Revista Pesquisa e Desenvolvimento Engenharia de Produção
Nº. 6, p. 37 – 48, Jun 2007
DEMANDA ERGONÔMICA: O CASO DA DIVISÃO DE INTEGRAÇÃO
E ENSAIOS – AIE/IAE DO CENTRO TÉCNICO AEROESPACIAL –
CTA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Moacyr Machado Cardoso Junior,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Msc.
[email protected]
Instituto Tecnológico de Aeronáutica – São José dos Campos
RESUMO
A correta avaliação da demanda ergonômica de uma organização é imprescindível para a
definição e priorização das ações a serem implementadas em busca do conforto no ambiente
laboral, aumento da produtividade e na garantia da integridade física e da saúde dos
trabalhadores. Este estudo de caso demonstra que a utilização de fichas de entrevista
aplicadas aos servidores, seguidas de visitas às instalações e posterior validação com as
chefias é um método adequado para a identificação dos pontos críticos do ponto de vista da
ergonomia.
Palavras-Chave: Ergonomia; Aeroespacial; Avaliação.
ERGONOMIC INQUIRY: THE CENTRO TECNICO AEROESPACIAL –
CTA TESTING AND INTEGRATION DIVISION – AIE/IAE CASE, AT
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ABSTRACT
The correct ergonomic inquiry assessment of an organization is fundamental to define and
prioritize actions to be implemented towards achieving a comfortable laboral environment,
higher productivity and workers physical and health integrity. This case study show that
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surveys applied to workers, walk-thru the labs and finally validation with the chiefs is an
adequate method for critical spot identification on the ergonomic vision.
Keywords: Ergonomics, Aerospatiale; Assessment.
1. INTRODUÇÃO
O grande desafio da análise ergonômica consiste em identificar os reais problemas
que são percebidos pelos trabalhadores e que efetivamente causam degradação no conforto,
queda na produtividade e interferência na segurança do trabalho.
Em muitas análises é comum encontrar estudos muito ricos em termos de dados
levantados, utilização de ferramentas avançadas (análise através de filmagens, modelos
biomecânicos, dentre outros), sem que se tenha o foco do problema bem definido e,
conseqüentemente os resultados das avaliações em nada ou muito pouco auxiliam nas
atividades dos trabalhadores, contribuindo para que a ergonomia seja vista como supérflua e
ineficaz por parte dos próprios técnicos, dos empresários e trabalhadores.
O termo análise ergonômica tem sido empregado de forma genérica e dependendo
da formação do profissional que atuará sobre a questão, o enfoque será dado sob o prisma de
sua formação básica, quer seja engenharia, fisioterapia, medicina e outras. Quando se inicia
um trabalho de ergonomia é comum ouvir a frase: “Finalmente as coisas vão melhorar, vou
ter uma mesa ergonômica, um teclado ergonômico...” e assim por diante, sem considerar toda
a dimensão da ergonomia.
A Ergonomia é uma ciência interdisciplinar que abrange diferentes campos de
atuação, como: Ergonomia Física que se preocupa com as condições do ambiente laboral
(ruído, calor, frio, etc.) e com a adequação antropométrica e biomecânica; Ergonomia
Cognitiva que é a disciplina científica que estuda o projeto dos sistemas onde as pessoas
realizam seu trabalho (CANÃS, 2005); e Organizacional que, segundo Vidal (2003a), envolve
ao menos seis aspectos interdependentes que são: a repartição de tarefas no tempo e no
espaço; sistemas de comunicação, cooperação e interligação entre atividades, ações e
operações; formas de estabelecimento de rotinas e procedimentos de produção; formulação e
negociação de exigências e padrões de desempenho produtivo, incluindo sistemas de
supervisão e controle; mecanismos de recrutamento e seleção de pessoas para o trabalho;
métodos de formação, capacitação e treinamento para o trabalho.
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Este trabalho apresenta um método para a avaliação da demanda ergonômica,
focado nas atividades do Centro Técnico Aeroespacial e em especial para as atividades
relacionadas à área espacial, considerando os diferentes campos da ergonomia.
1.1. Acidente com o Veículo Lançador de Satélite – VLS
O acidente ocorrido com o Veículo Lançador de Satélites – VLS, no ano de 2003
no município de Alcântara – MA representa a questão central da abordagem ergonômica no
CTA, pois o relatório de investigação do acidente discrimina uma série de problemas ligados
ao fator humano.
A operação de Lançamento foi batizada de “Operação São Luiz” e tinha os
seguintes objetivos: a) realização do terceiro vôo de qualificação do VLS-1; b) colocar em
órbita circular equatorial com inclinação de 16º, a 630 km de altura, o satélite tecnológico
denominado SATEC, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e
um segundo satélite, mecanicamente solidário ao primeiro, denominado UNOSAT,
desenvolvido pela Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR); c) permitir a verificação dos
meios do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) para lançamentos orbitais; d) usar o
Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) como estação de rastreio da trajetória
do veículo e de registro de parâmetros transmitidos, via telemetria, e testar se os meios
implantados, interligando as estações do CLA e CLBI, são adequados e estão operacionais
para essa função. (CTA, 2003).
No início da tarde do dia 22 de agosto de 2003, o terceiro protótipo do veículo
lançador de satélites brasileiros (VLS-1 V03) foi destruído por um incêndio, durante os
preparativos para o lançamento, culminando com a morte de 21 profissionais. Na Figura 1
visualiza-se o incêndio na torre de lançamento.
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Figura 1 - Acidente do VLS, com a ignição intempestiva do Motor foguete
(Fonte: Relatório da Investigação do Acidente Ocorrido com o VlS-1 V03, 2003)
1.2. Análise da Demanda Ergonômica
“A análise ergonômica do trabalho é um processo construtivo e participativo para a
resolução de um problema complexo que exige o conhecimento das tarefas, da atividade
desenvolvida para realizá-las e das dificuldades enfrentadas para se atingir o desempenho e a
produtividade exigidos”. (MTE, 2002).
Da transcrição acima notamos que não se realiza análise ergonômica sem a
participação dos trabalhadores direta e indiretamente envolvidos nas atividades.
A demanda ergonômica é a primeira etapa do processo da Análise Ergonômica do
Trabalho (AET), que tem por objetivo a clara definição do problema a ser analisado a partir
de uma negociação com os diversos atores envolvidos. (SOARES, 1999).
Segundo Vidal (2003b), a demanda ergonômica pode ter diversas origens como
demandas internas da organização relacionadas com a direção, gerência, trabalhadores e as
demandas externas como demandas sindicais, sociedade de forma abrangente, dentre outras.
Blattmann & Borges (1998) realizaram uma avaliação ergonômica em uma
biblioteca e utilizando uma técnica exploratória de natureza qualitativa onde foram analisados
quatro grandes grupos: Fatores Ambientais; Postura e Movimento, Informações Visuais e
Trabalho Ergonômico; Informações Visuais e Operacionais; e Tarefas e Cargos.
Linden (1999) utilizou o método de design macro ergonômico para identificar as
demandas ergonômicas de usuários de ambientes de escritório. O método tem caráter
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participativo e agrega a análise estatística juntamente com o levantamento junto ao usuário,
permitindo associar dados qualitativos e quantitativos. Segundo o autor, apesar do aspecto
qualitativo ser mais importante para a ergonomia também é importante a disponibilidade de
dados quantitativos.
A identificação da demanda ergonômica dos funcionários pode ser feita por meio
de entrevista não induzida, de acordo com o método proposto por (FOGLIATTO &
GUIMARÃES apud GUIMARÃES et al. , 2005). A técnica aplicada permite obter a
declaração espontânea dos funcionários a respeito de seu trabalho.
Moraes (2005) denomina a primeira etapa de uma intervenção ergonômica como
apreciação ergonômica, e a define como sendo uma fase exploratória que compreende o
mapeamento dos problemas ergonômicos da empresa. A apreciação ergonômica consiste na
sistematização homem-tarefa-máquina e na delimitação dos problemas ergonômico-posturais,
informacionais,
acionais,
cognitivos,
comunicacionais,
interacionais,
deslocacionais,
movimentacionais, operacionais, espaciais e físico ambientais. A conclusão desta etapa é a
hierarquização dos problemas, priorização dos postos a serem diagnosticados e modificados e
sugestões preliminares de melhoria.
No presente estudo a demanda gerencial, ou seja, aquela oriunda da alta
administração do CTA está embasada no Relatório de Investigação do Acidente ocorrido com
o VLS-1 V03, ocorrido em Agosto de 2003 na cidade de Alcântara – MA, que transcrevemos
a seguir:
“Atentar para o projeto ergonômico dos postos de trabalho relacionados aos
projetos do Instituto de Aeronáutica e Espaço (CTA/IAE) e dos Centros de Lançamento,
prioritariamente aqueles que forem identificados como mais críticos pelo mapeamento de
risco, que deve integrar o Programa de Segurança do Trabalho”.
Como se pode verificar a recomendação do Relatório de Investigação é muito
abrangente, pois não delimita, não especifica o escopo da ação ergonômica ou mesmo os
problemas principais a serem estudados.
Para enfrentar esta situação foi proposto o estudo preliminar objeto deste trabalho.
2. ESTUDO INICIAL NA DIVISÃO DE INTEGRAÇÃO E ENSAIOS – AIE DO
INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO – IAE
A Divisão de Integração e Ensaios – AIE tem por objetivo a pesquisa, implantação
e realização de ensaios aplicáveis aos componentes e sistemas aeroespaciais, contando com
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laboratórios para atender às atividades de: análise de tensões, calibração, determinação de
propriedade de massa, ensaios dinâmicos, provas horizontal e vertical, registro de Imagem,
ensaios térmicos e ensaios acústicos. No Quadro 1, estão relacionadas às seções avaliadas
neste trabalho. Na Figura 2 pode-se visualizar como exemplo o Banco de Ensaios
Hidropneumáticos - OEH.
Quadro 1. Relação de Seções avaliadas e suas Siglas
Sigla da Unidade
Descrição da Unidade
OEH
Seção de ensaios Hidropneumáticos.
OPE
Seção de Preparação e Ensaios a Quente.
MIB
Seção de Instrumentação de Banco de Provas.
CMC
Laboratório de Calibração.
CMV
Laboratório de Vibração.
MAC
Seção de Acústica
OPM
Seção de Ensaios de Propriedade de Massa
VIDEO
RTI
Seção de Aquisição de Imagens
Seção de Tecnologia da Informação
Figura 2 - Banco de Ensaios Hidropneumático do AIE/IAE
(Fonte: IAE, 2005).
A avaliação da demanda ergonômica do Centro Técnico Aeroespacial foi iniciada
pela Divisão de Integração e Ensaios - AIE, contemplando 59 servidores. Esta avaliação
preliminar teve por objetivo identificar a real demanda ergonômica do Centro, visto que a
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recomendação do relatório de investigação do acidente do VLS era genérica.
A avaliação desenvolveu-se com base na percepção do servidor, acerca dos
problemas ergonômicos que causam desconforto na execução das tarefas.
Para desenvolver este trabalho utilizou-se uma ficha de avaliação ergonômica, que
consiste em uma pesquisa de opiniões dos servidores (survey), com as seguintes informações
básicas: nome, data, subdivisão, seção, local(is) de trabalho, descrição da(s) tarefa(s),
principais dificuldades encontradas na realização das tarefas, seqüência de ações, tempo
médio diário (em horas) em que executa o seu trabalho nas posturas: em pé, sentado, andando
e outras, quais equipamentos de proteção individual utilizados e sua adequação, fatores
ambientais presentes que causam desconforto, organização do trabalho em termos de pressão
de tempo, mobiliário, máquinas e ferramentas quanto a sua adequação, nº. de horas de
utilização de microcomputador e finalmente a descrição de qualquer situação que o servidor
julgue ser um inconveniente do ponto de vista ergonômico.
3. RESULTADOS
Os resultados obtidos por meio da análise das fichas de avaliação ergonômica
foram divididos por Seção/Laboratório para facilitar a interpretação e o diagnóstico final. Para
a análise foi desenvolvido um aplicativo no banco de dados Microsoft Access, visando à
extração dos dados necessários, conforme a figura 3.
Figura 3. Aplicativo utilizado para a análise dos dados.
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Os resultados foram então classificados por ações a serem desenvolvidas nas
seções, conforme Quadro 2.
Quadro 2. Descrição de ações a serem desenvolvidas nas seções do AIE/IAE
Item
1
Ação
Local
Avaliação detalhada e elaboração de projeto para o posto de trabalho em
Todo AIE
microcomputador.
2
3
Análise detalhada da tarefa de montagem dos envelopes motores no banco de
OEH, OPE, MIB,
ensaio, visando detalhar as posturas adotadas, esforços realizados e potencial
CMC, CMV, MAC,
de dano ao sistema músculo-esquelético.
OPM, VÌDEO
Análise detalhada de todas as máquinas e ferramentas utilizadas visando
OEH
identificar possíveis problemas ergonômicos, assim como formas de solução.
4
Necessidade de solução para o problema do ruído no ensaio de vibração.
Todo AIE
5
Análise detalhada das atividades exercidas com talhas manuais e operações de
OPE
levantamento/transporte, inclusive com empilhadeiras, visando identificar
possíveis problemas ergonômicos, assim como, formas de solução.
6
Análise detalhada do ambiente onde estão localizadas as câmaras climáticas,
MIB
visando identificar e quantificar os problemas relatados e formas de solução.
7
Elaborar um estudo sobre os epi´s adquiridos pelo instituto, principalmente no
Todo AIE
aspecto de conforto ao usuário e adequação ao risco.
8
Necessidade de identificação das fontes geradoras de ruído, calor e sua
OEH, CMV, OPM,
avaliação quantitativa. A iluminação dos postos de trabalho também deverá ser
RTI
avaliada.
9
Necessidade de identificação das fontes geradoras de odores, poeiras, frio e
OEH, OPE
vibração citados, avaliação qualitativa e, se necessário, quantitativa das
mesmas.
10
Necessidade de identificação das fontes geradoras de calor e sua avaliação
OEH, OPE, CMC,
quantitativa. A iluminação dos postos de trabalho também deverá ser avaliada.
MAC, VÌDEO
Verificar a questão da ansiedade relatada pelos servidores no trabalho próximo
OEH-servidores
ao paiol.
Específicos
12
Avaliar melhor a questão levantada sobre o deslocamento a grandes distâncias.
MIB
13
Necessidade de verificação da iluminação e conforto térmico dos postos de
Todo AIE
11
trabalho.
Fonte: (VST, 2004).
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Os dados obtidos no levantamento foram então submetidos à avaliação das Chefias
das diferentes seções para a validação dos mesmos. Na Figura 4 apresenta-se o modelo
utilizado para a validação dos dados levantados.
Figura 4. Método proposto para validação da avaliação ergonômica preliminar da Divisão de Integração e
Ensaios.
Na presença de todas as chefias foram discutidos os tópicos levantados em cada
seção, e apresentadas em forma de planilha resumida.
Com relação às conclusões do levantamento preliminar, ao final da reunião
obteve-se consenso para os atuais problemas mais significativos, os quais serão descritos:
1. Avaliação detalhada e elaboração de projeto para o posto de trabalho em
microcomputador: neste tópico foi consenso que todos os postos devem ser reavaliados e para
tanto é sugerido a realização, na Divisão, de um estudo que servirá de modelo para todo o
CTA no que se refere às diretrizes de compra e aquisição de mobiliários e acessórios para o
trabalho em microcomputador, assim como estabelecer procedimentos orientativos no
trabalho.
2. Os itens 2 e 3 foram desprezados, em função das alegações que não são
problemas efetivos na Divisão, em especial para o item Ferramentas de Trabalho que,
segundo relatos, são novas e em perfeito estado de conservação.
3. O item 6 também foi desprezado, pois segundo o chefe da seção, já existe
projeto para a implementação de nova unidade para as câmaras climáticas, onde os problemas
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atuais relatados serão solucionados.
4. O item 7, que trata de EPI´S foi julgado importante, pois segundo os
depoimentos coletados na reunião, não existem procedimentos para entrega dos
equipamentos, assim como não existe cultura organizacional sobre o assunto.
5. Na questão de avaliação ambiental ficou clara a necessidade de se realizar com a
maior brevidade possível todas as avaliações ambientais (itens 4, 8, 9, 10 e 13).
Desta forma, as conclusões da avaliação apontam na direção da necessidade do
prosseguimento das ações conforme descritos no Quadro 3.
Quadro 3. Resumo das Demandas Ergonômicas da Divisão de Integração e Ensaios, após reunião de validação
Item
Ação
1
Avaliação detalhada e elaboração de projeto para o posto de trabalho em microcomputador.
2
Necessidade de solução para o problema do ruído no ensaio de vibração.
3
Análise detalhada das atividades exercidas com talhas manuais e operações de levantamento/transporte,
inclusive com empilhadeiras, visando identificar possíveis problemas ergonômicos, assim como, formas
de solução.
4
Elaborar um estudo sobre os EPI´s adquiridos pelo Instituto, principalmente no aspecto de conforto ao
usuário e adequação ao risco.
5
Necessidade de identificação das fontes geradoras de ruído, calor e sua avaliação quantitativa. A
iluminação dos postos de trabalho também deverá ser avaliada.
6
Necessidade de identificação das fontes geradoras de odores, poeiras, frio e vibração citados, avaliação
qualitativa e, se necessário, quantitativa das mesmas.
7
Necessidade de identificação das fontes geradoras de calor e sua avaliação quantitativa. A iluminação
dos postos de trabalho também deverá ser avaliada.
8
Verificar a questão da ansiedade relatada pelos servidores no trabalho próximo ao Paiol.
9
Avaliar melhor a questão levantada sobre o deslocamento a grandes distâncias.
10
Necessidade de verificação da iluminação e conforto térmico dos postos de trabalho.
4. CONCLUSÕES
O presente levantamento possibilitou a identificação dos pontos críticos em termos
ergonômicos, ou seja, a questão ergonômica pôde ser delimitada de forma clara, permitindo
estabelecer ações pontuais que, sem dúvida, quando estudadas a fundo poderão efetivamente
contribuir para a melhora das condições de trabalho.
O método empregado neste trabalho mostrou-se adequado, ou seja, a utilização de
fichas de entrevista com os servidores, aliados à visita às instalações e por final a validação
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pelas chefias imediatas foi eficaz na identificação das ações ergonômicas a serem
implementadas.
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