Como o
nutricionista
clínico funcional
avalia seu paciente
Dra. Valéria Paschoal
Diretora da VP Consultoria Nutricional
Editora da Revista Nutrição Saúde e Performance
Coordenadora Científica da Divisão Valéria Paschoal de Ensino e Pesquisa
Vice-Presidente do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional
www.vponline.com.br
FERRAMENTAS DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL
1. Diagnóstico de Atendimento:
 Anamnese Funcional
ANAMNESE FUNCIONAL

Ingestão

Digestão

Absorção

Transporte

Excreção
FERRAMENTAS DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL
1. Diagnóstico de Atendimento:
 Anamnese Funcional: Ingestão, Digestão, Absorção,
Transporte e Excreção
 Avaliação de sinais e sintomas clínicos de déficits e
superávits nutricionais
CONTROLSOFT NUTRITION – Avaliação de Sinais e Sintomas
CONTROLSOFT NUTRITION – Avaliação de Sinais e Sintomas
FERRAMENTAS DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL
1. Diagnóstico de Atendimento:
 Anamnese Funcional: Ingestão, Digestão, Absorção,
Transporte e Excreção
 Avaliação de sinais e sintomas clínicos de déficits e
superávits nutricionais
 Rastreamento Metabólico
Questionário de Rastreamento Metabólico
FERRAMENTAS DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL
1. Diagnóstico de Atendimento:
 Anamnese Funcional: Ingestão, Digestão, Absorção,
Transporte e Excreção
 Avaliação de sinais e sintomas clínicos de déficits e
superávits nutricionais
 Rastreamento Metabólico
 Análise dos Exames Laboratoriais
EXAMES LABORATORIAIS
 Hemograma: Eritrograma e leucograma
- interações nutricionais na síntese da hemoglobina: anemia e
policitemia;
- Papel do ferro, ácido fólico e vitamina B12, zinco, cobre, fósforo,
vitamina C, vitamina A, riboflavina e metais tóxicos
 Painel de avaliação nutricional: minerais
- zinco, cobre, manganês, cálcio, magnésio, fósforo, sódio, potássio
- cromo, selênio, iodo
 Perfil Hepático – hepatocelular
- AST, ALT, Gama GT e Fosfatase Alcalina
 Oxidantes e Antioxidantes
- MDA, LDL Peroxidada, Antioxidantes Totais
 Perfil de Risco Cardiovascular
- fatores não lipídicos: insulina, lipoproteína (a), fibrinogênio, proteína
C reativa, ferritina, LDL oxidada/glicada,
- fatores lipídicos: lipoproteínas, apoA, apoB, Coleterol total, HDL,
LDL, triglicérides
 Perfil de Adequação Nutricional do Cálcio
 Perfil Tireoidiano e suas interações nutricionais
COPROLÓGICO
FUNCIONAL
COPROLOGICO FUNCIONAL
RESÍDUOS MACROSCÓPICOS
• Batata ou cenoura
• Fragmentos de carne
• Tecido conjuntivo
• Outros restos alimentares
• Fibras musculares digeridas
• Fibras musculares mal digeridas
• Amido incluído
• Amido amorfo
• Amido cru
• Flora Iodofila
• Gorduras neutras
• Sabões
• Ácidos graxos
• Oxalato de cálcio
• Fosfato Triplo
ausentes
ausentes
ausentes
presentes (++)
presentes (+)
ausentes
presentes (++)
ausentes
ausentes
presente
ausentes
ausentes
ausentes
ausentes
ausentes
COPROLOGICO FUNCIONAL
* Ácidos graxos e amidos:
 se elevados suspeitar de insuficiência pancreática
* Fibras musculares e fibras vegetais não digeridas:
 se +2, pensar em hipoclorídria
* Macrofágos:
 se numerosos, suspeitar de alergia, processo
inflamatório
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
COPROLÓGICO FUNCIONAL
ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS
DIFERENCIA AS DIARRÉIAS FERMENTATIVAS
- Correlaciona intolerância aos açúcares com má-absorção
- Reconhece as formas primárias e secundárias da
intolerância
- Distingue as intolerâncias a mono e dissacarídeos
- Ajuda a associar a diarréia com fenômenos osmóticos
- Induz a que se esclareça as enzimas digestivas
envolvidas no processo
COPROLOGICO FUNCIONAL
 Capacidade digestiva (digestão de macronutrientes)
 Função intestinal (inflamação intestinal, sangue oculto,
hipermotilidade)
 Status microbiano (flora bacteriana)
 Risco de câncer de colon (ácido butirico)
Sinais e sintomas intestinais

Distensão abdominal, eructação, queimação, flatulência
imediatamente após a refeição

Indigestão, diarréia ou constipação

Sensação de empachamento após comer

Restos alimentares mal digeridos nas fezes

Língua branca

Mau hálito
MURRAY M.,PIZZORNO, N.D. Encyclopedia of Natural Medicine, 1991.
DECLÍNIO DA FUNÇÃO DIGESTIVA
SUPERCRESCIMENTO DE
FUNGOS E BACTÉRIAS
DESEQUILÍBRIOS IMUNES
HORMONAIS
INFLAMATÓRIOS
DISBIOSE INTESTINAL
SISTEMA IMUNE
ESTRESSADO
PRODUÇÃO DE TOXINAS
FORMAÇÃO DE
IMUNOCOMPLEXOS
HIPERPERMEABILIDADE
INTESTINAL
Alimentos que
protegem a parede
intestinal da ação
de bactérias
 Alimentos como
vegetais, frutas e
legumes protegem a
parede intestinal da
ação de bactérias
nocivas e toxinas
Alimentos
que alteram
microbiota
intestinal
 Alimentos com alto teor de
colesterol, ricos em gorduras
saturadas, provocam um
desequilíbrio na flora
intestinal, causando a
chamada disbiose
DISBIOSE INTESTINAL
“ É um estado em que
microorganismos de baixa virulência
se tornam patogênicos em virtude do
desequilíbrio quantitativo e
qualitativo que está instalado,
afetando negativamente a saúde do
ser humano”
AONDE COMEÇA ISTO TUDO?
HOSPITALIZAÇÃO (5)
ANTIBIOTICOTERAPIA (6)
DIETA (7, 8)
1. NEUT,C, et al. Bacterial colonization of the large intestine of newborns delivered by caesarian section. Zentbl. Bakteriol. Mikrobiol
Hyg Ser A 266:330-337
2. HALL, M.A, et al. Factors influencing the presence of faecal lactobacilli in erarly infancy. Arch Dis Child 1990;65:185-8.
3. STARK, P.L, A. LEE. The microbial ecology of the large bowel of breast-fed and formula-fed infants during the first year of life. J
Med Microbiol 1982, 15:189-203
4. BOURLIOUX, P. et al. The intestine and its microflora are partners for the protection of the host: report on the Danone Symposium
“The Intelligent Intestine”, held in Paris, June 14, 2002. AJCN 2003; 78:675-83
5. LE FROCK, J.C.E, WEINSTEIN, L. The impact of hospitalization on the aerobic fecal microflora. J Med Sci 1979; 277:269-74
6. BENNET,R. et al. Fecal bacterial microflora of newborn infants during intensive care management and tratment with five antibiotic
regimens. Pediatr Infect Dis 1986; 5: 533-39
7. HAGIAGE, M. La flore intestinale, de l’équilibre au déséquilibre. Biocodex, 1994:21-9.
8. WALKER, W.ª Role of nutrients and bacterial colonistion in the development of intestinal host defence. J Pediatr Gastroenterol Nutr
2000:30:S2-7.
9. COLLINS, M.D, GIBSON, G.R. Probiotics, prebiotics and synbiotics: approaches for modulating the microbial ecology of the gut. AJCN
1999;69:1052-7S
ALGUMAS CAUSAS
Dieta de baixa qualidade
Acloridria / Hipocloridria
Insuficiência pancreática
Motilidade Reduzida/ Estase/ Obstrução (colagenose,
neuropatia diabética)
Estresse
Uso abusivo de medicamentos
(laxantes, antiinflamatórios, pílula anticoncepcional e
antibióticos)
RESTAURANDO A PERMEABILIDADE INTESTINAL
PROGRAMA DOS 4 Rs
Remover
Recolocar
Reparar
Reinocular
OS 4 PASSOS
 Remover: patógenos, xenobióticos
e alérgenos alimentares.
 Reinocular: probióticos e prebióticos
 Recolocar: enzimas digestivas
 Reparar: dieta não irritativa, nutrientes e
fitoquímicos tróficos e de reparo da mucosa
DESTOXIFICAÇÃO
Tem por objetivo a BIOTRANSFORMAÇÃO de
moléculas orgânicas endógenas e exógenas
em metabólitos excretáveis
“Trata-se de um processo que envolve
múltiplas reações bioquímicas com a
utilização de múltiplos substratos e
dependente de cofatores enzimáticos”
Constituintes
Fontes
Dietéticas
Enzimas
FASE I
Enzimas
FASE II
Referências/Modelo
Sulforafano
Brássicas

 Quinona
redutase (QR)
Zhang et al., 1992
(camundongos)
Dialil sulfeto
Dialil dissulfeto
Dialil trissulfeto
Alho
 CIP1A1 e
2B1
 CIP2E1
 GST
Wu et al., 2002 (ratos)
Limoneno e
sobrerol
Limão
 CIP2BC,
2C e hepoxi
hidrolase
 GST e UGT
Maltzman et al., 1991;
Elegbede et al., 1993
(ratos)
Licopeno
Tomate,
melancia,
goiaba
-----
 GST e QR
Breinholt et al., 2000
(ratos)
Carnosol e Ácido
Carnosóico
Alecrim
 CIP1A1
 GST e QR
Offord et al., 1995
(células humanas)
Timol
Tomilho
 ECOD
 GST e QR
Sasaki et al., 2005
(camundongos)
FERRAMENTAS DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL
1. Diagnóstico de Atendimento:
 Anamnese Funcional: Ingestão, Digestão, Absorção,
Transporte e Excreção
 Avaliação de sinais e sintomas clínicos de déficits e
superávits nutricionais
 Rastreamento Metabólico
 Análise dos Exames Laboratoriais
 Questionário de Interpretação de Destoxificação Funcional
AVALIANDO A
CAPACIDADE DE
DESTOXIFICAÇÃO
Questionário Funcional para Avaliação da Destoxificação
1-Você tem uma forte reação negativa quando consome alimentos ou bebidas que
contêm cafeína?
A citocromo P450-1A2 é a principal enzima envolvida na detoxificação da cafeína.
Pacientes com reações adversas à cafeína podem apresentar uma redução ou indução
da atividade da P450, ou um desequilíbrio na capacidade de detoxificação da
P450/Fase II. Na prática clínica, pacientes com baixa capacidade de detoxificação
pela citocromo P450-1A2 apresentam um aumento nos sintomas de insônia e agitação
após o consumo de cafeína. Mais investigações sobre os fatores de qualidade de vida,
produção de endotoxina, o uso de medicamentos como cimetidina, fatores dietéticos
como a naringenina, e metabólitos das bactérias intestinais como os
lipopolissacarídeos podem inibir a atividade da citocromo P450-1A2.
FABER, M.S.; JETTER, A.; FUHR, U. Assessment of CYP1A2 activity in clinical practice: why, how, and when? Basic Clin Pharmacol
Toxicol;97(3):125-34, 2005.
GUO, L.Q.; YAMAZOE, Y. Inhibition of cytochrome P450 by furanocoumarins in grapefruit juice and herbal medicines. Acta
Pharmacol Sin;25(2):129-36, 2004.
2- Você usa regularmente paracetamol? Se sim, há quanto tempo, qual a
intensidade e quantidade?
Esta prática aumenta a demanda de certas vias de detoxificação, principalmente a
sulfação e a glicuronidação. Alguns trabalhos indicam que uma dose de paracetamol
pode depletar 50% das reservas de sulfação. Estudos com animais indicam que quando
o paracetamol é adicionado a dietas de animais, há uma rápida depleção dos estoques
de glutationa e uma depleção dos aminoácidos essenciais L-metionina e L-cisteína.
AONO, S.; ADACHI, Y.; UYAMA, E. et al. Analysis of genes for bilirubin UDP-glucuronosyltransferase in Gilbert’s syndrome. Lancet,
345(8955): 958-9, 1995.
DE MORAIS, S.M.; UETRECHT, J.P.; WELLS, P.G. Decreased glucuronidation and increased bioactivation of acetaminophen in
Gilbert’s syndrome. Gastroenterology; 102(2): 577-86, 1992.
PRINCIPAIS FITOQUÍMICOS
 Lignana  antioxidante, prevenção do câncer e doenças
cardiovasculares, ação anti-estrogênica, aumento da imunidade e
evita lesão muscular nos atletas
 Licopeno  antioxidante, prevenção do câncer de próstata e
doenças cardiovasculares, aumento da imunidade e evita lesão
muscular nos atletas
 Ácido oléico  prevenção das doenças cardiovasculares
 Fibras
solúveis
e
insolúveis

prevenção
das
doenças
cardiovasculares, câncer, obesidade e diabetes
 Isoflavonas
 antioxidante, prevenção do câncer, doenças
cardiovasculares, osteoporose, obesidade, aumento da imunidade
e evita lesão muscular nos atletas, tratamento da menopausa e
tensão pré-menstrual
PRINCIPAIS FITOQUÍMICOS
 Beta-glucana  prevenção das doenças cardiovasculares e
obesidade
 Compostos Organosulfurados  prevenção do câncer e
doenças cardiovasculares, antioxidante
 Ômega-3  prevenção das doenças cardiovasculares e
obesidade e aumento da imunidade, inclusive em atletas
 Probiótico  melhora da função intestinal, aumento da
imunidade em atletas e prevenção da doença cardiovascular e
hipertensão arterial
OBRIGADA
Dra. Valéria Paschoal
Diretora da VP Consultoria Nutricional
Editora da Revista Nutrição Saúde e Performance
Coordenadora Científica da Divisão Valéria Paschoal Ensino e pesquisa
Vice-Presidente do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional
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