noturnos deve se restringir àquelas competições de caráter eliminatório e/ou decisivo (Copa do Brasil e os eventos internacionais - Libertadores, Conmebol - Mercosul). Outro aspecto é o de que a violência tende a diminuir ou desaparecer, porque são jogos de uma só torcida, ou seja, o adversário, na maior parte dos jogos é de outro estado ou país. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 36 III. MERCADO X A. Torcedor-Consumidor B. Patrocinadores C. Meios de Transmissão e Reprodução RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 37 III. MERCADO A. Torcedor - Consumidor Atualmente existem duas formas de identificar o nível de interesse do torcedor brasileiro pelo futebol do seu país. 1. Pesquisas A primeira são as pesquisas. As mais consistentes realizadas até agora foram duas pesquisas encomendadas pela Revista Placar; uma em 1983, por intermédio do Instituto Gallup, e outra em 1993, dez anos depois, através do Ibope. Embora realizadas por institutos diferentes, a metodologia foi a mesma. Abaixo relacionamos algumas conclusões interessantes: • O Fluminense foi o clube com maior crescimento percentual de torcida. Isto se explica, pelo fato de, em 1983, 1984 e 1985, ter vencido três campeonatos cariocas e um brasileiro. Daí a importância dos títulos e ídolos para o aumento do mercado consumidor do clube. • Cerca de 65% da população masculina, prefere o futebol a outros esportes. 2. Média de Público Enquanto a pesquisa direciona, mostra tendências, as médias de públicos dos campeonatos apresentam dados concretos sobre a satisfação do torcedor-consumidor. E os número não são bons. Vejamos a média de alguns campeonatos oficiais de 1997 e 1998: RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 38 bîÉåíçë `çé~=Çç=_ê~ëáä=ENVVUF qçêåÉáç=oáç=J=p©ç=m~ìäç=ENVVUF `~ãéÉçå~íç=_ê~ëáäÉáêç=ENVVTF `~ãéÉçå~íç=m~ìäáëí~=ENVVTF `~ãéÉçå~íç=`~êáçÅ~=ENVVTF `~ãéÉçå~íç=_~á~åç=ENVVTF `~ãéÉçå~íç=d~∫ÅÜç=ENVVTF `~ãéÉçå~íç=jáåÉáêç=ENVVTF j¨Çá~=ÇÉ=m∫ÄäáÅç NQKOMV NOKMQQ NMKQQN TKTRM RKNTS PKQPP OKUUM OKUPR Fonte: Revista Placar Nota: Embora os campeonatos estaduais tenham terminado recentemente, são apresentadas as médias de 1997, porque não existem disponíveis as médias exatas do Campeonato Paulista de 1998 e do Campeonato Carioca 1998, que terminou sem a realização de jogos importantes, com aplicação WO. 3. Pesquisas Placar - 1983, 1993 e 1998 NVUP `äìÄÉ B qçêÅáÇ~ N⁄ ci^jbkdl PNB NNKUPMKMMM O⁄ `loðkqef^kp NTB SKQVMKMMM P⁄ m^ijbfo^p VB PKQPMKMMM s^p`l VB PKQPMKMMM R⁄ p^kqlp TB OKSTMKMMM ^qi°qf`lJjd TB OKSTMKMMM T⁄ pÍl=m^ril SB OKOVMKMMM U⁄ _lq^cldl RB NKVMMKMMM `orwbfol RB NKVMMKMMM _^ef^ RB NKVMMKMMM NO⁄ NQ⁄ NQ⁄ doŽjfl RB NKVMMKMMM cirjfkbkpb QB NKNROKMMM fkqbok^`flk^i QB NKNROKMMM kžrqf`l OB TSMKMMM pmloq OB TSMKMMM kbkerj PB NINQMKMMM RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 39 NVVP UP VP `äìÄÉ N⁄ N⁄ ci^jbkdl NSIRMB OQKNNRKQVO B qçêÅáÇ~ s~êá~´©ç NMQB O⁄ O⁄ `loðkqef^kp NPISMB NVKUTTKMNO OMSB T⁄ P⁄ pÍl=m^ril TIOMB NMKROPKMMM PSMB P⁄ Q⁄ s^p`l SIPMB VKOMTKMMM NSUB NO⁄ R⁄ cirjfkbkpb QISMB SKTOPKMMM QUQB P⁄ S⁄ m^ijbfo^p QIPMB SKOUQKMMM UPB U⁄ T⁄ _lq^cldl PIQMB QKVSVKMMM NSOB R⁄ U⁄ ^qi°qf`lJjd PIPMB QKUOPKMMM UNB U⁄ V⁄ `orwbfol PIOMB QKSTSKMMM NQSB R⁄ NM⁄ p^kqlp PINMB QKRPMKMMM TMB NO⁄ NO⁄ fkqbok^`flk^i PINMB QKRPMKMMM OVPB U⁄ NO⁄ doŽjfl OISMB PKUMMKMMM NMMB U⁄ NP⁄ _^ef^ OIRMB PKSRPKMMM VOB NQ⁄ NQ⁄ pmloq OIOMB PKONRKMMM POPB OIMMB OKVOPKMMM NR⁄ p^kq^=`orw NQ⁄ P⁄ kbkerj VP VU `äìÄÉ N⁄ N⁄ ci^jbkdl NRIRMB OQKUMMKMMM PB O⁄ O⁄ `loðkqef^kp NMIUMB NTKOUMKMMM JNPB P⁄ P⁄ pÍl=m^ril SIPMB JQB S⁄ Q⁄ m^ijbfo^p RIRMB UKUMMKMMM QMB Q⁄ R⁄ s^p`l QIUMB TKSUMKMMM JNTB NO⁄ S⁄ doŽjfl PIUMB SKMUMKMMM SMB NO⁄ T⁄ fkqbok^`flk^i PINMB QKVSMKMMM VB V⁄ U⁄ `orwbfol OIVMB QKSQMKMMM JNB NNIQMB NSKSSNKSNP NPSOB NVVU B qçêÅáÇ~ NMKMUMKMMM s~êá~´©ç NM⁄ V⁄ p^kqlp OIVMB QKSQMKMMM OB T⁄ NM⁄ _lq^cldl OIMMB PKOMMKMMM JPSB U⁄ NN⁄ ^qi°qf`lJjd NITMB OKTOMKMMM JQQB R⁄ NO⁄ cirjfkbkpb NISMB OKRSMKMMM JSOB NQ⁄ NP⁄ pmloq NIOMB NKVOMKMMM JQMB JSNB NP⁄ NQ⁄ _^ef^ MIVMB NKQQMKMMM NR⁄ sfqþof^ MISMB VSMKMMM kbkerj Fonte: Revista Placar e IBOPE OUIMMB QQKUMMKMMM NSVB RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 40 4. Campeonato Brasileiro - Média de Público em 27 anos Ao analisarmos as médias de público dos 27 campeonatos brasileiros, chegamos a algumas constatações interessantes: k⁄ N O P Q R S T U V NM NN NO NP NQ NR NS NT NU NV OM ON OO OP OQ OR OS OT ^åç NVTN NVTO NVTP NVTQ NVTR NVTS NVTT NVTU NVTV NVUM NVUN NVUO NVUP NVUQ NVUR NVUS NVUT NVUU NVUV NVVM NVVN NVVO NVVP NVVQ NVVR NVVS NVVT `~ãéÉ©ç ^íä¨íáÅçJjd= m~äãÉáê~ë= m~äãÉáê~ë= s~ëÅç= fåíÉêå~Åáçå~ä= fåíÉêå~Åáçå~ä= p©ç=m~ìäç= dì~ê~åá= fåíÉêå~Åáçå~ä= cä~ãÉåÖç= dêÆãáç= cä~ãÉåÖç= cä~ãÉåÖç= cäìãáåÉåëÉ= `çêáíáÄ~= p©ç=m~ìäç= cä~ãÉåÖç=E`çé~=råá©çF= _~Üá~= s~ëÅç= `çê∞åíÜá~åë= p©ç=m~ìäç cä~ãÉåÖç= m~äãÉáê~ë= m~äãÉáê~ë= _çí~ÑçÖç= dêÆãáç= s~ëÅç= qáãÉë gçÖçë m∫ÄäáÅç=j¨Çáç OM OOV OMKPRV OS PRO NTKRVN QM SRS NRKQSM QM QQT NNKRVV QO QPM NRKVUR RQ QNN NTKMNM SO QUP NSKQTO TQ TVO NMKRQM VS RUN VKNPT QQ PMT OMKTVP QQ PMS NTKRQS QQ OVN NVKUMU QQ POO OOKVRP QN PNM NUKROP QQ QSQ NNKSOR QU RPU NPKQOP NS NPS OMKUTT OQ OVM NPKUNN OM NTQ NMKURT OM OMQ NNKQRP OM NVS NPKTSM OM ONS NSKUNQ PO ORQ NQKURN OQ PNO NMKRPM OQ OUO NMKPOO OQ OVM NMKVNP OS PRN NMKQQN Fonte: Revista Placar • Nos últimos quatro anos, a média de público estacionou na faixa de 10 mil pagantes • Dos 27 campeonatos, 14 foram realizados no segundo semestre; oito no primeiro semestre, três iniciando em um ano e terminando RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO • • • • • • • 41 no ano seguinte; e dois iniciando no primeiro semestre e terminando no segundo semestre do mesmo ano. O número de participantes também variou bastante. O menor teve 16 equipes, em 1987, com 20.877 pagantes (segunda melhor média de público da história) e o maior teve 96 equipes em 1979, com 9.137 pagantes (pior média de público de todos os 27 campeonatos) Em cinco campeonatos foram 44 clubes disputando o título; em outros cinco, alinharam-se 20 clubes; em quatro outras edições 24 clubes; em duas, 40 clubes; e nos outros 11 campeonatos tivemos diferentes números de equipes Somente em dois campeonatos, foram disputados o mesmo número de jogos: 290 (nos campeonatos de 1988 e 1996) Nos quatro campeonatos que superaram a média de 20 mil pagantes, foram utilizados quatro sistemas de disputa diferentes. Aliás isto acontece, praticamente, em todos os campeonatos Em 1994, com o advento do Plano Real, o preço médio do ingresso, passou de US$ 3 para US$ 10. No mesmo ano, o Brasil foi tetra campeão do mundo, nos Estados Unidos. Não obstante, a média de público, a partir deste ano, desceu para a faixa dos 10 mil e estacionou neste patamar Dos 27 campeonatos, as equipes integrantes do Clube dos 13, conquistaram vinte e cinco. Os outros dois campeonatos, foram conquistados pelo Guarani (1978) e Curitiba (1985), que se integrou recentemente ao Clubes dos 13, juntamente com o Sport e o Goiás Santos e Cruzeiro, ainda não foram campeões brasileiros 5. Conclusão Várias razões podem ser atribuídas a queda de público, dentre elas, as mais comuns, a falta de segurança e o desconforto nos estádios. Mas as mudanças no sistema de disputa, experimentadas nos 27 campeonatos brasileiros, contribuíram tanto ou mais que as causas citadas anteriormente. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 42 6. Campeonato Brasileiro de 1997 a) Média de Público e Renda Líquida Média por Federação cÉÇÉê~´©ç _~Üá~ jáå~ë=dÉê~áë oáç=dê~åÇÉ=Çç=kçêíÉ oáç=ÇÉ=g~åÉáêç dçá•ë mÉêå~ãÄìÅç oáç=dê~åÇÉ=Çç=pìä m~ê~å• p©ç=m~ìäç p~åí~=`~í~êáå~ qlq^i qçí~ä= qçí~ä= gçÖçë m∫ÄäáÅç OR ROMKRRO OU QSQKQTP NO NUSKUTP RT SUOKPUT NO NPSKUPP NP NOPKQOV QP PVRKTPS PU PMNKPRR NNM TUOKOVT NP TMKTOP PRN PKSSQKSRU j¨Çá~= m∫ÄäáÅç OMKUOO NSKRUU NRKRTP NNKVTO NNKQMP VKQVR VKOMP TKVPM TKNNO RKQQM NMKQQN oÉåÇ~= i∞èìáÇ~ NNTKRPOIMM VUKNVSIMT NMTKVTSIPV SQKMQNIUT TQKNPNIPM RMKPSTIPT SQKTTPISV QTKMOSIPN RNKNRNION PPKPSPIUN SQKVUTIOQ B=ëçÄêÉ= oÉåÇ~=_êìí~ SUB SUB SUB QUB TOB SQB SSB SQB SRB SMB SPB Fonte: Revista Placar b) Média de Público e Renda Líquida Média por Clube `çäçÅ~´©ç N⁄ O⁄ P⁄ Q⁄ R⁄ S⁄ T⁄ U⁄ V⁄ NM⁄ NN⁄ NO⁄ NP⁄ NQ⁄ NR⁄ NS⁄ NT⁄ NU⁄ NV⁄ OM⁄ ON⁄ OO⁄ OP⁄ OQ⁄ OR⁄ OS⁄ qçí~ä `äìÄÉ s~ëÅç ^íä¨íáÅçJjd m~äãÉáê~ë cä~ãÉåÖç _~Üá~ fåíÉêå~Åáçå~ä sáíµêá~ dêÆãáç p~åíçë ^ã¨êáÅ~Jok `çêáåíÜá~åë dçá•ë p©ç=m~ìäç `çêáíáÄ~ `êìòÉáêç mçêíìÖìÉë~ cäìãáåÉåëÉ ^íä¨íáÅçJmo péçêí _çí~ÑçÖç `êáÅá∫ã~ m~ê~å• dì~ê~åá gìîÉåíìÇÉ råá©ç=pKgç©ç _ê~Ö~åíáåç Fonte: Revista Placar gçÖçë m∫ÄäáÅç=qçí~ä PP PN PP PN OR PN OR OR PN OR OR OR OR OR OR PN OR OR OR OR OR OR OR PN OR OR PRN SOTKNNN RTVKPOQ SMVKOVN RRUKNSU QOOKMVV PVPKUMT PMSKVUQ OVOKNPN PRUKMPP OUPKROO ORQKQNN OPVKOUR OPQKSTR OPPKPTP OPOKTOP ORMKRTO OMNKUMV NVVKSVN NUVKMOM NSSKQTS NQPKVMS NPOKSNQ NNPKTUU NOQKOPO VQKNPN UUKNPU PKSSQKSRT m∫ÄäáÅç= oÉåÇ~=i∞èìáÇ~ j¨Çáç NVKMMP TMKOTOIMM NUKSUU SPKPMSIMM NUKQSP TVKMOMIMM NUKMMR RNKMRUIMM NSKUUQ QTKRRNIMM NOKTMP ROKSUSIMM NOKOTV PSKOMMIMM NNKSUR PRKMUQIMM NNKRQV PUKUNVIMM NNKPQN PSKOTPIMM NMKNTS PNKTVQIMM VKRTN OTKPMSIMM VKPUT OUKVNTIMM VKPPR OSKMMPIMM VKPMV ORKSRRIMM UKMUP OQKSSQIMM UKMTO NPKOQVIMM TKVUU PMKOMNIMM TKRSN OMKOOPIMM SKSRV NOKPURIMM RKTRS NTKQNQIMM RKPMR NRKMTSIMM QKRRO NOKNRSIMM QKMMT NOKQMMIMM PKTSR TKOTMIMM PKROS UKNVNIMM NMKQQN J RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 43 7. Taxa de Ocupação dos Estádios No Campeonato Brasileiro de 1997, os estádios registraram uma taxa de ocupação dos seus assentos disponíveis da ordem de 19%. Na fase classificatória, com uma disponibilidade de 17,5 milhões ingressos para as 325 partidas disputadas (média de 53,7 mil por partida), foram vendidos 2,9 milhões de ingressos (média de 9,2 mil pagantes por partida), perfazendo uma taxa de ocupação de 17 %. Na fase eliminatória, nos 26 jogos disputados (incluindo os dois jogos finais), havia uma disponibilidade de 2,3 milhões de lugares, dos quais 671 mil foram vendidos, com uma taxa de ocupação de 30 %. Frequência de Público aos Estádios: Campeonato Brasileiro 97 kç=`~ãéÉçå~íç k~=NŸ=c~ëÉ=E`ä~ëëáÑáÅ~íµêá~F k~=OŸ=c~ëÉ=Ebäáãáå~íµêá~F PRN=àçÖçë POR=àçÖçë OS=àçÖçë NVB NTB PMB NMKQQN=é~Ö~åíÉë= VKONN=é~Ö~åíÉë= ORKUMS=é~Ö~åíÉë= Fonte: Borderôs Oficiais CBF Enquanto isso, no exterior, os campeonatos inglês e espanhol registram uma média de público da ordem de 28.000 pessoas em média, por partida. Se formos projetar estes números em termos da taxa de ocupação dos estádios nos países mencionados, comparativamente, teríamos o seguinte quadro: Frequência de Público aos Estádios: Brasil x Exterior m~∞ë _ê~ëáä bëé~åÜ~ fåÖä~íÉêê~ Fonte: Jornal Lance j¨Çá~=ÇÉ=m∫ÄäáÅç NMKQQN OUKUTN OUKQPQ q~ñ~=ÇÉ=lÅìé~´©ç= NVB TMB UPB RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 44 8. Preferência do Torcedor Os hábitos de freqüência aos estádios demonstram que, qualquer que seja o critério adotado, o torcedor prefere jogos diurnos (20% de aumento em relação aos noturnos), nos fins de semana (20% de aumento em relação ao meio de semana) e principalmente aos domingos (aumento de 35% em relação às quartas-feiras). eçê•êáç aáìêåç kçíìêåç qçí~ä=ÇÉ=gçÖçë NUP NSU j¨Çá~=ÇÉ=m∫ÄäáÅç= NNKPOU========H=OMB= VKQTQ cçåíÉW=_çêÇÉê∑ë=lÑáÅá~áë=`_c= mÉê∞çÇç cáã=ÇÉ=pÉã~å~ jÉáç=ÇÉ=pÉã~å~ qçí~ä=ÇÉ=gçÖçë OPT NNQ j¨Çá~=ÇÉ=m∫ÄäáÅç= NNKMRM========H=OMB= VKNTQ cçåíÉW=_çêÇÉê∑ë=lÑáÅá~áë=`_c= aá~=Ç~=pÉã~å~ açãáåÖç nì~êí~JcÉáê~ qçí~ä=ÇÉ=gçÖçë NRV=àçÖçë UU=àçÖçë j¨Çá~=ÇÉ=m∫ÄäáÅç= NOKMVO=========H=PRB= UKVRV cçåíÉW=_çêÇÉê∑ë=lÑáÅá~áë=`_c= 9. Campeonatos Europeus Uma análise mais detalhada do futebol europeu, talvez seja capaz de fornecer elementos para uma restruturação interna do nosso futebol. Ao contrário do Brasil, eles não disputam campeonatos estaduais. As competições são as seguintes: Ligas Nacionais 1. Campeonato Nacional (primeira, segunda e terceira divisões) equivalente ao nosso Campeonato Brasileiro 2. Copa Nacional equivalente à nossa Copa do Brasil, com diversos clubes das várias divisões RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 45 Copas Européias 1. Copa dos Campeões equivalente a Taça Libertadores da América (disputada pelos campeões nacionais) 2. Recopa disputada pelos campeões das copas nacionais 3. Copa da UEFA disputada por equipes mais bem colocadas, exceto o campeão, dos campeonatos nacionais mais importantes (alguns países têm quatro vagas, outros três), além de diversos clubes oriundos de um ranking da UEFA e outras copas menos conhecidas. Está sendo questionada atualmente. Em seguida, serão abordados mais detalhadamente os campeonatos nacionais de Espanha, Inglaterra e Itália, por serem os mais representativos do continente europeu. Nesta análise serão enfocados aspectos como público médio, sistema de disputa e tabela (participantes, organização das datas, ingressos, etc) 1. Número de Jogos O número de jogos oficiais possíveis não ultrapassa 60 (para aquelas equipes que chegam as finais de todas as competições existentes). Se acrescentarmos mais dez amistosos para estas equipes, serão no máximo 70 jogos. O Flamengo, por exemplo, disputou exatos 90 jogos em 1997, sendo 77 oficiais e 13 amistosos. 2. Público Médio qÉãéçê~Ç~ë NVVTJNVVU NVVSJNVVT NVVRJNVVS NVVQJNVVR Fonte: Jornal Lance bëé~åÜ~ OUKUTN PNKMMM fåÖä~íÉêê~ OVKMOM OUKQPQ OTKRRM OQKOTN fí•äá~ PMKMMM OVKQMM OVKNMM PMKMMM _ê~ëáä= NMKQQN NMKVNP NMKPOO NMKRPM RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 46 3. Participantes m~∞ë bëé~åÜ~ ^íì~äãÉåíÉ OM=ÉèìáéÉë=ÇÉëÇÉ=NVUU k~=eáëíçêá~= NU=ÉèìáéÉë=ÇÉ=NVQU=~=RULSQLSRLSVLTM= OM=ÉèìáéÉë=ÇÉ=RV=~=SP=É=SS=~=SU fåÖä~íÉêê~ OM=ÉèìáéÉë=Éã=NVVU=É=UV=~=VN OO=ÉèìáéÉë=ÇÉ=NVOM=~=UT=É=VO=~=VT= ON=ÉèìáéÉë=Éã=NVUU fí•äá~ NU=ÉèìáéÉë=ÇÉëÇÉ=NVUV NS=ÉèìáéÉë=ÇÉ=NVSU=~=UU= NU=ÉèìáéÉë=ÇÉ=NVRP=~=ST= OM=ÉèìáéÉë=ÇÉ=NVQV=~=RO Fonte: Jornal Lance 4. Sistema de Disputa m~∞ë bëé~åÜ~ fåÖä~íÉêê~ fí•äá~ eáëíµêáÅç= ~=∫äíáã~=ãìÇ~å´~=EÉ=∫åáÅ~F==Ñçá=å~=íÉãéçê~Ç~=NVUSLNVUTK=gçÖ~ê~ã= íçÇçë=Åçåíê~=íçÇçë=Éã=àçÖçë=ÇÉ=áÇ~=É=îçäí~=Eíìêåç=É=êÉíìêåçFK= `ä~ëëáÑáÅ~ê~ãJëÉ=çë=ëÉáë=éêáãÉáêçë=é~ê~=~ë=Ñáå~áëI=çë=ëÉáë=Çç=ãÉáç=é~ê~= ìã=íçêåÉáç=ëÉã=áãéçêíßåÅá~=É=çë=ëÉáë=∫äíáãçë=é~ê~=Çáëéìí~ê=ç= êÉÄ~áñ~ãÉåíçK= íçÇçë=Åçåíê~=íçÇçëI=éçê=éçåíçë=ÅçêêáÇçë=EåìåÅ~=ãìÇçìFK= íçÇçë=Åçåíê~=íçÇçëI=éçê=éçåíçë=ÅçêêáÇçëK=k©ç=ãìÇ~=ÇÉëÇÉ=NVQS= Eèì~åÇç=Ñçá=Çáëéìí~Çç=Éã=Ççáë=ÖêìéçëI=Åçã=ìã=ìã~=Ñ~ëÉ=Ñáå~ä=ÉåíêÉ= çë=ãÉäÜçêÉë=ÇÉ=Å~Ç~=ÖêìéçFK= Fonte: Jornal Lance 5. Equilíbrio m~∞ëÉë NM=∫äíáãçë=Å~ãéÉçå~íçë bëé~åÜ~ Q=ÇÉÅáÇáÇçë=å~=∫äíáã~=êçÇ~Ç~ fåÖä~íÉêê~ Q=ÇÉÅáÇáÇçë=å~=∫äíáã~=êçÇ~Ç~ fí•äá~ Q=ÇÉÅáÇáÇçë=å~=∫äíáã~=êçÇ~Ç~ Fonte: Jornal Lance P=éêáãÉáêçë=Éã= c~îçêáíçë= NM=Å~ãéÉçå~íçë V=íáãÉë= _~êÅÉäçå~=J=oÉ~ä= ÇáÑÉêÉåíÉë j~ÇêáÇ=J=^íä¨íáÅç=ÇÉ= j~ÇêáÇ= NQ=íáãÉë= j~åÅÜÉëíÉê=råáíÉÇ=J= ÇáÑÉêÉåíÉë ^êëÉå~ä=J=iáîÉêéççä= V=íáãÉë= gìîÉåíìë=J=jáä~å=J= ÇáÑÉêÉåíÉë fåíÉê RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 47 B. Patrocinadores 1. Dos Eventos No Brasil este é um campo pouco explorado. No campeonato temos apenas a UMBRO que fornece as bolas do campeonato. Em breve, será substituída pela NIKE, fornecedora oficial de material esportivo da CBF. 2. Dos Clubes Os clubes normalmente possuem dois tipos de patrocinadores, que ocupam espaços nos seus uniformes oficiais e de treinos: RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 48 a) Patrocinador Oficial É o anunciante que busca fixar a marca de sua empresa ou produtos, por meio da exposição espontânea nas mídias impressa e eletrônica proporcionada pelas equipes. Trata-se do espaço publicitário de maior valor comercializado pelos clubes. b) Fornecedor Oficial de Material Esportivo Além de fixar sua marca, a empresa tem o direito exclusivo de comercializar as réplicas dos uniformes das equipes. Em contrapartida, pelo espaço publicitário nos uniformes, normalmente remunera a equipe com um valor em moeda corrente, mais um valor representado pelo fornecimento de material esportivo. Adicionalmente, é um licenciado do clube, com o direito de comercializar as réplicas, pagando ao clube um percentual (royalties) sobre as vendas, em torno de 6% a 8% sobre o faturamento líquido. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 49 O mercado de material esportivo no Brasil está estimado em U$ 5 bilhões de dólares. Os tênis são responsáveis por 85% do mercado. Entre 7% e 10% está a linha têxtil, e o restante são acessórios. O que chama atenção é que, enquanto no Brasil, em 1996, vendemos 1,2 milhões de bolas de futebol de campo e 1 milhão de bolas de futebol de salão, nos EUA o volume foi de 6 milhões de bolas de futebol. c~íìê~ãÉåíç=bëíáã~Çç=Ç~ë=mêáåÅáé~áë=bãéêÉë~ë=Éã=NVVT läáãéáâìë káâÉ mÉå~äíó oÉÉÄçâ ^ÇáÇ~ë PMM=ãáäÜπÉë OMM=ãáäÜπÉë OMM=ãáäÜπÉë OMM=ãáäÜπÉë NRM=ãáäÜπÉë rãÄêç PM=ãáäÜπÉë A pirataria é o principal problema deste mercado. Os uniformes das equipes são os mais imitados, exigindo uma ação (solução) conjunta dos clubes e fornecedores de material esportivo. c) Parceiros Comerciais Alguns anos atrás, com o patrocínio da Parmalat ao Palmeiras e, mais recentemente, com o Excel - Corínthians, criou-se uma espécie de parceria comercial, onde, além de patrocinadora, a empresa participa com o clube na compra e venda de atletas. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 50 3. Relação de Patrocinadores e Fornecedores Oficiais a) Clubes Brasileiros oh `ir_b m^qol`fk^al oA clokb`balo oA=^kr^i oA MN cä~ãÉåÖç mÉíêçÄê•ë RKUMM rãÄêç SKMMM NNKUMM MO `çê∞åíÜá~åë bñÅÉä TKOMM mÉå~äíó NKUMM VKMMM MP p©ç=m~ìäç `∞êáç QKMMM ^ÇáÇ~ë NKSMM RKSMM MQ s~ëÅç k~íáçåë=_~åâ h~éé~ NKOMM NKOMM MR cäìãáåÉåëÉ ^ÇáÇ~ë NKUMM NKUMM MS m~äãÉáê~ë m~êã~ä~í RKMMM oÉÉÄçâ NKUMM SKUMM MT _çí~ÑçÖç bñÅÉä PKSMM mÉå~äíó MU ^íä¨íáÅçJjd qÉåÇ~ NKOMM mÉå~äíó MV `êìòÉáêç UMM oÜìãÉää NM p~åíçë råáŵê QKUMM rãÄêç QKUMM NN fåíÉêJop dj OKPMM ^ÇáÇ~ë OKPMM NO dêÆãáç dj OKPMM mÉå~äíó OKPMM NP _~Üá~ lééçêíìåáíó båÉêÖáä=` pìÄJqçí~ä bñÅÉäëáçê=pÉÖìêçë dçá•ë ^êáëÅç=ERMMFJ= _bd p~åóç `çêáíáÄ~ NKSMM NRKMMM ROKMMM oÜìãÉää UMM mÉå~äíó UMM SMM mÉå~äíó SMM dì~ê~åá mçåíÉ=mêÉí~ NKOMM UMM mÉå~äíó PTKMMM péçêí PKSMM mìã~ `k^ UMM mçêíìÖìÉë~ p~äÉåÅç NKRMM oÜìãÉää NKRMM gìîÉåíìÇÉ m~êã~ä~í NKMMM aá~Ççê~ NKMMM NKMMM mÉå~äíó NKMMM _ê~Ö~åíáåç NKUMM h~åñ~ ^ã¨êáÅ~Jjd bñÅÉä ^íä¨íáÅçJmo rãÄêç m~ê~å• QMM QMM aá~Ççê~ ^ã¨êáÅ~Jok i~ÄK=qÉìíç sáíµêá~ aá~Ççê~ bñÅÉä PMM h~éé~ NKSMM qçééÉê PMM OKMMM pìÄJqçí~ä TKSMM QMM UKMMM qçí~ä QQKSMM NRKQMM SMKMMM RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 51 b) Clubes Estrangeiros oh `ir_b m^qol`fk^al rA N jáä~å léÉä O fåíÉêå~òáçå~äÉ máêÉääá RKSMM káâÉ P j~åÅÜÉëíÉê RKMMM rãÄêç Q iáîÉêéççä R oÉ~ä=j~ÇêáÇ qÉâ~ S ^à~ñ ^_kJ^ãêç=_~åâ RKSMM T oáîÉê=mä~íÉ ^ÇáÇ~ë TKRMM U _çÅ~=gìåáçê káâÉ OKRMM pÜ~êé clokb`balo rA=^kr^i rA=qlq^i SKSMM ^ÇáÇ~ë PKPSM VKVSM RKMMM NMKMMM NKUMM NKUMM oÉÉÄçâ PKUMM ^ÇáÇ~ë 4. Potencial de Mercado Com um calendário de eventos organizado, tabela de jogos cumprida e uma relação mais profissional, os clubes poderiam arrecadar mais. Os valores pagos pelos anunciantes são oriundos da verba da propaganda. O Brasil está entre os dez maiores mercados de propaganda do mundo, com um valor estimado em torno dos US$ 7 bilhões a 8 bilhões. Nos EUA, 20% da verba de propaganda são direcionados para o esporte. Como os grandes anunciantes brasileiros são praticamente os mesmos, podemos estimar o potencial de verba para o esporte em US$ 1,4 bilhão. O futebol detém a preferência de 65% dos consumidores brasileiros, o que representa US$ 900 milhões. Em conclusão, segundo nossas estimativas, há um potencial de verba represada, somente para o futebol, de 500 milhões. Se utilizássemos todo este potencial, em um cenário mais profissional, o futebol geraria a seguinte distribuição. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO sÉêÄ~=ÇÉ=mêçé~Ö~åÇ~=EcìíÉÄçäF _ê~ëáä NK OK PK qÉäÉîáë©ç=J=s~äçê=kbqG `çí~ë=ÇÉ=m~íêçÅ∞åáç=ÇÉ=s∞ÇÉç `ìëíç=ÇÉ=^èìáëá´©ç=Ççë=aáêÉáíçë båíáÇ~ÇÉë=bëéçêíáî~ë== sÉåÇ~=Ççë=ÇáêÉáíçë=é~ê~=qs m~íêçÅ∞åáç=lÑáÅá~ä=EìåáÑçêãÉëF lìíêçë=jÉáçë=Emä~Å~ëI=ã∞Çá~= áãéêÉëë~I=ÉäÉíê∑åáÅ~=ÉíÅF 52 ^íì~ä B rA=QMM NMMB ãáäÜπÉë OMM=ãáäÜπÉë RMB PMM=ãáäÜπÉë ENMM=ãáäÜπÉëF NMM=ãáäÜπÉë RM=ãáäÜπÉë RM=ãáäÜπÉë mçíÉåÅá~ä rA=VMM ãáäÜπÉë QRM=ãáäÜπÉë STR=ãáäÜπÉë= EOOR=ãáäÜπÉëF ORB OOR=ãáäÜπÉë= NOIRMB NNOIR=ãáäÜπÉë NOIR=ãáäÜπÉë NNOIR=ãáäÜπÉë * Valores das Cotas de Patrocínio de Vídeo Propostas pelas Emissoras em 1998 bãáëëçê~ qs=däçÄç _~åÇ p_q kbq qçí~ä mêçÇìíç `çé~=H=qçÇçë=çë=Å~ãéÉçå~íçë `çé~=H=qçÇçë=çë=`~ãéÉçå~íçë `çé~=H=qçêåÉáç=oáçJpm=H=`çé~=_ê~ëáä `çé~=H=qçÇçë=çë=Å~ãéÉçå~íçë mÉê∞çÇç g~å=Ó=aÉò g~å=Ó=aÉò g~å=Ó=gìä g~å=Ó=aÉò s~äçê=qçí~ä= rA=NSM=ãáäÜπÉë= rA=NMM=ãáäÜπÉë= rA=RO=ãáäÜπÉë= rA==U=ãáäÜπÉë= rA=POM=ãáäÜπÉë= C. Meios de Transmissão e Reprodução No Brasil, o primeiro contrato envolvendo um evento esportivo na sua totalidade foi realizado na Copa União 1987, entre o Clube dos Treze e a TV Globo. O valor desta transação foi de US$ 3,4 milhões, para a transmissão de 42 partidas ao vivo, às sextas-feiras, sábados e domingos, inclusive para a praça onde se realizava o jogo. Naquela oportunidade, obteve-se a segunda melhor média de público da história dos campeonatos brasileiros, com 20.887 pagantes por partida. Antes, a comercialização era feita jogo a jogo, restritas aos grandes jogos, decisões. Com os resultados de audiência, além da TV Globo, da TV Bandeirantes e da TV Manchete, outras emissoras passaram a se interessar pelo esporte (como CNT, Record e SBT), gerando uma maior concorrência para o produto futebol. No Campeonato Brasileiro 97, a média de audiência da TV Globo foi de 25 pontos em aproximadamente 40 jogos, com vários destes jogos tendo atingido a casa dos 30 pontos. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 53 Comparativamente, os cinco programas líderes de audiência desta mesma emissora, em maio de 1998, registraram uma faixa média que vai de 48 pontos (novela) a 34 pontos (praça TV -2ª edição) O advento da TV por assinatura, (Globosat - com o canal Sportv e TVA - com o canal ESPN Brasil) ampliou mais este mercado, abrindo excelentes perspectivas de faturamento para os clubes, que além dos pagamentos dos direitos, podem ter uma remuneração adicional através do sistema pay-per-view (pagar para ver) 1. Investimentos da TV no Futebol Brasileiro - 1998 lë=áåîÉëíáãÉåíçë=Ç~=qs=åç=cìíÉÄçä=_ê~ëáäÉáêç=Éã=NVVU Es~äçêÉë=Éëíáã~Ççë=Éã=rpA=MMMF bsbkql NK=`~ãéÉçå~íç= _ê~ëáäÉáêç OK=qçêåÉáç=oáçJp©ç= m~ìäç PK=`~ãéÉçå~íçë= bëí~Çì~áë QK=`çé~=Çç=_ê~ëáä s~äçêÉë=aáêÉáíçë qs= rpA=SMKMMM däçÄç=J=_~åÇ=J=däçÄçë~í=J=bpmk=fåíÉêåK= rpA=NMKMMM däçÄç=J=p_q=J=däçÄçë~í= rpA=OMKMMM däçÄç=J=_~åÇ=J=däçÄçë~í= qçí~ä rpA=NMKMMM rpA=NMMKMMM däçÄç=J=p_q=J=däçÄçë~í= 2. Campeonato Brasileiro 1998 - Pay-Per-View - Globosat A Net, distribuidora dos canais Globosat, incluindo aí o Sportv, está oferecendo para os assinantes que têm o pacote Advanced 98, cerca de 70 jogos a R$ 220 (até 15/7/98), R$ 240 (após 15/7/98) pelo sistema pay-per-view. Os jogos serão aos sábados (16h), domingos em qualquer horário e nos meios de semana às 21h:15min. Os clubes receberão 50% da receita líquida (igual a receita bruta menos custo limitado a 40%), devendo neste caso, receberem, no mínimo, 30% do valor bruto arrecadado. A emissora está garantindo um mínimo aos clubes de US$ 8 milhões, ou seja, o equivalente a venda de 130 mil pacotes do brasileiro 98. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 54 IV. COMERCIALIZAÇÃO X A. Ingressos B. Direitos de Transmissão e Reprodução C. Publicidade Estática D. Licenciamento de Marcas e Símbolos E. Concessões nos Estádios F. Patrocínio do Evento RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 55 IV. COMERCIALIZAÇÃO A. Ingressos 1. Introdução Os ingressos representam um fantástico potencial de faturamento praticamente inexplorado no Brasil. Não existe a venda antecipada, porque não há uma agenda (tabela) totalmente programada, em razão dos sistemas de disputa. Os estádios também possuem poucos lugares numerados. Além disso, falta conforto, segurança, enfim, atrativos para cooptar o torcedor. Em 1997, foram feitas duas experiências. Em São Paulo, o grupo VR adquiriu os direitos de comercialização dos ingressos do Campeonato Paulista por R$ 41 milhões. Os resultados não foram divulgados, mas, aparentemente, houve prejuízo financeiro. Por outro lado, certamente houve grande retorno institucional para a empresa. Também em 1997, aparentemente houve uma boa experiência nos jogos do Campeonato Pernambucano. Em uma promoção com o governo estadual, os torcedores trocavam R$ 50 em notas fiscais por um ingresso. No dia 15/03/98, Náutico e Sport levaram 80.203 pessoas ao estádio, recorde brasileiro do ano até então. A média de público até aquela data era de 8.450 pessoas. 2. Mando de Campo (Controle da Bilheteria) Um dos principais problemas para o desenvolvimento de comercialização de vários tipos-categorias de ingressos, relacionados no item 3, é o de que, atualmente a renda é dividida pelos clubes que participam de uma partida. Nos países onde o esporte tem um bom planejamento, a renda é da equipe mandante (local). RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 56 Imaginemos uma equipe que dispute um Campeonato Brasileiro com 20 equipes, em sistema de turno e returno por pontos corridos. A oferta média de assentos nos estádios (em 1997 e 1998) vem sendo da ordem de 55 mil lugares (para uma média de 10 mil pagantes). O preço médio do ingresso é de R$ 10. Com base nestes números as projeções seriam as seguintes: • • • • • Equipe X = 19 jogos como mandante / local. Ingressos - venda potencial por partida = 55.000 por jogo Ingressos - venda total em 19 jogos = 1.045.000 ingressos Preço médio = R$ 10,00 Potencial de Renda = R$ 10.450.000,00 Esta propriedade exigirá um profissional nos clubes, uma espécie de.gerente de Ingressos. (ticket manager - como nos EUA). O primeiro objetivo seria uma venda, no mínimo, igual a média do campeonato - 10 mil ingressos por jogo - ou outro parâmetro que os clubes desejem adotar. Para os ingressos excedentes, seriam desenvolvidas outras formas de comercialização. A produção, comercialização, distribuição, controle e auditoria podem ser tercerizadas e/ou patrocinadas por bancos e empresas. 3. Tipo - Categorias 1. Ingressos à vista 2. Ingressos antecipados 3. Ingressos Promocionais 4. Ingressos Torcedor do Futuro (público infanto-juvenil) 5. Ingressos Mulher (publico feminino) 6. Ingressos Torcedor Oficial 7. Ingressos Torcida Organizada 8. Ingressos Sócios dos Clubes 9. Ingresso + transporte + estacionamento RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 57 4. Preço - Ingresso Bruto x Ingresso Líquido No Campeonato Brasileiro de 1997, o preço médio do ingresso foi de R$ 10, com um resultado líquido de 63% a ser dividido pelos clubes, (embora o regulamento da CBF estipule uma receita líquida de 66%). Para 1998, o regulamento permitirá uma aumento de cinco pontos percentuais, ou seja, a arrecadação estipulada cairá de 66% para 61%. Se os resultados de 1997 se repetirem em 1998, e o aumento dos custos forem aplicados, com os limites autorizados no regulamento, haverá uma receita líquida de 58%: ou seja, um custo por ingresso de 42%. Além dos descontos previstos, vários clubes descontam até 5% da renda líquida para abatimento de dívidas com o INSS, FGTS e IR. “O Manchester United, que possui um estádio com capacidade de 55.350 lugares, vendeu 55.081 ingressos por jogo na temporada 1996/97. Dos 20 clubes que disputaram o campeonato neste mesmo período, 7 obtiveram taxa de 90% de ocupação, outros 7 de mais de 80%, 2 de mais de 70% e os 4 restantes de mais de 50 %” PIVM SINM PVIMMB SNIMMB fåÖêÉëëç=i∞èìáÇç MITM OIMM NMIMM qçí~ä=ÇÉ=Åìëíçë=Çç=áåÖêÉëëç NIMMB RIMMB MIMMB NIMMB TIMMB OMIMMB NMMIMMB NVVU NIOM EGF EGF PNB OTB iáãáíÉ OMB NVVU RIMMB OIMMB RIMMB NOIMMB ^êÄáíê~ÖÉã=Eã¨Çá~=ÇÉ=oA=RKMMMIMM=éL=àçÖçF `_c=Ó=cìåÇç=ÇÉ=mêÉãá~´©ç fkpp dêìéç=P=EëÉã=äáãáíÉëF fåÇÉëé cÉÇÉê~´©ç `_c=E=ÇáëéÉåë~=êÉãìåÉê~´©ç=ÇÉ=RBF bñ~ãÉ=~åíáJÇçéáåÖ=EoA=NKMMMIMMF dêìéç=O=Ó=iáãáíÉ=Edêìéç=N=H=dêìéç=OF ^äìÖìÉä=Çç=bëí•Çáç cÉÇÉê~´©ç=Ó=aÉëéÉë~ë=^Çãáåáëíê~íáî~ë pÉÖìêç=qçêÅÉÇçê=Ó=mêÆãáç=oA=NM=ãáä=Ó=Åìëíç=oA=MINR fãéçëíçë=É=q~ñ~ë=içÅ~áë =ÉñW=j~ê~Å~å©=EPBF=iÉá=bëí~Çì~ä=Z=cìÖ~é=H=^ÅÉêà=H=bëÅçíÉáêçë cçäÜ~=ÇÉ=mÉëëç~ä=Çç=bëí•Çáç=Eëí~ÑÑI=èì~Çêç=ãµîÉäI=ÉíÅF dêìéç=N mêÉ´ç=j∞åáãç=Çç=fåÖêÉëëç oÉÖìä~ãÉåíç=`_c OSB OOB iáãáíÉ NRB NVVT SSIMMB PQIMMB RIMMB OIMMB RIMMB NOIMMB NIMMB RIMMB MIMMB NIMMB TIMMB NRIMMB NMMIMMB SISM PIQM NIOM MITM NIRM NMIMM NVVT (*) Considerando que a média de público tem sido na faixa 10 mil pessoas e a renda bruta de R$ 100.000,00 nos últimos 4 anos aumento de 5 pontos percentuais em 1998 ÑF ÖF ÜF áF ÉF ~F ÄF ÅF ÇF f í É ã `~ãéÉçå~íç=_ê~ëáäÉáêç=NVVT= q~ÄÉä~=ÇÉ=`ìëíçë=Ççë=fåÖêÉëëçë== RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 58 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 59 5. Maracanã - O maior custo Fonte: CBF Campeonato Brasileiro 1997 Data: 27/07/97 Borderô Flamengo x Vasco aÉëÅêáãáå~´©ç oÉåÇ~=_êìí~ B=ëLoÇ~=_êí NMMB s~ä∑ê PRSKNVMIMM OUKTUS NOIPT PIPRB MIPOB PIOMB SIUUB VPINOB UIMMB MIRMB MIRMB OIMMB MIUVB NNIUVB NUITTB UOIMVB NIUPB MISRB MISRB MIVQB MIMNB QIMVB MIOVB MINNB NISRB OIMRB SINQB RRIRVB NNKVQMIMM NKNQMIMM NNKQNRIMM OQKQVRIMM PPNKSVRIMM OSKOSTISM NKSQNITO NKSQNITO SKRSSIVM PKNTSISM PVKOVQIRQ SPKTUVIRQ OVOKQMMIQS = TKNOPIUM NTKUMVIRM PKRSNIVM QKPNTIVM NTKUMVIRM RMKSOOISM ONVKUVRIMM = SKRPMIMM OKPORIMM OKPORIMM PKPRMIMM RM NQKRUMIMM NKMOUIQQ QMM RKUTQINT TKPMOISN ONKUUOISN NVUKMNOIPV SMB QMB NMMB NPNKVPTINR UTKVRUINM ONVKUVRIOR m∫ÄäáÅç=m~Ö~åíÉ fåÖêÉëëç=Eã¨ÇáçF MN=J=pìÇÉêà=J=aÉëéÉë~ë=É=q~ñ~ë nì~Çêç=jçîÉä=Ó=pìÇÉêà iìò cÉÇKJmÉëëç~äEê~ãé~ëI=ÉíÅF pìÄJqçí~ä=ENF oÉåÇ~=_êìí~=J=pqENF ^äìÖìÉä=ETBFHqñKqs=ENBF råá©ç=Ççë=bëÅçíÉáêçë ^`bog crd^m `çåîáíÉ=Z=TB\\\=EcÉÇÉê~´©ç=É=`äìÄÉëF pìÄJqçí~ä=EOF qçí~ä=Ó=bëí•Çáç p~äÇç MO=J=mÉêÅÉåí~ÖÉåë=ëçÄêÉ=~=oÉåÇ~=_êìí~ cìåÇç=ÇÉ=mêÉãá~´©ç cÉÇÉê~´©ç fåÇÉëé pÉÖìêç=qçêÅÉÇçê=========Z========oA=MINR=éLáåÖ fkpp qçí~ä=ÇÉ=mÉêÅÉåí~ÖÉåë oÉåÇ~=i∞èìáÇ~ MP=Ó=aÉëéÉë~ë cÉÇ=Z=ÄáäÜÉíÉáêçëI=ÑáëÅ~áëI=éçêíÉáêçëIëÉÖìí~å´~ëI=ÅçåÑÉêÉåíÉëK s~ëÅç=Z=ÑáëÅ~áë cä~=Z=ÑáëÅ~áë dê~î~´©ç=ÇÉ=Å~êíπÉë qê~åëéçêíÉ=ÇÉ=j~íÉêá~ä pìÄJqçí~ä=ENF bñ~ãÉ=~åíá=ÇçéáåÖ aÉäÉÖ~Çç=Çç=gçÖç ^êÄáíê~ÖÉã=Eí~ñ~ëI=íê~åëéKIÜçíÉäF pìÄJqçí~ä=EOF qçí~ä=ÇÉ=aÉëéÉë~ë p~äÇç=i∞èìáÇç MQ=J=o~íÉáç=é~ê~=çë=`äìÄÉë s~ëÅç cä~ãÉåÖç qçí~ä=é~ê~=çë=ÅäìÄÉë OIMMB RIMMB NIMMB NIONB RIMMB NQIONB SNITQB RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 60 6. Serra Dourada - O menor custo Fonte: CBF Campeonato Brasileiro 1997 Data: 10/08/97 Borderô Goiás x São Paulo aÉëÅêáãáå~´©ç oÉåÇ~=_êìí~ B=ëLoÇ~=_êí NMMB s~ä∑ê NOTKPNMIMM NQKQRQ UIUN NMMIMMB NRB NOTKPNMIMM NVKMVSIRM NRB NRB URIMMB NVKMVSIRM NVKMVSIRM NMUKONPIRM OIMMB RIMMB NIMMB OKRQSIOM SKPSRIRM NKOTPINM UIMMB TTIMMB NMKNUQIUM VUKMOUITM m∫ÄäáÅç=m~Ö~åíÉ fåÖêÉëëç=Eã¨ÇáçF MN=J=bëí•Çáç=J=aÉëéÉë~ë=É=q~ñ~ë nì~Çêç=jçîÉä=Ó=pìÇÉêà iìò= cÉÇKJmÉëëç~äEê~ãé~ëI=ÉíÅF pìÄJqçí~ä=ENF oÉåÇ~=_êìí~=J=pqENF ^äìÖìÉä=ETBFHqñKqs=ENBF råá©ç=Ççë=bëÅçíÉáêçë= ^`bog crd^m `çåîáíÉ=Z=TB\\\=EcÉÇÉê~´©ç=É=`äìÄÉëF pìÄJqçí~ä=EOF qçí~ä=Ó=bëí•Çáç p~äÇç MO=J=mÉêÅÉåí~ÖÉåë=ëçÄêÉ=~=oÉåÇ~=_êìí~ cìåÇç=ÇÉ=mêÉãá~´©ç cÉÇÉê~´©ç fåÇÉëé pÉÖìêç=qçêÅÉÇçê=========Z========oA=MINR=éLáåÖ fkpp qçí~ä=ÇÉ=mÉêÅÉåí~ÖÉåë oÉåÇ~=i∞èìáÇ~ MP=Ó=aÉëéÉë~ë cÉÇ=Z=ÄáäÜÉíÉáêçëI=ÑáëÅ~áëI=éçêíÉáêçëIëÉÖìí~å´~ëI=ÅçåÑÉêÉåíÉëK s~ëÅç=Z=ÑáëÅ~áë= cä~=Z=ÑáëÅ~áë= dê~î~´©ç=ÇÉ=Å~êíπÉë= qê~åëéçêíÉ=ÇÉ=j~íÉêá~ä pìÄJqçí~ä=ENF bñ~ãÉ=~åíá=ÇçéáåÖ aÉäÉÖ~Çç=Çç=gçÖç ^êÄáíê~ÖÉã=Eí~ñ~ëI=íê~åëéKIÜçíÉäF pìÄJqçí~ä=EOF qçí~ä=ÇÉ=aÉëéÉë~ë p~äÇç=i∞èìáÇç MQ=J=o~íÉáç=é~ê~=çë=`äìÄÉë pšl=m~ìäç dçá•ë qçí~ä=é~ê~=çë=ÅäìÄÉë INSS - 5% = descontada da renda líquida de cada clube J= MIURB MIPNB OIROB PISUB PISUB TPIPOB NKMUPIMM QMM PKOMOIUQ QKSURIUQ QKSURIUQ VPKPQOIUS SMB QMB NMMB RSKMMRITO PTKPPTINQ VPKPQOIUS RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 61 7. Descriminação das Despesas a) Grupo 1 ESTÁDIO ALUGUEL = 15% Na maioria dos estádios, este item contempla pessoal do estádio, iluminação, etc. O Maracanã cobra menos, ou seja 7% quando o jogo não é televisionado ou 8% quando é. Além do aluguel, no Maracanã, existem descontos para a ACERJ - Associação dos Cronistas Desportivos (0,5%), União dos Escoteiros (0,5%) e Fugap - Fundo de Amparo ao Atleta Profissional (2%), previstos em Lei Estadual. A taxa de luz, é a mesma, independente do jogo ser à tarde ou à noite. Os convites solicitados pelos clubes, são descontados do borderô. O seguro torcedor - R$ 0,15 por ingresso, também é cobrado a parte. O quadro móvel é cobrado à parte. Em 1997, ficou na casa dos R$ 12 mil reais, independente do público presente. Como a Federação de Futebol do Rio de Janeiro, também cobra pelo seu quadro móvel (pessoal nas rampas) cerca de R$ 11.400,00, mais R$ 6.350,00 (bilheteiros, tesouraria, etc.), e, além disto, os clubes ainda pões seus próprios fiscais, o aluguel, num jogo para cerca de 30.000 pagantes, as despesas com aluguel de estádio, despesas administrativas da federação, seguro torcedor, impostos e taxas locais, chegam a atingir 23%, quando o limite para este bloco de despesas, previstos no regulamento da CBF para 1997, era de 15% b) Grupo 2 FEDERAÇÃO = 5% EXAME ANTI-DOPING = 1% Tem um valor fixo, que em 1997 ficou ao redor dos R$1.000,00, o que representa cerca de 1% da renda bruta, tomando como base a média do campeonato de 10.000 pessoas por partida a R$ 10,00 o ingresso. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO INDESP 62 = 1% Embora estabelecida por lei, é discutível, no momento em que os clubes são obrigados a se transformarem em empresas, perdendo os benefícios fiscais. O limite do grupo 1 mais o grupo 2, segundo o regulamento da CBF de 1997, não deveria ultrapassar 31% da renda bruta. Mas se todos os estádios, cobram o limite do Grupo 1, ou seja, 15%, e o Grupo 2, chega a 7%, temos um custo adicional de 2%. c) Grupo 3 (sem limites) CBF FUNDO DE PREMIAÇÃO = 2% Embora seja promotora do evento, a entidade abriu mão da participação de 5% da renda bruta. Recolhe 2% da renda bruta para fins de premiação aos participantes do campeonato. INSS = 5% Os clubes são obrigados a recolher 5% sobre o faturamento com bilheteria. Alguns recolhem sobre a renda bruta, outros sobre a renda líquida. ARBITRAGEM A CONAF, órgão vinculado à CBF, que controla a arbitragem do Campeonato Brasileiro, tinha a seguinte tabela de remuneração, em vigor até o dia 17.06.98 (havia previsão de aumento em Julho de 1998): 1. ÁRBITRO FIFA 2. ÁRBITRO BASICO 3. ÁRBITRO ASSISTENTE FIFA (bandeira) 4. ÁRBITRO ASSISTENTE BASICO 5. ÁRBITRO RESERVA = R$ 1.300,00 = R$ 800,00 = R$ 500,00 = R$ 400,00 = R$ 130,00 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 63 Além da tabela de fee acima, nos casos em que a renda bruta dos jogos, fosse superior a R$ 130.000,00, era descontado 1% sobre a renda bruta, para serem rateados da seguinte forma: • 50 % para o árbitro principal • 40 % para os árbitros assistentes (20% para cada um) • 10% para o árbitro reserva As despesas de viagem e estadias, são pagas pelos clubes, através de desconto nos borderôs. DELEGADO DO JOGO Normalmente indicado pela federação local, é a maior autoridade durante uma partida de futebol. Em 1997, sua remuneração ficou na faixa dos R$ 400,00. B. Direitos de Transmissão e Reprodução Existem diversas modalidades de negociação dos direitos de transmissão e reprodução dos eventos, das quais apenas algumas são bem exploradas no Brasil: 1. Venda A modalidade mais usada no Brasil é a venda pura e simples dos direitos. O grande problema é o da publicidade nos estádios, que é vendida separadamente, causando conflitos entre os patrocinadores das transmissões na TV (que pagam valores expressivos para aparecerem no vídeo) e os dos estádios, principalmente os que aparecem nas placas estáticas (que pagam valores muito menores e conseguem aparecer durante 12 minutos no vídeo, tempo estimado de cada placa na TV). O Campeonato Brasileiro de Basquete 1996 foi o primeiro esporte a fazer uma parceria com a TV, oferecendo um pacote de mídia RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 64 integrada (vídeo + placa) aos anunciantes com excelentes resultados de visibilidade (exposição de marca). 2. Sociedade Neste formato, o proprietário do evento e a TV, vão juntos ao mercado, negociar as cotas de patrocínio de vídeo. Da receita bruta apurada, deduz-se os custos de produção da transmissão, e o saldo é dividido pelos “sócios”. Existem casos, como o da Fórmula 1 e da NBA, por exemplo, onde a produção do jogo (plano de câmaras) é feito em conjunto entre os promotores e a TV. 3. Compra de Espaço Uma terceira forma é a compra do espaço na TV pelo proprietário do evento, que fica responsável pela produção e comercialização do mesmo. 4. Rádio No Brasil as rádios não pagam direitos. Se, por um lado, elas promovem e difundem o futebol por todo o país, por outro, o futebol é uma de suas principais fontes de faturamento. Nos EUA e na Europa elas já pagam direitos. Tão logo o futebol se organize, é importante um acordo com este meio, no sentido de melhor atender suas necessidades4 e estabelecer formas de negociação dos direitos, que podem ser: • Pagamento em espaços publicitários que seriam utilizados pelos proprietários do evento ou por seus patrocinadores; • Pagamento em moeda corrente; ___________________________________________ 4 Além de aspectos técnicos, as despesas de viagens e estadias das rádios poderiam ser substancialmente reduzidas, simplesmente incluindo seus profissionais nos pacotes do evento. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 65 5. TV - Exterior Atualmente, os direitos de transmissão para o exterior do Campeonato Brasileiro são vendidos para a ESPN Internacional por cerca de US$ 1 milhão. Medidas como calendário bem planejado, sistema de disputa simples e tabela de jogos cumprida com rigor já alavancariam as vendas do campeonato. Se colocarmos os nomes dos jogadores nas camisas e mantivermos o número do início ao fim da competição, aí teremos uma boa valorização do produto. Vale a pena investigar quanto a NBA e os principais campeonatos europeus faturam com estes direitos. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 66 C. Publicidade Estática Durante os jogos, principalmente os transmitidos para milhões de telespectadores, as placas de campo (publicidade estática) têm uma importância similar a dos espaços publicitários nos uniformes da equipe. 1. Placas Estáticas Normalmente são 16 painéis, medindo 7m de comprimento por 0,90m de altura, na lateral do campo, de frente para as câmaras de TV e oito ao longo de cada linha de fundo, totalizando 32 painéis. A comercialização pode ser feita por intermédio de um contrato anual com o anunciante, que chega a pagar entre US$ 8 mil e US$ 12 mil por mês, por placa, em alguns dos maiores estádios brasileiros. Para o anunciante que compra avulso, num jogo que terá transmissão nacional por TV aberta, este preço pode dobrar. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 67 2. Sistema Rotativo Este sistema surgiu na Europa no início desta década. Inventado pelos franceses e comercializado por uma agência de origem espanhola, - Dorna Sports Marketing - logo foi implantado em alguns dos principais estádios europeus e, em seguida, pela NBA nos EUA. Conhecemos pelo menos três marcas: Adtime (Dorna), Space&Time (utilizada no Morumbi) e Dynadix (EUA). Como os dois primeiros nomes sugerem, o conceito de venda é espaço, tempo de vídeo, isto é, o anunciante tem garantido um determinado tempo de exposição na transmissão da TV, além de ocupar sozinho todo o espaço disponível do sistema. No Morumbi, por exemplo, cada um dos 15 anunciantes possíveis, tem 6min30s por jogo, distribuídos por quatro inserções; sendo duas em cada tempo e, pagam cerca de US$ 30 mil mensais. Não há vendas avulsas, devido aos prazos de produção para inserção da mensagem no sistema. 3. TV versus Placa O sistema atual de comercialização destes direitos apresenta alguns problemas: Este ano, os cinco anunciantes que compraram o pacote futebol na TV Globo pagaram cerca de US$ 30 milhões cada. Por outro lado, é razoável estimar que um anunciante de publicidade estática gaste para adquirir duas placas em cada um dos 23 estádios que serão utilizados no Campeonato Brasileiro 98 uma média de US$ 5mil/mês por estádio ou US$ 60mil/ano, dando como resultado um investimento anual nos 23 estádios de US$ 1.380 milhão. É certo que esta concorrência por espaços no vídeo gera conflitos entre as emissoras e seus anunciantes, desvalorizando a cota de patrocínio de vídeo, e consequentemente reduzindo o poder de compra dos direitos de transmissão pelas emissoras aos clubes. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 68 4. Os Proprietários das Placas Os estádios são os proprietários destes espaços, cuja comercialização, na maioria dos casos, é repassada para agências especializadas. 5. Os Resultados O cenário descrito parece indicar que todos perdem com o atual sistema de sistema de comercialização da publicidade estática nos estádios. Os clubes (proprietários do evento) que nada recebem (exceto os que são proprietários dos estádios), apesar de serem os promotores do espetáculo que, em última análise, é o que dá valor a estes espaços publicitários Os estádios e agências que, a princípio, não exploram todo o potencial mercadológico, pela falta de sincronia com as emissoras de TV, cujas transmissões valorizam estes espaços. As emissoras de TV, que enfrentam as reclamações de seus anunciantes, principalmente quando vêem seus concorrentes tendo uma exposição absoluta durante os jogos, com um investimento muito menor. 6. As Soluções As redes Globo e Bandeirantes, vêm anunciando há alguns anos, o investimento num sistema israelense, que permite, virtualmente, a substituição das mensagens das placas, por outras, a critério das emissoras. Esta nos parece uma solução difícil de ser implantada, já que cerca de 65% dos estádios utilizados no Campeonato Brasileiro pertencem aos clubes, que por sua vez, vendem os direitos de transmissão para estas mesmas. O ideal seria que os proprietários do evento (clubes, federações e CBF) alugassem os estádios .limpos., como, aliás, faz a CBF em relação aos jogos da Seleção Brasileira no Brasil. Todos seriam beneficiados, inclusive as agências especializadas, que gerenciariam estes espaços em relação a produção, manutenção etc. Como já citamos, a Confederação Brasileira de Basketball implantou este sistema em 1996, com o Sportv, obtendo excelentes resultados. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 69 D. Licenciamento de Marcas e Símbolos Esta é outra propriedade (ou área de negócio) que se encontra em sua infância no Brasil. O Clube dos 13, em 1987, iniciou, de forma global, a comercialização e legalização das marcas e símbolos dos clubes, através de registros no INPI. Naquele ano foram feitos 2 contratos de licenciamento; um com a Editora Abril, para a comercialização de um álbum de figurinhas da Copa União; outro com a Dover (indústria de plásticos), para a comercialização de adesivos com os escudos estilizados e mascotes5 dos clubes. Dez anos depois, constatamos que não evoluímos o suficiente nesta área, principalmente, por falta de investimentos dos clubes. Ocorre que os resultados são de médio e longo prazo, o que acaba chocando com os sistemas de direção dos clubes, cujas diretorias têm mandatos de 2 a 4 anos. Abaixo uma estimativa média do mercado de licenciamento dos 12 principais clubes do futebol brasileiro, sem levar em conta, os contratos com fornecedores de material esportivo, que tem o direito exclusivo de vender réplicas dos uniformes: 1. Estimativa de Receita dos Principais Clubes bèìáéÉë s~äçêÉëL^åç= cä~ãÉåÖç=É=`çê∞åÜá~åë oA=NKMMMKMMMIMM m~äãÉáê~ëI=s~ëÅçI=p©ç=m~ìäç=É=dêÆãáç oA=PRMKMMMIMM p~åíçëI=_çí~ÑçÖçI=cäìãáåÉåëÉI=fåíÉêå~Åáçå~äI=^íä¨íáÅçJjd=É= oA=OMMKMMMIMM `êìòÉáêç 2. Loteria Esportiva A Loteria Esportiva, também deve ser alvo de análise, a partir do momento que a Lei Pelé obriga os clubes a se tornarem empresas. O rateio é o seguinte: ___________________________________________ 5 O artista plástico Ziraldo redesenhou os mascotes. Alguns clubes utilizavam personagens, cujos direitos pertenciam a terceiros (Ex: Botafogo - Pato Donald; Bahia - Super-Homem; Flamengo - Popeye) RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 70 45 % - Pagamento de Prêmios 20% - Caixa Econômica Federal (administração) 10% - Clubes, divididos em parcelas iguais, pelo uso de suas marcas. 15% - Fundesp - subsídio ao esporte não - profissional, reforma de instalações esportivas, etc. (poderia reverter para reforma dos estádios dos clubes participantes) Além dos descontos acima, a renda líquida de um teste anual, integral, é destinado ao COB, para subsidiar os treinamentos das equipes olímpicas. Um segundo teste é destinado ao COB, nos anos de Jogos Olímpicos e Jogos Pan-americanos. (Lei Pelé Número 9.615, de 24/03/98, artigo 45, do Capítulo IX. E. Concessões nos Estádios Assim como acontece com a publicidade estática, os estádios negociam individualmente, as concessões para a venda de produtos e serviços (alimentos, bebidas, stands de venda de produtos licenciados, estacionamento etc), perdendo-se, a nosso ver, uma excelente fonte de faturamento para os clubes, devido a falta de sinergia envolvendo as ações mercadológicas, aplicadas aos eventos no Brasil. F. Patrocínio do Evento Outra área virgem. Atualmente existe apenas a bola oficial do campeonato, comercializada pela CBF. Na Copa União em 1987, a Varig foi a Transportadora Oficial que em troca do uso desta expressão e espaços publicitários (textos-foguete) durante as transmissões dos jogos pela TV, resultou em tarifas 50% mais baratas, numa época em que não havia a flexibilização de preços que existe hoje. Na Copa do Mundo 98, doze empresas - Adidas, JVC, Budweiser, McDonald´s, Canon, Mastercard, Coca-Cola, Opel, FujiFilm, Philips, Gillette e Snickers - pagaram, cada uma, cerca de U$ 30 milhões, para aparecer em placas de campos nos jogos e usar o logotipo oficial da Copa em seus produtos. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 71 V. DISTRIBUIÇÃO X A. Estádios B. Televisão C. Rádio D. Internet RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 72 V. DISTRIBUIÇÃO A. Estádios No Campeonato Brasileiro de 1998, serão utilizados 23 estádios, com capacidades que variam de 25 mil a 100 mil pessoas. Só na primeira fase haverá uma oferta de 14 milhões de ingressos, o que permitiria um potencial de 51.370 pessoas (em média) nas 276 partidas. No entanto, a média dos últimos quatro anos não vem conseguindo superar a faixa das 10 mil pessoas por partida. Várias razões explicam a capacidade ociosa dos estádios no Brasil. Para facilitar a análise e o estudo das causa, podemos recorrer a alguns capítulos deste relatório e dividi-los em grupos. Grupo I - Produto Como já abordamos, o calendário, sistema de disputa e tabela de jogos refletem alguns dos problemas relacionados às baixas médias de público. Grupo II - Mercado O pouco conhecimento do mercado, representado pela falta de pesquisas e fontes de informação e dados, não permitem seu melhor aproveitamento. Grupo III - Comercialização A não-exploração plena das receitas potenciais gera problemas financeiros aos clubes, que se vêem obrigados a exportar seus principais atletas, ídolos da torcida e artistas dos espetáculos. Grupo IV - Comunicação Capítulo seguinte a ser abordado, pode se transformar numa ferramenta não só para promover o evento, mas também, para reduzir a violência nos estádios. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 73 Acreditamos que trabalhando os grupos acima teremos dado um largo passo para o crescimento do público nos estádios. Sabemos também que os estádios apresentam diversos problemas estruturais, cujas soluções sugeridas apresentamos em duas fases, por nível de prazos e investimentos. a) Fase 1 - Curto e Médio Prazo 1. Setorização dos espaços por localização (atrás dos gols, meio de campo etc) através de grades. 2. Instalação de assentos numerados, permitindo um melhor controle da venda de ingressos, capacidade de público e evitando o espaço livre propício à movimentação dos torcedores nos jogos com pouco público. 3. Fiscalização e higiene dos banheiros. 4. Melhora dos serviços de bares (alimentos e bebidas) 5. Criação de áreas de estacionamento no entorno dos estádios, em conjunto com os serviços de trânsito e segurança da cidade. b) Fase II - Médio e Longo Prazo Estamos verificando uma tendência de investimentos neste setor, por empresas brasileiras e estrangeiras. Este crescimento, vem se verificando nos EUA e na Europa. A razão principal foi o surgimento do conceito de arena, que se constitui num centro de entretenimento, multiuso, para a realização dos mais variados tipos de espetáculos. A capacidade destas arenas varia de 25 mil a 50 mil pessoas. `çåëíêì´©ç=L=oÉëí~ìê~´©ç=ÇÉ=^êÉå~ë=åçë=br^ NVVT=Z=OP NVVS=Z=NQ NVVR=Z=MV NVVQ=Z=MP O BNDES abriu, em 1997, uma fonte de financiamento para a construção de arenas. A iniciativa privada também é outra possibilidade: O Atlético-PR está construindo uma arena em Curitiba, com capacidade para 50 mil pessoas, utilizando recursos próprios. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 74 B. Televisão A Televisão, a partir dos anos 80, passou a ser o mais importante canal de distribuição do produto esporte. Ao contrário dos estádios, com capacidade de público limitada e das rádios com a falta da imagem, a televisão permite o atingimento de milhões de pessoas. Com isto, o esporte, além de produto, assumiu a condição de um dos mais poderosos veículos de comunicação do mundo. O fato de atingir todo o tipo de público, sem distinção de raça, sexo, idade etc, com simpatia, sem barreiras de comunicação, e com alto conteúdo emocional, tornou seus espaços publicitários altamente desejados pelos anunciantes. Como referência, o espaço mais caro do mundo é comercializado durante o SuperBowl, onde um spot de 30 segundos chegou a US$ 1,2 milhões este ano. O mesmo acontece com os pequenos espaços nos uniformes das equipes de futebol, placas etc. Além destas competições, tivemos na temporada 97 - 98 os seguintes campeonatos europeus, onde estão a maioria dos nossos melhores atletas. `~ãéÉçå~íç=bëé~åÜçä _~åÇ====J=ë•Ä~Çç=J=NMWPM=Üë=E~ç=îáîçF= _~åÇ====J=ÇçãáåÖç=J=NMWRM=Üë=EsqF= _~åÇ====J=ÇçãáåÖç=J=NQWMM=Üë=E~ç=îáîçF=L=NSWMM=Üë=EsqF= bpmk=_ê~ëáä=Eqs^F==J=ë•Ä~Çç=J=NRWPM=Üë=E~ç=îáîçF= bpmk=_ê~ëáä=Eqs^F==J=ÇçãáåÖç=J=NPWPM=Üë=E~ç=îáîçF= bpmk=_ê~ëáä=EqsF===J=ëÉÖìåÇ~=J=NSWMM=Üë=çì=NTWMM=Üë=EsqF `~ãéÉçå~íç=fåÖäÆë bpmk=_ê~ëáä=Eqs^F==J=íÉê´~===J=NPWMM=Üë=EsqF= bpmk=Eqs^=J=kbq=J=jìäíáÅ~å~äF=J=ëÉÖìåÇ~==J=NSWMM=Üë=E~ç=îáîçF= péçêíî=Ekbq=J=jìäíáÅ~å~äF==J=ëÉÖìåÇ~==J=NSWMM=Üë=E~ç=îáîçF `~ãéÉçå~íç=fí~äá~åç péçêíî=Ekbq=J=jìäíáÅ~å~äF==J=ÇçãáåÖç=J=NNWMM=Üë=E~ç=îáîçF=L=NVWMM=Üë=EsqF= bpmk=J=kbq=J=jìäíáÅ~å~ä==J=ÇçãáåÖç=J=NNWMM=Üë=E~ç=îáîçF `~ãéÉçå~íç=mçêíìÖìÆë oqmf=Eqs^F===J=ëÉñí~=É=ë•Ä~Çç==J=NTWMM=Üë=E~ç=îáîçF= ==J=ÇçãáåÖç==J=MOWMM=Üë=EsqF RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 75 A questão hoje é analisarmos até onde a quantidade de jogos de futebol mostrados pela TV brasileira pulveriza a atenção do mercado. Só eventos disputados pelas equipes brasileiras, sem contemplar os amistosos e competições oficiais da Seleção brasileira, temos oito este ano, considerando os diversos campeonatos estaduais como um evento. `^jmblk^ql=_o^pfibfol=NVVT UO=gldlp N⁄ O⁄ P⁄ Q⁄ R⁄ S⁄ T⁄ U⁄ V⁄ NM⁄ NN⁄ NO⁄ `ir_bp s~ëÅçK=m~äãÉáê~ë=Ó=p~åíçë `çêáåíÜá~åë cä~ãÉåÖç _çí~ÑçÖç cäìãáåÉåëÉ p©ç=m~ìäç gìîÉåíìÇÉ _~Üá~=J=dì~ê~åá=J=fåíÉêJop ^íä¨íáÅçJjdK=`çêáíáÄ~=J=`êìòÉáêç=J=m~ê~å•=J=mçêíìÖìÉë~=J= råá©ç=pK=gç©ç ^ã¨êáÅ~JokK=^íä¨íáÅçJmo=J=`êáÅá∫ã~=J=dçá•ë=Ó=dêÆãáç sáíµêá~ _ê~Ö~åíáåçK=péçêí qs=dil_l=H _^ka NSQ=^m^of†Îbp NR NP NN NM V U T S Q P O N C. Rádio As rádios brasileiras só transmitem competições envolvendo equipes brasileiras. Por deter uma penetração no mercado nacional, e dar uma cobertura ao futebol maior ainda que a televisão, pode ser uma parceira fundamental para o aumento de público nos estádios. D. Internet Outro canal que precisa mais atenção dos clubes. Está em franco crescimento no Brasil, atingindo fortemente o público infanto-juvenil. Além de divulgar sua história, os clubes poderão promover e comercializar seus produtos e, mais ainda, manter um canal interativo com seu torcedor, dando-lhe a oportunidade de maior participação na vida do clube. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 76 Campeonato Brasileiro 97 Transmissões da TV x Aparições por Clube lêÇÉã N O P Q R S T U V NM NN NO NP NQ NR NS NT NU NV OM ON OO OP OQ OR OS qçí~ä== `äìÄÉ m~äãÉáê~ë=GG p~åíçë=G s~ëÅç=GG `çê∞åíÜá~åë cä~ãÉåÖç=G _çí~ÑçÖç cäìãáåÉåëÉ p©ç=m~ìäç gìîÉåíìÇÉJop=G _~Üá~ dì~ê~åá fåíÉêå~Åáçå~äJop=G ^íä¨íáÅçJjd=G `çêáíáÄ~ `êìòÉáêç m~ê~å• mçêíìÖìÉë~=G råá©ç=p©ç=gç©ç ^ã¨êáÅ~Jok ^íä¨íáÅçJmo `êáÅá∫ã~ dçá•ë dêÆãáç sáíµêá~J_^ _ê~Ö~åíáåç péçêí içÅ~ä Q S S P P P O N Q Q P R P Q Q P Q Q O O P P O O N N UO sáëáí~åíÉ NN V V NM U T T T P O P N N M M N M M N N M M N M M M UO qçí~ä NR NR NR NP NN NM V U T S S S Q Q Q Q Q Q P P P P P O N N NSQ * Clubes com maior número de jogos (31) em função da disputa da segunda fase da competição ** Clubes com maior número de jogos (33) em função da disputa da segunda fase e finais da competição RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 77 VI. COMUNICAÇÃO X A. Pesquisas de Opinião B. Relações Públicas C. Publicidade D. Eventos e Promoções E. Programação Visual F. Publicações RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 78 VI. COMUNICAÇÃO O futebol brasileiro vive uma contradição. Admirado mundo afora pela sua arte e técnica, tem, por outro lado, uma péssima imagem em termos de organização, que atinge, principalmente, os dirigentes do nosso esporte. Várias razões foram enumeradas nos capítulos anteriores. Aqui abordaremos a comunicação, outra área onde não houve evolução. O futebol brasileiro adotou e continua adotando uma posição passiva, ou seja, dependendo da cobertura espontânea dos meios de comunicação. Com o desenvolvimento da indústria do entretenimento, antigas e novas formas de lazer se tornaram disponíveis e mais acessíveis para o público em geral, transformando-se em reais concorrentes dos jogos de futebol. Esta situação exige que uma partida seja tratada como espetáculo e as ferramentas de comunicação são essenciais para sua promoção e comercialização. A. Pesquisas de Opinião As pesquisas de opinião direcionam e reduzem as margens de erros (consequentemente os custos) das ações mercadológicas. É inconcebível hoje, uma grande empresa lançar e comercializar seus produtos, sem antes consultar o consumidor, que, ao contrário de anos atrás, tem uma infinidade de opções de consumo para atender cada necessidade. Infelizmente, só os patrocinadores e as televisões investem em pesquisas, colocando-os em nítida vantagem no momento de negociar a compra de algum direito ou propriedade dos clubes. Outras fontes de pesquisa, seriam os dados dos eventos, permitindo a realização de cenários, para avaliar e analisar seus resultados RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 79 e orientar as mudanças a serem feitas. Acontece que é extremamente difícil encontrar uma fonte que reuna dados confiáveis sobre capacidade dos estádios, público pagante, receitas de ingressos e líquida dos jogos, jogos televisionados e suas audiências etc. B. Relações - Públicas A maioria dos clubes não tem identificados e cadastrados seus principais públicos formadores de opinião, que podem apoiar projetos dos clubes, defender seus interesses ou, simplesmente, contrabalançar as críticas, divulgando os pontos positivos do clube. C. Publicidade As grandes empresas investem tanto em publicidade institucional, com o objetivo de reforçar e passar uma imagem positiva, quanto em publicidade de produto, com o objetivo de aumentar suas vendas ou conquistar novos mercados. A NBA realiza campanhas todos os anos, baseada no tema.I love this game.. Eles sabem que não basta fazer um bom espetáculo. Uma boa imagem é pré-requisito para demandas e exigências do mercado moderno. D. Eventos e Promoções O time de basquete de Joinville, em apenas dois anos (96/97), superou o interesse pelo futebol na cidade, enchendo seu ginásio em todos os jogos, além de ocupar cerca de 30% de sua capacidade de público com a venda de carnets (venda antecipada). Eles desenvolveram eventos com a comunidade, com a participação dos atletas. Escolinhas e competições com a presença de crianças carentes, campanha de doação de sangue, distribuição de folhetos para os torcedores, abordando temas como cidadania - educação - saúde etc, tornaram a equipe motivo de orgulho da cidade. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 80 E. Programação Visual O campo de jogo é o palco. O estádio, o teatro. Os uniformes, o figurino. Estes são elementos chave para amplificar o espetáculo proporcionado por nossos atletas. Uma medida básica e imediata é a identificação dos atletas (nome na camisa e manutenção do número), para os torcedores do estádio e para os que assistem aos jogos pela TV no Brasil e, principalmnete, no exterior. F. Publicações A produção de publicações próprias (programa do jogo, do campeonato, tabelas etc), para melhor informar o torcedor, podem proporcionar retorno financeiro para os clubes, direta ou indiretamente, através da comercialização dos espaços publicitários neles contidos. Temos também as publicações de terceiros como o Diário LANCE! (projeto ambicioso, sendo o primeiro jornal totalmente em cores de circulação nacional), a “Gazeta Esportiva” de São Paulo, o “Jornal dos Sports” no Rio, a Revista “Placar”, todos voltados exclusivamente para o esporte, com ênfase no futebol. Além destes, temos os cadernos de esporte dos principais jornais do país. Cabe pensar nos veículos esportivos como parceiros. O seu crescimento significa mais exposição para os patrocinadores, a possibilidade de promoções cooperadas, visando a venda de ingressos, produtos licenciados, etc, simplesmente porque eles atingem, diretamente, o público-alvo dos clubes brasileiros. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO VII. ANEXOS X 81 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 82 VII. ANEXOS A. Calendário Oficial da CBF – 1998 B. Quadro Calendário Anual – 1998 C. Campeonato Brasileiro - Sistema de Disputa - Média acima de 20.000 D. Campeonato Brasileiro - Sistema de Disputa - Média na faixa de 10.000 E. Quantidade de Partidas Disputadas por Temporada. Flamengo e Real Madrid F. Relação de Empresas Licenciadas G. Relação dos Estádios - Campeonato Brasileiro de 1998 H. Taxa de Ocupação dos Estádios - Brasil – 1997 I. Taxa de Ocupação dos Estádios - Espanha - 97/98 J. Taxa de Ocupação dos Estádios - Inglaterra 96/97 K. Preço dos Ingressos Real Madrid - Temporada 98/99 L. Campeonato Brasileiro de 1997 - Tabela Completa (em disquete) RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 83 CALENDÁRIO OFICIAL - 1998 Fonte: CBF - Cópia do Calendário enviado aos clubes A) FÉRIAS E PRÉ-TEMPORADA Até 30 de janeiro (período de acordo com o início das férias de cada clube) B) TORNEIOS REGIONAIS b.1 Torneio.Rio / São-Paulo. De 21/jan. a 04/março b.2 Campeonato Regional do Nordeste De 04/fev. a 14/maio b.3 Copa do Norte De 18/fev. a 22/abril C) CAMPEONATOS ESTADUAIS De 01 de fevereiro até 31 de maio (sem contar com domingo de Carnaval) 17 Domingos As Federações que não tiverem clubes na série.A. poderão estender seus Campeonatos de acordo com sua conveniência. Recomendamos, dentro do possível, jogos nos fins de semana, deixando os meios de semana livres para as Copa do Brasil. Campeonato Regional do Nordeste e Libertadores da América. D) COPA DO BRASIL De 20 de janeiro a 28 de maio - jogos às 3ªs e 5ªs feiras, de preferência 32 Datas E) CAMPEONATO BRASILEIRO De 26 de julho a 20 de dezembro 22 Domingos F) COPA DOS CAMPEÕES MUNDIAIS DE CLUBES De 14 a 23 de julho 04 Datas G) COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 4, 11, 18 e 25 Março - 1, 8, 22 e 29 Abril - 20 e 27 Maio - 16 e 22 Julho - 12 e 26 Agosto 14 Datas H) COPA MERCOSUL 2º Semestre 13 Datas RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 84 Datas de acordo com negociações entre clubes e TV´s, com divulgação até março de 98. Com a participação de Cruzeiro - Grêmio - Corínthians - Palmeiras São Paulo - Flamengo - Vasco I) COPA CONMEBOL 15 e 29 Julho - 05 e 19 Agosto - 02 e 30 Setembro - 10 Outubro - 12 Novembro 08 Datas Com a participação do Campeão do Campeonato Regional do Nordeste 98, Campeão da Copa do norte 98 e os 2 primeiros classificados do Campeonato Brasileiro 97 que não disputem outras competições da Sul Americana no 2º semestre. J) SELEÇÃO BRASILEIRA a^q^p `ljmbqf`Íl il`^i `^ožqbo MPLMO=~=NRLMO `çé~=lìêç já~ãá=L=içë=^åÖÉäÉë ^ãáëíçëç= ORLMP ^äÉã~åÜ~ ^äÉã~åÜ~ ^ãáëíçëç= OVLMQ ^êÖÉåíáå~ j~ê~Å~å© ^ãáëíçëç= PNLMR ^íä¨íáÅç=_áäÄ~ç bìêçé~ ^ãáëíçëç= MPLMS ^åÇçêê~ bìêçé~ ^ãáëíçëç= NMLMS=~=NOLMT `çé~=Çç=jìåÇç cê~å´~ lÑáÅá~ä= NSLMU ^ää=pí~ê eçåÖJhçåÖ ^ãáëíçëç= NVLMU ^ìëíê•äá~ páÇåÉó ^ãáëíçëç= NSLMV ~=ÇÉÑáåáê J ^ãáëíçëç= NQLNM ^êÖÉåíáå~=E~=ÅçåÑáêã~êF _ê~ëáä ^ãáëíçëç= NNLNN ~=ÇÉÑáåáê J ^ãáëíçëç= MVLNO ~=ÇÉÑáåáê J ^ãáëíçëç= K) FÉRIAS E PRÉ-TEMPORADA - 1999 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 85 CAMPEONATO BRASILEIRO DE CLUBES DE FUTEBOL PROFISSIONAL SÉRIE.A. - 1998 (DATAS PREVISTAS) - Fonte: CBF griel ^dlpql pbqbj_ol lrqr_ol klsbj_ol abwbj_ol NR NV OP OS OV O R V NO QŸ=Ñ a RŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ NS NV OP OS PM O S V NP NS OM OP OT PM Q T NN NQ NU ON OR OU N Q U NN NR NU OO OQ OV O S U NP NS OM OO OT a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a QŸ=Ñ a PŸ=Ñ a QŸ=Ñ a PŸ=Ñ a QŸ=Ñ a PŸ=Ñ a `çåãÉÄçä=J=NŸ=c~ëÉ `çåãÉÄçä=J=NŸ=c~ëÉ _ê~ëáäÉáêç=J=NŸ=oçÇ~Ç~ jÉêÅçëìä=J=NŸ=c~ëÉ _ê~ëáäÉáêç=J=OŸ=oçÇ~Ç~ _ê~ëáäÉáêç=J=PŸ=oçÇ~Ç~=J=`çåãÉÄçä=OŸ=c~ëÉ= _ê~ëáäÉáêç=J=QŸ=oçÇ~Ç~= _ê~ëáäÉáêç=J=RŸ=oçÇ~Ç~=J=cáå~ä=iáÄÉêí~ÇçêÉë= `çåãÉÄçä=OŸ=c~ëÉ=ENPLMPF= _ê~ëáäÉáêç=J=SŸ=oçÇ~Ç~= jÉêÅçëìä=J=NŸ=c~ëÉ _ê~ëáäÉáêç=J=TŸ=oçÇ~Ç~= _ê~ëáäÉáêç=J=UŸ=oçÇ~Ç~= _ê~ëáäÉáêç=J=VŸ=oçÇ~Ç~ jÉêÅçëìä=J=NŸ=c~ëÉ _ê~ëáäÉáêç=J=NMŸ=oçÇ~Ç~ _ê~ëáäÉáêç=J=NNŸ=oçÇ~Ç~=J=`çåãÉÄçä=J=NŸ=ëÉãáÑáå~ä _ê~ëáäÉáêç=J=NOŸ=oçÇ~Ç~ jÉêÅçëìä=J=NŸ=c~ëÉ _ê~ëáäÉáêç=J=NPŸ=oçÇ~Ç~ _ê~ëáäÉáêç=J=NQŸ=oçÇ~Ç~=J=`çåãÉÄçä=J=OŸ=ëÉãáÑáå~ä _ê~ëáäÉáêç=J=NRŸ=oçÇ~Ç~ jÉêÅçëìä=J=NŸ=c~ëÉ _ê~ëáäÉáêç=J=NSŸ=oçÇ~Ç~ _ê~ëáäÉáêç=J=NTŸ=oçÇ~Ç~=J=`çåãÉÄçä=NŸ=cáå~ä _ê~ëáäÉáêç=J=NUŸ=oçÇ~Ç~ jÉêÅçëìä=J=NŸ=c~ëÉ _ê~ëáäÉáêç=J=NVŸ=oçÇ~Ç~ _ê~ëáäÉáêç=J=OMŸ=oçÇ~Ç~=J=`çåãÉÄçä=J=OŸ=cáå~ä _ê~ëáäÉáêç=J=ONŸ=oçÇ~Ç~ jÉêÅçëìä=J=QŸë=ÇÉ=cáå~ä _ê~ëáäÉáêç=J=OOŸ=oçÇ~Ç~ jÉêÅçëìä=J=QŸë=ÇÉ=cáå~ä _ê~ëáäÉáêç=J=OPŸ=oçÇ~Ç~ jÉêÅçëìä=J=NŸ=ëÉãáÑáå~ä _ê~ëáäÉáêç=J=QŸë=ÇÉ=cáå~ä=J=NŸ=m~êíáÇ~ jÉêÅçëìä=J=OŸ=ëÉãáÑáå~ä _ê~ëáäÉáêç=J=QŸë=ÇÉ=cáå~ä=J=OŸ=m~êíáÇ~ _ê~ëáäÉáêç=J=QŸë=ÇÉ=cáå~ä=EëÉ=åÉÅÉëë•êáçF=J=PŸ=m~êíáÇ~ _ê~ëáäÉáêç=J=ëÉãáÑáå~ä=J=NŸ=m~êíáÇ~ jÉêÅçëìä=J=NŸ=cáå~ä= _ê~ëáäÉáêç=J=ëÉãáÑáå~ä=J=OŸ=m~êíáÇ~ _ê~ëáäÉáêç=J=ëÉãáÑáå~ä=EëÉ=åÉÅÉëë•êáçF=J=PŸ=m~êíáÇ~ _ê~ëáäÉáêç=J=cáå~ä=J=NŸ=m~êíáÇ~ jÉêÅçëìä=J=OŸ=cáå~ä _ê~ëáäÉáêç=J=cáå~ä=J=OŸ=m~êíáÇ~ _ê~ëáäÉáêç=J=cáå~ä=EëÉ=åÉÅÉëë•êáçF=J=PŸ=m~êíáÇ~ jÉêÅçëìä=J=PŸ=cáå~ä=EëÉ=åÉÅÉëë•êáçF RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 86 Calendário Brasileiro Sistema de Disputa - Média Acima de 20 mil pagantes NVTN NŸ=c^pb= `ä~ëëáÑáÅ~´©çW OM=bnrfmbp= OM=ÉèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=NM=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ MS=ãÉäÜçêÉë=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç OŸ=c^pb `ä~ëëáÑáÅ~´©çW NO=ÉèìáéÉë MP=Öêìéçë=Åçã=MQ=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ MP=ãÉäÜçêÉë=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç c^pb=P= MP=ÉèìáéÉë íêá~åÖìä~ê=Ñáå~ä NVUM NŸ=c^pb= `ä~ëëáÑáÅ~´©çW QQ=bnrfmbp QM=bèìáéÉë MQ=Öêìéçë=Åçã=NM=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ MT=ãÉäÜçêÉë=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç=H=MQ=q~´~=ÇÉ=mê~í~= OŸ=c^pb= `ä~ëëáÑáÅ~´©çW PO=bèìáéÉë MU=Öêìéçë=Åçã=MQ=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ MO=ãÉäÜçêÉë=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç PŸ=c^pb= `ä~ëëáÑáÅ~´©çW NS=bèìáéÉë MQ=Öêìéçë=Åçã=MQ=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ ãÉäÜçê=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç QŸ=c^pb= MQ=bèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ RŸ=c^pb= MO=bèìáéÉë Ñáå~ä=Éã=O=àçÖçë NVUP NŸ=c^pb= `ä~ëëáÑáÅ~´©çW QQ=bnrfmbp QM=bèìáéÉë MU=Öêìéçë=Åçã=MR=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ MP=ãÉäÜçêÉë=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç=H=MQ=q~´~=ÇÉ=mê~í~=H= MQ=qçêåÉáç=ÉåíêÉ=~ë=MU=ÉèìáéÉë=èìÉ=ÅÜÉÖ~ê~ã= å~=QŸ=ÅçäçÅ~´©ç=åçë=ëÉìë=êÉëéÉÅíáîçë=Öêìéçë= OŸ=c^pb= `ä~ëëáÑáÅ~´©çW PO=bèìáéÉë MU=Öêìéçë=Åçã=MQ=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ MO=ãÉäÜçêÉë=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç PŸ=c^pb= `ä~ëëáÑáÅ~´©çW NS=bèìáéÉë MQ=Öêìéçë=Åçã=MQ=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ MO=ãÉäÜçêÉë=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç QŸ=c^pb= MU=bèìáéÉë MQ=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ EàçÖçë=Éäáãáå~íµêáçë=J=áÇ~=É=îçäí~F= RŸ=c^pb= MQ=bèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~=EáÇÉãF= NVUT NŸ=c^pbK=qrokl= Å~Ç~=ÉèìáéÉ=ÉåÑêÉåíçì=~ë=U= ÉèìáéÉë=Çç=çìíêç=Öêìéç= NS=bnrfmbp NS=bèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MU=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ éêáãÉáêç=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç=ëÉ=Åä~ëëáÑáÅçì=é~ê~=PŸ= c~ëÉ= `ä~ëëáÑáÅ~´©çW OŸ=c^pbK=obqrokl Å~Ç~=ÉèìáéÉ=ÉåÑêÉåíçì=~ë=MT=Çç= éêµéêáç=Öêìéç= NS=bèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MU=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ éêáãÉáêç=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç=ëÉ=Åä~ëëáÑáÅçì=é~ê~=PŸ= c~ëÉ= `ä~ëëáÑáÅ~´©çW PŸ=c^pb=MQ=ÉèìáéÉë=MO=Öêìéçë= Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~= MQ=bèìáéÉë QŸ=c^pb= MO=bèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ EàçÖçë=Éäáãáå~íµêáçë=J=áÇ~=É=îçäí~F= Ñáå~ä=Éã=O=àçÖçë RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 87 Calendário Brasileiro Sistema de Disputa - Média na Faixa de 10.000 pagantes 1994 1ª FASE `ä~ëëáÑáÅ~´©çW OQ=bnrfmbp= OQ=ÉèìáéÉë MQ=Öêìéçë=Åçã=MS=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ MQ=ãÉäÜçêÉë=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç 2ª FASE NS=ÉèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MU=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ íìêåç=É=êÉíìêåç=Éã=Å~Ç~=Öêìéç= MQ=Å~ãéÉπÉë=ÇÉ=íìêåçë=É=êÉíìêåçë MO=ãÉäÜçêÉë=éçê=∞åÇáÅÉ=í¨ÅåáÅç= MO=ãÉäÜçêÉë=Ç~=êÉéÉëÅ~ÖÉã= EÇáëéìí~Ççë=ÉåíêÉ=çë=MU=å©ç=Åä~ëëáÑáÅ~Ççë=å~=NŸ= c~ëÉF= 3ª FASE MU=ÉèìáéÉë MQ=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ àçÖçë=Éäáãáå~íµêáçë=J=áÇ~=É=îçäí~= 4ª FASE MQ=ÉèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~=EáÇÉãF 5ª FASE MO=ÉèìáéÉë Ñáå~ä=Éã=O=àçÖçë 1995 1ª FASE `ä~ëëáÑáÅ~´©çW `ä~ëëáÑáÅ~´©çW OQ=bnrfmbp OQ=ÉèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=NO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ íìêåç=É=êÉíìêåç=Éã=Å~Ç~=Öêìéç= MQ=Å~ãéÉπÉë=ÇÉ=íìêåçë=É=êÉíìêåçë 2ª FASE MQ=ÉèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~= àçÖçë=Éäáãáå~íµêáçë=J=áÇ~=É=îçäí~= 3ª FASE MO=ÉèìáéÉë Ñáå~ä=Éã=O=àçÖçë 1996 1ª FASE `ä~ëëáÑáÅ~´©çW OQ=bnrfmbp OQ=ÉèìáéÉë MN=íìêåç=Åçã=íçÇ~ë=ÉèìáéÉë=àçÖ~åÇç=ÉåíêÉ=ëá= MU=éêáãÉáêçë=ÅçäçÅ~Ççë 2ª FASE MU=ÉèìáéÉë MQ=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ àçÖçë=Éäáãáå~íµêáçë=J=áÇ~=É=îçäí~= 3ª FASE MO=ÉèìáéÉë Ñáå~ä=Éã=O=àçÖçë 1997 1ª FASE `ä~ëëáÑáÅ~´©çW OS=bnrfmbp OS=ÉèìáéÉë MN=íìêåç=Åçã=íçÇ~ë=ÉèìáéÉë=àçÖ~åÇç=ÉåíêÉ=ëá= MU=éêáãÉáêçë=ÅçäçÅ~Ççë 2ª FASE MU=ÉèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MQ=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ íìêåç=É=êÉíìêåç=ÇÉåíêç=Çç=Öêìéç= Å~ãéÉ©ç=ÇÉ=Å~Ç~=Öêìéç 3ª FASE MO=ÉèìáéÉë Ñáå~ä=Éã=O=àçÖçë 1998 1ª FASE `ä~ëëáÑáÅ~´©çW OQ=bnrfmbp OQ=ÉèìáéÉë MN=íìêåç=Åçã=íçÇ~ë=ÉèìáéÉë=àçÖ~åÇç=ÉåíêÉ=ëá= MU=éêáãÉáêçë=ÅçäçÅ~Ççë 2ª FASE MU=ÉèìáéÉë MQ=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~ àçÖçë=Éäáãáå~íµêáçë=J=áÇ~=É=îçäí~= 3ª FASE MQ=ÉèìáéÉë MO=Öêìéçë=Åçã=MO=ÉèìáéÉë=Å~Ç~=EáÇÉãF= 4ª FASE MO=ÉèìáéÉë Ñáå~ä=Éã=O=àçÖçë `ä~ëëáÑáÅ~´©çW Nota: A partir da 2ª Fase, poderá haver um terceiro jogo (play-off), no caso de empate nos dois jogos previstos. RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 88 Quantidade de Partidas Disputadas. Flamengo e Real Madrid N O P Q R S N O P Q R S `äìÄÉ=ÇÉ=oÉÖ~í~ë=Çç=cä~ãÉåÖç=J=NVVT= bîÉåíçë=lÑáÅá~áë mÉê∞çÇç jp qçêåÉáç=oáçJpm= ONKMN=L=MSKMO Q `~ãéÉçå~íç=bëí~Çì~ä= NPKMO=L=ORKMR T `çé~=Çç=_ê~ëáä= OTKMO=L=OOKMR U `çé~=Ççë=`~ãéÉπÉë=jìåÇá~áë= NOKMS=L=MNKMT P `~ãéÉçå~íç=_ê~ëáäÉáêç= MSKMT=L=MSKNO NO pìéÉêÅçé~= OSKMU=L=OUKNM S pìÄJqçí~ä QM J qçêåÉáçë=É=^ãáëíçëçë mÉê∞çÇç jp ^ãáëíçëçë= NSKMN=É=NRKMS N `çé~=oÉÇÉ=_~åÇÉáê~åíÉë= MTKMS=É=NMKMS N q~´~=j~êá~=nìáí¨êá~= OUKMS=É=MPKMT N `çé~=`ÉåíÉå•êáç= MPKMU=L=MRKMU=L=MTKMU O q~´~=m~äã~=ÇÉ=j~ääçêÅ~= NRLMU=É=NTLMU N qêçѨì=k~ê~åà~= ONKMU=É=OOLMU N pìÄJqçí~ä= J T qlq^i= NVVT QT cp O NQ N N NV M PT cp N N N N N N S QP qçí~ä S ON V Q PN S TT qçí~ä O O O P O O NP VM cçåíÉW=`äìÄÉ=ÇÉ=oÉÖ~í~ë=Çç=cä~ãÉåÖç=J=NVVT oÉ~ä=j~ÇêáÇ=`äìÄ=ÇÉ=cìíÄçä=J=gçÖçë=NVVS=L=VT bîÉåíçë=lÑáÅá~áë `~ãéÉçå~íç=Ç~=iáÖ~=E`~ãéÉ©çF `çé~=Çç=oÉá pìÄ=Jqçí~ä= qçêåÉáçë=É=^ãáëíçëçë ^ãáëíçëçë=fåíÉêå~Åáçå~áë= ^ãáëíçëçë=k~Åáçå~áë= qêçѨì=^ëÉêÖ~ÅÉ= `K_~êÅÉäçå~= qêçѨì=sáä~=dáàµå= pI_Éêå~Ĩì= m~êáë=píK=dÉêã~áå= pìÄ=Jqçí~ä= qlq^i= mÉê∞çÇç jp cp QO J mÉê∞çÇç S S jp QO cp J NVVSLVT M S M QO qçí~ä QO S QU qçí~ä S Q O N N N N NS SQ cçåíÉW=oÉ~ä=j~ÇêáÇ=`äìÄ=ÇÉ=c∫íÄçä=J=jÉãçêá~=NVVSLNVVT= RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 89 oÉ~ä=j~ÇêáÇ=`äìÄ=ÇÉ=cìíÄçä=J=gçÖçë=NVVT=L=VU bîÉåíçë=lÑáÅá~áë `~ãéÉçå~íç=Ç~=iáÖ~= `çé~=Çç=oÉá= iáÖ~=Ççë=`~ãéÉπÉë= pìéÉêÅçé~=Ç~=bëé~åÜ~= pìÄ=Jqçí~ä= qçêåÉáçë=É=^ãáëíçëçë qêçѨì=p~åíá~Öç=_Éêå~ÄÉì= qêçѨì=^åíÉå~=qêÆë= qêçѨì=`áÇ~ÇÉ=ÇÉ=m~äã~= ^ãáëíçëçë=k~Åáçå~áë= ^ãáëíçëçë=fåíÉêå~Åáçå~áë= pìÄ=Jqçí~ä= qlq^i= mÉê∞çÇç jp cp PU J mÉê∞çÇç O NN O NR jp PU cp J NVVT=LVU M NR M PU qçí~ä PU O NN O RP qçí~ä N N O NM O NS SV cçåíÉW=oÉ~ä=j~ÇêáÇ=`äìÄ=ÇÉ=c∫íÄçä=J=jÉãçêá~=NVVSLNVVT RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO RELAÇÃO DE EMPRESAS LICENCIADAS 1. Basis Comércio de Importação e Exportação Contato: Sr. Paulo Reis Tel: (021) 532-1182 Produto: Bandeira com suporte 2. Bell´s Relógios Ltda. Contato: Sr. Waldir Dallabona Tel: (047) 382-2833 Produto: Relógio de parede 3. Brasiline Ind. e Com. de Roupas Ltda. Contato: Sr. Carlos Nuno Mossi Tel: (0242) 31-3774 Produto: Camiseta fantasia 4. Bruth Editorial Com. e Repres. Ltda. Contato: Sr. Fernando Onofre Tel: (021) 294-6134 Produto: Agenda 5. Buettner S/A Indústria e Comércio Contato: Sra. Goya Fadel Tel: (0473) 55-4000 Produto: Toalha e Colcha 6. Candido & Moreira Ltda. Contato: Sr. Alcides Candico / Sra. Elisete Tel: (019) 876-5873 Produto: Sache com ventosa 7. Carambella Ind. e Com. Ltda. Contato: Sra. Ana 90 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 91 Tel: (011) 425-4044 Produto: Lençol 8. Carimbo Com, Repres, Imp. e Exp Contato: Sra. Heloisa Martins Tel: (011) 533-8756 Produto: Tatuagem temporária 9. Cibrasa Ind. e Com. de Tabacos S/A Contato: Sr. Danilo Bastos Júnior Tel: (021) 396-5910 Produto: Cigarro 10. CRW Ind. e Com. de Plásticos Ltda. Contato: Sra. Arlete Fortes Tel: (011) 601-6033 Produto: Caneta esferográfica com cordão, quebra-cabeça, chaveiro plástico e abridor de garrafa. 11. Dimensional Com. Imp. e Exp. Ltda. Contato: Sr. Josef Benhaim Tel: (011) 3064-8364 Produto: Isqueiros descartáveis 12. Euroquadros Ind, Imp. e Exp. Ltda. Contato: Sr. Antônio Pereira dos Santos Tel: (011) 225-0303 Produto: Quadro e poster 13. Fábrica de Cadarços e Bordanos Haco Ltda. Contato: Sr. Haroldo Olbrzynek Tel: (047) 321-6000 Produto: Cachecol, flâmula, calendário e fita para pulseira 14. FCG Intenacional S/A. Contato: Sr. Jfrancisco Gularte Tel: (021) 264-6221 Produto: Bottons, Chaveiro, Pins, Baralho, Caneta, Garrafinhas RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 92 15. Fergalplast Ind. e Com. Ltda. Contato: Sr. Maurício Alayon Tel: (011) 418-7800 Produto: Mouse pad e Save screen 16. Gerson Ribeiro Decoração Contato: Sr. José R. Ribeiro Tel: (041) 392-2386 Produto: Cinzeiro, jogo para escritório e utensílios domésticos em cerâmica, faiança, porcelana e vidro. 17. Glasslite S/A. Indústria de Plásticos Contato: Sr. Minoru Wakabayashi Tel: (011) 6163-0366 Produto: Cenário com adesivos 18. Goal Discos Contato: Sr. Jonas Suassuna Tel: (021) 539-1195 Produto: CD (jornal promocional) 19. Griffe Etiquetas Ltda. Contato: Sr. Adilson Tel: (035) 422-8080 Produto: Chaveiro 20. Gulliver S/A Manufatura de Brinquedos Contato: Sr. Rodrigo Lavin Tel: (011) 4232-6855 Produto: Jogo de Botão e Futebol Clube 21. Indústria de Meias Aço Ltda. Contato: Sr. Clayton Tel: (011) 7392-7577 Produto: Meias de lazer RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 22. Indústria de Porcelana Bela Vista Ltda. Contato: Sr. Waldir A. Nunes Tel: (019) 893-3156 Produto: Caneca para chocolate em porcelana 23. Indústria de Velas Primavera Ltda. Contato: Sras. Valdete / Eliana Tel: (011) 7298-3237 Produto: Vela de Aniversário 24. Indústria e Comércio de Conservas Alim. Predilecta Contato: Sr. Auro Ninelli Tel: (016) 289-1183 Produto: Extrato de tomate em copo e caneca de chopp 25. Indústria e Comércio de Plásticos.Apolo. Ltda. Contato: Sr. Sr. Luiz Tel: 6944-8100 Produto: Bola de vinil 26. Indústria Vitória Contato: Sr. Vinicius Tel: (047) 435-2300 Produto: Troféus, placas e medalhas 27. Ipanema´s Beach Biquínis Ltda. Contato: Sr. Durval dos Santos Tel: (021) 235-5096 Produto: Linha de praia e aeróbica 28. Keterly Carteiras e Bolsas Ltda - ME Contato: Sras. Luciana / Vera Tel: (011) 459-5478 Produto: Carteira bordada e carteira com imagem bi-dimensional 93 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 94 29. Marcatto Ind. de Chapéus Ltda. Contato: Sr. Flávio MArcatto Tel: (047) 371-3111 Produto: Boné 30. Mário Luiz de Santi - ME Contato: Sr. Roberto Tel: (019) 893-3167 Produto: Chaveiro-boné, cinzeiro-chuteira, caneca de quentão, caneca em miniatura. 31. Maud Ind. e Com. de Plásticos Ltda. Contato: Sr. Rafael Micieli Tel: (011) 6941-8993 Produto: Chaveiro musical 32. Metalúrgica Mor S/A Contato: Sr. Denis J. Hohgraefe Tel: (051) 713-3311 Produto: Cadeira de praia 33. Modelli Comércio de Jóias Ltda. Contato: Sr. Carlos Alberto Cordeiro Tel: 265-0652 Produto: Chaveiros e bottons 34. Nabia Internet Consulting Ltda. Contato: Sr. Gustavo Vilardo Tel: (021) 253-4491 Produto: Página na internet 35. Oliveira & Lopes Contato: Sr. Manoel R. A. Lopes Tel: (016) 242-2322 Produto: Edredon RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 36. Panini Brasil Ltda. Contato: Sra. Beatriz Tel: (011) 7087-8717 Produto: Álbum de figurinha 37. N. Babolim & Cia. Ltda. Contato: Sr. Sérgio Babolim Tel: (011) 948-4866 Produto: Relógio 38. Serv-Lar Artigos para festa Ltda. Contato: Sr. Freitas Tel: (014) 427-5511 Produto: Kit de festa 39. Sonata Produtos Plásticos Ltda. Contato: Sr. Marcelo Tel: (014) 721-1020 Produto: Jogo de Botão 40. Tecnoplate Tratamentos Superficiais Contato: Sr. Gil M. Pereira de Siqueira Tel: (024) 222-1513 Produto: Chaveiros flutuantes, adesivos e imãs emborrachados 41. Tilibra S/A. Indústria Gráfica. Contato: Sr. Caio Coube Tel: (0142) 23-4100 Produto: Caderno 42. Tommasi Imp, Exp, e Repres. Ltda. Contato: Sr. Bruno Tommasi Tel: (027) 322-8597 Produto: Deo-colônia 95 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 43. Trama Editorial Ltda. Contato: Sr. Ruy Pereira Tel: (011) 829-1159 / 829-2266 Produto: Poster-revista 44. Trestini Indústria e Comércio Ltda. Contato: Sr. Juan R. Ramos Tel: (011) 6911-9390 Produto: Chaveiro em PVC 45. Velarte Produtos Artísticos Ltda. Contato: Sr. Ricardo Bujarte Tel: (011) 523-9711 Produto: Vela de Aniversário 46. Vinhos Piagentini S/A Contato: Sr. Flávio Piagentini Tel: (011) 873-0623 Produto: Vinho 96 og= og= og= op= `~ñá~ë=Çç=pìä= op= mçêíç=^äÉÖêÉ= op= mçêíç=^äÉÖêÉ= jd= _ÉäçJeçêáòçåíÉ= jd= _ÉäçJeçêáòçåíÉ= _^= p~äî~Ççê= _^= p~äî~Ççê= dl= dçáßåá~= mb= oÉÅáÑÉ= ok= k~í~ä= NQ NR NS NT NU NV OM ON OO OP OQ OR oáç=ÇÉ=g~åÉáêç= oáç=ÇÉ=g~åÉáêç= oáç=ÇÉ=g~åÉáêç= mo= `ìêáíáÄ~= `~ãéáå~ë= p~åíçë= NP pm= U NO pm= T aêK=lëï~äÇç=qK=aì~êíÉ= m~äÉëíê~=fí•äá~= `∞ÅÉêç=mK=ÇÉ=qçäÉÇç m~ìäç=j~ÅÜ~Çç=ÇÉ=`~êî~äÜç= kçãÉ= _êáåÅç=ÇÉ=lìêç= sáä~=_Éäãáêç= j~êÅÉäç=pí¨Ñ~åá= jçáë¨ë=iìÅ~êÉääá= `~åáåǨ= m~êèìÉ=^åí•êíáÅ~= jçêìãÄá m~Å~ÉãÄì= `ä•ìÇáç=sK=j~ÅÜ~Çç= pÉêê~=açìê~Ç~= ^äÇÉã~ê=Ç~=`K=`~êî~äÜç= lÅí•îáç=j~åÖ~ÄÉáê~= j~åçÉä=_~êê~Ç~ë= dçîÉêå~Ççê=j~Ö~äÜ©Éë=máåíç= fåÇÉéÉåÇÆåÅá~= gçë¨=máåÜÉáêç=_çêÇ~= lä∞ãéáÅç=jçåìãÉåí~ä= ^äÑêÉÇç=g~Åçåá= j•êáç=cáäÜç= p©ç=g~åì•êáç= `~áç=j~êíáåë= gç~èìáã=^ã¨êáÅç=dìáã~ê©Éë= j~àçê=^åí∑åáç=`çìíç=mÉêÉáê~= aìêáî~ä=_êáíç= j~ÅÜ~Ç©ç= pÉêê~=açìê~Ç~= fäÜ~=Çç=oÉíáêç= cçåíÉ=kçî~= _~êê~Ç©ç= jáåÉáê©ç= fåÇÉéÉåÇÆåÅá~= _Éáê~=oáç= lä∞ãéáÅç= ^äÑêÉÇç=g~Åçåá= j~ê~Å~å©= p©ç=g~åì•êáç= `~áç=j~êíáåë= _~áñ~Ç~= `çìíç=mÉêÉáê~= sáä~=`~é~åÉã~= ROKMMM QRKMMM RSKTMM VSKSQM QRKMMM VMKQSQ ORKMMM TVKNUV RRKMMM ORKQRV NMNKSOP QMKMMM UKMMM POKOOU RNKVMQ NNKTMM QRKMMM QMKNMM ORKMTV OOKRMM ORKOPU ORKTQM OUKMMM UMKMMM PTKRUR kçãÉ=bëéçêíáîç= `~é~ÅáÇ~ÇÉ= `çãéäÉñç=mçäáÉëéçêíáîç=máåÜÉáê©ç= máåÜÉáê©ç= _êáåÅç=ÇÉ=lìêç= rêÄ~åç=`~äÇÉáê~= _ê~Ö~å´~=m~ìäáëí~= j~êÅÉäç=pí¨Ñ~åá= `~ãéáå~ë= jçáë¨ë=iìÅ~êÉääá= mo= `ìêáíáÄ~= mo= `ìêáíáÄ~= pm= pm= R S p©ç=m~ìäç= p©ç=m~ìäç= mo= `ìêáíáÄ~= pm= Q V pm= P p©ç=m~ìäç p©ç=m~ìäç= NM NN pm pm= N O ðåÇáÅÉ= cÉÇK= `áÇ~ÇÉ= Fonte Placar - Ago. 98 EMNNF=PUTPJONNN= EMNNF=UQVJUMMM EMNNF=ORSJVNNN qÉä= m~äãÉáê~ë= p©ç=m~ìäç `äìÄÉ= EMRQF=OPPJUTMM= EMONF=ORQJMUQQ== EMONF=RUMJTPTP= EMONF=SNNJOSRS= EMQNF=OOPJNMON= EMQNF=PSOJPOPQ= EMQNF=OSPJNVPN EMQNF=PSSJPMOV== EMNVF=ORQJMPPP= EMNPF=OPVJQMMM= cìåÇ~´©ç=ÇÉ=bëéçêíÉë=ÇÉ=k~í~ä= dçîK=Çç=bëí~Çç=ÇÉ=dl= péçêí=`äìÄÉ=Çç=oÉÅáÑÉ= dçîK=Çç=bëí~Çç=Ç~=_^= bëéçêíÉ=`äìÄÉ=sáíµêá~= dçîK=Çç=bëí~Çç=ÇÉ=jd= ^ã¨êáÅ~=cìíÉÄçä=`äìÄÉ= péçêí=`äìÄ=fåíÉêå~Åáçå~ä= dçá•ë= péçêí= _~Üá~= sáíµêá~= EMUQF=OPNJNPPT= ^ã¨êáÅ~Jok= EMSOF=ONUJOQOQ= EMUNF=OOTJNONP= EMTNF=OQPJPPOO= EMTNF=PTNJNMUU EMPNF=QVVJNNMM= ^íä¨íáÅçL`êìòK= EMPNF=OQNJQQTR= ^ã¨êáÅ~Jjd= EMRNF=OPNJQQNN= fåíÉêå~Åáçå~ä= dêÆãáç= gìîÉåíìÇÉ= s~ëÅç= _çí~ÑçÖç= ^íä¨íáÅçJmo= `çêáíáÄ~= m~ê~å•= dì~ê~åá= p~åíçë= EMNNF=TUQQJMVMT= _ê~Ö~åíáåç= EMNVF=OPNJTONN= mçåíÉ=mêÉí~= dêÆãáç=ÇÉ=cççí=_~ää=mçêíçJ^äÉÖêÉåëÉ= EMRNF=OOPJVNUU= bëéçêíÉ=`äìÄÉ=gìîÉåíìÇÉ dçîK=Çç=bëí~Çç=Çç=og= `äìÄÉ=ÇÉ=oÉÖ~í~ë=s~ëÅç=Ç~=d~ã~= _çí~ÑçÖç=ÇÉ=cìíÉÄçä=É=oÉÖ~í~ë= `äìÄÉ=^íä¨íáÅç=m~ê~å~ÉåëÉ= `çêáíáÄ~=cççí=_~ää=`äìÄ= m~ê~å•=`äìÄÉ= cÉÇÉê~´©ç=m~ê~å~ÉåëÉ=ÇÉ=cìíÉÄçä= dì~ê~åá=cìíÉÄçä=`äìÄÉ= p~åíçë=cìíÉÄçä=`äìÄÉ= `äìÄÉ=^íä¨íáÅç=_ê~Ö~åíáåç ^K=^K=mçåíÉ=mêÉí~= ^ëëçÅá~´©ç=mçêíìÖìÉë~=ÇÉ=aÉëéçêíçë= EMNNF=OORJMQMM= mçêíìÖìÉë~= pçÅáÉÇ~ÇÉ=bëéçêíáî~=m~äãÉáê~ë p©ç=m~ìäç=cìíÉÄçä=`äìÄÉ pÉÅK=jìåáÅK=ÇÉ=bëéçêíÉë=ÇÉ=pm mêçéêáÉí•êáç= ESTÁDIOS - CAMPEONATO BRASILEIRO 1998 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 97 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 98 TAXA DE OCUPAÇÃO NOS ESTÁDIOS - BRASIL - 1997 Dados relativos aos jogos em que os clubes atuaram como mandantes das suas partidas `çäçÅ~´©ç `äìÄÉ k⁄=gçÖçë Nø s~ëÅç NT `~é~ÅáÇ~ÇÉ= bëí•Çáç=G SNKTSR j¨Çá~= m∫ÄäáÅç NVKMNN q~ñ~= lÅìé~´©ç PNB Oø m~äãÉáê~ë NS QQKRMM NSKROP PTB Pø fåíÉêå~Åáçå~äJop NR URKMMM NQKSUM NTB Qø ^íä¨íáÅçJjd NS NNMKMMM OPKPST ONB Rø cä~ãÉåÖç NS VMKUNP NSKPVV NUB Sø mçêíìÖìÉë~ NS PQKSUU RKQOS NSB Tø p~åíçë NS PVKPTR NMKTMM OTB Uø gìîÉåíìÇÉ NR POKMMM PKRNV NNB OTB Vø sáíµêá~ NO RMKMMM NPKSSO NMø _çí~ÑçÖç NO PQKMMM OKMRR SB NNø péçêí NP RTKSVO VKQVR NSB NOø p©ç=m~ìäç NO UMKMMM RKVTP TB NPø m~ê~å• NP NRKQSO RKPOR PQB NQø dêÆãáç NP SPKMMT VKQQO NRB NRø `çêáíáÄ~ NP RRKMMM NMKVPU OMB NSø ^ã¨êáÅ~Jok NO ROKMMM NRKRTP PMB NTø `çê∞åíÜá~åë NP QSKOPN UKNVQ NUB NUø ^íä¨íáÅçJmo NO PNKTRM TKQVR OQB NVø dçá•ë NO SMKMMM NNKQMP NVB OMø `êìòÉáêç NO NNMKMMM TKRRM TB ONø dì~ê~åá NP RRKPUR PKSTP TB OOø _ê~Ö~åíáåç NO ORKMMM NKSUV TB OPø _~Üá~ NP NNRKMMM OTKQPN OQB OQø `êáÅá∫ã~ NP PMKPMU RKQQM NUB ORø cäìãáåÉåëÉ NO QQKMUP SKMNP NQB OSø råá©ç=p©ç=gç©ç NO OOKMMM NKNQP RB PRN RRKRTV NMKQQN NVB j¨Çá~ë Fonte: Tabelão Placar - Janeiro de 1998 * No Brasil, como nem todos os clubes possuem seus próprios estádios, as equipes acabam atuando em mais de um estádio na mesma praça, quando mandantes de suas partidas (e a capacidade média destes estádios é o resultado das suas capacidades totais dividida pelo número dos mesmos) RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 99 TAXA DE OCUPAÇÃO NOS ESTÁDIOS - ESPANHA - 1997 / 1998 Dados relativos aos jogos em que os clubes atuaram como mandantes das suas partidas `çäçÅ~´©ç `äìÄÉ k⁄=gçÖçë NV `~é~ÅáÇ~ÇÉ= bëí•Çáç= NOMKMMM j¨Çá~= m∫ÄäáÅç TNKRTV q~ñ~= lÅìé~´©ç SMB N⁄ _~êÅÉäçå~ O⁄ ^íÜäÉíáÅ=`äìÄ=_áäÄ~ç NV QSKRMM PRKMRP TRB P⁄ Q⁄ oÉ~ä=pçÅáÉÇ~Ç NV POKMMM OPKNNO TOB oÉ~ä=j~ÇêáÇ NV UTKMMM TMKROS UNB R⁄ j~ääçêÅ~ NV OQKMMM NTKOOU TOB S⁄ `Éäí~ NV PNKUMM ONKTQU SUB T⁄ ^íä¨íáÅç=j~ÇêáÇ NV RTKMMM OTKTUV QVB U⁄ _Éíáë NV ROKRMM QNKOSP TVB V⁄ s~äÉåÅá~ NV RPKMMM QPKSMR UOB NM⁄ bëé~åóçä NV RSKMMM OMKQON PSB NN⁄ s~ää~ÇçäáÇ NV OSKMMM NUKTSO TOB NO⁄ aÉéçêíáîç=i~=`çêì¥~ NV PRKSMM NUKVQT RPB NP⁄ w~ê~Öçò~ NV PRKMMM NVKUSU RTB NQ⁄ o~ÅáåÖ=J=p~åí~åÇÉê NV OOKSTP NRKSPN SVB NR⁄ qÉåÉêáÑÉ NV ONKTPO NTKTPT UOB NS⁄ p~ä~ã~åÅ~ NV NTKPQN NOKSQN TPB NTø `çãéçëíÉä~=G NV NPKMMM VKNMM STB NU⁄ lîáÉÇç=G NV NQKRMM NMKNRM STB NVø j¨êáÇ~=G NV NRKMMM NMKRMM STB OMø péçêíáåÖ=G NV OSKMMM NUKOMM STB PVKPPO OSKNVP STB j¨Çá~ë Fonte: Guia Marca-Liga Nacional de Fútbol Professional - Temporada 98/99 * Médias de público estimadas, com base na média geral dos demais clubes da Primeira-Divisão RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 100 TAXA DE OCUPAÇÃO NOS ESTÁDIOS - INGLATERRA - 1996 / 1997 Dados relativos aos jogos em que os clubes atuaram como mandantes das suas partidas `çäçÅ~´©ç `äìÄÉ N⁄ j~åÅÜÉëíÉê=råáíÉÇ O⁄ kÉïÅ~ëíäÉ=råáíÉÇ P⁄ Q⁄ R⁄ k⁄=gçÖçë NV `~é~ÅáÇ~ÇÉ= bëí•Çáç= RRKPRM j¨Çá~= m∫ÄäáÅç RRKMUN q~ñ~= lÅìé~´©ç VVB NV PSKUMM PSKQSS VVB ^êëÉå~ä NV PUKRMM PTKUON VUB iáîÉêéççä NV QRKRMM PVKTTT UTB ^ëíçå=sáää~ NV PVKPTO PSKMOT VNB S⁄ `ÜÉäëÉ~ NV PQKURM OTKMMN TTB T⁄ pÜÉÑÑáÉäÇ=tÉÇåÉëÇ~ó NV PVKUNQ ORKSVP SQB U⁄ táãÄäÉÇçå NV OSKQMM NRKNRS RTB VMB V⁄ iÉáÅÉëíÉê=`áíó NV OOKRNT OMKNUQ NM⁄ qçííÉåÜ~ã=eçíëéìê NV PRKVVR PNKMST USB NN⁄ iÉÉÇë=råáíÉÇ NV QMKMMM POKNMV UMB NO⁄ aÉêÄó=`çìåíó NV PMKRMM NTKUUV RVB NP⁄ _ä~ÅâÄìêå=oçîÉêë NV PNKPST OQKQVT UMB NQ⁄ tÉëí=e~ã=råáíÉÇ NV OSKMNQ OPKOQO UVB NR⁄ bîÉêíçå NV QMKOMM PSKNUS VMB NS⁄ pçìíÜ~ãéíçå NV NRKOSM NRKMVV VVB NT⁄ `çîÉåíêó=`áíó NV OPKSSO NVKSOR UPB NU⁄ pìåÇÉêä~åÇ NV QNKSMM OMKUSR RMB NV⁄ jáÇÇäÉëÄêçìÖÜ NV PMKORM OVKUQU VVB OM⁄ kçííáåÖÜ~ã=cçêÉëí NV PMKSMO OQKRUT UMB PQKOOU OUKQPQ UPB j¨Çá~ë Fonte: England Premier Clube Review of 1997 Results - Delloit & Touche Football Industry Team RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO 101 RELATÓRIO FUTEBOL BRASILEIRO Para encomendar este livro, entre em contato com: PUBLIT SOLUÇÕES EDITORIAIS Rua Miguel Lemos, 41 sala 605 Copacabana - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.071-000 Telefone: (21) 2525-3936 E-mail: [email protected] Endereço Eletrônico: www.publit.com.br 102