FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
PATRÍCIA DA SILVA NUNES
Análise de custos entre aquisição ou locação de
empilhadeiras como redução logística na operação X da
empresa LOG.
São Paulo
2.009
NUNES, Patrícia da Silva
Análise de custos entre aquisição ou locação de empilhadeiras como redução
logística na operação X da empresa LOG.
Monografia apresentada no curso de
Tecnologia em Logística na FATEC ZL
para obter o Título de Tecnólogo em
Logística com ênfase em Transporte.
Aprovado em :
Banca Examinadora
Prof. Arnaldo Prestes Oliveira
Instituição: Faculdade de Tecnologia Da Zona Leste
Julgamento: _______________ Assinatura: ________________________________
Prof. Rosana Novais
Instituição: Faculdade de Tecnologia Da Zona Leste
Julgamento: _______________ Assinatura: ________________________________
Prof. Paulo Cândido Pires
Instituição: ETEC / ZL
Julgamento: _______________ Assinatura: ________________________________
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
PATRÍCIA DA SILVA NUNES
Análise de custos entre aquisição ou locação de
empilhadeiras como redução logística na operação X da
empresa LOG.
Monografia apresentada no curso de
Tecnologia em Logística com ênfase em
transporte na FATEC ZL como requerido
parcial para obter o Título de Tecnólogo
em Logística com ênfase em Transporte
Orientador: Profº Arnaldo Prestes Oliveira
São Paulo
2.009
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a
fonte.
Catalogação da Publicação
FATEC-ZL – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste
Nunes, Patrícia da Silva.
Análise de custos entre aquisição ou locação de empilhadeiras
como redução logística na operação X da empresa LOG / Patrícia
da Silva Nunes; orientador Arnaldo Prestes Oliveira. - São Paulo /
SP, 2.009.
73f.
Monografia – Centro Paula Souza, FATEC - Faculdade de
Tecnologia da Zona Leste.
1. Custos. 2. Empilhadeira. 3. Logística.
CDU 000.00: 000
AGRADECIMENTOS
A Deus por me deixar livre para escolher meus caminhos e por me conduzir diante
das minhas opções.
Aos meus pais Glória e Antônio pelo apoio no decorrer deste período, principalmente
à minha mãe pelo constante incentivo.
Ao meu namorado Ricardo pelo estímulo que me deu, muitas vezes estudando junto
comigo, me apoiando a continuar e concluir este trabalho.
Ao professor Arnaldo Prestes Oliveira por toda atenção, compreensão e apoio
durante a elaboração deste trabalho.
“Sei que meu trabalho é uma gota no oceano,
mas sem ele o oceano seria menor.”
Madre Tereza de Calcutá
RESUMO
NUNES, Patrícia da Silva, Análise de custos entre aquisição ou locação de
empilhadeiras como redução logística na operação X da empresa LOG.
Monografia (Graduação em Tecnologia Logística com ênfase em Transportes) FATEC - Faculdade de Tecnologia da Zona Leste.
As empresas ao dimensionarem uma operação logística têm inúmeros itens a
verificar e considerar. Um desses itens que geram grande dúvida é equipar o
depósito, armazém ou centro de distribuição, pois se deparam com duas opções:
locar ou comprar as empilhadeiras para movimentação e armazenagem? A locação
se mostra vantajosa pela flexibilidade e pelo custo imediato a ser disponibilizado em
relação à aquisição, que desprende um alto valor de investimento. Porém, como
uma das funções logísticas é reduzir custos, o objetivo do presente trabalho é
estabelecer parâmetros para a decisão empresarial sobre a viabilidade da locação
em relação à compra e vice versa. No desenvolvimento dessa pesquisa foram
preparados fluxos de caixa com base nos dados da empresa LOG e uma das suas
operações, buscando verificar a taxa interna de retorno por um período de cinco
anos em relação à aquisição, os investimentos e as despesas necessárias com o
aluguel e a aquisição e os benefícios que se pode ter com a locação e com a
compra das empilhadeiras.
Palavras-chave: Custos, Empilhadeiras, Logística.
ABSTRACT
NUNES, Patrícia da Silva, Cost analysis of acquisition or rental of forklifts and
reduce logistics operation X in the company LOG. company’s. Monograph
(Graduation in Technologic Logistics with enphasis in Transports) - FATEC Faculdade de Tecnologia da Zona Leste.
The companies sizing a logistics operation have numerous items to check. One of those
items that generate big doubt is equip the deposit, warehouse or center of distribution,
therefore have an encounter with two options: rent or buy the forklifts for movement and
storage? The rental itself sample worthwhile by the flexibility and by the immediate cost it to
be disposed regarding the acquisition, that removes a high value of investment. However, as
one of the functions logistics is going to reduce costs, the objective of the present work is
establish parameters for the business decision about the feasibility of the rental regarding the
purchase and vice versa. In the development of that research were prepared cash flows with
base in the given of the company LOG and one of his operations, seeking verify the internal
rate of return by a period of five years regarding acquisition, the investments and the
necessary expenses with the rent and the acquisition and the benefits that can have with the
rental and with the purchase of the forklifts.
Key-words: Cost, Truck-lift, Logistics.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Papel Estratégico da Logística na empresa................................................25
Figura 2: Fluxo logístico em uma típica cadeia de suprimentos.................................29
Figura 3: Composição dos Custos Logísticos............................................................34
Figura 4: Significância dos Custos Logísticos ...........................................................34
Figura 5: Custos Diretos ............................................................................................38
Figura 6: Custos Indiretos..........................................................................................39
Figura 7: Tipos de empilhadeiras elétricas ................................................................43
Figura 8: Modelo de empilhadeiras à combustão / GLP............................................44
Figura 9: Empilhadeira...............................................................................................44
Figura 10: Diagrama do fluxo de caixa residual.........................................................65
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Valores unitários para aquisição das empilhadeiras, paleteiras e
periféricos...........................................................................................................56
Quadro 2: Valores para aquisição de todos os equipamentos dimensionados e
periféricos...........................................................................................................56
Quadro 3: Valores unitários mensais para locação dos equipamentos dimensionados
e periféricos........................................................................................................57
Quadro 4: Valores totais mensais para locação dos equipamentos dimensionados e
periféricos...........................................................................................................57
Quadro 5: Depreciação de todos os equipamentos dimensionados e periféricos.....60
Quadro 6: Resumo da depreciação............................................................................61
Quadro 7: Despesa com manutenção estimada em cinco anos................................61
Quadro 8: Despesa com locação por cinco anos.......................................................62
Quadro 9: Resumo do fluxo líquido de caixa operacional incremental......................63
Quadro 10: Cálculo do valor contábil de todos os equipamentos..............................63
Quadro 11: Valor com a venda dos equipamentos....................................................64
Quadro 12: Custo médio do capital total investido.....................................................65
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Maneiras de Competir por Meio da Logística na Cadeia de Suprimento...31
Tabela 2: Comparação dos custos logísticos totais e seus principais componentes de
diversos setores como porcentagem das receitas...................................36
Tabela 3: Formato básico para a determinação do investimento inicial.....................51
LISTA DE SIGLAS
BAR
Unidade de medida de pressão do Sistema Internacional (SI)
BNDES
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CLM
Concil of Logistics Management
CO²
Dióxido de carbono
EUA
Estados Unidos da América
GLP
Gás Liquefeito do Petróleo
IR
Imposto de Renda
NCM
Nomenclatura Comum do Mercosul
OTAN
Organização do Tratado do Atlântico Norte
PBR
Palete Brasil padronizado
PVC
Poli Cloreto de Vinila
SA
Sociedade anônima
SI
Sistema Internacional
TIR
Taxa Interna de Retorno
TJLP
Taxa de Juros de Longo Prazo
VLP
Valor Presente Líquido
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................13
2 LOGÍSTICA.............................................................................................................15
2.1 Histórico...............................................................................................................15
2.2 A evolução da Logística.......................................................................................17
3 LOGÍSTICA EMPRESARIAL...................................................................................22
3.1 O importante papel da Logística nas empresas e na economia moderna...........24
3.2 A função da Logística na Cadeia de Suprimentos...............................................28
3.3 Logística vista como redução de custos às empresas.........................................32
3.4 Custos Logísticos.................................................................................................33
3.4.1 Conceituação de custos....................................................................................36
3.4.2 Custos Diretos...................................................................................................37
3.4.3 Custos Indiretos.................................................................................................38
4 EMPILHADEIRAS PARA MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM....………………41
4.1 Definição sobre empilhadeiras.....……………………………………………………41
4.1.1 Características e aplicações dos modelos de Empilhadeiras...........................41
4.1.2 Vantagens e limitações dos tipos de empilhadeira...........................................45
4.2 Considerações para seleção de empilhadeiras para uma operação ou uso.......46
5 FLUXO DE CAIXA e TÉCNICAS DE TOMADA DE DECISÃO.........………………49
5.1 Fluxos de caixa e depreciação.....……………………………………………………49
5.2 Técnicas de tomada de decisão...........................................................................51
5.2.1 Valor Presente Líquido (VLP)............................................................................52
5.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR) .........................................................................52
6 ESTUDO DE CASO................................................................................................54
6.1 Dados para apresentação de empilhadeiras na operação X da empresa LOG...54
6.1.1 Apresentação das quantidades e modelos necessários à operação X.............55
6.2. Custos com empilhadeiras..................................................................................55
6.2.1 Custo para aquisição de empilhadeiras............................................................56
6.2.2 Custo para locação de empilhadeiras...............................................................56
6.3 Vantagens com locação de empilhadeiras...........................................................57
6.4 Análise de custos entre aquisição ou locação de empilhadeiras por um período
de cinco anos.....................................................................................................58
6.4.1 Estimativa do fluxo de caixa inicial....................................................................59
6.4.2 Estimativa dos fluxos de caixa operacionais incrementais................................59
6.4.2.1 Depreciação dos Equipamentos do Projeto...................................................59
6.4.2.2 Despesa com manutenção.............................................................................61
6.4.2.3 Locação de todos os equipamentos...............................................................62
6.4.2.4 Fluxo líquido de caixa operacional incremental..............................................62
6.4.3 Fluxo de caixa residual......................................................................................63
6.4.3.1 Diagrama do fluxo de caixa residual..............................................................64
6.4.4 Análise econômica do projeto para aquisição de equipamentos......................65
6.4.4.1 Conclusão sobre a análise econômica do projeto..........................................66
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................69
13
1 INTRODUÇÃO
Na busca de redução de custos logísticos, muitas empresas procuram
uma alternativa no momento de escolher os equipamentos para movimentação
e armazenagem. Porém, fica a dúvida: alugar ou comprar empilhadeiras?
O presente estudo visa conceituar logística e apresentar o importante
papel que a logística empresarial representa na cadeia de suprimentos,
integrando as áreas e as suas funções. Será abordado um histórico referente a
logística e a evolução do estudo sobre esta ciência e também sobre sua
atuação no mercado empresarial. Conceituará os custos logísticos de modo
sucinto, enfatizando os custos pertinentes à movimentação e armazenagem.
Apresentará um esboço sobre empilhadeiras, seus tipos e modelos, bem como
as características e aplicações, as vantagens e as limitações. Abordará
técnicas para tomada de decisão com base em fluxos de caixa utilizados
atualmente nas empresas.
Serão verificados os dados de uma operação logística, denominada X
em um centro de distribuição da empresa LOG1. Com estes dados serão
dimensionados
os
modelos
e
as
quantidades
de
empilhadeiras
de
movimentação e armazenagem necessárias e será feita a escolha do fabricante
desses equipamentos, realizando uma apresentação de custos para aquisição
das empilhadeiras, bem como para a locação. Assim, será então possível fazer
uma análise de custos entre aquisição e locação de empilhadeiras como
redução logística nesta operação. A análise de custos será realizada para um
_____________
1
Por questão de sigilo, a sigla LOG, utilizada para identificação da empresa referente ao estudo
de caso é fantasia.
14
período de cinco anos onde se busca verificar o que se constituirá em maior
vantagem entre o aluguel e a compra de empilhadeiras.
Para realização deste trabalho será feito um estudo de caso e também
será utilizado o método de pesquisa bibliográfica.
15
2 LOGÍSTICA
O estudo sobre Logística se comparado a outras ciências é muito
recente, principalmente no Brasil.
Atualmente vê-se inúmeras definições para o termo logística,
descartando tudo o que engloba.
Para Ballou (1993, p. 23) logística não tem o mesmo significado para
todas as pessoas, inclusive para aquelas que estão ativamente engajadas no
assunto. Ainda segundo Ballou (2001, p 19-20) a logística empresarial é
considerada um campo novo da gestão integrada, mas é de vital importância
nos dias atuais dentro das empresas.
Bowersow (2001, p. 20) apud CLM - Council of Logistics Management
a definição sobre logística no ano de 1991:
Processo de planejamento, implementação e controle eficiente e
eficaz do fluxo de armazenagem de mercadorias, serviços e
informações relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de
consumo com o objetivo de atender as necessidades dos clientes.
Tigerlog (2009) apud OTAN - Organização do Tratado do Atlântico
Norte define logística como:
A ciência de planejamento e de realização da movimentação e
manutenção das forças abrangendo o desenho, desenvolvimento,
aquisição, estoque, movimentação, distribuição, manutenção,
evacuação e disponibilização de materiais; processo de planejamento,
implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo de armazenagem
de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto
de origem até o ponto de consumo com o objetivo de atender as
necessidades dos clientes.
2.1 Histórico
Tigerlog (2009) descreve sobre a história da logística e afirma que a
16
palavra Logística vem do grego “logistikos”, do qual o latim “logisticus” é
derivado e que o significado para as duas palavras é cálculo e raciocínio no
sentido matemático.
Aponta ainda que a partir do século XVII a logística passou a ser
utilizada nos modernos princípios:
Por volta de 1.670, um conselheiro do Rei Luís XIV sugeriu a criação
de uma nova estrutura de suporte para solucionar os crescentes
problemas administrativos experimentados com o novo exército
desenvolvido a partir do caos medieval. Foi criada a posição de
“Marechal General de Logis”, cujo título se originou do verbo francês
“loger”, que significar alojar. Entre seus deveres estavam a
responsabilidade pelo planejamento das marchas, seleção dos
campos e regulamentação do transporte e fornecimento.
Também para Hara (2005, p19), logística provém do radical grego
logos, que significa razão. E desse princípio etimológico pode-se entender que
logística implica “a arte de calcular” ou a manipulação dos detalhes de uma
operação.
Para Rodrigues (2003, p.123), a primeira tentativa de definir logística
foi feita pelo Barão Antoine Henri Jomini (1779-1896), general do exército
francês sob o comando de Napoleão Bonaparte, como “a arte prática de
movimentar exércitos”, assegurando que “a logística é tudo ou quase tudo no
campo das atividades militares, exceto o combate”.
O Barão Jomini era visto como principal teórico militar da primeira
metade do século XIX. Ele desenvolveu o termo “logistique”, posteriormente
traduzido para o inglês “logistics”, sendo que dividiu a arte da guerra em cinco:
estratégia, grandes táticas, logística, engenharia e táticas menores. Para ele,
logística não estava restrita a estrutura de transportes, mas ao suporte,
administração, reconhecimentos e inteligência, movimentando e sustentando as
forças militares (TIGERLOG, 2009).
17
Hara (2005, p. 17) afirma que a logística aplicada no campo militar
designava atividades de suprimentos, estocagem, movimentação e transportes
de bens como remédios, equipamentos, armamentos, uniformes e as próprias
tropas.
Conforme Pozo (2004, p 15), “a atividade logística militar na Segunda
Guerra Mundial foi o ponto de partida para muitos conceitos logísticos utilizados
atualmente”.
Rodrigues (2003, p.123), refere que após a Segunda Guerra Mundial, o
termo Logística abrange uma intensidade bem maior, sendo, portanto, a
Guerra, fato primordial para a alavancagem da Logística no âmbito empresarial.
É a partir de meados do século XX que a logística passa a ser
empregada no meio empresarial.
2.2 A evolução da logística
Após a Segunda Grande Guerra Mundial, na década de 50, houve
grande
estimulo
do
governo
norte
americano
à
reestruturação
dos
procedimentos industriais em todo o planeta. Foi alavancada a massificação da
produção e no Japão e na Europa Continental vários países destruídos pela
guerra iniciaram a reconstrução de suas nações, gerando emprego à mão-deobra disponível (RODRIGUES, 2005, p. 125).
Para Pozo (2004, p. 17), após a segunda Guerra havia um novo
cenário para a economia e principalmente no início dos anos 50 foi um forte
instrumento para fomentar a logística. Os novos conceitos logísticos
começavam a aflorar na mente dos administradores, oferecendo a oportunidade
de melhorar os resultados das empresas.
18
Porém, ainda não se apostava no computador como ferramenta útil à
indústria. Os computadores ainda eram tidos como obra da imaginação humana
(NEXTG, 2009).
Rodrigues (2005, p. 125) afirma que nos anos 60 as empresas se
voltaram para o marketing e a distribuição, buscando poder efetivo de barganha
frente ao mercado e as fontes de suprimento ao passo que se reerguiam e
consolidavam.
Os problemas logísticos tornam-se cada vez mais complexos com o
desenvolvimento da tecnologia, exigindo maior visão sistêmica da organização
e do mercado. Em meados da década de 50 e 60, essa complexidade começou
a ser tratada efetivamente, por novas tecnologias (POZO, 2004, p. 19).
Foi na década de 70 que a logística tomou grande importância. O
mercado começou a exigir variedade de produtos e um melhor nível de serviço
de
modo
que
elevada
a
produtividade,
era
necessário
um
melhor
gerenciamento da produção, enfatizando a racionalização dos custos, buscado
preços que pudessem gerar crescentes vendas, melhorando a lucratividade. As
atividades relacionadas a logística tomaram lugar dentro das organizações,
vista a necessidade de criar parcerias e agregar tecnologia, tornando-se então,
estratégicas (RODRIGUES, 2005, P. 125).
E deste modo, nos anos 70 houve o investimento real das empresas
em tecnologia (CRUZ, 2002, p. 79).
Para Rodrigues (2005, p. 125) nos anos 80 houve grande revolução
tecnológica e o custo com sistemas informatizados foi barateado. Isso
possibilitou que as informações estivessem disponíveis em tempo hábil e que
fossem precisas. O uso do computador foi estimulado e viabilizou uma rápida e
19
realista avaliação as situações que se apresentavam, diminuindo o tempo de
resposta e possibilitando um aumento no sucesso empresarial. Rodrigues
afirma ainda quanto à década de 80:
O campo era fértil para as soluções logísticas, de forma a reverter as
ameaças geradas pelo inevitável aumento da complexidade
operacional. A adoção de sofisticadas abordagens do gerenciamento
logístico passou a representar o ponto-chave na sustentação das
estratégias mercadológicas inovadoras invadiam o mercado. O
processo decisório tornava-se mais ágil, os ciclos operacionais mais
curtos e as adaptações ao sistema menos traumáticas. O
monitoramento permanente do processo logístico e a análise
sistemática dos indicadores de custos e serviços a clientes
possibilitavam maior flexibilidade às operações, capitalizando todos os
esforços em oportunidades mais lucrativas.
Havia agora uma preocupação em integrar todas as áreas da empresa
em torno de uma finalidade comum, buscando uma posição distinta no
mercado, através de uma estrutura de armazenagem e distribuição eficiente e
que possibilitasse reduzir custos, otimizar tempo e espaço, sendo o alvo
aumentar a satisfação do cliente (FARIA e COSTA, 2007, p.19).
Ainda nos anos 80, foi notada pelas empresas que a tecnologia de
informação poderia ser uma importante e decisiva ferramenta para as
organizações, contribuindo para o aumento da competitividade (NEXTG, 2007).
Já nos anos 90 as indústrias e o comércio começam considerar todo o
mercado mundial como fornecedores e clientes, onde os atacadistas diminuem
seus estoques e aumentam o giro das mercadorias. Tudo isso em decorrência
do processo de globalização da economia mundial e o acirrado ambiente
competitivo, que foi estimulado pelos
avanços nas telecomunicações
(RODRIGUES, 2005, p. 126).
Para Ching (2001, p. 27) logística aparece como uma ferramenta
preciosa para medir os reflexos de um bom planejamento na distribuição de
mercadorias em aspectos externos, como consumidores e fornecedores e
20
também em aspectos internos, como fluxo de materiais e armazenamento físico
de matéria-prima e produtos acabados. Deste modo, com a aplicação da
logística integrada, Ching acredita na redução de custos e no aumento da
competitividade diante dos concorrentes no atual mercado globalizado, onde o
fator como redução de custos é essencial para continuidade das empresas.
Para Fleury (2000, p. 27), os conjuntos de mudanças econômicas e
tecnológicas é o que têm permitido que a logística seja vista como uma das
ferramentas gerenciais mais modernas no cenário atual. E esta afirmação foi
feita no ano 2000.
“A rede logística é formada por fornecedores, depósitos, centros de
distribuição e pontos de varejo como também por matérias-primas, estoque em
processo e produtos acabados que fluem entre as instalações” (SIMCHI-LEVI,
KAMINSKY e SIMCHI-LEVI, 2003, p.41).
Para Faria e Costa (2007, p. 19) o momento atual iniciado na década
de 80, caracterizou a logística pela importância dada à integração externa,
entre os diferentes elos que interliga a cadeia de suprimentos, destacando o
desenvolvimento dos sistemas de informação.
Devido às mudanças de tecnologia, de mercado e da concorrência,
que são mudanças internas e externas, o ambiente logístico evolui
constantemente e para desenvolver e focalizar a estratégia das empresas é
necessário utilizar metodologias de planejamento (BOWERSOX, CLOSS e
COOPER, 2006, p. 390).
Conforme Rodrigues (2005, p. 126) com a evolução decorrente das
últimas décadas, a logística se mostra ligada diretamente com a qualidade,
havendo obrigação então, para se obter sucesso nas estratégias logísticas, o
21
planejamento, visando o atendimento contínuo das necessidades dos clientes,
tanto no âmbito da produção de bens como na prestação de serviços.
22
3 LOGÍSTICA EMPRESARIAL
A Logística empresarial tem ganhado espaço nas empresas, está em
fase de expansão e tem sido vista como um diferencial quando bem aplicada.
O tempo da logística empresarial está chegando e uma nova ordem
das coisas está começando (BALLOU, 1993, p. 38).
A logística empresarial trata de todas atividades de movimentação e
armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto e aquisição da
matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de
providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável (Id,
1995, p. 24).
Neste âmbito, Hara (2005, p. 18) afirma que o escopo da logística pode
ser a gestão de materiais e mercadorias em repouso e também em movimento,
apresentando a missão da logística como sendo de dispor a mercadoria ou o
serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas
fornecendo ao mesmo tempo uma maior contribuição de valores às empresas.
Segundo Viana (2002, p. 45) logística é uma operação integrada para
cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma racionalizada, tendo
planejamento, coordenação e execução de todo o processo visando à redução
de custos e o aumento da competitividade.
Para Ching (2001, p. 55) a integração das áreas e processos da
empresa é o conceito básico da logística a fim de se obter melhor desempenho
que seus concorrentes nas áreas de suprimento, produção e distribuição, por
exemplo.
Ballou (1993, p. 38) pondera ainda que a administração, adequada as
23
atividades
chave
da
logística:
transportes,
manutenção
de
estoques,
processamento de pedidos e as várias atividades de apoio adicionais podem
prover o cliente com níveis de serviço desejados. Isto ocorrendo, a logística
empresarial atinge seu objetivo, providenciando bens e serviços corretos, no
lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível.
Para Viana (2002, p. 45) não somente deve ser estimulado o
conhecimento
pleno
dos
processos,
integrando
as
áreas,
mas
o
desenvolvimento de novos modelos sob o ponto de visa logístico, buscando
uma moderna e apropriada administração sempre estudando o impacto que o
que é novo gera.
Salienta ainda, que os processos e modelos logísticos devem
apresentar um sistema que facilite a comunicação e relação entre clientes e
fornecedores (Id., 2002, 45).
Martins e Gasparin (2005, p. 25) citam que é a logística que deve
garantir o atendimento das necessidades do cliente final, bem como criar
necessidades nos clientes potenciais. Quando o cliente quiser o produto,
caberá a logística dispor o produto ao menor tempo possível, com a melhor
qualidade e quando se tratar de um produto idêntico, além de apresentar
disponibilidade e valor agregado deverá ter também menor preço que o
concorrente.
A logística empresarial busca como parte dos objetivos gerais da
companhia alcançar processos da cadeia de suprimentos que venham a
conduzir a empresa para objetivos globais. A meta então, é desenvolver
atividades logísticas que resultem no máximo de retorno possível do
investimento no menor prazo. Essa meta tem duas dimensões segundo Ballou
24
(2006, p. 43): o impacto do projeto do sistema logístico em termos de
contribuição de rendimentos e o custo operacional e as necessidades de capital
desse projeto.
3.1 O importante papel da Logística nas empresas e na economia moderna
Atualmente o ambiente empresarial é acelerado e de constantes
mudanças, em razão de diversos fatores, entre eles, o avanço da tecnologia e
alterações
na
economia,
exigindo
que
as
empresas
se
adaptem
constantemente, colocando a prova o desempenho e procurando sempre
superar uma nova ordem das coisas - nova visão empresarial (CHING, 2001, p.
28).
A logística é importante, pois trata da criação de valor – valor para os
clientes e fornecedores da empresa e valor para todos aqueles que têm nela
interesse direto. O valor da logística é manifestado primariamente em termos de
tempo e lugar (BALLOU, 2006, p. 33).
Novaes (2001, P. 35) afirma que a logística envolve elementos
humanos, materiais, tecnológicos e de informação que implica na redução de
custos e deve agregar valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação a
toda cadeia produtiva.
Ballou (2001, p. 25) apresenta que produtos e serviços não têm
valores, a menos que estejam sob a posse do cliente, quando (tempo) e onde
(lugar) eles desejam consumi-los, ou seja, a grande função da logística é criar
disponibilidade, valor de tempo e lugar.
Segundo Novaes (2001, p. 14), o papel atual da logística na empresa é
criar uma vantagem competitiva, completar o esforço do setor de marketing,
25
garantindo um nível aceitável de serviço.
E neste mesmo sentido, Viana (2002, p. 45) enfatiza que diante das
constantes mudanças no cenário econômico, a logística passa a existir como
ferramenta fundamental a ser utilizada para produzir vantagens que sejam
competitivas. A seguir a figura 1 que representa o papel estratégico de logística
na empresas.
O PAPEL ESTRATÉGICO DA LOGÍSTICA NA EMPRESA
FUNÇÕES REGULADORAS DO CICLO LOGÍSTICO
DISTRIBUIÇÃO
FÍSICA
+
SUPRIMENTOS
COMPOSTO LOGÍSTICO
ADMINISTRAÇÃO
DE COMPRAS
PLANEJAMENTO
DE ESTOQUES
+
MOVIMENTAÇÃO E
ARMAZENAGEM
DE MATERIAIS
TRANSPORTES
Figura 1: Papel Estratégico da Logística na empresa
Fonte: Viana, 2002, p. 45
Dias (1993, p. 13) aponta seis principais razões para o crescente
interesse das empresas brasileiras pela administração logística:
1. rápido crescimento dos custos, particularmente dos relativos aos
serviços de transporte e armazenagem; 2. desenvolvimento de
técnicas matemáticas e do equipamento de computação capazes de
tratar eficientemente a massa dos dados normalmente necessária
para a análise e um programa logístico; 3. complexidade crescente da
administração de matérias e da distribuição física, tornando
necessários sistemas mais complexos; 4. disponibilidade de maior
gama de serviços logísticos; 5. mudanças de mercado e de canais de
distribuição, especialmente para bens de consumo; 6. tendência de os
varejistas e atacadistas transferirem as responsabilidades de
administração dos estoques para os fabricantes.
26
A valorização do setor logístico pelas empresas brasileiras é crescente,
mas há algumas limitações a serem suplantadas, como por exemplo, a divisão
das empresas por departamentos, a concentração de esforços nas funções
financeiras, mapas digitalizados, pseudo-soluções, à informática e ao
tratamento da informação, parcerias entre as empresas, sistemas de custos,
dentre outros (NOVAES, 2001, p. 54-57).
Para situar a logística em um nível mais elevado de importância para
grande parte das empresas alguns fatores de força econômica foram cruciais:
crescente desregularização dos negócios, a proliferação dos acordos de livre
comércio, a crescente concorrência externa, a incrementada globalização das
indústrias e as novas e aperfeiçoadas necessidades de desempenho logístico
rápido preciso (BALLOU, 2006, p. 45).
Dornier et al. (2000, p. 43) destaca que os ambientes de negócios
estão em constante mudança e criam a necessidade de modificações
significativas nos sistemas logísticos, sendo essas mudanças influenciadas pelo
mercado, pela concorrência, pela evolução tecnológica e por regulamentações
governamentais diversas.
Compartilham deste mesmo pensamento Hitt, Ireland e Hoskisson
(2005, p. 50) afirmando que as empresas obtêm as informações que
necessitam através de um entendimento integrado dos ambientes externo e
interno, entender o presente e prever o futuro.
Para Ballou (1993, p. 19) a logística tem importância global na
economia, onde sistemas logísticos eficientes e utilizados criam bases para o
comércio e para a manutenção de um alto padrão de vida para uma nação.
Novaes (2001, p. 349) aponta que as empresas deste tempo de
27
economia globalizada adotam atitudes defensivas ou pró-ativas em relação ao
ambiente externo, pois aprendem a conviver com as incertezas do mercado,
relacionadas ao produto o serviço, sendo decorrentes da evolução tecnológica
ou geradas pelo ambiente econômico-financeiro.
A logística está gerando um ambiente competitivo e só sobreviverá
quem seguir a regra dos outros, integrando os processos e se atualizando
quanto as novas tecnologias (CHING, 2001, p. 28).
Uma boa gestão da cadeia de suprimentos e a consideração da
Logística como fator importante a ser trabalhado nas empresas pode gerar
vendas, e não apenas reduzir gastos, como enfatiza Ballou (2006, p. 36):
As empresas gastam tempo buscando maneiras de diferenciar suas
ofertas de produtos em relação à concorrência. Quando a
administração reconhece que a logística afeta uma significativa
parcela dos custos das empresas e que o resultado as decisões
tomadas quanto aos processos da cadeia de suprimentos proporciona
diferentes níveis de serviços aos clientes, atinge uma condição de
penetrar de maneira eficaz em novos mercados de aumentar sua fatia
do mercado e de aumentar os lucros.
Ballou (2006, p. 45) acredita que o crescimento observado no setor de
serviços e as questões ambientais aliados a tecnologia da informação são
novas oportunidades para o gerenciamento logístico e possibilitarão o suporte à
natureza vital da logística no futuro.
Buscando
uma
conceituação
mais
definida
e
abrangente,
a
administração de materiais está mudando o enfoque tradicional “produza,
estoque, venda” para um atual e moderno conceito que compreende “definição
de mercado, planejamento do produto, apoio logístico” (DIAS, 1993, p. 11).
Para Dias (1993, p. 17) a logística permite reduzir as imperfeições e é
essencial que as empresas entendam o seu papel e a sua importância.
28
3.2 A função da logística na cadeia de suprimentos
É função da logística aprimorar a cadeia de suprimentos, pois, a
logística controla os valores de tempo e de lugar nos produtos e quanto aos
serviços, por meio, sobretudo, dos transportes, dos fluxos de informação e dos
estoques (BALLOU, 2006, p. 38).
Para Faria (2003, p. 2) a função da logística está em gerenciar o fluxo
dos itens, as informações, o dinheiro, as idéias, sendo possível através da
coordenação dos processos da cadeia de suprimentos e também através da
utilidade de lugar, tempo e forma.
Chopra e Meindel (2003, p. 3-4) asseguram que uma cadeia de
suprimentos engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no
atendimento do pedido de um cliente, observando ser o cliente o componente
essencial da cadeia.
Nesta mesma linha, Ballou (2006, p. 28) aponta que a cadeia de
suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e a
transformação de mercadorias desde o estágio da matéria-prima (extração) até
o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação. Para ele, os
materiais e as informações fluem tanto para baixo quanto para cima na cadeia
de suprimentos.
A integração das atividades acima citadas, mediante uma relação
aperfeiçoada na cadeia de suprimentos, objetivando conquistar vantagens
competitiva sustentáveis é função do gerenciamento da cadeia de suprimentos
(Id., 2006, p. 28).
O escopo da cadeia de suprimentos pode ser entendido conforme
sugerido por Hara (2005, p. 20) na Figura 2.
29
Matéria-prima
Lojas
Transporte
Distribuição
Suprimento
Fabricação e Armazenagem
Consumidor
Figura 2: Fluxo logístico em uma típica cadeia de suprimentos
Fonte: Adaptado de Hara, 2005, p. 20
Para Dornier (2000, p. 39) o processo logístico abrange todas as áreas
funcionais, criando importantes interfaces dentro da organização.
Segundo Ballou (2006, p. 29) a cadeia de suprimentos trata-se do
conjunto de atividades funcionais, por exemplo, transporte e controle de
estoques, que se repetirão inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual as
matérias-primas se transformam em produtos acabados, onde será criado valor
ao consumidor.
O sistema logístico é entendido como complexo e para implantar
melhorias na estrutura industrial é preciso dinamizar o sistema logístico que
compreende “o suprimento de materiais e componentes, a movimentação e o
controle de produtos e o apoio ao esforço de vendas dos produtos finais, até a
colocação do produto acabado no consumidor”. (DIAS, 1993, p.11).
Uma cadeia de suprimento vai desde o produto primário, como por
exemplo, a bauxita, até o produto final, uma lata de refrigerante, sendo que o
30
foco do gerenciamento da cadeia de suprimentos é ajustar os membros da
cadeia, agregando valor ao cliente final, com o menor custo para a cadeia de
suprimentos como um todo (HARRISON e HOEK, 2003, p. 27).
As atividades exercidas no gerenciamento de uma cadeia de
suprimentos pode variar de organização para organização conforme referência
de Ballou (2006, p. 29):
As atividades a serem gerenciadas que compõem a logística
empresarial variam de acordo com as empresas, dependendo, entre
outros fatores, da estrutura organizacional, das diferentes
conceituações dos respectivos gerentes sobre o que constitui a cadeia
de suprimentos nesse negócio e da importância das atividades
específicas para as suas operações.
A logística apóia a competitividade da cadeia de suprimento como um
todo, por cinco modos: qualidade, velocidade, tempestividade, flexibilidade e
custo, conforme demonstrado na Tabela 1 (HARRISON e HOEK, 2003, p.38).
31
Tabela 1: Maneiras de Competir por Meio da Logística na Cadeia de Suprimento
É o aspecto mais visível da cadeia de
suprimento;
Ajuda a reduzir custos e eliminar erros;
O compromisso com um produto com zero
defeito deve ser absoluto;
QUALIDADE
Defeitos e entregas atrasadas são sintomas de
problemas de qualidade nos processos na
cadeia de suprimento;
Falhas
influenciam
fidelidade do cliente.
Rapidez;
VELOCIDADE
negativamente
na
Quanto menor o tempo de espera para receber
o produto ou serviço melhor para a empresa e
para o cliente.
Agir na hora certa;
TEMPESTIVIDADE
É importante o cumprimento de promessas
pela empresa para com o cliente;
O não cumprimento de prazos é muito
prejudicial afetando na fidelidade do cliente.
Na rapidez que um produto pode ser lançado;
Na variedade de produtos;
FLEXIBILIDADE
CUSTO
No tempo de lançamento de novos produtos;
No volume de demanda;
Entrega de produtos.
Baixos custos sempre criam vantagens no
mercado.
Fonte: Harrison e Hoek, 2003, p.38-42.
Para Ballou (2006 p. 39), os conceitos de logística e de cadeia de
suprimentos aprendidos e aprimorados no transcorrer dos anos, principalmente
dos últimos, poderão ser utilizados em setores como as indústrias de serviços,
32
forças armadas e também na administração ambiental, além dos setores que já
fazem uso hoje da aplicação e integração que a logística permite na cadeia de
suprimentos como um todo.
3.3 Logística vista como redução de custos às empresas
Para a grande maioria, a logística é vista apenas como um fator de
redução de custos às empresas. Ballou (2006, p. 36) discorda, afirmando que
uma boa gestão logística da cadeia de suprimentos pode não somente reduzir
custos, mas ampliar e gerar vendas.
Segundo Pozo (2004, p.28) a base da vantagem por intermédio da
logística
competitiva,
encontra-se
na
capacidade
da
organização
em
diferenciar-se dos concorrentes perante a visão do cliente e também pela
habilidade em operar a baixo custo – reduzindo-o, gerando a satisfação do
cliente e o aumento de retorno ao negócio.
Christopher (1997, p. 2) afirma que o gerenciamento logístico pode
proporcionar uma fonte de vantagem competitiva, pois, logística é o processo
que permite estrategicamente gerenciar a aquisição, movimentação e
armazenagem de materiais, inclusive, peças e produtos acabados por
interferência de seus canais
de marketing, objetivando maximizar
a
lucratividade presente e futura, por intermédio do atendimento dos pedidos a
baixo custo.
Atualmente a logística apresenta um escopo dinâmico e muito mais
global, atingindo funções pertinentes à gestão de materiais, podendo considerar
a aquisição, manuseio, transporte, distribuição e o controle eficaz dos bens
disponíveis, apresentando como principais objetivos: redução dos custos
33
globais; altos giros de estoques; continuidade do fornecimento; obtenção do
nível de qualidade desejado; rapidez nas entregas; registros de controles e
transmissão de dados instantâneos e confiáveis (RODRIGUES, 2005, p.124125).
Moura (2004, p. 37) afirma que para a grande maioria, logística em
uma definição ampliada é obter os produtos certos, no lugar certo, no momento
certo e ao menor custo. Assegura ainda que uma das principais funções da
logística é explorar alternativas para minimizar os custos e maximizar a
lucratividade da empresa.
No atual cenário, aponta que há um novo relacionamento entre
finanças e logística que transmite um enorme potencial para diminuir custos e
racionalizar a cadeia de suprimentos (Id., 2004, p. 41).
Para Dias (1993, p. 11) os administradores de um modo geral estão
reconhecendo que devem coordenar as áreas de suprimentos, produção,
embalagem, transporte, comercialização e finanças com uma visão de controle
global dessas atividades, como em uma cadeia, pois, assim será possível
apoiar cada etapa da cadeia/ sistema com o máximo de eficiência e o mínimo
de capital investido.
Em tempos remotos, generais e marechais compreenderam o papel
crítico da logística para o sucesso de uma operação e, estranhamente, foi em
um passado bem recente que as organizações empresariais reconheceram o
impacto vital que o gerenciamento logístico pode ter na obtenção de vantagem
competitiva (CHRISTOPHER, 1997, p. 1 e 2).
3.4 Custos logísticos
34
A freqüência com que o sistema logístico necessita ser replanejado
pode ser determinada pelos custos logísticos a que a empresa se mostra em
relação ao suprimento físico e a distribuição física (BALLOU, 2006, p. 56).
Viana (2002, p. 47) demonstra o significado dos custos logísticos
conforme as Figuras 3 e 4:
MOVIMENTAÇÃO
E
ARMAZENAGEM
+
ESTOQUE
+
TRANSPORTE
Figura 3: Composição dos Custos Logísticos
Fonte: Viana, 2002, p. 47
CUSTO INDUSTRIAL BÁSICO
=
70%
CUSTOS LOGÍSTICOS
=
30%
Figura 4: Significância dos Custos Logísticos
Fonte: Viana, 2002, p. 47
A tratativa do custo é o que se espera da logística, a sua mensuração e
seu controle. O objetivo da gestão da cadeia de suprimentos é ser eficiente e
eficaz em relação aos custos no decorrer de todo o sistema. Os custos com
transporte, com a distribuição aos estoques de matérias-primas, de estoque em
processo e de produtos acabados devem ser minimizados (SIMCHI-LEVI,
KAMINSKY E SIMCHI-LEVI, 2003, p. 28).
Ballou (2006, p. 56) compreende que mesmo com os custos logísticos
elevados,
os
menores
aperfeiçoamentos
proporcionados
por
um
replanejamento constante podem representar substanciais reduções de custo.
Para Christopher (1997, p. 10) “a missão do gerenciamento logístico é
planejar e coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis
35
desejáveis dos serviços e a qualidade ao custo mais baixo possível”. E deste
modo caracteriza-se o importante papel do planejamento logístico perante os
seus custos.
Nesta mesma acepção Simchi-Levi, Kaminsky e Simchi-Levi (2003, p.
41) afirmam que por meio da integração da cadeia de suprimentos é que a
empresa pode reduzir custos e aperfeiçoar os níveis de serviço.
Para Rodrigues (2005, p. 135) os parâmetros que sustentam a eficácia
da logística podem ser divididos em dois tipos: quantitativos – custo e tempo e
qualitativo – qualidade. A proposta da logística é apoiar tecnicamente as
decisões da empresa quanto ao equilíbrio entre os custos totais envolvidos, que
conduzem a melhoria da produtividade e ao aumento da lucratividade,
buscando por modo de uma abordagem sistêmica, a redução de custos.
Rodrigues destaca ainda que os parâmetros abordados permitem:
Eficiência dos fluxos de armazenagem, movimentação e distribuição;
competência dos meios de transporte; identificação do ponto de
equilíbrio entre os custos totais envolvidos; confiabilidade e velocidade
das informações; qualidade dos serviços resultantes.
De um modo geral, as empresas apresentam grande variação em seus
custos logísticos e principalmente no sistema administrativo. O resultado de
diversas pesquisas elaboradas nos EUA será apresentado na Tabela 2 como
comparativo dos custos logísticos totais e a sua ampla variação de custo de
indústria para indústria (POZO, 2004, p. 18).
36
Tabela 2 -
Comparação dos custos logísticos totais e seus principais componentes de
diversos setores como porcentagem das receitas.
Indústrias
Armazenagem
Movimentação
Processamento
Distribuição
Total
Alimentícia
14,5
1,5
2,0
16,0
34,0
Bens Duráveis
16,0
2,0
0,5
5,5
24,0
Eletrônica
6,0
1,0
1,5
2,5
11,0
Farmacêutica
4,0
1,0
1,0
2,0
8,0
Metalúrgica
Máquinas e
equipamentos
14,0
3,0
1,5
9,5
28,0
4,5
1,0
0,5
4,5
10,5
Química
6,5
2,5
0,5
11,5
21,0
Papel
6,0
2,0
0,5
10,5
19,0
Têxtil
8,0
1,5
1,5
5,5
16,5
Fonte: Pozo, 2004, p.18.
Para Simchi-Levi, Kaminsky e Simchi-Levi (2003, p. 29) é somente
através da integração da cadeia de suprimentos que as empresas podem
reduzir os custos e aperfeiçoar os níveis de serviço.
3.4.1 Conceituação de custos
Para Alvarenga e Novaes (2000, p. 3) o custo é composto pela soma
dos insumos, que pode ser considerado: mão-de-obra, energia, materiais
diversos, equipamentos, instalações físicas, etc. que são necessários para
realizar um serviço ou uma operação, sendo avaliados monetariamente.
Afirmam ainda que dependendo do modo como é calculado e a sua
composição, será possível definir diversos tipos de custos, que são importantes
para a solução de problemas logísticos.
Segundo Sink e Tuttle (1993, p. 67) nas estratégias competitivas de
uma empresa, os custos são elementos essenciais a serem considerados.
Há diversos tipos de custos, sendo a medida de custo de difícil
mensuração se comparada à medida de tempo, pois a combinação dos
diferentes tipos de custos pode apresentar problemas complexos (TAYLOR,
37
2005, p. 177).
A contabilidade de custos pode ser definida como um conjunto de
registros específicos, baseados em escrituração regular (contábil) e apoiada por
elementos de suporte (planilhas, rateios, cálculos, controles) utilizados para
identificar, mensurar e informar os custos das vendas de produtos, mercadorias
e serviços (MAPH, 2009).
Faria e Costa (2007, p. 69) conceitua custos e exemplifica:
Custos são gastos relacionados aos sacrifícios dos recursos ocorridos
no processe produtivo. Poderíamos considerar como custo a
depreciação das empilhadeiras (ativos logísticos) assim com a mãode-obra do pessoal envolvido na função de armazenagem da matériaprima.
3.4.2 Custos diretos
Para Maph (2009), os custos diretos formam todos aqueles elementos
de custo individuais relacionados ao produto ou serviço e que se identificam
imediatamente com a produção dos mesmos, mantendo uma correlação
proporcional. Os custos diretos são então, aqueles diretamente incluídos no
cálculo dos produtos.
Os custos diretos são os custos atribuídos diretamente à fabricação de
produtos acabados. Os custos diretos incluem custo de matérias-primas
juntamente com o custo dos processos necessários para a aquisição desses
materiais, a transformação dos mesmos em produtos acabados e a entrega aos
clientes. Poucos sistemas contábeis oferecem as informações necessárias para
se medir o custo direto, o que torna difícil a medição desses custos com
precisão. Será demonstrado na figura 5 o custo direto (TAYLOR, 2005, p. 177 e
38
178).
Compra
Armazenagem
Armazenagem
+$
+$
Entrega
+$
+$
Produtos no
momento da
entrega
Custo de
matériasprimas
+$
Recebimento
+$
Produção
+$
Embalagem
Figura 5: Custos diretos.
Fonte: Taylor, 2005, p. 178
Alvarenga e Novaes (2000, p. 4) exemplificam como custo direto os
motoristas de veículos de distribuição, o combustível gasto, o custo do capital
dos caminhões, dentre outros como itens alocáveis diretamente à produção do
setor logístico.
3.4.3 Custos Indiretos
Os custos indiretos são os que não podem ser atribuídos a uma
atividade específica e/ou serviço e nem a um produto, pois estão ligados ao
gerenciamento geral da empresa. Entende-se que os custos indiretos são mais
fáceis de medir, visto que correspondem às grandes categorias do sistema
contábil conforme demonstrado na figura 6 (TAYLOR, 2005, p. 178).
39
Custo de
matériasprimas
Produtos no
momento da
entrega
Equipamentos
Instalações
Áreas
Empilhadeira
Ajustador
Caminhão
Armazém
Fábrica
CD
Engenharia
Contabilidade
Marketing
Figura 6: Custos indiretos.
Fonte: Taylor, 2005, p. 178
Para Taylor (2005, p. 178), os custos de compra e manutenção de
equipamentos utilizados na fabricação dos produtos, os custos de construção e
operação de instalações onde ficam alocados esses equipamentos e os custos
com o gerenciamento de todos os setores de suporte fundamentais em uma
empresa de manufatura são considerados custos indiretos. Custos esses,
difíceis de compor no valor do produto acabado.
Conforme explicam Alvarenga e Novaes (2000, p. 4), as áreas de
contabilidade, de vendas, de recursos humanos estão relacionadas na
organização como um todo, sendo, portanto, custos englobados em custos
indiretos.
Os custos indiretos são custos que não podem ser atribuídos (ou
identificado) diretamente a um produto, linha de produto, serviço, centro de
custo, área ou departamento. É preciso taxas / critérios de rateio ou parâmetros
para atribuição ao objeto custeado. E há outros tipos de custos considerados
indiretos: os custos que dizem respeito à existência do setor fabril ou de
prestação
de
serviços,
como
depreciação,
seguros,
manutenção
de
40
equipamentos, etc. (MAPH, 2009).
Neste mesmo âmbito, Faria e Costa (2007, p.71) afirmam que os
custos diretos são os que não se podem apropriar diretamente a um objeto no
momento da ocorrência, por não ter relação direta.
41
4 EMPILHADEIRAS PARA MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
4.1 Definição sobre empilhadeiras
As definições que serão apresentadas se complementam.
Empilhadeiras são veículos autopropelidos (com propulsão própria),
com pelo menos três rodas, que elevam, transportam e posicionam cargas
unitizadas (MOURA, 2004, p. 31).
Conforme Dias (1993, p. 228), uma empilhadeira é um carro de
elevação por garfos, motorizado e que pode operar a média distância.
Empilhadeira é um veículo autopropulsor com três rodas, projetado
para levantar, transportar e posicionar materiais (SEGURANÇA E TRABALHO,
2009).
Francischini e Gurgel (2004, p. 227) consideram que a empilhadeira e
a paleteira permitem uma programação aleatória quanto ao roteiro e deve ser
utilizada em distância curtas e freqüentes. Sendo em ambiente fabril interno é
indicado o uso de empilhadeira elétrica e no caso de ambiente externo,
equipamentos movidos a GLP - Gás Liquefeito do Petróleo ou diesel. Afirmam
ainda que se o acionamento desejado é manual, seria então, uma paleteira e
quando se tratar de acionamento motorizado trata-se de empilhadeiras.
Porém, existem paleteiras hidráulicas que são manuais e também
paleteiras elétricas (RETRAK, 2009).
4.1.1 Características e aplicações dos modelos de Empilhadeiras
42
Diversos são os tipos e modelos de empilhadeiras existentes. Devido a
isso, há diversidade e pontos de vista diferentes entre autores quanto a
classificação. Será abordada neste capítulo a classificação mais abrangente.
Para Tigerlog (2009) há diversos tipos de empilhadeiras, tendo
características e aplicações distintas. Dispõe as empilhadeiras em cinco
grandes classes. As classes são I, II, III, IV, V e serão definidas a seguir.
A classe I corresponde às empilhadeiras elétricas contrabalançadas ou
de contrapeso com operador sentado a bordo. São indicadas para aplicações
para alta capacidade de carga e baixa altura de elevação até 5 metros e
operações internas com piso de concreto em boas condições.
Na Classe II, estão as máquinas retráteis ou pantográficas utilizadas
em armazenagens verticais em alturas elevadas até 13 metros. Neste caso, a
maximização vertical é excelente. Há aplicações em câmaras frigoríficas com
temperaturas negativas até -40ºC. Dentro desta classe, está a empilhadeira
trilateral que atinge alturas de armazenagens até 15 metros.
Na Classe III, estão as empilhadeiras elétricas para transporte
horizontal, geralmente com alturas de elevações baixas até cinco metros. Uma
de suas aplicações está no armazenamento de tubos de PVC que atingem até
cinco metros de comprimento. Neste grupo também estão as paleteiras
elétricas, amplamente utilizadas em operações onde as distâncias horizontais
são maiores. Devido ao valor de aquisição relativamente barato são utilizadas
onde a velocidade de translação e a economia são aplicáveis. Quando
dispostas com torre de elevação, atendem operações de armazenagem vertical
baixas até de seis metros e o espaço para movimentação horizontal é reduzido.
Ainda sobre as paleteiras com torre são utilizadas em corredores reduzidos
43
onde a velocidade de movimentação é baixa.
Também são utilizadas em
câmaras frigoríficas com temperaturas negativas -40ºC.
Na Classe IV, estão as empilhadeiras com motor a combustão ou
explosão com pneus cushion, maciços ou superelásticos. Geralmente, são
empilhadeiras que não são fabricadas no Brasil, entretanto, são amplamente
utilizadas devido ao valor de compra ser atrativo. Nos Estados Unidos e na
Europa há leis restringindo a utilização somente em áreas externas devido ISO
14000 e ISO 14001. A proibição da utilização interna é atribuída por fatores de
saúde para que os usuários não sejam intoxicados pelo monóxido de carbono
(CO²) devido a queima do combustível (gasolina, diesel ou GLP).
Classe V, similar à classe IV com a diferença do tipo de pneu que é
pneumático ou com ar comprimido com pressão de 5 a 12 BAR.
Na figura 7 estão demonstrados três tipos de empilhadeiras elétricas:
empilhadeira
patolada,
empilhadeira
retrátil
e
empilhadeira
frontal
de
contrapeso:
TIPOS DE EMPILHADEIRAS ELÉTRICAS
Patolada
Retrátil
Frontal
Figura 7: Tipos de empilhadeiras elétricas
Fonte: Adaptado de Retrak, 2009.
A figura 8 trata-se de um modelo de empilhadeira tipo à combustão GLP:
44
GLP
Figura 8: Modelo de empilhadeiras à combustão / GLP
Fonte: Adaptado de Retrak, 2009.
Francischini e Gurgel (2004, p. 228) apresentam as características de
uma empilhadeira de modo bem abrangente conforme figura 9 a seguir:
Roteiro
Frequência Distância
Aleatório Intermitente
Curta
Ambiente
Interno
Externo
Direção
Horizontal e
vertical
Acionamento
Elétrico ou GLP
Gasolina ou diesel
Figura 9: Empilhadeira.
Fonte: Francischini e Gurgel, 2004, p. 228
As diversas características que devem ter uma empilhadeira quanto às
exigências do material a ser transportado e armazenado faz com que haja
inúmeros os modelos de empilhadeiras (DIAS, 1993, p. 226).
Moura (2004, p. 31) apresenta os modelos de empilhadeiras quanto a
característica - acionamento - do seguinte modo: manual, elétrico, GLP,
gasolina e diesel, que são todos os existentes atualmente. O modelo manual é
utilizado para movimentação e transporte onde a capacidade exigida, a
velocidade e o raio de ação sejam pequenos, inclusive exige um piso regular
para operar. As empilhadeiras elétricas são compactas, parte do contrapeso é a
própria bateria. De modo geral é boa para manobra, tem um menor custo de
manutenção em comparação a outros modelos equivalentes. Deve ser utilizada
onde o piso seja regular e onde seja necessário evitar ruído, poluição e
45
aquecimento sendo comumente usada em ambientes fechados. Já o modelo
GLP tem uma gama de capacidade e aplicações bem amplas. O modelo à
gasolina tem aplicação diversa, boa capacidade e opera em condições
díspares. Já o modelo à diesel é utilizado em operações mais rústicas e com
maior carga. São utilizadas normalmente em ambiente externo devido ao
elevado nível de ruído.
Moura (2004, p. 32) descreve empilhadeiras quanto ao uso e
aplicação:
As empilhadeiras são indicadas para movimentação em fluxo
intermitente, de materiais diversos e em percursos variáveis. As
empilhadeiras podem ser utilizadas nas mais variadas situações: em
linhas de produção (alimentação de máquinas, movimentação de
peças em processo, produtos acabados ou matéria-prima) e na
armazenagem (carga e descarga, colocação em estoque, separação
de itens para expedição). Assim, podem ser utilizadas para
movimentação de paletes, bobinas, fardos, sacarias, tubos ou toras,
tambores, peças volumosas, materiais quentes ou corrosivos,
caçambas, contentores, containeres, etc. Suas condições de uso
também variam: armazéns cobertos e de grande altura, pátios de
estocagem, portos, minas a céu aberto, serrarias, siderúrgicas, etc.
Permitem elevadas alturas de estocagem, sendo utilizadas em
percursos variáveis, com distância geralmente curta e média.
4.1.2 Vantagens e limitações dos tipos de empilhadeiras
Serão pontuados alguns tipos de empilhadeiras quanto a vantagens e
limitações.
As empilhadeiras elétricas patoladas são mais compactas, permitem
operar em corredores estreitos, são mais leves que as empilhadeiras de
contrapeso e também mais econômicas. Por outro lado apresenta limitações,
pois, operam apenas em percurso de pequena distância e não são ideais para
pisos rústicos. A operação, de um modo geral é lenta e a capacidade de carga
é limitada até duas toneladas (Moura, 2004, p. 34).
46
Já as empilhadeiras retráteis são compactas e estáveis, permitindo
operar em corredores estreitos, com menor tara e carga de centro mais
distantes, permite elevações de até 10 metros de altura, tem maior capacidade
em relação as empilhadeiras de patola e devido o movimento poder ser
realizado à frente, o posicionamento da carga é facilitado, reduzindo o consumo
de tempo e energia. A agravante é que o valor é mais alto em relação às
empilhadeiras de contrapeso (Moura, 2000, p. 38).
Porém, conforme Retrak (2009), o fabricante de empilhadeiras Still –
Empilhadeiras Sul Americanas SA, apresenta nas características técnicas
referente a empilhadeira elétrica retrátil que a elevação desse modelo de
equipamentos vai até 11.525 milímetros de altura confrontando a afirmação
acima.
As empilhadeiras frontais de contrapeso podem ser elétricas, a GLP,
gasolina ou a diesel, tendo modelos de três ou quatro rodas. O ponto forte é a
versatilidade, pois podem operar em pisos e ambientes diversos, permitindo
também cargas pesadas e volumosas. Especialmente as de combustão interna
podem operar em percursos mais longos, com cargas mais pesadas e com
pisos irregulares, inclusive em ambientes com rampas. Porém, exigem
corredores mais largos para manobras, paletização das pequenas cargas e a
altura de empilhamento é limitada (MOURA, 2004, p. 35).
Para todos os tipos de empilhadeiras conforme ocorrer a elevação, a
capacidade de carga diminui.
4.2. Considerações para seleção de empilhadeiras para uma operação ou
uso
47
Independente do tipo de empilhadeira, Dias (1993, p. 230) afirma que é
preciso conhecer bem o local e as condições de operação, antes de realizar a
aquisição do equipamento. Aponta que os modelos elétricos custam mais que
os movidos por derivados do petróleo, porém, para a composição de custos
devem ser ponderados outros fatores. Apresenta ainda nove importantes
pontos a serem observados para a seleção de equipamentos de movimentação
e armazenagem: tipo de carga a ser movimentada, o peso da carga a ser
movimentada, dimensões da carga a ser movimentada, ciclo de movimentação
e cargas, tipo de terreno / área a ser percorrido, se o percurso tem rampas,
passagens, arcos, pontes, vigas, largura dos corredores, a altura a ser utilizada
para a estocagem e as características ambientais do local.
A escolha dos equipamentos de movimentação deve estar ligada ao
plano geral de administração do fluxo de materiais e produtos, buscando
atender a necessidade geral da empresa e não somente a uma solicitação
isolada de uma área (Francischini e Gurgel, 2004, p. 226).
A área de movimentação influi no espaço total de um armazém,
depósito ou galpão. Os carrinhos rebocados por tratores e empilhadeiras
influenciam o dimensionamento de corredores e passagens, afetando o tráfego
geral como um todo. Deve ser considerada não só a área plana, como também
a vertical para analisar e realizar a seleção de equipamentos de movimentação
(DIAS, 1993, p. 205).
Francischini e Gurgel (2004, p. 226) apresentam considerações
preliminares a serem observadas para a aquisição de equipamentos, são elas:
o piso - sua conservação e capacidade, os vãos – dimensão de portas e
corredores, o pé-direito do local – ficando atento as vigas transversais que
48
limitam a utilização vertical, externo – quanto ao ambiente, adequação – por
exemplo se no local pode ser utilizada empilhadeira a combustão, que emite
gases, acidentes – atender as normas de segurança e energia – os tipos de
energia disponível e a capacidade de suprimento.
Conforme Dias (1993, p. 229) deve ser considerada ainda as situações
de arejamento crítico, a sensibilidade do material estocado quanto a gases e
neste caso, é necessário utilizar empilhadeiras elétricas.
Diversos fatores são necessários para dimensionar os equipamentos
para uma operação. Dentre eles estão: a fonte de energia, espaço entre
corredores e colunas, resistência do piso, medidas de portas, a trajetória a ser
percorrida, velocidade do equipamento, volume de expedição e recebimento
(Id., 1993, p. 206 e 207).
Para Francischini e Gurgel (2004, p. 234) há mais alguns aspectos a
serem considerados para a compra de equipamentos: o investimento, preço do
equipamento, o custo da operação a ser realizada, o tempo gasto na operação,
a praticidade do equipamento, sua adequação, o tempo de vida útil e a
facilidade na manutenção.
49
5 FLUXOS DE CAIXA E TÉCNICAS DE TOMADAS DE DECISÃO
Logística sugere integração e ligação entre todas as partes do
processo, seja ele produtivo ou não. Ao analisar a viabilidade da compra de um
equipamento, que se constitui em um investimento, é preciso além de avaliar se
o equipamento atende a necessidade, mensurar diante de outros projetos a
prioridade de aquisição e inclusive verificar o retorno que este bem pode
proporcionar à empresa. Serão estudados neste capítulo os fluxos de caixa que
darão suporte a uma análise econômica do projeto em questão.
5.1 Fluxos de caixa e depreciação
Segundo Gitman (2004, p. 86) os fluxos de caixa de uma empresa
podem ser divididos em três: fluxos operacionais, fluxos de investimento e
fluxos de financiamento:
Os fluxos operacionais são entradas e saídas diretamente associadas
à venda e à produção de bens e serviços da empresa. Os fluxos de
investimento são aqueles associados à compra e à venda de ativos
imobilizados e a participações em outras empresas. É claro que as
transações que as transações de compra resultam em saídas de
caixa, ao passo que as transações de venda geram entradas de caixa.
Os fluxos de financiamento resultam de operações de captação de
recursos de terceiros e capital próprio.
As entradas operacionais serão os recebimentos incrementais após o
imposto de renda, estimados com a realização do projeto. (Id., 2004, p. 324).
Compara ainda o fluxo de caixa ao sangue da empresa, dada a sua
importância. Indica também que o fluxo de caixa deve ser preocupação do
administrador financeiro. Apresenta a depreciação como fator determinante do
50
fluxo de caixa. A depreciação dos ativos das empresas é regulada pela
legislação do imposto de renda para fins fiscais. As empresas podem utilizar
este lançamento sistematicamente parte dos custos de aquisição de ativos
permanentes. O prazo em que um ativo é depreciado (vida útil) pode afetar as
séries de fluxo de caixa (GITMAN 2004, p. 84).
A SEFA (2009) apresenta em que consiste a depreciação e como deve
ser fixada a taxa anual de depreciação:
A depreciação de bens do ativo imobilizado corresponde à diminuição
do valor dos elementos ali classificáveis, resultantes do desgaste pelo
uso, ação da natureza ou obsolescência normal. Regra geral, a taxa de
depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa esperar
a utilização econômica do bem, pelo contribuinte, na produção dos seus
rendimentos.
Expansão, substituição e renovação estão entre os principais motivos
para gasto de capital. O processo utilizado para avaliar e selecionar gastos de
capital compatíveis que visem aumentar a riqueza do proprietário da empresa é
dado pelo orçamento de capital (GITMAN, 2004, p. 305 e 323).
Os fluxos de caixa incrementais representam os fluxos de caixa
adicionais, que são as saídas e entradas que pode se esperar de um gasto de
capital proposto. O fluxo de caixa incremental serve para avaliar alternativas e
gasto e capital. O termo incremental pode ser entendido como relevante. O
cálculo das entradas incrementais é a última etapa das entradas operacionais
de caixa para um projeto proposto (Id., 2004, p. 308 e 319).
Na tabela 3, Gitman (2004, p. 311) apresenta o modelo básico para a
determinação do investimento inicial. O custo com um novo ativo se caracteriza
em desembolso líquido exigido para a sua aquisição e se houver necessidade
de custos adicional para instalação deste, este custo deverá ser somado ao
valor do novo ativo.
51
Segundo Gitman (2004, p. 312), o imposto incidente sobre a venda de
um antigo ativo dependerá da relação entre o preço de venda, o preço inicial de
compra e o valor contábil. O valor contábil de um ativo dá-se pelo custo
instalado do ativo menos a depreciação acumulada, ou seja, a seguinte
equação: valor contábil = custo instalado do ativo – depreciação acumulada.
5.2 Técnicas de tomada de decisão
Os planos financeiros de longo prazo são tidos como planos
estratégicos e estipulam medidas financeiras de planejamento da empresa e o
impacto dessas medidas por períodos de dois a dez anos. Esses planos
representam um componente fundamental de uma estratégia integrada que
juntamente com os planos de produção e marketing direcionam a empresa em
relação às metas estratégicas adotadas (GITMAN, 2004, p. 93).
Depois de estimados os fluxos de caixa relevantes, devem ser
aplicadas técnicas apropriadas de decisão para decidir se o projeto produz
valor para os acionistas. As técnicas mais utilizadas são o valor presente líquido
52
(VLP) e a taxa interna de retorno (TIR), que empregam o custo de capital como
retorno exigido para ressarcir os proprietários pela realização do projeto /
investimento. As aplicações do VLP e da TIR são consideradas boas
estimativas de fluxo de caixa para tomadas de decisão, permitindo ao
administrador financeiro recomendar projetos compatíveis com a meta de criar
valor para o acionista (Id. 2004, p. 352)
5.2.1 Valor Presente Líquido (VLP)
O valor presente líquido (VLP) considera de forma explicita o valor do
dinheiro no tempo. É apreciada como uma técnica sofisticada de orçamento de
capital e utiliza em seus cálculos, os fluxos de caixa da empresa à uma taxa
estipulada, que pode ser chamada de taxa de desconto, retorno exigido, custo
de capital ou custo de oportunidade. Independente da denominação essa taxa
representa o retorno mínimo a ser obtido no projeto pra que o valor da empresa
permaneça inalterado.
Ao ser utilizado o VLP em tomadas de decisões, o projeto deverá ser
aceito quando o VLP for maior que $ 0 e rejeitado quando for menor que $ 0.
Sendo o VLP maior que $ 0, a empresa terá um retorno maior que o seu custo
de capital (GITMAN, 2004, p. 342 e 352).
5.2.2 Taxa interna de retorno (TIR)
A TIR também considera o valor do dinheiro no tempo. O cálculo
53
manual é de difícil obtenção e bem mais difícil que o VLP (Gitman, 2004, p. 344
e 345):
Felizmente, muitas calculadoras financeiras possuem uma função IRR
programada que pode ser usada para simplificar o cálculo da TIR.
Com essas calculadora, basta digitar todos os fluxos de caixa como
se estivesse sendo calculado o VLP e apertar a tecla IRR para
encontrar a taxa interna de retorno.
Para tomadas de decisão, sendo a TIR maior que o custo de capital, o
projeto é viável e a TIR sendo menor que o custo de capital, o projeto é inviável,
devendo ser rejeitado. Esses critérios assegurarão a empresa impetrar o
retorno exigido, que aumenta o valor de mercado e, conseqüentemente o
patrimônio dos proprietários (GITMAN, 2004, p. 344).
54
6 ESTUDO DE CASO
Neste capítulo serão apresentados dados de uma operação logística,
denominada X em um centro de distribuição da empresa LOG. Com estes
dados serão dimensionados os modelos e as quantidades de empilhadeiras de
movimentação e armazenagem necessárias e será feita a escolha do fabricante
desses equipamentos, realizando uma apresentação de custos para aquisição
das empilhadeiras, bem como para a locação. Com todo esse material será
então, realizada uma análise de custos entre aquisição e/ ou locação de
empilhadeiras como redução logística nesta operação. Será feita uma análise
de investimento para o período de cinco anos.
6.1 Dados para apresentação de empilhadeiras na operação X da empresa
LOG
A operação denominada X da empresa LOG funciona em dois turnos
de oito horas cada de segunda a sexta-feira.
A área total de armazenagem é de 5.300 m² em chão de concreto
armado liso, tendo como área de expedição 1.150 m². e área de recebimento
de 1.500 m².
As estruturas de armazenagem vão até nível quatro, um mais três (1 +
3), sendo a primeira longarina de dois metros e meio, a segunda longarina de
cinco metros e a terceira longarina de sete metros e meio. A largura operacional
das ruas / corredores é de dois metros e oitenta centímetros.
São quatro docas para expedição e quatro docas para recebimento,
55
onde toda a carga / material é transportado e armazenado paletizado em palete
tipo PBR.
Tem entrada média de 1200 m³ de carga por dia, sendo o recebimento
de dez carretas equivalendo a aproximadamente 300 paletes diariamente.
A saída média é também de 1200 m³ de carga diária, sendo a
expedição de 10 carretas de carga consistindo em aproximadamente 300
paletes por dia.
6.1.1 Apresentação das quantidades e modelos necessários à operação X
Com os dados da operação foi possível definir as quantidades e
modelos de empilhadeiras necessárias para funcionamento adequado da
operação X da empresa LOG.
Serão necessários dois tipos de empilhadeiras para esta operação,
sendo, duas empilhadeiras elétricas retráteis e duas paleteiras elétricas. Os
modelos que foram escolhidos são respectivamente FMX e ERX do fabricante
STILL – Empilhadeiras Sul Americanas.
Como se trata de dois turnos de operação serão necessárias duas
baterias tracionárias para cada modelo (empilhadeira e paleteira) e um
carregador de baterias para cada uma também.
6.2 Custos com empilhadeiras
Serão apresentados a seguir valores para aquisição dos equipamentos
novos dimensionados e também para a locação dos mesmos modelos desses
equipamentos.
56
6.2.1 Custo para aquisição de empilhadeiras
No quadro 1 estão apresentados os valores unitários para aquisição
dos dois modelos de empilhadeiras novas e seus periféricos, sendo baterias e
carregadores, onde a entrega técnica está inclusa.
Tipo
Modelo /
Fabric.
Equipamento
Carregador
Duas
Baterias
Aquisição
Empilhadeira
retrátil elétrica
FMX / Still
R$
94.118,00
R$
4.450,00
R$
29.000,00
R$
127.568,00
Paleteira elétrica
ERX / Still
R$
28.240,00
R$
3.400,00
R$
15.280,00
R$
46.920,00
Total =>
R$
174.488,00
Quadro 1: Valores Unitários para aquisição das empilhadeiras, paleteiras e periféricos.
Fonte: Da autora com base em cotação realizada em empresa do ramo
Já no quadro 2 os valores para aquisição dos dois equipamentos
(empilhadeiras e paleteiras) dimensionados necessários à operação e os
periféricos, onde também está incluída a entrega técnica.
Tipo
Modelo /
Fabric.
2
2
Equipamentos Carregadores
Empilhadeira
retrátil elétrica
FMX / Still
R$
188.236,00
Paleteira elétrica
ERX / Still
R$
56.480,00
4 Baterias
Aquisição
R$
8.900,00
R$
58.000,00
R$
255.136,00
R$
6.800,00
R$
30.560,00
R$
93.840,00
Total => R$
348.976,00
Quadro 2: Valores para aquisição de todos os equipamentos dimensionados e periféricos.
Fonte: Da autora com base em cotação realizada em empresa do ramo
6.2.2 Custo para locação de empilhadeiras
No quadro 3 constam os valores para locação de empilhadeiras novas,
onde o período mínimo para o aluguel é de doze meses, incluindo entrega
técnica, manutenção preventiva e programada e também manutenções
57
corretivas, salvo má utilização dos equipamentos. Neste quadro serão
apresentados valores unitários de locação mensal.
Tipo
Modelo /
Fabric.
Equipamento
Carregador
Duas
Baterias
Empilhadeira
retrátil elétrica
FMX / Still
R$
5.610,00
incluso
inclusas
R$
5.610,00
Paleteira elétrica
ERX / Still
R$
2.400,00
incluso
inclusas
R$
2.400,00
Total =>
R$
8.010,00
Locação
Quadro 3: Valores unitários mensais para locação dos equipamentos dimensionados e
periféricos.
Fonte: Da autora com base em cotação realizada em empresa do ramo
No quadro 4 consta a locação mensal de dois equipamentos de cada
conforme mensurado à operação.
Tipo
Modelo /
Fabric.
Equipamento
Carregador
Duas
Baterias
Empilhadeira
retrátil elétrica
FMX / Still
R$
11.220,00
incluso
inclusas
R$
11.220,00
Paleteira elétrica
ERX / Still
R$
4.800,00
incluso
inclusas
R$
4.800,00
Locação
Total => R$
16.020,00
Quadro 4: Valores totais mensais para locação de todos os equipamentos dimensionados e
periféricos.
Fonte: Da autora com base em cotação realizada em empresa do ramo
Sendo assim, para um período de doze meses o valor total para
locação de todos os equipamentos necessários à operação será R$
192.240,00.
6.3 Vantagens com locação de empilhadeiras
São inúmeras as vantagens para locação de empilhadeiras que serão
todas apresentadas antes da análise financeira que será elaborada com base
nos custos por um período de cinco anos. Somente após a análise de custos
58
será possível afirmar se todas estas vantagens se sobressaem em relação à
aquisição dos equipamentos.
Com a locação de equipamentos, que é uma terceirização, o cliente se
dedica ao seu próprio negócio, tem a mensuração exata dos custos com os
equipamentos ao longo do tempo, tem a garantia de disponibilidade do
equipamento que deve ser acordada em contrato de locação, exigência do
cumprimento de normas de segurança e legislação, versatilidade para substituir
o equipamento caso haja variação na operação necessitando de um modelo
diferente. Inclusive, por serem despesas operacionais os custos com locação
de empilhadeiras é dedutível do IR. Também há flexibilidade de quantidade e
modelos de equipamentos de acordo com a demanda da operação.
Além disso, podemos destacar um importante fator, com a locação de
equipamentos, não há necessidade de comprar peças, aguardar importação e
adquirir serviço de manutenção especializado. A empresa pode acordar em
contrato que se houver quebra e parada de equipamento, por exemplo,
havendo mais de 72 horas para conclusão da manutenção e disponibilidade do
equipamento que este seja substituído sem ônus.
6.4 Análise de custos entre aquisição ou locação de empilhadeiras por um
período de cinco anos
Para realizar a análise econômica do projeto serão utilizadas as
informações recebidas da empresa relativa ao Estudo de Caso. As informações
serão trabalhadas em forma de fluxo de caixa.
Serão desenvolvidos três tipos de fluxo de caixa existentes com base
nas informações colhidas na empresa LOG referente à operação X.
59
Os fluxos de caixa utilizados são: fluxo de caixa inicial, também
conhecido como investimento inicial, que é o total de dinheiro requeridos para a
compra dos equipamentos e periféricos, os fluxos de caixa em cada um dos
cinco anos de análise do projeto e o fluxo de caixa residual, que é a estimativa
do fluxo de caixa ao final do quinto ano.
6.4.1 Estimativa do fluxo de caixa inicial
O quadro 2 já apresentado demonstra o valor total do investimento
necessário para adquirir todos os equipamentos necessários à operação.
Sendo R$ 188.236,00 com as empilhadeiras, R$ 56.480,00 com as paleteiras,
R$ 15.700,00 com os carregadores de bateia e R$ 88.560,00 com as baterias
elétricas, totalizando R$ 348.976,00.
6.4.2 Estimativa dos fluxos de caixa operacionais incrementais
Para calcular o fluxo de caixa operacional incremental é preciso
calcular a depreciação dos equipamentos, a despesa com manutenção desses
equipamentos no período estipulado referente a avaliação e também a
economia com a locação que deixará de ser realizada caso a compra seja
efetuada.
Caso a opção seja a compra, as locações dos equipamentos e
periféricos se constituirão em não desembolso de caixa, portanto, serão
considerados como entradas de caixa, no valor de R$ 192.240,00 anualmente.
6.4.2.1 Depreciação dos Equipamentos do Projeto
60
A despesa de depreciação não se constitui uma saída de caixa, mas é
uma despesa dedutível do imposto de renda e, portanto, será considerada para
reduzir o pagamento do imposto de renda, e após o cálculo do imposto será
adicionado o lucro para chegar às estimativas dos fluxos de caixa operacionais
anuais.
O código NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) da empilhadeira é
8427, do carregador de baterias é 8504 e da bateria tracionária, que é de
fabricação nacional é o 8507 (SEFA, 2009). Com a identificação do código
NCM de todos os equipamentos é possível afirmar em quantos anos o
equipamento se deprecia.
A depreciação da empilhadeira e da paleteira se dá em dez anos, o
carregador de baterias em dez anos também e as baterias elétricas tracionárias
em cinco anos (DASSI, 2009). Inclusive após cinco anos de uso a bateria deve
ser descartada, pois, torna-se sucata.
Abaixo, no Quadro 5, o cálculo de depreciação de todos os
equipamentos:
Equipamento
Valor Total de Aquisição
Depreciação em anos
Despesa Anual
Empilhadeiras
R$ 188.236,00
10
R$
18.823,60
Paleteiras
R$ 56.480,00
10
R$
5.648,00
Carregadores
R$ 15.700,00
10
R$
1.570,00
Baterias
R$ 88.560,00
5
R$
17.712,00
Quadro 5: Depreciação de todos os equipamentos dimensionados e periféricos.
Fonte: Da autora
No quadro 6 o demonstrativo do resumo da depreciação em cinco
61
anos.
Período em
anos
Empilhadeiras
e paleteiras
Carregadores
1º
2º
3º
4º
5º
24.471,60 24.471,60 24.471,60 24.471,60 24.471,60
1.570,00
1.570,00
1.570,00
1.570,00
Acumulada
122.358,00
1.570,00
7.850,00
Baterias
17.712,00 17.712,00 17.712,00 17.712,00 17.712,00
88.560,00
Total
43.753,60 43.753,60 43.753,60 43.753,60 43.753,60
218.76,00
Quadro 6: Resumo da depreciação.
Fonte: Da autora
6.4.2.2 Despesa com manutenção
O custo estimado com manutenção e peças para equipamentos novos
é de 0,5% ao mês sobre o valor de aquisição da empilhadeira no primeiro ano
de uso. No segundo e terceiro ano de uso pode ser considerado 1% ao mês
sobre o valor da empilhadeira e no quarto e quinto ano de uso 2% referente ao
valor total da empilhadeira.
Como custo com manutenção dos carregadores e baterias é mínimo,
pode ser considerado incluso no valor de manutenção das empilhadeiras.
Com estas informações é possível calcular as despesas de
manutenção dos equipamentos a serem comprados.
No quadro 7 estão apresentados os valores de despesa de
manutenção do primeiro ao quinto ano após a aquisição dos equipamentos.
1º Ano
2º Ano
3º Ano
4º Ano
5º Ano
R$ 18.280,00
R$ 36.560,00
R$ 36.560,00
R$ 76.120,00
R$ 76.120,00
Despesa anual
manutenção
Quadro 7: Despesa de manutenção estimada em cinco anos.
Fonte: Da autora
62
6.4.2.3 Locação de todos os equipamentos
Sabe-se que a alíquota do imposto de renda e contribuição social para
a operação X da empresa LOG é de 24 %.
Com este dado é possível saber o valor do abatimento do imposto de
renda relativo à locação dos equipamentos, já que esta é uma despesa
operacional e as despesas operacionais são dedutíveis do imposto de renda.
O valor total anual para aluguel dos equipamentos é de R$ 192.240,00.
Este valor menos 24% de imposto de renda equivale a R$ 146.102,40, e será o
efetivo custo com a locação.
No quadro 8 está representado o abatimento do imposto de renda no
período de cinco anos.
Período
1º ano
2º ano
3º ano
4º ano
5º ano
Locação
R$ 192.240,00
R$ 192.240,00
R$ 192.240,00
R$ 192.240,00
R$ 192.240,00
(-)IR de 24%
Custo Efetivo
com a Locação
R$ 46.137,60 R$
R$ 146.102,40
46.137,60 R$
R$ 146.102,40
46.137,60 R$
R$ 146.102,40
46.137,60 R$
R$ 146.102,40
46.137,60
R$ 146.102,40
Quadro 8: Despesa com locação por cinco anos.
Fonte: Da autora
6.4.2.4 Fluxo líquido de caixa operacional incremental
O percentual do imposto de renda e contribuição social é válido para o
cálculo de locação e também para o cálculo com a aquisição dos
equipamentos, sendo este de 24 %.
Com os valores de aquisição já apresentados e os cálculos de
depreciação, manutenção e de locação já realizados, é possível realizar o fluxo
líquido de caixa operacional incremental.
63
O quadro 9 é o resumo do fluxo líquido de caixa operacional
incremental em reais.
Período
1º
2º
3º
4º
5º
Economia líquida c/
locação (A)
146.102,40
146.102,40
146.102,40
146.102,40
146.102,40
(-) Despesas
Manutenção (B)
18.280,00
36.560,00
36.560,00
76.120,00
76.120,00
(-)Despesa
Depreciação (C)
43.753,60
43.753,60
43.753,60
43.753,60
43.753,60
84.068,80
65.788,80
65.788,80
26.228,80
26.228,80
20.176,51
15.789,31
15.789,31
6.294,91
6.294,91
63.892,29
49.999,49
49.999,49
19.933,89
19.933,89
43.753,60
43.753,60
43.753,60
43.753,60
43.753,60
107.645,89
93.753,09
93.753,09
63.687,49
63.687,49
Aumento do lucro
tributável
[(A)+(B)+(C)]=(D)
(-) IR (E)
Lucro depois do IR (F)
(+) Despesa
Depreciação (G)
Fluxo líquido Caixa
Operacional
Incremental
[(F)+(G)]=(H)
Quadro 9: Resumo do fluxo líquido de caixa operacional incremental.
Fonte: Da autora
6.4.3 Fluxo de caixa residual
Com os cálculos já efetuados é possível encontrar o valor contábil dos
equipamentos ao final do quinto ano de uso.
Sabemos que o valor para venda dos equipamentos ao final do quinto
ano será de aproximadamente R$ 112.000,00.
Abaixo, no quadro 10, o cálculo do valor contábil dos equipamentos e
também o quadro 11, referente ganho ou perda com a venda.
Valor dos ativos
R$ 348.976,00
(-) Depreciação acumulada
R$ 218.768,00
Valor contábil líquido
R$ 130.208,00
Quadro 10: Cálculo do valor contábil de todos os equipamentos.
Fonte: Da autora
64
Valor da venda
R$
112.000,00
(-)Valor Contábil
R$
130.208,00
Perda na Venda
R$
(18.208,00)
Quadro 11: Valor com a venda dos equipamentos.
Fonte: Da autora
Como houve uma perda na venda em relação ao valor contábil, o
imposto de renda será calculado sobre a diferença entre o valor da venda e o
valor contábil desta venda.
A diferença é R$ 18.208,00 e sendo o imposto de renda para a
empresa LOG de 24%, temos: 18.208,00 x 0,24 = 4.369,92.
Portanto, o valor residual será a soma do valor da venda e a
diminuição do imposto de renda a pagar. Deste modo temos: 112.000,00 +
4.369,92 = 116.369,92.
O valor do fluxo de caixa residual dos equipamentos é então, R$
116.369,92.
6.4.3.1 Diagrama do fluxo de caixa residual
O diagrama de fluxo de caixa, representado pela figura 10, foi
construído utilizando para os quatro primeiros fluxos os dados finais obtidos no
quadro 9. O quinto fluxo é a soma do quinto fluxo de caixa do quadro 10 com o
valor residual dos equipamentos. O fluxo de caixa está relacionado ao período
de cinco anos. Cada fluxo trata-se de um ano.
65
107.645
0
93.753
93.753
2
3
1
63.687
4
180.057
5
348.976,00
Figura 10: Diagrama do fluxo de caixa residual.
Fonte: Da autora
6.4.4 Análise econômica do projeto para aquisição de equipamentos
A análise econômica será feita pelos métodos de avaliação do Valor
Presente Líquido (VPL) e da Taxa Interna de Retorno (TIR). Será considerado o
custo médio de capital para a empresa LOG de 13,13% ao ano.
O custo médio do capital foi calculado do seguinte modo:
ƒ
Financiamento de 60% do projeto com recursos do BNDES a um custo
de 11,25% ao ano que inclui (TJLP de 6,5%; 1% de remuneração; 3,25%
de risco e 0,5% de intermediação).
ƒ
Capital próprio 40% a uma taxa de atratividade de 20% ao ano.
Fonte
Valor Fonte
% Fonte
Custo antes
do I. R.
Custo depois
do I. R.
Custo
Ponderado
Próprio
136.590
40%
20%
20%
8,00%
Financiamento
212.386
60%
11,25%
8,55%*
5,13%
Investimento
348.976
100%
Quadro 12: Custo médio do capital total investido.
Fonte: Da autora
O quadro 12 acima representa o custo médio do capital.
13,13%
66
Os juros que as empresas pagam aos Bancos são dedutíveis do
imposto de renda, portanto, o custo efetivo do financiamento, deve ser
considerado após o cálculo do imposto de renda.
O cálculo do custo do financiamento depois do imposto de renda é
dado por x (1 – IR). Então teremos 11,25 % (1 – 0,24 = 8,55%).
Abaixo o cálculo pela calculadora financeira modelo HP-12C para se
chegar ao VPL e a TIR.
348.976 CHS
-348.976 g CFo
107.645 g CFj
93.753 g CFj
93.753 g CFj
63.687 g CFj
180.057 g CFj
13,13 i
f NPV = R$ 20.229,80
f IRR = 15,35%
6.4.4.1 Conclusão sobre a análise econômica do projeto
Com o cálculo e a apresentação dos fluxos de caixa inicial, fluxo líquido
de caixa operacional incremental e o fluxo de caixa residual foi possível fazer a
análise econômica o projeto, que iniciou com o objetivo de analisar o que é
mais vantajoso para a empresa LOG em sua operação X: comprar ou locar
empilhadeiras.
67
A análise econômica do projeto indicou que a compra dos
equipamentos em questão é vantajosa em relação à locação, pelos dois
métodos utilizados, pois apresentou um VPL acima de zero, ou seja, R$
20.229,80 e uma TIR de 15,35%, que supera o custo de capital da empresa,
que foi apresentado em 13,13%.
68
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento desta pesquisa possibilitou verificar que há
inúmeras
definições
para
logística,
que
na
maioria
das
vezes
se
complementam. Logística abrange vários setores de uma empresa e interliga
empresas umas às outras como em uma cadeia.
O objetivo deste estudo foi estabelecer um comparativo entre alugar ou
comprar empilhadeiras. Pode-se apontar que para a empresa utilizada no
estudo de caso a aquisição se demonstrou mais vantajosa no âmbito financeiro,
apresentando uma taxa de retorno superior ao custo do capital da empresa e se
a opção for pela compra será compreendida uma redução de custos para esta
empresa.
Ocorre que o desenvolvimento deste trabalho possibilitou entender que
não existe um modelo que possa ser usado para diversas empresas. Há
inúmeros detalhes que implicam para os resultados e estes devem ser
considerados individualmente por uma empresa que necessite de alugar ou
comprar empilhadeiras. Não é possível afirmar que a compra será sempre uma
vantagem porque deverá ser analisado caso a caso as variáveis. As variáveis
que devem ser analisadas são: quantidade de equipamentos para a operação,
a quantidade de turnos de utilização, o percentual de imposto de renda, a taxa
de retorno esperada, o capital disponível, a área de armazenagem, os custos
de manutenção, a taxa de juros, a depreciação dos equipamentos, entre outros.
69
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PATRÍCIA DA SILVA NUNES